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TCC TIAGO BACIN PRONTO

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FACULDADE MERIDIONAL – IMED 
ESCOLA DE ARQUITETURA E URBANISMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tiago da Silveira Bacin 
 
 
 
 
 
 
REQUALIFICAÇÃO DE ESPAÇOS PÚBLICOS ATRAVÉS DE INTERVENÇÕES 
URBANAS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Passo Fundo 
2018 
Tiago da Silveira Bacin 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REQUALIFICAÇÃO DE ESPAÇOS PÚBLICOS ATRAVÉS DE INTERVENÇÕES 
URBANAS. 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para 
obtenção do grau de Arquiteto e Urbanista no curso 
de Arquitetura e Urbanismo, Escola de Arquitetura e 
Urbanismo, da IMED. 
 
Orientador(a): Prof. (ª) Arq. Ms. Laércio Maculan. 
 
 
 
 
Passo Fundo 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tiago da Silveira Bacin 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REQUALIFICAÇÃO DE ESPAÇOS PÚBLICOS ATRAVÉS DE INTERVENÇÕES 
URBANAS. 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para 
obtenção do grau de Arquiteto e Urbanista no curso 
de Arquitetura e Urbanismo , Escola de Arquitetura 
e Urbanismo., da IMED, com Linha de Pesquisa em 
morfologia. 
 
 
 Passo Fundo, 11 de Dezembro de 2018. (data da defesa) 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
À Faculdade Meridional IMED, por me dispor de uma graduação de qualidade, 
por disponibilizar seu espaço de convivência e pelo auxilio em toda minha graduação. 
 
À todos professores, que ao longo do curso transmitiram seus conhecimentos 
profissionais. 
 À meu orientador Arq. Me. Laércio Maculan, pelo apoio e incentivo ao longo 
das orientações desse trabalho. 
 
 À minha família, por todo apoio e auxilio que me incentivou nos momentos 
difíceis e sempre acreditaram no meu potencial. 
 
 À meu amigo Arq. Alifer Chiossi, por compartilhar seu conhecimento e 
experiência ao longo do meu trabalho de conclusão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 A intenção desse trabalho consiste em apresentar projetos de requalificação de espaços 
localizados no bairro José Alexandre Zachia, no município de Passo Fundo/RS, através da 
promoção de intervenções urbanas e reeducação dos moradores para com a consciência do 
patrimônio público. A partir de análises teóricas feitas em pesquisa com os residentes do 
bairro observando o perfil de necessidade e o desejo dos moradores, foi possível elaborar as 
diretrizes norteadoras do projeto, originando diferentes intervenções em locais estratégicos. 
Estas intervenções se apresentam como um impulso ao desenvolvimento social através do 
complemento social, do incentivo a reunião, convivência e prática de interações sociais. 
Diante desse contexto foi utilizada a estratégia de avaliação de estudos de caso, 
principalmente do Complexo Cantinho do Céu, que auxiliaram na visualização dos resultados 
positivos gerados pela implantação desse modelo. Por fim, a expectativa do projeto 
arquitetônico é demonstrar a relevância e o impacto positivo trazido a vida das pessoas. 
 
Palavras-chave: Interação Social. Intervenção Urbana, Orla, Parque Urbano. 
 
ABSTRACT 
The intention of this work is to present projects for the requalification of spaces 
located in the neighborhood of José Alexandre Zachia, in the city of Passo Fundo, RS, 
through the promotion of urban interventions and the re-education of the residents in the 
awareness of the public patrimony. Based on theoretical analyzes carried out in the research 
with residents of the neighborhood observing the profile of need and the desire of the 
residents, it was possible to elaborate the directives guiding the project, originating different 
interventions in strategic locations. These interventions are presented as an impetus to social 
development through the social complement, encouraging the meeting, coexistence and 
practice of social interactions. In this context, the evaluation strategy of case studies, mainly 
the Cantinho do Céu Complex, was used, which helped to visualize the positive results 
generated by the implementation of this model. Finally, the expectation of the architectural 
project is to demonstrate the relevance and the positive impact brought to people's lives. 
 
Keywords: Social interaction. Urban Intervention, Orla, Urban Park. 
 
 
 
 
LISTA DE FÍGURAS 
Figura 1 - Complexo Cantinho do Céu (São Paulo Brasil) ...................................................................... 16 
Figura 2 Implantação Complexo Cantinho do Céu ................................................................................ 17 
Figura 3- Implantação Complexo Cantinho do Céu ............................................................................... 18 
Figura 4 - Faces dos Murais Pintados Complexo cantinho do céu ........................................................ 19 
Figura 5 - Áreas de lazer multifuncionais Complexo Cantinho do céu .................................................. 20 
Figura 6 - Grotinho de Paraisópolis - (São Paulo). ................................................................................. 20 
Figura 7- Local antes da Implantação do Projeto .................................................................................. 21 
Figura 8 - Local antes da implantação do projeto ................................................................................. 22 
Figura 9 - Local antes da implantação do Projeto ................................................................................. 23 
Figura 10 - Espaços de Lazer Grontinho de Paraisópolis ....................................................................... 24 
Figura 11 - Locais de Intervenção do Bairro La Morán ( Caracas - Venezuela) ..................................... 24 
Figura 12 - Encosta do Morro La Coñonera........................................................................................... 25 
Figura 13 - Encosta do Morro La Cañonera após intervenção. ............................................................. 26 
Figura 14 - Enconsta do Morro La Cañonera após intervenção. ........................................................... 27 
Figura 15 - Encosta do Morro La Cañonera após intervenção. ............................................................. 28 
Figura 16 - Localização Regional. .......................................................................................................... 29 
Figura 17 - Evolução Urbana ................................................................................................................. 30 
Figura 18 - Planta de Passo Fundo - RS, localização dos Programas Habitacionais da COHAB-RS. ...... 31 
Figura 19 - Mapa de distância área de lazeres de Passo Fundo – RS. ................................................... 32 
Figura 20 - Mapa Contextualização do bairro - Zachia .......................................................................... 34 
Figura 21 - Mapa de Uso do Solo. ......................................................................................................... 35 
Figura 22 - Mapa de Alturas. ................................................................................................................ 36 
Figura 23- Estrutura Ambiental do Municipio. ...................................................................................... 37 
Figura 24 - Sistema Viário ...................................................................................................................... 38 
Figura 25 - Sistema Viário ...................................................................................................................... 39 
Figura 26 - Transporte Público .............................................................................................................. 39 
Figura 27- Infraestrutura Urbana .......................................................................................................... 40 
Figura 28 - Mapa das Zonas de Ocupação. ...........................................................................................41 
Figura 29 - Medidas do Terreno. ........................................................................................................... 42 
Figura 30 - Topografia do Terreno. ....................................................................................................... 43 
Figura 31 - Localização do Terreno. ...................................................................................................... 44 
Figura 32 - Analise solar e ventos. ......................................................................................................... 45 
Figura 33 - Dimensões Terreno 2 .......................................................................................................... 46 
Figura 34 - Topografia Terreno 2. .......................................................................................................... 47 
Figura 35 - Topografia Terreno 2 ........................................................................................................... 48 
Figura 36 - Localização Terreno 2 .......................................................................................................... 48 
Figura 37 - Analise solar e ventos terreno 2 ......................................................................................... 49 
Figura 38 - Organograma Implantação ................................................................................................. 57 
Figura 39 - Organograma Arquitetônico ............................................................................................... 57 
Figura 40 - Proposta Zoneamento 1 ...................................................................................................... 58 
Figura 41 - Proposta Zoneamento 2 ...................................................................................................... 59 
Figura 42 - Proposta Zoneamento 3 ...................................................................................................... 60 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 – Distancias ............................................................................................................................. 33 
Tabela 2 - Intervenções Urbanas ........................................................................................................... 54 
Tabela 3 - Programa de Necessidade .................................................................................................... 55 
Tabela 4 - Programa de Necessidades. ................................................................................................. 56 
Tabela 5 Desenvolvimento do bairro ......................................................... Erro! Indicador não definido. 
 
