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N-464 REV. F SET / 96 PROPRIEDADE DA PETROBRAS 46 páginas CONSTRUÇÃO, MONTAGEM E CONDICIONAMENTO DE DUTO TERRESTRE Procedimento Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior. Toda esta Norma foi alterada em relação à revisão anterior. Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do texto desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o responsável pela adoção e aplicação dos itens da mesma. CONTEC Comissão de Normas Técnicas Requisito Mandatório: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual resolução de não seguí-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve ter fundamentos técnico- gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros verbos de caráter impositivo. SC - 13 Prática Recomendada (não-mandatória): Prescrição que pode ser utilizada nas condições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “recomendar”, “poder”, “sugerir” e “aconselhar” (verbos de caráter não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática Recomendada]. Oleodutos e Gasodutos Cópias dos registros das "não-conformidades" com esta Norma, que possam contribuir para o aprimoramento da mesma, devem ser enviadas para a CONTEC - Subcomissão Autora. As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o item a ser revisado, a proposta de redação e a justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração desta Norma. “A presente norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente, através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade industrial.” Apresentação As normas técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho – GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelos Representantes Locais (representantes das Unidades Industriais, Empreendimentos de Engenharia, Divisões Técnicas e Subsidiárias), são aprovadas pelas Subcomissões Autoras – SCs (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando os Órgãos da Companhia e as Subsidiárias) e aprovadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das Superintendências dos Órgãos da Companhia e das suas Subsidiárias, usuários das normas). Uma norma técnica PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada 5 (cinco) anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As normas técnicas PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a norma PETROBRAS N -1. Para informações completas sobre as normas técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS. ../Link.asp?cod=N-0001 N-0464 REV. F SET / 96 2 PÁGINA EM BRANCO N-0464 REV. F SET / 96 3 SUMÁRIO 1 OBJETIVO................................................................................................................................................... 5 2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES......................................................................................................... 5 3 PROCEDIMENTOS EXECUTIVOS............................................................................................................... 6 4 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS........................................................................................................................ 7 4.1 INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO DE MATERIAIS......................................................................... 7 4.1.1 GERAL........................................................................................................................ 7 4.1.2 TUBOS........................................................................................................................ 7 4.1.3 FLANGES ................................................................................................................... 8 4.1.4 CONEXÕES................................................................................................................ 8 4.1.5 VÁLVULAS.................................................................................................................. 9 4.1.6 JUNTAS DE VEDAÇÃO............................................................................................... 10 4.1.7 PARAFUSOS E PORCAS............................................................................................ 10 4.1.8 TAMPÕES DE FECHO RÁPIDO.................................................................................. 11 4.1.9 AMOSTRAGEM........................................................................................................... 11 4.2 ARMAZENAMENTO E PRESERVAÇÃO ...................................................................................... 12 4.2.1 TUBOS........................................................................................................................ 12 4.2.2 FLANGES ................................................................................................................... 12 4.2.3 VÁLVULAS.................................................................................................................. 12 4.2.4 PARAFUSOS E PORCAS............................................................................................ 12 4.2.5 JUNTAS DE VEDAÇÃO............................................................................................... 13 4.2.6 CONEXÕES................................................................................................................ 13 4.2.7 TAMPÕES DE FECHO RÁPIDO.................................................................................. 13 4.3 PROJETO EXECUTIVO............................................................................................................... 14 4.4 LOCAÇÃO E MARCAÇÃO DA FAIXA DE DOMÍNIO E DA PISTA ................................................ 14 4.5 ABERTURA DA PISTA ................................................................................................................ 15 4.6 ABERTURA E PREPARAÇÃO DA VALA...................................................................................... 17 4.7 TRANSPORTE, DISTRIBUIÇÃO E MANUSEIO DE TUBOS E OUTROS MATERIAIS .................. 18 4.8 CURVAMENTO ...........................................................................................................................20 4.9 SOLDAGEM ................................................................................................................................ 22 4.10 INSPEÇÃO APÓS SOLDAGEM................................................................................................. 24 4.11 REVESTIMENTO EXTERNO DAS JUNTAS............................................................................... 27 4.12 PINTURA................................................................................................................................... 27 4.13 ABAIXAMENTO E COBERTURA DA VALA................................................................................ 27 N-0464 REV. F SET / 96 4 4.14 CRUZAMENTOS E TRAVESSIAS.............................................................................................. 31 4.15 SINALIZAÇÃO DE FAIXA DE DOMÍNIO DE DUTOS.................................................................. 32 4.16 PROTEÇÃO E RESTAURAÇÃO ................................................................................................ 32 4.17 TESTE HIDROSTÁTICO............................................................................................................ 35 4.18 MONTAGEM E INSTALAÇÃO DE COMPLEMENTOS................................................................ 39 5 DESENHOS "CONFORME CONSTRUÍDO" ................................................................................................. 39 6 CONDICIONAMENTO DAS INSTALAÇÕES................................................................................................. 40 TABELAS TABELA 1 - EXTENSÃO DE INSPEÇÃO POR ENSAIO NÃO-DESTRUTIVO POR RADIOGRAFIA OU ULTRA-SOM................................................................................................................................. 26 TABELA 2 - TOLERÂNCIA DA ESPESSURA DE PAREDE - K ......................................................................... 37 TABELA A-1 - SELEÇÃO DA MALHA DA TELA ............................................................................................... 44 TABELA A-2 - FITA DE POLIETILENO ............................................................................................................ 44 TABELA A-3 - FIO DE POLIETILENO .............................................................................................................. 