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CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 0 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 1 SUMÁRIO – EXERCÍCIOS – PADRÃO DE RESPOSTAS CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 2 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 3 a) O meio de impugnação cabível no presente caso é a apresentação de resposta à acusação, com fulcro nos artigos 396 e 396-A do CPP. O prazo previsto em lei é de 10 dias. b) A tese de mérito a ser alegada em favor de Wilson é a aplicação do princípio da insignificância, uma vez que consoante jurisprudência consolidada dos Tribunais Superiores, em se tratando de crimes contra a ordem tributária, o valor de 10 mil reais ou 20 mil reais não possui lesividade jurídica, não materializando o tipo penal do artigo 334 do CP. O pedido a ser formulado em sede de resposta à acusação é o de absolvição sumária, com fulcro no artigo 397, inciso III do CPP. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 4 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 5 a) O meio de impugnação deverá ser a apresentação de resposta à acusação, com fundamento nos artigos 396 e 396-A do CPP. Ultimo dia do prazo será o dia 24/11/2014, com fundamento nos artigos 396/396A e 798, do CPP. b) A tese defensiva a ser invocada é a exclusão da culpabilidade, tendo em vista se tratar de hipótese de inexigibilidade de conduta diversa, nos termos do artigo 22 do Código Penal, em razão da coação moral irresistível. O pedido a ser elaborado em sede de resposta à acusação é o de absolvição sumária, com fulcro no artigo 397, II do CPP. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 6 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 7 a) O meio de impugnação cabível é a interposição de agravo em execução, com fundamento no artigo 197 da LEP e na súmula 700 do STF. Considerando o disposto na Súmula 700 do STF, o prazo para a interposição do recurso de agravo em execução é de 05 dias, com base na Súmula 700 do STF. Logo, o último dia do prazo será o dia 14.03.2011. b) O argumento a ser elencado pela Defesa é o de que a Lei 11.464/2007, que alterou a redação do artigo 2º, § 2º, da Lei 8.072/90, entrou em vigor após a data do crime praticado. Desta feita, por se tratar de lei penal mais gravosa, não deverá ser aplicado, devendo o magistrado aplicar o artigo 112 da LEP, nos termos da Súmula vinculante 26 do STF e da Súmula 471 do STJ, qual seja, 1/6 da pena. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 8 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 9 O magistrado não agiu corretamente, uma vez que o STF reconheceu a inconstitucionalidade da exigência do regime inicial fechado em relação aos crimes hediondos e equiparados, razão pela qual diante da pena aplicada no caso concreto e pelo fato de a acusada ser primária e ostentar bons antecedentes nada impede a adoção do regime inicial aberto, nos termos do artigo 33, §2º, do Código Penal. Ademais, também seria possível a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos, uma vez que a vedação legal encontra-se suspensa, nos termos da Resolução 05/2012 do nosso querido Senado Federal. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 10 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 11 a) A tese favorável à defesa é a ocorrência de causa extintiva de punibilidade em razão da prescrição da pretensão punitiva, nos termos dos artigos 107, inciso IV, 109, inciso V e 110, §1º do CP, uma vez que entre a publicação da sentença condenatória com trânsito em julgado para o MP e a data de 15/05/2011 transcorreu o prazo de 4 anos. b) Se Erástones fosse reincidente não se aplicaria o acréscimo de 1/3 do prazo prescricional previsto na parte final do artigo 110 caput do CP, uma vez que tal situação somente é aplicável à prescrição da pretensão executória, nos termos da Súmula 220 do STJ. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 12 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 13 a) A peça cabível é a interposição de Recurso em Sentido Estrito, com fundamento no artigo 581, inciso IV do CPP. Além disso, mister ressaltar que a peça de interposição deverá ser dirigida ao Juiz da Vara do Júri e as razões ao Tribunal de Justiça. b) A tese defensiva é a ocorrência de crime impossível, nos termos do artigo 17 do CP, uma vez que, conforme perícia realizada na arma de fogo, não haveria possibilidade de disparo, restando comprovada a tentativa inidônea em razão da ineficácia absoluta do meio. O pedido a ser elaborado em sede de recurso em sentido estrito é o de absolvição sumário, com fundamento no artigo 415, inciso III do CPP. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 14 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 15 a) A defesa de Wilson deverá apresentar resposta à acusação, com fundamento nos artigos 396 e 396-a do CPP, no prazo de 10 dias. Considerando a data em quem Wilson foi citado, o último dia do prazo será o dia 27/08/2014. b) A tese defensiva a ser invocada é a ocorrência de estado de necessidade de terceiro, uma vez que Wilson, movido por uma situação de perigo inevitável, a qual não deu causa, foi obrigado a conduzir o seu veículo em excesso de velocidade. Desta feita, há que se falar em exclusão de ilicitude da conduta, nos termos do artigo 23, inciso I e artigo 24 do Código Penal. O pedido a ser elaborado em sede de resposta à acusação é o de absolvição sumária, com fulcro no artigo 397, I do CPP. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 16 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 17 a) A defesa de Wilson deverá interpor o Recurso de Apelação da sentença condenatória, com fundamento no artigo 593, inciso I do CPP, no prazo de 5 dias, o qual terminaria no dia 25/08/2014. b) A tese defensiva a ser aplicada é a ocorrência de erro de tipo invencível, inevitável ou escusável, uma vez que Wilson não poderia imaginar que a substância transportada por ele se trava de droga, nos termos do artigo 20 do CP. Neste caso, haveria a exclusão do dolo e da culpa, não persistindo a responsabilização criminal do agente. Mister ressaltar que ainda que se tratasse de erro de tipo vencível, evitável ou inescusável não haveria punição, pois o crime de tráfico de drogas previsto no artigo 33 da Lei 11343 não permite a punição da modalidade culposa. O pedido correspondente seria o de absolvição com fundamento no artigo 386, inciso III do CPP. (386, vi). 20, § 2º do CP. OBS: Como, no XIV Exame da OAB, cuja tese principal dos memoriais era erro de tipo, a FGV considerou para pontuação tanto o artigo 386, inciso III (causa excludente de tipicidade), como o artigo 386, inciso VI, conclui- se que temos precedente para formular pedido de absolvição, no caso de erro de tipo, tanto pelo inciso III, como pelo inciso VI, do artigo 386 do CPP. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 18CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 19 a) A defesa de Wilson deverá interpor recurso em sentido estrito, com fundamento no artigo 581, inciso IV do CPP. O prazo para a interposição em questão, nos termos do artigo 586 do CPP, é de 5 dias. Ademais, considerando que a defesa de Wilson foi intimada em 24/09/14 o último dia do prazo seria o dia 29/09/14. b) O candidato deverá abordar a tese da legítima defesa putativa, nos termos do artigo 20, § 1º, do Código Penal, uma vez que a agressão era imaginária. Pedido de absolvição sumária, com base no artigo 415, inciso III, do CPP. Admite-se o artigo 415, inciso IV, do CPP. Pela teoria limitada da culpabilidade, quando a descriminante putativa incidir sobre pressupostos de uma situação de fato (Ex: o agente imaginar que está diante de uma injusta agressão, mas que era imaginária. Supor que o desafeto iria sacar uma arma, quando, na verdade, era um celular), o efeito em relação à conduta do agente é o mesmo do erro de tipo (art. 20 CP): Se o erro foi invencível, exclui o dolo e a culpa; se vencível, exclui o dolo, mas o agente responde pelo delito culposo, se previsto em lei. Em síntese: As descriminantes putativas por situação de fato têm o mesmo efeito do erro de tipo, podendo levar à exclusão do crime (exclusão da tipicidade). Como, no XIV Exame da OAB, cuja tese principal dos memoriais era erro de tipo, a FGV considerou para pontuação tanto o artigo 386, inciso III (causa excludente de tipicidade), como o artigo 386, inciso VI (excludente de culpabilidade - OBS: Alguns doutrinadores defendem que as descriminantes putativas deveriam ser tratadas como causas excludentes de culpabilidade), conclui-se que temos precedente para formular pedido de absolvição sumária tanto pelo inciso III, como pelo inciso IV, do artigo 415 do CPP. