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Evolucionismo Social e positivismo Meio e Raça • Influencia das Ciências da natureza, principalmente a biologia de Darwin e Lamarck – ideias como as adaptações dos organismos ao meio ambiente provocam mudanças evolutivas. A evolução das espécies baseava-se em um processo de seleção natural. Dos mais simples para o mais complexo. • O evolucionismo representou um grande avanço frente às explicações religiosas dominantes na época. Muitos pensadores adaptaram o modelo utilizado para entender a natureza a estudos das sociedades. Morgan – desenvolvimento da humanidade – Selvageria- barbárie e civilização Frazer -modelo evolutivo do pensamento – Magia, religião e ciência. Esses modelos foram inspirados pela visão que os europeus tinha de suas próprias sociedades – Complexa e civilizada em contraposição as sociedades ditas primitivas, simples e inferior. Positivismo • Aguste Comte – uma ciência da sociedade ( naturalista da sociedade) que utilizasse o mesmo método das ciências da natureza ( observação, experimentação e comparação). • Explicações - Teológica ( as causas dos fenômenos eram de responsabilidade das divindades) Metafísica – especulações filosóficas Científica – Positiva – busca, por meio de métodos científicos, as leis que região os fenômenos sociais e naturais. ❖ A ideia de que a sociedade evolui da mais simples para a mais complexa ou da selvageria para civilização passou a ser questionada a partir do contato estreito entre antropólogos com sociedades nativas, indígenas e percebendo que suas estruturas, seus sistemas simbólicos, suas cosmologias e suas línguas caracterizavam-se por uma complexidade imensa. • Meio O homem é produto do meio – pensamento utilizado por geógrafos e antropólogos para explicar a variedade de culturas, bem como para hierarquização das mesmas - classificação em mais desenvolvidas e menos desenvolvidas – Determinismo geográfico. A superação desse pensamento por parte da antropologia se deu através da constatação de que sociedades vivendo em condições geográficas, climáticas bastante semelhante desenvolvem práticas culturais distintas. No mesmo meio ambiente, diferentes sociedades recorrem a meios distintos para alimentar-se. • Raça Relação entre raça e o nível de desenvolvimento alcançado pelo grupo social. O europeu por considerar sua cultura superior à dos nativos, acreditava no direito de subjugá-los não apenas através da força física, mas principalmente através dos seus valores culturais por meio da catequização. Desde o mercantilismo, a intensa expansão europeia pelo mundo entre o século XIV e XVII, a cultura dos colonizadores se impôs sobre as diferentes populações nativas da Américas, da África , da Ásia. Ou seja, uma cultura singular, a europeia, colocava-se como universal, isto é, como única verdadeiramente válida. Ainda somos herdeiros desse modo de pensar. A antropologia nos ensina hoje que sociedades e grupos sociais cujo valores, práticas e conhecimentos não são iguais aos nossos não são primitivos ou inferiores: são diferentes! As diferenças só passam a ser sinônimo de desigualdade quando estão inseridas em relações de dominação e exploração. A natureza em si não é nada . Ela significa aquilo que o seres humanos atribuírem a ela. A cultura é a exclusividade humana, inclusive porque através dela nós transformamos o que nos é dado pela natureza, uma transformação tanto no sentido do trabalho – que é uma forma material de transformação da natureza – como em termos de atribuição de significados. Etnocentrismo Postura na qua tomamos a nossa sociedade e a nossa cultura, nossos valores, práticas, enfim tudo que constitui culturas diferentes