44 TABELA B-1 - METODOLOGIAS DE AMOSTRAGEM E PRESERVAÇÃO DE ÁGUA PARA TESTE HIDROSTÁTICO (PARÂMETROS QUÍMICOS).............................................................. 45 TABELA B-2 - METODOLOGIAS DE AMOSTRAGEM E PRESERVAÇÃO DE ÁGUA PARA TESTE HIDROSTÁTICO (PARÂMETROS MICROBIOLÓGICOS).............................................. 46 ANEXOS ANEXO A - FIGURAS ...................................................................................................................................... 42 FIGURA A-1 - INSTALAÇÃO DA TELA DE SEGURANÇA (COM FITA) E DA PLACA DE CONCRETO43 FIGURA A-2 - TELA DE SEGURANÇA COM FITA.............................................................................. 44 ANEXO B - TABELAS ...................................................................................................................................... 45 ____________ /OBJETIVO N-0464 REV. F SET / 96 5 1 OBJETIVO 1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para construção, montagem, teste, condicionamento e aceitação de dutos terrestres. 1.2 Esta Norma se aplica a projetos iniciados a partir da data de sua edição e também a instalações já existentes, quando da sua manutenção. 2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas para a presente Norma. Norma Regulamentadora - Explosivos - Portaria Nº3214 - Do Ministério do Trabalho; Normas de Segurança para Armazenamento, Descontaminação e Destruição de Explosivos do Ministério do Exército; PETROBRAS N-12 - Acondicionamento e Embalagem de Válvulas; PETROBRAS N-47 - Levantamento Topográfico; PETROBRAS N-133 - Soldagem; PETROBRAS N-381 - Execução de Desenho Técnico; PETROBRAS N-442 - Pintura Externa de Tubulações, em Instalações Terrestres; PETROBRAS N-505 - Lançador e Recebedor de Pig para Duto; PETROBRAS N-556 - Isolação Térmica de Oleoduto com Poliuretano Expandido; PETROBRAS N-650 - Aplicação de Revestimento à Base de Alcatrão de Hulha em Tubulações Enterradas ou Submersas; PETROBRAS N-683 - Estocagem de Tubos Não Revestidos em Área Descoberta; PETROBRAS N-845 - Investigação Geotecnológica; PETROBRAS N-862 - Execução de Terraplenagem; PETROBRAS N-1041 - Cadastramento de Imóveis em Levantamento Topográfico Cadastral; PETROBRAS N-1190 - Cercas e Portões; PETROBRAS N-1502 - Revestimento Externo de Concreto em Dutos; PETROBRAS N-1594 - Execução de Ensaios Não-Destrutivos - Ultra-Som; PETROBRAS N-1595 - Ensaio Não-Destrutivo - Radiografia; PETROBRAS N-1597 - Ensaio Não-Destrutivo - Visual; PETROBRAS N-1710 - Codificação de Documentos Técnicos de Engenharia; PETROBRAS N-1744 - Projeto de Oleodutos e Gasodutos Terrestres; PETROBRAS N-1947 - Aplicação de Revestimento à Base de Esmalte de Asfalto em Tubulações Enterradas ou Submersas; PETROBRAS N-1965 - Movimentação de Carga com Guindaste; PETROBRAS N-2047 - Apresentação de Projeto de Dutos Terrestres; PETROBRAS N-2177 - Projeto de Cruzamento e Travessia de Duto Terrestre; PETROBRAS N-2180 - Relatório para Classificação de Locação de Gasodutos Terrestres; PETROBRAS N-2200 - Sinalização de Faixa de Domínio de Duto e Instalação Terrestre de Produção; PETROBRAS N-2203 - Apresentação de Relatórios de Cruzamentos e Travessias de Dutos; ../Link.asp?cod=N-0012 ../Link.asp?cod=N-0047 ../Link.asp?cod=N-0133 ../Link.asp?cod=N-0381 ../Link.asp?cod=N-0442 ../Link.asp?cod=N-0505 ../Link.asp?cod=N-0556 ../Link.asp?cod=N-0650 ../Link.asp?cod=N-0683 ../Link.asp?cod=N-0845 ../Link.asp?cod=N-0862 ../Link.asp?cod=N-1041 ../Link.asp?cod=N-1190 ../Link.asp?cod=N-1502 ../Link.asp?cod=N-1594 ../Link.asp?cod=N-1595 ../Link.asp?cod=N-1597 ../Link.asp?cod=N-1710 ../Link.asp?cod=N-1744 ../Link.asp?cod=N-1947 ../Link.asp?cod=N-1965 ../Link.asp?cod=N-2047 ../Link.asp?cod=N-2177 ../Link.asp?cod=N-2180 ../Link.asp?cod=N-2200 ../Link.asp?cod=N-2203 N-0464 REV. F SET / 96 6 PETROBRAS N-2238 - Revestimento de Dutos Enterrados com Fitas Plásticas de Polietileno; PETROBRAS N-2328 - Revestimento de Junta de Campo para Duto Enterrado; PETROBRAS N-2444 - Material de Tubulação para Dutos, Bases, Terminais e Estações; ABNT NBR 5425 - Guia para Inspeção por Amostragem no Controle e Certificação da Qualidade; ABNT NBR 5426 - Planos de Amostragem e Procedimentos na Inspeção por Atributos; ABNT NBR 5427 - Guia para Utilização da norma ABNT NBR 5426; ABNT NBR 6502 - Rochas e Solos; ABNT NBR 12712 - Projeto de Sistemas e Distribuição de Gás Combustível; ANSI/ASME B 1.1 - Unified Inch Screw Threads; ANSI/ASME B 16.5 - Pipe Flanges and Flanged Fittings; ANSI/ASME B 16.20 - Metallic Gaskets for Pipe Flanges - Ring Joint, Spiral Wounds and Jacketed; ANSI/ASME B 16.21 - Non Metallic Flat Gaskets for Pipe Flanges; ANSI/ASME B 16.34 - Valves - Flanged, Threaded and Welding End; ANSI/ASMEB 31.4 - Liquid Transportation Systems for Hydrocarbons, Liquid Petroleum Gas, Anhydrous Ammonia and Alcohols; ANSI/ASME B 31.8 - Gas Transmission and Distribution Piping Systems; API SPEC 5L - Line Pipe; API SPEC 6D - Specification for Pipeline Valves (Gate, Plug, Ball and Check Valves); API STD 598 - Valve Inspection and Test; API STD 1104 - Welding Pipelines and Related Facilities; API RP 1110 - Recommended Practice for the Pressure Testing of Liquid Petroleum Pipelines; MSS SP-6 - Standard Finish for Contact Faces of Pipe Flanges and Connecting End Flanges of Valves and Fittings; MSS SP-44 - Steel Pipeline Flanges; MSS SP-55 - Quality Standard for Steel Castings for Valves, Flanges and Fittings and other Piping Components; ASME Boiler and Pressure Vessel Code - Section IX. 3 PROCEDIMENTOS EXECUTIVOS Devem ser emitidos obedecendo às documentações técnicas e gerenciais recebidas, para análise e aprovação prévia, constando no mínimo de: a) característica dos equipamentos a serem utilizados nas diferentes fases da construção; b) locação da faixa de domínio; c) terraplenagem, incluindo: acesso, abertura de pista, desmatamento, corte, aterro e desmonte de rocha; d) abertura e preparação da vala; e) manuseio, transporte e distribuição dos tubos; f) curvamento dos tubos; g) concretagem dos tubos; ../Link.asp?cod=N-2238 ../Link.asp?cod=N-2328 ../Link.asp?cod=N-2444 N-0464 REV. F SET / 96 7 h) ajustagem, alinhamento e fixação dos tubos e acessórios para soldagem; i) procedimento de soldagem e respectivos registros de qualificação; j) inspeção por ensaios não-destrutivos; k) revestimentos anticorrosivos em tubos, juntas e componentes de tubulação; reparos nos revestimentos; l) travessias e cruzamentos; m) abaixamento e cobertura na vala, inclusive proteção da vala; n) deteção de amassamento e limpeza interna dos tubos pela passagem de "pigs"; o) interligações ("tie-in") e instalação de complementos; p) teste hidrostático; q) restauração da pista; r) sinalização de faixa de domínio de dutos; s) execução dos desenhos "CONFORME CONSTRUÍDO"; t) condicionamento das instalações. 4 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS 4.1 Inspeção de Recebimento de Materiais 4.1.1 Geral 4.1.1.1 Os materiais devem ser inspecionados logo após o seu recebimento e antes de sua aplicação na montagem e devem estar de acordo com os documentos de compra e especificações de projeto. 4.1.1.2 Todos os materiais devem ser identificados e certificados. A identificação deve permitir a rastreabilidade até o certificado de qualidade do material. 4.1.1.3 O exame visual de fundidos deve ser feito conforme critério estabelecido pelos padrões MSS-SP-55. 4.1.2 Tubos 4.1.2.1 Todos os tubos devem estar identificados conforme os critérios do API Spec. 5L. 4.1.2.2 Deve ser verificado, por amostragem, conforme plano de inspeção (norma ABNT NBR 5425), se as seguintes características dos tubos estão de acordo com as especificações indicadas no projeto ou normas referenciadas: a) espessura, ovalização e diâmetro, segundo API Spec.5L; b) chanfro e ortogonalidade, segundo API Spec.5L; N-0464 REV. F SET / 96 8 c) estado das superfícies interna e externa, segundo critérios da especificação do material; d) empenamento, segundo API Spec.5L; e) estado do revestimento, segundo critérios da especificação de projeto. 4.1.2.3 Os critérios e exigências para aceitação e reparo de defeitos superficiais da fabricação dos tubos devem estar de acordo com os da norma ANSI/ASME B 31.4, para oleodutos, e os da ANSI/ASME B 31.8, para gasodutos. 4.1.3 Flanges 4.1.3.1 Os flanges devem possuir identificação estampada com as seguintes informações: tipo do flange, tipo de face, especificação e grau do material, diâmetro nominal, classe de pressão e diâmetro do furo. 4.1.3.2 Os certificados de qualidade de material de todos os flanges devem estar de acordo com a especificação ASTM pertinente. 