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Caderno de Questoes com Padrao de Respostas - OAB Direito Penal

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CADERNO DE QUESTÕES 
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SUMÁRIO – EXERCÍCIOS – PADRÃO DE RESPOSTAS 
 
 
 
 
 
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a) O meio de impugnação cabível no presente caso é a apresentação de 
resposta à acusação, com fulcro nos artigos 396 e 396-A do CPP. O prazo 
previsto em lei é de 10 dias. 
 
b) A tese de mérito a ser alegada em favor de Wilson é a aplicação do 
princípio da insignificância, uma vez que consoante jurisprudência 
consolidada dos Tribunais Superiores, em se tratando de crimes contra a 
ordem tributária, o valor de 10 mil reais ou 20 mil reais não possui 
lesividade jurídica, não materializando o tipo penal do artigo 334 do CP. 
O pedido a ser formulado em sede de resposta à acusação é o de 
absolvição sumária, com fulcro no artigo 397, inciso III do CPP. 
 
 
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a) O meio de impugnação deverá ser a apresentação de resposta à 
acusação, com fundamento nos artigos 396 e 396-A do CPP. Ultimo dia 
do prazo será o dia 24/11/2014, com fundamento nos artigos 396/396A e 
798, do CPP. 
 
b) A tese defensiva a ser invocada é a exclusão da culpabilidade, tendo 
em vista se tratar de hipótese de inexigibilidade de conduta diversa, nos 
termos do artigo 22 do Código Penal, em razão da coação moral 
irresistível. O pedido a ser elaborado em sede de resposta à acusação é o 
de absolvição sumária, com fulcro no artigo 397, II do CPP. 
 
 
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a) O meio de impugnação cabível é a interposição de agravo em execução, 
com fundamento no artigo 197 da LEP e na súmula 700 do STF. 
Considerando o disposto na Súmula 700 do STF, o prazo para a 
interposição do recurso de agravo em execução é de 05 dias, com base na 
Súmula 700 do STF. Logo, o último dia do prazo será o dia 14.03.2011. 
 
b) O argumento a ser elencado pela Defesa é o de que a Lei 11.464/2007, 
que alterou a redação do artigo 2º, § 2º, da Lei 8.072/90, entrou em vigor 
após a data do crime praticado. Desta feita, por se tratar de lei penal mais 
gravosa, não deverá ser aplicado, devendo o magistrado aplicar o artigo 
112 da LEP, nos termos da Súmula vinculante 26 do STF e da Súmula 471 
do STJ, qual seja, 1/6 da pena. 
 
 
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O magistrado não agiu corretamente, uma vez que o STF reconheceu a 
inconstitucionalidade da exigência do regime inicial fechado em relação 
aos crimes hediondos e equiparados, razão pela qual diante da pena 
aplicada no caso concreto e pelo fato de a acusada ser primária e ostentar 
bons antecedentes nada impede a adoção do regime inicial aberto, nos 
termos do artigo 33, §2º, do Código Penal. Ademais, também seria 
possível a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de 
direitos, uma vez que a vedação legal encontra-se suspensa, nos termos 
da Resolução 05/2012 do nosso querido Senado Federal. 
 
 
 
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a) A tese favorável à defesa é a ocorrência de causa extintiva de 
punibilidade em razão da prescrição da pretensão punitiva, nos termos 
dos artigos 107, inciso IV, 109, inciso V e 110, §1º do CP, uma vez que 
entre a publicação da sentença condenatória com trânsito em julgado para 
o MP e a data de 15/05/2011 transcorreu o prazo de 4 anos. 
 
b) Se Erástones fosse reincidente não se aplicaria o acréscimo de 1/3 do 
prazo prescricional previsto na parte final do artigo 110 caput do CP, uma 
vez que tal situação somente é aplicável à prescrição da pretensão 
executória, nos termos da Súmula 220 do STJ. 
 
 
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a) A peça cabível é a interposição de Recurso em Sentido Estrito, com 
fundamento no artigo 581, inciso IV do CPP. Além disso, mister ressaltar 
que a peça de interposição deverá ser dirigida ao Juiz da Vara do Júri e as 
razões ao Tribunal de Justiça. 
 
b) A tese defensiva é a ocorrência de crime impossível, nos termos do 
artigo 17 do CP, uma vez que, conforme perícia realizada na arma de fogo, 
não haveria possibilidade de disparo, restando comprovada a tentativa 
inidônea em razão da ineficácia absoluta do meio. O pedido a ser elaborado 
em sede de recurso em sentido estrito é o de absolvição sumário, com 
fundamento no artigo 415, inciso III do CPP. 
 
 
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a) A defesa de Wilson deverá apresentar resposta à acusação, com 
fundamento nos artigos 396 e 396-a do CPP, no prazo de 10 dias. 
Considerando a data em quem Wilson foi citado, o último dia do prazo será 
o dia 27/08/2014. 
 
b) A tese defensiva a ser invocada é a ocorrência de estado de necessidade 
de terceiro, uma vez que Wilson, movido por uma situação de perigo 
inevitável, a qual não deu causa, foi obrigado a conduzir o seu veículo em 
excesso de velocidade. Desta feita, há que se falar em exclusão de ilicitude 
da conduta, nos termos do artigo 23, inciso I e artigo 24 do Código Penal. 
O pedido a ser elaborado em sede de resposta à acusação é o de absolvição 
sumária, com fulcro no artigo 397, I do CPP. 
 
 
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a) A defesa de Wilson deverá interpor o Recurso de Apelação da sentença 
condenatória, com fundamento no artigo 593, inciso I do CPP, no prazo de 
5 dias, o qual terminaria no dia 25/08/2014. 
 
b) A tese defensiva a ser aplicada é a ocorrência de erro de tipo invencível, 
inevitável ou escusável, uma vez que Wilson não poderia imaginar que a 
substância transportada por ele se trava de droga, nos termos do artigo 20 
do CP. Neste caso, haveria a exclusão do dolo e da culpa, não persistindo 
a responsabilização criminal do agente. Mister ressaltar que ainda que se 
tratasse de erro de tipo vencível, evitável ou inescusável não haveria 
punição, pois o crime de tráfico de drogas previsto no artigo 33 da Lei 
11343 não permite a punição da modalidade culposa. O pedido 
correspondente seria o de absolvição com fundamento no artigo 386, inciso 
III do CPP. (386, vi). 20, § 2º do CP. 
 
OBS: Como, no XIV Exame da OAB, cuja tese principal dos memoriais era 
erro de tipo, a FGV considerou para pontuação tanto o artigo 386, inciso 
III (causa excludente de tipicidade), como o artigo 386, inciso VI, conclui-
se que temos precedente para formular pedido de absolvição, no caso de 
erro de tipo, tanto pelo inciso III, como pelo inciso VI, do artigo 386 do 
CPP. 
 
 
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a) A defesa de Wilson deverá interpor recurso em sentido estrito, com 
fundamento no artigo 581, inciso IV do CPP. O prazo para a interposição 
em questão, nos termos do artigo 586 do CPP, é de 5 dias. Ademais, 
considerando que a defesa de Wilson foi intimada em 24/09/14 o último 
dia do prazo seria o dia 29/09/14. 
 
b) O candidato deverá abordar a tese da legítima defesa putativa, nos 
termos do artigo 20, § 1º, do Código Penal, uma vez que a agressão era 
imaginária. Pedido de absolvição sumária, com base no artigo 415, inciso 
III, do CPP. Admite-se o artigo 415, inciso IV, do CPP. 
Pela teoria limitada da culpabilidade, quando a descriminante putativa 
incidir sobre pressupostos de uma situação de fato (Ex: o agente 
imaginar que está diante de uma injusta agressão, mas que era 
imaginária. Supor que o desafeto iria sacar uma arma, quando, na 
verdade, era um celular), o efeito em relação à conduta do agente é o 
mesmo do erro de tipo (art. 20 CP): Se o erro foi invencível, exclui o 
dolo e a culpa; se vencível, exclui o dolo, mas o agente responde pelo 
delito culposo, se previsto em lei. 
Em síntese: As descriminantes putativas por situação de fato têm o 
mesmo efeito do erro de tipo, podendo levar à exclusão do crime 
(exclusão da tipicidade). 
Como, no XIV Exame da OAB, cuja tese principal dos memoriais era erro 
de tipo, a FGV considerou para pontuação tanto o artigo 386, inciso III 
(causa excludente de tipicidade), como o artigo 386, inciso VI (excludente 
de culpabilidade - OBS: Alguns doutrinadores defendem que as 
descriminantes putativas deveriam ser tratadas como causas excludentes 
de culpabilidade), conclui-se que temos precedente para formular pedido 
de absolvição sumária tanto pelo inciso III, como pelo inciso IV, do artigo 
415 do CPP. 
 
