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Tecnologias_Educacionais (2)

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Prévia do material em texto

Tecnologias educacionais
Nalva Moura
www.unipar.br
UNIVERSIDADE PARANAENSE 
MANTENEDORA 
Associação Paranaense de Ensino e Cultura – APEC 
REITOR
Carlos Eduardo Garcia 
Vice-Reitora Executiva
Neiva Pavan Machado Garcia 
Vice-Reitor Chanceler
Candido Garcia
Diretorias Executivas de Gestão 
Administrativa 
Diretorias Executivas de Gestão 
Acadêmica 
Diretor Executivo de Gestão dos Assuntos Comunitários 
Cássio Eugênio Garcia
Diretora Executiva de Gestão da Cultura e da Divulgação 
Institucional 
Cláudia Elaine Garcia Custódio
Diretora Executiva de Gestão e Auditoria de Bens Materiais
Permanentes e de Consumo
Rosilamar de Paula Garcia
Diretor Executivo de Gestão dos Recursos Financeiros 
Rui de Souza Martins
Diretora Executiva de Gestão do Planejamento Acadêmico 
Sônia Regina da Costa Oliveira
Diretor Executivo de Gestão das Relações Trabalhistas 
Jânio Tramontin Paganini
Diretor Executivo de Gestão dos Assuntos Jurídicos 
Lino Massayuki Ito
Diretora Executiva de Gestão da Educação a Distância 
Ana Cristina de Oliveira Cirino Codato
Diretora Executiva de Gestão do Ensino Superior 
Maria Regina Celi de Oliveira
Diretora Executiva de Gestão da Pesquisa e da Pós-
Graduação 
Evellyn Cláudia Wietzikoski
Diretor Executivo de Gestão da Extensão 
Universitária 
Adriano Augusto Martins
Diretor Executivo de Gestão da Dinâmica 
Universitária 
José de Oliveira Filho
Diretorias dos Institutos Superiores das 
Ciências
Diretora do Instituto Superior de Ciências Exatas, 
Agrárias, Tecnológicas e Geociências 
Giani Andréa Linde Colauto 
Diretora do Núcleo dos Institutos Superiores de Ciências 
Humanas, Linguística, Letras e Artes, Ciências Sociais 
Aplicadas e Educação 
Fernanda Garcia Velásquez 
Diretora do Instituto Superior de Ciências Biológicas, 
Médicas e da Saúde 
Irinéia Paulina Baretta
DEGEAD – DIRETORIA ExECUTIVA DE GESTãO DA EDUCAçãO 
A DISTâNCIA
Diretora Executiva de Gestão da Educação a Distância 
Ana Cristina de Oliveira Cirino Codato
Coordenador dos Cursos Superiores de Licenciatura e de 
Graduação Plena (História, Letras, Pedagogia e Filosofia)
Heiji Tanaka
Coordenador dos Cursos Superiores de Tecnologia e Bacharelado do 
Eixo Tecnológico de Gestão e Negócios (Gestão Comercial, Logística, Marketing, 
Processos Gerenciais e Administração)
Evandro Mendes de Aguiar
Coordenadora dos Cursos Superiores de Tecnologia e Bacharelado do 
Eixo Tecnológico de Gestão e Negócios (Gestão Financeira, 
Gestão Pública, Recursos Humanos e Ciências Contábeis)
Isabel Cristina Gozer
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da UNIPAR 
M929t Moura, Nalva. 
 Tecnologias educacionais / Nalva Moura. – Umuarama : 
UNIPAR, 2016.
74 f. 
ISBN: 978-85-8498-097-0
1. Educação. 2. Ensino a distância - EAD. I. 
Universidade Paranaense - UNIPAR. II. Título.
(21 ed.) CDD: 371.33
Assessoria pedagógica 
Daniele Silva Marques e Marcia Dias 
Diagramação e Capa 
Diego Ricardo Pinaffo, Fernando Truculo Evangelista e Renata Sguissardi
* Material de uso exclusivo da Universidade Paranaense – UNIPAR com todos os direitos da edição a ela reservados.
Sumário
UNIDADE I – A IMPORTÂNCIA DAS TECNOLOGIAS 
EDUCACIONAIS PARA A PRODUÇÃO DE MATERIAIS 
DIDÁTICOS NA EAD ................................................................................15
Educação e tecnologia: uma parceria de sucesso .....................................16
Educar e aprender com qualidade utilizando as novas tecnologias .17
O uso das tics na educação ..................................................................................18
Professor, aluno e seus novos papéis no processo educacional 
mediado por tecnologias .....................................................................................20
Educação e tecnologias: surge uma nova forma de 
ensinar e aprender .................................................................................................22
O uso das tecnologias em materiais didáticos ............................................24
O design e sua integração com o meio educacional .................................24
Princípios do design e suas aplicações .........................................................26
Proximidade ..............................................................................................................27
Alinhamento ..............................................................................................................29
Repetição ....................................................................................................................30
Contraste ....................................................................................................................32
TecnologiaS educacionaiS
Cores .............................................................................................................................33
Terminologias cromáticas ...................................................................................34
Tipografia ...................................................................................................................37
Layout ..........................................................................................................................39
O processo de criação de materiais didáticos .............................................39
UNIDADE II – CONHECENDO AS TECNOLOGIAS DA 
INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO E SUAS POSSIBILIDADES 
PARA O PROCESSO EDUCACIONAL ................................................. 49
Conceituando tecnologias da informação e comunicação .....................50
Recursos e ferramentas que contribuem para a transmissão de 
conteúdos didáticos ...............................................................................................51
Editando e formatando textos ...........................................................................51
Apresentando conteúdos de forma atraente ..............................................53
Editando imagens vetoriais ................................................................................55
Editando fotos e imagens ....................................................................................56
Editoração e diagramação de materiais didáticos ....................................58
Utilizando recursos audiovisuais na produção de 
materiais didáticos .................................................................................................58
Utilizando softwares de autoria .......................................................................60
A internet e a educação a distância na produção de conteúdos 
didáticos ......................................................................................................................61
Um pouco de história sobre ead .......................................................................63
O uso dos diversos dispositivos como meio de transmissão do 
conhecimento ...........................................................................................................65
Surgem novas tecnologias educacionais – presente ou futuro? .........66
referências .................................................................................................73
Apresentação
Diante dos novos desafios trazidos pelo mundo contemporâneo e o surgimento de um 
novo paradigma educacional frente às Tecnologias de Informação e Comunicação dis-
poníveis que favorecem a construção do conhecimento, a revolução educacional está 
entre os mais pungentes, levando as universidades a assumirem a sua missão como 
instituição formadora, com competência e comprometimento, optando por uma gestão 
mais aberta e flexível, democratizando o conhecimento científico e tecnológico, atra-
vés da Educação a Distância.
Sendo assim, a Universidade Paranaense - UNIPAR - atenta a este novo cenário e 
buscando formar profissionais cada vez mais preparados, autônomos, criativos, res-
ponsáveis, críticos e comprometidos com a formação de uma sociedade mais demo-
crática,vem oferecer-lhe o Ensino a Distância, como uma opção dinâmica e acessível 
estimulando o processo de autoaprendizagem.
Como parte deste processo e dos recursos didático-pedagógicos do programa da 
Educação a Distância oferecida por esta universidade, este Guia Didático tem como 
objetivo oferecer a você, acadêmico(a), meios para que, através do autoestudo, possa 
construir o conhecimento e, ao mesmo tempo, refletir sobre a importância dele em sua 
formação profissional.
Seja bem-vindo(a) ao Programa de Educação a Distância da UNIPAR.
Carlos Eduardo Garcia 
Reitor
Seja bem-vindo caro(a) acadêmico(a),
Os cursos e/ou programas da UNIPAR, ofertados na modalidade de educação a dis-
tância, são compostos de atividades de autoestudo, atividades de tutoria e atividades 
presenciais obrigatórias, os quais individualmente e no conjunto são planejados e or-
ganizados de forma a garantir a interatividade e o alcance dos objetivos pedagógicos 
estabelecidos em seus respectivos projetos.
As atividades de autoestudo, de caráter individual, compreendem o cumprimento das 
atividades propostas pelo professor e pelo tutor mediador, a partir de métodos e práti-
cas de ensino-aprendizagem que incorporem a mediação de recursos didáticos orga-
nizados em diferentes suportes de informação e comunicação.
As atividades de tutoria, também de caráter individual, compreendem atividades de 
comunicação pessoal entre você e o tutor mediador, que está apto a: esclarecer as 
dúvidas que, no decorrer deste estudo, venham a surgir; trocar informações sobre as-
suntos concernentes à disciplina; auxiliá-lo na execução das atividades propostas no 
material didático, conforme calendário estabelecido, enfim, acompanhá-lo e orientá-lo 
no que for necessário.
As atividades presenciais, de âmbito coletivo para toda a turma, destinam-se obriga-
toriamente à realização das avaliações oficiais e outras atividades, conforme dispuser 
o plano de ensino da disciplina.
Neste contexto, este Guia Didático foi produzido a partir do esforço coletivo de uma 
equipe de profissionais multidisciplinares totalmente integrados que se preocupa 
com a construção do seu conhecimento, independente da distância geográfica que 
você se encontra.
O Programa de Educação a Distância adotado pela UNIPAR prioriza a interatividade, 
e respeita a sua autonomia, assegurando que o conhecimento ora disponibilizado seja 
construído e apropriado de forma que, progressivamente, novos comportamentos, no-
vas atitudes e novos valores sejam desenvolvidos por você.
A interatividade será vivenciada principalmente no ambiente virtual de aprendizagem 
– AVA, nele serão disponibilizados os materiais de autoestudo e as atividades de tuto-
ria que possibilitarão o desenvolvimento de competências necessárias para que você 
se aproprie do conhecimento.