4.1.3.3 As seguintes características dos flanges devem estar de acordo com as especificações indicadas no projeto ou as normas referenciadas: a) diâmetro interno, segundo ANSI/ASME B 16.5 ou MSS-SP-44; b) espessura do bisel nos flanges de pescoço de acordo com as especificações de projeto; c) altura e diâmetro externo do ressalto, segundo ANSI/ASME B 16.5 ou MSS SP 44; d) acabamento da face de contato segundo MSS-SP-6; e) dimensões de face de flanges segundo ANSI/ASME B 16.5 ou MSS-SP-44; f) dimensões de extremidades para solda de topo, encaixe para solda ou rosca (tipo e passo), segundo ANSI/ASME B 16.5 ou MSS-SP-44; g) dimensões da face para junta de anel, segundo ANSI/ASME B 16.5. 4.1.3.4 Deve ser verificado em todos os flanges se existem trincas, dobras, mossas, rebarbas, corrosão e amassamentos, bem como o estado geral da face e ranhura, sem presença de agentes causadores de corrosão, segundo critérios das normas ANSI/ASME B 16.5, MSS SP -6 ou MSS-SP-44. 4.1.4 Conexões 4.1.4.1 As conexões devem estar identificadas por pintura ou puncionamento pelo fabricante, com os seguintes dados: especificação completa do material, diâmetro, classe de pressão ou espessura, tipo e marca do fabricante. N-0464 REV. F SET / 96 9 4.1.4.2 Os certificados de qualidade do material devem estar de acordo com as especificações ASTM ou ANSI aplicáveis. 4.1.4.3 Deve ser verificado se as seguintes características das conexões estão de acordo com as especificações indicadas pelo projeto: a) diâmetro nas extremidades; b) circularidade; c) distância centro-face; d) chanfro, encaixe para solda ou rosca (tipo e passo); e) espessura; f) angularidade das curvas 45 e 90 graus; g) estado da superfície quanto a amassamentos, corrosão, trincas e soldas provisórias. 4.1.5 Válvulas 4.1.5.1 Todas as válvulas devem estar embaladas e acondicionadas de acordo com a norma API Spec.6D. 4.1.5.2 Todas as válvulas devem estar identificadas por plaqueta, de acordo com a codificação de projeto. 4.1.5.3 Em todas as válvulas dotadas de acionadores, devem ser realizados, previamente à montagem, testes de funcionamento. 4.1.5.4 Os certificados de qualidade do material devem estar de acordo com a especificação ASTM aplicável. 4.1.5.5 Deve ser verificado se as seguintes características das válvulas estão de acordo com as especificações no projeto: a) espessura do corpo; b) flanges (item 4.1.3); c) distância entre flanges; d) diâmetro interno. 4.1.5.6 O estado da superfície do corpo da válvula deve ser verificado quanto a corrosão, amassamento e falhas de fundição, empenamento da haste e aspecto geral do volante, segundo critérios da norma MSS-SP-55. N-0464 REV. F SET / 9610 4.1.5.7 Deve ser realizado, previamente, o teste hidrostático do corpo e sede das válvulas. A pressão de teste deve estar de acordo com a norma API SPEC 6D. Deve ser realizado um teste de contravedação e vedação para todas as válvulas de bloqueio. 4.1.5.8 As válvulas devem ser mantidas limpas, secas e engraxadas. As partes que devem ser protegidas são os internos e a haste, não sendo, entretanto, necessário desmontar a válvula para esta proteção. 4.1.6 Juntas de Vedação 4.1.6.1 Todas as juntas devem estar identificadas, contendo as seguintes características: material, tipo de junta, material de enchimento, diâmetros, classe de pressão e o padrão dimensional de fabricação. 4.1.6.2 As juntas de tipo anel (RTJ) não devem apresentar corrosão, amassamento, avarias mecânicas e trincas. 4.1.6.3 Deve ser verificado se as seguintes características das juntas estão de acordo com as especificações indicadas no projeto ou normas referenciadas: a) Não-Metálicas: Espessura, diâmetros externo e interno segundo critérios da norma ANSI/ASME B 16.21. b) Metálicas: Espessura, diâmetro externo e interno, passo (juntas espiraladas ou corrugadas) e dureza (anel) segundo critérios da norma ANSI/ASME B 16.20. 4.1.7 Parafusos e Porcas 4.1.7.1 Todos os lotes de parafusos e porcas devem ser identificados com as seguintes características: especificação, tipo de parafuso e dimensões. 4.1.7.2 Os certificados de qualidade do material de todos os lotes de parafusos e porcas devem estar de acordo com as especificações ASTM aplicáveis. N-0464 REV. F SET / 96 11 4.1.7.3 Deve ser verificado, por amostragem definida no item 4.1.9b), se as seguintes características das porcas e parafusos estão de acordo com as especificações adotadas pelo projeto ou as normas referenciadas: a) comprimento do parafuso, diâmetro do parafuso e porca, altura e distância entre faces e arestas da porca e tipo e passo da rosca, segundo os critérios das normas ANSI/ASME B 1.1, ANSI/ASME B 16.5 ou MSS SP-44; b) parafusos devidamente protegidos, livres de amassamentos, trincas e corrosão. 4.1.8 Tampões de Fecho Rápido 4.1.8.1 Todos os tampões de fecho rápido para lançadores ou recebedores de "Pigs" devem estar identificados, de acordo com as especificações do projeto. 4.1.8.2 Os certificados de material devem estar em conformidade com a especificação do projeto. 4.1.8.3 Deve ser verificada se as seguintes características estão de acordo com o projeto: a) diâmetro interno; b) chanfro; c) integridade do anel de vedação; d) classe de Pressão; e) material. 4.1.9 Amostragem 4.1.9.1 O plano de inspeção para verificação das características de inspeção por amostragem solicitadas nos itens 4.1.2.2 (tubos) e 4.1.7.3 (parafusos e porcas), conforme normas ABNT NBR 5425, ABNT NBR 5426 e ABNT NBR 5427 é o seguinte: a) tubos: nível geral de inspeção II,QL 15, plano de amostragem simples e risco do consumidor 5%; b) parafusos e porcas nível geral de inspeção II, QL 10. plano de amostragem simples e risco do consumidor 5%; c) eletrodos: conforme norma PETROBRAS N-133; d) embalagem de Tintas de acordo com as TABELAS 6 e 7 da norma ABNT NBR 5427; e) materiais de revestimento anticorrosivo: conforme normas PETROBRAS N-650, N-1947 e N-2238. ../Link.asp?cod=N-2238 ../Link.asp?cod=N-0133 ../Link.asp?cod=N-1947 ../Link.asp?cod=N-0650 N-0464 REV. F SET / 96 12 4.2 Armazenamento e Preservação 4.2.1 Tubos 4.2.1.1 O armazenamento dos tubos deve obedecer ao disposto nas seguintes normas: a) para tubos não revestidos: norma PETROBRAS N-683; b) para tubos revestidos: normas PETROBRAS N-650, N-1947 e N-2238; c) para tubos isolados com poliuretano: norma PETROBRAS N-556; d) para tubos concretados: norma PETROBRAS N-1502. 4.2.1.2 Para movimentação de tubos devem ser usados dispositivos de suspensão (patolas) que acomodem perfeitamente as extremidades dos tubos, de modo a assegurar a integridade dos chanfros e evitar a sua ovalização. 4.2.1.3 Os tubos devem ser mantidos permanentemente limpos, evitando-se a deposição de materiais estranhos em seu interior. Em nenhuma hipótese os tubos devem ser usados como local de armazenamento para ferramentas ou qualquer outro material. 4.2.1.4 Os chanfros dos tubos e conexões devem ser protegidos com verniz à base de resina vinílica após a sua limpeza manual ou mecânica que elimine gordura e pontos de corrosão. 4.2.2 Flanges 4.2.2.1 As faces de assentamento dos flanges devem ser protegidas contra corrosão com aplicação de graxa anticorrosiva não solúvel em água, bem como protegidas contra avarias. Os flanges devem ser armazenados e protegidos contra intempéries. 4.2.2.2 Os chanfros dos flanges devem ser protegidos com verniz à base de resina vinílica. 4.2.3 Válvulas Devem ser armazenadas e preservadas de acordo com a norma PETROBRAS N-12. 4.2.4 Parafusos e Porcas 4.2.4.1 Devem ser protegidos contra corrosão pela aplicação de graxa anticorrosiva não solúvel em água. ../Link.asp?cod=N-2238 ../Link.asp?cod=N-1947 ../Link.asp?cod=N-1502 ../Link.asp?cod=N-0012 ../Link.asp?cod=N-0683 ../Link.asp?cod=N-0556 ../Link.asp?cod=N-0650 N-0464 REV. F SET / 96 13 4.2.4.2 Devem ser armazenados em locais protegidos das intempéries, identificados e sem contato direto com o solo. 4.2.4.3 As porcas devem ser armazenadas rosqueadas nos parafusos. 4.2.5 Juntas de Vedação 4.2.5.1 As juntas de amianto e tipo anel devem ser armazenadas em superfícies planas, em locais abrigados das intempéries. 4.2.5.2 As superfícies metálicas das juntas devem ser protegidas com graxa anticorrosiva não solúvel em água. 4.2.6 Conexões 4.2.6.1 As conexões devem ser mantidas em suas embalagens originais, devidamente identificadas e protegidas das intempéries. 4.2.6.2 As conexões para solda de topo devem ter os chanfros protegidos por verniz à base de resina vinílica. 4.2.6.3 As roscas das conexões devem ser protegidas por meio de graxa anticorrosiva não solúvel em água ou verniz removível à base de resina vinílica. 