 
 
 
 
Sumário 
CAPÍTUL0 1: INTRODUÇÃO ................................................................................... 10 
1.1 INTRODUÇÃO AO CAPÍTULO .......................................................... 10 
1.2 OBJETIVOS ....................................................................................... 10 
1.2.1 OBJETIVO GERAL ....................................................................................... 10 
1.2.2 OBEJTIVO ESPECÍFICO .............................................................................. 10 
1.3 TEMA DO PROJETO ......................................................................... 10 
1.4 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO PROJETO .............................. 11 
CAPÍTULO 2: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................... 12 
2.1 O CONCEITO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS E AS INTERAÇÕES SOCIAIS ...... 12 
2.2 INTERVENÇÕES URBANAS. ............................................................................ 13 
2.3 O PAPEL DAS INTERNVENÇÕES URBANAS. ................................................. 14 
2.4 TIPOS DE INTERVENÇÕES URBANAS ........................................................... 15 
2.5 ESTUDOS DE CASO ......................................................................................... 16 
2.5.1 COMPLEXO CANTINHO DO CÉU ............................................................................ 16 
2.5.2 GROTINHO DE PARAISÓPOLIS. CONSTRUINDO ESPAÇOS DE CONVÍVIO. .. 20 
2.5.3 Bairro La Morán .............................................................................................................. 24 
CAPÍTULO 3: DIAGNÓSTICOS DA AREA DE IMPLANTAÇÃO. ........................... 28 
3.1 CONTEXTUALIZAÇÃO REGIONAL .................................................................. 28 
3.2MAPA NOLLI, USO DO SOLO E ALTURA DAS EDIFICAÇÕES DO BAIRRO .... 33 
3.2.1 Mapa Nolli ...................................................................................................................... 33 
3.3 USO DO SOLO. ................................................................................................. 35 
3.4 ALTURA DAS EDIFICAÇÕES. ................................................................................... 36 
3.5 CARACTERIZAR O SUPORTE GEOFÍSICO. .................................................... 37 
3.6 SISTEMA VIÁRIO .............................................................................................. 37 
3.7 REDES DE INFRAESTRURA. ........................................................................... 40 
3.8 CARACTERISTICAS EPECIFICAS DO TERRENO. ........................................... 41 
3.8.1 DIMENSÕES DO TERRENO 1. ....................................................................... 42 
3.8.2 TOPOGRÁFIA. ................................................................................................. 43 
3.8.3 ANÁLISE SOLAR E VENTOS DOMINANTES. ............................................... 44 
3.8.4 DIMENSÕES DO TERRENO 2. ..................................................................... 46 
3.8.5 TOPOGRAFIA TERRENO 2. .......................................................................... 47 
3.8.6 ANÁLISE SOLAR E VENTOS PREDOMINANTES. ........................................ 49 
3.9 SÍNTESE DE LEGISLAÇÕES E NORMATIVAS ................................................ 50 
 
 
 
 
3.9.1 Código de Obras / Plano Diretor ................................................................................... 50 
3.9.2 Normas 50 
3.9.3 Lei 12651/2012 - Código Florestal Brasileiro ................................................................ 50 
CAPÍTULO 4: CONCEITO E DIRETRIZES PROJETUAIS ....................................... 51 
4.1 INTRODUÇÃO. .................................................................................................. 51 
4.2 CONCEITO DO PROJETO ................................................................................ 51 
4.2.1 CONCEITO VOLUMETRICO. ......................................................................... 51 
4.3 DIRETRIZES DE ARQUITETURA ..................................................................... 52 
4.3.1 DIRETRIZES DIRETAS ................................................................................... 52 
4.4 DIRETRIZES URBANÍSTICAS ........................................................................... 52 
ROTEIRO 5- PROGRAMA E ZONEAMENTO .......................................................... 54 
5.1 INTRODUÇÃO. .................................................................................................. 54 
5.2 PROGRAMA DE NESSECIDADES................................................................... 54 
5.2.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES ARQUITETONICO: ................................. 55 
5.2.2 PROGRAMA DE NESSECIDADES: ESPAÇO URBANO. .............................. 56 
5.3 ORGANOGRAMA ............................................................................................... 57 
5.3.1 ORGANOGRMA – INTERVENÇÃO NA ORLA DO RIO PASSO FUNDO: ....... 57 
5.3.2 ORGANOGRAMA – ARQUITETÔNICO: .......................................................... 57 
 ..................................................................................................................................57 
5.4 PROPOSTAS ZONEAMENTO. .......................................................................... 58 
5.4.1 ZONEAMENTO DO PARQUE EDUCATIVO – OPÇÃO 01 .............................. 58 
5.4.2 ZONEAMENTO DO PARQUE EDUCATIVO – OPÇÃO 02 .............................. 59 
5.4.3 ZONEAMENTO DO PARQUE EDUCATIVO – OPÇÃO 03 .............................. 60 
5.5 REFERENCIAS. ................................................................................................. 61 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
CAPÍTUL0 1: INTRODUÇÃO 
 
 
1.1 INTRODUÇÃO AO CAPÍTULO 
 
O tema da monografia é centrado nas informações necessárias para o desenvolvimento 
de um projeto de requalificação de espaços públicos através de intervenções urbanas. 
 
1.2 OBJETIVOS 
 
1.2.1 OBJETIVO GERAL 
 
Desenvolver projeto de intervenções urbanas, capaz de atender as demandas dos 
moradores do bairro José Alexandre Zachia. 
 
1.2.2 OBEJTIVO ESPECÍFICO 
 
• Definir as diretrizes para intervenção urbana aplicáveis ao bairro José 
Alexandre Zachia 
• Diagnosticar a morfologia do bairro José Alexandre Zachia 
• Verificar a percepção dos moradores referente os espaços públicos do bairro 
José Alexandre Zachia. 
 
1.3 TEMA DO PROJETO 
 
 Com o crescimento acelerado e desordenado das cidades brasileiras, os locais para 
lazer na sua maioria estão instalados em difícil acesso de grande parcela da população. É 
fundamental o incentivo para conservação de diversas áreas verdes e espaços públicos 
11 
 
 
 
urbanos em locais distintos, dessa forma garantindo que toda população possa usufruir dos 
mesmos, proporcionando o mínimo em qualidade de vida. (SILVESTRE; SOARES, ANO) 
 No decorrer do tempo a limitação dos espaços e a obsessão de priorização dos carros, 
fez a área de lazer deixar de serem quintais e ruas, passando para espaços públicos limitados. 
Ainda alerta sobre um planejamento futuro para limitação dos direitos dos automóveis. 
Maculan (2018) apud Lefebvre (1999). Segundo (TUAN, 1983) é apontado a experiência de 
como as pessoas ao apropriar-se de um espaço, concedem o significado de lugar. Este adjetivo 
que se explica conceitualmente através de suas experiências, e sentimentos, ressaltando a 
atribuição de valores receptivos ao local. Assim diferenciando espaço e lugar, sendo espaço 
todo meio em redor, e lugar a área com uma valência de memórias, vivências e emoções. 
 No âmbito dos bairros segregados e com baixa infraestrutura urbana, é vinculada a 
relação de violência, criminalidade, pobreza, irregularidade e ausência de ordem, assim sendo 
esquecidos dos seus problemas sanitários, sociais e morais pelos meios de mídia e população. 
Por outro lado, a consciência destas adversidades e as consequências das mesmas, efetivam o 
poder público a tomar atitudes para conceder os direitos básicos de cidadania aos moradores 
destes locais. Muitas dessas iniciativas, vem por meio de intervenções urbanas. (FREIRE, 
2008). A intervenção urbana é uma estratégia de transformação física, tática e social. 
Possibilitando a recuperação gradual do espaço público, apropriação e extensão temporária 
para fins de socialização. A fim de educar a população para a importância do tema e melhorar 
a qualidade de vida na implantação do mesmo. Partindo de um local público adequando-o às 
necessidades dos moradores de um modo geral. (FONTES 2017). 
 
1.4 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO PROJETO 
 
 A implementação de projetos de intervenções urbanas para o bairro José Alexandre 
Zachia na cidade de Passo Fundo – RS, se deve ao fato de que o bairro fica situado as 
margens da BR 285, localiza-se distante do centro (parques e locais de socialização, lazer e 
diversão), assim não satisfazendo as necessidades básicas dos moradores. 
 Esse local foi escolhido por estar segregado e por ser deficitário de infraestrutura 
urbana. O projeto prevê o desenvolvimento de diretrizes que atendam as demandas dos 
próprios residentes, que incentive as relações com o espaço público. Atualmente existe um 
engajamento e apropriação por parte dos moradores com a orla do rio Passo Fundo. Com as 
intervenções é possível incrementar a participação dos grupos sociais, através de programas 
de atividades móveis e flexíveis. Estas ações tornarão os ambientes receptivos, seja as 
margens do rio Passo Fundo e os becos existentes. 
12 
 
 
 
 O bairro conta com 3.342 habitantes, segundo Censo (2010), possui uma ampla área 
de preservação permanente (APP) a qual atualmente é utilizada para recreação e banho. Este 
espaço é uma oportunidade de transformar a orla, em uma zona de uso comum e de atrair a 
participação da comunidade. Outra área importante é o terreno utilizado como campo de 
futebol, que está localizado na parte central do bairro. 
Os locais definidos pela municipalidade como áreas de recreação estão abandonados e 
em péssimo estado. Assim reforçando a importância do projeto para a comunidade, além disso 
foi observado, que os próprios moradores criaram lugares voltados à recreação, e eles próprios 
fazem a manutenção e conservação. 
 A inserção da proposta trará desenvolvimento, e atenderá as necessidades dos habitantes 
que no momento precisam se deslocar para fora do bairro para buscar áreas verdes, parques, 
praças e ações culturais. Trará benefícios econômicos e sociais aos mesmos, tendo em vista 
que na sua grande maioria são de baixa renda. 
 
