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Dentística Cárie IV 2020 4º semestre Cárie IV - Dentística 1 CÁRIE DENTAL É o resultado de um processo dinâmico em que a presença de microrganismos, na placa dental, que cobre alguns sítios específicos sobre a superfícies dos dentes pode levar distúrbio no equilíbrio entre a fase mineral do dente e o meio bucal circundante por meio da produção de ácidos pela microbiota. FATORES PRIMÁRIOS São microbiota, dieta e o hospedeiro. DOENÇA MULTIFATORIAL Envolve renda, atitude, conhecimento, comportamento, escolaridade e classe social. DIAGNÓSTICO Feito a partir da anamnese, exame clínico intra- oral, exame clínico dental, exames auxiliares. ANAMNESE → Doenças, medicamentos e terapias. → Padrões dietéticos do indivíduo. → Hábitos de higiene oral. → Status socioeconômico. ATIVIDADE DE CÁRIE É a velocidade com que a dentição é destruída pela cárie, podendo chegar numa cavitação → Procurar sinais clínicos e subclínicos da doença. RISCO DE CÁRIE Descreve até que ponto uma pessoa, em determinada época, corre o risco de desenvolver lesões cariosas. → Placa cariogênica (qualidade, localização). → Lesões (número, aspecto). → Fluxo salivar e capacidade tampão. → Dieta e uso de medicamentos. SELAMENTO BIOLÓGICO → Precipitação de fosfato de cálcio sobre microorganismos. → Inicia-se no fundo das fissuras, diminuindo possibilidade de desenvolvimento de lesão. EXAME CLÍNICO DE CÁRIE → Iluminação adequada. → Dente limpo e seco para detectar lesões iniciais em esmalte. → Placa, saliva e corante não permitem a visualização de lesões ativas de cárie em esmalte. → A apreensão da sonda na fissura não é critério da existência de lesão de cárie, pois uma pressão exagerada sobre lesões iniciais pode levar a defeitos irreversíveis em um esmalte potencialmente mineralizado. Cárie IV - Dentística 2 MANCHA BRANCA ATIVA EM ESMALTE CARACTERÍSTICAS → Opaca. → Rugosa. → Porosa. → Frágil. LOCALIZADA Em locais de difícil limpeza, podendo estar associada a gengivite. TRATAMENTO Após o tratamento, pode apresentar uma sequela, apresentando uma pigmentação escura na região. → Remoção de biofilme. → Remoção de cárie ativa. → Escovação. NA SUPERFÍCIE OCLUSAL Tem um formato de cone localizada na entrada das fissuras, sendo mais vulnerável e com maior prevalência. NA SUPERFÍCIE LISA É localizada próxima ao sulco gengival, com gengiva inflamada e presença de biofilme no local → Tem aspecto poroso e sem brilho. LESÃO DE CÁRIE INATIVA EM ESMALTE → Gengiva sadia e ausência de placa no local. COLORAÇÃO Esbranquiçada ou escurecida devido a pigmentação extrínseca. ASPECTO Liso e brilhante. LOCALIZADA Um pouco afastada do sulco gengival. LESÕES DE CÁRIE EM DENTINA INFECTADA → Mole, úmido e opaco. → Coloração castanho-claro. AFETADA → Aspecto resistente, brilhante e liso. → Coloração castanho-escuro ou negro. REMOÇÃO Feita apenas na dentina infectada, com curetas, colher de dentina ou brocas esféricas de baixa rotação. Cárie IV - Dentística 3 MICROCAVIDADE Está associada a presença de mancha branca e/ou presença de coloração acinzentada abaixo da superfície e são indicativos de que a lesão atingiu a dentina. LESÕES NÃO-CARIOSAS É uma perda mineral lenta e irreversível de estrutura dental a partir da superfície externa. EROSÃO Provocada por agentes químicos. → Rasa e ampla. → Aspecto arredondado e sem borda definida. ABRASÃO Provocada por agentes mecânicos. → Rasa e de superfície lisa polida → Contorno regular e margens agudas. ABFRAÇÃO Provocada por trauma oclusal → Profunda e com forma de cunha e de margens definidas → Subgengival. DIAGNÓSTICO DIFERENCIADO HIPOMINERALIZAÇÃO É quando há uma alteração na translucidez do esmalte que pode se apresentar com uma opacidade difusa ou opacidade demarcada. FLUOROSE É definida como uma hipomineralização do esmalte resultante da ingestão de flúor durante o desenvolvimento dos dentes. → Sendo caracterizada como um esmalte opaco e/ou com manchas de diferentes colorações, e acontece de forma homóloga. HIPOMINERALIZAÇÃO MOLAR-INCISIVO É um defeito qualitativo. → Opacidades demarcadas. → Porosidades e colorações diversas. → Hipersensibilidade. CONTROLE DA CÁRIE → Necessário a higiene bucal. → Tornar desejável o consumo de açúcar. → Indispensável o uso de dentifrícios fluoretados. Cárie IV - Dentística 1 ADEQUAÇÃO É uma lista ordenada de procedimentos, que tem por meta erradicar a doença cárie, restaurar a função e prevenir o surgimento de futuras lesões, através da redução da placa bacteriana, diminuição da ingestão de carboidratos fermentáveis e da instituição do uso de flúor no meio bucal. MEDIDAS DE CONTROLE DA DOENÇAS: → Remoção dos nichos retentivos de placa. → Controle de placa (mecânico e químico). → Aconselhamento de dieta → Fluorterapia. 1. NICHOS RETENTIVOS DE PLACA → Cavidades Abertas. → Restaurações deficientes/excesso. → Presença de cálculo. → Contorno de próteses. CAVIDADES ABERTAS Podem acumular placa, por conta da difícil higienização, podendo promover o surgimento de cárie ou fratura do elemento dentário. → Deve-se fechar a cavidade para reduzir a infecção cariogênica e o número de colônias presentes na cavidade bucal. → Todas as cavidades abertas devem ser restauradas provisoriamente na primeira sessão após a remoção da maior quantidade possível de tecido cariado através de escavação em massa. Obs.: Não vedar cavidades abertas que possuam tratamento endodôntico, sem a prévia avaliação endodôntica. MATERIAL RESTAURADOR Cimento de ionômero de vidro é um material usado em pacientes de alto risco com atividade de cárie, podendo ser usado como dentina artificial, sendo capaz de liberar flúor com o passar do tempo. → Usado em restaurações provisórias e selantes. Entretanto, não se pode deixar na cavidade por muito tempo, pois tem baixa resistência (é usado em lugares com pouco movimento oclusal). RESTAURAÇÕES DEFICIENTES/EXCESSO Recontorno e Repolimento servem para definir melhor a forma anatômica, regularizando as margens, melhorando a adaptação e promovendo lisura superficial. AMÁLGAMA → Brocas multilaminadas são usadas para remodelamento da superfície. • Esfera é usada para evidenciar sulcos principais e secundários. • Chama é usada para aprofundar a região do sulco vestibular e palatino ou até realizar contorno adequado das restaurações. → Tiras de lixa de aço para contorno interproximal. → Borrachas abrasivas são usadas para polimento, sendo a sequência do mais grosso pro mais fino. • Marrom, verde e azul. Cárie IV - Dentística 2 RESINA → Soflex é usado para dar o acabamento (granulações maiores) e o polimento (granulações menores). → Recontorno é feito com o uso de pontas diamantadas finas e extra-finas, lâminas de bisturi e brocas multilaminadas. → Lixas são usadas para fazer o acabamento e polimento nas regiões interproximais. → Polimento é feito com o uso de discos de óxido de alumínio, borrachas abrasivas, discos de feltro e pastas de polimento. FENDAS MARGINAIS → Infiltração marginal inicia-se na margem das restaurações, podendo levar à cárie secundária e substituição da restauração. → Selamento das margens tem por finalidade a diminuição da microinfiltração marginal e a velocidade de desgaste das mesmas. • Material utilizado consiste no Cimento de ionômero de vidro, sistemas adesivos e resina composta. → Reparo tem por finalidade restabelecimento de contatos e contornos proximais, remover cáries secundárias ou corrigir pequenas fraturas. SUBSTITUIÇÃODE RESTAURAÇÕES → Lesão de cárie recorrente. → Inflamação tecidual. → Patologia pulpar. → Alteração anatômica com perda de função. → Estética. REMOÇÃO DE CÁLCULO → Promove uma superfície lisa e polida. → Reduz quantidade de bactérias. → Ativa sistema imune. CONTORNO DE PRÓTESES Eliminar os sobrecontornos das próteses, facilitando o acesso para dispositivos de higiene, como o fio dental, para evitar um surgimento de cárie recorrente. 2. CONTROLE DE PLACA → Escovação. → Uso de fio dental. → Escovas interproximais quando necessário. → Métodos auxiliares (agentes químicos). ESCOVAÇÃO BASS MODIFICADO Consiste em movimentos vai e vem com angulação de 45º em relação ao eixo longitudinal. DENTIFRÍCIOS FLUORETADOS Auxiliam o declínio de cárie, age em esmalte e dentina, com efeito terapêutico e profilático. MEIOS AUXILIARES FUCSINA Auxilia na análise da eficácia da técnica e cuidados domésticos do paciente. CONTROLE QUÍMICO É feito com qualquer composto que tenha capacidade de interferir na atividade metabólica ou adesão das bactérias do biofilme. BOCHECHOS FLUORETADOS São usados em pacientes com alto de risco de cárie, manchas brancas, sulcos profundos, imunocomprometidos, periodontites. 3. 3ACONSELHAMENTO DE DIETA Todos os açúcares comuns da dieta são utilizados no metabolismo de energia das bactérias da placa. SACAROSE Serve como substrato para a produção de polissacarídeos extracelulares e matriz insolúvel de polissacarídeos. Cárie IV - Dentística 3 DIÁRIO DE DIETA É usado para ter um controle da alimentação, evitando alimentos açucarados. PACIENTES XEROSTÔMICOS Precisam investir em uma dieta fibrosa com intensa mastigação (proteínas e vegetais), mascar cera parafinadas ou tabletes de nicotinamida, medidas de H.O. rigorosas. 