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DISCIPLINA: AGRESSÃO E DEFESA Aula 01 CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU Profa. Dra. Milena Marcia milena_marcia@hotmail.com Olinda, 2022. CRONOGRAMA QUINTAS MANHÃ: 8:20 ÀS 11:00 QUINTAS NOITE: 18:20 ÀS 20:00 Curso: Odontologia Disciplina: Agressão e defesa Carga horária: 60 horas Período: 3º Professora responsável: Milena Marcia AULA DATA CONTEÚDO PROGRAMÁTICO METODOLOGIA AULA 01 17/02 INTRODUÇÃO A PATOLOGIA; AULA REMOTA AULA 02 24/02 LESÃO CELULAR: REVERSÍVEL E IRREVERSÍVEL MORTE CELULAR: NECROSE E APOPTOSE AULA REMOTA AULA 03 03/03 REAÇÕES INFLAMATÓRIAS: AGUDA, CRÔNICA E GRANULOMATOSA MECANISMOS DE REPARAÇÃO TECIDUAL; AULA REMOTA AULA 04 10/03 DISTÚRBIOS CIRCULATÓRIOS; EDEMA E HEMORRAGIA; TROMBOEMBOLISMO; AULA PRESENCIAL AULA 05 17/03 DISTÚRBIOS DA PIGMENTAÇÃO DISTÚRBIOS DO CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTO AULA PRESENCIAL AULA 06 24/03 INTRODUÇÃO A CARCINOGÊNESE; TEORIAS DA CARCINOGÊNESE; TUMORES BENIGNOS E MALIGNOS; AULA PRESENCIAL AULA 07 31/03 ASPECTOS MORFOLÓGICOS, ESTRUTURAIS E FISIOLÓGICOS DOS MICRORGANISMOS. MECANISMOS DE AÇÃO E INTERAÇÕES DOS MICRORGANISMOS COM O ORGANISMO HUMANO SADIO EM CONDIÇÕES FISIOLÓGICAS. RESISTÊNCIA DOS MICRORGANISMOS ÀS DROGAS. AULA PRESENCIAL AULA 08 07/04 Aula prática Curso: Odontologia Disciplina: Agressão e defesa Carga horária: 60 horas Período: 3º Professora responsável: Milena Marcia AULA DATA CONTEÚDO PROGRAMÁTICO METODOLOGIA AULA 09 14/04 1ª Avaliação AULA 10 21/04 CARACTERÍSTICAS E MÉTODOS DE ESTUDO DOS PRINCIPAIS AGENTES INFECCIOSOS NO NOSSO MEIO. DOENÇAS CONDICIONADAS POR BACTÉRIAS E VÍRUS. AULA PRESENCIAL AULA 11 28/04 OFICINAS PROFISSIONALIZANTES AULA 12 05/05 ORGANIZAÇÃO GERAL DO SISTEMA IMUNOLÓGICO. CÉLULAS E ÓRGÃO ENVOLVIDOS NA RESPOSTA IMUNE; IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA; ANTÍGENOS, ANTICORPOS E ESTRUTURA E PROPRIEDADES BIOLÓGICAS DAS MOLÉCULAS DE IMUNOGLOBULINAS; COMPLEXO DE HISTOCOMPATIBILIDADE PRINCIPAL, SISTEMA COMPLEMENTO, E O RECONHECIMENTO CELULAR E INTERAÇÕES CELULARES DO SISTEMA IMUNE COM OUTROS SISTEMAS. AULA PRESENCIAL AULA 13 12/05 MECANISMOS DE RESPOSTA IMUNE, HUMORAL E CELULAR. AULA PRESENCIAL AULA 14 19/05 REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE, IMUNODEFICIÊNCIAS E IMUNIDADE FRENTE AOS TUMORES E TRANSPLANTES; IMUNODIAGNÓSTICO E IMUNOPROFILAXIA. AULA PRESENCIAL AULA 15 26/05 Aula prática/ Seminários AULA PRESENCIAL AULA 16 02/06 2ª avaliação Curso: Odontologia Disciplina: Agressão e defesa Carga horária: 60 horas Período: 3º Professora responsável: Milena Marcia AULA DATA CONTEÚDO PROGRAMÁTICO METODOLOGIA 09/06 Prazo final para requerer 2ª chamada da 1ª ou 2ª avaliação AULA 17 16/06 2ª Chamada da disciplina AULA 18 23/06 Avaliação Final (1ª av + 2ª av)/2= média ATENÇÃO Retorno das aulas presenciais a partir de 07/03/2022. INTRODUÇÃO À PATOLOGIA ❖Etimologicamente, o termo patologia significa estudo das doenças (do gr. pathos = doença, sofrimento, e logos = estudo, doutrina). ❖No entanto, a patologia não abrange todos os aspectos das doenças, que são muito numerosos e poderiam confundir a Patologia Humana com a Medicina A PATOLOGIA PODE SER ENTENDIDA COMO A CIÊNCIA QUE ESTUDA AS CAUSAS DAS DOENÇAS, OS MECANISMOS QUE AS PRODUZEM, OS LOCAIS EM QUE OCORREM E AS ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS E FUNCIONAIS QUE APRESENTAM. QUAL O OBJETIVO DE ESTUDAR PATOLOGIA? Patologia fornece as bases para o entendimento de outros elementos essenciais das doenças, como manifestações