Recomendo que durante a realização de seu curso, você explore os textos sugeridos 
e as indicações de leituras, resolva às atividades propostas e participe dos fóruns de 
discussão, considerando que estas atividades são fundamentais para o sucesso da 
sua aprendizagem.
Bons estudos! e-@braços.
Ana Cristina de Oliveira Cirino Codato 
Diretora Executiva de Gestão da Educação a Distância
Introdução
Prezado(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à disciplina Tecnologias Educacionais, que 
abordará o uso das novas tecnologias como ferramenta ativa e diferencial no pro-
cesso educacional que está sendo construído na atualidade.
Primeiramente, gostaria de me apresentar a você. Sou a professora Nalva Moura, 
graduada em Comunicação Social/Jornalismo e pós-graduada em Assessoria de 
Imprensa e Comunicação Empresarial e em Gestão de Projetos, possuo experiência 
de aproximadamente 10 anos no ensino a distância, sendo que desses, os últimos 
seis foram trabalhando com gestão de equipes de produção de conteúdos, portanto 
espero contribuir com o seu aprendizado repassando um pouco da experiência que 
adquiri neste período.
Este livro foi produzido com muito cuidado e dedicação visando a informá-lo(a) sobre 
as possibilidades oferecidas pelas TICs no processo ensino-aprendizagem, processo 
esse que vem passando por alterações significativas, seja pelo uso desses recursos 
ou mesmo pela mudança nos papéis de professores e alunos, que estão tendo que 
(re)pensar suas atitudes e objetivos quando o assunto é ensinar e aprender.
Procurarei trazer para este material embasamentos teóricos de autores reconhecidos 
no meio educacional por estudarem e pesquisarem o uso e o impacto destas ferra-
mentas no processo educacional. Porém, também apresentarei a você conceitos e re-
cursos que são importantes quando tratamos sobre novas tecnologias educacionais 
e, ainda, sugerirei algumas possibilidades que poderão ser utilizadas por professores 
e alunos para facilitar a aquisição do conhecimento.
Lembro que este material não deverá ser sua única fonte de estudos, pois não po-
demos nos esquecer que uma das qualidades do aluno do EAD é a autonomia e 
capacidade para buscar outras formas de aprender. Sendo assim, convido você a uti-
lizar este livro como norte rumo à mágica aventura no mundo do conhecimento e da 
experimentação que as várias tecnologias oferecem, contribuindo assim, com a sua 
formação profissional e também pessoal.
Espero que este livro possa instigá-lo(a) a conhecer e investigar a fundo as várias 
possibilidades oferecidas pelas novas tecnologias para adquirir conhecimento, tenho 
certeza de que será gratificante.
Bons estudos e um ótimo aprendizado!
UNIDADE I – A IMPORTÂNCIA DAS 
TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS PARA A 
PRODUÇÃO DE MATERIAIS 
DIDÁTICOS NA EAD 
ObjetivOs a serem alcançadOs nesta unidade
Prezado(a) Acadêmico(a), ao terminar os estudos dessa unidade, você deverá ser 
capaz de:
• Conhecer as transformações que o uso das tecnologias tem gerado no meio 
educacional.
• Apresentar os papéis de professores e alunos neste novo processo.
• Compreender o que é design e sua importância para a elaboração de mate-
riais didáticos.
• Conhecer os princípios utilizados pelo design gráfico.
• Compreender como se dá o processo de produção de materiais didáticos e os 
profissionais envolvidos.
Para que esses objetivos sejam alcançados, é de extrema importância que você de-
senvolva seus estudos com seriedade e dedicação, lendo as literaturas recomenda-
das e os capítulos dos livros didáticos que forem referenciados neste guia. 
Bons estudos!
16 Tecnologias educacionais
educaçãO e tecnOlOgia: uma parceria de sucessO
Prezado(a) aluno(a), ao iniciar nossa discussão sobre o uso das tecnologias da infor-
mação e comunicação na educação, gostaria de convidá-lo(a) a uma reflexão: será que 
essas tecnologias surgiram há pouco tempo e estão associadas ao advento da internet?
Certamente seu primeiro impulso foi de responder que sim, mas receio informar que 
você estaria optando pela resposta incorreta, pois as mais antigas tecnologias utiliza-
das no processo ensino-aprendizagem são o giz e o quadro-negro, porém as inova-
ções mais recentes têm alterado toda nossa forma de viver e nos relacionarmos, e na 
educação não poderia ser diferente.
Segundo Castells (2005, p.17), “a tecnologia não determina a sociedade: ela é a so-
ciedade. A sociedade é que dá forma à tecnologia de acordo com as necessidades, 
valores e interesses das pessoas que utilizam as tecnologias”. 
Do ponto de vista deste sociólogo espanhol, os maiores avanços tecnológicos experi-
mentados pela humanidade de modo geral a partir de meados do século passado or-
bitam ao redor das chamadas tecnologias da informação e da comunicação, ou seja, 
hoje em dia é impossível pensar em nossas vidas sem estarmos conectados quase 
que 24 horas por dia.
Como não poderia deixar de ser, as tecnologias acabaram influenciando e criando 
novas culturas, já que estas são dinâmicas e passíveis de mudanças e adaptações o 
tempo todo.
De acordo com Levy (1997, p.29):
as verdadeiras relações não se travam,portanto, entre a tecnologia (que seria de ordem 
da causa) e a cultura (que sofreria os efeitos), mas entre uma multidão de agentes hu-
manos que inventam, produzem, utilizam e interpretam diversamente as técnicas.
17Tecnologias educacionais
O que Levy quis dizer é que a cultura não se cria ou reinventa sozinha, esse movi-
mento dinâmico se dá conforme são estabelecidas as relações humanas e estas, 
claro, são influenciadas por inúmeros fenômenos, dentre eles o uso das tecnologias 
da informação e comunicação.
É aí então que começamos a pensar no uso dessas tecnologias no meio educacio-
nal, pois se somos influenciados pelas relações e culturas a que estamos expostos o 
tempo todo, como não poderia deixar de ser, a educação também tem experimentado 
mudanças significativas que têm alterado toda a forma de pensar e conceber o que se 
é ensinar e aprender.
Ao lembrarmos em como se dava o processo educacional até pouco tempo atrás é natural 
sentirmos que ele está ultrapassado e que é preciso mudar, inovar e evoluir a fim de acom-
panhar as mudanças que estamos experimentando nos outros campos da nossa vida.
É aí, caro(a) aluno(a), que se faz necessária uma análise crítica sobre como utilizar 
as tecnologias da forma correta visando a alcançar os objetivos educacionais estabe-
lecidos e, também e principalmente, qual deve ser agora o papel do professor e o do 
aluno neste processo que está mudando radicalmente.
educar e aprender cOm qualidade utilizandO as nOvas 
tecnOlOgias
Caro(a) aluno(a), se é óbvio que as aulas tradicionais estão ultrapassadas também é 
evidente que alguns questionamentos precisam ser respondidos, dentre eles: como 
educar com qualidade utilizando as tecnologias e como será o papel do professor e do 
aluno neste novo processo?
Mas antes disso, é preciso refletir sobre este processo, sobre o que é educar, ensinar 
e aprender. Sendo assim, tomemos o que diz Moran (2000, p.12):
18 Tecnologias educacionais
Ensino e educação são conceitos diferentes. No ensino organiza-se uma série de 
atividades didáticas para ajudar os alunos a compreender áreas específicas do co-
nhecimento (ciências, história, matemática). Na educação o foco, além de ensinar, 
é ajudar a integrar ensino e vida, conhecimento e ética, reflexão e ação, a ter uma 
visão de totalidade. 
Você pode estar confuso(a) ao pensar que educação e ensino são conceitos di-
ferentes, mas pense que ensinar está ligado às leis, tradições, currículos e tudo 
o que está parametrizado e deve ser seguido com o intuito de se alcançar os 
objetivos propostos. Já educar é algo mais amplo, tem a ver com a formação do 
indivíduo como ser social, suas aspirações, conhecimentos, experiências e o uso 
delas para a formação do seu “eu social”.
É aí, caro(a) aluno(a), que podemos buscar as respostas para os primeiros questiona-
mentos levantados no início deste tópico, vamos lá?
O usO das tics na educaçãO
Se educar é um processo que envolve a formação do indivíduo como um todo, po-
demos afirmar que o uso de recursos educacionais contribui significativamente para 
que os resultados esperados sejam alcançados. Sendo assim, as novas tecnologias 
viabilizam muito este processo.
Mas então, querido(a) aluno(a), será que apenas o uso destes recursos, tecnologias e 
metodologias contribuirão para que se alcance uma educação de qualidade?
Segundo Moran (2000, p.15):
Nosso maior desafio é caminhar para um ensino e uma educação de qualidade, que in-
tegre todas as dimensões do ser humano. Para isso precisamos de pessoas que façam 
19Tecnologias educacionais
essa integração em si mesmas...e transitem de forma fácil entre o pessoal e o social, que 
expressem nas suas palavras e ações que estão sempre evoluindo, mudando, avançando.
Então, é preciso que o uso das tecnologias seja um diferencial no processo educacional e 
que possibilite a formação de um profissional/cidadão crítico, que esteja apto a aprender 
e utilizar os conhecimentos adquiridos com o intuito de alcançar resultados profissionais e 
pessoais que sejam satisfatórios não apenas para ele, mas para toda a sociedade.
É aí, prezado(a) aluno(a), que a definição de metas educacionais claras é fundamen-
tal neste processo, ou então nem as tecnologias, nem excelentes professores ou ma-
teriais poderão ser capazes de contribuir para uma educação de qualidade.
Segundo Moran (2000, 19), “atualmente, cada vez mais processamos também a in-
formação de forma multimídia, juntando pedaços de textos de várias linguagens su-
perpostas simultaneamente”, portanto, ao ensinar é preciso que o educador esteja 
preparado para atingir seu público com a mesma intensidade como ele é atingido 
pelas demais informações que povoam seu cotidiano, e é aí que as tecnologias de 
informação e comunicação podem contribuir significativamente.