4. FLUORTERAPIA Usado em paciente que tem lesão de cárie ativa em esmalte. CARACTERÍSTICAS: Agente cariostático, antimicrobiano e bactericida. FLÚOR FOSFATO ACIDULADO Possui cerca de 12.300ppm F, promove a alta formação de CaF2 para realizar uma remineralização daquela superfície. VERNIZ DE FLUORETO DE SÓDIO Possui cerca de 22.600ppm F. 5. MEDIDAS ADICIONAIS SELANTES São usados em paciente com alta atividade de cárie, servindo como barreira física em regiões de cicatrículas e fissuras. → Cimento de Ionômero de Vidro. Cárie IV - Dentística 1 NOMENCLATURA Conjunto de termos específicos de uma ciência, arte ou técnica, pelas quais indivíduos de uma mesma profissão são capazes de entender-se mutuamente. CAVIDADE CAVIDADE PATOLÓGICA É a cavidade com forma e dimensões irregulares causada pela destruição dos tecidos duros do dente. CAVIDADE TERAPÊUTICA É a cavidade com forma e dimensões definidas, resultante de um processo cirúrgico que visa remover o tecido cariado. PREPARO CAVITÁRIO É quando se remove o tecido cariado, deixando pronto para receber produtos restauradores. NÚMERO DE FACES → Simples: 1 face. → Composta: 2 faces. → Complexa: 3 ou mais faces. FACES DOS DENTES ENVOLVIDAS → Cavidade Oclusal(O). Cárie IV - Dentística 2 → Cavidade Ocluso-Distal(OD). → Cavidade Mésio-Ocluso-Distal(MOD). → Cavidade Mésio-Ocluso-Vestíbulo-Palatina (MOVP). FORMA E EXTENSÃO INTRACORONÁRIAS (INLAY) São cavidades confinadas no interior da estrutura dental, sem comprometimento de cúspides. Ex.: Cavidade de Classe I oclusal, Classe V vestibular, Classe II composta MO ou DO, e complexas MOD. EXTRACORONÁRIAS PARCIAIS (ONLAY) São cavidades que abrangem cúspides e outras faces dos dentes. EXTRACORONÁRIAS TOTAIS (OVERLAY) São preparos que envolvem todas as faces dos dentes. PARTES DA CAVIDADE → Parede é qualquer superfície preparada pelo operador. → Ângulo é a linha entre duas paredes ou um ponto onde três paredes se encontram. PAREDES PAREDES CIRCUNDANTES Possuem limites laterais da cavidade e recebem o nome da face correspondente ou da região mais próxima. Ex.: Parede distal, cervical, mesial, oclusal. Cárie IV - Dentística 3 PAREDES DE FUNDO É o assoalho da cavidade. → Pulpar quando for perpendicular ao longo eixo do dente. → Axial quando for paralela ao longo do eixo do dente. ÂNGULOS DIEDROS São formados pela união de 2 paredes de uma cavidade. → 1º grupo: Paredes circundantes. (Gengivo-lingual). → 2º grupo: Parede circundante + parede de fundo. (Disto-pulpar). → 3º grupo: Paredes de fundo. (Áxio-pulpar). TRIEDROS São formados pela união de 3 paredes. → Sua denominação é de acordo com suas respectivas combinações. Ex.: Vestíbulo-pulpo-axial. CAVO-SUPERFICIAL É formado pela junção das paredes circundantes com a superfície externa do dente. ÂNGULOS INCISAIS São ângulos diedros e triedros voltados para a face incisal nas cavidades localizadas nas superfícies proximais de dentes anteriores, sem comprometimento da borda incisal. Obs.: Ângulos Incisais são oriundos da classe III. CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA Usada em áreas suscetíveis à cárie, para cavidades de cicatrículas e fissuras ou cavidades de superfícies lisas. Cárie IV - Dentística 4 CLASSIFICAÇÃO ARTIFICIAL Usada de acordo com a localização. CLASSE I Ocorre unicamente em Cicatrículas e Fissuras, localizada em áreas como a face oclusal de pré- molares e molares, terço oclusal da vestibular de molar inferior, terço oclusal da palatina de molar superior, face palatina de incisivo superior. CLASSE II Faces proximais de pré-molares e molares. CLASSE III Faces proximais de incisivos e caninos, sem a remoção do ângulo incisal. CLASSE IV Faces proximais de incisivos e caninos, com envolvimento do ângulo incisal. CLASSE V Terço gengival das faces vestibular e lingual de todos os dentes. RESUMO Cárie IV - Dentística 1 CORTANTES MANUAIS → Curetas Dentinárias. → Recortador de margem gengival. → Cinzéis, machados, enxadas e formadores de ângulo. CURETAS DENTINÁRIAS Possuem lâmina em formato reto ou de disco, → Função de remover tecido cariado. RECORTADOR DE MARGEM GENGIVAL Possui lâmina curva ou angular, com a → Função de planificar o cavo-superficial gengival, arredondar o ângulo áxio-pulpar e refinar o preparo. CINZÉIS Têm como função planificar e clivar o esmalte. MACHADOS São utilizados para clivar esmalte e planificar as paredes vestíbulo-lingual e áreas proximais. ENXADAS São utilizadas para alisar paredes cavitárias, principalmente as de classe V anteriores, e também para planificar as paredes de esmalte. FORMADORES DE ÂNGULO São utilizados para acentuar ângulos diedros e triedros e determinar a forma de retenção. PREENSÃO DOS INSTRUMENTOS CORTANTES POSIÇÃO DE ESCRITA Pega-se com a polpa dos dedos polegar, indicador e médio; usada no arco inferior e quando a visão direta é possível. Cárie IV - Dentística 2 POSIÇÃO DE ESCRITA INVERTIDA Usada para o arco superior. POSIÇÃO DIGITOPALMAR O cabo é apoiado na palma da mão contra os dedos enquanto o polegar busca o ponto de apoio. INSTRUMENTOS ROTATÓRIOS Instrumentos empregados para cortar ou desgastar a estrutura dentária através da rotação promovida por motores. → Turbina (alta rotação). → Contra-ângulo e Peça reta (baixa rotação). ROTATÓRIOS CORTANTES LÂMINA Tem a função de promover o corte. → Sendo que quanto mais lâminas, menor o poder de corte. BROCA Tem função de remover dentina cariada e realizar acabamento de preparos em baixa-rotação. MANDRIL Transformauma ponta que não tem encaixe em uma ponta que tem encaixe para ser utilizada em baixa rotação. PONTA ATIVA ESFÉRICA É usada para remover tecido cariado, e fazer confecção de retenções. PONTA ATIVA CILÍNDRICA É usada para confeccionar paredes circundantes paralelas. PONTA ATIVA TRONCO-CRÔNICAS Consegue formar retenções adicionais em paredes proximais e é usada para restaurações de amálgama. PONTA ATIVA CONE INVERTIDO Usada para planificar paredes pulpares e paredes proximais. BROCAS DE ABRASÃO São usadas para fazer o desgaste de uma superfície por meio de uma ponta abrasiva. Sendo indicada para redução de estrutura dentária. → Quanto maior o grânulo, maior o desgaste. Cárie IV - Dentística 3 INSTRUMENTOS DE INSERÇÃO PORTA AMÁLGAMA É utilizado para levar ao amálgama para a cavidade bucal. ESPÁTULA DE RESINA É usada para remover a resina do tubo e levar até a cavidade bucal. CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO É usado em restaurações provisórias ou forramento. SERINGA CENTRIX → Ponta fina é usada para cimentar um canal radicular → Ponta curvada é usada para posteriores → Ponta grossa é usada para quando tiver facilidade. Obs.: Aplicador de pó ou cimento de hidróxido de cálcio são responsáveis pela proteção pulpar. ESCULPIDORES EM AMÁLGAMA BRUNIDORES Melhoram a adaptação, removem o excesso de mercúrio e facilitam a escultura. HOLLEMBACK 3S É usado para remover o excesso de amálgama. DISCOIDE-CLEOIDE É usado para realizar as fóssulas e definir sulcos. ESCULPIDOR FRAHN É utilizado para definir a anatomia dental. CONDENSADOR DE HOLLENBACK É usado para brunir pós-escultura, → Função de alisar a superfície, reduzir porosidade nas margens, reduzir infiltração marginal e remover o excesso de mercúrio nas margens. ESCULPIDORES EM RESINA COMPOSTA → Espátula para inserção e escultura. → Espátulas para obtenção de ponto de contato. → Pincéis para tornar a restauração mais lisa. ACABAMENTO E POLIMENTO EM AMÁLGAMA BROCAS MULTILAMINADAS São usadas para fazer o acabamento oclusal. TIRA DE LIXA DE AÇO É usada para fazer o acabamento interproximal BORRACHAS ABRASIVAS São usadas para fazer o polimento. Cárie IV - Dentística 4 ACABAMENTO E POLIMENTO EM RESINA COMPOSTA PONTAS DIAMANTADAS Desgasta resina sem desgastar o dentes. DISCO DE ÓXIDO DE ALUMÍNIO (SOF-LEX) É usado para realizar a anatomia dental. PONTAS DE SILICONE São usadas para fazer o polimento da restauração. ESCOVA DE CARBETO DE SILÍCIO É usada para realizar as estrias de Retzius. DISCO DE FELTRO É usado para levar a pasta diamantada para realizar o polimento final. TIRAS DE LIXA São usadas para dar o acabamento interproximal. INSTRUMENTOS AUXILIARES PINÇA É utilizada para levar o material para a cavidade oral. ESPELHO É usado para auxiliar na visão indireta. SONDA EXPLORADORA É usada para auxiliar no diagnóstico. SUGADOR É responsável por sugar a água da alta rotação e saliva. ESCOVA DE ROBSON É utilizada para a profilaxia da superfície oclusal. Cárie IV - Dentística 5 TAÇA DE BORRACHA É utilizada para a profilaxia de faces livres. MATRIZ É usada para auxiliar a restauração de paredes de dentes posteriores. PORTA MATRIZ É usado para posicionar e ajustar a matriz. CUNHAS São usadas para estabilizar a matriz, afastar dente antagonista e impedir extravasamento de material. → Nos dentes posteriores são inseridas da palatina para vestibular → Nos dentes anteriores é de vestibular para a palatina. Cárie IV - Dentística 1 ISOLAMENTO Isolar o campo operatório é a etapa responsável pela obtenção e manutenção de um campo limpo, seco e com acesso adequado. DENTES POSTERIORES Sempre que possível isolar dois dentes a distal daquele que será tratado e o remanescente para mesial até pré-molar ou incisivo lateral do lado oposto. DENTES ANTERIORES Isolar de pré-molar a pré-molar. Obs.: Em casos de uso de aparelho ortodôntico, o fio ortodôntico deve ser removido antes do isolamento, ou optar pelo isolamento relativo. OBJETIVO → Evitar que a saliva produzida