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O crime em questão se encontra prescrito pela pena em abstrato, nos 
termos dos artigos 107, inciso IV, 109, inciso IV e 115 do CP. A pena 
máxima cominada ao crime de furto simples é de 04 anos. Nos termos do 
artigo 109, inciso V, do CP, o prazo prescricional seria de 08 anos. Todavia, 
considerando que o réu era menor de 21 anos à ápoca do fato, o prazo 
prescricional será reduzido pela metade, nos termos do artigo 115 do 
Código Penal, sendo, portanto, de 04 anos. Assim, como entre a data da 
consumação até o recebimento da denúncia já decorreram 04 anos, 
incidiu, no caso, a prescrição da pretensão punitiva em abstrato. Pedido 
de extinção da punibilidade, com base no artigo 107, inciso IV, do CP. 
 
 
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a) O meio de impugnação cabível é o oferecimento de memoriais escritos 
com fundamento no artigo 403, §3º do CPP, sendo que o último dia do 
prazo será no dia 17/07/2015. 
 
b) O argumento a ser utilizado em favor de Silas é de que agiu em legítima 
defesa, por se tratar de uma agressão injusta desferida contra si, nos 
termos dos artigos 23, inciso II, e artigo 25 do Código Penal. Ademais, 
também deverão ser aplicadas ao caso as disposições previstas no artigo 
73 e 20, §3º do Código Penal, razão pela qual devemos considerar as 
características pessoais da pessoa a quem se pretendia atingir (Max 
Novaes). O pedido a ser elaborado em sede de memoriais escritos é o de 
absolvição sumária, com fulcro no artigo 415, inciso IV do CPP. 
 
 
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A) A medida processual que deverá ser apresentada pelo advogado de 
Wilson para questionar a sentença condenatória transitada em julgado é 
o oferecimento de revisão criminal, com fundamento no artigo 621, inciso 
III do CPP. 
 
B) O fundamento que deverá ser apresentado pela defesa, com 
fundamento no artigo 621, inciso III do CPP é o de que, após a 
condenação definitiva do acusado, surgiram novas provas, as quais não 
foram apreciadas no processo original, em especial a gravação de um 
vídeo comprovando a tese defensiva de negativa de autoria. O pedido a 
ser elencado em sede de revisão criminal é o de absolvição do acusado, 
com base nos artigos 626 e artigo 386, inciso IV do CPP. 
 
 
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a) Caio praticou o delito previsto no artigo 122 do Código Penal, uma vez 
que instigou e prestou auxílio material para que Tício se suicidasse, 
restando a vítima lesionada de forma grave. Desta feita, a conduta de Caio 
se amolda de forma adequada ao tipo penal em questão, cuja pena neste 
caso é de 1 a 3 anos de reclusão. Ademais, há que se falar na aplicação de 
causa de aumento de pena prevista no artigo 122, parágrafo único, inciso 
I, tendo em vista que Caio agiu com motivo egoístico, na medida em que 
queria eliminar seu principal concorrente, devendo a pena ser duplicada 
neste caso. 
 
b) Se Tício viesse a sofrer lesões corporais leves, a conduta de Caio não 
poderia ser enquadrada no tipo penal previsto no artigo 122 do Código 
Penal, na medida em que há a exigência de que a vítima seja lesionada de 
forma grave ou morra em decorrência da tentativa de suicídio. Assim 
sendo, tal fato seria atípico não havendo que se falar em responsabilização 
penal por parte de Caio, uma vez que o delito em questão não admite a 
modalidade tentada. 
 
 
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a) A peça cabível é a apresentação de resposta à acusação no prazo de 10 
dias, com fundamento nos artigos 396 e 396-A do CPP e o último dia do 
prazo seria o dia 17/03/2016. 
 
b) O fato de ter se retratado antes da sentença favorece Filomeno, na 
medida em que o artigo 342, §2º do CP estipula uma causa extintiva de 
punibilidade para o réu que se retrata ou declara a verdade no processo 
em que ocorreu o ilícito. O pedido a ser elaborado em sede de resposta à 
acusação é o de absolvição sumária, com fundamento no artigo 397, inciso 
IV do CPP. 
 
 
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a) A medida processual a ser adotada pelo advogado de Wilson é a 
oposição de embargos infringentes, na forma do art. 609, parágrafo único 
do CPP, considerando que a decisão proferida se deu em sede de apelação 
e que não foi unânime, havendo divergência no tocante ao regime inicial 
de cumprimento de pena. 
 
b) O fundamento de direito material é a possibilidade de fixação do regime 
inicial semiaberto, tendo em vista que o Supremo Tribunal Federal 
reconhece a inconstitucionalidade da obrigatoriedade do regime inicial 
fechado com base no princípio da individualização da pena previsto no 
artigo 5, XLVI da CF/88. Ademais, com fundamento nas Súmulas 718/719 
do STF e Súmula 440 STJ seria perfeitamente possível a fixação do regime 
semiaberto, tendo em vista a inidoneidade da fundamentação do juiz e com 
base no artigo 33, §2º do CP. 
 
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O magistradoque proferiu a segunda sentença não agiu de forma correta, 
uma vez que diante do princípio da vedação a reformatio in pejus indireta 
a segunda sentença, em se tratando de recurso exclusivo da defesa, não 
poderia ser pior do que a primeira sentença anulada. Desta feita, haveria 
violação indireta ao disposto no artigo 617 do CPP. 
 
 
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A decisão do Tribunal de Justiça não está correta na medida em que 
acolheu de ofício nulidade não arguida pela acusação em sede de recurso, 
havendo uma violação ao enunciado da súmula 160 do STF. Neste sentido, 
vale destacar que o Ministério Público por ocasião da interposição da 
apelação buscou somente a reforma da sentença absolutória, não 
pleiteando a invalidade da referida decisão judicial. Ademais, por se tratar 
de oitiva de uma testemunha de acusação, não há que se falar em nulidade 
absoluta, havendo nulidade relativa devendo ser alegada em momento 
oportuno, sob pena de preclusão. 
 
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a) O recurso cabível contra a decisão que rejeitou a denúncia é o de 
Apelação, com fundamento no artigo 82 da Lei 9099/95, tendo em vista 
que o crime de injúria é de menor potencial ofensivo, nos termos do artigo 
61 da referida lei. 
 
b) O prazo para a interposição do recurso de Apelação é de 10 dias, com 
fulcro no artigo 82, § 1º da Lei 9099/95. 
 
c) As razões recursais, segundo o artigo 82 da Lei 9099/95, devem ser 
endereçadas à Turma Recursal. A tese defensiva a ser abordada é a não 
ocorrência da decadência, uma vez que não transcorreu o prazo de 6 meses 
previsto no artigo 38 do CPP. Neste caso, considerando se tratar de um 
prazo penal, nos termos do artigo 10 do Código Penal, o prazo fatal para 
ajuizamento da queixa-crime é o dia 18/07/2011. 
 
 
 
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A decisão proferida pelo Tribunal de Justiça tem repercussão em relação 
ao réu João Lisca, uma vez que o artigo 580 do CPP dispõe que no caso 
de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos réus, 
se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, 
aproveitará aos outros. Neste caso, em se tratando de alegação de 
incidência do princípio da insignificância, perfeitamente possível a 
extensão ao corréu em questão, uma vez que possui natureza objetiva. 
 
 
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a) O Ministério Público, ao denunciar o médico pelo crime previsto no artigo 
125 do CP, não agiu corretamente, na medida em que a referida hipótese 
configura caso de aborto necessário, nos termos do artigo 128, inciso I do 
Código, havendo a exclusão da ilicitude da referida conduta, uma vez que 
não havia outro meio para salvar a vida da gestante. 
 
b) Se a interrupção da gravidez no presente tivesse sido provocada por 
uma enfermeira também não incidiria o crime previsto no artigo 125, na 
medida em que a ilicitude da conduta seria excluída em razão da existência 
de estado de necessidade de terceiro devido à situação de perigo atual e 
demais requisitos previstos no artigo 24 do CP. 
 