 CAPÍTULO 2: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 O presente capítulo trata a fundamentação teórica para o desenvolvimento de uma 
proposta de requalificação de espaços públicos que abordará os seguintes assuntos: Os 
espaços públicos, Intervenção Urbana e sua importância, o papel da intervenção urbana e as 
interações sociais e os tipos de intervenções urbanas e suas diretrizes. 
 
2.1 O CONCEITO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS E AS INTERAÇÕES SOCIAIS 
 
 
 Para melhor compreensão das funções que os espaços públicos exercem na cidade, é 
indispensável explorar o âmbito histórico que as interações sociais têm com o 
desenvolvimento urbano (SANTANA, 2015). A prática das interações sociais e demais 
atividades de socialização tem seu crescimento nos espaços públicos (NARCISO, 2009). 
Com as convicções do modernismo, o assunto principal era voltado para o tráfego dos 
automóveis, deixando em segundo plano os espaços comuns voltados para as interações 
sociais, tornando assim a socialização em locais cada vez mais isolados (GEHL, 2014). 
13 
 
 
 
 As mudanças no planejamento urbano deve ser prioridade para solucionar os problemas 
do crescimento acelerado dado na virada do milênio. Atendendo às necessidades dos 
moradores da área urbana, requalificando as funções dos espaços públicos, assim satisfazendo 
a função social dos mesmos. (GEHL, 2014). 
 
2.2 INTERVENÇÕES URBANAS. 
 
 Intervenção urbana se compõe em manifestações artísticas, na pluralidade das artes, 
visuais, arquitetura, design entre outras áreas que auxiliam no desempenho desta tarefa. Se 
trata de transformar o espaço urbano, em busca de criar novos cenários, ressignificar o 
cotidiano, buscar resolução de adversidades e estudar um ambiente. A relação de intervenção 
se sustenta na quebra da rotina, repensar o espaço expondo o inusitado até mesmo como 
protesto e solicitação de providência. (Silva 2008). A cidade concentra uma quantidade 
grande de indivíduos, porém as interações sociais são limitadas, dando ideia de que os 
espaços urbanos funcionam apenas como circulação entre locais. Na necessidade de 
reivindicar esses espaços em busca da convivência coletiva e troca de experiências, a 
intervenção urbana traz um choque essencial na rotina. Através da interferência no espaço, 
possibilita a interação entre estranhos, uma troca de conceitos, brevemente recaracterizando a 
realidade. (Silva; Oliveira 2010). 
 Ocupar as cidades é mais do que habitá-la, as intervenções urbanas nos permitem 
apropriar-sedos espaços públicos e transforma-los em locais de convivência. Extensões 
temporárias de calçada proporcionam aos usuários um melhor uso do mesmo, sendo mais 
democrático e permitindo que este seja produzido por quem os desfruta como espaço de 
convivência. Através da arte das intervenções, integrar símbolos eloquentes de maneira 
incomum impactam nos indivíduos, os retirando de seus sentidos passivos aos espaços e 
designando-os a uma visão abrangente sobre o meio comum. Esses projetos buscam favorecer 
a interação social, visando de várias maneiras a alteração do espaço público. (Costa 2015). 
 Essas intervenções podem ter muitos tipos e variados portes, desde pequenas iniciativas 
artísticas, trabalhos pequenos, colagens de cartazes, adesivos, pintura de paredes e ruas, até 
estruturas temporárias como parklets e até projetos com estruturas permanentes e de grande 
porte. A duração da intervenção pode durar minutos ou anos, esses dependem do objetivo, 
porém seus resultados são atemporais. (Silva 2008) 
 Projetos para soluções a longo prazo, para problemas de partes abandonadas ou 
problemáticas das cidades surgiram como modelos de intervenção urbana. Estes projetos 
denominados como renovações, revitalizações ou ampliações buscam devolver a estética, 
conexões, auxiliar a novas centralidades, ampliar locais coletivos e também instalar parques, 
dando novo uso principalmente aos vazios urbanos. Em algumas ocasiões os projetos têm 
auxílios não só público como privado, podendo ter ligações de programas de integração e 
implantação de infra-estrutura. Uma vez que o impacto deste pode auxiliar 
socioeconomicamente a cidade e região. (Rossetto; Rezende 2007). 
14 
 
 
 
 
2.3 O PAPEL DAS INTERNVENÇÕES URBANAS. 
 
 Intervenções em centros urbanos mais do que analisar patrimônio, herança histórica, 
caráter utilitário e funcional e estruturas urbanas é essencialmente localizar quais são as 
necessidades do meio. O conceito atende determinações urbanas, provenientes das ciências 
biológicas. Como um ato cirúrgico se intervêm em situações de reabilitação, cura, 
preservação, acidentes e também padrões estéticos. Estímulos que encaminham estas 
intervenções são considerados pelo papel fundamental desses centros em relação aos seus 
cidadão e visitante, sociabilidade existente, infraestrutura, mudanças nos padrões 
sociodemográficos e deslocamentos pendulares. (Comin 2006) 
 Partindo desta visão as ruas, praças e edificações são locais de convivência, pois os 
mesmos influenciam e são influenciados pelo comportamento coletivo. (Costa 2015). No caso 
das intervenções artísticas, estas auxiliam na compreensão prática dos resultados obtidos em 
pesquisas teóricas, sobre um local em questão. Trazendo à tona novas questões as quais só 
podem ser constatadas em realização efetiva. Da mesma forma se investiga em diversos 
pontos de vista os episódios decorrentes diariamente no espaço em estudo. Além de uma 
reeducação acerca das formas como os espaços públicos devem ser conservados e impactam 
positivamente se dadas as utilidades adequadas, estas intervenções trabalham na reflexão, 
capacitação, e acumulam conhecimento que só são possíveis através desse método de 
interações sociais. (COSTA e LOPES, 2018). 
 As interações sociais são de grande importância no âmbito comum, tendo em vista a vida 
em sociedade, é prejudicial a falta de contato com outras pessoas. (Cosmides & Tooby, 1992; 
Pinker, 2004). Essa importância pode ser explicada por as interações serem assimiladas como 
ligações entre dois ou mais indivíduos. Estes indivíduos criam laços de transitividade e 
inclinam-se a motivar-se reciprocamente, tendo como proveito a função em convocar reflexo 
das necessidades de ambos. O ser humano deve seu desenvolvimento de acordo com as 
experiências nas interações sociais que sofre durante a vida. As ligações em sociedade, com 
indivíduos frente a convívio, trocas de informações e emoções, auxiliam a desenvolver o meio 
psicológico mais saudável, assim como a linguagem, e atribuem por vezes conexões culturais. 
(DIAS e ALMEIDA, 2009). 
 Com o exemplo de intervenções artísticas pode-se reunir essas conexões culturais através 
das interações sociais. Em maior nível, as manifestações fazem com que os visitantes passem 
de simples espectadores a participantes, exibindo suas características, cultura, e envolvendo-
se simultaneamente. Partilhando suas experiências com outros indivíduos. (COSTA e LOPES, 
2018). A julgar esses níveis, compreende-se que é no meio urbano que se dá o ressalto das 
relações sociais. Com os espaços nas cidades cada vez mais reduzidos, os locais de recrear 
para jovens e crianças saíram dos pátios para a rua e lugares públicos. Perante a essa situação, 
vem a ser importante adequar os espaços públicos para tornar-se adequados para o convívio. 
(RECHIA, 2009; TSCHOKE, 2010). Essa relação implica em superar o egocentrismo infantil, 
progressão em empatia, condutas sociais e resulta nos primeiros conflitos sóciocognitivos. 
Contribuindo assim nos padrões de comportamento e julgamento moral. Nos meios de 
15 
 
 
 
recreação e com a combinação ambiental as crianças voluntariamente realizam processos 
onde atribuem novas visões de si mesmas, dos indivíduos e objetos em relação ao mundo em 
seu redor, salientando a importância das relações sociais. (DIAS e ALMEIDA, 2009). 
 
