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8 - MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO E MEDIDAS DE IMPACTO

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Medidas de Associação e Medidas de Impacto 
Um dos objetivos da pesquisa epidemiológica é o reconhecimento de uma relação 
causal entre uma exposição particular (fator de risco ou proteção) e um desfecho de 
interesse (a ocorrência de uma doença ou medida clínica). 
Para mensurar quantitativamente utilizam-se as Medidas de Associações → Devemos 
considerar a significância estatística, a validade interna e os vieses ou variáveis de 
confundimento (demográfico, socioeconômico, ambiental, comportamental). 
 
Medidas de Efeito e Associação: 
Possuem uma abordagem contrafactual → Exposto e Não exposto a um fator / tratados 
e controlados a um determinado medicamento, como a vacina, por exemplo. 
 
EXEMPLO: 
População exposta a um determinado agente químico = alta incidência acumulada de 
câncer nesses indivíduos. 
Verificar, no mesmo período de observação, a incidência acumulada de câncer na 
população não-exposta. 
A quantificação da diferença encontrada é o que se chama MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO. 
 
ATENÇÃO: O grupo referência deverá corresponder ao valor NATURAL de comparação, 
que tipicamente representa o menor risco, por exemplo: 
 
 
Dentro das medidas de efeito e associação possuímos as medidas relativas (razão) e as 
medidas absolutas (diferença). 
 
 
MEDIDAS RELATIVAS OU ABSOLUTAS 
RAZÃO DIFERENÇA 
Medidas relativas = RAZÃO: quantas vezes a ocorrência da doença é maior no 
grupo de expostos em relação ao grupo não-expostos → Varia de ZERO ao INFINITO 
POSITIVO. 
Valor = 1 (valor nulo) = frequência das doenças entre os grupos expostos e os grupos 
não-expostos são iguais, portanto, não existe associação. 
Valor > 1 (associação positiva) = frequência da doença maior entre os expostos em 
relação aos não expostos, sugerem que associação seja fator de risco para doença. 
Valor < 1 (associação negativa) = frequência da doença menor entre os expostos em 
relação aos não expostos, sugerem que associação seja fator de proteção para doença. 
 
• Incidência nos expostos: 10/100=0,1 0,1 x100%= 10%. 
• Incidência nos não expostos: 50/500=0,1 0,1 x100%= 10%. 
Risco Relativo: 0,1/0,1 = 1 ⇒ Isto representa a igualdade, isto é, o risco dos expostos e 
o risco dos não expostos é igual. 
 
Medidas absolutas = DIFERENÇA: Informa o quanto a frequência de uma doença 
no grupo dos expostos excede em relação ao grupo não-expostos, refletindo o número 
absoluto de casos atribuíveis à exposição. 
Valores iguais de frequência nos grupos de expostos e não-expostos significa que a 
diferença entre eles será igual a zero (valor nulo), logo não existe associação. 
Valores de medidas absolutas entre proporção variam de -1 a +1 e entre taxas variam 
do infinito negativou ao infinito positivo. 
 
• Incidência nos expostos: 10/100=0,1 0,1 x100%= 10%. 
• Incidência nos não expostos: 50/500=0,1 0,1 x100%= 10%. 
Risco Relativo: 0,1 - 0,1 = 0 ⇒ Este resultado representa a igualdade, isto é, o risco dos 
expostos e o risco dos não expostos é igual. 
 
 
Risco Relativo ou Razão de Risco (RR): Quantas vezes é maior o risco de desenvolver a 
doença entre o grupo tratados (ou expostos) em relação ao grupo controle (não-
expostos). É a razão entre o risco no grupo tratado (RT) e o risco no grupo controle (RC): 
RR = RT / RC 
 
 
Interpretação: RR= 0,06 / 0,03 = 2 → risco de desenvolver a doença entre o grupo não 
amamentação é duas vezes maior em relação ao grupo controle (amamentação). 
 
 
RR= 0,03 / 0,15= 0,2 → como interpretar? 
Utilizamos o inverso = 1 / RR = 1 / 0,2 = 5 → O risco de desenvolver a doença entre o 
grupo não vacinado é cinco vezes maior em relação ao grupo vacinado. 
 
 
 
Risco Atribuível (RA): É usado para responder o quanto da frequência de adoecimento 
pode ser evitada, se existisse meios efetivos de eliminação da exposição em questão. 
O risco de adoecimento no grupo não exposto é devido a quaisquer outras causas que 
não a exposição de interesse. Aplicado somente nos estudos que permitam estimar a 
incidência. 
RA = IAExpostos - IANãoExpostos 
 
 
ATENÇÃO: No estudo transversal as duas analises são possíveis: 
Se o número de doentes entre os expostos é maior do que o número de doentes entre 
os não-expostos. 
Se a frequência do fator de risco nos doentes é maior do que nos sadios. 
 
 
Diferença entre Prevalências (DP): Casos relacionados somente à exposição. 
DP= PExpostos – PNãoExpostos. 
 
 
Estimativa do tamanho do efeito do tratamento: 
 
Redução Absoluta de Risco (RAR): Aplicado nos estudos de intervenção. É a diferença 
de risco entre o grupo controle (RC) e o grupo tratado (RT), em termos absolutos: 
RAR = RC – RT 
 
 
Redução Relativo de Risco (RRR) = EFICÁCIA: Expressa a redução percentual de eventos 
no grupo tratado (RT) em relação aos controles (RC). 
É também conhecida como EFICÁCIA, que representa a redução relativa do risco obtido 
com a intervenção: 
RRR = (1-RR) x 100 = RRR = (1-RT/RC) x 100 = RRR = [(RC – RT)/RC] x 100 
 
 
Número Necessário para Tratar (NNT): É o inverso da Redução Absoluta de Risco. Esta 
medida expressa o número de pacientes que devem ser tratados a fim de que um evento 
adverso adicional seja evitado. 
EX: se a droga tem um NNT=5, em relação ao evento morte, significa que cinco pacientes 
devem ser com ela tratados para que uma morte adicional seja evitada. 
NNT = 1/RAR = NNT = 1/(RC-RT) 
 
 
Odds Ratio = Razão de Chances (OR): Trata-se de uma razão entre as chances de 
desfecho esperado no grupo de intervenção e no grupo controle. 
OR = (a/b) / (c/d) = a.d / b.c 
 
EXEMPLO: 
 
A estimativa do efeito da trombólise IV no IAM pode ser expressa através de: 
RAR: 12,3% - 9,4% = 2,9% (a diferença entre o grupo controle e o grupo tratado foi de 
2,9 unidades percentuais). 
RR: 9,4 / 12,3 = 0,76 (o grupo tratado com trombolítico apresentou um risco relativo de 
morte de 0,76 em relação ao grupo controle → intervenção benéfica). 
RRR: (1- 0,76) x 100 = 24% (a trombólise intravenosa possibilitou uma redução na 
letalidade pós IAM de 24% em relação ao grupo controle). 
NNT: 1/RAR = 1/0,029 = 34 (é necessário tratar 34 pacientes com trombolítico para se 
evitar a morte de um deles, ou seja, a cada 34 pacientes tratados, uma morte é 
prevenida). 
OR = (1352 x 12613) / (13086 x 1773) = 0,73 (a chance de morrer no grupo tratado é 
0,73 em relação ao grupo controle).

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