 
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O Ministério Público não poderá durante a instrução em Plenário, ou seja, 
na segunda fase do Júri, sustentar novamente a incidência da 
qualificadora afastada pelo Juiz por ocasião da decisão de pronúncia, pois 
a pronúncia limita a acusação e caracterizaria um excesso por parte do 
Ministério Público, visto que o julgamento deverá ser limitado ao crime de 
homicídio simples. Conforme o artigo 476 do CPP em Plenário deverá ser 
observado o conteúdo da pronúncia descritos nos moldes do artigo 413 
do CPP. 
 
 
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O juiz no caso proposto poderá absolver sumariamente o acusado, nos 
termos do artigo 415, § único, do CPP, visto que a tese de inimputabilidade 
era a única sustentada pela defesa. Destaca-se que se houvesse tese 
alternativa, além da inimputabilidade, o juiz não poderia absolver 
sumariamente fundamentando nesta condição do acusado. 
 
 
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a) Mariquinha deverá apresentar memoriais escritos, com base nos artigos 
403, §3º, e 404, § único, do CPP, utilizando-se na forma subsidiária as 
regras do procedimento comum ordinário no procedimento do júri, 
conforme artigo 394, parágrafo 5º, do CPP. O prazo para apresentação 
dos memoriais é de 5 dias, logo considerando que a intimação se deu no 
dia 20/11/17, segunda-feira, o prazo final será o dia 27/11/17 
(segunda), pois o último dia seria 25/11/17, sábado, sendo prorrogado 
para o próximo dia útil, nos termo do artigo 798, §1º e 3º, do CPP. 
 
Se no enunciado estava que a defesa foi intimada no dia 10/06/2013 
(segunda): o prazo final será o dia 17/06/17 (segunda), pois o último dia 
seria 15/06, sábado, sendo prorrogado para o próximo dia útil, nos termos 
do artigo 798, §1º 
 
b) A tese defensiva a ser sustentada é a incidência do crime impossível, 
previsto no artigo 17 do CP, visto que o meio utilizado era absolutamente 
ineficaz para produzir o resultado pretendido. O pedido a ser postulado é 
a absolvição sumária, nos moldes do artigo 415, III, CPP, em face da 
atipicidade da conduta. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
48 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
49 
 
A medida adequada é o Pedido de Dasaforamento, nos termos do artigo 
427 do CPP, em razão das fundadas suspeitas da imparcialidade dos 
Jurados. A medida deverá ser endereçada ao Tribunal de Justiça, 
conforme o artigo mencionado. Trata-se de uma medida excepcional que 
desloca a competência de julgamento. 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
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CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
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Não é possível reverter a decisão que absolveu sumariamente o Acusado, 
pois já houve o trânsito em julgado da decisão. Inclusive, a decisão de 
absolvição sumária, na primeira fase do júri faz coisa julgada material. 
Assim sendo, não poderia ser modificada com o surgimento de novas 
provas, pois somente é cabível a Ação de Revisão Criminal, nos termos 
do artigo 621 do CPP, para beneficiar o acusado, o que não seria o caso, 
pois na questão houve a absolvição. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
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CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
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No caso em questão, poderá ser arguida a nulidade do julgamento, em 
razão da afronta ao artigo 478 do CPP, em razão do fato do promotor ter 
utilizado trechos da decisão de pronúncia como argumento de autoridade,podendo influenciar a decisão dos jurados. O recurso a ser utilizado será 
o de apelação, com base no artigo 593, III, “a”, do CPP, tendo em vista a 
ocorrência de nulidade posterior à pronúncia do acusado. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
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CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
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a) O deverá ser postulado é a absolvição do acusado, em razão da prova 
inequívoca produzida de que agiu em estado de necessidade. A base legal 
é o artigo 386, VI, do CPP. 
 
b) O último dia do prozo para apresentação dos memoriais será o dia 
27/11/17, segunda-feira, pois considerando a intimação no dia 21/11/17, o 
prazo encerraria no domingo 26/11, prorrogando-se para o dia útil 
subsequente, nos termos do artigo 798, §1º e 3º, do CPP. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
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2ª FASE 
 
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a) Trata-se de crime doloso contra a vida praticado por Prefeito, o qual 
possui conforme o artigo 29, X, da CF, prerrogativa de ser julgado perante 
o Tribunal de Justiça, sendo, portanto, afastada a competência do Tribunal 
do Júri, no presente caso. 
 
b) No caso de desvio de verba federal, surge o interesse e competência 
da Justiça Federal, nos termos do artigo 109, IV, CF, devendo o Prefeito 
ser julgado pelo Tribunal Regional Federal. Nesse sentido, temos as 
súmulas 208 do STJ e 702 do STF. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
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A decisão está completamente equivocada, pois violou o direito à ampla 
defesa, assegurado no artigo 5º, LV, CF/88, bem como disposição 
expressa prevista no artigo 185, §5º do CPP, que assegura o direito à 
entrevista prévia ao interrogatório. Inclusive, a decisão desrespeitou o 
Pacto de São José da Costa Rica, especificamente, o artigo 8, n. 2, c e d, 
do Decreto 678/92. Por fim, salienta-se que se trata nulidade de caráter 
absoluto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
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a) A medida a ser utilizada é um habeas corpus, objetivando o 
trancamento da ação penal, em razão da ausência de justa causa, nos 
termos do artigo 647, 648, I, CPP e LXVIII, CF. 
 
b) O habeas corpus deverá ser julgado pelo Tribunal de Justiça. 
 
c) Conforme o artigo 142, I, do CP, não constitui injúria ou difamação 
punível a ofensa irrogada em juízo na discussão da causa. No caso em 
tela, não houve excesso ou qualquer questão que permita a 
responsabilização do acusado. Da mesma forma o artigo 133 da CF 
também assegura essa inviolabilidade. Assim sendo, resta configurada a 
ausência de justa causa para a ação penal. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
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2ª FASE 
 
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a) A decisão judicial é passível de impugnação pela via recursal, através 
da utilização do recurso de agravo em execução, nos termos do artigo 197 
da LEP (lei 7.210/84). 
 
b) Conforme o artigo 45, §3º, da Lei 7210/84, LEP é vedada qualquer 
espécie de sanção coletiva. Aliás, pelo princípio constitucional da 
individualização da pena (artigo 5º, XLVI, CF), qualquer espécie de 
responsabilização deverá ser pautada pela individualização da conduta 
praticada, o que se fundamenta na necessidade de identificar a 
contribuição de cada suspeito. Também poderá ser indicado como 
fundamento em defesa do apenado, a vedação de responsabilidade 
objetiva, eis que somente podemos responsabilizar alguém pela prática 
de delitos, no caso em tela, caracteriza-se como o crime de dano contra 
o patrimônio público, quando houver identificação de dolo ou culpa, o que 
no caso em tela não é possível identificar. 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
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2ª FASE 
 
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A decisão do magistrado está em conformidade com o artigo 83, V, do CP, 
pois não se admite livramento condicional para aqueles condenados 
reincidentes específicos em crimes hediondos, o que é o caso em questão. 
(Além disso, disso sequer lapso temporal Tucson Fire preencheria na 
época do pedido, visto não ter adimplido 2/3 de sua pena.) 
 
 
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a) A decisão que revogou o livramento condicional pela superveniência de 
condenação irrecorrível por crime praticado durante a liberdade 
condicional está correta, nos termos do artigo 86, I, do CP. Os efeitos 
cabíveis no caso em questão são aqueles previstos nos artigos 88 do CP 
e 142 da LEP. Todavia, no tocante à determinação da perda dos dias 
remidos, não existe previsão neste sentido, que alcance o livramento 
condicional, ferindo o princípio da legalidade. 
 
b) O recurso cabível será o de AGRAVO EM EXECUÇÃO, nos termos do 
artigo 197 da LEP, no prazo de 5 dias, forte na súmula 700 do STF. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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Tendo em vista que se trata de hipótese de prática de fato criminoso 
durante o livramento condicional, poderá, nos termos do artigo 145 da 
LEP, o juiz determinar a suspensão do instituto (livramento condicional). 
Destaca-se que não se trata de hipótese de revogação, visto não haver 
sentença transitada em julgado. 
 