É preciso extrair o que de melhor as tecnologias podem oferecem, pois se hoje as bar-
reiras físicas já não são problema para que os relacionamentos e informações aconte-
çam, também não pode ser um impeditivo para a educação. Se o professor conseguir 
criar o hábito em seus alunos de utilizar todos os recursos que eles têm disponíveis 
para pesquisarem e buscarem as informações que os ajudem a atingir os objetivos 
educacionais estabelecidos para sua disciplina, certamente este educador estará um 
passo à frente e contribuirá para a formação de cidadãos mais bem preparados para 
enfrentarem as mudanças que ainda estão por vir.
Mas então, qual será o papel do professor e do aluno neste novo processo que muda 
tão rapidamente?
20 Tecnologias educacionais
prOfessOr, alunO e seus nOvOs papéis nO prOcessO 
educaciOnal mediadO pOr tecnOlOgias
Chegou a hora, caro(a) aluno(a), de tratarmos sobre qual deve ser o papel do pro-
fessor e do aluno neste novo processo educacional que vem se desenhando e que 
está inserido em uma sociedade cada vez mais conectada e dependente das novas 
tecnologias.
Behrens (2000, p.71), afirma que:
Em face da nova realidade, o professor deverá ultrapassar seu papel autoritário, de 
dono da verdade, para se tornar um investigador, um pesquisador do conhecimento 
crítico e reflexivo. O docente inovador precisa ser criativo, articulador e, principalmente, 
parceiro de seus alunos no processo de aprendizagem.
 
O que podemos concluir da afirmação acima é que a nova realidade educacional 
exige educadores que jamais deixam de ser alunos e que busquem constantemente 
qualificação e informação, tendo como principal objetivo a mediação do processo edu-
cacional do seu aluno.
Você lembra que ao iniciarmos esta unidade refletimos que a forma educacional tra-
dicional está ultrapassada? Sim, esta é uma grande verdade e aqui começamos a 
entender o porquê disso, pois se o professor não é mais o detentor total do conhe-
cimento, se seu principal papel é o de mediar o conhecimento e fornecer subsídios 
para que seus alunos consigam chegar aos resultados esperados, considerando que 
cada um aprende e apreende as informações a seu tempo e de formas diferentes, já 
estamos caminhando para uma grande quebra de paradigma.
E essas mudanças impactam não apenas o papel do professor, mas também o do 
aluno, pois, ainda segundo Behrens (2000, p. 71 “o aluno precisa ultrapassar o papel 
21Tecnologias educacionais
de passivo, de escutar, ler, decorar e de repetidor fiel dos ensinamentos do professor 
e tornar-se criativo, crítico, pesquisador e atuante, para produzir conhecimento”.
Esta reflexão é bastante esclarecedora e nos mostra que a quebra de paradigma é 
ainda mais significativa para os educandos, pois se antes a sociedade acreditava em 
uma educação bancária, onde o conhecimento apenas era depositado nos alunos 
sem que estes tivessem como criticar ou refletir sobre o que estavam “aprendendo”, 
eles agora tornam-se agentes ativos no processo e capazes de alterar a realidade na 
qual estão inseridos e buscar novas formas de acessar as informações.
Sendo assim, é fundamentalque haja uma parceria e sinergia entre educadores e 
educandos, pois seus papéis agora se confundem e estes passam a ter os mesmos 
objetivos e a adquirir conhecimento da mesma forma. Porém, a principal diferença é 
que o primeiro precisará estar melhor capacitado e munido de informações que auxi-
liem na formação do segundo, sem imposições ou críticas, mas sendo um ser atuante 
na construção do aprendizado em que todos estão envolvidos.
É aí que o uso das novas tecnologias torna-se fundamental, pois com seus mais va-
riados recursos de conexão, pesquisas e interações, elas revolucionam a forma de 
ensinar e aprender e permitem que as aulas convencionais deixem de ser monótonas 
e tornem-se algo atrativo, livre de horários, espaços físicos ou imposições. Então, o 
papel do professor passa a ser fundamental, pois ele deve ser o orientador neste pro-
cesso e fazer com que não se perca o foco estabelecido e que todos caminhem juntos 
para alcançar o conhecimento que se espera.
Querido(a) aluno(a), gostaria de salientar que sabemos que estas mudanças de paradig-
mas e de papéis no processo educacional ainda fazem parte de um processo novo e que 
não é realidade em muitos bancos escolares. Minha intenção é a de apresentar a você o 
que vem sendo discutido e percebido por pesquisadores da área e qual é a realidade para 
a qual estamos caminhando, mas sabendo que ainda há muito o que se construir.
22 Tecnologias educacionais
Sendo assim, compartilho com você uma afirmação do professor Masetto (2000, p.142):
Para nós, professores, essa mudança de atitude não é fácil. Estamos acostumados e 
sentimo-nos seguros com nosso papel tradicional de comunicar ou transmitir algo que 
conhecemos bem [...] confiar no aluno, acreditar que ele é capaz de assumir a respon-
sabilidade pelo seu processo de aprendizagem junto conosco [...] todos esses compor-
tamentos exigem, certamente, uma grande mudança de mentalidade, de valores e de 
atitude de nossa parte.
Sim, caro(a) aluno(a), todas estas questões têm exigido mudanças de mentalidade e 
de postura de todos os envolvidos, mas certamente nós, professores, somos os que 
mais precisam se adequar e aceitar que é preciso se reinventar para que nosso tra-
balho seja capaz de dar os frutos almejados e formar cidadãos mais bem preparados 
para enfrentarem a nova realidade que está surgindo.
educaçãO e tecnOlOgias: surge uma nOva fOrma de 
ensinar e aprender
Imagino que você, caro(a) aluno(a), que integra essa nova realidade educacional e 
que também está vivenciando a mudança de papéis que acabamos de tratar, possi-
velmente imaginou ao iniciar seu curso a distância que o uso das tecnologias seria 
predominante e que os professores e tutores que o acompanhariam seriam exímios 
entendedores das novas tecnologias, correto?
Na modalidade a distância este fato está mais próximo da realidade, mas no presen-
cial não é bem assim. Professores e alunos ainda estão se adequando e buscando 
integrar o uso das tecnologias em seu dia a dia de sala de aula, mas é preciso cautela, 
pois apenas inserir estas tecnologias sem definições claras dos objetivos que se pre-
tendem alcançar pode gerar resultados desastrosos.
23Tecnologias educacionais
Masetto (2000, p.143), nos alerta que:
As técnicas precisam ser escolhidas de acordo com o que se pretende que os alunos 
aprendam. Como o processo de aprendizagem abrange o desenvolvimento intelectual, 
afetivo, o desenvolvimento de competências e de atitudes, pode-se deduzir que a tec-
nologia a ser usada deverá ser variada e adequada a esses objetivos [...]. 
É preciso que haja coerência entre as técnicas que serão utilizadas e os novos papéis, 
tanto do aluno quanto do professor. Por isso, é fundamental que se tracem estratégias 
educacionais que fortaleçam este papel e o uso das tecnologias seja voltado a desen-
volver o potencial de cada um, conforme as metas estabelecidas.
Não podemos nos iludir pensando que o uso exagerado de uma ou duas técnicas 
serão suficientes para que se trilhe o caminho delimitado. Pelo contrário, é preciso 
considerar as especificidades que cada conteúdo exige para que, assim, se consiga 
definir quais os recursos que melhor auxiliarão no processo de aprendizagem.
Por exemplo, em uma aula expositiva, o educador poderá utilizar recursos audiovisu-
ais que facilitem a compreensão do tema abordado ou, ainda, reforçar os conceitos 
que foram tratados. Já disciplinas exatas permitem que o professor faça uso de labo-
ratórios de informática e de games que facilitem a prática das teorias trabalhadas e 
aproximam a aplicação do conteúdo à realidade do aluno.
As possibilidades são inúmeras, mas nem por isso todas precisam ser aplicadas de 
forma exagerada. Cabe ao professor/mediador perceber qual a que oferece os recur-
sos mais adequados e propor o uso por parte de seus educandos, sem esquecer que 
pode ser que essa escolha não seja a mais correta e que, talvez, sejam necessários 
ajustes no meio do caminho.
É fundamental estar atento ao desenvolvimento dos alunos e, principalmente, ter bem 
claro que nem tudo o que está disponível na rede é verdade absoluta e que aquilo o 
24 TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
que foi publicado hoje, pode ser alterado ou excluído amanhã, por isso deve-se primar 
pela qualidade e não pela quantidade de informações que são absorvidas da internet.
Conforme Moran (2013, p 02), “os professores podem ajudar os alunos incentivando
-os a saber perguntar, a enfocar questões importantes, a ter critérios na escolha de 
sites, de avaliação de páginas, a comparar textos com visões diferentes”. 
A criticidade de todos os atores envolvidos no processo educacional se faz necessária 
desde o início, ao avaliar quais recursos devem ser utilizados e analisar com cuidado 
as informações e fontes que estão sendo pesquisadas. Essas posturas certamente 
contribuirão para que se faça um trabalho educacional visando a qualidade, focando 
não apenas o uso das tecnologias em sala de aula, mas sabendo utilizá-las de modo 
com que contribuam para a construção de um aprendizado sólido e capaz de contri-
buir para uma mudança de postura por parte de toda uma sociedade.
reflita
“A ciberaprendizagem é o terreno por excelência das experiências e das atividades 
pedagógicas inovadoras utilizando a autoformação e inventando abordagens novas 
em razão das tecnologias utilizadas [...]” (MARCHAND, 2002, p.05).
O usO das tecnOlOgias em materiais didáticOs
O design e sua integração com o meio educacional
Querido(a) aluno(a), começaremos agora a conhecer as possibilidades que as novas 
tecnologias da informação e comunicação oferecem para a produção de materiais 
didáticos que auxiliem no processo ensino-aprendizagem. 
