Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MÓDULO 2 AS FUNÇÕES EXECUTIVAS NO TEA Professora: Renata Massalai Neuropsicóloga e Mestre em Neurociências pela PUC-Rio (CRP16º/3866) 2020 As Funções Executivas no TEA As FE (Funções Executivas) são definidas como o conjunto de habilidades cognitivas de alta complexidade que nos permitem executar as ações necessárias para atingir um objetivo (Gazzanig; Ivry; Mangun, 2006). Isto é, as FE estão associadas à capacidade de recrutamento de diversos processos cognitivos relacionados ao comportamento intencional, sendo requisitadas na formulação de planos de ação, em que uma sequência apropriada de ações necessita ser selecionada e esquematizada para nossa adaptação no cotidiano (Fuentes; Malloy-Diniz; Camargo; Consenza, 2014) . Essas habilidades abrangem também o comportamento social e são requisitadas em tomada de decisões e de interação social (Lezak; Howieson; Bigler, 2012). Ademais, as FE também estão relacionadas à autorregulação, que diz respeito ao controle e modificação do próprio comportamento, da cognição e da emoção, que são habilidades cruciais para o desenvolvimento da autonomia, adaptação psicológica e funcionamento social do indivíduo (Sokol; Muller; Carpendale; Young; Iarocci, 2010). Embora não haja consenso quanto à definição das FE, Diamond, (2013) propõe a existência de três FE nucleares que são compostas pelo: 1) controle inibitório - capacidade de suprimir esquemas irrelevantes do ambiente para realizar uma tarefa; 2) memória de trabalho - capacidade de manipulação e armazenamento de informações na memória de curto prazo e 3) flexibilidade cognitiva - capacidade de alterar o curso do pensamento de acordo com as exigências do ambiente. Em síntese, as FE são cruciais para tarefas do cotidiano, estando relacionados a um conjunto de comportamentos, que inclui: iniciar, planejar e motivar para realizar tarefa, resposta inibitória, organização, alternar curso de pensamento diante novas demandas do ambiente, antecipar consequências futuras, armazenar e manipular informações do ambiente na memória de curto prazo (Harvey, 2012). No que tange às regiões corticais, a literatura das FE aponta três regiões no córtex pré- frontal que são tidas como diferenciais e importantes para as FE, que são áreas corticais pré- frontal do lobo dorsolateral, orbitofrontal e ventromedial, sendo descritos respectivamente a seguir (Goldberg & Sacks, 2002). As funções associadas ao córtex pré-frontal dorsolateral referem-se à área cortical responsável pelas habilidades de tomada de decisão, planejamento, estabelecimento de metas, solução de problema, flexibilidade cognitiva, monitoração da aprendizagem, autorregulação, atenção, memória de trabalho, julgamento (Malloy-Diniz, Sedo, Fuentes, & Leite, 2008). Além disso, é também responsável por se conectar com outras áreas do cérebro. Já as funções associadas ao córtex orbitofrontal possuem conexões com áreas de processamento cognitivo e emocional, como o sistema límbico. Esta região envolve processos como empatia, controle inibitório, cumprimento de regras sociais, automonitoramento, recompensa e a avaliação do significado motivacional do estímulo, gerando um reforço do comportamento (Malloy-Diniz, et al, 2008). Por fim, as funções relacionadas ao córtex ventromedial também estão conectadas ao sistema límbico. Bush e colaboradores (2000) subdividem tal córtex em duas regiões diferentes: a) Dorsal: tem principalmente as funções cognitivas, que são ativadas principalmente com testes que envolvem aspectos de estímulo-resposta com informações concorrentes; b) Rostral: aparece mais quando envolve avaliação de informações emocionais e motivacionais e regula respostas afetivas. Indivíduos com lesão nesta região apresentam apatia, iniciativa reduzida em adultos, sendo essa área responsável por solucionar conflitos, desempenho e pelo monitoramento de erros (Godefroy, 2003). Desse modo, déficits no funcionamento do lobo frontal podem afetar as funções básicas diárias de um indivíduo (Dawson, 