4.2.6.4 O armazenamento deve ser feito de modo a evitar acúmulo de água dentro das conexões e o contato direto entre elas ou com o solo. 4.2.7 Tampões de Fecho Rápido 4.2.7.1 Devem ser armazenados fechados e protegidos de danos mecânicos e contra a corrosão. 4.2.7.2 O anel de vedação deve ser armazenado com vaselina em embalagem plástica. N-0464 REV. F SET / 96 14 4.3 Projeto Executivo 4.3.1 São considerados projetos executivos, de responsabilidade da executante, todos os projetos de detalhamento necessários à execução dos serviços de construção e montagem. 4.3.2 Os documentos técnicos devem ser executados conforme a norma PETROBRAS N-2047 (Apresentação de Projeto de Dutos Terrestres) e codificados conforme a norma PETROBRAS N-1710 (Codificação de Documentos Técnicos de Engenharia). 4.4 Locação e Marcação da Faixa de Domínio e da Pista 4.4.1 A faixa de domínio e a pista devem ser demarcadas a partir da diretriz estabelecida nos documentos de projeto e de acordo com as seguintes condições: a) as lateraisda faixa de domínio e da pista devem ser identificadas no máximo a cada 50 metros; b) as testemunhas devem ser colocadas nas laterais da faixa de domínio, em locais de fácil visibilidade; c) sinalização de referência provisória deve ser fixada a cada quilômetro; d) os pontos de inflexão horizontais devem ser marcados. 4.4.2 Quando necessário, a diretriz projetada pode ser alterada, desde que a alteração seja previamente aprovada; o levantamento topográfico planialtimétrico, cadastral e jurídico da faixa de domínio e apresentação de resultados da diretriz modificada devem ser executados de acordo com as normas PETROBRAS N-47, N-1041 e N-2180. 4.4.3 A locação da posição de outros dutos existentes, em relação ao eixo da faixa, deve ser feita de acordo com os seguintes critérios: a) consulta aos desenhos "Conforme Construído" e ao cadastro das concessionárias de serviços públicos; b) localização dos dutos existentes através do emprego de detector de tubos e de sondagens por poços cavados manualmente; c) sondagem adicional em caso de existirem dúvidas nos resultados do detector de tubos; d) colocação de sinalização provisória sobre os dutos existentes com espaçamento máximo de 20 metros: nas curvas essa distância deve ser reduzida para um valor condizente com seu raio de curvatura; e) sinalização e proteção adequada dos suspiros, pontos de testes e peças especiais existentes; f) identificação e sinalização dos trechos onde for detectada baixa cobertura dos dutos existentes, de forma a alertar os operadores de equipamentos sobre a impossibilidade de trânsito nestes locais. ../Link.asp?cod=N-2047 ../Link.asp?cod=N-2180 ../Link.asp?cod=N-1710 ../Link.asp?cod=N-1041 ../Link.asp?cod=N-0047 N-0464 REV. F SET / 96 15 4.5 Abertura da Pista 4.5.1 Somente em condições excepcionais, quando for concluído pela total inviabilidade técnica dos serviços de montagem, serão permitidos cortes que alterem os perfis - transversal e longitudinal - originais do terreno: todos os cortes devem ser executados de acordo com um projeto de terraplenagem específico. 4.5.2 Os raios de curvatura horizontais e verticais da pista devem estar compatíveis com o método previsto para a mudança de direção do duto, procurando-se, sempre que possível, respeitar os limites para curvamento a frio dos dutos revestidos, conforme definido no item 4.8.4. 4.5.3 A camada vegetal, quando removida, deve ser estocada para posterior reposição nos taludes de corte, aterros, pistas, caixas de empréstimo ou bota-fora, quando da restauração. Nesse caso a pista acabada deve ter uma inclinação transversal para o lado oposto ao da vala, da ordem de 2%. 4.5.4 O bota-fora, quando ocorrer, deve ser disposto em local adequado com a prévia autorização dos proprietários, envolvendo as autoridades competentes, e com inclinações compatíveis com a natureza do material constituinte, de modo que seja evitado qualquer dano a terceiros e obstrução ou poluição de mananciais. 4.5.5 Independente dos serviços de proteção e drenagem definitiva que serão realizados na pista, serviços necessários de drenagem e proteção em áreas críticas devem ser imediatamente realizados, de modo a não expor a riscos a pista e as propriedades adjacentes. 4.5.6 Deve ser evitado que os talvegues originais dos cursos d'água interceptados sejam assoreados pelo material da terraplenagem, com o conseqüente lançamento do duto em cota superior à linha do talvegue original. 4.5.7 Os acessos de serviço somente podem ser executados com a autorização formal dos proprietários e autoridades competentes. 4.5.8 Devem ser executados todos os serviços provisórios necessários à preparação da pista. 4.5.9 Nas travessias de cursos d'água, a abertura da pista deve ser feita de forma a evitar o represamento ou diminuição da seção de escoamento. N-0464 REV. F SET / 96 16 4.5.10 Tanto quanto possível deve ser evitada a realização de aterros na pista, os quais quando necessários devem ser realizados de forma controlada de modo a ser obtido um grau de compactação no mínimo igual ao das condições locais. 4.5.11 Deve ser executada uma drenagem provisória da pista. As saídas de água sobre as saias dos aterros devem ser evitadas; quando indispensáveis, a região atingida do aterro deve ser adequadamente protegida. 4.5.12 Os cursos d'água que originalmente escoem para ou sobre a pista devem ser desviados e canalizados. Nos casos em que não for possível executar o desvio dos cursos d'água ou em que a abertura da pista interferir com mananciais, devem ser executadas as obras que se fizerem necessárias para evitar o arraste de material, a erosão da pista ou a destruição do manancial. 4.5.13 Quando a faixa atravessar áreas ocupadas por vegetações arbóreas onde se fizer necessário o desmatamento, devem ser tomados os seguintes cuidados: a) o tombamento das árvores deve ser sobre a faixa; b) as árvores de grande porte devem sofrer desgalhamento prévio de modo a não atingir a vegetação fora da faixa; c) o destocamento e a remoção de raízes ao longo do eixo da vala devem ser executados; d) os tocos e raízes existentes na pista devem ser removidos, de modo a permitir o livre trânsito de equipamentos. 4.5.14 Quando a diretriz atravessar pomares, jardins, matas, reservas florestais e áreas de reflorestamento, a pista deve ser aberta com a largura estritamente necessária ao lançamento da linha e de modo a não ocasionar o rebaixamento do greide existente. 4.5.15 Devem ser pesquisadas, materializadas e perfeitamente identificadas, antes da abertura da pista, as interferências com vias, tubulações de água, esgoto e gás, cabos elétricos e telefônicos, drenos, valas de irrigação, canais e outras instalações superficiais e subterrâneas. 4.5.16 Se for necessário o uso de material explosivo para remoção de rochas, raízes e outros obstáculos existentes na pista, devem ser observadas as disposições do Ministério do Exército e Ministério do Trabalho. 4.5.17 Todas as providências devem ser tomadas de modo a minimizar as interferências e os possíveis prejuízos que possam advir, em decorrência da execução dos serviços, às atividades desenvolvidas pelo proprietário da área, ou pela autoridade governamental competente, tais como: a) nenhum trabalho deve ser iniciado sem o conhecimento do proprietário; N-0464 REV. F SET / 96 17 b) nenhuma remoção de instalações de terceiros pode ser feita sem a autorização dos mesmos; c) em caso de cercas a serem removidas, deve ser construida uma provisória, até a sua reconstrução definitiva; a cerca provisória deve ser mantida fechada sempre que a passagem não estiver sendo utilizada; d) devem ser executados todos os serviços complementares considerados necessários à segurança,à proteção pessoal e às atividades econômicas desenvolvidas na área atravessada, como, por exemplo: - cercas de proteção em taludes, principalmente em áreas de criação de animais; - sinalização de alerta para movimentação de equipamentos. 4.5.18 Os blocos de rocha que se apresentam em posição perigosa nas laterais da pista devem ser removidos ou estabilizados. 4.5.19 As testemunhas e demais sinalizações provisórias removidas durante a abertura da pista devem ser recompostas. 4.6 Abertura e Preparação da Vala 4.6.1 Na execução dos serviços de abertura da vala devem ser consideradas as seguintes informações fornecidas pelo projeto: a) posição do eixo da vala, em relação à linha de centro da pista; b) dimensões da seção da vala; c) raios de curvatura permitidos, para cada diâmetro e espessura da linha, conforme item 4.8.4; d) interferência com instalações existentes. 