 
 
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a) O recurso cabível será o de AGRAVO EM EXECUÇÃO, nos termos do 
artigo 197 da LEP, no prazo de 5 dias, forte na súmula 700 do STF. O 
último dia para interposição será o dia 13 de novembro de 2017 (segunda-
feira). 
 
b) A irresignação defensiva dirige-se ao fato de que não há prorrogação 
automática do período de prova. Não tendo sido constatada a existência 
de sentença irrecorrível, tem-se a extinção da pena, nos termos do artigo 
90 do CP e 146 da LEP, sob pena de se permitir uma interpretação em 
desfavor do apenado. Ver a decisão abaixo: 
 
PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL. EXECUÇÃO PENAL. 
LIVRAMENTO CONDICIONAL. COMETIMENTO DE NOVO DELITO 
DURANTE O PERÍODO DE PROVA. AUSÊNCIA DE 
SUSPENSÃO/REVOGAÇÃO NO CURSO DO BENEFÍCIO. EXTINÇÃO DA 
PUNIBILIDADE. OCORRÊNCIA. PRECEDENTES. FLAGRANTE 
ILEGALIDADE. OCORRÊNCIA. PRETENSÃO DE SIMPLES REFORMA. 
DECISÃO MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO A 
QUE SE NEGA PROVIMENTO. 
1. A ausência de suspensão ou revogação do livramento condicional antes 
do término do período de prova acarreta a extinção da punibilidade, pelo 
cumprimento integral da pena privativa de liberdade (art. 90 do Código 
Penal e 146 da Lei de Execução Penal).Precedentes do STJ e do STF. 2. 
Mantidos os fundamentos da decisão agravada, porquanto não infirmados 
por razões eficientes, é de ser negada simples pretensão de reforma. 
(Enunciado n.º 182 desta Corte).3. Agravo regimental a que se nega 
provimento.(AgRg no HC 398.496/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSISMOURA, SEXTA TURMA, julgado em 22/08/2017, DJe 31/08/2017) 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
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CADERNO DE QUESTÕES 
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É possível a conversão da pena em medida de segurança, nos termos do 
artigo 183 da LEP. De acordo com o entendimento do STJ, a pena privativa 
de liberdade aplicada na sentença, nos casos de superveniência de 
conversão da pena em medida de segurança, deverá ser o limite observado 
para internação. Logo, seria possível a desinternação, considerando o 
período superior de vinculação ao sistema penitenciário. 
 
PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO. 
SUPERVENIÊNCIA DE DOENÇA MENTAL. CONVERSÃO DE PENA PRIVATIVA 
DE LIBERDADE EM MEDIDA DE SEGURANÇA. INTERNAÇÃO. 
MANUTENÇÃO. TEMPO DE CUMPRIMENTO DA PENA EXTRAPOLADO. 
CONSTRANGIMENTO ILEGAL. ORDEM CONCEDIDA. 
1. Em se tratando de medida de segurança aplicada em substituição à pena 
corporal, prevista no art. 183 da Lei de Execução Penal, sua duração está 
adstrita ao tempo que resta para o cumprimento da pena privativa de 
liberdade estabelecida na sentença condenatória. 
Precedentes desta Corte. 
2. Ordem concedida. 
(HC 373.405/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA 
TURMA, julgado em 06/10/2016, DJe 21/10/2016) 
 
 
 
 
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2ª FASE 
 
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No caso em exame, por se tratar de delito praticado em desfavor da 
administração pública, deverá o apeando cumprir os requisitos previstos 
no artigo 112 da LEP, quais sejam 1/6 da pena e bom comportamento 
carcerário atestado pelo diretor do estabelecimento prisional, combinado 
com o artigo 33, §4º, do CP, que prevê a condição de reparação do dano. 
Inclusive, poderá o apenado ser submetido ao exame criminológico, que 
é uma faculdade legal, desde que o juiz profira uma decisão motivada, 
nos termos da súmula 439 do STJ. 
 
 
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2ª FASE 
 
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É possível postular a progressão para o regime semiaberto, nos termos do 
artigo 112 da LEP, visto que preenche 1/6 da pena e possui bom 
comportamento. Também poderá ser postulada a remição de pena nos 
termos do artigo 126 da LEP, pois a questão informa que o apenado está 
trabalhando. 
 
 
 
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2ª FASE 
 
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Poderá ser pleiteada a desinternaçao de Marcelo, pois conforme o 
entendimento firmado na súmula 527 do STJ, o limite da internação seria 
o máximo da pena em abstrato cominada ao delito. No caso em tela, 
tratando-se de roubo, cuja pena máxima é de 10 anos, verifica-se que já 
ultrapassou o limite aceitável sustentado pela súmula. O pedido deverá 
ser postulado perante o Juiz da Vara de Execução Penal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O recurso cabível será o de agravo em execução, nos termos do artigo 
197 da LEP. O juiz não poderá no caso concreto reconhecer como falta 
grave o descumprimento de condições do monitoramento eletrônico, pois 
se trata de descumprimento de condição, não tendo previsão legal no 
artigo 50 da LEP. As faltas graves são taxativas. O juiz poderia regredir o 
regime, com base no artigo 146, C, §, único da LEP, mas não reconhecer 
a falta grave, inclusive, não poderá também determinar a perda dos dias 
remidos, pois se trata de consequência para quem pratica falta grave. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
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Primeiramente, deve ser sustentado o não conhecimento dos Embargos 
Infringentes opostos pelo Ministério Público, visto que a utilização desse 
recurso somente é possível diante de decisões não unânimes desfavoráveis 
ao réu, nos termos do artigo 609, parágrafo único, do CPP. No caso em 
tela, os embargos foram opostos com a ideia de prejudicar o acusado, eis 
que objetivava o reconhecimento da qualificadora, o que geraria evidente 
prejuízo. 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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CADERNO DE QUESTÕES 
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a) Deverá ser alegado o preenchimento do lapso temporal de 1/6 da pena, 
nos termos do artigo 112 da Lei de Execução Penal (Lei n. 7.210/84), uma 
vez que o delito de associação ao tráfico não é delito equiparado a crime 
hediondo, pois não há previsão no rol do artigo 1° da Lei 8072/90, 
tampouco no artigo 2º da referida Lei, logo dar um tratamento mais 
gravoso feriria a legalidade. Assim, Cross Fox preenche o requisito 
temporal necessário, fazendo jus à progressão de regime. 
 
b) O recurso cabível será o agravo em execução, nos termos do artigo 
197 da Lei 7.210/84. O prazo para interposição é de 5 dias, nos termos 
da súmula 700 do STF, sendo o último dia para interposição o dia 9 de 
abril de 2018, segunda-feira. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
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CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
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A execução das penas restritivas de direito, nos termos do artigo 147 da 
Lei 7.210/84, somente é admitida após o trânsito em julgado. Assim sendo, 
não aplica o entendimento da jurisprudência dominante firmando no 
julgamento do HC 126.292 do STF, o qual refere-se às penas privativas de 
liberdade. Para ilustrar: 
PROCESSO PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO 
PROVISÓRIA DE PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS. ART. 147 DA LEI DE EXECUÇÃO 
PENAL. IMPOSSIBILIDADE. RECURSO PROVIDO. 
1. Após o julgamento do Habeas Corpus n. 126.292/SP (STF, Relator Ministro TEORI 
ZAVASCKI, TRIBUNAL PLENO, julgado em 17/2/2016), esta Corte passou a adotar o 
entendimento do Supremo Tribunal Federal de que "a execução provisória de acórdão 
penal condenatório proferido em grau de apelação, ainda que sujeito a recurso 
especial ou extraordinário, não compromete o princípio constitucional da presunção 
de inocência afirmado pelo artigo 5º, inciso LVII, da Constituição Federal". Em outras 
palavras, voltou-se a admitir o início de cumprimento da pena imposta pelo simples 
esgotamento das instâncias ordinárias, ou seja, antes do trânsito em julgado da 
condenação, nos termos da Súmula 267/STJ. 
2. Contudo, no caso dos autos, a pena privativa de liberdade imposta ao recorrente 
foi substituída por duas restritivas de direitos. 
Assim, considerando o disposto no art. 147 da Lei de Execução Penal e que, no 
Supremo Tribunal Federal, ao tempo em que vigorava o entendimento pela 
possibilidade de execução provisória das penas privativas de liberdade, não se 
autorizava a execução das penas restritivas de direitos antes do trânsito em julgado 
da condenação, não é possível, agora, a execução provisória de penas restritivas de 
direitos. 
3. Recurso provido para determinar a suspensão da execução provisória da pena 
restritiva de direitos, até o trânsito em julgado da condenação. 
(RHC 90.035/RS, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 
27/02/2018, DJe 05/03/2018) – Informativo de Jurisprudência do STJ n. 609
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
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A decisão do Juiz não está correta, pois violou disposição contida no artigo 
185, §5º, do CPP, que assegura ao acusado o direito à entrevista prévia 
com seu defensor. Inclusive, tal situação caracterizou evidente afronta ao 
direito de defesa, previsto no artigo 5º, LV, da CF/88. A violação desta 
natureza, caracteriza uma nulidade de caráter absoluto. 
 