25Tecnologias educacionais
Então, para iniciamos, é importante sabermos o que é design e qual seu papel neste 
novo processo. Segundo Cardoso (2004, p.14):
A origem mais remota da palavra está no latim designare, verbo que abrange ambos os 
sentidos, o de designer e o de desenhar. Percebe-se que do ponto de vista epistemo-
lógico, o termo já contém nas suas origens uma ambiguidade, uma tensão dinâmica, 
entre um aspecto abstrato de conceber/projetar/atribuir e outro concreto de registrar/
configurar/formar. A maioria das definições concorda que o design opera a junção des-
ses dois níveis, atribuindo forma material a conceitos intelectuais. Trata-se, portanto, de 
uma atividade que gera projetos, no sentido objetivo de planos, esboços ou modelos.
Seguindo o raciocínio do autor, caro(a) aluno(a), compreendemos que o design é a 
arte de transformar conceitos, ideias e informações em algo concreto e moldá-lo con-
siderando a melhor maneira de repassar a mensagem ao seu receptor.
Mas então, qual a aplicação do design no meio educacional? Considerando que agora 
o professor tem a seu dispor não apenas o quadro e o giz para repassar os conteúdos, 
mas uma gama enorme de recursos tecnológicos que apresentam uma infinidade de 
possibilidades,o design faz-se importante para contribuir na concepção dos projetos 
que serão abordados e moldá-los conforme as necessidades de cada disciplina.
É então que um ramo do design apresenta-se para auxiliar nesta concepção, é o 
design gráfico. Conforme Hollis (2001, p 01, “o design gráfico é a arte de criar ou es-
colher marcas gráficas, combinando-as numa superfície qualquer para transmitir uma 
ideia”. Ainda segundo o autor, estas marcas gráficas seriam “como linhas de um dese-
nho ou os pontos de uma fotografia [...] são signos cujo contexto lhes dá um sentido 
especial e cuja disposição pode conferir-lhes novo significado” (p 01).
Sim, caro(a) aluno(a), o design gráfico é responsável por definir layouts, formas e con-
ceitos gráficos visando a melhor transmissão da mensagem que está sendo trabalhada 
26 Tecnologias educacionais
e isso, até então, fazia parte apenas do mundo publicitário e mercadológico. Mas se 
não estamos discutindo aqui qual a melhor maneira de comercializar um produto ou 
serviço, por que estamos adentrando estes conceitos?
É simples: porque agora, com o uso das TICs, essa área tem migrado para o meio 
educacional visando a contribuir para a formatação de materiais visualmente atrativos 
e informativos com o intuito de atingir da melhor forma os receptores das mensagens 
que estão sendo trabalhadas, no caso, os estudantes. 
Conforme já discutimos, os recursos tecnológicos são inúmeros e suas possibilidades 
devem ser exploradas ao máximo com o intuito de se alcançar os objetivos educacio-
nais propostos e, para isso, a estruturação de conteúdos bem trabalhados e sua dis-
ponibilização nas mais variadas plataformas pode contribuir significativamente para o 
alcance dos resultados esperados. 
É aí então que presenciamos a importância da multidisciplinaridade no meio educa-
cional, pois o professor pode agora trabalhar em conjunto com profissionais de outras 
áreas e essa integração certamente gerará frutos altamente criativos e capazes de 
transformar a realidade educacional que até então conhecemos.
princípiOs dO design e suas aplicações 
O designer, que é o profissional que trabalha com design gráfico, precisa conhecer 
alguns princípios básicos que norteiam o seu trabalho no desenvolvimento dos mais 
variados projetos.
Como não deixaria de ser, é preciso conhecer tais princípios para que a produção 
de materiais didáticos atendam as exigências da área e possibilitem a formatação de 
conteúdos atrativos e eficientes, facilitando o entendimento da mensagem que está 
sendo trabalhada para os alunos.
É evidente, caro(a) aluno(a), que não conseguiremos trabalhar à fundo todos os 
27Tecnologias educacionais
conceitos que a área contempla, até porque nosso propósito neste livro não é o de 
formar futuros designers gráficos, mas apresentar a você as possibilidades que a área 
oferece e como elas podem ser aplicadas na transmissão do conhecimento mediada 
por recursos tecnológicos afinal, você está inserido(a) neste novo contexto educacio-
nal e seu aprendizado também contempla estes novos recursos, então vamos lá!
prOximidade
Williams (2013), salienta que o Princípio da Proximidade afirma que devemos agrupar 
itens relacionados, aproximá-los fisicamente, para que sejam vistos como um grupo 
coeso em vez de um monte de pedaços sem relação. 
Este princípio determina a maneira como as informações devem ser distribuídas em 
uma página ou layout, de forma com que facilitem a leitura e visualização do conteúdo 
apresentado. O autor chama atenção, ainda, para o fato de que itens ou grupos de 
informações que não estejam relacionados não devem estar próximos, o que dá ao 
leitor uma dica visual imediata da organização e do conteúdo da página.
Imagine uma página de texto que esteja repleta de informações desconexas, sem 
sentido e agrupadas de maneira desorganizada. Certamente sua primeira reação se-
ria a de ficar incomodado(a) e, possivelmente, abandonar a leitura. Pois bem, o prin-
cípio da proximidade estabelece regras para a distribuição de tais informações e men-
sagens, considerando a melhor forma de agrupar as mensagens fazendo com que a 
visualização aconteça de maneira confortável e capaz de deter a atenção do receptor.
Observe o exemplo a seguir:
28 Tecnologias educacionais
Minhas flores:
Calêndula
Amor-perfeito
Crisântemo
Madressilva
Margarida
Primavera
Cravo
Prímula
Minhas flores:
Calêndula
Amor-perfeito
Crisântemo
Madressilva
Margarida
Primavera
Cravo
Prímula
Adaptado de Williams (2013)
Ao ler a lista do lado esquerdo, o que você imagina sobre todas essas flores? Prova-
velmente, que elas têm algo em comum, certo? Na lista à direita, o que você imagina? 
Parece que as últimas quatro flores são diferentes das outras. Você entende isso ins-
tantaneamente e sem ter consciência de que entendeu. Você sabe que as últimas 
quatro flores são diferentes porque elas estão fisicamente separadas do resto da 
linha. Esse é o conceito da proximidade: em uma página (como na vida), a proximi-
dade física indica uma relação (WILLIAMS, 2013, p.15).
Ao produzir materiais didáticos este princípio torna-se fundamental porque determina a 
composição de páginas, distribuindo de forma agradável textos e imagens que tenham re-
lação e contribui para uma melhor apresentação do conteúdo que está sendo trabalhado, 
sempre considerando a plataforma na qual tal material será apresentado para os alunos.
Tenho certeza de que você, como aluno(a) de um curso a distância, consegue perce-
ber alguns diferenciais de um conteúdo bem produzido e aí, caro(a) aluno(a), o princí-
pio da Proximidade faz toda a diferença, pois sua principal função é a de organizar as 
informações, contribuindo assim para uma leitura prazerosa e de fácil compreensão.
29Tecnologias educacionais
alinhamentO
Segundo Williams (2013, p 50.), “a finalidade básica do alinhamento é de unificar e 
organizar a página [...] geralmente, é um alinhamento forte (combinado com a fonte 
adequada) que cria um visual sofisticado, formal, divertido ou sério”. Ou seja, o alinha-
mento serve para conectar de forma correta os elementos que estão sendo trabalha-
dos levando em consideração a forma visual mais agradável para o leitor.
Este princípio leva em consideração a ligação visual que as informações possuem 
entre elas, mesmo que estejam fisicamente separados, pois quando estão bem ali-
nhados eles tornam-se uma unidade forte e coesa.
Observe o exemplo a seguir:
Fonte: Williams (2013, p.34)
30 Tecnologias educacionais
Sendo assim, prezado(a) aluno(a), verificamos que o alinhamento torna possível tra-
balhar diversas informações fazendo com que se conectem entre si e alcancem o 
objetivo comum de informar de forma clara e visualmente organizada.
repetiçãO
Este princípio é bastante utilizado não apenas por designers, mas por todos nós que 
costumamos escrever documentos, trabalhos acadêmicos, artigos etc., pois ele nada 
mais é do que a padronização de elementos que são utilizados nestes materiais fa-
zendo com que sejam unificados e criando mais interesse visual por eles.
Conforme afirma Williams (2013, p 51.), “o elemento repetitivo pode ser a fonte em 
negrito, uma linha grossa, um certo marcador, uma cor, um elemento de design, um 
formato especial, enfim, qualquer coisa que o leitor reconheça visualmente”.
Vejamos o exemplo a seguir:
31Tecnologias educacionais
Fonte: Williams (2013, p.54)
Sendo assim, caro(a) aluno(a), percebemos que muitos dos princípios do design grá-
fico são utilizados pela grande maioria das pessoas que se preocupam em apresentar 
32 Tecnologias educacionais
trabalhos e documentos visualmente bonitos e padronizados, favorecendo assim a 
compreensão do receptor da mensagem.
cOntraste
Caro(a) acadêmico(a), assim como tudo na vida, no design também existe elementos 
que são totalmente diferentes e contrastantes, porém, se forem utilizados corretamen-
te, eles podem contribuir significativamentepara a transmissão de uma informação.
Williams (2013, p 65.) diz que “o contraste é criado quando dois elementos são dife-
rentes. Se dois elementos forem apenas um pouco diferentes não haverá contraste, 
haverá conflito”.
O autor exemplifica dizendo que “você pode contrastar uma fonte grande com uma 
pequena; uma fonte em um gracioso estilo antigo com uma fonte sem serifa em negri-
to; uma linha fina com uma linha grossa, etc.” (p 65.).