clínicas, diagnóstico, tratamento, evolução e prognóstico. COMO A CÁRIE É ORIGINADA? Na boca, a cárie se forma a partir das bactérias Streptococcus mutans, que formam grupinhos chamados de placas (ou biofilme) para abocanhar a sacarose, o açúcar dos restos de comida. Elas produzem um ácido que corrói os minerais do dente até quebrá-lo. SAÚDE E DOENÇA Os conceitos de Patologia e de Medicina convergem para um elemento comum, que é a doença. A definição de doença pode ser entendida a partir do conceito biológico de adaptação. Adaptação é uma propriedade geral dos seres vivos representada pela capacidade de ser sensível às variações do meio ambiente (irritabilidade) e de produzir respostas (variações bioquímicas e fisiológicas) capazes de adaptá-los. Saúde é um estado de adaptação do organismo ao ambiente físico, psíquico ou social em que vive, de modo que o indivíduo se sinta bem (saúde subjetiva) e não apresente sinais ou alterações orgânicas (saúde objetiva). Doença é um estado de falta de adaptação ao ambiente físico, psíquico ou social, no qual o indivíduo se sente mal (sintomas) e/ou apresenta alterações orgânicas evidenciáveis (sinais). IMPORTANTE: Para as ciências da saúde humana, é importante ainda considerar que o conceito de saúde envolve o ambiente em que o indivíduo vive, tanto no seu aspecto físico como também no psíquico e no social. Por essa razão, os diversos parâmetros orgânicos precisam ser avaliados no contexto do indivíduo. EXEMPLO PRÁTICO: Número elevado de hemácias, por exemplo, pode ser sinal de uma policitemia se a pessoa vive ao nível do mar, mas representa apenas um estado de adaptação para o indivíduo que mora a grandes altitudes. O QUE PODEMOS CONCLUIR? Saúde e normalidade não têm o mesmo significado. ❖A palavra saúde é utilizada em relação ao indivíduo, enquanto o termo normalidade (normal) é utilizado em relação a parâmetros de parte estrutural ou funcional do organismo. ❖O normal (ou a normalidade) é estabelecido a partir da média de várias observações de determinado parâmetro, utilizando-se, para o seu cálculo, métodos estatísticos. ❖Os valores normais para descrição de parâmetros do organismo (peso de órgãos, número de batimentos cardíacos, pressão arterial sistólica ou diastólica etc.) são estabelecidos a partir de observações de populações homogêneas, de mesma etnia, vivendo em ambientes semelhantes e cujos indivíduos são saudáveis segundo o conceito enunciado anteriormente . ELEMENTOS DE UMA DOENÇA -DIVISÕES DA PATOLOGIA Todas as doenças têm causa (ou causas) que atua(m) por determinados mecanismos, os quais produzem alterações morfológicas e/ou moleculares nos tecidos, que resultam em alterações funcionais no organismo ou em parte dele, produzindo manifestações subjetivas (sintomas) ou objetivas (sinais). Exemplo: Diabetes. A Patologia cuida dos aspectos de Etiologia (estudo das causas), Patogênese (estudo dos mecanismos), Anatomia Patológica (estudo das alterações morfológicas dos tecidos que, em conjunto, recebem o nome de lesões) e Fisiopatologia (estudo das alterações funcionais de órgãos e sistemas afetados). O estudo dos sinais e sintomas das doenças é objeto da Propedêutica ou Semiologia, cuja finalidade é fazer seu diagnóstico, a partir do qual se estabelecem o prognóstico, o tratamento e a prevenção PATOLOGIA GERAL E PATOLOGIA ESPECIAL ❖Diferentes doenças têm componentes comuns. ❖A Patologia Geral estuda os aspectos comuns às diferentes doenças no que se refere a suas causas, mecanismos patogenéticos, lesões estruturais e alterações da função. ❖ Por isso mesmo, faz parte do currículo de todos