2008). Para este autor, por exemplo, um comprometimento da memória de trabalho seria a incapacidade de acessar informações guardadas na memória de longo prazo para serem utilizadas em conjunto com as informações presentes na memória de curto prazo. Um prejuízo na flexibilidade cognitiva resultaria em uma perda de criatividade e uma grande dificuldade para integração de duas tarefas. Uma perda da inibição ativa prejudicaria nosso controle de impulsos e nos deixaria mais impulsivo 4 Um prejuízo no raciocínio poderia refletir-se em uma dificuldade para pensar de forma estratégica, se planejar, ou analisar algum problema de forma objetiva e assertiva. E um déficit no controle das ações resultaria em dificuldades motoras, seja na execução (tremores) ou no planejamento (ordenamento das ações). Neste sentido, o quanto antes puder diagnosticar essas defasagens nas funções executivas, que denominamos de disfunções executivas, melhor poderemos elaborar um prognóstico com estimulações cognitivas, incluindo pessoas com TEA, haja visto, que a literatura aponta correlação entre essa condição clínica e disfunção executiva (Hill, 2004). No TEA, muitas dessas habilidades encontram-se prejudicadas, acarretando inflexibilidade e rigidez de comportamento, problemas comunicativos e dificuldades severas de engajamento em interação e comunicação social, além de comportamentos repetitivos e estereotipados (Bosa, 2001; Czermainski et al., 2013). Czermainski e colaboradores (2013) realizaram uma revisão sistemática de artigos científicos realizados entre os de 2001 a 2011, pelos indexadores PubMed, LILACS, PSYCinfo, utilizando-se os termos neuropsychology e executive functions, combinados a autismo, uttilizando-se também os termos “autism spectrum disorder” e “autistic disorder”, além de “autism”. Contudo, não houve diferenças quanto aos resultados e excluindo artigos teóricos e aqueles que não envolviam avaliação das FE em amostras de crianças e/ou adolescentes com TEA. Os resultados de tal revisão apontaram relação entre TEA e as seguintes disfunções de componentes executivos conforme Czermainski e colaboradores (2013): controle inibitório (Chan et al., 2009; Christ et al., 2007, 2011; Geurts, Verté, et al., 2004; Kilinçaslan et al., 2010; Robinson et al., 2009; Van Eylen et al., 2011) flexibilidade cognitiva (Geurts, Verte, et al., 2004; Van Eylen et al., 2011), fluência verbal (Geurts, Verte, et al., 2004; Kilinçaslan et al., 2010), memória de trabalho (Geurts, Verte, et al., 2004; Landa & Goldberg, 2005) , funções executivas associadas a atividades do dia-a-dia (Chan et al., 2009), planejamento (Geurts, Verte, et al., 2004; Landa & Goldberg, 2005; Luppi et al., 2005; Robinson et al., 2009). As disfunções executivas apontadas na pesquisa serão detalhadas conceitualmente a seguir. No que se refere à memória de trabalho, também chamada de Memória Operacional, envolve a capacidade cognitiva de manter e manipular a informação brevemente na memória e processá-la para em seguinte emitir uma resposta (Baddeley, 2003; Baddeley & Hitch, 1994). Por exemplo, acompanhar uma conversa sem esquecer o que você quer dizer, 5 relacionar uma ideia a outra, relacionar o que você aprendeu anteriormente àquilo que você está aprendendo no momento, fazer operações aritméticas de cabeça (Baddeley & Hitch, 1994). Do mesmo modo, auxilia no estabelecimento de relações com o início, o meio e o fim com que estamos aprendendo, transformando assim as instruções em planos de ação, além de lembrar do que estava fazendo após ser interrompido (Hamdan et al., 2009). Déficits nessa habilidade em crianças com TEA evidenciam dificuldades na compreensão após uma leitura, mesmo com boa capacidade de decodificação, rapidezcom que se esquece de algo aprendido, dificuldade de fazer calculo matemático, de manter e atualizar a conversa na comunicação verbal (Robinson et al., 2009). Em relação ao controle inibitório, diz respeito à habilidade de inibir respostas a estímulos prepotentes que interrompem o curso de uma ação (Huizinga