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 20 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 21 O crime em questão se encontra prescrito pela pena em abstrato, nos termos dos artigos 107, inciso IV, 109, inciso IV e 115 do CP. A pena máxima cominada ao crime de furto simples é de 04 anos. Nos termos do artigo 109, inciso V, do CP, o prazo prescricional seria de 08 anos. Todavia, considerando que o réu era menor de 21 anos à ápoca do fato, o prazo prescricional será reduzido pela metade, nos termos do artigo 115 do Código Penal, sendo, portanto, de 04 anos. Assim, como entre a data da consumação até o recebimento da denúncia já decorreram 04 anos, incidiu, no caso, a prescrição da pretensão punitiva em abstrato. Pedido de extinção da punibilidade, com base no artigo 107, inciso IV, do CP. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 22 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 23 a) O meio de impugnação cabível é o oferecimento de memoriais escritos com fundamento no artigo 403, §3º do CPP, sendo que o último dia do prazo será no dia 17/07/2015. b) O argumento a ser utilizado em favor de Silas é de que agiu em legítima defesa, por se tratar de uma agressão injusta desferida contra si, nos termos dos artigos 23, inciso II, e artigo 25 do Código Penal. Ademais, também deverão ser aplicadas ao caso as disposições previstas no artigo 73 e 20, §3º do Código Penal, razão pela qual devemos considerar as características pessoais da pessoa a quem se pretendia atingir (Max Novaes). O pedido a ser elaborado em sede de memoriais escritos é o de absolvição sumária, com fulcro no artigo 415, inciso IV do CPP. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 24 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 25 A) A medida processual que deverá ser apresentada pelo advogado de Wilson para questionar a sentença condenatória transitada em julgado é o oferecimento de revisão criminal, com fundamento no artigo 621, inciso III do CPP. B) O fundamento que deverá ser apresentado pela defesa, com fundamento no artigo 621, inciso III do CPP é o de que, após a condenação definitiva do acusado, surgiram novas provas, as quais não foram apreciadas no processo original, em especial a gravação de um vídeo comprovando a tese defensiva de negativa de autoria. O pedido a ser elencado em sede de revisão criminal é o de absolvição do acusado, com base nos artigos 626 e artigo 386, inciso IV do CPP. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 26 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 27 a) Caio praticou o delito previsto no artigo 122 do Código Penal, uma vez que instigou e prestou auxílio material para que Tício se suicidasse, restando a vítima lesionada de forma grave. Desta feita, a conduta de Caio se amolda de forma adequada ao tipo penal em questão, cuja pena neste caso é de 1 a 3 anos de reclusão. Ademais, há que se falar na aplicação de causa de aumento de pena prevista no artigo 122, parágrafo único, inciso I, tendo em vista que Caio agiu com motivo egoístico, na medida em que queria eliminar seu principal concorrente, devendo a pena ser duplicada neste caso. b) Se Tício viesse a sofrer lesões corporais leves, a conduta de Caio não poderia ser enquadrada no tipo penal previsto no artigo 122 do Código Penal, na medida em que há a exigência de que a vítima seja lesionada de forma grave ou morra em decorrência da tentativa de suicídio. Assim sendo, tal fato seria atípico não havendo que se falar em responsabilização penal por parte de Caio, uma vez que o delito em questão não admite a modalidade tentada. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 28 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 29 a) A peça cabível é a apresentação de resposta à acusação no prazo de 10 dias, com fundamento nos artigos 396 e 396-A do CPP e o último dia do prazo seria o dia 17/03/2016. b) O fato de ter se retratado antes da sentença favorece Filomeno, na medida em que o artigo 342, §2º do CP estipula uma causa extintiva de punibilidade para o réu que se retrata ou declara a verdade no processo em que ocorreu o ilícito. O pedido a ser elaborado em sede de resposta à acusação é o de absolvição sumária, com fundamento no artigo 397, inciso IV do CPP. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 30 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 31 a) A medida processual a ser adotada pelo advogado de Wilson é a oposição de embargos infringentes, na forma do art. 609, parágrafo único do CPP, considerando que a decisão proferida se deu em sede de apelação e que não foi unânime, havendo divergência no tocante ao regime inicial de cumprimento de pena. b) O fundamento de direito material é a possibilidade de fixação do regime inicial semiaberto, tendo em vista que o Supremo Tribunal Federal reconhece a inconstitucionalidade da obrigatoriedade do regime inicial fechado com base no princípio da individualização da pena previsto no artigo 5, XLVI da CF/88. Ademais, com fundamento nas Súmulas 718/719 do STF e Súmula 440 STJ seria perfeitamente possível a fixação do regime semiaberto, tendo em vista a inidoneidade da fundamentação do juiz e com base no artigo 33, §2º do CP. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 32 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 33 O magistradoque proferiu a segunda sentença não agiu de forma correta, uma vez que diante do princípio da vedação a reformatio in pejus indireta a segunda sentença, em se tratando de recurso exclusivo da defesa, não poderia ser pior do que a primeira sentença anulada. Desta feita, haveria violação indireta ao disposto no artigo 617 do CPP. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 34 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 35 A decisão do Tribunal de Justiça não está correta na medida em que acolheu de ofício nulidade não arguida pela acusação em sede de recurso, havendo uma violação ao enunciado da súmula 160 do STF. Neste sentido, vale destacar que o Ministério Público por ocasião da interposição da apelação buscou somente a reforma da sentença absolutória, não pleiteando a invalidade da referida decisão judicial. Ademais, por se tratar de oitiva de uma testemunha de acusação, não há que se falar em nulidade absoluta, havendo nulidade relativa devendo ser alegada em momento oportuno, sob pena de preclusão. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 36 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 37 a) O recurso cabível contra a decisão que rejeitou a denúncia é o de Apelação, com fundamento no artigo 82 da Lei 9099/95, tendo em vista que o crime de injúria é de menor potencial ofensivo, nos termos do artigo 61 da referida lei. b) O prazo para a interposição do recurso de Apelação é de 10 dias, com fulcro no artigo 82, § 1º da Lei 9099/95. c) As razões recursais, segundo o artigo 82 da Lei 9099/95, devem ser endereçadas à Turma Recursal. A tese defensiva a ser abordada é a não ocorrência da decadência, uma vez que não transcorreu o prazo de 6 meses previsto no artigo 38 do CPP. Neste caso, considerando se tratar de um prazo penal, nos termos do artigo 10 do Código Penal, o prazo fatal para ajuizamento da queixa-crime é o dia 18/07/2011. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 38 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 39 A decisão proferida pelo Tribunal de Justiça tem repercussão em relação ao réu João Lisca, uma vez que o artigo 580 do CPP dispõe que no caso de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros. Neste caso, em se tratando de alegação de incidência do princípio da insignificância, perfeitamente possível a extensão ao corréu em questão, uma vez que possui natureza objetiva. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 40 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 41 a) O Ministério Público, ao denunciar o médico pelo crime previsto no artigo 125 do CP, não agiu corretamente, na medida em que a referida hipótese configura caso de aborto necessário, nos termos do artigo 128, inciso I do Código, havendo a exclusão da ilicitude da referida conduta, uma vez que não havia outro meio para salvar a vida da gestante. b) Se a interrupção da gravidez no presente tivesse sido provocada por uma enfermeira também não incidiria o crime previsto no artigo 125, na medida em que a ilicitude da conduta seria excluída em razão da existência de estado de necessidade de terceiro devido à situação de perigo atual e demais requisitos previstos no artigo 24 do CP. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 42 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 43 O Ministério Público não poderá durante a instrução em Plenário, ou seja, na segunda fase do Júri, sustentar novamente a incidência da qualificadora afastada pelo Juiz por ocasião da decisão de pronúncia, pois a pronúncia limita a acusação e caracterizaria um excesso por parte do Ministério Público, visto que o julgamento deverá ser limitado ao crime de homicídio simples. Conforme o artigo 476 do CPP em Plenário deverá ser observado o conteúdo da pronúncia descritos nos moldes do artigo 413 do CPP. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 44 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 45 O juiz no caso proposto poderá absolver sumariamente o acusado, nos termos do artigo 415, § único, do CPP, visto que a tese de inimputabilidade era a única sustentada pela defesa. Destaca-se que se houvesse tese alternativa, além da inimputabilidade, o juiz não poderia absolver sumariamente fundamentando nesta condição do acusado. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 46 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 47 a) Mariquinha deverá apresentar memoriais escritos, com base nos artigos 403, §3º, e 404, § único, do CPP, utilizando-se na forma subsidiária as regras do procedimento comum ordinário no procedimento do júri, conforme artigo 394, parágrafo 5º, do CPP. O prazo para apresentação dos memoriais é de 5 dias, logo considerando que a intimação se deu no dia 20/11/17, segunda-feira, o prazo final será o dia 27/11/17 (segunda), pois o último dia seria 25/11/17, sábado, sendo prorrogado para o próximo dia útil, nos termo do artigo 798, §1º e 3º, do CPP. Se no enunciado estava que a defesa foi intimada no dia 10/06/2013 (segunda): o prazo final será o dia 17/06/17 (segunda), pois o último dia seria 15/06, sábado, sendo prorrogado para o próximo dia útil, nos termos do artigo 798, §1º b) A tese defensiva a ser sustentada é a incidência do crime impossível, previsto no artigo 17 do CP, visto que o meio utilizado era absolutamente ineficaz para produzir o resultado pretendido. O pedido a ser postulado é a absolvição sumária, nos moldes do artigo 415, III, CPP, em face da atipicidade da conduta. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 48 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 49 A medida adequada é o Pedido de Dasaforamento, nos termos do artigo 427 do CPP, em razão das fundadas suspeitas da imparcialidade dos Jurados. A medida deverá ser endereçada ao Tribunal de Justiça, conforme o artigo mencionado. Trata-se de uma medida excepcional que desloca a competência de julgamento. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 50 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 51 Não é possível reverter a decisão que absolveu sumariamente o Acusado, pois já houve o trânsito em julgado da decisão. Inclusive, a decisão de absolvição sumária, na primeira fase do júri faz coisa julgada material. Assim sendo, não poderia ser modificada com o surgimento de novas provas, pois somente é cabível a Ação de Revisão Criminal, nos termos do artigo 621 do CPP, para beneficiar o acusado, o que não seria o caso, pois na questão houve a absolvição. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 52 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 53 No caso em questão, poderá ser arguida a nulidade do julgamento, em razão da afronta ao artigo 478 do CPP, em razão do fato do promotor ter utilizado trechos da decisão de pronúncia como argumento de autoridade,podendo influenciar a decisão dos jurados. O recurso a ser utilizado será o de apelação, com base no artigo 593, III, “a”, do CPP, tendo em vista a ocorrência de nulidade posterior à pronúncia do acusado. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 54 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 55 a) O deverá ser postulado é a absolvição do acusado, em razão da prova inequívoca produzida de que agiu em estado de necessidade. A base legal é o artigo 386, VI, do CPP. b) O último dia do prozo para apresentação dos memoriais será o dia 27/11/17, segunda-feira, pois considerando a intimação no dia 21/11/17, o prazo encerraria no domingo 26/11, prorrogando-se para o dia útil subsequente, nos termos do artigo 798, §1º e 3º, do CPP. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 56 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 57 a) Trata-se de crime doloso contra a vida praticado por Prefeito, o qual possui conforme o artigo 29, X, da CF, prerrogativa de ser julgado perante o Tribunal de Justiça, sendo, portanto, afastada a competência do Tribunal do Júri, no presente caso. b) No caso de desvio de verba federal, surge o interesse e competência da Justiça Federal, nos termos do artigo 109, IV, CF, devendo o Prefeito ser julgado pelo Tribunal Regional Federal. Nesse sentido, temos as súmulas 208 do STJ e 702 do STF. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 58 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 59 A decisão está completamente equivocada, pois violou o direito à ampla defesa, assegurado no artigo 5º, LV, CF/88, bem como disposição expressa prevista no artigo 185, §5º do CPP, que assegura o direito à entrevista prévia ao interrogatório. Inclusive, a decisão desrespeitou o Pacto de São José da Costa Rica, especificamente, o artigo 8, n. 2, c e d, do Decreto 678/92. Por fim, salienta-se que se trata nulidade de caráter absoluto. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 60 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 61 a) A medida a ser utilizada é um habeas corpus, objetivando o trancamento da ação penal, em razão da ausência de justa causa, nos termos do artigo 647, 648, I, CPP e LXVIII, CF. b) O habeas corpus deverá ser julgado pelo Tribunal de Justiça. c) Conforme o artigo 142, I, do CP, não constitui injúria ou difamação punível a ofensa irrogada em juízo na discussão da causa. No caso em tela, não houve excesso ou qualquer questão que permita a responsabilização do acusado. Da mesma forma o artigo 133 da CF também assegura essa inviolabilidade. Assim sendo, resta configurada a ausência de justa causa para a ação penal. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 62 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 63 a) A decisão judicial é passível de impugnação pela via recursal, através da utilização do recurso de agravo em execução, nos termos do artigo 197 da LEP (lei 7.210/84). b) Conforme o artigo 45, §3º, da Lei 7210/84, LEP é vedada qualquer espécie de sanção coletiva. Aliás, pelo princípio constitucional da individualização da pena (artigo 5º, XLVI, CF), qualquer espécie de responsabilização deverá ser pautada pela individualização da conduta praticada, o que se fundamenta na necessidade de identificar a contribuição de cada suspeito. Também poderá ser indicado como fundamento em defesa do apenado, a vedação de responsabilidade objetiva, eis que somente podemos responsabilizar alguém pela prática de delitos, no caso em tela, caracteriza-se como o crime de dano contra o patrimônio público, quando houver identificação de dolo ou culpa, o que no caso em tela não é possível identificar. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 64 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 65 A decisão do magistrado está em conformidade com o artigo 83, V, do CP, pois não se admite livramento condicional para aqueles condenados reincidentes específicos em crimes hediondos, o que é o caso em questão. (Além disso, disso sequer lapso temporal Tucson Fire preencheria na época do pedido, visto não ter adimplido 2/3 de sua pena.) CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 66 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 67 a) A decisão que revogou o livramento condicional pela superveniência de condenação irrecorrível por crime praticado durante a liberdade condicional está correta, nos termos do artigo 86, I, do CP. Os efeitos cabíveis no caso em questão são aqueles previstos nos artigos 88 do CP e 142 da LEP. Todavia, no tocante à determinação da perda dos dias remidos, não existe previsão neste sentido, que alcance o livramento condicional, ferindo o princípio da legalidade. b) O recurso cabível será o de AGRAVO EM EXECUÇÃO, nos termos do artigo 197 da LEP, no prazo de 5 dias, forte na súmula 700 do STF. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 68 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 69 Tendo em vista que se trata de hipótese de prática de fato criminoso durante o livramento condicional, poderá, nos termos do artigo 145 da LEP, o juiz determinar a suspensão do instituto (livramento condicional). Destaca-se que não se trata de hipótese de revogação, visto não haver sentença transitada em julgado. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 70 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 71 a) O recurso cabível será o de AGRAVO EM EXECUÇÃO, nos termos do artigo 197 da LEP, no prazo de 5 dias, forte na súmula 700 do STF. O último dia para interposição será o dia 13 de novembro de 2017 (segunda- feira). b) A irresignação defensiva dirige-se ao fato de que não há prorrogação automática do período de prova. Não tendo sido constatada a existência de sentença irrecorrível, tem-se a extinção da pena, nos termos do artigo 90 do CP e 146 da LEP, sob pena de se permitir uma interpretação em desfavor do apenado. Ver a decisão abaixo: PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL. EXECUÇÃO PENAL. LIVRAMENTO CONDICIONAL. COMETIMENTO DE NOVO DELITO DURANTE O PERÍODO DE PROVA. AUSÊNCIA DE SUSPENSÃO/REVOGAÇÃO NO CURSO DO BENEFÍCIO. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE. OCORRÊNCIA. PRECEDENTES. FLAGRANTE ILEGALIDADE. OCORRÊNCIA. PRETENSÃO DE SIMPLES REFORMA. DECISÃO MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. A ausência de suspensão ou revogação do livramento condicional antes do término do período de prova acarreta a extinção da punibilidade, pelo cumprimento integral da pena privativa de liberdade (art. 90 do Código Penal e 146 da Lei de Execução Penal).Precedentes do STJ e do STF. 2. Mantidos os fundamentos da decisão agravada, porquanto não infirmados por razões eficientes, é de ser negada simples pretensão de reforma. (Enunciado n.º 182 desta Corte).3. Agravo regimental a que se nega provimento.(AgRg no HC 398.496/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSISMOURA, SEXTA TURMA, julgado em 22/08/2017, DJe 31/08/2017) CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 72 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 73 É possível a conversão da pena em medida de segurança, nos termos do artigo 183 da LEP. De acordo com o entendimento do STJ, a pena privativa de liberdade aplicada na sentença, nos casos de superveniência de conversão da pena em medida de segurança, deverá ser o limite observado para internação. Logo, seria possível a desinternação, considerando o período superior de vinculação ao sistema penitenciário. PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO. SUPERVENIÊNCIA DE DOENÇA MENTAL. CONVERSÃO DE PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE EM MEDIDA DE SEGURANÇA. INTERNAÇÃO. MANUTENÇÃO. TEMPO DE CUMPRIMENTO DA PENA EXTRAPOLADO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL. ORDEM CONCEDIDA. 1. Em se tratando de medida de segurança aplicada em substituição à pena corporal, prevista no art. 183 da Lei de Execução Penal, sua duração está adstrita ao tempo que resta para o cumprimento da pena privativa de liberdade estabelecida na sentença condenatória. Precedentes desta Corte. 2. Ordem concedida. (HC 373.405/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 06/10/2016, DJe 21/10/2016) CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 74 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 75 No caso em exame, por se tratar de delito praticado em desfavor da administração pública, deverá o apeando cumprir os requisitos previstos no artigo 112 da LEP, quais sejam 1/6 da pena e bom comportamento carcerário atestado pelo diretor do estabelecimento prisional, combinado com o artigo 33, §4º, do CP, que prevê a condição de reparação do dano. Inclusive, poderá o apenado ser submetido ao exame criminológico, que é uma faculdade legal, desde que o juiz profira uma decisão motivada, nos termos da súmula 439 do STJ. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 76 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 77 É possível postular a progressão para o regime semiaberto, nos termos do artigo 112 da LEP, visto que preenche 1/6 da pena e possui bom comportamento. Também poderá ser postulada a remição de pena nos termos do artigo 126 da LEP, pois a questão informa que o apenado está trabalhando. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 78 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 79 Poderá ser pleiteada a desinternaçao de Marcelo, pois conforme o entendimento firmado na súmula 527 do STJ, o limite da internação seria o máximo da pena em abstrato cominada ao delito. No caso em tela, tratando-se de roubo, cuja pena máxima é de 10 anos, verifica-se que já ultrapassou o limite aceitável sustentado pela súmula. O pedido deverá ser postulado perante o Juiz da Vara de Execução Penal. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 80 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 81 O recurso cabível será o de agravo em execução, nos termos do artigo 197 da LEP. O juiz não poderá no caso concreto reconhecer como falta grave o descumprimento de condições do monitoramento eletrônico, pois se trata de descumprimento de condição, não tendo previsão legal no artigo 50 da LEP. As faltas graves são taxativas. O juiz poderia regredir o regime, com base no artigo 146, C, §, único da LEP, mas não reconhecer a falta grave, inclusive, não poderá também determinar a perda dos dias remidos, pois se trata de consequência para quem pratica falta grave. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 82 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 83 Primeiramente, deve ser sustentado o não conhecimento dos Embargos Infringentes opostos pelo Ministério Público, visto que a utilização desse recurso somente é possível diante de decisões não unânimes desfavoráveis ao réu, nos termos do artigo 609, parágrafo único, do CPP. No caso em tela, os embargos foram opostos com a ideia de prejudicar o acusado, eis que objetivava o reconhecimento da qualificadora, o que geraria evidente prejuízo. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 84 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 85 a) Deverá ser alegado o preenchimento do lapso temporal de 1/6 da pena, nos termos do artigo 112 da Lei de Execução Penal (Lei n. 7.210/84), uma vez que o delito de associação ao tráfico não é delito equiparado a crime hediondo, pois não há previsão no rol do artigo 1° da Lei 8072/90, tampouco no artigo 2º da referida Lei, logo dar um tratamento mais gravoso feriria a legalidade. Assim, Cross Fox preenche o requisito temporal necessário, fazendo jus à progressão de regime. b) O recurso cabível será o agravo em execução, nos termos do artigo 197 da Lei 7.210/84. O prazo para interposição é de 5 dias, nos termos da súmula 700 do STF, sendo o último dia para interposição o dia 9 de abril de 2018, segunda-feira. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 86 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 87 A execução das penas restritivas de direito, nos termos do artigo 147 da Lei 7.210/84, somente é admitida após o trânsito em julgado. Assim sendo, não aplica o entendimento da jurisprudência dominante firmando no julgamento do HC 126.292 do STF, o qual refere-se às penas privativas de liberdade. Para ilustrar: PROCESSO PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PROVISÓRIA DE PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS. ART. 147 DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL. IMPOSSIBILIDADE. RECURSO PROVIDO. 1. Após o julgamento do Habeas Corpus n. 126.292/SP (STF, Relator Ministro TEORI ZAVASCKI, TRIBUNAL PLENO, julgado em 17/2/2016), esta Corte passou a adotar o entendimento do Supremo Tribunal Federal de que "a execução provisória de acórdão penal condenatório proferido em grau de apelação, ainda que sujeito a recurso especial ou extraordinário, não compromete o princípio constitucional da presunção de inocência afirmado pelo artigo 5º, inciso LVII, da Constituição Federal". Em outras palavras, voltou-se a admitir o início de cumprimento da pena imposta pelo simples esgotamento das instâncias ordinárias, ou seja, antes do trânsito em julgado da condenação, nos termos da Súmula 267/STJ. 2. Contudo, no caso dos autos, a pena privativa de liberdade imposta ao recorrente foi substituída por duas restritivas de direitos. Assim, considerando o disposto no art. 147 da Lei de Execução Penal e que, no Supremo Tribunal Federal, ao tempo em que vigorava o entendimento pela possibilidade de execução provisória das penas privativas de liberdade, não se autorizava a execução das penas restritivas de direitos antes do trânsito em julgado da condenação, não é possível, agora, a execução provisória de penas restritivas de direitos. 3. Recurso provido para determinar a suspensão da execução provisória da pena restritiva de direitos, até o trânsito em julgado da condenação. (RHC 90.035/RS, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 27/02/2018, DJe 05/03/2018) – Informativo de Jurisprudência do STJ n. 609 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDALOAB 2ª FASE 88 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 89 A decisão do Juiz não está correta, pois violou disposição contida no artigo 185, §5º, do CPP, que assegura ao acusado o direito à entrevista prévia com seu defensor. Inclusive, tal situação caracterizou evidente afronta ao direito de defesa, previsto no artigo 5º, LV, da CF/88. A violação desta natureza, caracteriza uma nulidade de caráter absoluto. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 90 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 91 Em atenção a disposição contida no artigo 94 do Estatuto do Idoso (Lei n. 10.741/03), considerando que Fabrício estaria incurso nas sanções do artigo 106 do referido diploma legal, o procedimento a ser observado será o sumaríssimo, muito embora a pena máxima cominada ao delito seja de 4 anos. Trata-se de exceção à regra disposta no artigo 394 do CPP. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 92 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 93 O recurso cabível é o Agravo em Execução, nos termos do artigo 197 da LEP. Em relação aos argumentos que fundamentaram o indeferimento do pedido, primeiramente o acusado não foi condenado por delito hediondo, é primário, portanto, o lapso temporal exigido para o livramento condicional, conforme o artigo 83, I, CP, é o cumprimento de mais de 1/3 de pena, o que está plenamente satisfeito. No tocante à situação irregular, não há no artigo 83 do CP qualquer menção neste sentido, ou seja, não há qualquer óbice, sendo ilegal a exigência de tal condição. Desta forma, Chivitos faz jus ao livramento condicional. Para ilustrar: HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO PRÓPRIO. DESCABIMENTO. EXECUÇÃO PENAL. LIVRAMENTO CONDICIONAL. ESTRANGEIRA. SITUAÇÃO IRREGULAR NO PAÍS. PENDÊNCIA DE PROCESSO DE EXPULSÃO. IRRELEVÂNCIA. PRECEDENTES. CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO. - O Superior Tribunal de Justiça, seguindo o entendimento da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal - STF, passou a inadmitir habeas corpus substitutivo de recurso próprio, ressalvando, porém, a possibilidade de concessão da ordem de ofício nos casos de flagrante constrangimento ilegal. - O Superior Tribunal de Justiça entende que o simples fato de o estrangeiro encontrar- se em situação irregular no país não constitui motivação idônea para inviabilizar os benefícios da execução penal, tendo em vista a igualdade de direitos entre nacionais e estrangeiros. - É irrelevante, para fins de progressão de regime e também para o livramento condicional, a existência de processo ou mesmo decreto de expulsão em desfavor do estrangeiro, tendo em vista que a expulsão poderá ocorrer, conforme o interesse nacional, após o cumprimento da pena, ou mesmo antes disto. Inteligência do art. 67 da Lei n. 6.815/1980. Precedentes da Sexta Turma desta Corte e do STF. Habeas corpus não conhecido. Ordem concedida de ofício, para cassar o acórdão do Tribunal a quo e determinar que o Juízo da Execução analise o preenchimento dos requisitos necessários à concessão do livramento condicional, afastado o óbice relativo à sua condição de estrangeira, com decreto de expulsão pendente. (HC 305.276/SP, Rel. Ministro ERICSON MARANHO (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP), SEXTA TURMA, julgado em 09/12/2014, DJe 19/12/2014) CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 94 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 95 De acordo com o artigo 385 do CPP é possível que o juiz condene o acusado ainda que haja pedido de absolvição pela acusação e pela defesa. Trata-se de hipótese criticada por parte da doutrina por ofender o sistema acusatório. Todavia, tem previsão legal e tem sido plenamente aplicado na jurisprudência. Para ilustrar: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. JÚRI. TENTATIVA DE HOMICÍDIO DUPLAMENTE QUALIFICADO. MANIFESTAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO PELA ABSOLVIÇÃO. ARTIGO 385 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL, RECEPCIONADO PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AUSÊNCIA DE VINCULAÇÃO DO JUIZ. PRECEDENTES. RECURSO DESPROVIDO. 1. Nos termos do art. 385 do Código de Processo Penal, nos crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença condenatória, ainda que o Ministério Público tenha opinado pela absolvição. 2. O artigo 385 do Código de Processo Penal foi recepcionado pela Constituição Federal. Precedentes desta Corte. 3. Agravo regimental não provido. (AgRg no REsp 1612551/RJ, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 02/02/2017, DJe 10/02/2017) CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 96 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 97 O juiz agiu de maneira incorreta ao denegar a apelação, pois a defesa foi intimada da sentença condenatória no dia 09/03/18 (sexta-feira) e interpôs o recurso no dia 16/03/18 (sexta-feira), ou seja, dentro do prazo legal de 5 dias, exigido pelo artigo 593 do CPP. Importante registrar que a contagem do prazo processual se dá a partir da ciência, excluindo-se o primeiro dia e computando o último, nos moldes do artigo 798, §1°, do CPP. O recurso cabível para atacar a decisão denegatória da apelação é o recurso em sentido estrito, conforme o artigo 581, XV, CPP. O prazo deste recurso conforme o artigo 586 do CPP, será de 5 dias. O último dia para interposição deste recurso será o dia 02/04/18 (segunda-feira), visto que a intimação da decisão denegatória ocorreu no dia 26/03/18 (segunda- feira). CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 98 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 99 A nova condenação não poderia ser superior a primeira, pois caracteriza reformatio in pejus indireta. Em se tratando de recurso exclusivo da defesa, a situação do acusado não poderá ser piorada, sendo caso de nulidade essa ocorrência. Esse entendimento é decorrente da parte final do artigo 617 do CPP. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 100 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 101 O recurso cabível será o recurso em sentido estrito, nos termos do artigo 581, I, do CPP, cujo prazo é de 5 dias, conforme o artigo 586 do CPP. O procedimento a ser observado será o comum sumário, visto que a pena máxima ao delito de dano neste caso é de três anos, portanto, enquadra- se na hipótese do artigo 394, parágrafo 1°, II, do CPP. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 102 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 103 É possível que Cross Fox obtenha remição de pena, visto que o instituto é aplicável também a quem usufrui de prisão cautelar, nos termos do artigo 126, §7°, Da Lei 7.210/84. No caso em tela, verifica-se que antes da sentença penal condenatória o apenado já usufruía de atividade laborativa, logo fará jus à remição quando estiver executando a pena. Somente para ilustrar veja a decisão que inspirou a questão:PROCESSO HC 420.257-RS, Rel. Min. Nefi Cordeiro, por maioria, julgado em 19/04/2018, DJe 11/05/2018 Execução penal. Remição. Trabalho em período anterior ao início da execução. Possibilidade se posterior à prática do delito. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 104 CADERNODE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 105 a) Sim, será aplicada a Lei Maria da Penha, pois conforme a súmula 600 do STJ não há necessidade de coabitação entre autor e vítima. b) A ação penal será pública incondicionada, nos termos da súmula 542 do STJ. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 106 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 107 Em atenção à máxima de favorecer o réu (favor rei) no processo penal, deverá prevalecer a condenação que seja mais benéfica ao acusado, pois diante de qualquer situação que enseje dúvida deve se resolver em prol do acusado. Portanto, diante das duas sentenças que condenaram o acusado fazendo coisa julgada, deverá prevalecer a primeira mencionada, cuja pena fixada foi de 7 anos, 1 mês e 10 dias. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 108 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 109 a) O recurso que poderá ser interposto é o de Agravo em Execução, nos termos do artigo 197 da Lei 7.210/84. O último dia para interposição do recurso será o dia 27/07/18, sexta-feira, considerando o prazo de 5 dias, previsto na súmula 700 do STF. b) Poderá ser alegado em prol de Cross Fox que o delito de porte ilegal de arma de uso restrito ingressou no rol de delitos hediondos no ano de 2017 (27/10/2017), portanto, considerando que o delito em tela foi praticado em 2015, época em que o fato não constituía delito hediondo, o lapso temporal a ser exigido é de 1/6 da pena, nos termos do artigo 112 da LEP. Vale frisar que a lei que incluiu o delito como hediondo é uma lei irretroativa, visto conferir um tratamento mais gravoso ao apenado. Assim sendo, a decisão do magistrado violou também o artigo 5°, XL, da CF. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 110 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 111 O representante do Ministério Público agiu incorretamente, pois no caso em tela a condenação apontada como óbice era referente à pena de multa, todavia só impede a transação condenação por crime cuja pena seja pena privativa de liberdade, nos termos do artigo 76, §2º, I, da Lei n. 9.099/95. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 112 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 113 Não é possível a oferta de medida despenalizadora neste caso, pois considerando a pena do delito de furto, a única medida a ser destinada seria a suspensão condicional do processo, pois a pena mínima prevista ao delito é de 1 ano, enquadrando-se no artigo 89 da Lei n. 9.099/95. Todavia, no caso em tela como se trata de continuidade delitiva, há impedimento para a oferta, pois conforme as súmulas 243 do STJ e 723 do STF, com o acréscimo da fração ultrapassa o mínimo legal de pena permitido. Logo, Cross Fox não faz jus à suspensão condicional do processo. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 114 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 115 Não está correta a decisão do Juiz da Vara de Execução Penal, pois as faltas graves estão previstas na lei de execução penal e são taxativas. Logo, não havendo previsão nos artigos 50, 51 e 52 da LEP, não poderá ser reconhecida a falta grave, sob pena de violação do princípio da legalidade. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 116 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 117 A decisão do Tribunal foi incorreta, pois configurou reformatio in pejus, eis que agravou a situação do acusado em resposta ao recurso interposto somente pela defesa, violando o artigo 617, parte final, do CPP. Não se pode admitir que o ajuste realizado pelo Tribunal agrave a situação do acusado sem que a acusação tenha interposto recurso com esse objetivo. Trata-se de hipótese de nulidade absoluta. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 118 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 119 Cross Fox poderá ser beneficiado com a suspensão condicional do processo, visto que preenche os requisitos do artigo 89 da Lei n. 9.099/95. Ressalta-se que o fato de Cross Fox já ter sido condenado por uma contravenção não impede que usufrua da suspensão condicional do processo, pois o artigo 89 inviabiliza o benefício para aquelas pessoas que já foram condenadas ou estejam sendo processadas somente por crime. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 120 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 121 Poderá ser pleiteado ao Juiz da Vara de Execução Penal, no presente caso, a prisão domiciliar, com base no artigo 117 da Lei 7.210/84. Destaca-se que por ser reincidente específico em delito de tráfico de drogas, Carmela não faz jus ao livramento condicional, nos termos do artigo 83, V, do CP. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 122 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 123 a) A peça cabível é relaxamento de prisão, com base no artigo 5º, LXV, da CF/88 e art. 310, inciso I, do Código de Processo Penal. b) O fundamento a ser invocado é no sentido de que o auto de prisão em flagrante é ilegal, porque se trata de flagrante provocado, já que Pedro Rocha somente deu início à execução do delito, porque foi convencido por um policial, sendo adotadas providências para tornar impossível a consumação do delito, tratando-se, portanto, de hipótese de crime impossível, nos termos da Súmula nº 145 do STF e art. 17 do Código Penal. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 124 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 125 a) O Magistrado não agiu de forma correta, porque, nos termos da Súmula 269 do STJ, é admissível a adoção do regime prisional semiaberto aos reincidentes condenado à pena igual ou inferior a 04 anos, se favoráveis as circunstâncias judiciais. Como a pena aplicada foi de 02 anos, e o juiz considerou as circunstâncias judiciais favoráveis, deveria fixar o regime inicial semiaberto. b) Ziah tem direito à substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, pois preenche os requisitos previstos no artigo 44 do Código Penal, e, ainda, a reincidência não é pela prática do mesmo crime, já que o crime anterior foi de estelionato, sendo, ainda, socialmente recomendável a substituição, tanto que o juiz considerou todas as circunstâncias judiciais favoráveis, nos termos do artigo 44, § 3º, do Código Penal. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 126 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 127 O réu não será considerado reincidente, uma vez que cessaram os efeitos da sentença penal condenatória pela prática do crime anterior, já que Bruno praticou o crime de roubo em período de tempo superior a 05 anos da data do cumprimento da pena, nos termos do artigo 64, inciso I, do CP, considerando que o cumprimento da pena ocorreu em 08.04.2007 e o novo crime foi praticado em 15.06.2012. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIAPROF. NIDAL OAB 2ª FASE 128 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 129 Trata-se de hipótese de prescrição da pretensão executória. Isso porque, considerando a pena aplicada de 01 anos, o prazo prescricional será de 04 anos, nos termos do artigo 109, V, do Código Penal. Entre a data do trânsito em julgado para a acusação (24/10/2006) e a data em que o acusado foi capturado (05/12/2010) passaram-se mais de 04 anos. Logo, incidiu a prescrição da pretensão executória, prevista no artigo 110, “caput”, do Código Penal, devendo ser declarada extinta a punibilidade do réu, com base no artigo 107, IV, do Código Penal. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 130 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 131 a) Cabe recurso de apelação, com base no artigo 593, I, do Código de Processo Penal. O prazo é de 05 dias, nos termos do artigo 593 do Código de Processo Penal, devendo a peça de interposição ser endereçada ao Juiz da Vara Criminal de Porto Alegre/RS, e as razões ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. O último dia do prazo será 24/10/2012. b) Trata-se de prescrição da pretensão punitiva retroativa. Isso porque, considerando a pena aplicada, o prazo prescricional é de 04 anos, nos termos do artigo 109, inciso V, do Código Penal. Assim, considerando que entre a data do recebimento da denúncia (15.09.2008) até a data da publicação da sentença condenatória (10.10.2012) decorreram mais de 04 anos. Logo, deve ser declarada extinta a punibilidade, com base no artigo 107, inciso IV, do Código Penal. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 132 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 133 a) O recurso cabível é o recurso em sentido estrito, com base no artigo 581, inciso IV, do Código de Processo Penal. b) Trata-se de hipótese de causa superveniente relativamente independente, prevista o artigo 13, § 1º, do Código Penal. Isso porque, o que deu causa ao resultado morte foi o traumatismo craniano decorrente do acidente automobilístico. Logo, Félix não responde pelo resultado morte, mas pelos atos por praticados, qual seja, lesão corporal grave, nos termos do artigo 129, § 1º, II, do Código Penal. Como lesão corporal grave não é crime doloso contra a vida, deve haver a desclassificação, remetendo-se os autos ao juízo competente, nos termos do artigo 419 do Código de Processo Penal, uma vez que o Tribunal do Júri não é competente para julgar tal crime. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 134 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 135 No dia 07/01/2010, Clóvis teria praticado o crime de calúnia, previsto no artigo 138 do Código Penal, pois imputou ao ofendido, falsamente, fato definido como crime, qual seja, que teria se apropriado R$ 5.000.000,00, pertencentes ao LX FC. No dia 13/01/2010, Clóvis praticou o crime de injúria, previsto no artigo 140 do Código Penal, pois, ao chamar a vítima de burro, com capacidade intelectual inferior à de uma barata, ofendeu sua dignidade e decoro. Por fim, no dia 15/01/2010, Clóvis praticou crime de difamação, previsto no artigo 139 do Código Penal, pois imputou fato ofensivo à honra da vítima, ao afirmar que estava tão decadente que passou a sair com homens. No caso, incidiu, também, a causa de aumento de pena prevista no artigo 141, III, do Código Penal, já que praticados os crimes de forma a alcançar várias pessoas. Os crimes foram praticados em concurso material de crimes, nos termos do artigo 69 do Código Penal, devendo, portanto, as penas serem somadas. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 136 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 137 A tese subsidiária consiste em afastar a causa de aumento de pena pelo emprego de arma, pois arma de brinquedo, ou simulacro de arma de fogo, não se enquadra no conceito de arma, para fins de majoração da pena do crime de roubo. Assim, se condenado, Xenóbio deveria responder pelo crime de roubo simples, nos termos do artigo 157, “caput”, do Código Penal. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 138 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 139 a) Trata-se de hipótese de incidência da escusa absolutória em favor de Eron, prevista no artigo 181, inciso II, do Código Penal, segundo o qual se o crime foi praticado contra ascendente, o agente será isento de pena. No caso, Eron era filho da vítima, que contava com 55 anos de idade, ressaltando que o crime foi praticado sem violência ou grave ameaça. Logo, não incide nenhuma das hipóteses do artigo 183 do Código Penal. b) Amarilys responde pelo delito, uma vez que não terá direito à isenção de pena, já que a escusa absolutória não lhe alcança, nos termos do artigo 183, II, do Código Penal. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 140 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 141 a) A peça cabível é memoriais ou alegações finais por memoriais, com base no artigo 403, § 3º, do Código de Processo Penal. Último dia do prazo: 08/05/2017. b) Trata-se de erro de tipo essencial invencível, previsto no artigo 20, “caput”, do Código Penal, uma vez que, no caso, restou verificada a impossibilidade de conhecimento da idade da vítima. Isso porque o réu conheceu a vítima num baile de carnaval, onde era vedado acesso a menores de 18 anos. Além disso, as amigas da vítima eram todas maiores de 18 anos de idade. Logo, naquelas circunstâncias, qualquer pessoa incidiria no erro essencial invencível. Diante disso, há a exclusão do dolo e da culpa, e o fato é atípico. O pedido será de absolvição, com base no artigo 386, III ou VI, do Código de Processo Penal. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 142 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 143 a) Cabe recurso em sentido estrito, com base no artigo 581, IV, do Código de Processo Penal. Último dia do prazo para interposição será o dia 11/08/2015. b) Sim, há efeito regressivo, já que, segundo o artigo 589 do Código de Processo Penal, o juiz poderá reformar a sua decisão. c) A tese seria no sentido de que Caio não agiu com dolo eventual, mas com culpa consciente. Isso porque o dolo eventual exige, além da previsão do resultado, que o agente assuma o risco de produzi-lo, nos termos do artigo 18, I (parte final), do Código Penal. Além disso, Caio considerou que teria habilidade para evitar o resultado, acreditando, ainda, que o resultado não ocorreria, ou seja, que não perderia o controle do veículo, causando a morte das vítimas. Assim, a conduta de Caio se enquadra, em tese, no crime de homicídio culposo na condução de veículo automotor, previsto no artigo 302 da Lei 9503/97, razão pela qual deve o crime de homicídio doloso, na modalidade dolo eventual, ser desclassificado para o crime de homicídio culposo na condução de veículo automotor, previsto no artigo 302, § 1º, II, da Lei 9503/97, nos termos do artigo 419 do Código de Processo Penal. Correto é o artigo 419 do CPP, houve erro material na correção em vídeo. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 144CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 145 a) Como o crime de dano simples, previsto no artigo 163, “caput”, do Código Penal, trata-se de infração de menor potencial ofensivo, o recurso cabível será de apelação, com base no artigo 82 da Lei 9099/95. Último dia do prazo será o dia 14/10/2016. b) O Magistrado se equivocou, uma vez que o prazo decadencial começa a contar da ciência da autoria do fato, nos termos do artigo 38 do Código de Processo Penal. No caso, o prazo decadencial de 06 meses começou a correr no dia 27 de março de 2016, sendo, portanto, o último dia do prazo para o ajuizamento da queixa-crime o dia 26 de setembro de 2016. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 146 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 147 a) O meio de impugnação adequado é o pedido de liberdade provisória, com base no artigo 310, inciso III, do Código de Processo Penal, artigo 321 do Código de Processo Penal, e artigo 5º, LXVI, da Constituição Federal/88, e artigo 310, parágrafo único, do Código de Processo Penal. b) O argumento a ser utilizado é o de que Salustiano agiu em legítima defesa, prevista no artigo 23, II, do Código Penal e artigo 25 do Código Penal, uma vez que reagiu a uma injusta agressão de Félix, usando moderadamente do meio que tinha à sua disposição. Logo, é possível a liberdade provisória, nos termos do artigo 310, parágrafo único, do Código de Processo Penal. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 148 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 149 Lucinda, por ser esposa da vítima, tinha o dever legal de agir para evitar o resultado e, naquele momento, podia perfeitamente agir. Assim, trata-se de crime omissivo impróprio. Nesse caso, Lucinda deverá responder pelo crime de homicídio doloso, nos termos do artigo 121 c/c art. 13, § 2º, “a”, do Código Penal. Erica, por sua vez, por ter induzido Lucinda a não realizar o salvamento de Félix, responderá pelo crime de homicídio doloso, previsto no artigo 121, “caput”, do Código Penal, na condição de partícipe, nos termos do artigo 29 do Código Penal. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 150 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 151 A peça cabível seria relaxamento de prisão em flagrante, com base no artigo 310, I, do Código de Processo Penal, e artigo 5º, LXV, Constituição Federal/88. A prisão é ilegal, uma vez que não estão presentes nenhuma das hipóteses do artigo 302 do Código de Processo Penal. O requerente não foi preso cometendo o delito, nem quando acabou, em tese, de cometer. Também não ocorreu perseguição, logo após, à prática do suposto crime, nem tampouco foi encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que indicassem que seria autor do crime. Logo, porque ausentes as hipóteses do artigo 302, incisos I, II, III e IV, do Código de Processo Penal, a prisão ilegal deverá ser relaxada. Correto é o artigo 302 do CPP, houve erro material na correção em vídeo. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 152 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 153 a) A peça cabível seria resposta à acusação, com base no artigo 396 e 396-A, ambos do Código de Processo Penal. O último dia do prazo será o dia 24/08/2016. b) O argumento a ser utilizado é o de que o agente agiu por conta da embriaguez completa e acidental, já que Wilson ingeriu bebida alcóolica por força maior, porque foi obrigado pelos veteranos a beber cachaça, restando, em razão disso, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito da sua conduta e determinar-se de acordo com esse entendimento. Logo, incidiu a causa excludente de culpabilidade, prevista no artigo 28, § 1º, do Código Penal, sendo o réu inimputável pela embriaguez completa e acidental. Pedido será de absolvição sumária, com base no artigo 397, II, do Código de Processo Penal. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 154 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 155 a) Trata-se de hipótese de prescrição da pretensão punitiva retroativa. Considerando a pena aplicada de 02 anos, bem como o trânsito em julgado para a acusação, o prazo prescricional será de 04 anos, nos termos do artigo 109, V, do Código Penal. Assim, entre o recebimento da denúncia (15/09/2012) e a data da publicação da sentença penal condenatória (10/10/2016) decorreram mais de 04 anos, incidindo, portanto, a prescrição da pretensão punitiva retroativa. b) A consequência jurídica seria o reconhecimento da extinção da punibilidade, nos termos do artigo 107, IV, do Código Penal. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 156 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 157 Trata-se de “emendatio libelli”, previsto no artigo 383 do Código de Processo Penal, pois a hipótese não importou qualquer circunstância ou fato novo não descrito na denúncia. Logo, o juiz, observando o princípio da correlação e do contraditório e ampla defesa, deu definição jurídica diversa da que constava na denúncia, considerando que o crime se tratava, na verdade, de lesão corporal gravíssima, previsto no artigo 129, § 2º, IV, do Código Penal. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 158 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 159 a) A medida processual a ser adotada seria memoriais ou alegações finais por memoriais, com base no artigo 403, § 3º, do Código de Processo Penal. Último dia do prazo seria o dia 20/05/2016. b) O argumento a ser utilizado é o de que Rodrigo agiu em legítima defesa, prevista no artigo 23, II, e 25, ambos do Código Penal, já que o réu reagiu, usando moderadamente dos meios que tinha à disposição para reagir à injusta agressão praticada por Bento, que tentou lhe agredir com uma faca. Pedido seria de absolvição, com base no artigo 386, VI, do Código de Processo Penal. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 160 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 161 a) Cabe resposta à acusação, com base no artigo 396 e 396-A, ambos do Código de Processo Penal. Último dia do prazo seria o dia 25/08/2016. b) O fundamento seria a incidência da decadência do direito de representação. Nos termos do artigo 38 do Código de Processo Penal e artigo 103 do Código Penal, o prazo para representar será de 06 meses a contar da ciência da autoria do fato. Considerando que o crime de estupro, mediante grave ameaça, praticado contra maior de 18 anos é de ação penal pública condicionada à representação, nos termos do artigo 225 do Código Penal, verifica-se a decadência do direito de representação, já que se passaram mais de 06 meses entre a data da ciência da autoria do fato e a manifestação de vontade da vítima, incidindo, portanto, a decadência, causa de extinção da punibilidade, prevista no artigo 107, inciso IV, do Código Penal. Pedido será de absolvição sumária, com base no artigo 397, inciso IV, do Código Processo Penal. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 162 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDOPROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 163 a) A peça processual cabível será alegações finais por Memoriais ou Memorias, com base no artigo 403, § 3º, do Código de Processo Penal. O último dia do prazo seria 13.03.2015. b) As teses possíveis seria o reconhecimento do arrependimento posterior, previsto no artigo 16 do Código Penal. No caso, Pedro foi acusado de praticar furto, crime sem violência ou grave ameaça, e restituiu a TV antes do recebimento da denúncia. Logo, trata-se de arrependimento posterior, devendo a pena ser diminuída, nos termos do artigo 16 do Código Penal. Além disso, deve ser afastada a qualificadora do emprego de chave falsa, uma vez que Pedro não usou a chave falsa para ingressar na residência, já que entrou pela porta que estava aberta. Logo, se condenado, deve ser afastada a qualificadora, e considerada a prática do crime de furto simples. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 164 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 165 A) Nesse caso, ocorreu a prescrição da pretensão punitiva retroativa. Considerando a pena aplicada de 01 ano e 02 meses, bem como o trânsito em julgado para a acusação, o prazo de prescrição seria de 04 anos, nos termos do artigo 109, inciso V, do Código Penal. Todavia, como o réu era menor de 21 anos à época do fato, o prazo prescricional é reduzido pela metade, nos termos do artigo 115 do Còdigo Penal, ficando portanto, em 02 anos. Assim, considerando que a denúncia foi recebida em 28/09/2012 e a sentença penal condenatória foi publicada no dia 05/10/2014, concluiu- se que incidiu no caso a prescrição da pretensão punitiva retroativa, já que entre a data do recebimento da denúncia e da publicação da sentença condenatória passaram mais de 02 anos. B) A consequência seria o reconhecimento da extinção da punibilidade de Júlio, com base no artigo 107, inciso IV, do Código Penal. A condenação não poderá ser usada para fins de reincidência, uma vez que, com a incidência da prescrição, não há trânsito em julgado da sentença penal condenatória. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 166 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 167 a) O argumento a ser formulado pela defesa é o de que ocorreu a renúncia ao direito de queixa em relação à Vanessa. E, nos termos do artigo 49 do Código de Processo Penal, a renúncia ao exercício do direito de queixa em relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá. Logo, deverá ser declarada extinta a punibilidade de Luísa e Vanessa, nos termos do artigo 107, V, do Código Penal. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 168 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 169 a) Em relação à Gerson o recurso cabível contra a decisão que denegou o Habeas Corpus, será o recurso ordinário constitucional, com base no artigo 105, II, “a” da CF/88. b) Em relação ao Rodolfo, o recurso cabível contra a decisão que denegou o Habeas Corpus, será o Recurso em Sentido estrito, com base no artigo 581, X, do Código de Processo Penal. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 170 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 171 A) Deveria o advogado de Tadeu buscar sua absolvição em razão da ausência de prova da materialidade do delito, tendo em vista que não foi acostado nos autos o boletim de atendimento médico ou exame de corpo de delito, direto ou indireto. Também não foram ouvidas testemunhas, não podendo a confissão suprir a necessidade de exame de corpo de delito, nos termos do artigo 158 do Código de Processo Penal, que exige tal exame nos crimes que deixam vestígios. O pedido seria de absolvição, com base no artigo 386, inciso II, do Código de Processo Penal. B) Sim, existe o benefício da suspensão condicional da execução da pena, ou seja, “sursis”, já que se trata de pena privativa de liberdade não superior a 02 anos, o réu é primário e não é cabível a pena restritiva de direitos, já que o crime foi praticado mediante violência, preenchendo, portanto, os requisitos do artigo 77 do Código Penal. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 172 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 173 A) O recurso cabível é o recurso em sentido estrito, com base no artigo 581, IV, do Código de Processo Penal. O último dia do prazo para inter o recurso é o dia 09/08/2013. B) O argumento a ser utilizado é o de que incidiu no caso o arrependimento eficaz, previsto no artigo 15 do Código Penal, já que Wilson, ao ver o amigo gritando de dor e esvaindo-se em sangue, Wilson, desesperado, pega um taxi para levar Junior até o hospital, tendo a vítima sobrevivido, resultando- lhe lesão corporal grave. No caso, em se tratando de arrependimento eficaz, Wilson deve responder somente pelos atos praticados, ou seja lesão corporal grave, que não é crime doloso contra a vida. Assim, em não sendo crime doloso contra a vida, deve ser proferida decisão de desclassificação nos termos do artigo 419 do Código de Processo Penal, remetendo-se os autos ao juízo competente. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 174 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 175 A) O meio de impugnação seria a liberdade provisória, com base no artigo 310, III, do Código de Processo Penal e artigo 5º, LXVI, da Constituição Federal/88, e artigo 321 do Código de Processo Penal. B) A tese seria a alegação de que o artigo 44 da Lei 11.343/2006, na parte que veda a concessão da liberdade provisória, foi declado inconstitucional pelo Supremo Tribubal Federal, porque viola o princípio da presunção da inocência, previsto no artigo 5º, inciso LVII, da Constituição Federal/88, bem como o princípio do devido processo legal, previsto no artigo 5º, LIV, da Constituição Federal/88. Além disso, estão ausentes os fundamentos da preventiva, previstos no artigo 312 do Código de Processo Penal, uma vez que o acusado é primário, tem ocupação lícita, e endereço fixo e reside com a sua esposa e filho pequeno. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 176 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 177 Max desferiu dois disparos de arma de fogo contra Tufão, que, por sua vez, faleceu por conta da dose letal de veneno que havia ingerido antes. Logo, o veneno que deu causa à morte de Tufão, trata-se de causa absolutamente independente preexistente, devendo Max responder pelo delito de tentativa de homicídio, ou seja, somente por aquilo que deu causa, nos termos do artigo 13, “caput”, do Código Penal. CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 178 CADERNO DE QUESTÕES PROF. ARNALDO PROF. LETÍCIA PROF. NIDAL OAB 2ª FASE 179 a) O recurso cabível seria agravo em execução, com base no artigo 197 da Lei 7.210/84. E o último dia do prazo seria 10/10/2011. b) O argumento a ser utilizado é o de que, a partir da Lei 12.015/2009, a conduta prevista no artigo 214 do Código Penal passou a integrar o artigo 213 do Código Penal. Logo, se no mesmo contexto fático, o agente praticar conjunção carnal e ato libidinoso diverso da conjunção, trata-se de crime único. Assim, como a lei posterior, nesse caso, é mais
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