da nossa. Centrados em nossas etnias Aquilo que interiorizamos desde pequenos tem esta força porque temos a tendência de experimentar como absolutas coisas que ao fim das contas, são relativas. Quando as convicções de uma pessoa, de um grupo, de uma classe social, de uma região ou de um país, acerca de seus próprios valores, são considerados superiores às de outras, corre-se o risco das imposições ( às vezes até com o uso da força militar) Podemos também pensar em “sociocentrismo”, quando crenças e valores sociais de nossas classes sociais são nossos parâmetros para julgarmos crenças e valores sociais distintos dos nossos, mas que existem dentro da nossa própria sociedade. Antropologia – encontro com o outro - relações de alteridade Scanned by CamScanner Scanned by CamScanner Scanned by CamScanner Scanned by CamScanner Scanned by CamScanner Scanned by CamScanner Scanned by CamScanner Scanned by CamScanner Scanned by CamScanner Scanned by CamScanner Scanned by CamScanner Scanned by CamScanner Scanned by CamScanner Scanned by CamScanner Scanned by CamScanner BRIDI, ARAÚJO & MOTIM – A sociologia como Ciência, in: Ensinar e aprender sociologia., editora contexto, p.33- 47. Desde da Grécia a humanidade tem se questionado acerca de quem somos nós? De onde viemos? E para onde estamos indo? Por que vivemos em sociedade? A sociedade prevalece sobre o indivíduo ou indivíduo conduz a sociedade? A sociologia surge no século XIX como primeiro esforço científico para delimitar o estudo na sociedade, nos auxiliando na busca de respostas para as perguntas como as citadas anteriormente. Auguste Comte foi o primeiro pensador a utilizar a palavra sociologia, considerando como a verdadeira ciência aquela que é regida a partir da observação e experimentação direta, estabelecendo e caracterizando as leis gerais para explicação das palavras e das coisas. O primeiro esforço científico desse pensador ficou conhecida como o positivismo – metodologia transferida das Ciências da natureza para o estudo da sociedade. Essa escola de pensamento concebe a ciência como o único conhecimento possível para conhecer a realidade social. No entanto, a transferência da metodologia utilizada para explicar as leis da natureza encontrava um obstáculo na sociologia – o fato de os fenômenos sociais serem de caráter subjetivo, ou seja, proveniente da ação humana- desse modo, captar o que se passa na mente de outro sujeito é uma tarefa bastante desafiadora. O que implica uma relação entre o sujeito do conhecimento (pesquisador) e objeto a ser conhecido (outros humanos). Diferente da relação entre sujeito do conhecimento (pesquisador) e o objeto a ser conhecido (objetos, substâncias químicas, entre outras) das ciências da natureza. Percebam que a relação entre sujeito e objeto na sociologia se dá entre dois sujeitos pensantes (pesquisador – pesquisado). Assim, o pesquisador faz parte do seu próprio objeto de estudo. Nesse contexto, os primeiros sociólogos, reivindicaram para a sociologia o estatuto de ciência,utilizando-se dos métodos e critérios das ciências naturais. O positivismo parte do pressuposto de que a sociedade, tal como a natureza é regulada por leis invariáveis e independente da ação humana. Assim, as leis que regulam a Economia e a Política seriam do mesmo tipo que as leis naturais. Da mesma forma que as ciências da natureza eram consideradas ciências objetivas, neutras, livres de juízo de valor, de ideologias, a sociedade também deveria ser estudada de maneira objetiva, livre das interferências humanas. Um grande defensor desse pensamento era Émile Durkheim, um dos autores clássicos da sociologia. Diferente de Durkheim, outros autores clássicos da sociologia