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Oratoria E Linguagem Nao Verbal Em Provas Orais

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1Curso	Ênfase	©	2021
Técnicas	para	a	Prova	Oral	–	Bruno	Del	Preti
Oratória	E	Linguagem	Não	Verbal	Em	Provas	Orais
Olá,	meus	amigos,	olá	minhas	amigas!	Essa	é	a	nossa	unidade	de	aprendizagem	sobre
oratória	e	linguagem	não	verbal.
E	eu	começo	fazendo	a	seguinte	pergunta	provocadora	para	vocês:
2Curso	Ênfase	©	2021
A	oratória	e	a	linguagem	não	verbal	são	importantes	na	prova	oral?
Pessoal,	é	importante	a	gente	sempre	ressaltar	que	na	prova	oral	não	se	mede,	não	se
avalia	somente	o	conteúdo	jurídico.	Outros	fatores	também	são	objeto	de	pontuação	e
de	análise	por	cada	examinador	e	por	cada	examinadora	dentro	da	prova	oral.
3Curso	Ênfase	©	2021
Nós	queremos	sim	ter	o	coeficiente	inteligência	de	cada	aluno,	de	cada	candidato	e	de
cada	candidata.	Mas	os	examinadores	também	querem	saber	o	coeficiente	emocional,
saber	o	preparo	dos	candidatos	para	o	exercício	de	um	cargo,	se	eles	têm	inteligência
emocional	 para	 lidar	 com	 a	 situação,	 se	 eles	 têm	 a	 capacidade	 de	 falar	 bem,	 de
articular	os	seus	raciocínio,	se	eles	têm	postura	para	o	exercício	do	cargo.
Então,	a	oratória	e	a	 linguagem	não	verbal	são	partes	 importantes	 tanto	do	ponto	de
vista	de	atribuição	de	nota	pelo	examinador,	como	também	para	que	a	sua	resposta	de
conteúdo	 jurídico	exposto	por	você	oralmente	 seja	 reforçado	com	uma	postura	 firme,
com	 uma	 postura	 séria,	 com	 o	 bom	 uso	 do	 português,	 com	 a	 dicção	 correta	 das
palavras,	com	a	entonação	quando	necessário.		
Então,	 tudo	 isso	 reforça	 e	 soma	 atributos	 a	 construção	 da	 sua	 resposta.	 Então,
percebam,	 é	 necessário	 e	 é	 importante	 a	 gente	 conhecer	 as	 técnicas	 básicas	 de
oratória,	 as	 noções	 básicas	 sobre	 linguagem	 não	 verbal,	 para	 que	 a	 gente	 possa
explorar	ao	máximo	o	conteúdo	que	nós	vamos	expor	para	cada	examinador,	tudo	bem?
Então,	é	importante.	E	vejam,	quando	a	gente	fala	em	oratória,	nada	mais	falamos	do
que	 falar	 bem,	 a	 arte	 da	 eloquência,	 a	 arte	 da	 retórica.	 Nós	 não	 precisamos	 ser
excelentes	 oradores,	 termos	uma	eloquência	 fora	 do	nível	 para	 sermos	 aprovados	na
prova	oral.	Precisamos	(isso	eu	sempre	falo	e	diversas	vezes),	nós	precisamos	fazer	o
básico	muito	bem	feito.
E	 no	 âmbito	 da	 prova	 oral	 fazer	 o	 básico	 é	 saber	 o	 conhecimento	 básico,	 saber
apresentar	esse	conhecimento	com	o	bom	uso	do	português,	demonstrar	convicção	das
nossas	respostas	sempre	de	forma	humilde,	nunca	querendo	desrespeitar	ou	entrar	em
um	 embate	 com	 qualquer	 dos	 examinadores.	Mas	 apresentar	 e	 nos	 posicionarmos	 a
respeito	de	cada	assunto,	de	cada	questão	que	nos	for	indagada.
Para	isso,	pessoal,	a	gente	precisa	explorar	a	nossa	arte	de	falar	em	público.	Para	isso	a
gente	precisa	nos	valer	de	alguns	elementos	da	 linguagem	não	verbal.	Da	 linguagem
não	 verbal	 é	 a	 posição	 do	 nosso	 corpo,	 da	 linguagem	 corporal.	 Nós	 não	 falamos
somente	pela	boca,	nós	falamos	pelos	olhos,	pelas	mãos,	pelo	postura	do	corpo.	E	sobre
isso	é	que	nós	vamos	conversar	dentro	dessa	nossa	unidade	de	aprendizagem.