et al., 2006). Este comportamento requer que haja inibição de inúmeras respostas possíveis e a escolha da resposta adequada à tarefa. Por exemplo, quando há vários estímulos e o indivíduo tem que responder adequadamente a um único estímulo, por exemplo, conseguir ler um texto mesmo com barulho no ambiente, envolvendo a habilidade de controlar a atenção, a emoção e o comportamento inapropriado frente a estímulos irrelevantes (Gazzaniga et al., 2006). Tal habilidade se encontra defasada em indivíduos com TEA, sendo marcante o comportamento repetitivo, interesse restrito e reposta rígida e inadequada (Czermainski, et al, 2013). No que se refere à flexibilidade cognitiva, trata-se como um dos componentes das FE mais complexos. Envolve a capacidade de lidar com diferentes informações e tarefas simultaneamente e a alternância do curso de ações ou dos pensamentos de acordo com as exigências do ambiente (Malloy-Diniz et al., 2010) Esta habilidade cognitiva é essencial para poder resolver problemas de modo criativo e requer a habilidade de mudar o foco de um objetivo para o outro, capacidade de percepção do erro e correção do mesmo (Gazzaniga et al, 2006). Isto é, a flexibilidade cognitiva refere-se à habilidade do indivíduo de mudar entre diferentes perspectivas ou focos de atenção, adaptando-se de forma flexível a novas demandas, às prioridades e aos objetivos durante a execução de uma tarefa (Lezak et al., 2012; Malloy-Diniz et al., 2008). Disfunções em flexibilidade cognitiva diante de uma demanda de uma tarefa trarão dificuldade em antecipar consequências futuras e recrutar distintas estratégias para atingir o 6 objetivo, como no TEA (Sternberg, 2009). Alterações nessa área refletem em indivíduos com TEA no comportamento ou na linguagem, que se apresentam de maneira rígida, repetitiva e/ou estereotipada, já que tal habilidade permite a regulação do pensamento e do próprio comportamento diante das mudanças frequentes na interação com um interlocutor ou com o ambiente (Geurts et al., 2009; Pennington & Ozonoff, 1996) Neste sentido, o comprometimento no TEA das funções executivas, em especial a flexibilidade cognitiva e a memória operacional, pode ser identificado na ausência ou escassez de brincadeira simbólica, bem como na presença de padrões restritos e repetitivos de interesse e atividade (Salles et al., 2015). Joseph & Tager-Flusberg, (2004) apontam que as funções executivas contribuem para o desenvolvimento da dimensão pragmática da linguagem, uma vez que o funcionamento integrado destas funções permitiria a manutenção e atualização da conversação em curso, sem perder informações relevantes advindas da manipulação de fatos na memória de trabalho e da inibição de respostas que estão fora do tema. Outros estudos encontraram correlação positiva entre alterações das funções executivas e teoria da mente no TEA, sendo esta ultima considerada preditora do desenvolvimento da cognição social (Klin, 2005). A Teoria da Mente (TOM), alterada no autismo, caracteriza-se por déficits na cognição social independente da capacidade intelectual que envolve a dificuldade de colocar-se no lugar dos outros, ou seja, perceber a mente alheia e se empatizar com ela, além de dificuldade com a percepção da própria mente e dos estados mentais de outras pessoas e atribuir padrões comportamentais de acordo com essa percepção, o qual é fundamental para qualquer tipo de interação social (Baron–cohen, 1995). Este autor também observou que a Coerência Central é prejudicada no TEA, que é a habilidade de reunir e processar informações dispersas ou parte delas para compreender um todo de forma coerente e integrada. Por outro lado, em especial, a linguagem no nível pragmático, as funções executivas e a teoria da mente, vêm igualmente sendo associadas ao desenvolvimento e êxito das relações sociais (Bosa & Zanon, 2016). Neste sentido, faz-se necessária avaliação neuropsicológica que mensure tais aspectos relevantes na cognição social, apontando os déficits de interação social tão presentes e marcantes