como Weber e Marx não acreditavam que era possível que o pesquisador se desprendesse totalmente dos seus valores e pré-concepções. Weber propõe que as pré-noções e valores deveriam ser instrumentos úteis na investigação da verdade objetiva. Já Marx, afirmava que uma ciência seria superficial se permanecesse na aparência exterior e se o conhecimento não fosse prático e transformador. Apesar da crítica à concepção positivista, verifica-se que ela ainda está muito presente no ensino e nas abordagens da sociologia, bem como em outras ciências sociais. Podemos considerar, dessa forma, o ponto de vista positivista como uma ciência sem criticidade e historicidade concebida de forma linear e meramente descritiva dos fenômenos sociais, como visão única e da verdade absoluta. Conservadora, no sentido de tomar as transformações como causa e efeito e não como produto da ação social humana. O que geraram classificações a partir da ideia de evolução, hierarquia, coesão e harmonia. Outra linha metodológica da Sociologia é a dialética - caracteriza- se, justamente, por sua criticidade e historicidade, seu raciocínio considera a contradição, o conflito, os avanços e recuos, as permanências e mudanças, ou seja, as contradições e desconstrução que ocorrem no interior da sociedade. Desse modo, exige do pesquisador um movimento crítico e uma síntese entre o plano do conhecimento e a ação, tomando a realidade nas suas múltiplas dimensões como princípio educativo. Sendo assim, pressupõe uma relação dialética entre sujeito e objeto do conhecimento e não sua separação como defendiam os positivistas. A dialética, dessa forma, parte do princípio de que a objetividade não existe sem a atividade do homem, criadora de todos os valores, inclusive o cientifico. Apropriar-se da realidade, com o olhar dialético, implica incorporá-la aos ser cognoscente e, ao mesmo tempo, expressá-la, numa demonstração da dinâmica dessa realidade sensível ao homem. É o pesquisador munido de conhecimento teórico, que interpreta a realidade, é ele quem clareia a realidade e se deixa conhecer, num processo capaz de conhecer e transformar, transformando-se simultaneamente. Observação: Expiar os quadros das páginas 40 - 44 Embora seja comum a definição do objeto da sociologia como o estudo da vida dos homens na sociedade, a estrutura social, a desigualdade social e outros fenômenos, todos eles tratam de elementos que visam caracterizar diferentes dimensões da realidade social. Assim, o objeto último e primeiro da sociologia é a realidade dos homens aglutinados para sobreviver material e simbolicamente. Concepções dos Clássicos Marx - a realidade é essencialmente matéria, está em contínua transformação e é historicamente determinada. Marx acreditava que na história da humanidade, cada modo de produção material condiciona o processo da vida econômica, social, os sistemas jurídicos, religiosos, as ideias teóricas que aparecem na história só podem ser compreendidas quando as condições materiais da época em que ocorrem forem compreendidas. Durkheim – a realidade é dada, objetiva, independente dos sujeitos individuais. É coercitiva e precede o indivíduo. É orgânica porque sua estrutura é sistêmica, ou seja, as partes se complementam em interdependência. Durkheim está interessado na regularidade dos acontecimentos, uma vez que esses tendem à estabilidade e à harmonia social, não deixando aparecer os conflitos. Weber- a sociologia tem como objeto a ação social imbuída se sentido, significado cultural que os homens lhe atribuem numa escala de valores sociais. Weber concebe a realidade social como complexa, caótica, fugida ao controle humano e sua ordenação intelectual só pode ser obtida