Feita	 essa	 introdução	 e	 essa	 observação	 inicial,	 vamos	 juntos	 para	 um	 conteúdo
importante.
CONTEÚDO	IMPORTANTE	
4Curso	Ênfase	©	2021
"Quais	então,	Bruno,	técnicas	e	dicas	você	pode	nos	dá	a	respeito	da	oratória?"	
"Como	é	que	a	gente	pode	então,	responder	oralmente	as	questões	e	ter	esse
cuidado	para	usar	as	boas	técnicas	da	retórica	e	da	oratória?"
Nós	 não	 precisamos	 aqui,	 pessoal,	 no	 âmbito	 da	 prova	 oral,	 sermos	 tão	 eloquentes,
entonarmos	tanto	a	voz,	como	as	vezes	fazemos,	como	fazem	os	grandes	oradores,	os
grandes	 retóricos.	 Isso	 seriam	 técnicas	para	utilizarmos,	por	exemplo,	no	 tribunal	do
júri.	Em	uma	prova	que	simulasse	o	tribunal	do	júri,	as	técnicas	seriam	outras.
Mas	em	uma	prova	oral,	 o	que	o	examinador	quer,	o	que	a	examinadora	quer	é	uma
demonstração	 de	 que	 nós	 temos	 o	 conhecimento	 jurídico	 e	 o	 raciocínio	 jurídico
necessário	 para	 o	 exercício	 do	 cargo.	 Sempre	 também	 de	 forma	 com	 a	 qual	 nos
podemos	 demonstrar	 prepara	 para	 esse	 exercício,	 nós	 temos	 uma	 inteligência
emocional	suficiente	para	enfrentar	as	adversidades	que	certamente	vão	existir	nesses
cargos	públicos.	E	nós	temos	a	seriedade	e	a	postura	para	que	possamos	exercê-lo.	
Para	responder	oralmente,	então,	partindo	da	análise	da	exposição	oral	das	respostas,
quais	cuidados	nós	devemos	ter.
5Curso	Ênfase	©	2021
O	 primeiro	 deles,	 pessoal,	 é	 o	 uso	 correto	 do	 vernáculo.	 A	 gente	 tem	 que	 usar	 o
português	 de	 forma	 correta.	Nós	 não	 podemos	 cometer	 vícios	 crassos	 de	 linguagem,
nós	 temos	 que	 ter	 cuidado	 para	 conjugar	 as	 palavras,	 os	 verbos	 de	 forma	 correta.
Então,	 a	 gente	 tem	 que	 fazer	 um	 bom	 uso	 do	 português.	 Isso	 não	 quer	 dizer,	 dizer
palavras	difíceis,	 inventar	sequências	de	frases	que	sejam	muito	complexas.	Isso	quer
dizer	usar	o	português	de	forma	simples	e	correta.
Para	 a	 gente	 não	 trazer	 mais	 complicações	 para	 a	 prova	 oral,	 e	 que	 a	 gente	 possa
realmente	se	preocupar	só	com	a	construção	das	respostas,	pensem	sempre	em	dizer	as
frases	de	forma	simples	mas	com	o	uso	correto	do	português,	de	forma	correta.	Além
de	um	uso	correto,	de	forma	bem	articulada.
É	necessário	também	que	o	seu	examinador,	que	a	sua	examinadora	consigam	entender
aquilo	que	você	está	falando,	por	isso	a	dicção	é	um	ponto	muito	importante.	É	preciso
que	 você	 fale,	 pessoal,	 de	 forma	 com	 que	 as	 palavras	 sejam	 inteligíveis,	 que	 elas
consigam	compreender	aquilo	que	você	quer	dizer.
Quando	você	fala	muito	rápido,	quando	você	começa	a	acelerar	o	que	você	quer	falar	e
emendar	 uma	 palavra	 na	 outra,	 a	 sua	 dicção	 perde	 em	 qualidade.	 E	 isso	 pode
comprometer	a	 forma	como	o	seu	examinador	vai	absorver	o	conteúdo	que	você	está
expondo.	 Então,	 cuidado,	 ter	 cuidado	 com	 a	 dicção.	 Digam	 as	 palavras	 de	 forma
completa,	 terminem	 as	 frases,	 não	 emendem	 palavras	 as	 outras.	 Tenham	 cuidado,
portanto,	com	essa	dicção.
