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P5/M1/Pr3 - �or ��ôni�� @mi����u��r Dor neuropátic� CASO 3 Alexandre Fleming, senhor caucasiano de 61 anos, dá entrada no pronto socorro (P.S.) com queixas de "dor na cabeça e no pescoço há 5 dias". Durante a anamnese, relatou ter iniciado quadro gripal há 10 dias, tendo feito uso de antigripais e evoluindo com certa melhora, até que há 5 dias, iniciou quadro de cefaléia holocraniana (EVN= 7), associada à dor cervical, astenia e febre baixa. Relata que fez uso de analgésicos e antipiréticos que tinha em casa, sem muita melhora, referindo que, apesar do quadro não ser muito debilitante, ele está preocupado. Refere ser hipertenso e diabético, embora admita que não faz uso das medicações regularmente. Ao exame físico apresenta-se em EGB; Tax=37,5oC; FC=90 bpm; PA=130/90 mmHg; FR=20 irpm; HGT (Hemoglicoteste) = 90 mg/dl, aparelhos cardiovascular e respiratório sem achados patológicos; abdome semi-globoso, às custas de panículo adiposo, também sem alterações. Ao exame neurológico, apresentava Glasgow 15, marcha sem alterações e grau de força V nos quatro membros, rigidez nucal terminal e sinais de Kernig, Laségue e Brudzinski ausentes. Diante do quadro, foi solicitado parecer da equipe de neurologia do hospital, sendo realizada Tomogra�a de Crânio sem contraste, que revelou-se sem alterações e coletado líquido cefalorraquidiano (LCR) através de punção lombar (Fig.1). O paciente foi tranquilizado pelo neurologista que descartou a hipótese de encefalite ou meningoencefalite e explicou se tratar de uma meningite com quadro viral benigno que difere da meningite bacteriana por ser autolimitada. Ficou internado por poucos dias com resolução completa dos sintomas e alertado a retornar ao P.S. em caso de piora dos sintomas. Após 2 meses, Sr Alexandre retorna ao P.S. referindo que a“virose" estava querendo voltar. Relatava que não tinha mais cefaléia, astenia ou febre, mas agora sentia dor intensa na região dorsal. A sensação dolorosa vinha acompanhada de formigamento, ardor e coceira. Ao exame, apresentava vesículas disseminadas (Fig. 2). Na história médica pregressa relatou quadro compatível com varicela na infância. O Dr. Silvio, diante do exame físico e dos dados da anamnese, chegou clinicamente ao diagnóstico e instituiu o tratamento com o droga antiviral e analgésico. O paciente seguiu o tratamento prescrito, entretanto a dor persistia nos meses seguintes, fazendo o Sr. Alexandre retornar ao médico. O neurologista, explica que a complicação mais frequente desta infecção é a dor neuropática, que este tipo de dor costuma responder pobremente aos analgésicos não opióides, prescreveu o tratamento e também abordou sobre a possibilidade de outras modalidades terapêuticas. Aspecto Límpido incolor Leucócitos totais 350/mm3 (<500 c/mm³) Hemácias 10/mm3 Polimorfonucleares 10% Mononucleares 90% Proteínas 100mg/dL (aumentada - normal de 15-45mg/dL) Glicose 40mg/dL (normal - ⅔ do HGT) Bacterioscopia Negativa P5/M1/Pr3 - �or ��ôni�� @mi����u��r Pesquisa BAAR (Bacilo álcool-ácido resistente) - Mycobacterium tuberculosis Negativa Tinta da China (Meningite criptocócica) Negativa Fig.1 - Análise do líquor OB����VO� 1. Dif����ci�� en����li��, ��ni����n�e��l��e � ��ni���t�� (vi��� � ba���r�a��). 2. Con����r a me���g��e vi��� (ep����i�l��i�, fa����s de ri���, t�a�s���sã�, qu���� c�í�ic�, di���ós���o - c�í�ic�, ��a���ló�i�� � la����to����, e t����me���). 