Ao criar um contraste em um layout não se pode ter medo, é preciso ousar e contras-
tar elementos que sejam totalmente diferentes e prendam logo a atenção do receptor, 
conforme veremos a seguir:
33Tecnologias educacionais
Fonte: Williams (2013, pp.68 e 69)
cOres
As cores estão presentes em todos os âmbitos da nossa vida, existem vários estudos 
sobre qual a melhor forma de serem empregadas em vários campos profissionais e 
pessoais e, em algumas culturas, são utilizadas até mesmo para definir gêneros se-
xuais, como o rosa e o azul, por exemplo.
34 TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
Bom, vejamos agora a importância de se utilizar corretamente as cores na comunica-
ção visual. Para Ambrose e Harris (2013, p.117):
A cor acrescenta dinamismo a um design, atrai a atenção e pode produzir reações 
emocionais. Ela também pode facilitar a organização dos elementos em uma página 
– dividindo elementos em zonas ou agrupando itens semelhantes, codifi cando certos 
tipos de informações e auxiliando o receptor a encontrar as informações que deseja [...] 
O uso da cor deve enriquecer a capacidade e um design de comunicar, conferindo-lhe 
hierarquia e ritmo.
O uso das cores deve estar de acordo com a fi nalidade de cada material a ser pro-
duzido e seguir o padrão defi nido para cada layout. Por isso, é importante levar em 
consideração o objetivo de cada um, pois conforme nos alertam os autores, as cores 
estão diretamente ligadas às emoções e sentimentos, por isso é importante ter crité-
rios claros ao utilizá-las, considerando o meio em que a informação será transmitida.
terminOlOgias crOmáticas
Vamos agora conhecer algumas terminologias que são fundamentais ao se trabalhar 
com cores, principalmente quando o intuito principal é o de comunicar visualmente.
saiba mais
Por que temos uma cor preferida? Por que escolhemos sempre as mesmas cores? 
Por que pintei meu quarto com aquela cor? As cores estão por toda parte e não as 
escolhemos apenas porque são agradáveis ou porque gostamos. As cores represen-
tam algo e nós preferimos e/ou escolhemos porque nos identifi camos com o que elas 
“dizem”. Veja os signifi cados de algumas cores.
35Tecnologias educacionais
Leia mais em: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online: Mais de 1000 cursos online com 
certificado. Disponível em:
<http://www.portaleducacao.com.br/cotidiano/artigos/49290/cromoterapia-significado-
das-cores#ixzz3pbNuTWj8>.
• Círculo Cromático
Williams (2013) afirma que “o círculo cromático começa com amarelo, vermelho e 
azul. São as chamadas cores primárias porque são as únicas que não podemos criar” 
(p.92). Ou seja, estas são as únicas cores que não podem ser obtidas por meio da 
mistura de outras, elas originam todas as outras cores.
Fonte: Williams (2013, p.92)
36 Tecnologias educacionais
Já as cores secundárias resultam da mistura em quantidades iguais das cores primá-
rias, como você já deve saber desde criança quando utilizava giz de cera e lápis de 
cor. Portanto, sabemos que amarelo e azul fazem o verde; azul e vermelho fazem o 
roxo, vermelho e amarelo fazem o laranja.
Fonte: Williams (2013, p.92)
Por último, temos as cores terciárias, que são o resultado das misturas entre as cores 
primárias e as secundárias, sempre em quantidades iguais.
37Tecnologias educacionais
Fonte: Williams (2013, p.93)
Assim, completa-se o círculo cromático com 12 cores básicas cujas combinações po-
dem resultar em inúmeras outras que podem ser trabalhadas juntas ou separadas.
Prezado(a) aluno(a), o princípio das cores poderia render ainda muitos outros assun-
tos que são interessantes a designers e profissionais que trabalham com comunica-
ção visual, porém, como já foi dito anteriormente, nosso foco aqui é o de apresentar 
a você os princípios básicos utilizados por esta área, porém sem nos aprofundarmos 
totalmente ou poderíamos perder o foco deste livro. 
Caso tenha interesse em buscar mais informações sobre qualquer um dos assuntos 
relatados aqui, você pode utilizar as referências bibliográficas e também os livros que 
são sugeridos ao término da unidade, tenho certeza de que você encontrará muitas 
informações interessantes.
Então, vamos adiante?
tipOgrafia
A tipografia nada mais é do que o uso adequado das fontes, levando em consideração 
seus estilos, formatos, mensagem e o meio pelo qual será transmitida.
38 Tecnologias educacionais
A escolha de uma fonte correta está intimamente ligada à forma visual do texto que 
será lido, pois segundo Ambrose e Harris (2012, p55), “a seleção da forma visual 
pode afetar significativamente a legibilidade da ideia escrita e as sensações de um 
leitor em relação a ela”.
Hoje em dia, os designers têm a sua disposição uma infinidade de tipos de fontes e 
muitas estão surgindo diariamente, por isso é importante ter bom senso e estar aten-
to(a) ao contraste que podem ser utilizados ao se elaborar um material gráfico.
Vejamos algumas relações que Williams (2013) nos apresenta ao se definir o estilo 
da fonte:
• Uma relação concordante ocorre quando se usa apenas uma família de fon-
tes sem muita variação de estilo, tamanho, pelo e assim por diante. É fácil 
deixar a página harmonizada e a disposição tende a parecer calma e bastante 
serena ou formal [...] às vezes, bem chata.
• Uma relação conflitante ocorre quando se combinam fontes semelhantes 
(mas não a mesma fonte) em estilo, tamanho, peso e assim por diante. As 
semelhanças são perturbadoras porque a atração visual não é a mesma (con-
cordante), mas também não é diferente (contrastante). Por isso, há conflito.
• Uma relação contrastante ocorre quando se combinam fontes e elementos 
separados que são claramente diferentes uns dos outros. Os designs visual-
mente atraentes e instigantes, que chamam a atenção, costumam ter muito 
contraste, e esse contraste é enfatizado (p.145).
Sendo assim, caro(a) estudante, a escolha da fonte mostra-se fundamental ao se 
transmitir uma informação e isso é importante também para a produção de materiais 
39Tecnologias educacionais
didáticos, afinal sua principal função é a de gerar conhecimento utilizando todas as 
formas que estão disponíveis.
Layout
Para Ambrose e Harris (2012, p33), “layout é o arranjo dos elementos do design em 
relação ao espaço que eles ocupam no esquema geral do projeto. Também é chama-
do de gestão da forma e do espaço”.
Quando lemos um livro ou uma revista e admiramos a sintonia com que os elemen-
tos visuais são distribuídos, facilitando nossa leitura e visualização da mensagem, 
estamos admirando na verdade o layout que foi estabelecido e que contribui para a 
padronização dos conteúdos que estão sendo abordados.
Na formatação de materiais didáticos também deve-se seguir essa premissa, pois 
um layout bem elaborado facilita o processo de aprendizagem dos alunos e contribui 
para a criação de uma identidade visual da Instituição que o produziu, sendo que este 
poderá ser utilizado nos mais diversos formatos, sejam livros impressos, objetos de 
aprendizagem, e-books, videoaulas, entre outros.
O prOcessO de criaçãO de materiais didáticOs
Prezado(a) aluno(a), agora que já vimos a importância do design para a concepção 
de materiais gráficos e, como não poderia deixar de ser, para a produção de mate-
riais didáticos, vamos compreender como se dá o processo de escrita e produção 
destes materiais, os processos e profissionais envolvidos até que eles cheguem ao 
seu destino final, no caso você, estudante.
Antes de mais nada, é necessário que se definam os objetivos educacionaisque se 
quer alcançar com tais materiais e os meios onde serão disponibilizados, sempre con-
siderando o plano de ensino da disciplina.
40 Tecnologias educacionais
Cardoso e Silva (2008, p.1), afirmam que:
Ao se pensar em uma metodologia para construção de materiais didáticos, o início 
do caminho é discutir algumas questões pedagógicas. Os conteúdos estudados e 
o conhecimento que será incorporado ao aluno, estão intrinsecamente ligados à 
proposta pedagógica do curso. A responsabilidade sob este conteúdo, em relação 
à sua responsabilidade social, é primordial, pois estes conhecimentos levarão ao 
descobrimento e entendimento dos saberes que a área de conhecimento da futura 
profissão escolhida possui.
A partir de uma ementa oriunda do Projeto Pedagógico, o planejamento é siste-
matizado sob a responsabilidade de ser a base que direciona de que forma os 
temas e propostas contemplarão os assuntos específicos determinados através 
das unidades de conteúdo.
Também é preciso considerar a necessidade de se estabelecer um processo de produ-
ção bem definido, definindo funções, etapas, cronogramas, profissionais envolvidos e, 
por que não, os possíveis riscos que este processo poderá sofrer durante o percurso, 
pois assim será possível trabalhar as incertezas visando o cumprimento das metas.
Porém, caro(a) estudante, não basta apenas definir este processo, é necessário tam-
bém que ele seja gerenciado. Geralmente as Instituições contam com um coordena-
dor ou gerente que tem a responsabilidade de garantir que este gerenciamento acon-
teça, sempre estando em contato com os profissionais envolvidos e que seja capaz de 
detectar as possíveis falhas e definir estratégicas para corrigi-las quando necessário.
Inicialmente, é preciso definir os autores que, na maioria das vezes, são professores 
conteudistas que ministram as disciplinas relacionadas ao conteúdo a ser trabalhado. 
Estes precisam dominar o assunto e estar preparados para repassar o conhecimento 
conforme o que estabelece a ementa.
41Tecnologias educacionais
É fundamental que a Instituição ofereça suporte aos autores, oferecendo orientação, 
capacitação e, principalmente, subsídios para que consiga discorrer o assunto da me-
lhor forma possível. Para isso, existe um profissional de uma área bastante nova, mas 
que tem a responsabilidade de oferecer este suporte aos conteudistas, dentre outras 
funções, é o designer instrucional.