teoricamente. O sujeito do conhecimento é o ordenador da realidade social, enquanto mantem com ela uma relação de subjetividade. Ao buscar compreender o sentido da ação social, Weber lança uma sociologia compreensiva. Essas vertentes de apreensão da realidade são como lentes com as quais esses autores enxergam a sociedade. As metodologias propostas revelam-se pertinentes e suas matrizes teóricas são orientadoras de pesquisas e de políticas públicas modernas. Desse modo, o processo de conhecimento na Sociologia revela-se uma chave para compreender os problemas atuais da vida do homem em sociedade. CONTEXTUALIZANDO OS ACONTECIMENTOS Ordem Econômica •Revolução Industrial – surgimentos máquinas • - relações humanas alteradas • - aumentando a produção • - surgimento de novas classes Ordem política •Revolução Francesa •Novos Ideias Politicas: Liberdade/ Fraternidade/ Igualdade. • Nova Organização do Poder : queda da monarquia, sufrágio eleitoral democrático, direitos do homem Ordem cultural/ Intelectual • Iluminismo: movimento intelectual que pretendia entender e organizar o mundo a partir da razão. •A razão era considerada a luz que sepultaria as trevas representada pela monarquia e a religião. •Renascimento: tinha como intenção geral colocar o homem( antropocentrismo) no lugar de Deus ( Teocentrismo) ESTRUTURAS FUNDAMENTAIS DA SOCIEDADE Aspectos Idade média Idade Moderna Idade Contemporânea Cultural teocentrismo Renascentismo Reforma Iluminismo Antropocentrismo Político Regime Monárquico Revolução Francesa Regimes Democráticos Econômico Economia Agrária Revolução Industrial Economia Industrial EM BUSCA DE PERGUNTAS Quais as causas das transformações? Quais as característica da sociedade moderna? E o que fazer diante das transformações sociais? PRIMEIROS PENSAMENTOS Evolucionismo Positivismo Meio Raça Etnocentrismo EVOLUCIONISMO Influência de Darwin Lamarck – Adaptação dos organismo no meio ambiente provocam mudanças evolutivas O evolucionismo representou um grande avanço frente às explicações religiosas A Evolução das espécies baseava-se num processo de seleção natural dos mais simples para mais complexo REPRESENTANTES DESSA CORRENTE •Morgan •FrazerAntropologia •Comte •Durkheim •Marx Sociologia POSITIVISMO Teológico Metafísico Positivo ou científico Fetichismo : o homem confere vida, ação e poderes sobrenaturais a seres inanimados e aos animais Politeísmo: O homem atribui às diversas potências sobrenaturais, ou deuses certos traços de natureza humana Monoteísmo: quando se desenvolve a crença em um deus único. As causas divinas foram substituídas por entidades metafísicas( ideias) – buscando explicações sobre a natureza das coisas e as causas dos acontecimentos. Tenta compreender as relações das coisas e os acontecimentos através das observações científicas e do raciocínio, formulando leis. EVOLUÇÃO DO CONHECIMENTO : CONCEPÇÃO DE QUE A RAZÃO ( CIÊNCIA) DEVE OCUPAR O LUGAR DA RELIGIÃO NA ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE Positivo Cientifico ( maturidade) Metafisica ( adolescência) Teológico ( Infância) SUAS DIMENSÕES P O S IT IV IS M O •Filosófica: sustenta que a ciência é a única explicação razoável e legitima para a realidade Metodológico: sua função seria estabelecer um sistema completo de leis que explicassem o comportamento do homem na sociedade – assimilando o método das ciências naturais, ou seja,um saber neutroe puramente objetivo • 1. A SOCIEDADE É REGIDA POR LEIS NATURAIS, ISTO É, LEIS INVARIÁVEIS, INDEPENDENTES DA • VONTADE E DA AÇÃO HUMANAS; NA VIDA SOCIAL REINA UMA HARMONIA NATURAL; • 2. A SOCIEDADE PODE, PORTANTO, SER EPISTEMOLOGICAMENTE ASSIMILADA PELA NATUREZA (O • QUE CLASSIFICAREMOS COMO