4.6.2 Devem ser estaqueados, a cada dois metros, os locais com curvas horizontais executadas mecanicamente. 4.6.3 Deve ser mantida uma equipe de topografia, com a finalidade de locar o eixo e de fazer o levantamento planialtimétrico do fundo da vala, necessário à preparação do programa de curvamento dos tubos. 4.6.4 Nos pontos onde o tubo deve ser curvado, a vala deve ser pelo menos 30 (trinta) cm mais larga (curvas horizontais) ou mais profunda (curvas verticais) do que as dimensões originais, a fim de permitir acomodação da tubulação. N-0464 REV. F SET / 96 18 4.6.5 Devem ser removidas todas as irregularidades existentes no fundo da vala, de forma a garantir o apoio contínuo da linha; as pontas de rocha ou matacões devem ser cortadas, no mínimo, 20 (vinte) centímetros abaixo da cota do fundo da vala. No caso de terrenos moles ou compressíveis, essa altura deve ser aumentada para 50 (cinqüenta) centímetros. 4.6.6 Na abertura da vala, devem ser observadas as seguintes recomendações: a) a técnica de desmonte a ser adotada para valas em rocha sã ou fraturada deve garantir a geometria fixada no projeto e atender ao item 4.5.16; b) a ocorrência de surgências, infiltrações e percolações devem ser investigadas e cadastradas; devem ser previstos meios adequados para a sua drenagem no fundo da vala, tais como: colchão de areia e dreno cego; c) as valas devem ser abertas somente após a preparação da coluna para abaixamento e devem ser cercadas e sinalizadas, em áreas habitadas ou nas suas proximidades. 4.6.7 A abertura da vala deve atender às autorizações emitidas pelo órgão responsável ou proprietário, tais como: sinalização, tapumes, remanejamento, passagens provisórias, escoramentos, proteções de estruturas e edificações adjacentes. O material proveniente das escavações deve ser disposto de modo a não causar obstruções a terceiros. 4.6.8 Nas transições entre diferentes profundidades de vala, recomenda-se que a concordância do fundo da vala seja compatível com o curvamento natural do tubo utilizado. 4.7 Transporte, Distribuição e Manuseio de Tubos e Outros Materiais 4.7.1 As operações de transporte dos materiais, especialmente tubos, devem ser realizadas de acordo com as disposições das autoridades responsáveis pelo trânsito na região atravessada. As ruas, rodovias federais, estaduais e municipais, ou estradas particulares não devem ser obstruídas durante o transporte e este deve ser feito de forma a não constituir perigo para o trânsito normal de veículos. 4.7.2 No transporte de tubos, as cargas devem ser dispostas de modo a permitir amarração firme e a não danificar o tubo ou seu revestimento. Antes de efetuar o desamarramento da pilha para descarga, deve ser feita uma inspeção visual, a fim de verificar se os tubos estão convenientemente apoiados, sem risco de rolamento. 4.7.3 Devem ser mantidos nos locais de armazenamento e nos de distribuição de tubos ao longo da faixa, pessoal e equipamentos adequados ao manuseio dos tubos, conforme norma PETROBRAS N-1965, bem como à manutenção, segurança e limpeza permanente da área. ../Link.asp?cod=N-1965 N-0464 REV. F SET / 96 19 4.7.4 Os tubos devem ser distribuídos ao longo da faixa, de maneira a não interferir no uso normal dos terrenos atravessados. 4.7.5 Os tubos devem ser distribuídos, conforme planilha de distribuição baseada em projeto, contendo no mínimo os seguintes dados: material, diâmetro, espessura, revestimento anticorrosivo, isolamento, curvatura, revestimento de concreto e número do tubo (conforme seqüência de montagem). 4.7.5.1 Caso seja adotada numeração seqüencial do tubo para montagem, deve haver uma correlação com o número do fabricante. 4.7.6 A estocagem ao longo da faixa e a movimentação de tubos revestidos ou isolados deve obedecer ao disposto nas seguintes normas: a) para tubos não revestidos: norma PETROBRAS N-683; b) para tubos revestidos: normas PETROBRAS N-650, N-1947 e N-2238; c) para tubos isolados com poliuretano: norma PETROBRAS N-556; d) para tubos concretados: norma PETROBRAS N-1502. 4.7.7 Para o manuseio dos tubos durante carregamento ou descarregamento, devem ser usadas cintas de largura apropriada ou ganchos especiais (patolas) para evitar danos nos tubos. Estes ganchos devem ser revestidos de material mais macio que o material do tubo, sendo os ganchos projetados para conformar-se à curvatura interna dos tubos, devendo também apoiar um mínimo de 1/8 da circunferência do tubo. 4.7.8 Para o descarregamento de feixes de tubos não revestidos devem ser utilizadas cintas de nylon. Tais cintas devem ajustar-se ao feixe, de modo a impedir movimentos relativos entre os tubos. 4.7.9 Os equipamentos utilizados na distribuição dos tubos devem ter as suas lanças protegidas com borracha, feltro ou material similar. 4.7.10 Nos trechos em que for necessário o emprego de explosivos, a distribuição de tubos deve ser executada após a escavação. 4.7.11 Em rampas íngremes, deve ser executada uma ancoragem provisória dos tubos distribuídos na pista para evitar o seu deslizamento. 4.7.12 Quando distribuídos, os tubos devem ser apoiados com cuidado, de forma a impedir a ocorrência de danos no bisel e no revestimento anticorrosivo. Os tubos devem ser apoiados sobre sacos com material selecionado e ficar no mínimo a 30 cm do solo. ../Link.asp?cod=N-2238 ../Link.asp?cod=N-1947 ../Link.asp?cod=N-1502 ../Link.asp?cod=N-0683 ../Link.asp?cod=N-0650 ../Link.asp?cod=N-0556 N-0464 REV. F SET / 96 20 4.8 Curvamento 4.8.1 O curvamento de tubos deve obedecer ao disposto nas seguintes normas: a) para oleodutos - ANSI/ASME B 31.4; b) para gasodutos - ANSI/ASME B 31.8 e ABNT NBR 12712. 4.8.2 Deve ser verificada a adequação dos equipamentos de curvamento ao tubo a ser curvado. 4.8.3 Para adequação ao projeto de terraplenagem e abertura da vala, no que se refere aos seus raios horizontais e verticais, o raio mínimo de curvatura do tubo deve ser previamente verificado, através de um teste de qualificação, utilizando-se os tubos a serem aplicados, preservando-se o disposto no item 4.8.1. 4.8.4 O método de curvamento deve ser previamente aprovado e satisfazer às seguintes condições mínimas de inspeção: a) a diferença entre o maior e o menor dos diâmetros externos, medidos em qualquer seção do tubo, após o curvamento, não pode exceder 5% do seu diâmetroexterno especificado na norma dimensional de fabricação; b) não são permitidos enrugamento e danos mecânicos no tubo e no revestimento; c) o tubo com grau de curvatura igual ou superior a 50% do grau máximo de curvatura, estabelecido no seu procedimento de curvamento, deve ser inspecionado por passagem de gabarito interno para verificar se a ovalização está dentro do prescrito em 4.8.4 a). Para a determinação do diâmetro da placa do gabarito deve ser utilizada a seguinte fórmula: DP = 0,975 x D - 2 x e Onde: DP = diâmetro da placa; e = espessura nominal de parede do tubo; D = diâmetro externo do tubo. d) o tubo, mesmo com grau de curvatura inferior a 50% do grau máximo de curvatura, que após inspeção visual apresentar indícios de ovalização maior do que a indicada em 4.8.4 a) deve ser submetido a inspeção por passagem de gabarito interno; e) deve ser feita inspeção visual em toda a superfície do tubo para verificar possíveis danos nos biséis, corpo e no revestimento anticorrosivo; f) a curvatura deve ser distribuída, o mais uniformemente possível, ao longo do comprimento do tubo; g) em cada extremidade do tubo a ser curvado deve ser deixado um comprimento reto mínimo determinado na qualificação; N-0464 REV. F SET / 96 21 h) nos tubos com costura, não é permitida a coincidência da solda longitudinal com a geratriz mais tracionada ou mais comprimida, devendo o curvamento ser executado de forma que a solda longitudinal seja localizada o mais próximo possível do eixo neutro do tubo curvado, com uma tolerância de 30 graus; i) nos curvamentos de tramos que contenham uma solda circunferencial, deve ser deixado um comprimento reto mínimo de 01(um) metro para cada lado desta; caso isto não seja possível, o curvamento pode ser realizado, desde que a solda circunferencial seja totalmente radiografada após o curvamento; não é admitido o reparo da solda; j) o curvamento de tubos com costura deve ser realizado de modo a evitar, durante a soldagem, a coincidência das soldas longitudinais, mantendo a defasagem mínima; k) antes do curvamento a geratriz que vai ser mais comprimida deve ser marcada a tinta; l) devem ser marcadas a tinta as seções do tubo a serem golpeadas durante o curvamento; m) o tubo já curvado não pode ter aumentado o seu raio de curvatura; n) o tubo curvado deve ter a posição de sua geratriz superior marcada junto às extremidades. 