Segundo Filatro (2004, p.10):
De maneira simplista, dizemos que o design instrucional - DI é uma ação intencional 
e sistemática de ensino que envolve o planejamento, desenvolvimento, aplicação de 
técnicas, atividades, materiais, eventos e produtos educacionais em situações didáticas 
específicas, a fim de promover a aprendizagem humana.
Percebemos, então, que é primordial sistematizar o processo de produção dos 
materiais didáticos, estabelecendo critérios e visualizando qual a melhor ma-
neira de repassar o conteúdo que está sendo trabalhado, daí a importância do 
profissional de DI.
A produção de conteúdos didáticos para EAD não termina após o conteudista concluir 
sua função, na verdade, podemos até mesmo dizer que é aí que o verdadeiro proces-
so de produção inicia. Uma equipe multidisciplinar entra em ação visando a formatar 
tais materiais conforme os cronogramas e padrões definidos por cada IES.
E como é maravilhoso perceber que a educação pôde agregar profissionais das mais 
diversas áreas. Além dos designers gráficos e instrucionais, a concepção de materiais 
didáticos bem feitos exige ainda a participação de revisores ortográficos, ilustradores, 
diagramadores, web designer, jornalistas, cinegrafistas, editores, enfim, uma equipe 
multidisciplinar voltada a desenvolver os conteúdos conforme as mais variadas plata-
formas que as tecnologias oferecem.
42 TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
 Enfi m, caro(a) aluno(a), podemos perceber que as novas tecnologias não apenas 
passaram a oferecer novas possibilidades de ensinar, mas também abriram campo 
para a inserção de outros profi ssionais que, certamente, têm agregado signifi cativa-
mente o processo ensino-aprendizagem gerando materiais cada vez mais ricos visual 
e pedagogicamente.
pré-requisitOs para a cOmpreensãO da unidade
Para compreensão desta unidade, é muito importante:
• Compreender as mudanças que vêm impactando o processo ensino-aprendi-
zagem mediado por novas tecnologias.
• Entender que o uso das TICs tem exigido uma mudança de postura, tanto de 
professores quanto de alunos e que agora, em alguns momentos, seus papéis 
se confundem.
• Identifi car a importância do design para a composição de materiais didáticos 
e os princípios que regem este ramo profi ssional.
• Compreender a importância de um processo de produção bem defi nido e os 
profi ssionais envolvidos na produção de materiais didáticos para EAD.
43TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
atividades para cOmpreensãO dO cOnteúdO
1) Nos dias atuais, o professor pode fazer uso de uma série de tecnologias para au-
xiliá-lo no processo ensino-aprendizagem, porém não são apenas os dispositivos 
que acessam à internet que podem ser considerados tecnologias. Sendo assim, 
assinale a alternativa que apresenta os primeiros recursos tecnológicos utilizados 
pelos professores em sala de aula:
a) Computador e tablet.
b) Quadro-negro e giz.
c) Televisão e computador.
d) Pincel e lousa branca.
e) Nenhuma das alternativas está correta.
2) Conforme estudamos, o uso das novas tecnologias no meio educacional tem exigido 
uma mudança de postura, tanto de professores quanto de alunos. Assinale a alterna-
tiva que apresenta o novo papel desempenhado pelo professor neste processo:
a) Cabe ao professor oferecer os conhecimentos de maneira clara e que não exija 
que seus alunos busquem outras formas de aprender.
b) O professor não precisa mais se preocupar em orientar seus alunos, apenas 
mostrar onde devem buscar o conhecimento.
c) Ele deve repassar os conteúdos e criar formas que possibilitem que seus alu-
nos decorem o que foi ensinado.
d) O professor deve ser mediador e orientador, oferecendo suporte a seus alunos 
para que alcancem os objetivos educacionais conforme a realidade de cada um.
e) Nenhuma das alternativas anteriores.
44 Tecnologias educacionais
3) O uso das tecnologias tem alterado toda a realidade educacional que conhece-
mos e possibilitado que profissionais de outras áreas sejam inseridos nesse novo 
contexto.
Assinale a alternativa que apresenta o profissional responsável pela formatação gráfi-
ca e visual dos materiais didáticos utilizados na EAD:
a) Designer gráfico.
b) Designer de produto.
c) Design gráfico.
d) Designer instrucional.
e) Nenhuma das alternativas anteriores.
4) O design gráfico faz uso de alguns princípios básicos para a criação de materiais 
visualmente agradáveis e que facilitem a compreensão da mensagem que está 
sendo transmitida. Assinale a alternativa que apresenta o conceito básico para o 
uso de cores na produção de materiais gráficos:
a) Cores primárias e secundárias.
b) Círculo cromático.
c) Tipografia.
d) Contraste.
e) Nenhuma das alternativas anteriores.
45TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
5) Para a produção de materiais didáticos voltados a EAD é necessário contar com 
autores que dominem o conteúdo a ser trabalhado e sejam capacitados e orienta-
dos a fi m de se alcançar os objetivos estabelecidos. Qual profi ssional é responsá-
vel por acompanhar os conteudistas e verifi car a padronização destes materiais?
a) Designer gráfi co.
b) Gerente de processos.
c) Design.
d) Designer instrucional.
e) Nenhuma das alternativas anteriores. 
artigOs, sites e LINKS
Artigos:
ALMEIDA, F. J.; SILVA, M. G. M. O currículo como direito e a cultura digital. Disponível 
em: <http://revistas.pucsp.br/index.php/curriculum/article/view/20229/15391>.
ALMEIDA, M. E. B. Maria Elizabeth de Almeida fala sobre tecnologia na sala de aula. 
Disponível em: <http://gestaoescolar.abril.com.br/aprendizagem/entrevista-pesquisa-dora-puc-sp-tecnologia-sala-aula-568012.shtml>.
______. Tecnologias trazem o mundo para a escola. Disponível em: <http://portaldo-
professor.mec.gov.br/noticias.html?idCategoria=8&idEdicao=2>.
MORAN, J. M. Educação Humanista Inovadora. Disponível em: <http://www2.eca.
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46 TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
______. O Uso das Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação na EAD - 
uma leitura crítica dos meios. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/
pdf/T6%20TextoMoran.pdf>.
REVISTA TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO. Disponível em: <http://tecnologiasnaedu-
cacao.pro.br/>.
site:
<www.abradi.com.br>.
livrOs recOmendadOs
FILATRO, Andrea. Design Instrucional na Prática. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2008.
 LÉVY, Pierre. Cibercultura. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2000.
47TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
prOpOsta para discussãO oN-LINE
- Roberto é professor universitário há 20 anos, possui doutorado e é muito res-
peitado em sua área. Agora, ele foi convidado para ministrar aulas a distância e, 
no primeiro momento, pensou em não aceitar, pois não estaria em sua zona de 
conforto e sua opinião sobre esta modalidade não era das melhores, ele imagina-
va que a EAD não conseguia realmente formar profi ssionais críticos e preparados 
para o mercado.
Porém, decidiu encarar o desafi o e então foi surpreendido por uma realidade total-
mente nova e encantadora. O uso das tecnologias, a produção coletiva e a intera-
ção com os alunos fez Roberto rever seus conceitos e mudar sua opinião sobre o 
ensino a distância.
Com base no exemplo acima, elabore uma análise crítica que contenha de 7 a 10 
linhas comentando sobre a atitude de Roberto e de outros profi ssionais que têm a 
mesma postura dele e como a EAD tem alterado a realidade educacional brasileira.
O ensino a distância e o uso das tecnologias têm contribuído para uma quebra de pa-
radigmas na educação brasileira, possibilitando a formação de indivíduos autônomos, 
que comandam seu processo de aprendizagem e capazes de buscar conhecimento 
nas mais variadas fontes de informação.
48 Tecnologias educacionais
49Tecnologias educacionais
UNIDADE II – CONHECENDO AS 
TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E 
COMUNICAÇÃO E SUAS POSSIBILIDADES 
PARA O PROCESSO EDUCACIONAL 
ObjetivOs a serem alcançadOs nesta unidade
Prezado(a) Acadêmico(a), ao terminar os estudos dessa unidade, você deverá ser 
capaz de:
• Compreender o que são tecnologias da informação e comunicação.
• Conhecer os recursos e ferramentas oferecidas pelas novas tecnologias.
• Entender o papel das TICs no processo educacional.
• Compreender a importância da internet para a expansão do ensino a distância.
• Conhecer as novas tecnologias que estão surgindo e a importância delas para 
o futuro da educação.
50 Tecnologias educacionais
cOnceituandO tecnOlOgias da infOrmaçãO e cOmunicaçãO
Prezado(a) aluno(a), conforme vimos anteriormente, as tecnologias estão presentes 
na vida do ser humano desde sempre e foram fundamentais para que a sociedade 
evoluísse e chegasse onde estamos hoje. Sendo assim, a inclusão de técnicas inova-
doras no processo ensino-aprendizagem tornou-se uma realidade cada vez mais pre-
sente nos dias atuais e o termo TICs, ou Tecnologias da Informação e Comunicação, 
vem sendo usado cotidianamente em muitos âmbitos de nossas vidas.
Mas afinal, o que são as TICs? Com o intuito de contextualizar esse novo termo e 
identificar sua importância para o meio educacional, vamos iniciar este capítulo com a 
definição de Sancho (1998, p.54):
Com os anos 80 chegam, sob a denominação de “novas tecnologias da informação e da 
comunicação”, novas opções apoiadas no desenvolvimento de máquinas e dispositivos 
projetados para armazenar, processar e transmitir, de modo flexível, grandes quantida-
des de informação.
A autora confirma a evolução das técnicas que são utilizadas pelo homem e destaca 
que as TICs passaram a contribuir para a transmissão de conhecimento em larga es-
cala, afinal, como ela própria afirma, com o uso destas tornou-se possível transmitir 
grandes quantidades de informações em um curto espaço de tempo e o fato de poder 
armazenar tais informações em dispositivos cada vez mais rápidos, robustos e meno-
res, é algo fascinante e que mudou também a realidade educacional.