 2.4 TIPOS DE INTERVENÇÕES URBANAS 
 
 As intervenções urbanas podem ser de derivados tipos e se adequam a cada perfil de 
local. Nas periferias por exemplo, a segregação carrega uma bagagem histórica, as cidades 
seguiam os modelos estéticos europeus, onde as elites procuravam distanciar a ralé, a qual se 
caracterizava pela baixa renda, pessoas incultas, e não civilizadas. Desta forma, a população 
pobre ocupou os locais menos favorecidos, formaram-se os primeiros cortiços, e ocupações de 
morros. Desde então, a carência de saneamento básico e demais infraestruturas é um indício 
das favelas. Nestes locais, um método é a execução de intervenções que auxiliam na 
requalificação local, e reeducação social. Estas trazem por vezes por meio da arte e cultura a 
inserção dos indivíduos novamente ao meio coletivo. (FERREIRA, 2005) 
 Em grandes centros urbanos, as cidades através de processos de mudanças deixam 
marcas urbanas. Assim surgem os vazios urbanos, que são vestígios deixadas em meio as 
oscilações de declínios e progressos. Estes em conceito são terrenos ou edificações vagas que 
divergem do tecido urbano não executando efetivamente sua posição social. (BORDE, 2006). 
Estes espaços de terra localizam-se desvalorizados, e com potencial a se destinar novas 
funções que venham beneficiar coletivamente a comunidade. Assim desenvolve-los e refaze-
los através de intervenções urbanas é uma forma mais sustentável de otimizar a infraestrutura 
urbana, emancipando espaços verdes e transformar estes em redes policêntricas. 
(PORTAS,2000). 
 Métodos de intervenção urbana com abordagem simples e efetiva envolvem pesquisas 
teóricas e ações de análise dos espaços nos centros urbanos. Essas intervenções são 
temporárias, possibilitando experimentar de forma real os processos que serão necessários 
para posteriores projetos e alternativas permanentes para tais locais. Desta maneira, pequenas 
intervenções ativam e estimulam breves transformações graduais o q estimula novas visões e 
diagnósticos, fomentando mudanças a longo prazo. (Fontes 2018). 
 
 
 
16 
 
 
 
2.5 ESTUDOS DE CASO 
 
 Os presentes estudos de caso servirão de referência para o desenvolvimento da 
requalificação urbana, referenciando o projeto pretendido. Para um melhor entendimento do 
tema, foram analisados três projetos, Complexo cantinho do céu, Grotinho de paraisópolis e 
cada estudo servirá de ponto norteador à seus principais requisitos. O primeiro estudo será 
feito em base do complexo cantinho do céu como projeto de múltiplas intervençõesna favela. 
O segundo será o caso Grotinho de paraisópolis, com intervenções e requalificação do espaço 
dentro da favela. 
 
2.5.1 COMPLEXO CANTINHO DO CÉU 
 
 O Complexo cantinho do céu, (FIGURA 1), localizado no distrito de Grajaú, cidade de São 
Paulo, estado de São Paulo, Brasil. Foi projetado por Boldarini Arquitetura e Urbanismo - 
Marcos Boldarini e Melissa Matsunaga no ano de 2008. Área: Intervenção 150 hectares, 
paisagismo 30 hectares (parque). O projeto relaciona de forma funcional preservação da 
margem com a manutenção e reconstituição de espécies vegetais nativas, usos de lazer e 
recreação, evitando o acúmulo de detritos da represa e promovendo a qualidade de vida dos 
moradores. 
 
 
 
Figura 1 - Complexo Cantinho do Céu (São Paulo Brasil) 
 Fonte: Boldarini Arquitetura e Urbanismo (2012). 
 
 
17 
 
 
 
2.5.1.1 IMPLANTÇÃO 
 
 Localizado nas margens da represa Billings. A intervenção na comunidade que abrange 
cerca de 10 mil famílias, com moradias precárias e falta de infraestrutura básica. O projeto 
teve em vista adotar diretrizes que visam voltar as moradias para o reservatório assim 
valorizando as vistas da paisagem para a comunidade revelando toda a natureza à sua frente. 
Foram posicionados os equipamentos as margens e adequações urbanísticas, habitacionais e 
ambientais. (Figura 2). 
 
 
Figura 2 Implantação Complexo Cantinho do Céu 
Fonte: Boldarini Arquitetura e Urbanismo (2012). 
 
2.5.1.2 ANÁLISE ESCALA DA CIDADE 
 
 Para a reintegração da comunidade, medidas de requalificação ambiental e 
infraestrutura foram necessárias, assim desenvolvendo o local em relação à cidade. As ações 
18 
 
 
 
ocorreram de forma simultânea, dispostas pelo eixo conforme a criação dos espaços públicos, 
focando primeiramente em acessibilidade, mobilidade e infraestrutura de saneamento básico. 
Apenas as moradias localizadas em áreas de risco geotécnico foram removidas, assim 
auxiliando na melhoria das condições das águas da represa Billings. Através de estudos das 
estruturas viárias existentes, foram integrados os 3 loteamentos do local, pensando em 
melhorar as condições de acesso e mobilidade, assim articulando e conectando-os. Assim para 
garantir facilidade de acesso aos pontos de interesse, novas ruas foram propostas. 
2.5.1.4 ANÁLISE NA ESCALA DA ÁREA DE INTERVENÇÃO 
 
 Os conjuntos de estratégias utilizados no complexo foram relacionados a: 
• Reparação das situações de risco identificadas. 
• Integração do tecido urbano existente com as novas estratégias. 
• Desenvolvimento de melhorias sanitárias, mobilidade, adaptação da mobilidade em 
todo o assentamento. 
• Acesso a equipamentos comunitários, áreas de lazer e esporte. 
• Regularização fundiária do parcelamento do solo. 
 
 
Figura 3- Implantação Complexo Cantinho do Céu 
Fonte: Boldarini Arquitetura e Urbanismo (2012). 
19 
 
 
 
01 – Brinquedos 02 – Mirante 03 – Pista de skate 04 – Campo de Futebol 05 – Deck de 
madeira 07 – Capoeira e dança de rua 08 – Deck Flutuante 09 – Pingue-pongue 10 – 
Passarela de madeira 11 – Árvores frutíferas 12 – Estacionamento 13 – Arquibancada 14 – 
Bicicletário 15 – Cancha de malha 16 – Canteiro Pluvial 17 – Horta 18 – Cinema aberto 19 – 
Futebol de areia 20 – Vôlei de areia 21 – Trajeto de transporte público. 
 
2.5.1.5 DIRETRIZES PROJETUAIS 
 
 A intervenção busca definir vários locais em que os habitantes de todas as faixas etárias 
possam usufruir de seu lazer. Nestas áreas situam-se decks, quadras, cinema e playgrounds 
podem ser apropriados para diversas atividades. As faces cegas das edificações estão voltadas 
para o parque proporcionando um mural de cores e artes, integrando uma proposta de 
paisagem e ritmo. (figura 4 e 5) 
 
 
Figura 4 - Faces dos Murais Pintados Complexo cantinho do céu 
Fonte: Boldarini Arquitetura e Urbanismo (2012). 
 
20 
 
 
 
 
Figura 5 - Áreas de lazer multifuncionais Complexo Cantinho do céu 
Fonte: Boldarini Arquitetura e Urbanismo (2012). 
 
2.5.2 GROTINHO DE PARAISÓPOLIS. CONSTRUINDO ESPAÇOS DE CONVÍVIO. 
 
 
Figura 6 - Grotinho de Paraisópolis - (São Paulo). 
Fonte: Boldarini Arquitetura e Urbanismo (2012). 
21 
 
 
 
 O espaço de convívio e edifício multifuncional Grotinho de paraisópolis, (figura 6), 
localizado na favela de Paraisópolis, cidade de São Paulo, estado de São Paulo, Brasil. Foi 
projetado por Boldarini Arquitetura e Urbanismo no ano de 2008. Área: Intervenção 1.000m². 
 Implantado em um espaço com problemas de drenagem, fragilidade do solo, circulação 
de pedestres e veículos entre outros fatores habitacionais, assim acarretando risco da 
população residente da área, tanto físico como material. (Figura 7). 
 
 
Figura 7- Local antes da Implantação do Projeto 
 Fonte: Boldarini Arquitetura e Urbanismo (2012). 
2.5.2.1 IMPLANTÇÃO 
 
 As primeiras medidas de urbanização foram acerca de extinção de riscos geotécnicos, 
implantação da área de lazer e infraestrutura, para em seguida propor uma edificação 
multifuncional que estabelece a intervenção integral neste trecho da favela. 
22 
 
 
 
 
 Implantação de áreas de lazer e infraestruturas Edificação 
Multifuncional 
Figura 8 - Local antes da implantação do projeto 
Fonte: Boldarini Arquitetura e Urbanismo (2012). 
 