3. Com����n�e� a he���s zó��er (ep����i�l��i�, fa����s de ri���, t�a�s���sã�, fisi����ol���a, qu���� c�í�ic�, ��a�nó���c� e ���t��e�t�). 4. Com����n�e� � do� ���ro�á��c� (fisi����ol���a � �r��a��n��). TERMO DESCONHECIDO - Tinta da China ➛ Usada para o diagnóstico de meningite criptocócica (Cryptococcus neoformans ou Cryptococcus gatti) - agente presente principalmente em excremento de pombos resistidos. - Sinal de Kernig ➛ Sinal de irritação meníngea - Incapacidade do paciente em estender o joelho além de 135º enquanto mantém o quadril �exionado- dor no trajeto do nervo ciático e tenta impedir o movimento (positivo) ou movimento involuntário da cabeça. - Sinal de Brudzinski ➛ Sinal de irritação meníngea - Flexão involuntária da perna sobre a coxa e desta sobre a bacia ao se tentar ante�etir a cabeça - resistência a �exão passiva do pescoço. - Rigidez nucal terminal ➛ espasmo dos músculos cervicais ao tentar mover ou �etir o pescoço. ENCEFALITE x MENINGOENCEFALITE x MENINGITE - Diferenças clínicas teóricas, na prática os quadros se misturam. P5/M1/Pr3 - �or ��ôni�� @mi����u��r PAÂT ENLI MEG ENLI MEGE DEFINIÇÃO PATOLÓGICA In�amação do parênquima cerebral propriamente dito In�amação das meninges e do parênquima cerebral In�amação ou edema das meninges ao redor do cérebro e da medula espinhal SINTOMAS 1. Alteração da função neurológica; 2. Alteração do estado mental; 3. Alteração cognitivo- comportamental; 4. Sinal neurológico focal. Sintomas unidos ou entre os dois. 1. Cefaleia; 2. Febre; 3. Meningismo (sinais meníngeos) ; 4. Letargia. ETIOLOGIAS - Infecciosa (HSV - 1) - Pós infecciosa - Autoimune - Paraneoplásica - HSV - 1 - Febre do Nilo ocidental - por arboviroses - Virais; - Bacterianas; - Fúngicas; - Tuberculose (micobactéria); - Sí�lis. MEGE VIRAIS BACTERIANAS AGENTES ETIOLÓGICOS - Enterovírus (coxsackie, echovírus); - HSV-1 (encefalite herpética) / HSV-2 (Mo�aret - forma recorrente de meningite) - Dengue / HIV / Varicela / Caxumba - Adenovírus / Epstein-Barr / Citomegalovírus - Streptococcus pneumoniae (mais comum); - Neisseria meningitidis; - Listeria monocytogenes (>50a /imunossuprimidos); - Haemophilus in�uenzae; - Nosocomial (de pacientes submetidos a NCR, paciente internados) - Staphylococcus aureus e bacilos gram negativos. QUADRO CLÍNICO - Mais leve / brando. - Meningismo (exame neurológico) - Rigidez nucal / kernig / brudzinski. - Mais grave e rápido; - Convulsão; - Sinal focal; - Tríade (febre / rigidez / consciência) CULTURA NEGATIVA POSITIVA P5/M1/Pr3 - �or ��ôni�� @mi����u��r ❖ Resultado da cultura negativo - meningite asséptica - pode ser viral (inúmeros), micobactéria (tuberculose), fungos (criptococose e coccidiose), espiroqueta (sí�lis e Lyme), medicações (como imunoglobulina) ou câncer (carcinomatose meníngea). - Agudas (virais - quadro leve / bacteriana - mais grave) - Crônicas (tuberculose / fungo) - glicose consumida ME���G��E ��R�� ET���O���S PICI - Enterovírus (coxsackie, echovírus) mais comuns/verão; - HSV-1 (encefalite herpética) / HSV-2 (Mo�aret -forma recorrente de meningite); - Dengue / HIV / Varicela / Caxumba; - Adenovírus / Epstein-Barr / Citomegalovírus; EP����I�L��I� ● Principal reservatório ➛ Homem. ● Meningite viral: - Potencial de ocasionar epidemias, principalmente as relacionadas ao Enterovírus. - Aumento dos casos podem estar relacionados a epidemias de varicela, sarampo, caxumba e eventos adversos