Sendo assim, podemos afirmar que tais tecnologias começaram a ser inseridas aos 
poucos em sala de aula, evoluindo do uso de simples projetores a ambientes virtuais 
de aprendizagem que podem ser acessados a qualquer momento, de qualquer lugar.
O uso destes dispositivos vem mudando a realidade educacional e contribuindo para 
que o conhecimento esteja acessível a um número cada vez maior de pessoas e que 
51TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
se encontram nos mais diversos lugares, pois a educação a distância tem se tornado 
uma realidade cada dia mais sólida e só pôde evoluir graças às novas tecnologias de 
informação e comunicação.
Comecemos agora, querido(a) aluno(a), a conhecer um pouco melhor sobre essas 
tecnologias, suas ferramentas e recursos e para quais objetivos podem ser utilizados 
na educação, vamos lá?
reflita
Existem diversos recursos e mídias que podem ser utilizados no processo educacio-
nal, portanto será que ainda há espaço para surgirem novas tecnologias? Se sim, qual 
o papel que elas desempenharão daqui em diante?
recursOs e ferramentas que cOntribuem para a 
transmissãO de cOnteúdOs didáticOs
editando e formatando textos
Prezado(a) aluno(a), é válido afi rmar que de todas as técnicas evolutivas que o ho-
mem alcançou, a maior, sem sombra de dúvida, é a escrita, pois sem ela seria impos-
sível nos comunicarmos e repassar o conhecimento adquirido durante nossas vidas.
Começando pelos desenhos nas cavernas e passando pelo uso da pena e tinta, lápis 
e caneta, máquina de datilografi a até os dias atuais, para o computador, vemos que a 
transmissão de informações escritas tem evoluindo juntamente com o homem.
Sendo assim, no meio educacional a forma que é utilizada desde os primórdios 
é a de escrever e arquivar as informações necessárias para que o processo edu-
cacional aconteça. Com o intuito de contribuir para essa transmissão de conhe-
cimento, temos à nossa disposição recursos tecnológicos que contribuem para 
52 TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
uma escrita agradável, coesa e que pode estar acessível a todos os que dela 
pretendem fazer uso.
Sei que, certamente, você já deve fazer uso destas técnicas, mas nunca é demais 
reforçar as informações que são essenciais para o aprendizado da nossa disciplina. 
Vamos então conhecer as ferramentas que os editores de textos têm a nos oferecer.
Comecemos pelo mais conhecido, o Microsoft Word que teve 
sua última versão lançada em 2013. Segundo o manual (2011, 
p.03) do Instituto Crescer “Word, em inglês, signifi ca palavra, um 
nome que combina muito bem com uma ferramenta que torna a 
produção de textos uma tarefa muito mais prática”.
O manual também informa que, com o Word, podemos incluir 
um texto e, com alguns cliques, podemos mudar a aparência; 
tipo, cor e tamanho da letra; incluir imagens, tarefas, gráfi cos e assim por diante. Este 
programa tem utilidades não apenas no meio educacional, mas em vários segmentos 
das nossas vidas, já que ele propicia não apenas a escrita, mas também o arquiva-
mento e o envio de informações.
Para a escrita de materiais didáticos o Word torna-se fundamental, pois seus recursos 
possibilitam que o conteudista siga padrões de fontes, espaçamentos, cores e demais 
formatos que são estabelecidos pela Instituição e também servem para que os conte-
údos sejam trabalhados posteriormente pela equipe responsável pela diagramação e 
editoração de materiais.
Meu intuito ao escrever este livro não é o de oferecer um passo a passo sobre as 
funcionalidades das ferramentas que aqui serão apresentadas, mas de propiciar em-
basamento teórico sobre a importância delas para a elaboração de materiais didáticos 
que fazem usodas TICs.
53TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
Portanto, caro(a) aluno(a), imagine como seriam nossas vidas nos dias atuais se não 
tivéssemos à nossa disposição o Word. Ele serve não apenas para escrever e enviar 
trabalhos acadêmicos, mas também e-mails, redigir documentos e até a lista do su-
permercado e outras atividades do nosso cotidiano.
Outro editor de textos que está à nossa disposição é o Writer, 
que faz parte do pacote de aplicações livres do LibreOffi ce.
org. Isso mesmo, enquanto que para utilizar o Word, que faz 
parte do pacote Microsoft você precisa pagar, o pacote do Li-
breOffi ce.org é grátis e tem sido bastante utilizado por empre-
sas e órgãos púbicos.
O Writer apresenta basicamente as mesmas funções do Word, 
com um diferencial, você pode converter arquivos em pdf sem precisar de programas 
intermediários.
Ao término deste capítulo deixarei algumas sugestões de manuais e apostilas que 
apresentam todas as funcionalidades do Word e Writer, bem como dos demais pro-
gramas que veremos aqui, portanto caso tenha interesse você poderá se aprofundar 
mais na utilização destas ferramentas tão importantes nos dias atuais.
apresentandO cOnteúdOs de fOrma atraente
Para facilitar a apresentação de conteúdos temos à nossa dispo-
sição alguns programas que tornam o seu visual mais atraente e 
objetivo. Um deles é o Microsoft Power Point, que também está 
na versão 2013.
Essa ferramenta possibilita criar layout, inserir imagens, alte-
rar cores e incluir efeitos e hiperlinks durante a apresentação, 
54 Tecnologias educacionais
tornando-a visualmente mais interessante. O Power Point é utilizado por professores 
para explanar conteúdos didáticos e também por alunos em seminários e demais 
apresentações e, ainda, por profissionais que participam de reuniões e pretendem 
demonstrar informações relevantes aos assuntos tratados em reuniões, palestras e 
demais eventos corporativos.
Assim como o Word, para utilizar o Power Point é pre-
ciso adquirir uma licença, porém o pacote LibreOffice.
org também oferece uma opção de apresentação de 
conteúdos, é o Impress, que basicamente possui as 
mesmas funções do Power Point.
Outra ferramenta que possibilita apresentação em forma de slides 
e que tem sido bastante utilizada é o Prezi, que pode ser acessa-
da gratuitamente pelo site <www.prezi.com>. O prezi tem como 
diferencial em relação ao PPT e ao Impress a criação de histórias 
que ficam on-line, portanto, durante a apresentação você deve 
certificar-se de que o local tenha conexão com a internet.
O Prezi possibilita a inserção de todos os recursos do Power Point e, ainda, vídeos 
do Youtube, linhas, setas e também a opção de zoom aos elementos que pretenda 
destacar. Seu uso é bastante fácil e intuitivo, por isso convido você a acessar o site 
informado anteriormente e já começar a fazer uso desta nova e fantástica ferramenta 
de apresentação, lembrando que as apresentações que você criar ficarão públicas e 
poderão ser acessadas por qualquer pessoa, desde que você utilize a versão paga.
55Tecnologias educacionais
editandO imagens vetOriais
Se você nunca teve contato com a área de design ou propaganda, acredito que deva 
estar se perguntando o que são imagens vetoriais, então vamos utilizar o conceito de 
Andrade (2008), que diz que “as ilustrações vetoriais são criadas a partir de equações 
matemáticas. Os cálculos utilizados para criar um quadrado, por exemplo, são refeitos 
quando ele é redimensionado, mantendo, assim, a qualidade da imagem” (p.03).
Sendo assim, compreendemos que os aplicativos baseados em vetores são ideais 
para a criação de ilustrações formadas pela união de objetos individuais, o que garan-
te uma melhor qualidade no produto final.
Um dos softwares que possibilita a criação destas ilustrações é o 
CorelDRAW, que também é utilizado para a produção de layouts de 
páginas e está na versão X7.
Andrade (2008) afirma que ele apresenta uma interface do usuário modernizada e intui-
tiva, permitindo uma edição mais rápida de texto e layout com ferramentas e recursos 
novos. Portanto, este software pode ser usado para criar ilustrações e layouts que po-
dem ser inseridos em apresentações, recursos gráficos e demais materiais, tornando-os 
mais ilustrativos e facilitando a exemplificação de situações trabalhadas nos conteúdos.
Outro programa que possibilita estes recursos é o Adobe Illus-
trator. Ele oferece basicamente os mesmos recursos do Corel e 
faz parte do pacote Adobe e, assim como o Corel, a licença para 
uso precisa ser paga.
Porém, caso você esteja em busca de um software de edição de imagens vetoriais 
que seja grátis, você poderá baixar o Inkscape, que oferece todas as possibilidades 
que os outros sem que você precise pagar pela licença de uso.
56 Tecnologias educacionais
Sendo assim, caro(a) aluno(a), verificamos que estes softwares oferecem ferramentas 
que podem contribuir significativamente na elaboração de materiais didáticos, tornan-
do-os mais profissionais e explicativos, já que as ilustrações são recursos importantes 
para demonstrar situações e dados importantes na aplicação dos conteúdos que se 
pretende repassar.
editandO fOtOs e imagens
Até pouco tempo atrás, para se tirar uma foto era preciso ir a um estúdio profissional 
ou então possuir uma máquina que utilizava filmes que posteriormente seriam reve-
lados, porém com a evolução das tecnologias surgiram máquinas digitais que possi-
bilitavam tirar fotos e vê-las ou apagá-las instantaneamente, uma revolução para o 
mundo da fotografia, imaginava-se inclusive que jamais seriam substituídas. 
Porém, com o advento dos dispositivos móveis e smartphones que, dentre as inúme-
ras funcionalidades, contam com a opção de tirar fotografias, as pessoas começaram 
a fotografar tudo e todos que estão ao seu redor e os famosos “selfies” (autorretratos) 
passaram a fazer parte de nossas vidas. Mas como seres vaidosos que somos, surgiu 
a necessidade de melhorar essas fotografias, corrigir pequenas imperfeições, luzes 
e cores ou, até mesmo, alterar silhuetas. Sendo assim, caro(a) aluno(a), surgiram 
programas que passaram a ser utilizados não apenas no meio profissional, mas por 
grande parte da população que tira e posta fotos em uma enorme quantidade e que 
passou a fazer uso também dos recursos dos editores de imagens.