 
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Em atenção a disposição contida no artigo 94 do Estatuto do Idoso (Lei n. 
10.741/03), considerando que Fabrício estaria incurso nas sanções do 
artigo 106 do referido diploma legal, o procedimento a ser observado será 
o sumaríssimo, muito embora a pena máxima cominada ao delito seja de 
4 anos. Trata-se de exceção à regra disposta no artigo 394 do CPP. 
 
 
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O recurso cabível é o Agravo em Execução, nos termos do artigo 197 da 
LEP. Em relação aos argumentos que fundamentaram o indeferimento do 
pedido, primeiramente o acusado não foi condenado por delito hediondo, 
é primário, portanto, o lapso temporal exigido para o livramento 
condicional, conforme o artigo 83, I, CP, é o cumprimento de mais de 1/3 
de pena, o que está plenamente satisfeito. No tocante à situação irregular, 
não há no artigo 83 do CP qualquer menção neste sentido, ou seja, não há 
qualquer óbice, sendo ilegal a exigência de tal condição. Desta forma, 
Chivitos faz jus ao livramento condicional. Para ilustrar: 
HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO PRÓPRIO. DESCABIMENTO. EXECUÇÃO PENAL. 
LIVRAMENTO CONDICIONAL. ESTRANGEIRA. SITUAÇÃO IRREGULAR NO PAÍS. PENDÊNCIA DE 
PROCESSO DE EXPULSÃO. IRRELEVÂNCIA. PRECEDENTES. CONSTRANGIMENTO ILEGAL 
EVIDENCIADO. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO. 
- O Superior Tribunal de Justiça, seguindo o entendimento da Primeira Turma do Supremo Tribunal 
Federal - STF, passou a inadmitir habeas corpus substitutivo de recurso próprio, ressalvando, porém, 
a possibilidade de concessão da ordem de ofício nos casos de flagrante constrangimento ilegal. 
- O Superior Tribunal de Justiça entende que o simples fato de o estrangeiro encontrar-
se em situação irregular no país não constitui motivação idônea para inviabilizar os 
benefícios da execução penal, tendo em vista a igualdade de direitos entre nacionais e 
estrangeiros. 
- É irrelevante, para fins de progressão de regime e também para o livramento condicional, a 
existência de processo ou mesmo decreto de expulsão em desfavor do estrangeiro, tendo em vista 
que a expulsão poderá ocorrer, conforme o interesse nacional, após o cumprimento da pena, ou 
mesmo antes disto. Inteligência do art. 67 da Lei n. 6.815/1980. Precedentes da Sexta Turma desta 
Corte e do STF. 
Habeas corpus não conhecido. Ordem concedida de ofício, para cassar o acórdão do Tribunal a quo e 
determinar que o Juízo da Execução analise o preenchimento dos requisitos necessários à concessão do 
livramento condicional, afastado o óbice relativo à sua condição de estrangeira, com decreto de expulsão 
pendente. (HC 305.276/SP, Rel. Ministro ERICSON MARANHO (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP), 
SEXTA TURMA, julgado em 09/12/2014, DJe 19/12/2014)
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
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2ª FASE 
 
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CADERNO DE QUESTÕES 
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PROF. NIDAL 
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2ª FASE 
 
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De acordo com o artigo 385 do CPP é possível que o juiz condene o acusado 
ainda que haja pedido de absolvição pela acusação e pela defesa. Trata-se 
de hipótese criticada por parte da doutrina por ofender o sistema 
acusatório. Todavia, tem previsão legal e tem sido plenamente aplicado na 
jurisprudência. Para ilustrar: 
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. JÚRI. TENTATIVA DE 
HOMICÍDIO DUPLAMENTE QUALIFICADO. MANIFESTAÇÃO DO 
MINISTÉRIO PÚBLICO PELA ABSOLVIÇÃO. ARTIGO 385 DO CÓDIGO DE 
PROCESSO PENAL, RECEPCIONADO PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 
AUSÊNCIA DE VINCULAÇÃO DO JUIZ. PRECEDENTES. RECURSO 
DESPROVIDO. 
 
1. Nos termos do art. 385 do Código de Processo Penal, nos crimes de ação 
pública, o juiz poderá proferir sentença condenatória, ainda que o 
Ministério Público tenha opinado pela absolvição. 
 
2. O artigo 385 do Código de Processo Penal foi recepcionado pela 
Constituição Federal. Precedentes desta Corte. 
 
3. Agravo regimental não provido. (AgRg no REsp 1612551/RJ, Rel. 
Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 
02/02/2017, DJe 10/02/2017)
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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O juiz agiu de maneira incorreta ao denegar a apelação, pois a defesa foi 
intimada da sentença condenatória no dia 09/03/18 (sexta-feira) e 
interpôs o recurso no dia 16/03/18 (sexta-feira), ou seja, dentro do prazo 
legal de 5 dias, exigido pelo artigo 593 do CPP. Importante registrar que 
a contagem do prazo processual se dá a partir da ciência, excluindo-se o 
primeiro dia e computando o último, nos moldes do artigo 798, §1°, do 
CPP. 
O recurso cabível para atacar a decisão denegatória da apelação é o 
recurso em sentido estrito, conforme o artigo 581, XV, CPP. O prazo deste 
recurso conforme o artigo 586 do CPP, será de 5 dias. O último dia para 
interposição deste recurso será o dia 02/04/18 (segunda-feira), visto que 
a intimação da decisão denegatória ocorreu no dia 26/03/18 (segunda-
feira). 
 
 
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A nova condenação não poderia ser superior a primeira, pois caracteriza 
reformatio in pejus indireta. Em se tratando de recurso exclusivo da defesa, 
a situação do acusado não poderá ser piorada, sendo caso de nulidade essa 
ocorrência. Esse entendimento é decorrente da parte final do artigo 617 do 
CPP. 
 
 
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O recurso cabível será o recurso em sentido estrito, nos termos do artigo 
581, I, do CPP, cujo prazo é de 5 dias, conforme o artigo 586 do CPP. O 
procedimento a ser observado será o comum sumário, visto que a pena 
máxima ao delito de dano neste caso é de três anos, portanto, enquadra-
se na hipótese do artigo 394, parágrafo 1°, II, do CPP. 
 
 
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É possível que Cross Fox obtenha remição de pena, visto que o instituto é 
aplicável também a quem usufrui de prisão cautelar, nos termos do artigo 
126, §7°, Da Lei 7.210/84. No caso em tela, verifica-se que antes da 
sentença penal condenatória o apenado já usufruía de atividade laborativa, 
logo fará jus à remição quando estiver executando a pena. 
 
Somente para ilustrar veja a decisão que inspirou a questão:PROCESSO HC 
420.257-RS, Rel. Min. Nefi Cordeiro, por maioria, julgado em 19/04/2018, 
DJe 11/05/2018 
 
Execução penal. Remição. Trabalho em período anterior ao início da 
execução. Possibilidade se posterior à prática do delito. 
 
 
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a) Sim, será aplicada a Lei Maria da Penha, pois conforme a súmula 600 
do STJ não há necessidade de coabitação entre autor e vítima. 
 
b) A ação penal será pública incondicionada, nos termos da súmula 542 do 
STJ. 
 
 
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Em atenção à máxima de favorecer o réu (favor rei) no processo penal, 
deverá prevalecer a condenação que seja mais benéfica ao acusado, pois 
diante de qualquer situação que enseje dúvida deve se resolver em prol do 
acusado. Portanto, diante das duas sentenças que condenaram o acusado 
fazendo coisa julgada, deverá prevalecer a primeira mencionada, cuja pena 
fixada foi de 7 anos, 1 mês e 10 dias. 
 
 
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a) O recurso que poderá ser interposto é o de Agravo em Execução, nos 
termos do artigo 197 da Lei 7.210/84. O último dia para interposição do 
recurso será o dia 27/07/18, sexta-feira, considerando o prazo de 5 dias, 
previsto na súmula 700 do STF. 
 
b) Poderá ser alegado em prol de Cross Fox que o delito de porte ilegal de 
arma de uso restrito ingressou no rol de delitos hediondos no ano de 2017 
(27/10/2017), portanto, considerando que o delito em tela foi praticado em 
2015, época em que o fato não constituía delito hediondo, o lapso temporal 
a ser exigido é de 1/6 da pena, nos termos do artigo 112 da LEP. Vale frisar 
que a lei que incluiu o delito como hediondo é uma lei irretroativa, visto 
conferir um tratamento mais gravoso ao apenado. Assim sendo, a decisão 
do magistrado violou também o artigo 5°, XL, da CF. 
 