A	 entonação,	 ela	 também	 é	 importante.	 Embora	 a	 gente	 não	 tenha	 que	 ter	 essa
entonação	em	tom	teatral,	dentro	de	uma	prova	oral	isso	não	é	recomendável,	que	você
tenha	uma	exposição	muito	enfática.	De	outro	lado,	isso	a	gente	guarda	para	uma	prova
de	tribunal	do	júri,	para	um	outro	evento.	
Na	prova	 oral	 a	 gente	 não	quer	 adotar	 um	 tom	 teatral,	 a	 gente	 quer	 adotar	 um	 tom
expositivo.	mesmo	tendo	esse	tom	expositivo,	é	necessário	que	a	gente	tenha	uma	certa
entonação	na	forma	como	falamos.	Se	a	gente	fala	sempre	no	mesmo	tom,	vai	ficando
cansativo.	O	nosso	examinador,	muitas	vezes,	já	está	arguindo	candidatos	há	seis	horas,
há	 quatro	 horas,	 ele	 está	 cansado.	 Para	 a	 gente	 prender	 a	 atenção	 dele	 naquele
conteúdo	 que	 nós	 estamos	 expondo,	 a	 gente	 precisa	 conseguir	 entonar	 a	 nossa	 voz,
para	que	a	gente	consiga	captar	melhor	ainda	a	atenção	dele.
Então,	perceba,	que	quando	eu	estou	 falando	com	vocês,	 as	 vezes	o	meu	 tom	de	voz
levanta	um	pouco	e	as	vezes	ele	diminui	um	pouco.	E	essa	entonação	que	vai	muitas
6Curso	Ênfase	©	2021
vezes	 dando	 ênfase	 para	 pontos	 importantes	 pode	 ganhar	 espaços	 quando	 você	 vai
construindo	respostas,	as	vezes	que	está	no	desenvolvimento,	você	pode	ir	diminuindo
o	seu	tom.
Então,	 percebam,	 essa	 entonação	 que	 levanta	 quando	 você	 quer	 afirmar	 um
determinado	 ponto.	 E	 quando	 você	 está	 expondo	 um	 conteúdo	 jurídico,	 você	 está
construindo	a	sua	resposta,	ganha	um	tom	menos	enfático,	elas	são	 importantes	para
você	captar	a	atenção	do	seu	examinador,	da	sua	examinadora.
E	o	ponto	que	eu	julgo	como	uma	regra	de	ouro	da	oratória.	Pessoal,	eu	não	tenho	como
dimensionar	o	quão	importante	é	esse	último	ponto,	por	isso	chamado	de	regra	de	ouro,
que	é	a	respiração.	A	respiração	é	a	base	para	um	bom	discurso,	para	uma	boa	oratória.
Se	nós	não	respirarmos	enquanto	falamos,	nossas	frases	ficam	aceleradas,	nossa	mente
não	 consegue	 raciocinar,	 o	 oxigênio	 deixa	 de	 chegar	 em	 nossos	 pulmões	 edeixa	 de
alimentar	o	nosso	cérebro,	e	começa	a	nos	dar	uma	situação	de	ofegância.	Começa	a
nos	deixar	nervoso	e	a	gente	começa	a	perder	a	nossa	atenção.	que	a	gente	pode	aí	ter
um	branco,	nos	esquecermos	daquilo	que	a	gente	está	falando,	a	gente	pode	deixar	que
o	nervosismo	nos	atrapalhe.	
Então,	 para	 a	 gente	 controlar	 esse	 nervosismo,	 pessoal,	 respiração.	 Percebam	 quão
importante	é	a	respiração.	Eu	quero	que	cada	um	de	vocês	quando	estiverem	treinando
para	 a	 prova	 oral	 façam	 uma	 resposta	 sem	 respirar,	 falando	 muito	 rápido	 e	 depois
façam	uma	resposta	entonando,	respirando,	refletindo,	com	uma	respiração	pausada.
Como	se	você	conseguisse	quando	vocês	estivesse	falando,	colocar	um	ponto	final	em
cada	frase	que	você	constrói,	tendo	tempo	para	respirar	e	continuando	o	seu	raciocínio
e	 a	 sua	 argumentação.	 Percebam	 a	 diferença	 de	 cada	 uma	 dessas	 duas	 respostas.