2.5.2.2 COMPOSIÇÃO 
 
 Composto em três blocos integrados, possui áreas comerciais, habitações de interesse 
social, centro comunitário e centro de referência de assistência social (Cras). Com 100m², o 
pavimento térreo contém cinco áreas para comércio, o pavimento superior com 50m² possui 
duas habitações com dois quartos, sala, cozinha, área de serviço e banheiro. O segundo bloco, 
intercalado entre os conjuntos horizontal e vertical, compreende uma estrutura de pavimento 
único, com 60 m², destinada ao centro comunitário. Já o terceiro bloco, com três pavimentos, 
contempla uma unidade do Cras, no térreo, com 50 m², e duas habitações no primeiro e 
segundo andares, semelhantes às habitações do primeiro bloco. (Figura 7 ) 
 
 
23 
 
 
 
 
Figura 9 - Local antes da implantação do Projeto 
Fonte: Boldarini Arquitetura e Urbanismo (2012). 
 O edifício pretende estabelecer novas possibilidades de uso e apropriação do espaço ao 
explorar as relações entre os âmbitos do público e do privado a partir da coexistência dos 
diversos usos (moradia, comércio e serviços) e sua composição considera o espaço livre como 
elemento articulador e de suporte para o desenvolvimento das atividades coletivas. Como 
alternativa para a gestão do espaço, as unidades habitacionais serão destinadas às famílias 
moradoras da favela e que possuíam pontos comerciais como fonte de geração de renda. Este 
modelo visa criar um condomínio onde a manutenção e a zeladoria ficarão sob 
responsabilidade dos próprios moradores, correspondendo à definição física do uso 
multifuncional. 
 
 
24 
 
 
 
 
Figura 10 - Espaços de Lazer Grontinho de Paraisópolis 
 Fonte: Boldarini Arquitetura e Urbanismo (2012) 
2.5.3 Bairro La Morán 
 
Figura 11 - Locais de Intervenção do Bairro La Morán ( Caracas - Venezuela) 
Fonte: archdaily (2014) 
25 
 
 
 
 A requalificação do bairro La Morán, (figura 8), localizado no Bairro La Morán, 
Caracas, Venezuela. Foi projetado por Enlace Arquitectura no ano de 2011, na comunidade 
com área de 15.2 hectares Gravemente afetado por ameaças ambientais e de segurança, o 
projeto busca enfoque nos problemas de saneamento e instigar o desenvolvimento dos 
moradores a partir dos espaços de uso pessoal, tornando o tempo livre mais produtivo. 
Projetos de regeneração de vazios urbanos introduzindo praças e parques infantis e 
paisagismo amenizam o ar perigoso do local. A implantação de reciclagem da oportunidade 
aos residentes através da coleta e classificação de resíduos, assim também mantendo o 
ambiente preservadode impurezas. 
2.5.3.1 Recuperação do Morro La Cañonera 
 
 Com o trabalho conjunto da comunidade, a proposta de sanar os problemas de 
contaminação através de esgoto os quais acarretam uma situação de problema ambiental, e 
risco a saúde pública trazendo doenças. (figura 10) Para isso, o sistema de esgoto foi 
projetado a se ligar a cada moradia e com fácil acesso pelas bocas de lobo. No entorno o 
paisagismo auxiliara no deslocamento da água da chuva e se encaixam naturalmente ao 
espaço público. (figura 11) 
 
Figura 12 - Encosta do Morro La Coñonera. 
Fonte: archdaily (2014). 
http://www2.enlacearquitectura.net/?utm_medium=website&utm_source=archdaily.com.br
26 
 
 
 
 
Figura 13 - Encosta do Morro La Cañonera após intervenção. 
Fonte: archdaily (2014). 
 
2.5.3.2 TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 
 
 Diante da falta de locais de coleta de lixo, e os problemas viários para que os caminhões 
cheguem na comunidade, resíduos são depositados em locais não apropriados, causando 
proliferação de doenças. Assim a reciclagem é uma alternativa que elimina 70% do lixo 
produzido, e a partir disso foi determinado o projeto de um centro de reciclagem junto a Av. 
Morán, onde os materiais são recebidos , reciclados, vendidos e despachados. 
 O centro será uma cooperativa, sendo sustentada com auxílio monetário dos membros da 
comunidade e venda dos materiais produzidos. Assim a cooperativa fará a coleta de cada 
residência na comunidade. 
 
 
 
27 
 
 
 
 
Figura 14 - Enconsta do Morro La Cañonera após intervenção. 
Fonte: archdaily (2014). 
 
2.5.3.3 DEPÓSITOS DE LIXO CONVERTIDOS EM ESPAÇOS PUBLICOS. 
 
Sanando os problemas de lixo em locais informais, os terrenos que antes eram como aterros, 
são convertidos em espaços públicos. 
28 
 
 
 
 
Figura 15 - Encosta do Morro La Cañonera após intervenção. 
Fonte: archdaily (2014). 
 
CAPÍTULO 3: DIAGNÓSTICOS DA AREA DE IMPLANTAÇÃO. 
 
 Neste capitulo será apresentado o diagnóstico do bairro José Alexandre Zachia, e áreas de 
implantação dos projetos de intervenção urbana. 
 
3.1 CONTEXTUALIZAÇÃO REGIONAL 
 
 O projeto de intervenções será implantado na região sul do Brasil, norte do Estado do Rio 
Grande do Sul, na cidade de Passo Fundo. O munícipio abrange a extensão territorial de 
aproximadamente 783,421 km², com uma população aproximada de 201.767 habitantes 
(IBGE, 2018). A cidade é referência em educação e saúde, conhecida como capital do 
planalto médio, tem como fontes econômicas principalmente o comércio e agropecuária. 
29 
 
 
 
 
Figura 16 - Localização Regional. 
Fonte: Autor, 2018. 
 
 O conjunto habitacional Bairro José Alexandre Zachia, local das intervenções, fica situado 
as margens da BR 285, noroeste da cidade de Passo Fundo RS. Localiza-se distante do centro 
(tanto de comercialização quanto a parques e locais de socialização, lazer e diversão), 
abrigando uma população de classe média baixa e baixa. 
 A partir de financiamentos pelo Cohab-RS, foram incorporados quatro conjuntos 
habitacionais. Estes beneficiavam trabalhadores com renda salarial de dois a cinco salários 
mínimos. Dentro do programa Cohab foi criado o departamento Pró-Morar, assim 
beneficiando operários com renda de zero a dois salários mínimos. Este realocou moradores 
das margens dos trilhos de trem dando origem ao conjunto habitacional José Alexandre 
Zachia. 
30 
 
 
 
 
Figura 17 - Evolução Urbana 
Fonte: Autor, 2018. 
 
 Os demais conjuntos habitacionais implantados na cidade, (Lucas Araújo, Planaltina, 
Edmundo Train, Luiz Secchi) já foram considerados periféricos nas décadas de suas criações, 
porém como pode-se perceber na figura (17) situam-se atualmente integrados a malha urbana 
e atuam como condutores no desenvolvimento urbano. 
 A marca da marginalização e conflitos no bairro se dá a distância do centro urbano, e sua 
população de baixa renda que foi removida do local de origem. Investimentos do poder 
público nas áreas de saúde, segurança, serviço social e educação foram indispensáveis, porém 
a infraestrutura precária acarreta no maior número de mudança de moradores, inadimplência e 
questões judiciais entre os empreendimentos da Cohab-RS. 
 
 
 
31 
 
 
 
 
 
 
Figura 18 - Planta de Passo Fundo - RS, localização dos Programas Habitacionais da COHAB-RS. 
Fonte: KALIL, R., 2003. 
 
 Para melhor entendimento da dificuldade de deslocamento dos moradores do bairro onde o 
projeto será implantado, foi utilizada a ferramenta Google Earth para medir as distâncias do 
bairro aos principais parques, praças e locais de lazer da cidade. 
32 
 
 
 
 
Figura 19 - Mapa de distância área de lazeres de Passo Fundo – RS. 
Fonte: Autor, 2018. 
 
 
 
 
33 
 
 
 
Local Área Aproximada Distância 
Parque da Gare 43.348,05m² 7,7km 
Praça Boqueirão Legal 14.446,46m² 6,7km 
Praça da Mãe 739,79m² 6,4km 
Praça Tamandaré 8.513,34m² 6,2km 
Campo do Antigo Quartel 11.312,31m² 6,2km 
Praça Itália 1.667,52m² 5,4km 
Parque Banhado da 
Vergueiro 
13.529,65m² 5,7km 
Praça Armando Sbeghen 1.145,19m² 4,0km 
Praça Cidade Nova 10.065,38m² 4,0km 
Parque Linear Sétimo Céu 31.223,36m² 8,4km 
Praça Tochetto 5.492,77m² 
Praça Antônio Xavier 15.527,16m² 6,8km 
Tabela 1 – Distancias 
Fonte: Autor 2018. 
 
3.2MAPA NOLLI, USO DO SOLO E ALTURA DAS EDIFICAÇÕES DO BAIRRO 
 
3.2.1 Mapa Nolli 
 
 Com base na análise dos cheios e vazios, podemos observar a densidade de edificações no 
bairro. Assim pode-se concluir a grande aglomeração de residências e poucos vazios na área 
central, a qual deu origem ao bairro. 
 Pode-se observar também uma expansão desordenada devido às invasões no perímetro do 
bairro. 
 
34 
 
 
 
 
Figura 20 - Mapa Contextualização do bairro - Zachia 
Fonte: Adaptação do autor, 2018. 
 