 
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O representante do Ministério Público agiu incorretamente, pois no caso 
em tela a condenação apontada como óbice era referente à pena de multa, 
todavia só impede a transação condenação por crime cuja pena seja pena 
privativa de liberdade, nos termos do artigo 76, §2º, I, da Lei n. 9.099/95. 
 
 
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Não é possível a oferta de medida despenalizadora neste caso, pois 
considerando a pena do delito de furto, a única medida a ser destinada 
seria a suspensão condicional do processo, pois a pena mínima prevista ao 
delito é de 1 ano, enquadrando-se no artigo 89 da Lei n. 9.099/95. Todavia, 
no caso em tela como se trata de continuidade delitiva, há impedimento 
para a oferta, pois conforme as súmulas 243 do STJ e 723 do STF, com o 
acréscimo da fração ultrapassa o mínimo legal de pena permitido. Logo, 
Cross Fox não faz jus à suspensão condicional do processo. 
 
 
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Não está correta a decisão do Juiz da Vara de Execução Penal, pois as faltas 
graves estão previstas na lei de execução penal e são taxativas. Logo, não 
havendo previsão nos artigos 50, 51 e 52 da LEP, não poderá ser 
reconhecida a falta grave, sob pena de violação do princípio da legalidade. 
 
 
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A decisão do Tribunal foi incorreta, pois configurou reformatio in pejus, eis 
que agravou a situação do acusado em resposta ao recurso interposto 
somente pela defesa, violando o artigo 617, parte final, do CPP. Não se 
pode admitir que o ajuste realizado pelo Tribunal agrave a situação do 
acusado sem que a acusação tenha interposto recurso com esse objetivo. 
Trata-se de hipótese de nulidade absoluta. 
 
 
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Cross Fox poderá ser beneficiado com a suspensão condicional do 
processo, visto que preenche os requisitos do artigo 89 da Lei n. 9.099/95. 
Ressalta-se que o fato de Cross Fox já ter sido condenado por uma 
contravenção não impede que usufrua da suspensão condicional do 
processo, pois o artigo 89 inviabiliza o benefício para aquelas pessoas que 
já foram condenadas ou estejam sendo processadas somente por crime. 
 
 
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Poderá ser pleiteado ao Juiz da Vara de Execução Penal, no presente caso, 
a prisão domiciliar, com base no artigo 117 da Lei 7.210/84. Destaca-se 
que por ser reincidente específico em delito de tráfico de drogas, Carmela 
não faz jus ao livramento condicional, nos termos do artigo 83, V, do CP. 
 
 
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a) A peça cabível é relaxamento de prisão, com base no artigo 5º, LXV, 
da CF/88 e art. 310, inciso I, do Código de Processo Penal. 
 
b) O fundamento a ser invocado é no sentido de que o auto de prisão em 
flagrante é ilegal, porque se trata de flagrante provocado, já que Pedro 
Rocha somente deu início à execução do delito, porque foi convencido por 
um policial, sendo adotadas providências para tornar impossível a 
consumação do delito, tratando-se, portanto, de hipótese de crime 
impossível, nos termos da Súmula nº 145 do STF e art. 17 do Código 
Penal. 
 
 
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a) O Magistrado não agiu de forma correta, porque, nos termos da Súmula 
269 do STJ, é admissível a adoção do regime prisional semiaberto aos 
reincidentes condenado à pena igual ou inferior a 04 anos, se favoráveis 
as circunstâncias judiciais. Como a pena aplicada foi de 02 anos, e o juiz 
considerou as circunstâncias judiciais favoráveis, deveria fixar o regime 
inicial semiaberto. 
 
b) Ziah tem direito à substituição da pena privativa de liberdade por 
restritiva de direitos, pois preenche os requisitos previstos no artigo 44 do 
Código Penal, e, ainda, a reincidência não é pela prática do mesmo crime, 
já que o crime anterior foi de estelionato, sendo, ainda, socialmente 
recomendável a substituição, tanto que o juiz considerou todas as 
circunstâncias judiciais favoráveis, nos termos do artigo 44, § 3º, do 
Código Penal. 
 
 
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PROF. ARNALDO 
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2ª FASE 
 
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O réu não será considerado reincidente, uma vez que cessaram os efeitos 
da sentença penal condenatória pela prática do crime anterior, já que 
Bruno praticou o crime de roubo em período de tempo superior a 05 anos 
da data do cumprimento da pena, nos termos do artigo 64, inciso I, do 
CP, considerando que o cumprimento da pena ocorreu em 08.04.2007 e 
o novo crime foi praticado em 15.06.2012. 
 
 
 
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Trata-se de hipótese de prescrição da pretensão executória. Isso porque, 
considerando a pena aplicada de 01 anos, o prazo prescricional será de 
04 anos, nos termos do artigo 109, V, do Código Penal. Entre a data do 
trânsito em julgado para a acusação (24/10/2006) e a data em que o 
acusado foi capturado (05/12/2010) passaram-se mais de 04 anos. Logo, 
incidiu a prescrição da pretensão executória, prevista no artigo 110, 
“caput”, do Código Penal, devendo ser declarada extinta a punibilidade do 
réu, com base no artigo 107, IV, do Código Penal. 
 
 
 
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2ª FASE 
 
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131 
 
a) Cabe recurso de apelação, com base no artigo 593, I, do Código de 
Processo Penal. O prazo é de 05 dias, nos termos do artigo 593 do Código 
de Processo Penal, devendo a peça de interposição ser endereçada ao Juiz 
da Vara Criminal de Porto Alegre/RS, e as razões ao Tribunal de Justiça 
do Estado do Rio Grande do Sul. O último dia do prazo será 24/10/2012. 
 
b) Trata-se de prescrição da pretensão punitiva retroativa. Isso porque, 
considerando a pena aplicada, o prazo prescricional é de 04 anos, nos 
termos do artigo 109, inciso V, do Código Penal. Assim, considerando que 
entre a data do recebimento da denúncia (15.09.2008) até a data da 
publicação da sentença condenatória (10.10.2012) decorreram mais de 
04 anos. Logo, deve ser declarada extinta a punibilidade, com base no 
artigo 107, inciso IV, do Código Penal. 
 
 
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2ª FASE 
 
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a) O recurso cabível é o recurso em sentido estrito, com base no artigo 
581, inciso IV, do Código de Processo Penal. 
 
b) Trata-se de hipótese de causa superveniente relativamente 
independente, prevista o artigo 13, § 1º, do Código Penal. Isso porque, o 
que deu causa ao resultado morte foi o traumatismo craniano decorrente 
do acidente automobilístico. Logo, Félix não responde pelo resultado 
morte, mas pelos atos por praticados, qual seja, lesão corporal grave, nos 
termos do artigo 129, § 1º, II, do Código Penal. Como lesão corporal grave 
não é crime doloso contra a vida, deve haver a desclassificação, 
remetendo-se os autos ao juízo competente, nos termos do artigo 419 do 
Código de Processo Penal, uma vez que o Tribunal do Júri não é 
competente para julgar tal crime. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
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2ª FASE 
 
135 
 
No dia 07/01/2010, Clóvis teria praticado o crime de calúnia, previsto no 
artigo 138 do Código Penal, pois imputou ao ofendido, falsamente, fato 
definido como crime, qual seja, que teria se apropriado R$ 5.000.000,00, 
pertencentes ao LX FC. No dia 13/01/2010, Clóvis praticou o crime de 
injúria, previsto no artigo 140 do Código Penal, pois, ao chamar a vítima 
de burro, com capacidade intelectual inferior à de uma barata, ofendeu 
sua dignidade e decoro. Por fim, no dia 15/01/2010, Clóvis praticou crime 
de difamação, previsto no artigo 139 do Código Penal, pois imputou fato 
ofensivo à honra da vítima, ao afirmar que estava tão decadente que 
passou a sair com homens. No caso, incidiu, também, a causa de aumento 
de pena prevista no artigo 141, III, do Código Penal, já que praticados os 
crimes de forma a alcançar várias pessoas. Os crimes foram praticados 
em concurso material de crimes, nos termos do artigo 69 do Código Penal, 
devendo, portanto, as penas serem somadas. 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
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CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
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A tese subsidiária consiste em afastar a causa de aumento de pena pelo 
emprego de arma, pois arma de brinquedo, ou simulacro de arma de fogo, 
não se enquadra no conceito de arma, para fins de majoração da pena do 
crime de roubo. Assim, se condenado, Xenóbio deveria responder pelo 
crime de roubo simples, nos termos do artigo 157, “caput”, do Código 
Penal. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
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CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
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a) Trata-se de hipótese de incidência da escusa absolutória em favor de 
Eron, prevista no artigo 181, inciso II, do Código Penal, segundo o qual 
se o crime foi praticado contra ascendente, o agente será isento de pena. 
No caso, Eron era filho da vítima, que contava com 55 anos de idade, 
ressaltando que o crime foi praticado sem violência ou grave ameaça. 
Logo, não incide nenhuma das hipóteses do artigo 183 do Código Penal. 
 