no TEA. 7 Trajetória Maturacional das Funções Executivas em condições neurotípicas e neuro- atípicas do TEA. Compreender a trajetória maturacional das FE contribui na avaliação neuropsicológica e também para compreensão das possíveis disfunções executivas, auxiliando a padronizar clinicamente a mensuração de lesão ou atraso maturacional, e suas possíveis consequências no comportamento do indivíduo (Barros & Hazin, 2013). Dentre os fatores preditivos que impactam na maturação e desenvolvimento das FE durante a infância, podemos destacar: a estimulação proporcionada pelo ambiente, o nível sócio-econômico, a escolaridade materna, o nível nutricional da criança, as interações com os cuidadores, entre outros (Diamond, 2013). Diamond, (2013) afirma que as experiências vividas pelas crianças entre pais e filhos são fundamentais durante os primeiros anos de vida, sendo cruciais para o desenvolvimento do cérebro e, mais especificamente, para o desenvolvimento do lobo frontal e suas conexões, caracterizando as bases para, posteriormente, desenvolver as funções executivas. O estabelecimento de vínculos positivos com os adultos cuidadores, na família ou na escola, potencializa o desenvolvimento saudável da criança e a formação de um bom funcionamento executivo (Tissot et al., 2006). O desenvolvimento das funções executivas começa a ocorrer por volta do primeiro ano de vida, sendo o Controle inibitório a primeira habilidade a emergir, em torno dos 12 meses, já a Memória de trabalho e a Flexibilidade cognitiva iniciadas em seu desenvolvimento após essa idade (Lanzetta & Horizonte, 2007). Apesar deste início precoce, o desenvolvimento das Funções executivas perdura por toda infância, até meados da adolescência e vida adulta (Fuentes et al., 2014). Esse aprimoramento ocorre de modo contínuo, embora diferenciado em vários aspectos, o que parece estar relacionado com saltos do desenvolvimento do córtex pré- frontal, que ocorrem entre o nascimento e os 2 anos, 7 aos 9 anos e entre os 16 e 19 anos (Best & Miller, 2010). O lento desenvolvimento das FE geralmente é atribuído à maturação prolongada de córtex pré-frontal e se configura como uma trajetória não-linear (Lanzetta & Horizonte, 2007). Parecem melhorar sequencialmente ao longo dos anos juntamente com a maturação do córtex pré-frontal, apresentando uma curva de desenvolvimento no formato de U invertido 8 (Tonietto et al., 2011). Crianças com seis anos demonstram melhorias nas tarefas de controle de impulso (Lanzetta & Horizonte, 2007). A autora também afirma que o pensamento flexível é mais bem observado por volta dos quatro anos, ocorrendo um posterior desenvolvimento dessa habilidade entre os seis e os dez anos de idade, e, entre quatro e cinco anos, as crianças apresentam uma relativa melhora no desempenho de tarefas de planejamento e flexibilidade cognitiva, como na tarefa da Torre de Hanói e em tarefas de fluência verbal semântica. Entre cinco e seis anos, são capazes de solucionar problemas simples (Dawson & Guare, 2018). Aos nove anos, elas conseguem autorregular suas próprias ações e entre os dez e doze anos há evidências que sugerem que muitos tipos de controle inibitório estão totalmente envolvidos (Diamond et al., 2007). Por volta dos quatro a oito anos de idade, a capacidade de memória aumenta, proporcionando uma base para o desenvolvimento de estratégias mais elaboradas e mudança mais eficiente entre as ideias (Malloy-Dinizet al, 2008). Neste sentido, conforme Garon e colaboradores., (2008), de modo gradual ao longo dos anos, ocorre a transmissão mais rápida dos impulsos nervosos, assim como o processamento de informações, bem como a integração dos processos cognitivos torna-se mais refinada, e também por consequência o controle executivo. O desenvolvimento ao longo das trajetórias maturacionais das FE permite as crianças adquirir e melhorar as habilidades acadêmicas e consequentemente obter sucesso escolar. O desenvolvimento atípico parece ter início ainda antes, manifestando-se através de dificuldades de relacionamento