NATURALISMO POSITIVISTA) E SER ESTUDADA PELOS MESMOS • MÉTODOS E PROCESSOS EMPREGADOS PELAS CIÊNCIAS DA NATUREZA. • 3. AS CIÊNCIAS DA SOCIEDADE, ASSIM COMO AS DA NATUREZA, DEVEM LIMITAR-SE Á • OBSERVAÇÃO E A EXPLICAÇÃO CAUSAL DOS FENÔMENOS, DE FORMA OBJETIVA, NEUTRA, LIVRE • DE JULGAMENTOS DE VALOR OU IDEOLOGIAS, DESCARTANDO PREVIAMENTE TODAS AS NOÇÕES E PRECONCEITOS. MEIO E RAÇA D e te rm in is m o ge o gr áf ic o O homem é produto do meio mais desenvolvidas e menos desenvolvidas A superação desse pensamento por parte da antropologia se deu através da constatação de que sociedades vivendo em condições geográficas, climáticas bastante semelhante desenvolvem práticas culturais distintas. No mesmo meio ambiente, diferentes sociedades recorrem a meios distintos para alimentar-se. • RELAÇÃO ENTRE RAÇA E O NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO ALCANÇADO PELO GRUPO SOCIAL. • O EUROPEU POR CONSIDERAR SUA CULTURA SUPERIOR À DOS NATIVOS, ACREDITAVA NO DIREITO DE SUBJUGÁ-LOS NÃO APENAS ATRAVÉS DA FORÇA FÍSICA, MAS PRINCIPALMENTE ATRAVÉS DOS SEUS VALORES CULTURAIS POR MEIO DA CATEQUIZAÇÃO. • DESDE O MERCANTILISMO, A INTENSA EXPANSÃO EUROPEIA PELO MUNDO ENTRE O SÉCULO XIV E XVII, A CULTURA DOS COLONIZADORES SE IMPÔS SOBRE AS DIFERENTES POPULAÇÕES NATIVAS DA AMÉRICAS, DA ÁFRICA , DA ÁSIA. OU SEJA, UMA CULTURA SINGULAR, A EUROPEIA, COLOCAVA-SE COMO UNIVERSAL, ISTO É, COMO ÚNICA VERDADEIRAMENTE VÁLIDA ETNOCENTRISMO Postura na qual tomamos a nossa sociedade e a nossa cultura, nossos valores, práticas, enfim tudo que constitui culturas diferentes da nossa. Centrados em nossas etnias Aquilo que interiorizamos desde pequenos tem esta força porque temos a tendência de experimentar como absolutas coisas que ao fim das contas, são relativas. Quando as convicções de uma pessoa, de um grupo, de uma classe social, de uma região ou de um país, acerca de seus próprios valores, são considerados superiores às de outras, corre-se o risco das imposições ( às vezes até com o uso da força militar) AINDA SOMOS HERDEIROS DESSE MODO DE PENSAR ? • A ANTROPOLOGIA NOS ENSINA HOJE QUE SOCIEDADES E GRUPOS SOCIAIS CUJO VALORES, PRÁTICAS E CONHECIMENTOS NÃO SÃO IGUAIS AOS NOSSOS NÃO SÃO PRIMITIVOS OU INFERIORES: SÃO DIFERENTES! • AS DIFERENÇAS SÓ PASSAM A SER SINÔNIMO DE DESIGUALDADE QUANDO ESTÃO INSERIDAS EM RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO E EXPLORAÇÃO. • A NATUREZA EM SI NÃO É NADA . ELA SIGNIFICA AQUILO QUE O SERES HUMANOS ATRIBUÍREM A ELA. • A CULTURA É A EXCLUSIVIDADE HUMANA, INCLUSIVE PORQUE ATRAVÉS DELA NÓS TRANSFORMAMOS O QUE NOS É DADO PELA NATUREZA, UMA TRANSFORMAÇÃO TANTO NO SENTIDO DO TRABALHO – QUE É UMA FORMA MATERIAL DE TRANSFORMAÇÃO DA NATUREZA – COMO EM TERMOS DE ATRIBUIÇÃO DE SIGNIFICADOS. (RE) VISITANDO AS IDEIAS • O PRIMEIRO ESFORÇO CIENTÍFICO DESSE PENSADOR FICOU CONHECIDO COMO O POSITIVISMO • ESSA ESCOLA DE PENSAMENTO CONCEBE A CIÊNCIA COMO O ÚNICO CONHECIMENTO POSSÍVEL PARA CONHECER A REALIDADE SOCIAL • NO ENTANTO, A TRANSFERÊNCIA DA METODOLOGIA UTILIZADA PARA EXPLICAR AS LEIS DA NATUREZA ENCONTRAVA UM OBSTÁCULO NA SOCIOLOGIA – O FATO DE OS FENÔMENOS SOCIAIS SEREM DE CARÁTER SUBJETIVO, OU SEJA, PROVENIENTE DA AÇÃO HUMANA- • DA MESMA FORMA QUE AS CIÊNCIAS DA NATUREZA ERAM CONSIDERADAS CIÊNCIAS OBJETIVAS, NEUTRAS, LIVRES DE JUÍZO DE VALOR, DE IDEOLOGIAS, A SOCIEDADE TAMBÉM DEVERIA SER • ESTUDADA DE MANEIRA OBJETIVA, LIVRE DAS INTERFERÊNCIAS HUMANAS. UM GRANDE DEFENSOR DESSE PENSAMENTO ERA ÉMILE DURKHEIM, UM DOS AUTORES CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA • DIFERENTE DE DURKHEIM, OUTROS AUTORES CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA COMO WEBER E MARX NÃO ACREDITAVAM QUE ERA