Aquela	que	é	dada	de	supetão,	o	tempo	todo,	sem	respiração	e	aquela	que	é	dada	de
forma	pausada,	com	respiração,	como	se	fosse	um	ponto	final	na	sua	frase	construída
com	a	respiração	um	pouco	mais	profunda,	em	cada	vírgula,	como	se	fosse	 lida,	dita,
melhor	dizendo,	com	uma	respiração	um	pouco	mais	curta.	
Então,	 atenção	 com	 a	 respiração.	 Ela	 ajuda	 em	 passar	 credibilidade	 aquilo	 que	 você
está	falando,	ela	ajuda	a	você	ter	milésimos	de	segundos	em	que	você	vai	desenvolver
raciocínios,	 em	 que	 seus	 neurônios,	 em	 que	 suas	 conexões	 neurais	 vão	 atingir	 um
número	 de	 informações	muito	 grandes,	 vão	 alimentar	 a	 sua	mente	 para	 construir	 as
respostas	e	para	alcançar	aquilo	que	você	quer	dizer.
É	 na	 respiração	 que	 vocês	 ganham	 os	 milésimos	 de	 segundos	 necessários	 para
7Curso	Ênfase	©	2021
raciocinar	ou	deixar	que	seu	cérebro,	seus	neurônios	pensem	e	encontrem	as	palavras
para	 construir	 a	 sua	 resposta,	 tudo	 bem?	 Então,	 a	 respiração,	 pessoal,	 é	 a	 regra	 de
ouro.	Tenham	atenção	com	a	respiração	e	treine.
Precisa	 treinar	 falar	 em	público,	 precisa	 treinar	 respirar	 para	 falar	 em	público,	 tudo
bem?	É	um	ponto	muito	importante.	Não	menosprezem	a	importância	dessas	pausas	e
da	 respiração	 porque	 para	 a	 oratória	 ela	 é	 a	 base	 de	 uma	 boa	 oratória,	 tudo	 bem,
pessoal?	 Dicas	 básicas	mas	muito	 importantes,	 que	 se	 executadas	 de	 forma	 correta,
certamente,	vão	ganhar	aí,	dá	peso	para	a	sua	resposta	e	o	seu	raciocínio	jurídico.
E	ainda	que	você	não	tenha	acertado	tecnicamente	uma	resposta,	com	o	uso	correto	da
oratória,	 com	 um	 raciocínio	 jurídico,	 vai	 certamente	 conceder	 alguma	 pontuação
naquela	questão	cujo	conteúdo	jurídico	você	tenha,	eventualmente,	errado,	tudo	bem?
Então,	sobre	oratória,	algumas	dicas	que	são	importantes,	que	você	tem	que	treiná-las.
Essas	dicas	não	têm	um	conteúdo	dogmático	que	você	aprende,	que	você	escuta	e	que
você	 já	aprende,	você	tem	que	treinar	e	colocar	em	prática,	 falar	bem,	um	português
correto,	dizendo	as	palavras	com	uma	boa	dicção,	entonando	para	que	você	não	torne
monótono	a	sua	narrativa,	a	sua	exposição	e	respirando,	também,	para	que	você	possa
construir	o	tempo	necessário	para	alcançar	as	suas	respostas.	Beleza,	pessoal?
E	sobre	linguagem	não	verbal?
Esse	é	um	ponto	que	eu	gosto	muito,	que	eu	acho	muito	interessante.	
8Curso	Ênfase	©	2021
Ela	é	importante	para	aprovação	na	prova	oral?
E	 eu	 eu	 digo	 sem	 sombra	 de	 dúvidas,	 sim,	 é	 muito	 importante.	 Porque	 a	 postura
corporal	 errada,	 ela	 pode	 muitas	 vezes,	 praticamente	 anular	 sua	 resposta	 jurídica.
Então,	 é	 preciso	 sim,	 ter	muito	 cuidado	 com	 a	 linguagem	não	 verbal.	O	 nosso	 corpo
fala,	tem	até	um	livro	clássico	que	é	muito	legal,	chama	"o	corpo	fala",	que	fala	sobre
linguagem	não	verbal,	 linguagem	corporal.	Quem	quiser	se	aprofundar	um	pouquinho
sobre	 esse	 tema,	 é	 um	 livro	muito	 interessante,	 chama	 "o	 corpo	 fala".E	 tem	diversos
outros	livros	também,	bem	interessantes,	sobre	linguagem	não	verbal.