e no desenvolvimento da linguagem por volta dos nove meses de idade. Elas podem perder a capacidade de se relacionar, a linguagem passa a não ter uma função comunicativa, o contato ocular fica prejudicado, surgem comportamentos bizarros, obsessivos e estereotipados (Klin et al., 2005). Quando bebês apresentam alterações qualitativas no desenvolvimento social, que incluem o sorriso social (exemplo: sorriso dirigido às pessoas que falam ou brincam com o bebê), a postura adequada de antecipação (exemplo: erguer-se quando o adulto se aproxima), não apresentando comportamento de apego nos padrões típicos e tendendo a um fracasso em vincular-se a uma pessoa específica. Na idade escolar, fracassam em brincar com seus pares e fazer amizades por não possuírem habilidades sociais adequadas e o desenvolvimento da empatia (Schultz, 2005). 9 Portanto, desde os primeiros anos de vida, identifica-se entre as crianças do espectro autista uma aparente ausência de necessidade de aconchego, a ausência de imitação da fala ou dos gestos, falha em apontar ou mostrar objetos para os outros, bem como dificuldades na manutenção do contato visual. Procuram o objeto/evento de interesse, mas não há partilha social do mesmo (Czermainski et al., 2014). Para explicar estes comportamentos de déficits sociais presentes em crianças com TEA, buscaram elucidar as habilidades primordiais ou precursoras que seriam a base para o desenvolvimento posterior das funções executivas, tendo por resultado as habilidades básicas de memória, atenção e velocidade de processamento dos bebês como habilidades iniciais para prever capacidades cognitivas superiores no futuro, podendo ser consideradas precursoras das funções executivas (Rose et al., 2012) O desenvolvimento das funções executivas, ocorrido na primeira infância, será fundamental para a formação de habilidades em fases posteriores da vida. Assim, encontra-se relação entre o nível de desenvolvimento das funções executivas na infância e diversos indicadores de qualidade de vida na fase adulta (Friedman et al., 2006). Neste sentido, nota-se a importância de não obter informações apenas das trajetórias maturacionais neurotípicas e neuro-atípicas, mas também as possíveis comorbidades que estão envolvidas no eixo autismo. Dentre as comorbidades, nota-se prevalência no TEA no que tange aos Transtornos de aprendizagem, como o Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e dislexia e discalculia, que serão relatados no módulo 3. 10 Referências Bibliográficas Baddeley, A. (2003). Working memory and language: An overview. Journal of Communication Disorders, 36(3), 189–208. https://doi.org/10.1016/S0021- 9924(03)00019-4 Baddeley, A. D., & Hitch, G. J. (1994). Developments in the Concept of Working Memory. Neuropsychology, 8(4), 485–493. https://doi.org/10.1037/0894-4105.8.4.485 Baron–cohen, S. (1995). Mindblindness – An Essay on Autism & Theory of Mind. MIT Press. Barros, P. M., & Hazin, I. (2013). Avaliação das Funções Executivas na Infância: Revisão dos Conceitos e Instrumentos. Psicologia Em Pesquisa, 7(1), 13–22. https://doi.org/10.5327/z1982-1247201300010003 Best, J. R., & Miller, P. H. (2010). A Developmental Perspective on Executive Function. In Child Development (Vol. 81, Issue 6, pp. 1641–1660). NIH Public Access. https://doi.org/10.1111/j.1467-8624.2010.01499.x Bosa, C. A. (2001). As Relações entre Autismo, Comportamento Social e Função Executiva. Psicologia: Reflexão e Crítica, 14(2), 281–287. https://doi.org/10.1590/s0102- 79722001000200004 Bosa, C. A., & Zanon, R. B. (2016). Avaliação psicológica no contexto do Transtorno do Espectro Autista na Infância: realidade brasileira. In Psicodiagnóstico (1a). ARTMED. Bush, G., Luu, P., & Posner, M. I. (2000). Cognitive and emotional influences in anterior cingulate cortex. In Trends in Cognitive Sciences (Vol. 4, Issue 6, pp. 215–222). Elsevier Current Trends. https://doi.org/10.1016/S1364-6613(00)01483-2 Chan, A. S., Cheung, M. chun, Han, Y. M. Y., Sze, S. L., Leung, W. W., Man, H. S., & To, C. Y. (2009). Executive