os cursos das áreas de Ciências Biológicas e da Saúde. ❖A Patologia Especial ocupa-se das doenças de um determinado órgão ou sistema (sistema respiratório, cavidade oral etc.) ou estuda as doenças agrupadas por suas causas (doenças infecciosas, doenças causadas por radiações etc. Como as doenças representam um estado de desvio da adaptação, nelas não ocorrendo fatos biológicos novos mas apenas desvios de fenômenos normais, a compreensão da Patologia Geral exige conhecimentos sobre os aspectos morfológicos, bioquímicos e fisiológicos das células e dos tecidos normais. PATOLOGIA ❖Centro o estudo das lesõescomuns às diferentes doenças, ❖Procurando-se abordar em cada uma delas as causas (etiologia), ❖Os mecanismos patogenéticos (patogênese ou patogenia), ❖As alterações morfológicas (anatomia patológica) ❖E os transtornos funcionais (fisiopatologia). AGRESSÃO -DEFESA - ADAPTAÇÃO - LESÃO Lesão ou processo patológico é o conjunto de alterações morfológicas, moleculares e/ou funcionais que surgem nas células e nos tecidos após agressões. As alterações morfológicas que caracterizam as lesões podem ser observadas a olho nu (alterações macroscópicas) ou à microscopia de luz ou eletrônica (alterações microscópicas e submicroscópicas). As alterações moleculares, que muitas vezes se traduzem rapidamente em modificações morfológicas, podem ser detectadas por métodos bioquímicos e de biologia molecular. Os transtornos funcionais manifestam-se por alterações da função de células, tecidos, órgãos ou sistemas e representam os fenômenos fisiopatológicos. Processos patológicos ❖ As lesões são dinâmicas: começam, evoluem e tendem para a cura ou para a cronicidade. ❖ Por esse motivo, são também conhecidas como processos patológicos, indicando a palavra "processo" uma sucessão de eventos . ❖ Por essa razão, o aspecto morfológico de uma lesão varia de acordo com o momento em que ela é examinada. ❖ O alvo dos agentes agressores são as moléculas, especialmente as macromoléculas de cuja ação dependem as funções vitais. ❖ Portanto, toda lesão se inicia no nível molecular. 1. Alterações morfológicas celulares As Alterações morfológicas celulares surgem em consequência de modificações na estrutura das membranas, do citoesqueleto e de outros componentes, além do acúmulo de substâncias nos espaços intercelulares. Lesões celulares • Não letais = As lesões não letais são aquelas compatíveis com a recuperação do estado de normalidade após cessada a agressão. • Letais = são representadas pela necrose (morte celular seguida de autólise) e pela apoptose (morte celular não seguida de autólise) A ação dos agentes agressores, qualquer que seja a sua natureza, se faz basicamente por dois mecanismos: (a) ação direta, por meio de alterações moleculares que se traduzem em modificações morfológicas; (b) ação indireta, através de mecanismos de adaptação que, ao serem acionados para neutralizar ou eliminar a agressão, induzem alterações moleculares que resultam em modificações morfológicas. ❖ Apesar da enorme diversidade de agentes lesivos existentes na natureza, a variedade de lesões observadas nas doenças não é muito grande. ❖ Isso se deve ao fato de os mecanismos de agressão às moléculas serem comuns aos diferentes agentes agressores; ❖ Além disso, com frequência as defesas do organismo são inespecíficas, no sentido de que são as mesmas diante de agressões diferentes. ❖ Duas situações exemplificam bem a afirmação anterior. Um padrão de ação para inibição de um agente invasor Um padrão de ação para inibição de um agente invasor: degeneração hidrópica ❖ Muitos agentes lesivos atuam por reduzir o fluxo sanguíneo, o que diminui o fornecimento de Oxigênio para as células e reduz a produção de energia; ❖ Redução da síntese de ATP também é provocada por agentes que inibem enzimas da cadeia respiratória; outros diminuem a produção de ATP porque impedem o acoplamento da oxidação com o processo de fosforilação do ADP; ❖ Há ainda agressões que aumentam as exigências de ATP sem induzir aumento proporcional do fornecimento de oxigênio. ❖ Em todas essas situações, a deficiência de ATP interfere nas bombas eletrolíticas, nas sínteses celulares, no PH intracelular e em outras funções que culminam em acúmulo de água no espaço intracelular e em uma série de alterações ultraestruturais que recebem, em conjunto, o nome de degeneração hidrópica. ❖ Portanto, diferentes agentes agressores capazes de produzir uma mesma lesão por meio de redução absoluta ou relativa da síntese de ATP. Reação inflamatória Por outro lado, a ação do calor (queimadura), de um agente químico corrosivo ou de uma bactéria que invade o organismo é seguida de respostas teciduais que se traduzem por modificações da microcirculação e pela saída de leucócitos dos vasos para o interstício. Nessas três situações, ocorre uma reação inflamatória, que é uma modalidade comum e muito frequente de resposta do organismo frente a agressões muito variadas. Inflamação ❖ Nas inflamações, os leucócitos são mobilizados por agressões diferentes porque muitos deles são Células fagocitárias, especializadas em matar microrganismos e em fagocitar tecidos lesados para facilitar a reparação ou a regeneração. ❖ Produzir lesão nos tecidos. ❖ A própria resposta defensiva (adaptativa) que o agente agressor estimula no organismo pode também contribuir para o aparecimento de lesões. ❖ Nas doenças de natureza imunitária e nas infecções, nas quais os mecanismos imunitários de defesa contra o agente infeccioso também lesam os tecidos. Classificação das lesões - Nomenclatura Ao atingirem o organismo, as agressões comprometem um tecido (ou um órgão) no qual existem: (a) células, parenquimatosas e do estroma; (b) componentes intercelulares, interstício ou matriz extracelular; (c) circulação sanguínea e linfática; (d) inervação. Lesões celulares Não letais = As lesões não letais são aquelas compatíveis com a recuperação do estado de normalidade após cessada a agressão. Letais = são representadas pela necrose (morte celular seguida de autólise) e pela apoptose (morte celular não seguida de autólise) Alterações do interstício Englobam as modificações da substância fundamental amorfa e das fibras elásticas, colágenas e reticulares, que podem sofrer alterações estruturais e depósitos de substâncias formadas in situ ou originadas da circulação. Distúrbios da circulação Incluem aumento, diminuição ou cessação do fluxo sanguíneo para os tecidos, coagulação do sangue no leito vascular (trombose), aparecimento na circulação de substâncias que não se misturam ao sangue (embolia), saída de sangue do leito vascular (hemorragia) e alterações nas trocas de líquidos entre o plasma e o interstício (edema). Alterações da inervação Representam lesões importantes, devido ao papel integrador que o tecido nervoso exerce. Inflamação Se caracteriza por modificações locais na microcirculação e pela saída de células do leito vascular, acompanhadas por lesões celulares e do interstício, provocada pela ação de células fagocitárias. A inflamação é a reação secundária que acompanha a maioria das lesões iniciais. Dúvidas??????
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