 
 
35 
 
 
 
3.3 USO DO SOLO. 
 
 Baseado no levantamento de usos, verifica-se a presença predominante de edificações 
residenciais. Como a área situa-se segregada da cidade, os moradores necessitam se deslocar 
para fora do bairro para atender necessidades de estudo, lazer e trabalho. Os pontos de 
comércio são serviços feitos pelos próprios moradores. Constata-se na região ainda algumas 
igrejas, CAIS, ginásio, campo de futebol, escola infantil, centro de assistência social, escola 
de ensino médio e a casa de apoio a mulher, todos em estado precário. 
 
Figura 21 - Mapa de Uso do Solo. 
Fonte: autor 2018 
36 
 
 
 
 
3.4 ALTURA DAS EDIFICAÇÕES. 
 
 Analisando o mapeamento do bairro, pode-se constatar que consiste em classe baixa e 
média baixa, compreendendo assim a existência predominante de edificações térreas. 
Contudo, observa-se que em alguns poucos lotes as construções foram elevadas entre um e 
dois pavimentos. 
 
Figura 22 - Mapa de Alturas. 
Fonte: Autor 2018. 
37 
 
 
 
3.5 CARACTERIZAR O SUPORTE GEOFÍSICO. 
 
 
Figura 23- Estrutura Ambiental do Municipio. 
Fonte: GOOGLE MAPS (2018), adaptações da Autor, 2018. 
 
 
3.6 SISTEMA VIÁRIO 
 
 A via que concede entrada e saída ao bairro José Alexandre Zachia é única e tem como 
princípio um trecho da BR 285. Este trecho possui duas vias, e um fluxo de 12.000 veículos 
por dia (SETCERGS 2017), o qual excede o dobro do limite para duplicação de uma rodovia, 
tornando a mesma extremamente movimentada e perigosa, enquanto as demais vias se 
38 
 
 
 
classificam em vias locais na sua predominância, duas vias coletoras e algumas não 
pavimentadas. (figura ) 
 
Figura 24 - Sistema Viário 
Fonte: autor 2018. 
 
Como as vias são bem distribuías e de baixo fluxo, não existem cruzamentos que possam ser 
identificados como conflituosos. 
 Após a realização dos levantamentos, foi constatada a presença de placas e sinalização das 
vias em boas condições, porém o estado de conservação das ruas está predominantemente em 
mau estado. Algumas delas apresentam buracos, imperfeições no calçamento e em certoscasos não existe pavimentação (figura 24), o que dificulta a mobilidade e acessibilidade dos 
pedestres dentro do bairro, visto que o passeio público é inexistente em grande parte das vias, 
e quando presente se encontra em péssimo estado, inviabilizando uma caminhada agradável. 
 
 
39 
 
 
 
 
Figura 25 - Sistema Viário 
Fonte: autor 2018 
 Para essa análise delimitou-se um diâmetro de 100m como área de influência dos pontos 
de ônibus, verificando assim que algumas áreas do bairro não são atendidas pelo transporte 
coletivo, não atendendo a distância mínima adequada para deslocamento. Com relação as 
linhas de transporte que atendem o bairro, encontram-se apenas duas, São Luiz – Zachia da 
empresa Coleurb, e Zachia - Universidade da empresa Codepas, as quais executam o mesmo 
trajeto sinalizado abaixo. 
 
Figura 26 - Transporte Público 
Fonte: Autor 2018. 
40 
 
 
 
3.7 REDES DE INFRAESTRURA. 
 
No estudo de redes de infraestrutura, tais como rede de água, esgoto cloacal, pluvial e rede de 
energia, constatou-se que a rede de água abastece todos os domicílios do bairro que não são 
provenientes de invasão. Averiguou-se que não há rede de esgoto cloacal apenas a rede 
pluvial (marcado no mapa), os modelos de boca-de-lobo encontrados do tipo grelha. 
 
Figura 27- Infraestrutura Urbana 
Fonte: autor 2018. 
 
41 
 
 
 
 
Figura 28 - Mapa das Zonas de Ocupação. 
Fonte: Autor 2018. 
3.8 CARACTERISTICAS EPECIFICAS DO TERRENO. 
 
Nos itens abaixo será mostrado as características das áreas de intervenções urbanas e os 
terrenos escolhidos para o desenvolvimento do projeto: dimensões, topografia, estudos solar, 
ventos predominantes, vegetação e imagens térreas e áreas do local. 
 
42 
 
 
 
3.8.1 DIMENSÕES DO TERRENO 1. 
 
Quatro locais para intervenção foram selecionados, os quais são: dois becos para intervenções 
temporárias situados nas ruas Ernesto Fazolo, Manoel Borges, o campo de futebol junto a 
praça do bairro, e a orla improvisada pelos moradores junto as margens do Rio Passo Fundo. 
 
 
Figura 29 - Medidas do Terreno. 
Fonte: Autor 2018 
43 
 
 
 
3.8.2 TOPOGRÁFIA. 
 
 Para obter a topografia do local, se usou o programa Surfer11, com o auxílio do Google 
Earth, que coletou os pontos a partir das extremidades do bairro, para gerar as curvas de 
desnível do bairro e dos terrenos dos projetos. Assim o terreno que abriga a orla possui 
aproximadamente 2.00m de desnível do ponto mais alto ao ponto mais baixo às margens do 
rio passo fundo e adentrando 2.00m a dentro do rio. 
 
 
Figura 30 - Topografia do Terreno. 
Fonte: Autor 2018. 
44 
 
 
 
 
Figura 31 - Localização do Terreno. 
Fonte: Autor 2018. 
 
3.8.3 ANÁLISE SOLAR E VENTOS DOMINANTES. 
 
 O terreno possui uma projeção mínima de sombra, pois as edificações próximas do 
terreno são de pequeno porte. Com isso, durante todo período do dia o terreno possui uma 
iluminação predominante. 
 
 
 
 
 
45 
 
 
 
 
 
 
Figura 32 - Analise solar e ventos. 
Fonte: Autor 2018 
 
 
 
 
46 
 
 
 
3.8.4 DIMENSÕES DO TERRENO 2. 
 
 
Figura 33 - Dimensões Terreno 2 
Fonte: Autor 2018. 
 
 
47 
 
 
 
3.8.5 TOPOGRAFIA TERRENO 2. 
 
 O terreno que abriga o ginásio do bairro possui 1.00m de desnível apenas em uma pequena 
parte do mesmo. 
 
Figura 34 - Topografia Terreno 2. 
Fonte: Autor 2018 
 
 
48 
 
 
 
 
Figura 35 - Topografia Terreno 2 
Fonte: Autor 2018. 
 
Figura 36 - Localização Terreno 2 
Fonte: Autor 2018. 
49 
 
 
 
3.8.6 ANÁLISE SOLAR E VENTOS PREDOMINANTES. 
 
 O terreno possui uma projeção mínima de sombra, pois as edificações próximas do terreno 
são de pequeno porte. Com isso, durante todo período do dia o terreno possui uma iluminação 
predominante. 
 
 
Figura 37 - Analise solar e ventos terreno 2 
Fonte: Autor 2018. 
 
50 
 
 
 
3.9 SÍNTESE DE LEGISLAÇÕES E NORMATIVAS 
 
No desenvolvimento do trabalho irão ser consideradas as seguintes normas e legislações, 
Plano Diretor e Código de Obras da cidade de Passo Fundo, leis ambientais das áreas de 
preservações e norma de acessibilidade NBR 9050. 
 
3.9.1 Código de Obras / Plano Diretor 
 
Será utilizado o código de obras e o plano diretor da cidade de Passo Fundo - RS. Os terrenos 
da implantação do projeto estão localizados em três zonas de ocupação, terreno 01 está 
situado nas zonas ZE, ZPRH, ZRA. Terreno 02 ocupa a zona de ocupação ZE. 
• ZE, Zona de Ocupação Extensiva; TO 60%, CA 1,2. 
• ZPRH zona de Proteção recuos Hídricos; TO 20%, CA 0,2. 
• ZRA Zona de Recuperação Ambiental; TO 0%, CA 0. 
 
3.9.2 Normas 
 
Será utilizada norma de acessibilidade universal NBR 9050 (2015). 
 
3.9.3 Lei 12651/2012 - Código Florestal Brasileiro 
 
 Esta Lei estabelece normas gerais sobre a proteção da vegetação nativa, áreas de 
Preservação Permanente e as áreas de Reserva Legal. As áreas de preservação permanente 
(APP) são áreas protegidas, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de 
preservar os recursos hídricos, a paisagem, a 53 estabilidade geológica e a biodiversidade, 
facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das 
populações humanas. Os limites das APPs são contadas a partir do leito regular do curso 
d’água, sendo assim, conforme a Lei 12651 (2012), a distância mínima será de: 30 (trinta) 
metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura. Distância de 50 
(cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de 
largura. Distância de 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 
200 (duzentos) metros de largura. Distância de 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água 
que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura. Distância de 500 
(quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) 
metros. 
 