O	que	 é	 que	 a	 gente	pode	 trazer	 disso	para	 	 a	nossa	prova	 oral	 de	 concurso
público?
Pessoal,	a	gente	tem	que	ter	alguns	cuidados	e	algumas	dicas	para	como	nos	comportar
e	 nos	 portar	 na	 prova	 oral.	 Vamos	 começar	 a	 analisar	 um	 pouco	 a	 nossa	 postura
corporal.	 Vamos	 começar	 com	 os	 olhos.	 Pessoal,	 os	 olhos,	 eles	 dizem	 tanto	 quanto	 a
nossa	boca,	quanto	aquilo	que	a	gente	está	dizendo.
Quando	você	estiver	respondendo	uma	resposta,	eu	quero	que	você	olhe	nos	olhos	do
seu	 examinador	 e	 da	 sua	 examinadora,	 tudo	 bem?	 Isso	 demonstra	 empatia,	 isso
demonstra	 convicção,	 isso	 demonstra	 seriedade,	 isso	 demonstra	 que	 você	 não	 está
escondendo	 nada,	 que	 você	 está	 olhando	 de	 frente	 para	 o	 seu	 examinador,	 para	 a
9Curso	Ênfase	©	2021
pessoa	 que	 está	 te	 escutando,	 no	 olho	 dele	 e	 dizendo	 para	 ele	 a	 resposta	 daquela
questão	que	foi	formulada.
Olhar	nos	olhos	dos	examinadores	é	 fundamental	para	você	demonstrar	credibilidade
naquilo	que	você	está	respondendo.	Se	você	disser	"Bruno,	eu	tenho	muita	vergonha.
Quando	eu	olho	nos	olhos	da	pessoa	para	dizer	algo	para	ela,	eu	começo	a	me	fechar.
Eu	tenho	muita	vergonha	e	eu	percebo	que	isso	me	atrapalha	muito".
Se	você	é	assim,	eu	tenho	uma	dica	que	vai	te	ajudar	muito.	Se	você	tem	dificuldades
de	olhar	nos	olhos	da	pessoa,	 isso	 te	 tira	a	 tenção,	atrapalha	você	na	sua	prova	oral,
olhe	no	meio	da	testa	da	pessoa	com	quem	você	está	falando.	Comece	a	não	olhar	nos
olhos	dela	mas	no	meio	da	testa.	Não	pode	ser	muito	para	cima	senão	dá	para	perceber
que	você	está	olhando	numa	outra	direção	mas	fixe-se	em	algum	ponto	no	meio	da	testa
dela.	
Você	 vai	 tirar	 aquela	 sensação	 que	 você	 tem	 de	 observação,	 de	 ser	 vista	 do	mesmo
modo	que	você	ver,	você	vai	olhar	para	esse	ponto	fixo	no	meio	da	testa	da	pessoa	com
quem	 você	 está	 falando.	 Talvez	 isso	 te	 ajude	 um	 pouco	 a	 construir	 uma	 maior
naturalidade	no	momento	de	falar	com	as	pessoas,	tudo	bem?
O	ideal	é	você	olhe	mesmo	nos	olhos	de	cada	examinador.	Não	fique	desviando	o	seu
olhar,	olhando	para	cima,	olhando	para	baixo	enquanto	você	está	falando.	Percebam,	se
eu	 falar	 com	 vocês	 olhando	 para	 cima,	 olhando	 para	 os	 lados,	 olhando	 para	 baixo,
olhando	para	o	outro	lado,	você	não	tem	empatia	com	aquilo	que	eu	falo.
Agora,	 se	 eu	 olho	 no	 seu	 olho	 e	 estou	 falando	 exatamente	 com	 você,	 você	 está
percebendo	que	a	conversa	entre	nós	é	uma	conversa	séria,	que	aquilo	que	eu	estou
dizendo	é	para	você.	Então,	percebam	a	importância	do	olhar	no	diálogo,	do	olhar	na
prova	oral,	tudo	bem?
Cabeça,	pessoal.	Deixando	os	olhos,	vamos	para	a	cabeça.	
Como	posicionar	a	nossa	cabeça?