4.8.5 Quando a temperatura ambiente for inferior a 18 graus Celsius, os tubos dotados de revestimento betuminoso devem ser submetidos a um aquecimento pelo lado interno, antes de serem curvados, tomando-se o devido cuidado para que a temperatura se mantenha abaixo do ponto de amolecimento do material do revestimento. 4.8.6 Quando for utilizado o curvamento natural, este não deve ultrapassar o limite elástico do material, fixado pelo projeto. 4.8.7 O raio mínimo de curvatura, para curvamento natural, para linhas trabalhando com produtos a temperatura ambiente, deve ser calculado pela seguinte fórmula: R Ec D Sv PD e = − . / , , / 2 0 9 0 7 2 Onde: R = raio mínimo de curvatura para curvamento natural, em cm; Ec = módulo de elasticidade do material, em MPa; Sv = tensão mínima de escoamento especificada, em MPa; D = diâmetro externo do tubo, em cm; e = espessura nominal da parede do tubo, em cm; P = pressão de projeto do duto, em MPa. Nota: Ec = 2,00 x 105 MPa para aço-carbono a temperatura ambiente de 21°C. N-0464 REV. F SET / 96 22 4.8.8 O curvamento a quente só pode ser empregado quando seu método de execução previr aquecimento uniforme por indução elétrica de alta-freqüência e resfriamento controlado. 4.8.9 Os tubos curvados devem ser marcados com as seguintes informações: a) ângulo da curva; b) posição da geratriz superior (na montagem); c) local de aplicação; d) sentido de montagem. 4.9 Soldagem 4.9.1 A soldagem deve ser executada de acordo com as normas PETROBRAS N-133, ANSI/ASME B 31.4 e ANSI/ASME B 31.8. 4.9.2 Para dutos a qualificação dos procedimentos de soldagem e dos soldadores deve ser feita de acordo com o API Std 1104. Para complementos, como alternativa, pode ser usada a norma ASME Seção IX. 4.9.3 A preparação e detalhamento de chanfros e ajustagem das peças devem ser verificados por meio de gabaritos apropriados aferidos e estar de acordo com as normas ANSI/ASME B 31.8 para gasodutos e ANSI/ASME B 31.4 para oleodutos. 4.9.4 Quando for necessária a remoção de uma solda circunferencial, esta deve ser feita através de um anel cujo corte esteja no mínimo a 50 mm de distância do eixo da solda. 4.9.5 Todas as extremidades biseladas para soldagem devem ser esmerilhadas e as bordas dos tubos devem ser escovadas numa faixa de 50 mm em cada lado da região do bisel, externa e internamente, ao tubo. Se houver umidade, a junta deve ser seca por uso de maçarico, com chama não concentrada (chuveiro). 4.9.6 Antes do acoplamento dos tubos, deve ser feita inspeção e limpeza interna, para verificação de presença de detritos ou impurezas, que possam prejudicar a soldagem ou passagem dos "pigs" de limpeza e detecção de amassamento. Deve-se na oportunidade identificar, nas extremidades, a posição da solda longitudinal. 4.9.7 Antes do acoplamento dos tubos, suas extremidades não revestidas devem ser inspecionadas interna e externamente, verificando-se descontinuidades, como defeitos de laminação, mossas, amassamentos, entalhes ou outras descontinuidades superficiais. ../Link.asp?cod=N-0133 N-0464 REV. F SET / 96 23 4.9.8 Não são permitidos amassamentos e entalhes no bisel com mais de 2 mm de profundidade; caso ocorram, tais defeitos devem ser removidos por métodos mecânicos de desbaste ou pela retirada de um anel. Mesmo critério aplica-se para válvulas e conexões. 4.9.9 Todos os biséis de campo dos tubos devem ser feitos de acordo com os critérios de acabamento previstos no API Spec 5L. 4.9.10 Devem ser utilizados, preferencialmente, acopladores de alinhamento interno. 4.9.11 Os acopladores de alinhamento interno não devem ser removidos antes da conclusão do primeiro passe. 4.9.12 Quando for usado acoplador de alinhamento externo, o comprimento do primeiro passe de solda deve ser simetricamente distribuído em pelo menos 50% da circunferência antes de sua remoção. 4.9.13 O tubo não deve ser movimentado antes da conclusão do primeiro passe ou após o lixamento deste. Neste caso, deve-se concluir a execução do segundo passe para permitir sua movimentação. No caso de tubos concretados ou colunas que possam ser submetidas a tensão durante a soldagem, a movimentação só deve ser feita após a conclusão do segundo passe. 4.9.14 No acoplamento de tubos de mesma espessura nominal, o desalinhamento máximo permitido é de 20% da espessura nominal, limitando-se a 1,6 mm. Para tubos de espessuras diferentes devem ser usados os padrões das normas ANSI/ASME B 31.4 e ANSI/ASME B 31.8, respeitando-se a resistência mecânica necessária à junta, sendo preferível o uso de niple de transição.4.9.15 O preaquecimento, quando aplicável, deve-se estender por pelo menos 100 mm de ambos os lados do eixo da solda. 4.9.16 A temperatura de preaquecimento, estipulada no procedimento de soldagem qualificado, deve ser mantida durante toda a soldagem e em toda a extensão da junta e verificada através de lápis de fusão ou pirômetro de contato, na superfície diametralmente oposta à incidência da chama de aquecimento. 4.9.17 No preaquecimento de tubos, é permitido o uso de maçarico, com chama não concentrada (chuveiro). N-0464 REV. F SET / 96 24 4.9.18 O intervalo de tempo entre os passes de solda, deve atender ao especificado no procedimento de soldagem qualificado, conforme API STD 1104. 4.9.19 Na montagem devem ser observados os seguintes cuidados adicionais: a) manter fechadas, através de tampões, as extremidades dos trechos soldados, a fim de evitar a entrada de animais, água, lama e objetos estranhos; não é permitida a utilização de pontos de solda para fixação destes tampões; b) recolher as sobras de tubos e restos de consumíveis de soldagem, bem como de quaisquer outros materiais utilizados na operação de soldagem, os quais devem ser transportados para o canteiro da obra; c) reaproveitar sobras de tubos, desde que estejam em bom estado; d) já que não são permitidos entalhes metalúrgicos provocados pela abertura de arco de soldagem em tubulações onde a máxima pressão de operação (MPO) provoque tensões circunferenciais iguais ou superiores a 40% da tensão mínima de escoamento especificada; qualquer vestígio deste defeito deve ser eliminado de acordo com as normas ANSI/ASME B 31.4, ANSI/ASME B 31.8 e ABNT NBR 12712; e) devem ser iniciados os passes de solda em locais defasados em relação aos anteriores e o início de um passe deve sobrepor o final do passe anterior; f) não é permitido o puncionamento das soldas para sua identificação; g) não é permitido reparo em áreas de solda anteriormente reparadas. 4.10 Inspeção Após Soldagem 4.10.1 Os critérios de aceitação de descontinuidades de soldagem e reparo de dutos e seus complementos, quando da inspeção das soldas por ensaios não-destrutivos, devem seguir os requisitos do API Std 1104. 4.10.2 Quando for iniciada a soldagem de um duto ou quando houver mudança no procedimento de soldagem, devem ser inspecionadas as 50 (cinqüenta) primeiras juntas em toda a circunferência. 4.10.2.1 Se adotado o processo de soldagem manual por eletrodo revestido, a inspeção acima mencionada deve ser por radiografia ou ultra-som. Caso seja adotado qualquer outro processo de soldagem , a inspeção deve ser por radiografia e ultra-som. 4.10.3 Completada a soldagem do trecho inicial citado no item 4.10.2 a mesma deve ser reiniciada após o resultado dos ensaios não-destrutivos previstos nesta Norma. 4.10.4 Se o índice de rejeição for inferior ou igual a 10% das juntas soldadas, a partir do trecho ensaiado devem ser usados os critérios previstos nos itens 4.10.7 e 4.10.8. N-0464 REV. F SET / 96 25 4.10.5 Se o índice de rejeição for superior a 10%, um trecho seguinte de igual número de juntas conforme item 4.10.2 deve ser inspecionado pelo mesmo método, em toda a circunferência. Caso, no segundo trecho, a rejeição continue superior a 10% deve ser feita a análise da causa da rejeição, englobando: soldadores, material, consumíveis, máquina de solda, condições ambientais e outros. Após ação corretiva no processo deve ser inspecionado um novo trecho de igual número de juntas ao inicial e assim sucessivamente. 4.10.6 As juntas a serem inspecionadas por ensaio radiográfico ou ultra-som, são classificadas de acordo com os seguintes critérios: a) Juntas de Escolha Dirigida - são aquelas juntas onde haja suspeita de defeitos, levantadas durante o acompanhamento da soldagem, ou de inspeção obrigatória; b) Juntas Aleatórias - escolhidas aleatoriamente dentro dos percentuais exigidos nesta Norma. c) Juntas de Aumento de Amostragem - são aquelas oriundas do aumento de amostragem de inspeção conforme item 4.10.10.1. 