atrapalhe o campo operatório, pois os materiais de resina composta são bem sensíveis a saliva. → Segurança para limitar a contaminação entre paciente e profissional e evitar que instrumentais sejam deglutidos/aspirados. ABSOLUTO Isolar os dentes das demais estruturas da cavidade bucal, de modo a manter um campo operatório limpo, seco e sem presença de fluidos. VANTAGENS: → Ótimo controle da contaminação e da umidade. → Protege o paciente frente a deglutição e a aspiração acidental de objetos e resíduos. → Prevenir lesões acidentais aos tecidos moles. INDICAÇÕES: → Remoção de restaurações insatisfatórias e de tecido cariado. → Realização de procedimentos restaurador. LIMITAÇÕES: → Pacientes com dificuldade respiratória. → Dentes com erupção incompleta. → Alérgicos ao látex. LOCALIZAÇÃO DAS MARCAÇÕES: → Molares são no centro da face oclusal. → Pré-molares na cúspide vestibular. → Incisivos e caninos no bordo incisal. GRAMPOS GRAMPOS RETENTIVOS São usados para coroas expulsivas, dentes com erupção incompleta ou raízes a serem tratadas endodonticamente. → Posicionados abaixo da margem. GRAMPOS NÃO RETENTIVOS São posicionados acima da margem gengival. Cárie IV - Dentística 2 GRAMPOS → Molares: 200, 203, 204 → Pré-molares: 206, 207, 208, 209. → Anteriores: 210, 211, 212. → Molares parcialmente irrompidos: 14, 14A, W8A. → Molares com coroa curta: 26. → Afastamento gengival classe V: 212. TÉCNICAS DE COLOCAÇÃO TÉCNICA DE STIBBS: Grampo sem asa, Borracha + Arco. TÉCNICA DE RYAN Primeiro colocar arco + Lençol de borracha e posteriormente o Grampo. TÉCNICA DE INGRAHAM Grampo + Borracha e em seguida o Porta-dique. TÉCNICA PARULLA Grampo + Arco + Lençol de borracha. TÉCNICA SIMPLES Grampo + Arco + Lençol de borracha. RELATIVO Controla a umidade do campo operatório, por meio da absorção e eliminação dos fluidos salivares através do algodão e do sugador. INDICAÇÃO: → Aplicação tópica de flúor e selante. → Moldagem. → Colagem de braquetes ortodônticos. LIMITAÇÕES: → Restaurações adesivas. → Procedimentos de média e longa duração. → Procedimentos que envolvam amálgama. SITUAÇÃO ESPECIAL → Fio afastador é utilizado para retrair a gengiva, afastando as áreas de interesse. • Controlam a umidade ao impedir o fluxo proveniente do sulco gengival. Cárie IV - Dentística 1 DENTINA CAVIDADE PROFUNDA Muito túbulo com diâmetros grandes e pouca área de dentina intertubular. CAVIDADE MÉDIA Pouco túbulo e muita área de dentina intertubular. RADIOGRAFIA INTERPROXIMAL É capaz de diagnosticar a profundidade da polpa. CAVIDADE PROFUNDA Caso esteja fazendo o preparo cavitário e este chegue numa proporção grande de profundidade, deve-se realizar o isolamento absoluto para evitar a contaminação do dente cariado com a saliva. EXPOSIÇÃO PULPAR É a ruptura do teto da câmara pulpar, podendo extravasar sangue vivo, cianótico ou necrótico. DENTINA REACIONAL É uma uma reação frente a um tecido cariado ou material restaurador, tendo um tom de amarelo escuro/marrom/preto. CAVIDADE RASA → Uso do material sem necessidade de realizar a proteção pulpar. → Aplicar ácido fosfórico para desmineralizar a dentina, aplicar o adesivo e por fim restaurar o dente. PROTEÇÃO PULPAR É feita quando a dentina tiver com uma cor amarelada, caso ela esteja com uma cor escurecida, o próprio tecido faz a proteção pulpar, pois oblitera ostúbulos dentinários. → A melhor proteção pulpar é a espessura da dentina remanescente após o preparo cavitário. FATORES QUE AFETAM A POLPA → Cárie. → Preparo Cavitário. → Material Restaurador. 1. CÁRIE Uma doença biofilme-açúcar dependente que causa uma agressão ao tecido dentário. DENTINA INFECTADA Possui bactérias e microrganismo, apresentando uma consistência mole. → Deve ser removida. DENTINA AFETADA Fca presente no fundo da cavidade, tendo uma grande resistência. IDADE DO PACIENTE Com o passar do tempo, os odontoblastos presentes na periferia da câmara pulpar tendem a formar dentina, ou seja, cárie em pacientes adultos tem mais dificuldade de atingir a polpa em relação à cárie em pacientes jovens. Cárie IV - Dentística 2 2. PREPARO CAVITÁRIO → Cuidados quanto à pressão das pontas diamantadas e brocas sobre a dentina. → Maior o calibre da ponta ou da broca, mais rápido é o preparo. → Pontas e brocas novas permitem uma maior capacidade de corte e menos atritos. PONTAS DIAMANTADAS São usadas para desgastes. BROCAS São usadas para remoção de tecido cariado. 3. MATERIAL RESTAURADOR → Infiltração. → Condutibilidade térmica. → Galvanismo. SISTEMAS ADESIVOS TAGS DE RESINA São prolongamentos que se infiltram e chegam até as cavidades profundas. → Nesses casos, a polimerização é dificultada devido a presença de água provinda da polpa e a distância até o fotopolimerizador. MONÔMEROS NÃO POLIMERIZADOS São altamente tóxicos, promovendo a morte do tecido pulpar. ATAQUE ÁCIDO PRÉVIO Possibilitam a dilatação dos túbulos dentinários, permitindo a infiltração dos adesivos. ADESIVOS AUTOCONDICIONANTES Não infiltram profundamente quanto os de ataque ácido prévio. → Sendo o mais recomendado em cavidades profundas. PROCESSO DE REPARAÇÃO Os odontoblastos são células que se renovam a todo momento, pois são derivados de células mesenquimais que se diferenciam em odontoblastos após receberem um estímulo. → Em casos de perfuração na camada de odontoblastos, pode-se usar tratamentos que estimulem as células a se diferenciar em odontoblastos, produzindo a camada de pré-dentina que posteriormente se mineraliza. PACIENTES JOVENS O tratamento indicado é o estímulo de odontoblastos. PACIENTES ADULTOS O tratamento seria endodôntico. PROTEÇÕES PULPARES DIRETAS Quando precisar aplicar produto diretamente na polpa, devido à exposição pulpar. → Capeamento imediato e mediato são realizados em pacientes jovens. → Curetagem Pulpar. → Pulpotomia. CAPEAMENTO IMEDIATO → Aplicação de cimento de hidróxido de cálcio, condicionamento com ácido fosfórico, aplicação de uma fina camada de resina composta e fotoativação. CAPEAMENTO MEDIATO Exposição pulpar significativa. → Aplicação de hidróxido de cálcio em pó ou MTA, cobrimento com cimento de ionômero de vidro, e posteriormente fazer uma restauração provisória. Após isso segue o mesmo procedimento do tratamento expectante. CURETAGEM PULPAR Remover o corno pulpar inflamado usando uma cureta e realizar a hemostasia com solução de hidróxido de cálcio para conter o sangramento. Cárie IV - Dentística 3 PULPOTOMIA Envolve a remoção da polpa coronária, mantendo apenas a polpa apical. PROTEÇÕES PULPARES INDIRETAS Quando tiver ainda espessura de dentina remanescente após o preparo cavitário, sem exposição pulpar. → Bases. (Ionômero de Vidro) → Forramentos. (Hidróxido de Cálcio) → Tratamento Expectante. 1. FORRAMENTO Materiais aplicados em pequena espessura que protegem o complexo dentino-pulpar dos materiais restaurados, selam túbulos dentinários, protegem a polpa de choque térmico e elétrico, e muitas vezes, promovem ação antibacteriana. MATERIAIS UTILIZADOS: → Materiais a base de Hidróxido de cálcio. → Cimento de Ionômero de vidro. → Adesivos dentinários. → MTA. MATERIAIS A BASE DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO → Pó usado em tratamentos expectante, capeamento e curetagem. Além disso estimula a formação da dentina reacional. → Solução e Suspensão são usadas para fazer um controle do sangramento quando há exposição pulpar. → Pasta usada como material curativo. → Cimento é usado para forramento. 2. BASES Materiais mais rígidos e espesso, com função de promover isolamento térmico e elétrico, restaurar a forma ideal de preparos cavitários, bloquear retenções mecânicas em preparos para restaurações indiretas. MATERIAIS UTILIZADOS: → Cimento de Óxido de zinco e eugenol. → Cimento de Fosfato de zinco. → Ionômero de vidro. CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO: → Adesividade ao esmalte e à dentina pela reação com cálcio. → Redução da infiltração marginal pela adesividade. → Considerado uma “Dentina artificial”. → Pode ser usado como base e forramento. 3. TRATAMENTO EXPECTANTE Usado em pacientes jovens. PROCEDIMENTO: → Deixar tecido cariado apenas na parede de fundo, aplicar Hidróxido de Cálcio em pó ou MTA e realizar uma restauração provisória a base de ionômero de vidro. → Após 45 a 60 dias fazer teste de vitalidade pulpar, radiografia interproximal, para ver se formou dentina reacional, se formar, abre o dente e cureta o resto de tecido cariado, limpa a cavidade e faz restauração. Cárie IV – Dentística 1 PRINCÍPIOS DO PREPARO CAVITÁRIO Fundamentos necessários para o correto preparo do elemento dental, a fim de receber uma restauração direta, preservando e devolvendo ao dente integridade estrutural, funcional e estética. → O preparo deve ser conservador, sendo o mínimo destrutivo. → Princípios Biológicos, Estéticos, Mecânicos. ORDEM DE PROCEDIMENTOS 1. Remoção de tecido cariado. 2. Forma de resistência. 3. Forma de retenção. 4. Forma de conveniência é tudo aquilo que tem que fazer na estrutura dental para permitir o correto preparo do dente e correta restauração. 5. Forma de contorno. 6. Acabamento das margens. 