Tomem	cuidado.	Também	é	muito	importante.	A	forma	como	nós	direcionamos	a	nossa
cabeça	também	diz	muito	sobre	aquilo	que	a	gente	está	falando.	Se	a	gente	tem	uma
cabeça	muito	baixa	e	fixamos	o	olhar,	os	olhos	para	cima,	isso	demonstra	introversão,
isso	demonstra	receio.	Se	a	gente	acaba	abaixando	muito	a	nossa	cabeça	para	um	lado
ou	para	o	outro,	isso		não	demonstra	tanta	franqueza.	
10Curso	Ênfase	©	2021
De	outro	lado,	se	a	gente	acaba	levantando	muito	o	queixo	para	falar	com	uma	pessoa
pode	demonstrar	um	ar	de	 soberba,	um	ar	de	arrogância.	A	gente	 também	não	pode
querer	falar	com	o	nosso	examinador	com	o	queixo	muito	erguido	e	olhando	para	baixo.
Prefiram	 a	 posição	 horizontal,	 olhem	 de	 frente,	 deixem	 a	 cabeça	 numa	 posição	 de
neutralidade,	nem	para	um	lado	e	nem	para	o	outro,	nem	para	cima	e	nem	para	baixo.
Olhando	de	frente	para	o	examinador,	tudo	bem?	Essa	posição	neutra,	que	é	aquilo	que
a	gente	sempre	prefere	no	âmbito	da	prova	oral	-	a	neutralidade.	
E	 o	 tronco?	 Como	 posicionar	 o	 meu	 tronco	 ao	 argumento	 que	 eu	 estou
respondendo?
Pessoal,	essa	região	 torácica,	a	região	do	tronco,	ela	diz	muito	no	momento	da	prova
oral,	mas	muito	mesmo.	Ela	diz,	por	exemplo,	se	você	começa	a	se	curvar	e	fechar	os
seus	ombros	enquanto	você	está	falando,	cruzando	por	exemplo	até	os	seus	braços,	isso
demonstra	 muita	 introversão,demonstra	 timidez,	 demonstra	 proteção.	 Você	 está	 se
escondendo	naquilo	que	você	está	dizendo.
Ao	passo	que	se	você	estufa	os	seus	peitos	e	abre	o	seu	corpo,	abre	o	seu	tronco,	isso
demonstra	 que	 você	 está	 aberto	 para	 aquilo	 que	 você	 fala	 e	 para	 aquilo	 que	 você
recebe.	 Demonstra	 confiança,	 demonstra	 certeza	 naquilo	 que	 é	 colocado	 sem	 nunca
aparentar	arrogância.
Então,	 percebam,	 que	 um	 tronco	 aberto	 demonstra	 então,	 essa	 posição	 de	 maior
abertura	naquilo	que	é	falado	e	naquilo	que	é	recebido.	E	sempre	direcionado	de	frente
para	cada	examinador.	Então,	se	você	está	falando	com	o	examinador	e	você	acabou	a
arguição	 dele,	 e	 o	 seu	 outro	 examinador	 está	 para	 o	 lado,	 você	 ao	 responder	 o	 seu
outro	examinador	vira,	não	só	a	sua	cabeça,	mas	o	seu	tronco	todo	em	direção	a	esse
outro	examinador	e	aí	fala	diretamente	para	ele.	Com	todo	o	seu	corpo	virado	para	ele,
principalmente	com	o	seu	tronco	direcionado	para	a	pessoa	que	você	etá	falando.	Com
toda	a	sua	postura	direcionada	para	aquele	examinador.	
Braços,	pessoal.	Muito	importante	também.	Braços,	eles	devem	estar	sempre	abertos,	a
gente	não	deve	cruzar	os	braços	enquanto	estamos	falando.	Essa	posição	de	cruzar	os
braços,	ela	demonstra	que	nós	estamos	nos	protegendo,	que	a	gente	está	fechado,	que
a	gente	não	está	aberto	para	aquilo	que	a	gente	está	falando	e	recebendo.
Então,	 os	 braços	 também	 devem	 estar	 abertos.	 Nada	 de	 braços	 cruzados,	 nem	 de
braços	cruzados.	Braços	também	em	posição	do	lado	do	nosso	corpo.	As	mãos,	pessoal,
também	tem	que	tomar	cuidado	aonde	nós	posicionamos	a	nossa	mão	quando	falamos.