POSSÍVEL QUE O PESQUISADOR SE DESPRENDESSE TOTALMENTE DOS SEUS VALORES E PRÉ-CONCEPÇÕES. • WEBER PROPÕE QUE AS PRÉ-NOÇÕES E VALORES DEVERIAM SER INSTRUMENTOS ÚTEIS NA INVESTIGAÇÃO DA VERDADE OBJETIVA • JÁ MARX, AFIRMAVA QUE UMA CIÊNCIA SERIA SUPERFICIAL SE PERMANECESSE NA APARÊNCIA EXTERIOR E SE O CONHECIMENTO NÃO FOSSE PRÁTICO E TRANSFORMADOR. ABANDONAMOS O POSITIVISMO? • APESAR DA CRÍTICA À CONCEPÇÃO POSITIVISTA, VERIFICA-SE QUE ELA AINDA ESTÁ MUITO PRESENTE. • PODEMOS CONSIDERAR, DESSA FORMA, O PONTO DE VISTA POSITIVISTA COMO UMA CIÊNCIA SEM CRITICIDADE E HISTORICIDADE CONCEBIDA DE FORMA LINEAR E MERAMENTE DESCRITIVA DOS FENÔMENOS SOCIAIS, COMO VISÃO ÚNICA E DA VERDADE ABSOLUTA • CONSERVADORA, NO SENTIDO DE TOMAR AS TRANSFORMAÇÕES COMO CAUSA E EFEITO E NÃO COMO PRODUTO DA AÇÃO SOCIAL HUMANA. O QUE GERARAM CLASSIFICAÇÕES A PARTIR DA IDEIA DE EVOLUÇÃO, HIERARQUIA, COESÃO E HARMONIA. NA CONTRAMÃO DO POSITIVISMO •A DIALÉTICA - CARACTERIZA- SE, JUSTAMENTE, POR SUA: 1. CRITICIDADE E HISTORICIDADE, 2.SEU RACIOCÍNIO CONSIDERA A CONTRADIÇÃO, O CONFLITO, OS AVANÇOS E RECUOS, AS PERMANÊNCIAS E MUDANÇAS 3.OU SEJA, AS CONTRADIÇÕES E DESCONSTRUÇÃO QUE OCORREM NO INTERIOR DA SOCIEDADE. • EXIGE DO PESQUISADOR UM MOVIMENTO CRÍTICO E UMA SÍNTESE ENTRE O PLANO DO CONHECIMENTO E A AÇÃO, TOMANDO A REALIDADE NAS SUAS MÚLTIPLAS DIMENSÕES COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO • SENDO ASSIM, PRESSUPÕE UMA RELAÇÃO DIALÉTICA ENTRE SUJEITO E OBJETO DO CONHECIMENTO E NÃO SUA SEPARAÇÃO COMO DEFENDIAM OS POSITIVISTAS. • PARTE DO PRINCÍPIO DE QUE A OBJETIVIDADE NÃO EXISTE SEM A ATIVIDADE DO HOMEM, CRIADORA DE TODOS OS VALORES, INCLUSIVE O CIENTIFICO. • É O PESQUISADOR MUNIDO DE CONHECIMENTO TEÓRICO, QUE INTERPRETA A REALIDADE, É ELE QUEM CLAREIA A REALIDADE E SE DEIXA CONHECER, NUM PROCESSO CAPAZ DE CONHECER E TRANSFORMAR, TRANSFORMANDO-SE SIMULTANEAMENTE. OS CLÁSSICOS E AS CONCEPÇÕES SOBRE A REALIDADE KARL MARX • A REALIDADE É ESSENCIALMENTE MATÉRIA, ESTÁ EM CONTÍNUA TRANSFORMAÇÃO E É HISTORICAMENTE DETERMINADA • ACREDITAVA QUE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE, CADA MODO DE PRODUÇÃO MATERIAL CONDICIONA O PROCESSO DA VIDA ECONÔMICA, SOCIAL, OS SISTEMAS JURÍDICOS, RELIGIOSOS, AS IDEIAS TEÓRICAS QUE APARECEM NA HISTÓRIA SÓ PODEM SER COMPREENDIDAS QUANDO AS CONDIÇÕES MATERIAIS DA ÉPOCA EM QUE OCORREM FOREM COMPREENDIDAS DURKHEIM • A REALIDADE É DADA, OBJETIVA, INDEPENDENTE DOS SUJEITOS INDIVIDUAIS • É COERCITIVA E PRECEDE O INDIVÍDUO • É ORGÂNICA PORQUE SUA ESTRUTURA É SISTÊMICA, OU SEJA, AS PARTES SE COMPLEMENTAM EM INTERDEPENDÊNCIA • INTERESSE NA REGULARIDADE DOS ACONTECIMENTOS, UMA VEZ QUE ESSES TENDEM À ESTABILIDADE E À HARMONIA SOCIAL, NÃO DEIXANDO APARECER OS CONFLITOS. • A SOCIOLOGIA TEM COMO OBJETO A AÇÃO SOCIAL IMBUÍDA SE SENTIDO, SIGNIFICADO CULTURAL QUE OS HOMENS LHE ATRIBUEM NUMA ESCALA DE VALORES SOCIAIS • CONCEBE A REALIDADE SOCIAL COMO COMPLEXA, CAÓTICA, FUGIDA AO CONTROLE HUMANO E SUA ORDENAÇÃO INTELECTUAL SÓ PODE SER OBTIDA TEORICAMENTE • O SUJEITO DO CONHECIMENTO É O ORDENADOR DA REALIDADE SOCIAL, ENQUANTO MANTEM COM ELA UMA RELAÇÃO DE SUBJETIVIDADE • O SUJEITO DO CONHECIMENTO É O ORDENADOR DA REALIDADE SOCIAL, ENQUANTO MANTEM COM ELA UMA RELAÇÃO DE SUBJETIVIDADE • ESSAS VERTENTES DE APREENSÃO DA REALIDADE SÃO COMO LENTES COM AS QUAIS ESSES AUTORES ENXERGAM A SOCIEDADE • AS METODOLOGIAS PROPOSTAS REVELAM-SE PERTINENTES E SUAS MATRIZES TEÓRICAS SÃO ORIENTADORAS DE PESQUISAS E DE POLÍTICAS PÚBLICAS MODERNAS. • DESSE MODO, O PROCESSO DE CONHECIMENTO NA SOCIOLOGIA REVELA-SE UMA CHAVE PARA COMPREENDER OS PROBLEMAS ATUAIS DA VIDA DO HOMEM EM SOCIEDADE.
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