b) Amarilys responde pelo delito, uma vez que não terá direito à isenção 
de pena, já que a escusa absolutória não lhe alcança, nos termos do artigo 
183, II, do Código Penal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
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a) A peça cabível é memoriais ou alegações finais por memoriais, com 
base no artigo 403, § 3º, do Código de Processo Penal. Último dia do 
prazo: 08/05/2017. 
 
b) Trata-se de erro de tipo essencial invencível, previsto no artigo 20, 
“caput”, do Código Penal, uma vez que, no caso, restou verificada a 
impossibilidade de conhecimento da idade da vítima. Isso porque o réu 
conheceu a vítima num baile de carnaval, onde era vedado acesso a 
menores de 18 anos. Além disso, as amigas da vítima eram todas maiores 
de 18 anos de idade. Logo, naquelas circunstâncias, qualquer pessoa 
incidiria no erro essencial invencível. Diante disso, há a exclusão do dolo 
e da culpa, e o fato é atípico. O pedido será de absolvição, com base no 
artigo 386, III ou VI, do Código de Processo Penal. 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
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2ª FASE 
 
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a) Cabe recurso em sentido estrito, com base no artigo 581, IV, do Código 
de Processo Penal. Último dia do prazo para interposição será o dia 
11/08/2015. 
 
b) Sim, há efeito regressivo, já que, segundo o artigo 589 do Código de 
Processo Penal, o juiz poderá reformar a sua decisão. 
 
c) A tese seria no sentido de que Caio não agiu com dolo eventual, mas 
com culpa consciente. Isso porque o dolo eventual exige, além da previsão 
do resultado, que o agente assuma o risco de produzi-lo, nos termos do 
artigo 18, I (parte final), do Código Penal. Além disso, Caio considerou que 
teria habilidade para evitar o resultado, acreditando, ainda, que o resultado 
não ocorreria, ou seja, que não perderia o controle do veículo, causando a 
morte das vítimas. Assim, a conduta de Caio se enquadra, em tese, no 
crime de homicídio culposo na condução de veículo automotor, previsto no 
artigo 302 da Lei 9503/97, razão pela qual deve o crime de homicídio 
doloso, na modalidade dolo eventual, ser desclassificado para o crime de 
homicídio culposo na condução de veículo automotor, previsto no artigo 
302, § 1º, II, da Lei 9503/97, nos termos do artigo 419 do Código de 
Processo Penal. 
 
Correto é o artigo 419 do CPP, houve erro material na correção em vídeo. 
 
 
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2ª FASE 
 
144CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
145 
 
a) Como o crime de dano simples, previsto no artigo 163, “caput”, do 
Código Penal, trata-se de infração de menor potencial ofensivo, o recurso 
cabível será de apelação, com base no artigo 82 da Lei 9099/95. 
Último dia do prazo será o dia 14/10/2016. 
 
b) O Magistrado se equivocou, uma vez que o prazo decadencial começa 
a contar da ciência da autoria do fato, nos termos do artigo 38 do Código 
de Processo Penal. No caso, o prazo decadencial de 06 meses começou a 
correr no dia 27 de março de 2016, sendo, portanto, o último dia do prazo 
para o ajuizamento da queixa-crime o dia 26 de setembro de 2016. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
146 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
147 
 
a) O meio de impugnação adequado é o pedido de liberdade provisória, 
com base no artigo 310, inciso III, do Código de Processo Penal, artigo 321 
do Código de Processo Penal, e artigo 5º, LXVI, da Constituição Federal/88, 
e artigo 310, parágrafo único, do Código de Processo Penal. 
 
b) O argumento a ser utilizado é o de que Salustiano agiu em legítima 
defesa, prevista no artigo 23, II, do Código Penal e artigo 25 do Código 
Penal, uma vez que reagiu a uma injusta agressão de Félix, usando 
moderadamente do meio que tinha à sua disposição. Logo, é possível a 
liberdade provisória, nos termos do artigo 310, parágrafo único, do Código 
de Processo Penal. 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
148 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
149 
 
Lucinda, por ser esposa da vítima, tinha o dever legal de agir para evitar o 
resultado e, naquele momento, podia perfeitamente agir. Assim, trata-se 
de crime omissivo impróprio. Nesse caso, Lucinda deverá responder pelo 
crime de homicídio doloso, nos termos do artigo 121 c/c art. 13, § 2º, “a”, 
do Código Penal. 
Erica, por sua vez, por ter induzido Lucinda a não realizar o salvamento de 
Félix, responderá pelo crime de homicídio doloso, previsto no artigo 121, 
“caput”, do Código Penal, na condição de partícipe, nos termos do artigo 
29 do Código Penal. 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
150 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
151 
 
A peça cabível seria relaxamento de prisão em flagrante, com base no 
artigo 310, I, do Código de Processo Penal, e artigo 5º, LXV, Constituição 
Federal/88. 
A prisão é ilegal, uma vez que não estão presentes nenhuma das hipóteses 
do artigo 302 do Código de Processo Penal. O requerente não foi preso 
cometendo o delito, nem quando acabou, em tese, de cometer. Também 
não ocorreu perseguição, logo após, à prática do suposto crime, nem 
tampouco foi encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos 
ou papéis que indicassem que seria autor do crime. Logo, porque ausentes 
as hipóteses do artigo 302, incisos I, II, III e IV, do Código de Processo 
Penal, a prisão ilegal deverá ser relaxada. 
 
Correto é o artigo 302 do CPP, houve erro material na correção em vídeo. 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
152 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
153 
 
a) A peça cabível seria resposta à acusação, com base no artigo 396 e 
396-A, ambos do Código de Processo Penal. O último dia do prazo será o 
dia 24/08/2016. 
 
b) O argumento a ser utilizado é o de que o agente agiu por conta da 
embriaguez completa e acidental, já que Wilson ingeriu bebida alcóolica 
por força maior, porque foi obrigado pelos veteranos a beber cachaça, 
restando, em razão disso, inteiramente incapaz de entender o caráter 
ilícito da sua conduta e determinar-se de acordo com esse entendimento. 
Logo, incidiu a causa excludente de culpabilidade, prevista no artigo 28, 
§ 1º, do Código Penal, sendo o réu inimputável pela embriaguez completa 
e acidental. Pedido será de absolvição sumária, com base no artigo 397, 
II, do Código de Processo Penal. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
154 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
155 
 
a) Trata-se de hipótese de prescrição da pretensão punitiva retroativa. 
Considerando a pena aplicada de 02 anos, bem como o trânsito em 
julgado para a acusação, o prazo prescricional será de 04 anos, nos termos 
do artigo 109, V, do Código Penal. 
Assim, entre o recebimento da denúncia (15/09/2012) e a data da 
publicação da sentença penal condenatória (10/10/2016) decorreram 
mais de 04 anos, incidindo, portanto, a prescrição da pretensão punitiva 
retroativa. 
 
b) A consequência jurídica seria o reconhecimento da extinção da 
punibilidade, nos termos do artigo 107, IV, do Código Penal. 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
156 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
157 
 
Trata-se de “emendatio libelli”, previsto no artigo 383 do Código de 
Processo Penal, pois a hipótese não importou qualquer circunstância ou 
fato novo não descrito na denúncia. Logo, o juiz, observando o princípio 
da correlação e do contraditório e ampla defesa, deu definição jurídica 
diversa da que constava na denúncia, considerando que o crime se 
tratava, na verdade, de lesão corporal gravíssima, previsto no artigo 129, 
§ 2º, IV, do Código Penal. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
158 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
159 
 
a) A medida processual a ser adotada seria memoriais ou alegações finais 
por memoriais, com base no artigo 403, § 3º, do Código de Processo 
Penal. Último dia do prazo seria o dia 20/05/2016. 
 