51 
 
 
 
 CAPÍTULO 4: CONCEITO E DIRETRIZES PROJETUAIS 
 
4.1 INTRODUÇÃO. 
 
 Nesta parte será apresentado o conceito de projeto e suas principais diretrizes para melhor 
entender as intenções do projeto. 
 
4.2 CONCEITO DO PROJETO 
 
 Desde o início das civilizações as margens de rios são locais escolhidos para que se 
pudessem formar raízes em sociedade, local onde se encontram os recursos básicos para o 
desenvolvimento, água e terra fértil. Deixando de serem nômades, criando vínculos com o 
local, assim criando as primeiras civilizações. 
 A intervenção na orla do rio passo fundo e implantação de uma nova centralidade no 
bairro remete aos princípios coletivos que se estabelecem em sociedade, a essência das 
interações sociais e convívio em comunidade, proporcionando o sentimento de apropriação 
dos locais. Dividir estes espaços vivenciando com outras pessoas é essencial para formação 
do cidadão, onde as intervenções urbanas, tanto fixas quanto temporárias tem o papel de 
aproximar os indivíduos, trazendo interações e transferências de experiências. 
 Os espaços propostos para o bairro trabalham gradativamente os usuários a se 
relacionarem em sociedade, educando a consciência do bem coletivo e provocando o 
sentimento de pertencimento, assim capacitando os moradores a preocupar-se com as 
condições do ambiente em que vivem. 
 Os ambientes preconizam uma linha de aprendizado que prepara o cidadão a se estender 
do bairro para o mundo que está inserido, deixando de lado o ar de segregação social, afim de 
levar a um progresso comum. Em grande escala, essa evolução bairro para cidade conecta e 
influencia a sociedade para um caminho prospero. 
 
 
4.2.1 CONCEITO VOLUMETRICO. 
 
 Tirando proveito das visuais existentes, a proposta de caminhos orgânicos e sinuosos 
como as curvas do rio, de maneira simples e facilitando a acessibilidade universal, 
transportarão os visitantes entre os locais transmitindo sensações diferentes. As edificações 
propostaspara o projeto contrastarão em meio a implantação do parque em geral, remetendo 
as diferentes pessoas convivendo em sociedade. 
52 
 
 
 
4.3 DIRETRIZES DE ARQUITETURA 
 
 A proposta desse projeto é a implantação de intervenções urbanas fixas e temporárias, 
dentro do âmbito de intervenções fixas, será oferecido locais para lazer, sendo explorada com 
o projeto de uma Orla junto ao Rio Passo Fundo. Em conjunto com a orla diversos lugares 
para convivência e equipamentos públicos serão implantados. 
 Edificações com salas multiuso, as quais serão desfrutadas por grupos sociais, trabalhos 
colaborativos, cursos, reuniões da comunidade, exposições e workshops, permitirão a 
apropriação dos locais de forma ampla, e incluindo aspectos de construção profissional. 
 Essas edificações concentrarão os trabalhos em modo colaborativo, onde os usuários 
participarão de forma prática na comunidade, manuseando materiais e operando diretamente 
na comunidade. Essa forma de aprendizado colaborativo, auxilia na produção coletiva, 
conhecimento mutuo, e exercício da liberdade de ideias divergentes. 
 
4.3.1 DIRETRIZES DIRETAS 
 
• Uso de um gabarito de alturas que não prejudique as visuais do entorno dos terrenos. 
• Utilizar estrutura metálica pela facilidade de manuseio e menor danos ao meio 
ambiente. 
• Propor um sistema de reutilização água da chuva. 
• Propor hortas comunitárias. 
• Plantio de arvores da mata nativa na área de proteção permanente. 
• Possuir acessos estratégicos com a malha urbana para que os usuários tenham maior 
facilidade de acessar a orla. 
• Áreas de contemplação 
• Mobiliário confortável 
• Academia ao ar livre 
• Playground acessível 
• Uso de decks com madeiras tratadas 
 
4.4 DIRETRIZES URBANÍSTICAS 
 
 Intervenções urbanas em áreas estratégicas, de modo que locais já utilizadas como espaços 
de recreação criem vínculos entre os moradores, buscando a apropriação de becos e vielas 
afim de proporcionar lazer e interações sociais, resgatando e educando o cuidado com os bens 
coletivos. 
53 
 
 
 
 Implantação de ciclovia afim de proporcionar um passeio agradável e que facilite a 
mobilidade às áreas de intervenção e orla, as quais darão uma nova centralidade ao bairro e 
segurança aos utilizadores. 
 A intervenção na Orla do Rio Passo Fundo, respeitará a natureza e as leis municipais, e 
se relacionará com o conceito a fim de criar vários locais a partir da orla, onde atenderão a 
diversidade de públicos e idades, assim com caminhos de acesso universal que transportarão 
os visitantes como o curso do rio as diversas sociedades em conjunto (áreas de diferentes 
usos), assim incentivando as conexões sociais entre os distintos usuários. 
 Áreas de gramados abertos remeterão também o sentido de apropriação, dando liberdade 
ao usuário de como usufruir do espaço. Pergolados de estrutura de madeira reflorestada 
contribuirão na sustentabilidade do projeto e conforto para encontro de grupos sociais. De 
mesmo modo, implantação de novas vegetações, arbustos, flores, arvores nativas e etc., serão 
necessárias para o sombreamento e melhoria do conforto ambiental. 
Problemas 
Problema Diretriz Estratégia 
Cerca de 60% do 
bairro não possui 
passeio público. 
Melhora e inserção de 
novos passeios 
públicos. 
Melhora do passeio para melhoria da 
mobilidade onde usuários possam se 
locomover com segurança até as áreas do 
projeto. 
Insegurança para os 
ciclistas. 
Ciclovias Implantação de ciclovia pelo bairro e 
percurso no interior da implantação do 
projeto. 
Pontos de Ônibus 
degradados e sem 
proteção climática. 
Transporte público. Melhora nos pontos de ônibus com maior 
proteção ao clima. 
Grande parte das 
ruas não possuem 
pavimentação 
asfáltica adequada. 
pavimentação Inserir pavimentação para melhora da 
mobilidade dos moradores e melhora de 
aspecto visual local 
Áreas de lazer 
degradadas. 
Revitalização. Revitalizar áreas de lazer e inserção de 
novos locais para melhora na qualidade de 
vida e social. 
54 
 
 
 
Potencialidades 
Potencialidade Diretriz Estratégia 
 
Novas áreas de 
centralidade. 
Valorização de pontos 
desvalorizados do 
bairro. 
Dar usos a vários pontos do bairro. 
Ruas sem saídas. Novos usos. Parklets, feiras de ruas, ações 
comunitárias. 
Mobiliários Urbanos Infraestrutura e 
Segurança 
 Melhora na iluminação pública, adição de 
câmeras de segurança, sinalização urbana. 
Tabela 2 - Intervenções Urbanas 
Fonte: Autor 2018. 
 
ROTEIRO 5- PROGRAMA E ZONEAMENTO 
 
5.1 INTRODUÇÃO. 
 
 Neste capítulo serão apresentados o programa de necessidades do projeto, 
organograma/fluxograma e três propostas de zoneamento com sua respectiva escolha. 
 
 
5.2 PROGRAMA DE NESSECIDADES. 
 
A configuração espacial do projeto se dividirá em três módulos: 
• Salas Multiuso 
• Intervenções urbanas 
• Intervenção na Orla do Rio Passo Fundo. 
 
 
 
55 
 
 
 
5.2.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES ARQUITETONICO: 
 
COMPARTIMENTO ÁREA MOBILIÁRIO 
EDUCACIONAL 
Sala Multiuso 1 72m² Mesas, cadeiras, quadro 
branco, projetor multimídia. 
Sala Multiuso 2 72m² Mesas, cadeiras, quadro 
branco, projetor multimídia. 
Sala Multiuso 3 72m² Mesas, cadeiras, bancadas, 
armários, projetor 
multimídia. 
Sala Multiuso 4 70m² Mesas, cadeiras, bancadas, 
armários, projetor 
multimídia. 
Biblioteca 150m² Mesas, cadeiras, dois 
computadores, prateleiras de 
livros, puffs. 
SERVIÇO 
Administrativo 8m² Mesa escritório, cadeiras, 
armários 
Depósito 20m² Prateleiras 
D.M.L 4m² Armários e tanque 
Banheiros 30m² Bacia sanitária e Lavatório 
ESPAÇO PÚBLICO 
Cinema ao ar livre 63m² Bancos, Projetor 120’’, tela 
de projeção 1,80 x 2,80 
Local de eventos 70m² Mesas, cadeiras, 
churrasqueira, bancada com 
cuba, refrigerador. 
Tabela 3 - Programa de Necessidade 
Fonte: Autor 2018. 
 