4.10.6.1 As juntas de escolha dirigidas e as inspecionadas 100%, conforme projeto, não fazem parte do controle estatístico, nem justificam o aumento de amostragem. 4.10.6.2 O controle estatístico das juntas é sempre realizado por quilômetro. 4.10.7 Para oleodutos, a extensão dos ensaios não-destrutivos a serem aplicados é a seguinte: a) Inspeção Visual: - 100% das juntas, em toda a circunferência conforme norma PETROBRAS N-1597; b) Inspeção por Ensaio Radiográfico ou Ultra-Som: - juntas de cruzamentos, travessias, "tie-ins" e trechos especiais indicados no projeto: 100% das juntas, em toda a circunferência; - juntas de tubulações instaladas em áreas residenciais, comerciais e industriais: 100% das juntas, em toda a circunferência; - juntas de tubulações de lançadores, recebedores de pigs e complementos: 100% das juntas, em toda a circunferência; - demais juntas: 10% das juntas, em toda a circunferência. 4.10.8 Para gasodutos, a extensão dos ensaios não-destrutivos é a seguinte: a) Inspeção Visual: - 100% das juntas, em toda a circunferência, conforme norma PETROBRAS N-1597; ../Link.asp?cod=N-1597 ../Link.asp?cod=N-1597 N-0464 REV. F SET / 96 26 b) Inspeção por Ensaio Radiográfico ou Ultra-Som: - juntas de cruzamentos, travessias, estações de compressão, "tie-ins" e trechos especiais indicados no projeto: 100% das juntas, em toda a circunferência; - juntas de tubulações de lançadores, recebedores de pigs e complementos:100% da junta, em toda a circunferência; - demais juntas: de acordo com a TABELA 1. TABELA 1 - EXTENSÃO DE INSPEÇÃO POR ENSAIO NÃO-DESTRUTIVO POR RADIOGRAFIA OU ULTRA-SOM(1) Limites (2) Classe de Locação Porcentagem (min) de Juntas a serem Ensaiadas Sc < 0,2 Sy Sc ≥ 0,2 Sy qualquer 1 2 3 4 0% 10% 15% 40% 75% Notas: 1) Pode-se dispensar o ensaio não-destrutivo em qualquer das duas seguintes situações: a) gasoduto com diâmetro nominal inferior a 6" - independentemente do valor da tensão Sc; b) reduzida quantidade de soldas em um gasoduto projetado para Sc < 0,4 Sy independentemente do diâmetro nominal; c) em ambos casos as soldas devem ser visualmente inspecionadas e aprovadas por um inspetor de solda qualificado; 2) Sy = tensão mínima de escoamento especificada; Sc = tensão circunferencial produzida pela máxima pressão de operação. 4.10.9 O ensaio por ultra-som deve preferencialmente gerar um registro gráfico ou digital abrangendo 100% da circunferência da junta inspecionada. 4.10.10 Durante a execução dos serviços de construção do duto, deve ser realizado um acompanhamento do "Índice de Juntas Reprovadas" calculado para cada quilômetro do duto soldado, conforme abaixo: ÍndicedeJuntasReprovadas Total de Juntas Reprovadas por END no Quilômetro Total de Juntas Inspecionadas por END no Quilômetro = x 100% N-0464 REV. F SET / 9627 4.10.10.1 Quando o índice de juntas reprovadas for superior a 12,5% deve haver aumento de amostragem, na proporção de 2 (duas) juntas adicionais a serem inspecionadas para cada junta reprovada. 4.10.10.2 Caso as juntas sejam aprovadas no aumento de amostragem, o quilômetro é considerado liberado, após o devido reparo dos defeitos. 4.10.10.3 Caso alguma junta seja reprovada após o aumento de amostragem, deve ser feito novo aumento de amostragem, na mesma proporção, quantas vezes for necessário, até que todas as juntas de um mesmo aumento de amostragem sejam aprovadas, ou se alcance a totalidade das juntas do quilômetro inspecionado por END. 4.11 Revestimento Externo das Juntas 4.11.1 O revestimento externo das juntas deve obedecer ao disposto nas especificações de projeto e nas seguintes normas: a) para tubos revestidos: normas PETROBRAS N-650, N-1947, N-2238 e N-2328; b) para tubos isolados com poliuretano: norma PETROBRAS N-556; c) para tubos concretados: norma PETROBRAS N-1502. 4.11.2 Nas travessias, cruzamentos e onde indicado no projeto, as juntas dos tubos revestidos com concreto devem ser igualmente concretadas. 4.12 Pintura A pintura externa dos trechos aéreos deve ser executada de acordo com a norma PETROBRAS N-442, atendendo às condições ambientais estabelecidas no projeto. 4.13 Abaixamento e Cobertura da Vala 4.13.1 O abaixamento dos tubos na vala deve ser realizado imediatamente após o exame das condições dos tubos, do revestimento e da vala. O exame visa principalmente: a) localizar defeitos ou danos nos tubos e no revestimento; b) verificar a existência de tampões nas extremidades dos trechos a serem abaixados; caso negativo, deve ser feita uma inspeção visual e proceder a uma limpeza interna, quando necessário; c) verificar as condições do fundo da vala e das suas paredes laterais. ../Link.asp?cod=N-2238 ../Link.asp?cod=N-2328 ../Link.asp?cod=N-1947 ../Link.asp?cod=N-1502 ../Link.asp?cod=N-0650 ../Link.asp?cod=N-0556 ../Link.asp?cod=N-0442 N-0464 REV. F SET / 96 28 4.13.2 O abaixamento dos tubos não revestidos externamente com concreto deve ser precedido do esgotamento da água existente na vala. Quando não for possível tal esgotamento e, conseqüentemente, a verificação das condições da vala, devem ser utilizados meios que assegurem a proteção do revestimento anticorrosivo dos tubos, como mantas de proteção mecânica e esteiras de madeira. 4.13.3 Quando a vala for aberta em terrenos com ocorrência de rochas, que podem causar danos ao revestimento externo dos tubos, o abaixamento deve ser precedido da utilização de meios adequados de proteção, podendo ser utilizados, inclusive combinados, os métodos a seguir: a) revestimento do fundo da vala com uma camada de solo, isento de pedras e outros materiais que possam danificar o revestimento do tubo, na espessura mínima de 20 (vinte) centímetros; b) uso de apoios de sacos de areia ou de solo selecionado, espaçados regularmente de forma a evitar qualquer contato dos tubos com o fundo da vala; c) envolvimento dos tubos com mantas de proteção mecânicas e esteiras de madeira; d) envolvimento dos tubos com jaqueta de concreto de proteção mecânica. 4.13.4 O abaixamento deve ser feito por método que garanta a perfeita acomodação dos tubos no fundo da vala e em sua posição correta, evitando deslocamentos, deslizamentos, tensões e oscilações excessivas, deformações e danos ao revestimento. 4.13.5 O espaçamento entre os pontos de sustentação dos tubos a serem abaixados, deve ser de forma a garantir a não-ocorrência de tensões, que possam ultrapassar o limite elástico do material. O número mínimo de pontos de sustentação durante o abaixamento deve ser de 3 (três). 4.13.6 Para o abaixamento de trechos revestidos com isolante térmico deve ser observado o seguinte: a) não devem ser utilizados pontos de sustentação deslizantes ou rolantes; b) as faixas de sustentação devem ter largura suficiente de modo a não provocar o esmagamento do isolamento térmico; c) o número mínimo de pontos de sustentação deve ser definido previamente pelo projeto. 4.13.7 Quando for utilizado o método de abaixamento com alças, os seguintes cuidados devem ser observados: a) o trecho entre duas alças consecutivas deve ser abaixado de forma a ajustar-se corretamente ao fundo da vala; N-0464 REV. F SET / 96 29 b) a distância entre duas alças, bem como a sua localização e distribuição ao longo do trecho a ser abaixado, deve ser determinada em função das curvas verticais e horizontais existentes no trecho considerado; o comprimento das alças é função das características da tubulação, da configuração e extensão do trecho a ser abaixado e a folga a ser absorvida; c) nenhuma alça deve ser abaixada na vala sem que um comprimento suficiente de tubulação esteja coberto entre a alça e a extremidade livre do trecho; d) a tubulação abaixada deve ser coberta com uma camada suficiente de solo para mantê-la assentada no fundo da vala; e) o abaixamento das alças deve ser feito durante o horário de menor temperatura ambiente; essa operação deve ser feita de forma que a maior extensão possível do trecho fique assentada no fundo da vala e que todas as seções do tubo fiquem submetidas a tensões de compressão longitudinal; f) durante o abaixamento das alças, todas as curvas verticais de concavidade voltada para cima, bem como as curvas horizontais, devem ficar assentadas no fundo da vala, sendo que as curvas horizontais devem ser posicionadas de encontro à parede da vala. 4.13.8 Todo tubo deve ser abaixado na vala e coberto imediatamente após o teste do revestimento, de acordo com a norma ou especificação aplicável. 4.13.9 Em locais onde houver a ocorrência de percolação, surgência e interceptação de veios d'água, em rampas de inclinação superior a 5%, o abaixamento deve ser seguido pela construção de um sistema de drenagem de fundo de vala, conforme projeto. 