7. Limpeza da cavidade. Obs.: Atualmente a remoção de tecido cariado é o primeiro passo, pois a partir dele pode-se obter o quanto de estrutura dental está afetado. ABERTURA DA CAVIDADE É a remoção do esmalte sem apoio dentinário, com a finalidade de expor a lesão de cárie, facilitando sua visualização e, desta forma, permitir a instrumentação das fases subsequentes do preparo cavitário. → Forma de conveniência. LESÕES DE CÁRIES INICIAIS Realizadas com instrumentos rotatórios em alta rotação. Cárie IV – Dentística 2 CÁRIES AMPLAS Acesso direto à lesão. → Remoção do tecido cariado é realizada com instrumentos rotatórios em baixa rotação, ou seja, usa-se brocas carbides esféricas. LESÕES EM ESMALTE O processo de remineralização é uma conduta clínica utilizada para tratar cáries em esmalte. ATIVA → Lesão branca. → Opaca e rugosa. → Não reflete luz. PARALISADA → Lesão branca ou pigmentada. → Brilhante e lisa. → Reflete luz. LESÕES EM DENTINA O processo de preparo cavitário com remoção de dentina infectada é a conduta clínica utilizada. ATIVA → Aspecto Mole. → Úmida e opaca. → Castanho-clara. → Solta-se em placas. PARALISADA → Resistente. → Castanho-escura ou negra. → Brilhante e lisa. CÁRIES DE SULCOS, FÓSSULAS E FISSURAS Forma-se uma cárie em dentina no formato de losango devido a formação de 2 triângulos com base coincidente na junção amelo-dentinária. Isso acontece porque no esmalte a cárie progride seguindo os prismas de esmalte, e quando chega em dentina, a cárie progride seguindo os túbulos dentinários. Cárie IV – Dentística 3 CÁRIES PROXIMAIS Uma cárie que a base em esmalte é voltada pra superfície externa do dente e a base em dentina é voltada para junção amelo-dentinária. → Acesso pela vestibular ou lingual do dente, fazendo um preparo conservador,ou acessar pela superfície oclusal. Obs.: Geralmente é feito um acesso pela oclusal. CÁRIES DE SUPERFÍCIES LISAS E LIVRES Pacientes com alta atividade de cárie. REMOÇÃO DE TECIDO CARIADO Em lesões de cáries amplas deve-se tomar cuidado com a profundidade da lesão. FORMA DE CONTORNO Fase em que se definirá a superfície do dente a ser incluída no preparo cavitário, observando remoção do tecido cariado, forma de resistência e forma de retenção. → Não deixar duas cavidades separadas por uma parede de esmalte com menos de 1mm, ou seja, deve removê-lo. → Preservar estruturas de reforço como cristas marginais, ponte de esmalte e vertentes de cúspides, pois essas estruturas evitam uma futura fratura desse elemento dental. → Esmalte sem suporte deve ser removido para restaurações de amálgama, pois o amálgama é muito duro e o esmalte é friável. • Resina composta ou CIV pode ser colocada sob cúspides socavadas, pois eles são mais resilientes, servindo como uma “dentina artificial”. DENTES FRATURADOS A fratura já é a forma de contorno instaurada, pois não há formação de cárie a ser removida e possui uma cavidade pronta. Cárie IV – Dentística 4 LESÕES NÃO-CARIOSAS A própria lesão formada já é a forma de contorno, pois não há necessidade de realizar um preparo cavitário. FORMA DE RESISTÊNCIA Característica dada à cavidade para que as estruturas remanescentes e a restauração sejam capazes de resistir às forças mastigatórias. → Resistir a esforços mastigatórios, variação volumétrica do material restaurador e diferenças do coeficiente de expansão térmica linear. → Todo esmalte deverá ser suportado por dentina sadia ou resina composta, sendo removido apenas em restaurações de amálgama. → Paredes circundantes devem ser paralelas ou levemente convergentes para oclusão e perpendicular à pulpar e gengival para que a cavidade tenha o mesmo direcionamento dos túbulos dentinários e prismas de esmalte. → Para amálgama, a profundidade da caixa oclusal e proximal deve ser maior que 2mm, pois o amálgama tem espessura de 2mm. CURVA REVERSA DE HOLLENBACK Margem de amálgama com 90º em relação à superfície externa proximal. → O preparo deve ser levemente expulsivo para proximal e retentivo para oclusal. FORMA DE RETENÇÃO Forma dada à cavidade para torna-la capaz de reter a restauração, evitando seu deslocamento. AMÁLGAMA DENTAL Forma de cavidade deve ter profundidade maior ou igual à largura, com paredes paralelas os convergentes para a oclusal → Quando há um preparo muito destrutivo deve-se utilizar retenções adicionais na forma de perfurações ou canaletas ou pinos intra-dentinários para auxiliar a retenção do amálgama. Cárie IV – Dentística 5 RESINA COMPOSTA A retenção se dá pela hibridização do elemento dentário através da aplicação de um ácido fosfórico no esmalte e na dentina. → A formação da camada híbrida promove a retenção da resina composta. FORMA DE CONVENIÊNCIA. Etapa que visa possibilitar a instrumentação adequada do preparo da cavidade e a inserção do material restaurador. → Isolamento absoluto. → Matriz e Cunha. → Preparo com acesso tipo túnel em classe II. ACABAMENTO DAS MARGENS Etapa que visa oferecer uma interface mecanicamente resistente e promover vedamento marginal entre o material restaurador e a estrutura dental. → Melhorar a adaptação do material restaurador às paredes do preparo. → Melhorar o vedamento marginal. → Diminuir a infiltração marginal. LIMPEZA DA CAVIDADE Remoção de partículas remanescentes do preparo cavitário antes da inserção do material restaurador ou protetor, através de diferentes agentes de limpeza, por exemplo o Ácido fosfórico. → Remoção da lama dentinária (smear-layer) que é uma mistura de restos de dentina, restos de broca diamantada, restos do óleo do motor. Cárie IV - Dentística 1 RESTAURAÇÃO → Preservação do tecido dentinário. → Cuidado em relação à sensibilidade (maior proteção do sistema com maior preservação). → Restabelecimento da estética. ESMALTE A dureza do esmalte é atribuída ao conteúdo inorgânico, enquanto a sua friabilidade é atribuída ao alto módulo de elasticidade e baixa resistência à tração. → 96% em peso inorgânico, sendo composto por fosfato de cálcio, fluorapatita, carbonoapatita. → 1% em material orgânico, composto pela matriz orgânica da enamelina. Quando se faz condicionamento ácido para adesão do material restaurador, tem-se previsibilidade muito maior por conta da menor presença de água nesse substrato. DENTINA É um tecido conjuntivo mineralizado no seu estágio maduro → 70% em peso de apatita orgânica (Túbulos dentinários, Dentina intertubular e peritubular). → 18% matriz orgânica (colágeno, fosforina, sialoproteína e glicosaminoglicanas). → 12% água. Essa maior quantidade de água promove um maior desafio dos materiais se fixarem de forma mais duradoura, com risco de infiltrações marginais. SMEAR LAYER Se forma na superfície da dentina após a instrumentação, a qual oclui a entrada dos túbulos dentinários e diminui a permeabilidade dentinária em até 86%. RESINA → Menor custo. → Sessão única, na maioria das vezes. → Preparo conservador. → Módulo de elasticidade. → Cor e opalescência. → Estética e brilho. → Textura e aspecto natural Cárie IV - Dentística 2 TÉCNICA ADESIVA INDICAÇÕES → Necessidade de restaurações estéticas. → Selamento de cicatrículas e fissuras. → Restaurações de lesões oclusais e/ou proximais de tamanho pequeno a médio. CONTRA-INDICAÇÕES → Dentes antagonistas com restaurações cerâmicas. → Estresse oclusal excessivo. → Impossibilidade de isolamento absoluto. → Pacientes de alto risco. VANTAGENS → Preparo Conservador limitado à remoção da lesão cariosa. → Restauração estética. → Reforço do remanescente dental. → Facilidade de repreparo. → Custo inferior comparado às restaurações indiretas. DESVANTAGENS → Contração de polimerização. → Tensão na camada híbrida que podem levar a fraturas, fendas marginais, infiltrações e sensibilidade. → Baixa resistência ao desgaste. RESINA COMPOSTA É um material polimérico, reforçado por partículas de carga que são unidas a matriz por um agente de união. → Matriz é um material resinoso que forma uma fase única, envolvendo as partículas de carga. → Cargas são partículas de reforço dispersas na matriz. → Agente de união, geralmente o silano, promove a adesão entre a carga e a matriz. RESINAS CONVENCIONAIS Material poroso com maior adesão as bactérias que surgiram como macropartículas. → Tinha-se uma boa resistência mecânica, mas um polimento muito deficiente por conta do tamanho dessas partículas. RESINAS MICROPARTICULADAS Partículas de carga muito pequenas com polimento e estética muito agradável, porém com resistência mecânica não adequada para suportar as forças de mastigação. RESINAS COMPOSTAS HÍBRIDAS Presença de macro e micropartículas em proporções equilibradas, proporcionando tanto polimento quanto resistência adequada e satisfatória. RESINAS NANOPARTICULADAS As nanopartículadas são ideais para o bom polimento e possuem ótima resistência. Cárie IV - Dentística 3 ATIVIDADE X RISCO ATIVIDADE Presença e progressão da doença dentro da cavidade. → Cavidade abertas ativas. → Lesões de mancha branca ativas. → Presença de biofilme espesso e pegajoso. RISCO Presença de fatores predisponentes a progressão da doença. → Baixo fluxo salivar. → Dieta cariogênica. → Presença de nichos de biofilme. → Restrições mentais e motoras. ANAMNESE Nome, idade, sexo, profissão, estado geral de saúde, hábitos alimentares e de higiene, história médica, queixa principal. DIAGNÓSTICO Exame clínico e radiográfico.SELEÇÃO DA COR Sempre que for escolher a cor, o dente precisa estar úmido e a luz do refletor pode influenciar na visualização. → Pode-se utilizar a escala vita de cor, aliando ao dente incisal ou com incrementos da resina. Obs.: Usar o canino como referência para a escolha, pois ele é o dente que tem maior quantidade de dentina. PROFILAXIA → Pedra pome + água. → Pasta profilática. → Jato de bicarbonato ABERTURA DA CAVIDADE Remove-se apenas o material antigo e o tecido cariado usando pontas diamantadas e brocas carbide. → Irrigação abundante quando usar alta rotação para não superaquecer a região. → Proteção pulpar quando as cavidade são profundas por meio de forramento da base com hidróxido de cálcio e ionômero de vidro, para evitar a sensiblidade. Obs.: Broca esférica de tamanho muito pequeno não é indicado para cavidades profundas. CONDICIONAMENTO ÁCIDO DO ESMALTE Dissolução seletiva dos prismas de esmalte que melhora a penetração do adesivo no esmalte. → Ácido fosfórico 37% por 30 segundos. → Porosidade. → Aumento da energia superficial. → Maior umedecimento pelo adesivo. Cárie IV - Dentística 4 CONDICIONAMENTO ÁCIDO NA RESINA Abertura dos túbulos dentinários com exposição das fibras colágenas. → Ácido fosfórico 37% durante 15 segundos. → Remoção da smear-layer. → Redução da energia da superfície. PROCEDIMENTO Primer é uma solução de monômeros resinosos dissolvidos em solventes orgânicos, sendo um modificador de superfície que melhora a superfície da dentina para criar melhor adesão. 