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A obra tende a tratar, através da filosofia platônica e de diálogos socrático os a cidade bela e ideal, e para compreender e chegar até o modelo ideal de cidade, Platão recorre a diálogos que estabelece a relação do ser humano com a Pólis, abordando o conceito de justiça, democracia aristocracia entre outros. O primeiro debate, Sócrates confronta Céfalo, que afirma que é justo aquele que não mente e que devolve o que tomou emprestado. Sócrates rebate alegando que mentir é necessário em determinadas ocasiões, para o bem do outro, assim como a concepção empréstimo também não é absoluta, pois como por exemplo, se alguém empresta uma arma e depois a quer de volta para fazer o mal ao outro, estaria sendo injusto. O segundo debate, Sócrates confronta Polemarco, filho de Céfalo, que afirma que a justiça é uma virtude do homem, e que se expressa quando ajudamos os amigos e somos injustos aos inimigos. Sócrates o rebate alegando que se roubar meus amigos seremos injustos e se roubarmos inimigos seremos justos. Assim, essa tese é antagônica, além do que a amizade é passível de cometer erros, e podemos prejudicar um amigo o confundindo com o inimigo. Após Polemarco, Sócrates passar a debater com o sofista Trasímaco, Que afirma que a justiça está a serviço do mais forte, e Sócrates o questiona afirmando que se um governante age com o seu próprio interesse, e as leis que faz, prejudicam os súditos, como pode ser justo? Além do que afirma que um governante pode errar e se prejudicar. Sócrates acrescenta que todo governante, assim o é por interesse dos outros, e não pelo próprio interesse. “Por isso,Trasímaco, ninguém no posto de comando, enquanto chefe, procura ou impõe o próprio interesse, mas aquele de quem comanda e para qual exerce a sua função. Com esse objetivo, isto é, nem interesse e para benefício daquela pessoa, é que se dirigem todas as suas palavras e suas ações.“ Os outros últimos a debaterem com Sócrates são os irmãos de Platão; Glauco, que ultiliza do Anel de Giges, que concede ao possuidor de tornar invisível a vontade de outrem, e afirma que a justiça é uma imposição social ao indivíduo, e por fim, Adimanto, que defende que o justo é o mais fraco, pois se fosse forte utilizaria da injustiça, um caminho mais fácil. Sócrates, ao debater, afirma que é preciso pensar na justiça enquanto o homem de uma Pólis, através das três formas de alma, a dar sabedoria (razão), que deve ser portada pelos governantes, uma da coragem, para os guardiões da cidade, e a alma de temperança, para os trabalhadores. Os conjuntos devem estar harmônicos para a prática da justiça.
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