4.13.10 Nos locais onde o lençol d'água aflorar na vala, devem ser adotados métodos adequados para garantir o abaixamento da tubulação e seu perfeito assentamento no fundo da vala. Pode ser adotado qualquer dos seguintes métodos, de acordo com as recomendações do projeto: a) executar os serviços necessários de drenagem ou rebaixamento de lençol d'água e encher o tubo com água doce e limpa, utilizando-se o reaterro da vala para estabilização; neste caso, a água deve ser totalmente removida logo após a cobertura da tubulação; b) revestir externamente a tubulação com concreto, de acordo com a norma PETROBRAS N-1502, com a espessura necessária para garantir o assentamento e a permanência da tubulação no fundo da vala; c) utilizar o método descrito na norma PETROBRAS N-2177. 4.13.11 Em trechos onde houver o paralelismo com outros dutos protegidos catodicamente, a cobertura deve ser precedida da interligação elétrica entre os dutos, de forma a se obter o equilíbrio do sistema e a proteção do novo duto. ../Link.asp?cod=N-2177 ../Link.asp?cod=N-1502 N-0464 REV. F SET / 96 30 4.13.12 Antes de se iniciar a cobertura de qualquer trecho do duto, devem ser reparados todos os danos porventura causados ao tubo e revestimento durante a operação de abaixamento. 4.13.13 Após a inspeção do revestimento anticorrosivo,o tubo deve ser abaixado e coberto de imediato. A primeira camada da cobertura, até uma altura de 30 cm acima da geratriz superior da tubulação, deve ser constituída de solo isento de torrões, pedras soltas e material orgânico e outros materiais que possam causar danos ao revestimento. O restante deve ser completado com material da vala, podendo conter pedras de até 15 (quinze) centímetros na sua maior dimensão. 4.13.14 A cobertura mínima deve atender às seguintes condições: a) áreas de cultura mecanizada: 1,50m; b) áreas urbanas, industriais ou com possibilidade de ocupação: 1,20m; c) cruzamentos e travessias, conforme norma PETROBRAS N-2177; d) áreas com terrenos rochosos: 0,60m; e) áreas com terrenos de baixa consistência: 1,50m; f) áreas com existência de valetas de drenagem/irrigação ou pequenos córregos, de profundidade até 0,5m: 1,00m; g) demais áreas: 1,00m. 4.13.15 Não é permitido o rebaixamento do greide da faixa para obtenção de material para a cobertura. 4.13.16 A operação de cobertura deve ser executada de forma a garantir a segurança e a estabilidade do duto enterrado e a eficiente manutenção futura da instalação. Em conseqüência, as seguintes recomendações gerais devem ser observadas: a) em princípio, todo o material retirado durante a escavação da vala que atender ao item 4.13.13, deve ser recolocado na mesma, na operação de cobertura, cuidando-se para que a camada externa do solo e da vegetação retorne a sua locação original; b) deve ser providenciada uma sobrecobertura ao longo da vala, a fim de compensar possíveis acomodações do material, exceto nos casos previstos pela alínea c); c) a sobrecobertura não deve ser executada nos seguintes casos: - passagem através de regiões cultivadas e/ou irrigadas nas quais a pista, após restaurada, deve ficar no nível anterior, de forma a não causar embaraços ao cultivo e à irrigação; - trechos em que a existência de uma sobrecobertura ao longo da vala possa obstruir a drenagem da pista; - cruzamentos e, ao longo de ruas, estradas, acostamentos, pátios de ferrovias, trilhos, caminhos e passagens de qualquer natureza. ../Link.asp?cod=N-2177 N-0464 REV. F SET / 96 31 d) quando a sobrecobertura deixar de ser realizada, deve ser providenciada a compactação adequada do material de cobertura, exceto em áreas alagadas ou em terreno de baixa consistência; e) nos trechos em rampa, devem ser adotados métodos adequados para evitar deslizamentos ou erosão do material de cobertura. 4.13.17 Em regiões urbanas ou industriais, quando da execução da cobertura, deve ser instalada tela de segurança com fita de aviso, conforme FIGURAS A-1 e A-2 do ANEXO A, sobre a placa de concreto de proteção mecânica do duto. A critério da fiscalização, pode ser dispensada a placa de concreto nos locais onde existirem poucas instalações subterrâneas de infraestrutura junto ao duto. 4.14 Cruzamentos e Travessias 4.14.1 Na construção e montagem de dutos terrestres está incluída a execução de cruzamentos sob rodovias, ruas e ferrovias, bem como de travessias de cursos d'água, canais, áreas alagadas e reservatórios, devendo ser observadas as indicações da norma PETROBRAS N-2177, respeitando-se rigorosamente os seguintes princípios básicos: a) o projeto deve aliar os aspectos de segurança construtiva e operacional dos dutos, com a garantia de minimizar os impactos negativos ao meio ambiente; b) o projeto construtivo a ser apresentado pela firma executora, além de obedecer ao disposto nesta norma, deve atender às limitações e restrições do órgão responsável pela operação e/ou regulamentação do meio atravessado, o qual deve aprovar o referido projeto antes da sua execução; c) todos os estudos geológicos, hidrológicos e de perfil de erosão e outros considerados necessários para garantia de um bom projeto construtivo das travessias e cruzamentos devem ser realizados e apresentados pela executante. 4.14.2 A instalação de tubo camisa em cruzamento sob vias deve obedecer às seguintes recomendações gerais: a) devem ser usados tubos concretados para evitar o contato direto com o tubo camisa, facilitando a introdução e a retirada da tubulação; b) as extremidades do tubo camisa devem ser vedadas com massa asfáltica; c) deve ser assegurada a limpeza interna do tubo camisa, bem como a livre passagem da tubulação pelo seu interior. 4.14.3 Durante a execução dos cruzamentos deve ser instalada a sinalização adequada, inclusive a noturna, para a segurança do tráfego, atendendo a todas as condições e exigências do órgão responsável pela operação da via atravessada. ../Link.asp?cod=N-2177 N-0464 REV. F SET / 96 32 4.14.4 Nos casos de travessias enterradas ou sobre o leito, devem ser observadas as seguintes recomendações gerais: a) após a locação do eixo da travessia deve ser executado o levantamento topográfico e batimétrico da seção da travessia ao longo do eixo, antes e após a abertura da vala, quando for o caso, para a confirmação das condições previstas no projeto da travessia; b) exceto quando previsto de outra forma pelo projeto, o lançamento do duto deve ser feito puxando-o ao longo do eixo previamente locado, diretamente sobre o leito ou flutuando; c) o duto deve ser lançado horizontalmente, sendo permitida a utilização de curvas verticais (cavalotes) apenas nos casos em que sejam necessárias grandes escavações nas margens; d) após o lançamento do duto, a seção submersa deve ser inspecionada com a finalidade de verificar a existência de danos nos tubos e/ou revestimento, bem como detectar a existência de extensões não apoiadas; e) caso seja constatada a existência de trechos submersos não apoiados, devem ser providenciados suportes de forma a limitar as tensões aos valores admissíveis previamente calculados; f) nas travessias indicadas pelo projeto, em que haja a necessidade de teste hidrostático simplificado, este deve ser realizado conforme item 4.17.7; g) nos casos acima mencionados deve ser feita a passagem de "Pig" com placa calibradora, impulsionada com ar comprimido, após o lançamento. 4.14.5 Nos cruzamentos com linhas de transmissão de energia elétrica, deve ser observado o disposto na norma PETROBRAS N-2177 e as seguintes recomendações adicionais: a) o afastamento dos cabos de aterramento deve ser, no mínimo de 3 metros; b) na existência de cabo contra-peso (aterramento) no vão do cruzamento entre as torres de sustentação dos cabos condutores, deve ser providenciado junto à operadora do sistema o seu remanejamento; c) a utilização de explosivos nas proximidades de linhas de transmissão deve ser evitada, ficando o seu uso condicionado à aprovação e acompanhamento pela companhia operadora do sistema. 4.15 Sinalização de Faixa de Domínio de Dutos Deve obedecer aos critérios do projeto e à norma PETROBRAS N-2200. 4.16 Proteção e Restauração 4.16.1 Os serviços de proteção e restauração da faixa de domínio devem ser definidos em função dos seguintes princípios básicos: a) garantia de segurança para a pista e conseqüentemente para o duto; ../Link.asp?cod=N-2177 ../Link.asp?cod=N-2200 N-0464 REV. F SET / 96 33 b) garantia da segurança e da restauração das condições originais das propriedades de terceiros e bens públicos decorrentes de possíveis conseqüências
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