1. Começar o ataque ácido em esmalte e depois em dentina. 2. Lavar a cavidade com água abundante por 15 segundos. 3. Remover o excesso de água com papel absorvente ou bolinha de algodão, deixando a dentina levemente úmida. 4. Aplicação do primer e esperar um tempo de 20 segundos para volatilizar. 5. Aplicação de adesivos. 6. Fotoativação com a ponta voltada para o longo eixo do dente, por 20 segundos. 7. Formação de uma superfície hibridizada. 8. Inserção do material restaurador. 9. Ajuste oclusal. 10. Polimento e acabamento. Obs.: Sobrecondicionamento + Fotoativação deficiente causa dor pós-operatória. INSERÇÃO DA RESINA NA CAVIDADE Utilizar técnica incremental, aplicando pequenas quantidades de resina de forma oblíqua ou horizontal com no máximo 2mm. → Evitar unir paredes opostas por conta do fator C. → Fotoativação por 20 segundos para cada incremento. AJUSTE OCLUSAL Realiza-se a remoção do isolamento absoluto e se faz o acabamento com pontas diamantadas e multilaminadas POLIMENTO → Maior lisura superficial. → Maior resistência ao desgaste. → Maior resistência ao manchamento. → Finalizar com pastas diamantadas e discos de feltros. Cárie IV – Dentística 1 CLASSE II Cavidades envolvendo a face interproximal de prés-molares e molares, podendo envolver a superfície oclusal devido o acometimento da crista marginal. → Necessidade de sistema matriz-cunha, pois é uma cavidade que tem contato com dente adjacente. Caso não tenha o dente adjacente, será usado o método de mão livre. RESISTÊNCIA À FRATURA O preparo cavitário leva a um enfraquecimento do dente, pois quanto maior o preparo (principalmente preparos MOD), maior será a chance de o dente fraturar. DIAGNÓSTICO → Lesões cavitadas. → Cavidades encobertas. → Radiografias. → Lesão em dentina. TIPOS DE CAVIDADE São determinados pela extensão da cárie, localização e tipo de acesso criado. Obs.: O acesso sempre terá que ser o mais conservador possível para desgastar menor tecido cariado. ACESSOS MOD, MO, DO É um acesso superficial pela lesão cariosa, normalmente onde há uma fratura na crista marginal. ACESSO DIRETO É um acesso utilizado desde que não tenha um dente adjacente na lesão da superfície interproximal. SLOT VERTICAL Rompimento da crista marginal e realização de uma caixa proximal. SLOT HORIZONTAL (RC) Cria um acesso pela superfície lingual ou vestibular. PREPARO EM TÚNEL (MISTA) São preparos que são criados acessos pela oclusal, de modo a preservar a crista marginal, e tentar chegar a cárie por um acesso que vai inclinado no dente. Obs.: Slot horizontal e Preparo em túnel são mais difíceis de serem feitos, pois tem uma visão limitada da lesão, e o acesso para inserir o material restaurador é dificultado. Cárie IV – Dentística 2 MATRIZES Devem estar bem adaptadas principalmente na parede gengival, e estar 0,5 a 1mm acima das cúspides. → Permitem o contorno correto. → Evitam excessos de materiais. → Conferem estabilidade na condensação. → Confecção: • Universais. • Individuais. → Material: • Metálicas. • Plásticas é evitada em dentes posteriores. → Superfície: • Circunferenciais. • Parciais. INDIVIDUAIS São preparadas para cada caso em particular, tendo as características específicas para o dente determinado, e são utilizadas em restaurações de amálgamas e restaurações atípicas. → Matriz rebitadas e soldadas. → Matriz em T. → Matriz em Barton. • É utilizada em restauração de amálgama Classe I e Classe II quando as cavidades têm uma projeção para a superfície vestibular ou palatina. → Matriz de Sweeney. • É uma matriz parcial que fica em contato interproximal com auxílio de uma cunha. UNIVERSAIS Presas a porta-matrizes ou a suportes estabilizadores. → Porta matriz de tofflemire é utilizada em tiras matriz que vem em rolo. → Matrizes Parciais • O anel da unimatrix permite um afastamento dental para realizar a restauração interproximal, e adapta as matrizes nas paredes linguais e vestibulares dos dentes posteriores. Obs.: Unimatrix é utilizada em Resina Composta, sem a necessidade de utilizar o porta-matriz. CUNHAS INTERPROXIMAIS Tanto a matriz quanto a cunha devem estar apoiadas no tecido dental sadio, pois se a cunha não estiver apoiada nesse tecido, pode provocar um amassamento da matriz e promover uma área vazia sujeita ao acúmulo de biofilme, cárie de interface e periodontite. → Estabilização da matriz. → Adaptação marginal. → Separação dos dentes. → Evitar excessos. → Proteger e sustentar o dique de borracha. → Diminuir secreção crevicular. Cárie IV – Dentística 3 RESINA COMPOSTA VANTAGENS → Estética. → Restauração adesiva. → Cavidade sem forma de retenção. → Economia de tecido dental sadio. → Baixa condutibilidade térmica e elétrica. → Maior resiliência em relação ao amálgama. DESVANTAGENS → Tensão de contração de polimerização. → Infiltração marginal. → Tempo de confecção. FORMA DE INSERÇÃO Colocar incrementos pequenos de resina contra as paredes circundantes, sendo que em cúspides socavadas, a primeira camada deve ser colocada sob essa cúspide. → Polimerização Efetiva. → Menor probabilidade de agressão fisiológica a polpa. → Menor probabilidade de mudança de cor do material. → Aumento nas propriedades mecânicas evidenciadas. Obs.: Realizar a forma de inserção de incremento numa forma oblíqua ou horizontal, jamais de forma vertical. PREPARO CAVITÁRIO → Remover a crista marginal enfraquecida. → Matriz voltada para o dente adjacente, com intuito de protege-lo. → Cunha colocada para aumentar o campo de visão de trabalho. Obs.: Ângulo interno arredondado e ângulo externo vivo. DESMINERALIZAÇÃO → Aplicação de ácido fosfórico em esmalte por 15 segundos. → Lavagem da cavidade com água para eliminar os resquícios de ácido fosfórico. → Secagem da cavidade feita com bolinhas de algodão levemente umedecidas. RESTAURAÇÃO → Matriz voltada para o dente cavitado. → Colocação dos incrementos de no máximo 2mm de resina. → Fotoativação de cada incremento conforme é colocado. AJUSTE OCLUSAL Verificação de algum contato prematuro. Cárie IV – Dentística 4ACABAMENTO E POLIMENTO → Pontas multilaminadas para Resina Composta. → Pontas diamantadas F e FF. → Borrachas abrasivas → Escovas abrasivas associados a pasta diamantadas de granulações finas e extra- finas. → Uso de discos de acabamentos nas regiões de crista, sem penetrar a interproximal. → Retirar o excesso do contato interproximal com tiras abrasivas para resina composta. SLOT HORIZONTAL Preparos que não envolvem a superfície oclusal, permitindo um acesso pela vestibular ou lingual. → Ausência do dente adjacente. VANTAGENS → Preparo mais conservador. → Não sujeito a esforços mastigatórios. → Ponto de contato não afetado. DESVANTAGENS → Difícil visualização e acesso. → Adaptação da matriz e do material restaurador deve ser feita de forma cuidadosa. CIV E HÍBRIDOS Proteção do complexo pulpar ou restauração de acesso direto. INDICAÇÃO → Pacientes de alto risco à cárie. → Cavidades pequenas sem nenhum contato oclusal. → Preparo tipo túnel, acesso direto ou slot horizontal. → Restaurações provisórias. Cárie IV – Dentística 5 CONTRA-INDICAÇÃO → Restauração de cavidade ampla. → Restauração com grande contato oclusal. SLOT VERTICAL Preparos que afetarão o ponto de contato com o dente adjacente. → Remoção da crista marginal, principalmente de cárie que chegaram ao tecido dentinário. CAIXA ESTRITAMENTE PROXIMAL → Mais extensa no sentido gengivo-oclusal. → Brocas em forma de pera: 329,330,245. → Curva reversa de hollemback. → Ângulos arredondados. Obs.: Caixa convergente no sentido oclusal, se for para restauração de amálgama. PREPARO TIPO TÚNEL Preparo cavitário que tem como objetivo principal a preservação da crista marginal. → Quanto mais conservador o preparo, o dente terá maior resistência à fratura e menor trauma à polpa. → Restaurações mais estéticas, mais fácil de escultura e de menor interferência na oclusão do paciente. → Devem ser o tratamento de escolha para lesões proximais incipientes que já chegaram em dentina. INDICAÇÃO → Cáries abaixo do ponto de contato interproximal. → Superfície oclusal livre de