pós-vacinais. P5/M1/Pr3 - �or ��ôni�� @mi����u��r ● Distribuição mundial e a expressão epidemiológica depende de aglomerados populacionais, características socioeconômicas e do meio ambiente (clima) ● Predomínio das meningites virais no verão e bacterianas no inverno; ● Doença de noti�cação imediata. T�A�S���SÃ� ❖ De pessoa a pessoa; ❖ Transmissão fecal-oral é de grande importância em infecções por enterovírus. ❖ Período de incubação - 2 a 10 dias (3-4 em média). ❖ 10% da população pode apresentar-se como portadores assintomáticos. GUS IS Crianças < 5 anos (principalmente entre 3 meses e 1 ano) Idosos > 60 anos Portadores de quadros crônicos Imunocomprometidos Síndrome nefrótica / Insu�ciência renal crônica Diabetes Me�itus Infecção pelo HIV - QU���� C�Í�IC� ❖ Bom estado geral ❖ Cefaleia intensa fronto ou retro-orbitária e dor à movimentação dos olhos. ❖ Outros sintomas que podem estar presentes: - Náuseas, vômitos, rigidez nucal terminal, mialgia, letargia e sonolência. - No enterovírus ➛ sintomas gastrointestinais (vômitos, dor abdominal anorexia e diarreia),respiratórios (tosse e faringite) e ainda mialgia e erupção cutânea. ❖ Sinais de Kernig e Brudzinski estão habitualmente ausentes. ❖ Rash maculopapular pode ser observado eventualmente. ❖ Quadro semelhante ao da meningite bacteriana, porém menos grave. ❖ Não são comuns ➛ estupor, coma e confusão mental. Meningite por HIV ⇒ paralisia de pares cranianos (V / VII / VIII); Herpes genital concomitante ⇒ sugere HSV-2 / varicela zóster concomitante ⇒ sugere meningite por VZV. ❖ Crianças de até 9 meses podem não apresentar os sinais clássicos de irritação meníngea. P5/M1/Pr3 - �or ��ôni�� @mi����u��r ⤿ Observar - grito meníngeo (criança grita ao ser manipulada, principalmente quando se �ete as pernas para a troca de fralda), febre, irritabilidade ou agitação, choro persistente, recusa alimentar, acompanhada ou não de vômitos e abaulamento da fontanela. DI���ÓS���O LABORATORIAL ● LCR: Claro ou levemente opalescente, aumento da celularidade (< 500 cél/mm³), predomínio de mononucleares, elevação discreta de proteínas e glicose geralmente normal. ● Cultura do líquor (negativa para viral). ● Sorologia pareada (com intervalo de 10 a 14 dias entre as amostras de sangue coletadas). ● Coprocultura para vírus (para enterovírus). ● Culturas de secreção de nasofaringe (até 3 dias do início da doença). ● PCR do líquor. ● Pesquisar sempre HIV no adulto jovem e sexualmente ativo. P5/M1/Pr3 - �or ��ôni�� @mi����u��r DE ACORDO COM OS PATÓGENOS T�A��M���O Suporte (sintomáticos e reposição hidroeletrolítica) ❖ Se dúvidas quanto a etiologia viral ou bacteriana ➛ antibiótico empírico até descarte do diagnóstico de meningite bacteriana. ❖ Ambulatorial se: - Paciente imunocompetente, sem alterações neurológicas signi�cativas, per�l liquórico clássico e rápido acesso a atendimento médico se necessário. ❖ Uso de antivirais é controverso: - Aciclovir oral ou venoso pode ser bené�co, tratamento de 7 a 14 dias. - Benefício de corticoesteróides em infecções graves. - Antirretrovirais em meningites por HIV. - Imunoglobulina para pacientes com de�ciência de imunidade humoral. ❖ Bom prognóstico em adultos / relato de sequelas em crianças < 1 ano. HE���S �Ó�TE� Re�t��açã� �� V�� la���t� ● Agente etiológico - Varicela Zoster Vírus (VZV). EP����I�L��I� ❖ Predomínio da primeira infecção na infância; ❖ Declínio - cobertura vacinal. ❖ Diferente