function deficits and neural discordance in children with Autism Spectrum Disorders. Clinical Neurophysiology, 120(6), 1107–1115. https://doi.org/10.1016/j.clinph.2009.04.002 Christ, S. E., Holt, D. D., White, D. A., & Green, L. (2007). Inhibitory control in children with autism spectrum disorder. Journal of Autism and Developmental Disorders, 37(6), 1155–1165. https://doi.org/10.1007/s10803-006-0259-y Czermainski, F. R., Bosa, C. A., & Salles, J. F. De. (2013). Funções Executivas em Crianças e Adolescentes com Transtorno do Espectro do Autismo : Uma Revisão. Psico, 44(4), 518–525. Czermainski, F. R., Dos Santos Riesgo, R., Guimarães, L. S. P., De Salles, J. F., & Bosa, C. A. (2014). Executive functions in children and adolescents with autism spectrum disorder. Paideia, 24(57), 85–94. https://doi.org/10.1590/1982-43272457201411 Dawson, G. (2008). Early behavioral intervention, brain plasticity, and the prevention of autism spectrum disorder. Development and Psychopathology, 20(3), 775–803. https://doi.org/10.1017/S0954579408000370 11 Dawson, P., & Guare, R. (2018). Executive skills in children and adolescents: A practical guide to assessment and intervention (3o). Peg Dawson Richard Guare. Diamond, A. (2013). Executive Functions. Annual Review of Psychology, 64(1), 135–168. https://doi.org/10.1146/annurev-psych-113011-143750 Diamond, A., Barnett, W. S., Thomas, J., & Munro, S. (2007). The early years: Preschool program improves cognitive control. In Science (Vol. 318, Issue 5855, pp. 1387–1388). NIH Public Access. https://doi.org/10.1126/science.1151148 Friedman, N. P., Miyake, A., Corley, R. P., Young, S. E., DeFries, J. C., & Hewitt, J. K. (2006). Not all executive functions are related to intelligence. Psychological Science, 17(2), 172–179. https://doi.org/10.1111/j.1467-9280.2006.01681.x Fuentes, D., Malloy-Diniz, L. F., Camargo, C. H. P. de, & Consenza, R. M. (2014). Neuropsicologia: Teoria e prática (2a). ARTMED. Garon, N., Bryson, S. E., & Smith, I. M. (2008). Executive Function in Preschoolers: A Review Using an Integrative Framework. Psychological Bulletin, 134(1), 31–60. https://doi.org/10.1037/0033-2909.134.1.31 Gazzaniga, Michael S. - Ivry, Richard B. - Mangun, G. R. (2006). Neurociência Cognitiva: A Biologia da Mente (A (ed.)). ARTMED. Geurts, H. M., Begeer, S., & Stockmann, L. (2009). Brief report: Inhibitory control of socially relevant stimuli in children with high functioning autism. Journal of Autism and Developmental Disorders, 39(11), 1603–1607. https://doi.org/10.1007/s10803-009- 0786-4 Geurts, H. M., Verte, S., Oosterlaan, J., Roeyers, H., & Sergeant, J. A. (2004). How speci¢c are executive functioning de¢cits in attention de¢cit hyperactivity disorder and autism? Journal of Child Psychology and Psychiatry, 45(4), 836–854. Godefroy, O. (2003). Frontal syndrome and disorders of executive functions. In Journal of Neurology (Vol. 250, Issue 1, pp. 1–6). Springer. https://doi.org/10.1007/s00415-003- 0918-2 Goldberg, E., & Sacks, O. (2002). O cérebro executivo: lobos frontais e a mente civilizada. Imago Editora.Hamdan, A. C., Pereira, A. P. D. A., Paula, A., & Pereira, D. A. (2009). Avaliação neuropsicológica das funções executivas: considerações metodológicas. Psicologia: Reflexão e Crítica, 22(3), 386–393. https://doi.org/10.1590/S0102-79722009000300009 Harvey, P. D. (2012). Clinical applications of neuropsychological assessment. Dialogues in Clinical Neuroscience, 14(1), 91–99. Hill, E. L. (2004). Executive dysfunction in autism. In Trends in Cognitive Sciences (Vol. 8, Issue 1, pp. 26–32). Elsevier Ltd. https://doi.org/10.1016/j.tics.2003.11.003 Huizinga, M., Dolan, C. V., & van der Molen, M. W. (2006). Age-related change in executive function: Developmental trends and a latent variable analysis. Neuropsychologia, 44(11), 2017–2036. https://doi.org/10.1016/j.neuropsychologia.2006.01.010 Joseph, R. M., & Tager-Flusberg, H. (2004). The relationship of theory of mind and executive 12 functions to symptom type and severity in