O mais conhecido deles é o Adobe Photoshop que, conforme 
informa o guia oficial de treinamento da Adobe “trabalha com 
imagens bitmap digitalizadas (isto é, imagens em tom contínuo 
convertidas em uma série de pequenos quadrados, ou elemen-
tos de imagem, chamados pixels)” (2009, p.22).
57Tecnologias educacionais
Ainda segundo o guia (2009, p.23), 
você também pode trabalhar com elementos gráficos vetoriais, que são desenhos cria-
dos com linhas suaves que retêm sua nitidez quando redimensionadas e, ainda, criar 
uma arte-final ou importar imagens para o programa a partir de diferentes fontes, como:
*Fotografias de uma câmera digital.
* CDs comerciais de imagens digitais.
* Digitalizações de fotografias, transparências, negativos, imagens gráficas ou outros 
documentos.
* Imagens capturadas em vídeo.
* Arte-final criada em programas de desenho.
Percebemos, então, que o photoshop possibilita muitas opções de manipulações 
de imagens que podem ser utilizadas nas mais diversas áreas profissionais e aca-
dêmicas. Isso mesmo, querido(a) aluno(a), inclusive este nosso livro contou com 
o uso do photoshop para trabalhar as imagens que nele constam, portanto esta é 
uma importante ferramenta que contribui para a disseminação do conhecimento 
por meio do EAD.
O photoshop também é utilizado para desenhar imagens que são utilizadas em 
vídeos animados, conforme veremos mais adiante na explanação dos programas 
de edição de vídeos.
Uma opção grátis de software de edição de imagens é o GIMP, que além de poder ser 
baixado gratuitamente também é bastante leve, pesando apenas 20mb, facilitando 
assimsua instalação na grande maioria dos computadores existentes na atualidade.
58 Tecnologias educacionais
editOraçãO e diagramaçãO de materiais didáticOs
Após escrever e inserir imagens, gráficos e tabelas, o material gráfico precisa passar 
por uma última e fundamental etapa, a editoração, que é a distribuição de todos os 
elementos conforme projeto gráfico previamente definido e obedecendo ao design 
que foi adotado conforme sua finalidade.
O programa mais utilizado na diagramação destes materiais é o 
Adobe InDesing. Vamos conhecer a definição apresentada pelo 
guia oficial de treinamentos da Adobe (2009, p.13):
Com o InDesign, é possível produzir materiais de qualidade profissional para 
serem impressos em máquinas de alta tiragem a indústria gráfica ou em uma ampla 
variedade de dispositivos de saída e formatos, inclusive impressoras desktop e disposi-
tivos de geração de imagem de alta resolução. 
Novamente, querido(a) aluno(a), você pode tomar como exemplo este nosso livro. 
Todo seu layout e disposição de textos e demais elementos gráficos foi feito no In-
Design, seguindo um padrão estabelecido pela IES para todos os materiais que são 
utilizados para os cursos que são ofertados a distância.
A editoração é utilizada não apenas pelo meio acadêmico, mas por toda a indústria 
que utiliza impressões gráficas, como jornais, revistas, panfletos, manuais e demais 
materiais gráficos.
utilizandO recursOs audiOvisuais na prOduçãO de 
materiais didáticOs
Caro(a) aluno(a), até agora conhecemos programas que oferecem recursos que po-
dem ser utilizados em materiais gráficos e/ou impressos e também em apresentações, 
59TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
então vamos agora completar o ciclo de materiais que utilizam as novas tecnologias 
para auxiliar na transmissão de conteúdos on-line, são as ferramentas audiovisuais.
Grande parte das Instituições que oferecem educação a distância utilizam videoau-
las, já que elas são um poderoso recurso de transmissão de conteúdos e podem ser 
gravadas, ao vivo e contar, ou não, com interação durante a explanação do conteúdo 
pelo professor. Para ofertar videoaulas faz-se necessário uma estrutura muito bem 
montada e uma equipe técnica capacitada para subsidiar professores e tutores duran-
te todo o processo da aula.
A principal preocupação ao se montar um estúdio para transmitir aulas, ou qualquer 
outro conteúdo, deve ser com os recursos de som e vídeo, pois eles fazem toda a dife-
rença na qualidade do material que será disponibilizado para seu público-alvo. Dentre 
os softwares de edição, os mais conhecidos e utilizados são os do pacote da Adobe: 
o Premiere e o After Effects.
O Premiere é utilizado para editar áudio e vídeo, lembrando que 
a gravação em um estúdio com isolamento e que utilize bons 
equipamentos faz toda a diferença no resultado fi nal do vídeo 
que será disponibilizado. Com ele, podem ser corrigidas 
imperfeições no áudio, sincronização entre áudio e vídeo, 
recortes de falhas ou erros durante a gravação, enfi m, ele faz com que o material 
fi que mais profi ssional e possa ser apresentado sem imperfeições.
Já o After Effects também é um software de edição, porém seu 
diferencial é de possibilitar a inclusão de efeitos durante as edi-
ções. Por exemplo: na criação de uma vinheta ou mesmo na edi-
ção de um vídeo que precise contar com a inserção de elementos 
extras ou informações adicionais, esta ferramenta será impres-
cindível para se alcançar o resultado esperado.
60 Tecnologias educacionais
Existem outros softwares de edição no mercado, como o Sony Vegas, por exemplo, 
porém não oferecem todas as possibilidades que os dois apresentados anteriormente. 
Outra tecnologia que pode ser utilizada para criar materiais 
didáticos para vídeo é o Toon Boom, que é um software de 
animação. Caso a necessidade seja de criar uma ilustração 
animada, que contenha diálogos e com personagens 
desenhados para este fim, o Toon Bom é o software ideal, pois ele possibilita não 
apenas a criação destes personagens, como a movimentação deles, tornando o 
material final mais realista e com uma qualidade excelente.
Porém, alerto que seu uso não é fácil, pois os tutoriais encontram-se atualmente todos 
em inglês e também é necessário adquirir a licença de uso, mas se você gosta de desa-
fios e é criativo(a), certamente se dará muito bem utilizando o Toon Bom.
utilizandO sOftwares de autOria
Para finalizar a explanação sobre os recursos que 
contribuem para a criação de materiais didáticos, 
apresento agora as ferramentas de autoria, que 
são softwares que permitem produzir materiais in-
terativos e que assimilam várias informações de 
todas as tecnologias que vimos até agora.
61Tecnologias educacionais
As ferramentas de autoria possibilitam a inserção de videoaulas, animações, imagens, 
recursos audiovisuais e de questionários na criação de conteúdos, tornando o mate-
rial mais intuitivo, dinâmico e interativo e oferecendo uma maior autonomia ao aluno.
Este recurso passou a ser utilizado há pouco tempo por Instituições de ensino, 
pois seu uso até então acontecia na educação corporativa visando a formação de 
profissionais via e-learning, ou educação on-line, com o intuito de ganhar tempo e 
capacitar estes profissionais conforme a carreira na qual estão inseridos. Porém, 
com a evolução do EAD e a necessidade de produzir materiais mais dinâmicos e 
enxutos, as IES também estão começando a utilizar estas poderosas ferramentas 
para tornar seus materiais menos maçantes e autoexplicativos para seus alunos.
Dentre os programas mais utilizados estão o Adobe Captivate e o Articulate, porém 
existem inúmeros outros no mercado. Portanto, para decidir qual melhor atenderá 
os objetivos esperados é necessário definir as metas educacionais que se pretende 
alcançar, assim certamente a ferramenta ideal poderá ser definida e tornará os conte-
údos mais atrativos e facilmente gerenciáveis.
a internet e a educaçãO a distância na prOduçãO de 
cOnteúdOs didáticOs
Caro(a) aluno(a), agora que finalizamos nosso 
percurso sobre as mídias oferecidas pelas novas 
tecnologias para a concepção de materiais didáticos, 
vamos conversar sobre a modalidade que popularizou 
o uso destes recursos no meio educacional, a 
educação a distância. Conforme já conversamos 
anteriormente, a EAD trouxe novas formas de ensinar e aprender e redefiniu os papéis 
de professores e alunos, tornando-os corresponsáveis pelo processo educacional e 
62 Tecnologias educacionais
oferecendo uma maior gama de possibilidades na maneira de ensinar e aprender.
Porém, nos dias atuais não seria possível pensar em educação a distância sem a 
internet, que foi a mola propulsora de todo este processo e venceu a barreira da dis-
tância física, já que hoje em dia basta a vontade e um dispositivo ligado à rede para 
adquirir novos conhecimentos.
Mas devemos lembrar que não foi a internet que originou o ensino a distância. 
Conforme já foi discutido neste livro, a escrita foi uma das maiores descobertas 
da humanidade e possibilitou a troca de informações entre indivíduos do mesmo 
grupo e que, posteriormente, começaram a utilizar técnicas para transmitir tais 
informações para um grupo cada vez maior de pessoas. Sendo assim, compre-
endemos que foi a escrita que possibilitou a comunicação e, consequentemente, 
originou a educação a distância.
Vejamos o que dizem Maia e Mattar (2007, p.21) sobre esta questão:
Alguns autores consideram as cartas de Platão e as Epístolas de São Paulo exemplos 
iniciais e isolados de exercícios de educação a distância. Outros defendem que o en-
sino a distância tornou-se possível apenas com a invenção da imprensa no século XV. 
A escrita, inicialmente, possibilitou que pessoas separadas geograficamente se comu-
nicassem e documentasse informações, obras e registros. A invenção de Gutemberg, 
por sua vez, facilitou esse processo, permitindo que as ideias fossem compartilhadas e 
transmitidas

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