56 
 
 
 
5.2.2 PROGRAMA DE NESSECIDADES: ESPAÇO URBANO. 
 
ESPAÇO PÚBLICO 
Pista para caminhadas 950m - 
Parque infantil 15 x 30 
Pista de skate 35x20 
Quadra Poliesportiva 16 x 27 
Academia ao ar livre 10 x 25 
Ciclovia e Bicicletário 2080m 
Cancha de Bocha 24,2m x 4,2m 
101,64 
 
Mesas para jogos e multiuso 15mx 10m 
150m² 
 
Parede para escalada infantil Altura 2m 
Área de Contemplação Variável 
Horta comunitária Variável 
Mirante 
Sanitários Públicos 
Vestiário 
Campo de futebol 7 
Tabela 4 - Programa de Necessidades. 
Fonte: Autor 2018. 
 
 
 
 
 
57 
 
 
 
5.3 ORGANOGRAMA 
 
5.3.1 ORGANOGRMA – Intervenção na Orla do Rio Passo Fundo: 
 
 
Figura 38 - Organograma Implantação 
Fonte: Autor 2018. 
5.3.2 Organograma – Arquitetônico: 
 
Figura 39 - Organograma Arquitetônico 
Fonte: Autor 2018. 
58 
 
 
 
 
5.4 PROPOSTAS ZONEAMENTO. 
 
5.4.1 Zoneamento do Parque Educativo – opção 01 
 
 
Figura 40 - Proposta Zoneamento 1 
Fonte: Autor 2018. 
 
 
59 
 
 
 
5.4.2 Zoneamento do Parque Educativo – opção 02 
 
 
 
Figura 41 - Proposta Zoneamento 2 
Fonte: Autor 2018. 
 
 
 
 
 
 
60 
 
 
 
5.4.3 Zoneamento do Parque Educativo – opção 03 
 
Figura 42 - Proposta Zoneamento 3 
Fonte: Autor 2018 
 Proposta escolhida foi a opção 3, pela melhor distribuição dos espaços, e a que se melhor 
encaixava com o conceito, com seus caminhos sinuosos. 
 
 
 
 
61 
 
 
 
5.5 REFERENCIAS. 
 
Ribeiro Soares B -; SILVESTRE, M. – A Vegetação nos Centros Urbanos Considerações Sobre os 
Espaços Verdes em cidades médias brasileiras. Rio Claro: 2003. 
LEFEBYRE, H – Da cidade á Sociedade Urbana. Paris: 1999. 
TUAN, Y – Espaço e Lugar a perspectiva da experiência.. São Paulo: 1983. 
FONTES, A – Intervenções Temporárias e Marcas permanentes na cidade contemporânea. Rio 
de Janeiro: 2017. 
COSTA, M- Participação, Conflitos e intervenção Urbana: Contribuições à Habitat III: Porto 
Alegre: 2016. 
FREIRE, - Favela Bairro ou Comunidade: IFCS-UFRJ. 
FONTES, S – Urbanismo tático para Requalificação Gradualdo Espaço Público Metropolitano: 
Rio de Janeiro: 2017. 
FERREIRA,- Cidade para Poucos, breve historia da Propriedade urbana no Brasil: 2005. 
COSTA; LOPES – Dos dois lados do espelho: Diálogos com um bairro Cultural através da 
intervenção urbana: 2018. 
COSMIDES, TOOBY – Interações e Habilidades Sociais entre universitários: Um estudo 
Correlacional: 2004. 
DIAS ; ALMEIDA. Atividade de desenho como mediadora de interações sociais entre crianças 1 
Talita Pereira Dias Nancy Vinagre Fonseca de Almeida Universidade Federal de São Carlos: São 
Carlos-SP, Brasil: 2009. 
LEFEBVRE, H. 1999. A Revolução Urbana. Belo Horizonte, Ed. UFMG, 178 p. 
SANSÃO FONTES, A. 2012. Intervenções temporárias e marcas per- manentes na cidade 
contemporânea. Arquiteturarevista, 8(1):31-48. 
FEIREISS, K.; HAMM, O.G. (eds.). 2015. Transforming Cities. Urban Interventions in Public 
Space. 1 ed., Berlin, Jovis Verlag, 192 p. 
PRADO, A. 2006. Os sentidos da transformação: cultura, arte e espaço urbano em Santa Teresa 
– RJ. Niterói, RJ. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal Fluminense, 202 p. 
SILVA, F. B. e COLESANTE, M. T. M. As áreas verdes públicas urbanizadas em Uberlândia -
MG: uma questão de qualidade de vida. Relatório de Pesquisa FAPEMIG – IG- UFU, 
Uberlândia, 2000, 28p. 
FERRARA, L. As máscaras da cidade. In: Olhar Periférico. São Paulo: Edusp/Fapesp. 1993. p. 
201-225. 
 
62 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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	CAPÍTUL0 1: INTRODUÇÃO
	1.1 INTRODUÇÃO AO CAPÍTULO
	1.2 OBJETIVOS
	1.2.1 OBJETIVO GERAL
	1.2.2 OBEJTIVO ESPECÍFICO
	1.3 TEMA DO PROJETO
	1.4 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO PROJETO
	CAPÍTULO 2: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
	2.1 O CONCEITO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS E AS INTERAÇÕES SOCIAIS
	2.2 INTERVENÇÕES URBANAS.
	2.3 O PAPEL DAS INTERNVENÇÕES URBANAS.
	2.4 TIPOS DE INTERVENÇÕES URBANAS
	2.5 ESTUDOS DE CASO
	2.5.1 COMPLEXO CANTINHO DO CÉU
	2.5.1.1 IMPLANTÇÃO
	2.5.1.2 ANÁLISE ESCALA DA CIDADE
	2.5.1.4 ANÁLISE NA ESCALA DA ÁREA DE INTERVENÇÃO
	2.5.1.5 DIRETRIZES PROJETUAIS
	2.5.2 GROTINHO DE PARAISÓPOLIS. CONSTRUINDO ESPAÇOS DE CONVÍVIO.
	2.5.2.1 IMPLANTÇÃO
	2.5.2.2 COMPOSIÇÃO
	2.5.3 Bairro La Morán
	2.5.3.1 Recuperação do Morro La Cañonera
	2.5.3.2 Tratamento dos Resíduos Sólidos
	2.5.3.3 DEPÓSITOS DE LIXO CONVERTIDOS EM ESPAÇOS PUBLICOS.
	CAPÍTULO 3: DIAGNÓSTICOS DA AREA DE IMPLANTAÇÃO.
	3.1 CONTEXTUALIZAÇÃO REGIONAL
	3.2MAPA NOLLI, USO DO SOLO E ALTURA DAS EDIFICAÇÕES DO BAIRRO
	3.2.1 Mapa Nolli
	3.3 USO DO SOLO.
	3.4 ALTURA DAS EDIFICAÇÕES.
	3.5 CARACTERIZAR O SUPORTE GEOFÍSICO.
	3.6 SISTEMA VIÁRIO
	3.7 REDES DE INFRAESTRURA.
	3.8 CARACTERISTICAS EPECIFICAS DO TERRENO.
	3.8.1 DIMENSÕES DO TERRENO 1.
	3.8.2 TOPOGRÁFIA.
	3.8.3 ANÁLISE SOLAR E VENTOS DOMINANTES.
	3.8.4 DIMENSÕES DO TERRENO 2.
	3.8.5 TOPOGRAFIA TERRENO 2.
	3.8.6 ANÁLISE SOLAR E VENTOS PREDOMINANTES.
	3.9 SÍNTESE DE LEGISLAÇÕES E NORMATIVAS
	3.9.1 Código de Obras / Plano Diretor
	3.9.2 Normas
	3.9.3 Lei 12651/2012 - Código Florestal Brasileiro
	CAPÍTULO 4: CONCEITO E DIRETRIZES PROJETUAIS
	4.1 INTRODUÇÃO.
	4.2 CONCEITO DO PROJETO
	4.2.1 CONCEITO VOLUMETRICO.
	4.3 DIRETRIZES DE ARQUITETURA
	4.3.1 DIRETRIZES DIRETAS
	4.4 DIRETRIZES URBANÍSTICAS
	ROTEIRO 5- PROGRAMA E ZONEAMENTO
	5.1 INTRODUÇÃO.
	5.2 PROGRAMA DE NESSECIDADES.
	5.2.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES ARQUITETONICO:
	5.2.2 PROGRAMA DE NESSECIDADES: ESPAÇO URBANO.
	5.3 ORGANOGRAMA
	5.3.1 ORGANOGRMA – Intervenção na Orla do Rio Passo Fundo:
	5.3.2 Organograma – Arquitetônico:
	5.4 PROPOSTAS ZONEAMENTO.
	5.4.1 Zoneamento do Parque Educativo – opção 01
	5.4.2 Zoneamento do Parque Educativo – opção 02
	5.4.3 Zoneamento do Parque Educativo – opção 03
	5.5 REFERENCIAS.

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