children with autism. Development and Psychopathology, 16(1), 137–155. https://doi.org/10.1017/S095457940404444X Kilinçaslan, A., Mukaddes, N. M., Küçükyazici, G. S., & Gürvit, H. (2010). Assessment of executive/attentional performance in Asperger’s disorder. Turkish Journal of Psychiatry, 1–10. https://doi.org/21125504 Klin, A., Saulnier, C. A., Tsatsanis, K., & Volkmar, F. (2005). Clinical evaluation in autism spectrum disorders: Psychological assessment within a transdisciplinary framework. Handbook of Autism and Pervasive Developmental Disorders, 2(V), 272–298. https://www.researchgate.net/publication/284477888_Clinical_evaluation_in_autism_sp ectrum_disorders_Psychological_assessment_within_a_transdisciplinary_framework Landa, R. J., & Goldberg, M. C. (2005). Language, social, and executive functions in high functioning autism: A continuum of performance. Journal of Autism and Developmental Disorders, 35(5), 557–573. https://doi.org/10.1007/s10803-005-0001-1 Lanzetta, L., & Horizonte, N. B. (2007). Adaptação e investigação psicométrica de um conjunto de tarefas para a avaliação das funções executivas em pré-escolares: um estudo transversal. Universidade Federal de Minas Gerais. https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/BUOS-8MHG4W Lezak, M. D., Howieson, D. B., & Bigler, E. D. (2012). Neuropsychological Assessment. Oxford University Press. Luppi, G. S., Tamanaha, A. C., & Perissinoto, J. (2005). A análise das funções executivas no autismo infantil: um estudo preliminar. Temas Desenvolv, 14(79), 32–36. Malloy-Diniz, L. F., Fuentes, D., Mattos, P., & Abreu, N. (2010). Avaliação neuropsicológica. ARTMED. Malloy-Diniz, L. F., Sedo, M., Fuentes, D., & Leite, W. B. (2008). Neuropsicologia das funções executivas. In Meuropsicologia teoria e prática. ARTMED. Pennington, B. F., & Ozonoff, S. (1996). Executive functions and developmental psychopathology. In Journal of Child Psychology and Psychiatry and Allied Disciplines (Vol. 37, Issue 1, pp. 51–87). https://doi.org/10.1111/j.1469-7610.1996.tb01380.x Robinson, S., Goddard, L., Dritschel, B., Wisley, M., & Howlin, P. (2009). Executive functions in children with Autism Spectrum Disorders. Brain and Cognition, 71(3), 362– 368. https://doi.org/10.1016/j.bandc.2009.06.007 Rose, S. A., Feldman, J. F., & Jankowski, J. J. (2012). Implications of Infant Cognition for Executive Functions at Age 11. Psychological Science, 23(11), 1345–1355. https://doi.org/10.1177/0956797612444902 Salles, J. F. de, Haase, V. G., & Malloy-Diniz, L. F. (2015). Funções Executivas. In Neuropsicologia do Desenvolvimento: Infância e Adolescência (1a, pp. 107, 114). ARTMED. Schultz, R. T. (2005). Developmental deficits in social perception in autism: The role of the amygdala and fusiform face area. International Journal of Developmental Neuroscience, 23(2-3 SPEC. ISS.), 125–141. https://doi.org/10.1016/j.ijdevneu.2004.12.012 Sokol, B., Muller, U., Carpendale, J., Young, A., & Iarocci, G. (2010). Self- and Social- 13 Regulation: The Development of Social Interaction, Social Understanding, and Executive Functions (1a). Oxford University Press. Sternberg, R. J. (2009). Psicologia cognitiva (1a). Cengage CTP. Tissot, I., Sampaio, A., & Cunha Gomide, P. I. (2006). INVENTÁRIO DE ESTILOS PARENTAIS (IEP) – Gomide (2006) PERCURSO DE PADRONIZAÇÃO E NORMATIZAÇÃO. In Psicol. Argum (Vol. 25, Issue 48). https://periodicos.pucpr.br/index.php/psicologiaargumento/article/view/19675 Tonietto, L., Wagner, G. P., Trentini, C. M., Sperb, T. M., & De Mattos Pimenta Parente, M. A. (2011). Interfaces entre funções executivas, linguagem e intencionalidade. In Paideia (Vol. 21, Issue 49, pp. 247–255). graduação em Psicologia - FFCLRP-USP. https://doi.org/10.1590/S0103-863X2011000200012 Van Eylen, L., Boets, B., Steyaert, J., Evers, K., Wagemans, J., & Noens, I. (2011). Cognitive flexibility in autism spectrum disorder: Explaining the inconsistencies? Research in Autism Spectrum Disorders, 5(4), 1390–1401. https://doi.org/10.1016/j.rasd.2011.01.025
Compartilhar