cárie, principalmente a crista marginal. CONTRA-INDICAÇÕES → Lesões extensas. → Lesões que envolvem cristas. → Lesões com acesso direto. → Lesões que envolvam ponto de contato proximal. → Lesões subgengivais. Cárie IV - Dentística 1 LUZ E COR Processos que modificam a luz após a sua interação com o objeto → Reflexão. → Absorção. → Transmissão. REFLEXÃO Quando o comprimento de onda é totalmente refletido, ele se manifesta em uma cor branca. ABSORÇÃO Quando há total absorção dos comprimentos de ondas, ela se manifesta em uma cor preta. TRANSMISSÃO O comprimento de onda pode ser transmitido de um objeto para o outro, ou seja, ele atravessa o objeto. MATIZ É a dimensão que distingue uma família de cor da outra, ou seja, é o nome da cor. → Azul, verde, amarelo, vermelho. CROMA Descreve a saturação ou intensidade de uma determinada matiz, diferenciando os diferentes tons de uma cor só. VALOR É resultado de manifestações simultâneas de absorção, reflexão e transmissão da luz. → Quanto maior o valor de um material, maior a reflexão da luz e mais clara será a restauração. TRANSLUCIDEZ Resultado de manifestações simultâneas de absorção, reflexão e transmissão de luz. Cárie IV - Dentística 2 CARACTERÍSTICAS ÓPTICAS DOS DENTES NATURAIS São mecanismos responsáveis pela manifestação cromática, sendo que a coroa dental apresenta aspecto policromático, conferindo ao dente uma naturalidade única. → Terço cervical há maior quantidade de dentina do que de esmalte, resultando em croma mais alto e valor intermediário. → Terço médio apresenta baixa translucidez e valor um pouco mais alto que o terço cervical por conta da maior presença do esmalte que influencia na saturação. → Terço incisal apresenta dentina bastante delgada e grande espessura de esmalte, apresentando translucidez. DENTINA A dentina é a principal responsável pelo matiz e croma básico, caracterizada pela alta saturação e baixa translucidez. ESMALTE O esmalte atua como um filtro, visualizando a cor da dentina através do esmalte, sendo pouco saturado e altamente translúcido. ALTERAÇÃO NA EXPRESSÃO CROMÁTICA DOS DENTES Ocorre modificação dos tecidos dentais ao longo da vida, alterando o grau de translucidez. Com o passar do tempo ocorre uma redução da quantidade de esmalte, e a dentina sofre modificações por conta da deposição contínua, por isso pacientes idosos possuem o dente mais opaco e amarelado. OPALESCÊNCIA É uma propriedade relaciona à capacidade do esmalte de refletir as ondas curtas e, simultaneamente, transmitir as ondas longas do espectro visível, sendo melhores percebidos na região incisal. Obs.: Pigmentos para efeito óptico não são indicados. SEQUÊNCIA CLÍNICA 1. Exame clínico e radiográfico. 2. Adequação do meio bucal. 3. Escolha do material. 4. Verificação do acesso à lesão. 5. Protocolo restaurador: escolha da cor, anestesia, isolamento do campo operatório e restauração. EXAME RADIOGRÁFICO O exame radiográfico permite visualizar a profundidade da cavidade, imagens radiolúcidas nas regiões periapicais dos dentes anteriores. ESCOLHA DO MATERIAL É feito uso de materiais estéticos, como a resina composta associada ao adesivo de escolha e o cimento de ionômero de vidro, este que também pode ser usado em pacientes com alto índice cariogênico. Cárie IV - Dentística 3 ACESSO DIRETO POR PROXIMAL Acesso preferencial com maior conservação do tecido dental sadio. → Afastamento Imediato usando cunha de madeira. → Afastamento Mediato usando borrachas ortodônticas 1 a 2 dias antes. ACESSO PALATINO Primeira escolha quando não for possível fazer o acesso direto, preservando sempre que possível a parede vestibular do elemento a ser trabalhado. ACESSO VESTIBULAR Acesso realizado quando há envolvimento da superfície vestibular, sem comprometimento da face palatina. PRINCÍPIOS DO PREPARO CAVITÁRIO FORMA DE CONTORNO Formato da cavidade, ou seja, é a área da superfície a ser incluída no preparo, englobando somente a lesão de cárie e sempre preservando a maior quantidade possível de estrutura dental. FORMA DE RESISTÊNCIA É a forma dada a cavidade de modo que, tanto o dente como o material restaurador resistam aos esforços mastigatórios e as alterações volumétricas. → Término do esmalte em dentina rígida. → Parede pulpar plana. → Arredondamento dos ângulos. FORMA DE RETENÇÃO Se a profundidade for maior ou igual a largura vestíbulo-lingual, a cavidade será por si só auto- retentiva, caso contrário as paredes devem ser levemente convergentes para a oclusal. FORMA DE CONVENIÊNCIA Visa facilitar o acesso e a instrumentação da cavidade. MATERIAIS NECESSÁRIOS → Escova de Robinson e fio dental para realizar a profilaxia antes. → Pinça de Miller e papel articular para checar a oclusão antes. → Alta rotação e mandril. → Contra-ângulo é utilizado em casos de cavidade pronfuda. → Colher para dentina que deve ser compatível com o preparo da cavidade. → Brocas carbide e diamantadas → Matriz de aço e porta-matriz para proteção do dente vizinho. → Cunha para melhorar a forma de conveniência. Cárie IV - Dentística 4 PROFILAXIA → Escova de Robinson. → Taça de borracha utilizando pasta profilática ou pedra pomes. → Jato de bicarbonato. SELEÇÃO DE COR O método mais frequentemente empregado é a comparação visual das características cromáticas dos dentes com diferentes tipos de escala e cor. → É possível fazer pequenos incrementos para a escolha da cor com polimerização. Obs.: A seleção deve ser feita antes do isolamentoabsoluto, pois pode influenciar na escolha da dor. PREPARO CAVITÁRIO → A tira de aço abraça o dente vizinho para a sua proteção. → O bisel foi reenlaçado em 45º para esconder a linha resina/dente da restauração em acesso vestibular. CONDICIONAMENTO ÁCIDO → Esperar 15segundos em esmalte, e posteriormente realizar o ataque ácido por 15segundos em dentina. → Lavagem com água corrente de 20 a 30 segundos. → Após a lavagem, realizar a secagem, deixando a dentina levemente úmida, controlando a umidade com bolinha de algodão. → Aplicação da 1ª camada de dentina, realizar secagem e depois aplicar a 2ª camada de dentina e realizar a fotoativação. INSERÇÃO DO MATERIAL RESTAURADOR Fitas de teflon são usados para proteção dos dentes vizinhos. → A primeira imagem representa uma aplicação de dentina. → A segunda imagem representa uma aplicação de resina em esmalte. ACABAMENTO E POLIMENTO → Retirada dos excessos grosseiros. → Ajuste oclusal com auxílio do papel carbono. Obs.: Utilizar a tira de maior granulação para depois usar a tira de menor granulação, fazendo o acabamento em forma de S. Cárie IV - Dentística 1 CAVIDADES CLASSE IV Consistem em lesões que ocorrem na face proximal dos dentes anteriores com envolvimento do ângulo incisal, podendo envolver um ou dois ângulos. → Lesão de cárie. → Fratura. FRATURAS CORONÁRIAS → Esmalte. → Esmalte e dentina. → Esmalte, dentina e polpa. → Com exposição pulpar. → Sem exposição pulpar. EXAME CLÍNICO → Extensão da fratura. → Invasão do espaço biológico, que é preciso restabelecer o espaço biológico antes da restauração definitiva. → Acometimento da porção radicular. → Estado pulpar. → Tratamento endodôntico. PLANEJAMENTO RESTAURADOR → Idade e estado de saúde do paciente. → Tipo, extensão, posição e direção da fratura. → Qualidade do remanescente dental. → Presença de fragmento OCLUSÃO → Função incisiva. → Tipo de guia. Obs.: Os hábitos parafuncionais podem influenciar negativamente as restaurações Cárie IV - Dentística 2 BIOMIMETISMO Existem um conjunto de princípios estéticos que ajudam a restabelecer o biomimetismo. LINHA MÉDIA A linha média dentária deve ser coincidente entre si e com a linha média facial. → A linha média passa pela glabela, ponta do nariz e lábios. Obs.: Assimetrias consideradas suaves e pequenas não interferem nos princípios estéticos. DOMINÂNCIA ANTERIOR Os incisivos centrais apresentam dominância em relação aos caninos, primeiro pré-molar e os molares. PROPORÇÃO ÁUREA As larguras aparentes dos dentes anteriores devem decrescer do incisivo central para o canino na proporção de 1,618 para 1, para 0,618, que é considerado o número dourado. Incisivos centrais > Incisivos laterais > Caninos. CONVERGÊNCIAS As convergências precisam ser levadas em conta em diferentes vistas, principalmente no aspecto altura. Incisivos centrais > Canino > Incisivos laterais. LINHA DO SORRISO A linha do sorriso acompanha a linha do lábio inferior, mas há pessoas que tem o sorrido invertido/não acompanhado. AMEIAS INTERCISAIS Anteriormente são mais fechadas e vão se abrindo à medida que vai para posterior. A superfície de contato vai decrescendo no sentindo antero-posterior. FORMA DENTAL → Quadrado possui um contorno reto, com ângulos de transição acentuados e lóbulos paralelos. → Triangular possui contorno reto, com convergência cervical e borda incisiva ampla. Cárie IV - Dentística 3 → Oval possui contorno arredondado, com ângulos de transição suaves e convergência incisiva e cervical. BORDA INCISAL Devido ao desgaste e amadurecimento da dentina, há uma diferença da borda incisal entre as diferentes idosos. Além disso, acontece uma redução de esmalte e modificação da dentina deixando os dentes dos pacientes mais idosos, opacos e amarelados. COR É a impressão que a luz refletida ou absorvida pelos corpos produz nos olhos. Obs.: Quanto maior o valor, maior a reflexão de luz e mais