11Curso	Ênfase	©	2021
É	preferível	que	a	sua	mão	fique	da	sua	cintura	até	o	seu	tronco,	tudo	bem?
Quando	 você	 falar	 é	 até	 interessante	 que	 você	 movimente	 um	 pouco	 as	 mãos.	 Não
precisa	 deixar	 as	 suas	 mãos	 engessadas,	 por	 exemplo,	 se	 houver	 uma	 mesa	 na	 sua
frente,	 em	 cima	 da	 mesa.	 Não	 precisa,	 você	 pode	 movimentar	 as	 suas	 mãos.	 Mas
prefira	 movimentos	 curtos.	 Cuidado	 para	 não	 movimentar	 as	 suas	 mãos	 acima	 da
posição	da	cabeça	nem	abaixo	da	posição	da	cintura.
A	zona	de	conforto,	a	zona	de	neutralidade	que	nós	queremos	é	a	zona	entre	cintura	e
entre	 até	 aqui.	 Então,	 movimentando	 as	 mãos	 nessa	 posição,	 você	 tem	 uma	 maior
tranquilidade,	 uma	 maior	 neutralidade,	 tudo	 bem?	 Não	 cruze	 também	 os	 dedos.	 Da
mesma	forma	que	a	gente	não	pode	cruzar	os	braços,	cruzar	os	dedos	também	passa
uma	informação	de	um	pouco	de	proteção,	um	pouco	de	conforto.
Prefira	deixar	uma	mão	ao	lado	da	outra,	uma	mão	em	cima	da	outra.	Quando	você	for
movimentar,	movimentos	simples.	Cuidado	com	os	movimentos	que	você	 fizer	com	as
mãos.	 Não	 utilize	 dedos	 cruzados.	 Sempre	 uma	 mão	 abraçando	 a	 outra	 e	 aí	 se
movimentando	ou	uma	mão	até	mesmo	em	cima	da	outra	e	a	partir	daí	a	movimentação
das	mãos	quando	você	estiver	construindo,	falando	a	sua	resposta,	tudo	bem?
Se	 você	 fala	 e	 deixa	 a	 sua	 mão	 parada,	 dá	 um	 sinal	 de	 artificial.	 Então,	 pode	 sim
movimentar	as	mãos	e	é	importante	até	porque	vai	passar	fluidez	a	sua	oratória,	a	sua
exposição.	Movimente	a	mão	dentro	dessa	zona,	deixe	os	braços	abertos,	dobre	os	seus
cotovelos	 nessa	 posição	 e	 fale	 com	 as	 mãos	 dessa	 forma	 que	 você	 vai	 ter	 muita
neutralidade	na	forma	como	expor	o	conteúdo.
Em	relação	as	pernas,	mesma	situação	em	relação	aos	braços.	Não	cruze	as	pernas,	tá?
Cruzar	as	pernas	é	uma	situação	de	conforto.	Além	de	uma	situação	de	conforto	é	uma
situação	 de	 proteção.	 Então,	 deixe	 as	 pernas	 fechadas	 mas	 não	 cruzadas.	 Deixe	 as
pernas	 numa	 posição	 de	 neutralidade,	 descanse	 seus	 pés	 de	 forma	 reta	 e	 deixe	 as
pernas	dessa	forma.
Pode	apoiar	as	mãos	nas	suas	coxas,	se	você	quiser	ou	em	cima	da	mesa,	em	cima	do
ambiente	que	você	estiver	falando,	tudo	bem?	São	essas	as	dicas	de	postura	corporal.
Então,	por	exemplo,	pessoal.
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Os	gestos	e	as	posturas	que	nós	queremos,	são	as	posturas	que	são	neutras.	Nós	não
queremos	ganhar	os	argumentos	com	base	na	nossa	linguagem	não	verbal,	com	base	no
nosso	 organismo,	 com	 base	 na	 nossa	 postura.	 Nós	 queremos	 que	 a	 atenção	 do
examinador,	ela	seja	para	o	conteúdo	que	nós	dizemos	e	que	nossa	postura	corporal	só
reforce	a	autoridade	dos	nossos	argumentos.