da varicela que ocorre mais na primavera, a herpes zóster aparece em qualquer época do ano. P5/M1/Pr3 - �or ��ôni�� @mi����u��r ❖ 70% dos episódios ocorrem após os 45 anos de idade. ❖ Incidência maior em indivíduos HIV-positivos (29,4 casos/1.000 pessas/ano). FA����S �E ��S�� ❖ História de varicela: - Risco de 10 a 15% para pacientes que tiveram catapora; ❖ Traumatismos; ❖ Intervenções cirúrgicas; ❖ Aplicação de raios-X; ❖ Estados de imunossupressão - leucemias, linfomas, corticoterapia e pacientes HIV-positivos. ❖ Idosos > 60 anos; ❖ Imunodeprimidos (pode causar encefalite aguda); ❖ Após ou durante infecções como doenças hematológicas, transplantes, lúpus, terapia imunossupressora, estresse psicológico ou trauma físico. ❖ Para neuralgia pós-herpética - idade, pródromos de disestesia, dor intensa, intensidade e duração das manifestações cutâneas (pode ocorrer fadiga crônica, anorexia, perda de peso e distúrbios do humor) T�A�S���SÃ� ❖ Paciente é contagioso de 24 a 48h antes das erupções até que as vesículas se tornem crostosas - menor contagiosidade comparada a catapora. ❖ Penetração do vírus ocorre pelas vias respiratórias na infância; - Viremia subclínica (1 a 11 dias antes do rash). - Segunda fase - lesões cutâneas disseminadas: ● Em surtos nas primeiras semanas - episódios de viremia FI����AT����I� ❖ Após a primeira infecção cutânea (catapora), o vírus �ca latente nos neurônios sensitivos da raiz dorsal ou do gânglio do nervo trigêmeo. ❖ Os leucócitos mononucleares transportam o vírus pelo sangue; ❖ Transportado de volta a mucosa respiratória ao �m do período de incubação - contagioso. ❖ Fase aguda: - Vírus vai para outros órgãos pela via hematogênica, incluindo gânglios nervosos. - A resposta imune do hospedeiro limita a replicação viral e facilita a recuperação. ❖ Em pacientes imunocomprometidos: - Falha da resposta imune - permite lesões nos pulmões, fígado, cérebro e outros órgãos. ❖ Tecidos mais acometidos - pele e mucosas: - Inclusões intranucleares acidó�las; - Degeneração celular e edema - vesículas - encontram-se neutró�los e restos celulares. P5/M1/Pr3 - �or ��ôni�� @mi����u��r ❖ Nos gânglios espinais e nervos periféricos: - Processo in�amatório; - In�ltrado mononuclear e necrose; QU���� C�Í�IC� ❖ Na criança é mais brando comparado ao adulto; ❖ Primeira manifestação - dor no dermátomo do nervo afetado: - Início súbito ou insidioso; - Intensidade variável; - Precede as primeiras lesões cutâneas em 3 a 5 dias; - Acompanha febre discreta, cefaléia e mal-estar geral. ❖ Lesões cutâneas: - Eritematopapulosas, evoluindo para papulovesiculosas e papulopustulosas (se infectada); - Limitadas a 1 ou 2 dermátomos adjacentes; - Unilateral e não ultrapassa a linha média do corpo. ❖ Regiões mais acometidas: - Torácica (53%); - Cervical ou axilar (20%); - Trigêmeo (15%); - Lombossacra (11%). ❖ Quase sempre há queda das crostas em 15 a 20 dias, com cura total. ❖ Herpes Zóster oftálmico - lesões de córnea como sequela. ❖ Síndrome de Ramsay-Hunt - envolvimento do NC VII (paralisia facial periférica e rash no pavilhão auditivo). ❖ Em dermátomos cervicais - paresia de MMSS e até paralisia diafragmática; ❖ Lombossacral - paresia em MMII, disfunção da bexiga, retenção urinária, cistite hemorrágica e hemorragia renal maciça. ❖ Herpes sem zoster ❖ Principal complicação - NPH (dor + de 4 a 6 semanas após erupção). ● Mais em mulheres, acima de 50 anos e comprometimento