clara é a restauração. OPALESCÊNCIA Capacidade de o esmalte transmitir comprimentos de luz na tonalidade amarelada e refletir a tonalidade. FLUORESCÊNCIA Capacidade de absorver luz ultravioleta e transmiti-la em um comprimento de onda visível. Obs.: Se não houver essa propriedade, por exemplo, as restaurações ficariam negra em festas que possuem luzes especiais. OPACIDADE É a propriedade em que a luz não ultrapassa uma superfície. TRANSLUCIDEZ É a propriedade em que a luz ultrapassa uma superfície, apresentando feixes de retorno. → Nas áreas de baixa translucidez, há alta espessura de dentina e pouca de esmalte, sendo ao contrário para zona de alta translucidez. Cárie IV - Dentística 4 SELEÇÃO DO MATERIAL RESTAURADOR Para restaurações de classe IV é recomendado o uso de Resina microhibrida ou Resina nanoparticulada. → Microparticulada apresenta maior polimento e estética → Micro-hibrida apresenta maior resistência, menor contração e estética. → Nanoparticulada apresenta resistência e polimento. Obs.: As resinas microparticuladas não são utilizadas para fazer toda a restauração, pois não tem boa resistência para classe IV. SELEÇÃO DE COR Realizada previamente ao isolamento absoluto, com os dentes limpos sob luz natural. → A = tom amarronzado. → B = tom amarelado. → C = tom acinzentado. → D = tom rosado (quase não usado). Para a seleção de cor é feito incrementos com a cor da resina, polimerizando-a e comparando qual cor se dá melhor com a cor do dente do paciente. TÉCNICA DA BOLINHA É importante que a bolinha tenha espessura, pois se estiver muito translúcida não funciona corretamente. → Fotopolimerização e avaliação da cor da dentina mais cervical e da cor do esmalte mais incisal. Obs.: Resinas Compostas que apresentam “O” escrito significa que é opaco para a dentina e sem a letra “O” se utiliza para esmalte, ou “D” para a dentina, dependendo do fabricante. ANTEPARO DE SILICONE Anteparo para inserção do primeiro incremento que facilita a criação do halo no rebordo incisal. → Facilita a definição da superfície palatal. → Visualização da espessura de resina referente a dentina. CONFECÇÃO → Massas na mesma quantidade, seguindo a recomendação do fabricante. → Remover as luvas e lavar as mãos, pois o látex interfere na composição. Cárie IV - Dentística 5 HIBRIDIZAÇÃO CONVENCIONAL 2 PASSOS Aplicar ácido fosfórico 37% em esmalte por 30 segundos e em dentina por 15 segundos. → Duas camadas intercaladas por jato de ar e polimerizar por 20 segundos. PREPARO DO SUBSTRATO Inserção da restauração inserindo primeiro incremento palatino, podendo ser translúcido, pois servirá de base para a restauração, e após isso, adicionar camadas. → É sempre importante proteger o dente vizinho. ACABAMENTO E POLIMENTO Uso de pontas multilaminadas, discos abrasivos, borrachas abrasivas, tiras de lixas, discos de feltro e pasta diamantada. TÉCNICA A MÃO LIVRE Começa com massa de dentina, incremento por incremento, analisando as características dos dentes adjacentes, até que a restauração forneça a anatomia do dente. Após isso, cobrir a restauração com massa de esmalte, fazer o acabamento e polimento. COLAGEM DE FRAGMENTO Procedimento conservador. → Resistência ao desgaste compatível com o dente. → Preservação da cor e translucidez adequada. → Preservação dos contatos oclusais originais. → Manutenção do contorno original do dente. LIMITAÇÕES → Desprendimento do fragmento por hábitos nocivos, oclusão. → Cor do fragmento. → Colagem em posição errada. → Linha de união. PREPARO DO FRAGMENTO E DO REMANESCENTE Utilizar sistema adesivo como materialde união tanto no remanescente dental quanto no fragmento, preparando primeiro o fragmento para depois preparar o remanescente. → Dentes vitais: não precisa realizar preparo prévio se não for necessária a proteção pulpar. Obs.: Realizar alivio no fragmento na região correspondente ao capeamento pulpar, para possibilitar uma adequada adaptação. MANUTENÇÃO PERIÓDICA E PREVENTIVA → Exame Clínico e radiográfico. → Alterações periodontais, pulpares ou estéticas. → Sondagem periodontal. → Teste de vitalidade pulpar. → Comparação entre radiografias. Cárie IV – Dentística 1 CAVIDADE CLASSE V Cavidades preparadas ou pré-existentes no terço cervical ou gengival (não se relaciona com cicatrículas e fissuras), das faces vestibulares e linguais de todos os dentes. CARIOSA Atividade de desmineralização do tecido dentário. NÃO CARIOSA → Abrasão. → Erosão. → Abfração. ABRASÃO Pode promover a exposição radicular. → Escovação exagerada. → Abrasivos dos dentifrícios. Obs.: A técnica de Bass permite uma higienização e desgaste da parte cervical do dente. CARACTERÍSTICAS → Superfície dura. → Altamente polida. → Cavidades rasas com contorno irregular. → Localizada geralmente na região vestibular. Obs.: Para suspeita de abrasão, pedir ao paciente para que demonstre o modo de escovação e corrigi- lo caso esteja inadequado de acordo com a força exercida. TRATAMENTO → Escolher escovas com cerdas macias. → Escovar com o mínimo de força possível. → Indicar dentifrícios não tão abrasivos. Obs.: É necessário remover a causa da lesão não cariosa antes de realizar a restauração. EROSÃO Dissolução ácida endógena ou exógena. → Endógena: Anorexia, distúrbio gastresofágico. → Exógena: Alimentos, bebidas, medicamentos. CARACTERÍSTICAS → Formato arredondado. → Ampla (distal até mesial). → Cavidade rasa com borda definida. Cárie IV – Dentística 2 ABFRAÇÃO → Contatos prematuros em oclusão cêntrica. → Contatos prematuros em protusão ou lateralidade. → Perda de elemento dentário que ocasiona um carregamento oclusal mal distribuído. CARACTERÍSTICAS → Flexão do dente. → Lesões únicas e profundas com margens definidas. → Formato de cunha. → Lesão de origem multifatorial. → Micro-fraturas do esmalte que podem levar a sensibilidade dentinária. MATERIAIS IONOMÉRICOS → Pacientes de pediatria, principalmente quando eles têm lesões de cavidade ativas e são pacientes de risco. → Pacientes mais idosos que desenvolveram cárie radicular. RESTAURAÇÕES PROVISÓRIAS DE CLASSE V Realizar isolamento absoluto quando a lesão tiver acima da margem gengival. → Ionômeros de Vidro convencionais são usados para restaurações provisórias. → Ionômeros de Vidro modificados por resina são usados para restaurações definitivas. → Primer é aplicado na estrutura dental, sem a necessidade de realizar o ataque ácido. → Inserir material restaurador usando seringa centrix. Obs.: A taça de borracha é o melhor material para polimento de restaurações classe V, pois ela se adapta muito bem na região cervical. RESINAS COMPOSTAS/ SISTEMAS ADESIVOS → A seleção de cor do material restaurador é feita antes de realizar o isolamento absoluto, geralmente as cores A3 e A3,5 são utilizadas em cavidades na cervical. → Aplicar a resina sempre em porção única e realizar o contorno da espátula para recuperar a anatomia da região. Obs.: Por finalidade estética pode-se utilizar bisel para quebrar o ângulo vivo da parte superior. ADESIVOS AUTOCONDICIONANTES → A aplicação de ácido fosfórico é feita apenas no esmalte por 15 a 20 segundos, jamais em dentina. → Lavagem com água para remover o ácido pelo mesmo tempo ou até o dobro do tempo. → Secar a cavidade toda (secar esmalte e dentina). → Aplicação do adesivo autocondicionante é feito a partir da esfregação com microbrush tanto no esmalte quanto na dentina de forma ativa. → Fotoativação por 10 segundos. Cárie IV – Dentística 3 CONDICIONAMENTO ÁCIDO TOTAL → Aplica o ácido fosfórico primeiro no esmalte e depois aplica no tecido dentinário por 15 a 20 segundos. → Lavagem com água para remover o ácido pelo mesmo tempo ou até o dobro do tempo. → Secar levemente a cavidade, deixando a dentina umedecida, controlando a umidade com bolinha de algodão ou papel absorvente. → Aplicação do condicionamento total apenas encosta o adesivo, que ele molha por capilaridade a superfície. → Secar levemente o adesivo, aplicando um leve jato de ar para evaporar a água residual e os solventes. → Fotoativação por 10 segundos. POLIMERIZAÇÃO → Na parte cervical remover o excesso com ponta de lápis FF ou FF2 e verificar o excesso com sonda exploradora. → No corpo da restauração utilizar sempre borrachas abrasivas em formato de taças de borracha. Aula II – Lesões Cervicais e Hipersensibilidade Dentinária ETIOLOGIA → 20 a 30% da população entre 20 a 30 anos de idade. → 50% pré-molares. → 90% face vestibular. TEORIA DA HIDRODINÂMICA Na parede periférica da polpa tem as células odontoblásticas que revestem a câmara pulpar e emitem prolongamentos para dentro dos túbulos dentinários. Esses canalículos são preenchidos por um fluido tissular, que ao se movimentar faz pressão sobre as terminações nervosas e promove sensação de dor. SENSAÇÃO DE DOR → Estímulos térmicos. → Soluções hipertônicas. → Desidratação. → Estímulos mecânicos. CAUSAS → Cárie. → Abrasão. → Erosão. → Abfração. → Recessão Fisiológica. → Tratamento periodontal com exposição da dentina. Cárie IV – Dentística 4 TRATAMENTO COM CAVIDADE → Tratamento restaurador elimina a sensibilidade a partir da obliteração dos túbulos. → Recobrimento da raiz utilizando enxerto de tecido conjuntivo ou subepitelial. Obs.: A área doadora para realizar o enxerto geralmente é a região de palato, na região de 2ºPM até o 1ºM. SEM CAVIDADE → Recobrimento da raiz utilizando