Então,	quando	nós	 temos	um	bom	português,	 falamos	de	 forma	pausada,	 respiramos,
quando	usamos	o	nosso	corpo	para	dar	ênfase	aquilo	que	queremos	dizer,	nós	estamos
reforçando	 os	 nossos	 argumentos,	 percebam.	 Então,	 essa	 neutralidade	 é	 o	 que	 nós
queremos.	 Nada	 de	 gestos	 sinuosos,	 movimentações	 abruptas,	 entonações	 muito
elevadas.	Vamos	buscar	a	neutralidade,	fazer	o	básico	muito	bem	feito	que	é	isso	que
vai	colocar	a	gente	na	 lista	dos	aprovados.	E	nós	na	prova	oral	estamos	muito	perto,
tudo	bem?
Vestimenta.	Tomem	cuidado	também	em	relação	as	roupas	que	utilizam	na	prova	oral.
Não	use	nada	que	tire	a	atenção	daquilo	que	você	vai	expor,	do	conteúdo	que	você	vai
expor.	 É	 lógico	 que	 nós	 temos	 provas,	 bancas	 que	 são	muito	mais	 conservadoras,	 as
magistraturas	de	alguns	estados	são	muito	conservadoras.	Nós	temos	bancas	e	provas
que	são	muito	mais	progressistas,	muito	mais	liberais,	como	por	exemplo,	Defensorias
Públicas	de	alguns	dos	estados.
Diria	que	nas	Defensorias	Públicas	de	muitos	estados	a	questão	da	vestimenta,	ela	fica
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de	 lado.	 Os	 defensores	 são	 muito	 mais	 próximos	 dos	 candidatos,	 da	 população	 e	 a
vestimenta	acaba	não	sendo	um	fator	que	é	analisado.	De	outro	lado,	algumas	bancas,
podem	 ter	 certeza	 que	 alguns	 desembargadores,	 alguns	 membros	 mais	 antigos	 das
bancas	veem	na	vestimenta	uma	extensão	da	personalidade	daquele	candidato.
Então,	 homens,	 prefiram	 cores	 sóbrias,	 nada	 de	muita	 cor.	Mulheres,	 também,	 cores
mais	sóbrias,	azul,	azul	marinho,	cinza,	chumbo.	Cores	que	sejam	mais	apropriadas	e
mais	 neutras.	 Não	 utilizem	 nada	 que	 tire	 a	 atenção	 do	 conteúdo	 que	 vocês	 querem
expor,	tudo	bem?
Então,	esse	cuidado	é	necessário	que	cada	um	de	vocês	tenha,	de	acordo	com	o	perfil
da	banca	que	vai	 ser	 realizada	a	prova,	 façam	essa	análise.	Tudo	bem,	pessoal?	Para
finalizar,	 eu	 só	 digo	 o	 seguinte,	 tomem	 cuidado	 com	 os	 maneirismos,	 as	 vezes	 as
linguagens	 coloquiais,	 as	 vezes	 os	movimentos	 que	 são	muito	 chamativos	 e	 vícios	 de
linguagem	que	as	vezes	nós	temos.
Então,	 tomem	 cuidado,	 portanto,	 com	 esses	 fatores.	 As	 vezes	 movimentações	 muito
abruptas,	 posturas	 e	 gestos	 que	 são	 tidos	 como	 comum,	 são	 adotados	 em	 âmbitos
informais	 e	 vícios	 de	 linguagem	que	nós	 podemos	 ter,	 para	 que	 isso	 não	 atrapalhe	 a
exposição	do	seu	conteúdo,	tudo	bem?
Meus	amigos	e	minhas	amigas,	esses	técnicas	de	prova	oral	que	nós	conversamos	nessa
unidade	de	aprendizagem	e	em	outras	também,	são	 importantes	para	que	você	possa
consolidar	 o	 seu	 conhecimento,	 para	 que	 você	 possa	 se	 preparar	 para	 a	 prova	 oral
treinando	muito.
Eu	 tenho	plena	 convicção	de	que	 você,	 quando	 chegar	na	prova	oral,	 tomando	esses
cuidados	com	oratória,	 linguagem	não	verbal,	 fazendo	muito	bem	os	simulados,	tendo
atenção	aos	pontos	que	são	necessários,	vai,	certamente,	conseguir	a	aprovação.	Desejo
que	fiquem	todos	com	Deus.	Eu	estou	a	disposição	para	o	que	vocês	precisarem	e	eu	os
aguardo	para	o	nossos	próximos	encontros	aqui	no	Curso	Ênfase.	Até	mais.

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