do trigêmeo. DI���ÓS���O ● Pesquisa direta: Raspagem das vesículas - células gigantes multinucleadas com inclusão (esfregaço de Tzanck) Não especí�co para VZV, está presente também na herpes simples. - Teste direto de anticorpo �uorescente (DFA)é mais sensível para diferenciar. ● PCR - de �uido vesicular, secreção respiratória ou LCR. ● Sorologia: Testes de �xação de complemento, neutralização, imuno�uorescência e imunoenzimático são os mais utilizados. Aglutinação pelo látex ou ELISA para detecção de anticorpos VZV. P5/M1/Pr3 - �or ��ôni�� @mi����u��r T�A��M���O INESPECÍFICO ❖ Sintomáticos - analgésicos, antitérmicos. ESPECÍFICO ❖ Antivirais - interferon, vidarabina e aciclovir (mais usado - 1ª opção); ❖ Melhor se iniciado nas primeiras 24h do início dos rashs; ❖ Recomendação da vacina - crianças com 12 meses a 12 anos, adolescentes e adultos -2 doses com intervalo de 4 semanas. ● Quádrupla viral (+ caxumba / sarampo / rubéola) - dose única aos 15 meses de vida. - Capsaicina e lidocaína DOR NEUROPÁTICA Outras características: - Persistência além do período de cura; - Fenômenos sensitivos positivos e negativos; - Fenômenos motores positivos e negativos e fenômenos autonômicos. ETIOLOGIAS Periféricas Neuropatia diabética dolorosa / neuralgia pós-herpética / neuralgia de trigêmeo / dor persistente após trauma ou pós operatória / síndrome complexa de dor regional / neuropatia da AIDS / oncológica / pós amputação Centrais Pós AVC / pós lesão medular / esclerose múltipla / doença de parkinson / siringomielia / doenças degenerativas FI����AT����I� MESO D SIZAÇà IFÉ In�amação + degeneração Wa�eriana (dos axônios e das bainhas de mielina) ❖ Sensibilização dos nociceptores: - Redução do limiar de ativação dos nociceptores aferentes primários (A delta e C) - desencadeada pelos mediadores in�amatórios (bradicinina, histamina, prostaglandinas e substância P) ou substância algogênicas. - Ativação e migração de macrófagos e células de Schwann: ⏩ In�ltram nervos e gânglios da raiz dorsal, liberando citocinas pró-in�amatórias, especialmente fator de necrose tumoral alfa. ⏩ Rompimento da barreira hematoencefálica pela ativação das metaloproteases. P5/M1/Pr3- �or ��ôni�� @mi����u��r ⏩ Mediadores vasoativos (SP, BC, ON) - causam hiperemia e inchaço - invasão de monócitos e linfócitos T. ⏩ Monocitos - atraídos pelas quimiocinas CCL2 e CCL3. ❖ Descargas ectópicas: - Redução do limiar de ativação neuronal - impulsos elétricos são desencadeados espontaneamente. - Responsáveis pela dor em choque ou em queimação. - Contínuas nas �bras C → queimação intermitente; - Espontâneas nas �bras A beta ou A delta → disestesias cortante ou parestesias; ❖ Alteração na expressão dos canais de sódio e cálcio: - Os mediadores in�amatórios e o aumento da atividade ectópica ativam sinais intracelulares dos nociceptores - aumento da expressão de RNA mensageiro de genes que codi�cam os canais voltagem-dependentes; - Aumento dos canais de sódio - aumento exagerado das descargas espontâneas - perpetuação da dor; ● Nav1.3 - proteína do canal de sódio tipo 3 - se acumula ao redor dos neurônios ● Nav1.8 - proteína do canal de sódio tipo 8 - foco de intervenções - Acumulam no local da lesão, ao redor e dentro do gânglio da raiz dorsal; - Lesão de �bras nervosas A delta e C - novos canais de cálcio estimuláveis a mínimos estímulos sensoriais - fácil despolarização. ❖ Formação de neuroma: - Massa emaranhada