enxerto. → Obliteração dos túbulos dentinários de forma natural (proteínas e minerais da saliva) ou induzida com materiais. → Redução da atividade nervosa sensorial intradentinária com aplicação de produtos. OXALATO DE POTÁSSIO Gel que se aplica na superfície sensível e é depositado dentro dos túbulos, reagindo com o cálcio do fluido e precipitando partículas que ocluem os túbulos. FLUORETOS Verniz é melhor que o gel, pois fica retido na superfície por mais tempo. GLUTARALDEIDO + HEMA → Aplica na superfície sensível e precipita proteínas que bloqueiam os canalículos. → Aplicar uma leve camada de adesivos autocondicionantes fotoativa oblitera superficialmente a região de canalículos expostos. LASER DIODO Laser de baixa potência atravessa a estrutura mineralizada do dente, atingindo odontoblastos que produzem produtos mineralizados capazes de promover uma obliteração interna. DENTIFRÍCIOS Os dentifrícios podem conter componentes que reduzem a atividade nervosa sensorial ou obliterem os túbulos. → Redução da atividade nervosa sensorial intradentinária, por meio de Nitrato de Potássio e Cloreto de Estrôncio. Só que a partir do momento que eles vão diminuindo, pode acontecer a recorrência da hipersensibilidade. Cárie IV - Dentística 1 CAVIDADES ATÍPICAS São cavidades não classificadas por Black, podendo ser desde de uma cavidade simples envolvendo 1 face, ou uma cavidade complexa, envolvendo 2 ou mais faces. → Cavidades que envolvem cúspides podem ser classificadas como atípicas. MATERIAL RESTAURADOR DIRETO COM RESINA COMPOSTA É vantajoso pois permite a adesão e promove um preparo mais conservador. RESTAURAÇÕES ATÍPICAS EM RESINA COMPOSTA A restauração quando é complexa, muita das vezes é uma restauração direta, feita previamente a uma restauração indireta. → Retenção- camada híbrida. RESINA COMPOSTA Quando usada em cavidades atípicas pode ser degradada de forma mais rápida. VANTAGEM A resina em relação ao amálgama tem uma capacidade de realizar adesão ao substrato. INDICAÇÕES → Grande perda de estrutura coronária. → Presença de esmalte sem suporte. → Estética. → Coroas clínicas curtas. CONTRA-INDICAÇÕES → Ampla destruição, ou seja, onde não há remanescente coronário, dificultando a adesão da resina. → Impossibilidade de colocação do sistema matriz que determine um contorno adequado. → Dificuldade na obtenção do ponto de contato interproximal. Obs.: O sistema de anel tipo unimatrix não é indicado para o restabelecimento do ponto de contato na restauração, quando a parede vestibular é envolvida no preparo cavitário. TÉCNICA OPERATÓRIA EM RESTAURAÇÕES SIMPLES EXAME CLÍNICO E RADIOGRÁFICO. Cárie IV - Dentística 2 SELEÇÃO DE COR E VERIFICAÇÃO DOS CONTATOS OCLUSAIS. ISOLAMENTO ABSOLUTO E REMOÇÃO DO TECIDO CARIADO Ponta diamantada esférica 1112 em alta rotação para abertura inicial. REMOÇÃO DO TECIDO CARIADO Feita com broca esférica em baixa rotação. CONDICIONAMENTO Ácido fosfórico 37% aplicado por 30 segundos em esmalte e até 15 segundos em dentina. APLICAÇÃO DO SISTEMA ADESIVO EM ESMALTE E DENTINA. → Secagem com suaves jatos de ar (5-10 seg). → Reaplicação do adesivo. FOTOATIVAÇÃO POR 20 SEGUNDOS. APLICAÇÃO DA RESINA COMPOSTA Em incrementos de 2mm, sem que ocorra união de paredes opostas. AJUSTE OCLUSAL E ACABAMENTO E POLIMENTO Com pontas diamantadas, borrachas abrasivas. TÉCNICA OPERATÓRIA EM RESTAURAÇÕES COMPLEXAS EXAME CLÍNICO E RADIOGRÁFICO. PREPARO CAVITÁRIO. Cárie IV - Dentística 3 CONTORNO ANATÔMICO E PONTOS DE CONTATO. → Seleção da matriz fina e maleável. → Cunhas de madeira são usadas para estabilização da matriz ao dente, melhorar adaptação marginal da restauração, evitar excessos na porção cervical, e diminuir a secreção do sulco gengival. → Pressionar a matriz contra o dente adjacente enquanto polimeriza a resina composta. CONTATO INTERPROXIMAL → Utilizar dispositivos pré-fabricados como Contact-pro. INSERÇÃO E POLIMERIZAÇÃO DA RESINA COMPOSTA. → Começar pela região interproximal para ter uma facilidade de obtenção de anatomia. ACABAMENTO E POLIMENTO → Uso de brocas multilaminadas para resina, pois não é possível cortar o dente. → Uso de borrachas abrasivas principalmente nos dentes posteriores. DESAFIOS DA RESTAURAÇÃO EM RESINA COMPOSTA FOTOPOLIMERIZAÇÃO Por conta de não conseguir polimerizar de maneira eficiente os monômeros. → Valo e BlueFlame. ISOLAMENTO ABSOLUTO. Evitar que sangue e saliva entrem no campo operatório em restauração profunda. TÉCNICA OPERATÓRIA. → Utilização de sistema matriz específicos. → Instrumentais adequados para contato proximal. ADESÃO. → Convencionais. → Autocondicionantes. → Universais. INSERÇÃO INCREMENTAL DA RESINA → Pode formar fenda, trinca no esmalte, hipersensibilidade pós operatória, causadas pela possível falha na polimerização. Obs.: Primeiro vedar a interproximal e posteriormente a caixa oclusal, fazendo o incremento sem unir paredes opostas. Cárie IV - Dentística 1 CLAREAMENTO DENTAL Tornar a coloração dos dentes adequada, seguindo a necessidade do paciente e determinado padrão estético atual. → Deve ser aplicado somente em esmalte. → Não aplicar em dentina porque tem túbulos dentinários que podem influenciar a penetração do material na polpa, causando injúria pulpar e sensibilidade. MECANISMO DE AÇÃO Agentes químicos com baixo peso molecular e permeabilidade dental removem pigmentos orgânicos dos dentes. → Os radicais de oxigênio entram em contato com a pigmentação da dentina, acontecendo uma reação de oxido-redução. CLAREAMENTO CASEIRO É feito com a colaboração do paciente e proteção da dentina com um material restaurador provisório (CIV). CLAREAMENTO DE CONSULTÓRIO Utiliza-se uma barreira gengival (Top dam) para proteger o tecido gengival do paciente. AGENTES CLAREADORES PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO É usado em clareamento caseiro e em consultório. → Clareamento mais rápido. PERÓXIDO DE CARBAMIDA É usado em clareamento caseiro e de consultório, → Padrão ouro para tratamento caseiro. → Libera em torno de 3,2% de peróxido de hidrogênio. PERBORATO DE SÓDIO É indicado para dentes não vitais. → Clareamento Caseiro é utilizado em baixa concentração, → Clareamento de Consultório é utilizado em alta concentração. INDICAÇÕES → Dentes com coloração amarelada. → Dentes com escurecimento pela idade. → Dentes com manchamento por tetraciclina. → Dentes com alteração de cor originada por trauma. → Dentes com manchamento proveniente da dieta, acontece por conta da permeabilidade do esmalte que permite que os pigmentos afetem o dente. TETRACICLINA Manchamento caracterizado por faixas e bandas. → Grau leve. → Grau moderado. → Grau severo não é indicado fazer o clareamento dental, deve-se partir direto para o procedimento restaurador. Cárie IV - Dentística 2 CONTRA-INDICAÇÕES → Uso durante a gravidez e lactação. → Paciente com idade inferior a 15 anos. → Sensibilidade ao produto (alergia à água oxigenada). PLANEJAMENTO → Diagnóstico correto do manchamento. → Escolha do agente clareador e técnica. → Adequação do meio bucal fazendo remoção do tecido cariado, restauração provisória em cavidade aberta e o paciente deve estar livre de doença periodontal. Obs.: Dificuldade de se prever o resultado, por conta do fator genético da mudança de cor que influencia a saturação de cada dente. QUANDO RESTAURAR? As restaurações anteriores ao tratamento não clareiam, sendo necessário perguntar ao paciente sobre eventos próximos e se há restaurações. Após a finalização do tratamento precisa aguardar 15 dias para que haja a liberação do oxigênio e tenha sucesso no procedimento restaurador. SESSÕES Depende da etiologia do manchamento, idade e tempo de manchamento. → Tetraciclina e manchamento mais escuros precisam de mais sessões. → Jovens possuem túbulos dentinários com maiores diâmetros, permitindo que o clareador circule pela dentina. EFEITOS ADVERSOS DENTES VITAIS Sensibilidade dos dentes devido a grande movimentação desses peróxidos através do esmalte e dentina. → Desmineralização dos tecidos. → Estresse oxidativo da polpa pela quantidade de gel que atingiu a polpa. Inflamação do tecido gengival devido a moldeira mal adaptada, que pode causar injúrias e inflamar tecidos. POTENCIAÇÃO CARCINOGÊNICO O peróxido de hidrogênio é envolvido nos processos de cicatrização tecidual. → Em concentrações superiores as usuais são bacteriostáticos, e quando é usado em concentrações muito elevadas pode ser mutagênico. → Co-carcinogênico pode potencializar outro agente que seja carcinogênico. SENSIBILIDADE DENTAL → Polpa pode apresentar uma resposta inflamatória suave à moderada. → Clinicamente o paciente vai relatar uma sensibilidade transitória e reversível. PROCEDIMENTO → Proteção das áreas de dentina exposta em dentes vitais. → Aumentar o intervalo entre as sessões, se o paciente relatar sensibilidade. → Orientar a dieta para evitar mudanças bruscas de temperaturas e alimentos cítricos. → Aplicação de dessensibilizantes que impedem a atuação do estímulo desencadeante da dor momentânea (Nitrato de Potássio). Cárie IV - Dentística 3 DENTIFRÍCIO COM VIDRO BIOATIVO Fornece uma proteção do esmalte contra a perda mineral sem interferir na eficácia clareadora. → Optar por um dentifrício de sensibilidade durante o tratamento clareador. Ex.: Dentifrício da Colgate que
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