b) O argumento a ser utilizado é o de que Rodrigo agiu em legítima defesa, 
prevista no artigo 23, II, e 25, ambos do Código Penal, já que o réu reagiu, 
usando moderadamente dos meios que tinha à disposição para reagir à 
injusta agressão praticada por Bento, que tentou lhe agredir com uma 
faca. Pedido seria de absolvição, com base no artigo 386, VI, do Código 
de Processo Penal. 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
160 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
161 
 
a) Cabe resposta à acusação, com base no artigo 396 e 396-A, ambos do 
Código de Processo Penal. Último dia do prazo seria o dia 25/08/2016. 
 
b) O fundamento seria a incidência da decadência do direito de 
representação. Nos termos do artigo 38 do Código de Processo Penal e 
artigo 103 do Código Penal, o prazo para representar será de 06 meses a 
contar da ciência da autoria do fato. Considerando que o crime de estupro, 
mediante grave ameaça, praticado contra maior de 18 anos é de ação penal 
pública condicionada à representação, nos termos do artigo 225 do Código 
Penal, verifica-se a decadência do direito de representação, já que se 
passaram mais de 06 meses entre a data da ciência da autoria do fato e a 
manifestação de vontade da vítima, incidindo, portanto, a decadência, 
causa de extinção da punibilidade, prevista no artigo 107, inciso IV, do 
Código Penal. 
Pedido será de absolvição sumária, com base no artigo 397, inciso IV, do 
Código Processo Penal. 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
162 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDOPROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
163 
 
a) A peça processual cabível será alegações finais por Memoriais ou 
Memorias, com base no artigo 403, § 3º, do Código de Processo Penal. O 
último dia do prazo seria 13.03.2015. 
 
b) As teses possíveis seria o reconhecimento do arrependimento posterior, 
previsto no artigo 16 do Código Penal. No caso, Pedro foi acusado de 
praticar furto, crime sem violência ou grave ameaça, e restituiu a TV antes 
do recebimento da denúncia. Logo, trata-se de arrependimento posterior, 
devendo a pena ser diminuída, nos termos do artigo 16 do Código Penal. 
Além disso, deve ser afastada a qualificadora do emprego de chave falsa, 
uma vez que Pedro não usou a chave falsa para ingressar na residência, já 
que entrou pela porta que estava aberta. Logo, se condenado, deve ser 
afastada a qualificadora, e considerada a prática do crime de furto simples. 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
164 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
165 
 
A) Nesse caso, ocorreu a prescrição da pretensão punitiva retroativa. 
Considerando a pena aplicada de 01 ano e 02 meses, bem como o trânsito 
em julgado para a acusação, o prazo de prescrição seria de 04 anos, nos 
termos do artigo 109, inciso V, do Código Penal. Todavia, como o réu era 
menor de 21 anos à época do fato, o prazo prescricional é reduzido pela 
metade, nos termos do artigo 115 do Còdigo Penal, ficando portanto, em 
02 anos. Assim, considerando que a denúncia foi recebida em 28/09/2012 
e a sentença penal condenatória foi publicada no dia 05/10/2014, concluiu-
se que incidiu no caso a prescrição da pretensão punitiva retroativa, já que 
entre a data do recebimento da denúncia e da publicação da sentença 
condenatória passaram mais de 02 anos. 
 
B) A consequência seria o reconhecimento da extinção da punibilidade de 
Júlio, com base no artigo 107, inciso IV, do Código Penal. A condenação 
não poderá ser usada para fins de reincidência, uma vez que, com a 
incidência da prescrição, não há trânsito em julgado da sentença penal 
condenatória. 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
166 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
167 
 
a) O argumento a ser formulado pela defesa é o de que ocorreu a renúncia 
ao direito de queixa em relação à Vanessa. E, nos termos do artigo 49 do 
Código de Processo Penal, a renúncia ao exercício do direito de queixa em 
relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá. Logo, deverá ser 
declarada extinta a punibilidade de Luísa e Vanessa, nos termos do artigo 
107, V, do Código Penal. 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
168 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
169 
 
a) Em relação à Gerson o recurso cabível contra a decisão que denegou 
o Habeas Corpus, será o recurso ordinário constitucional, com base no 
artigo 105, II, “a” da CF/88. 
 
b) Em relação ao Rodolfo, o recurso cabível contra a decisão que 
denegou o Habeas Corpus, será o Recurso em Sentido estrito, com base 
no artigo 581, X, do Código de Processo Penal. 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
170 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
171 
 
A) Deveria o advogado de Tadeu buscar sua absolvição em razão da 
ausência de prova da materialidade do delito, tendo em vista que não foi 
acostado nos autos o boletim de atendimento médico ou exame de corpo 
de delito, direto ou indireto. Também não foram ouvidas testemunhas, não 
podendo a confissão suprir a necessidade de exame de corpo de delito, nos 
termos do artigo 158 do Código de Processo Penal, que exige tal exame 
nos crimes que deixam vestígios. O pedido seria de absolvição, com base 
no artigo 386, inciso II, do Código de Processo Penal. 
 
B) Sim, existe o benefício da suspensão condicional da execução da pena, 
ou seja, “sursis”, já que se trata de pena privativa de liberdade não superior 
a 02 anos, o réu é primário e não é cabível a pena restritiva de direitos, já 
que o crime foi praticado mediante violência, preenchendo, portanto, os 
requisitos do artigo 77 do Código Penal. 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
172 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
173 
 
A) O recurso cabível é o recurso em sentido estrito, com base no artigo 
581, IV, do Código de Processo Penal. O último dia do prazo para inter o 
recurso é o dia 09/08/2013. 
 
B) O argumento a ser utilizado é o de que incidiu no caso o arrependimento 
eficaz, previsto no artigo 15 do Código Penal, já que Wilson, ao ver o amigo 
gritando de dor e esvaindo-se em sangue, Wilson, desesperado, pega um 
taxi para levar Junior até o hospital, tendo a vítima sobrevivido, resultando-
lhe lesão corporal grave. No caso, em se tratando de arrependimento 
eficaz, Wilson deve responder somente pelos atos praticados, ou seja lesão 
corporal grave, que não é crime doloso contra a vida. Assim, em não sendo 
crime doloso contra a vida, deve ser proferida decisão de desclassificação 
nos termos do artigo 419 do Código de Processo Penal, remetendo-se os 
autos ao juízo competente. 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
174 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
175 
 
A) O meio de impugnação seria a liberdade provisória, com base no artigo 
310, III, do Código de Processo Penal e artigo 5º, LXVI, da Constituição 
Federal/88, e artigo 321 do Código de Processo Penal. 
 
B) A tese seria a alegação de que o artigo 44 da Lei 11.343/2006, na parte 
que veda a concessão da liberdade provisória, foi declado inconstitucional 
pelo Supremo Tribubal Federal, porque viola o princípio da presunção da 
inocência, previsto no artigo 5º, inciso LVII, da Constituição Federal/88, 
bem como o princípio do devido processo legal, previsto no artigo 5º, LIV, 
da Constituição Federal/88. Além disso, estão ausentes os fundamentos da 
preventiva, previstos no artigo 312 do Código de Processo Penal, uma vez 
que o acusado é primário, tem ocupação lícita, e endereço fixo e reside 
com a sua esposa e filho pequeno. 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
176 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
177 
 
Max desferiu dois disparos de arma de fogo contra Tufão, que, por sua vez, 
faleceu por conta da dose letal de veneno que havia ingerido antes. Logo, 
o veneno que deu causa à morte de Tufão, trata-se de causa 
absolutamente independente preexistente, devendo Max responder pelo 
delito de tentativa de homicídio, ou seja, somente por aquilo que deu 
causa, nos termos do artigo 13, “caput”, do Código Penal. 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
178 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
179 
 
a) O recurso cabível seria agravo em execução, com base no artigo 197 da 
Lei 7.210/84. E o último dia do prazo seria 10/10/2011. 
 
b) O argumento a ser utilizado é o de que, a partir da Lei 12.015/2009, a 
conduta prevista no artigo 214 do Código Penal passou a integrar o artigo 
213 do Código Penal. Logo, se no mesmo contexto fático, o agente praticar 
conjunção carnal e ato libidinoso diverso da conjunção, trata-se de crime 
único. Assim, como a lei posterior, nesse caso, é mais

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