de tecidos nervosos em regeneração na área de um nervo lesionado; - Área sensível a estímulos mecânicos - acúmulo de canais iônicos (sódio ex) e receptores; - Foco de hiperexcitabilidade e atividade ectópica. - Sinal de Tínel - estímulo mecânico desencadeia uma dor intensa em “choque elétrico”. ❖ Outras alterações periféricas: - Crescimento neuronal anormal com aumento dos campos receptivos - aumento da transmissão da dor; - Transmissão efática - neurônios adjacentes ao lesados passam a disparar espontaneamente; MESO D SIZAÇà TA Excitabilidade exagerada e fenômenos de neuroplasticidade ❖ Atividade persistente dos nervos lesados: - Sensibilização central medular e cortical; - Alterações neuroplásticas nas sinapses e envolvimento de moduladores sinápticos; - Alterações de aminoácidos excitatórios. ❖ Brotamento anormal das �bras A beta (proprioceptivas): - Prolongamento de suas terminações das lâminas III e IV do corno posterior da ME para a lâmina I e II. - Estímulos não dolorosos são interpretados como dor. ❖ Aumento de neurotransmissores do corno dorsal: P5/M1/Pr3 - �or ��ôni�� @mi����u��r - AA excitatórios (glutamato, aspartato) e SP se ligam a receptores especí�cos - ambos acentuam e prolongam a despolarização.: ⏩ Receptores NMDA - envolvidos na potencialização da transmissão sináptica para o cérebro. ⏩ Receptores não NMDA - aumentam a sensibilidade dos NMDA. - Produzem uma despolarização prolongada da membrana pós-sináptica com ativação do receptor N.metil-D-aspartato (NMDA): ⏩ Condições normais do NMDA - bloqueado pelo íon magnésio. ⏩ Despolarização prolongada - permite o in�uxo permanente de sódio e cálcio para a célula, levando a excitação intraneuronal maciça - maior resposta a estímulos repetitivos nas �bras C. ❖ Aumento do cálcio intracelular: - Despolariza a membrana; - Ativa o segundo mensageiro; - Altera a expressão gênica; - Mais excitação neuronal. ❖ Proliferação das células da micróglia: - Promove fagocitose dos restos celulares nervosos e se aglomeram em volta do CDME. - Liberam moléculas bioativas que modulam a excitabilidade neuronal. - Mais ativação do sistema imune - mais citocinas in�amatórias e substância citotóxicas. ❖ Desequilíbrio do sistema descendente inibitório e excitatório - mecanismo subjacente. - Vias inibitórias descendentes deprimidas ou ine�caz - mediadas por serotonina e norepinefrina. - Opióides endógenos e interneurônios inibitórios segmentares também deprimidos. - Responsáveis pela dor independente dos estímulos. ❖ Mecanismo chega ao tálamo e córtex somatossensorial e pré-frontal: - Ampliação e persistência dos estímulos. ATAD PÁI N O NOÁT Fisiologicamente os nociceptores não são sensíveis às catecolaminas, mas a lesão periférica induz hipersensibilidade noradrenérgica. T�A��M���O ❖ Fármacos que reduzam a hiperexcitabilidade neuronal: 1. Bloqueio dos canais de sódio e de cálcio; 2. Aumento da transmissão GABAérgica; 3. Inibição da liberação de glutamato; 4. Inibição da formação de óxido nítrico; 5. Aumento da ação serotoninérgica. ❖ 1ª linha - gabapentina, lidocaína (adesivo) e ADT; ❖ 2ª linha - lamotrigina, carbamazepina e ISRS. P5/M1/Pr3 - �or ��ôni�� @mi����u��r ❖ Anticonvulsivantes têm papel analgésico por bloquearem os canais de sódio ou de cálcio, reduzindo liberação de aspartato e glutamato ou aumentando a transmissão gabaérgica. ❖ Opióide - tramadol - irs
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