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Balanceamento Dinâmico e Estático
UNESP
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DINÂMICA DE MÁQUINAS E VIBRAÇÕES Prof. Antônio Forti Trabalho 4 parte 2 Balanceamento Estático e Dinâmico Maria Ribeiro Machado Pires Guaratinguetá 2022 INTRODUÇÃO Em teoria, qualquer elo ou membro puramente rotativo pode ser perfeitamente equilibrado para eliminar todas as forças e momentos vibratórios. A menos que forças vibratórias sejam necessárias (como em mecanismos vibratórios), equilibrar todas as peças rotativas em uma máquina é uma prática de projeto aceitável. O membro rotativo pode ser balanceado estaticamente ou dinamicamente. O equilíbrio estático é um subsistema do equilíbrio dinâmico. A execução do balanceamento completo requer a execução do balanceamento dinâmico. Em alguns casos, o balanceamento estático pode ser uma alternativa aceitável ao balanceamento dinâmico e geralmente é mais fácil de fazer. Componentes rotativos podem e geralmente devem ser projetados para serem inerentemente equilibrados por sua geometria. No entanto, a variabilidade das tolerâncias de produção garante que ainda haja algum desequilíbrio em cada peça. Portanto, um procedimento de balanceamento deve ser aplicado a cada peça após a fabricação. O tamanho e a localização de qualquer desequilíbrio podem ser medidos com muita precisão e compensados pela adição ou remoção de material nos lugares certos. Neste trabalho iremos introduzir os conceitos de balanceamento estático e dinâmico. TEORIA O balanceamento estático ou balanceamento em plano único é aplicado a componentes em movimento. A força desequilibrada de interesse para nós é devido à aceleração da massa do sistema. O requisito para o equilíbrio estático é simplesmente que a soma de todas as forças no sistema cinemático (incluindo a força inercial de d'Alembert) deve ser zero. ∑ 𝐹 − 𝑚𝑎 = 0 Através do nome “balanceamento estático” e da equação acima nós vemos que significa que a massa que produz a força de inércia está no mesmo plano ou muito próxima. É essencialmente um problema bidimensional. Alguns exemplos de dispositivos comuns que atendem a esses critérios e, portanto, podem ser balanceados estaticamente com sucesso incluem: engrenagens simples ou polias em eixos, pneus e rodas de bicicleta ou motocicleta, volantes finos, hélices de aeronaves, lâminas de turbina individuais (mas não turbinas inteiras). O que esses dispositivos têm em comum é que eles são todos menores na direção axial em comparação com a direção radial e, portanto, podem ser considerados como existindo em um único plano. Um conjunto de pneu e roda de carro é apenas marginalmente adequado para balanceamento estático porque é bastante espesso na direção axial em comparação com seu diâmetro. Ainda assim, os pneus dos carros às vezes são balanceados estaticamente. Na Figura 1 abaixo, é mostrado um elo na forma de um V que é parte do mecanismo de barras. Para balanceá-lo dinamicamente iremos modelar esse elo como dois pontos de massa 𝑚1 𝑒 𝑚2 concentrados no centro de gravidade locais de cada perna do elo, como mostra a figura 1. Figura 1: Balanceamento estático de um elo em rotação pura. (LIMA, 2018) Cada uma dessas partículas tem a mesma massa que a "perna" que substituem e é sustentada por uma haste sem massa no centro de gravidade dessa perna (R1 ou R2). Podemos resolver o número e a localização necessários de uma terceira "massa de equilíbrio" mb adicionada ao sistema em algum local Rb para satisfazer a Equação Y. Suponha que o sistema gire com uma velocidade angular constante ω. A aceleração da massa será estritamente centrípeta (em direção ao centro) e a força de inércia será centrífuga (afastada do centro) como mostra o diagrama que mostra uma "imagem congelada" do sistema em rotação. o cálculo é realizado enquanto "parar a ação" é arbitrário e não tem nada a ver com o cálculo. Para balanceamento, não importa que forças externas possam estar agindo no sistema. Forças externas não podem ser balanceadas pela execução de qualquer mudança na geometria interna do sistema. Os termos do lado direito são conhecidos. Podemos facilmente resolver os produtos mRx e mRy necessários para balancear o sistema. Será conveniente converter os resultados para coordenadas polares. O ângulo no qual a massa de balanceamento deve ser posicionada (em relação ao nosso sistema de coordenadas congelado arbitrariamente orientado) é θb. Note que os sinais do numerador e denominador da equação podem ser individualmente mantidos e um arco tangente de dois argumentos calculado para obter θb no quadrante correto. A maioria das calculadoras e computadores dará um resultado para o arco tangente somente entre ±90°. O produto mbRb é encontrado pela equação. Existe agora uma infinidade de solu- ções disponíveis. Podemos selecionar um valor para mb e resolver o raio Rb necessário no qual poderá ser posicionada, ou escolher um raio desejado e resolver a massa que deve ser posicionada nele. Adicionar restrições pode ditar o raio máximo possível em alguns casos. A massa de balanceamento está confinada no “plano único” de massas não balanceadas. Uma vez que uma combinação de mb e Rb é escolhida, resta projetar o contrapeso físico. O raio Rb escolhido é a distância do pivô ao CG, seja qual for a forma que criamos para a massa do contrapeso. Nosso modelo dinâmico simples, usado para calcular o produto mR, supõe um ponto de massa e uma haste sem massa. Esses dispositivos ideais não existem. Balanceamento dinâmico ou balanceamento em dois planos requer que dois critérios sejam satisfeitos. A soma das forças deve ser zero (balanceamento estático), e a soma dos momentos também deve ser zero. Figura 2: Forças balanceadas – momento não balanceado (LIMA, 2018) Esses momentos agem em planos que incluem os eixos de rotação da montagem, como os planos XZ e YZ na Figura 2. A direção do vetor-momento, ou eixo, é perpendicular ao eixo de rotação da montagem. Qualquer objeto ou montagem rotativa que seja relativamente longo na direção axial em comparação com a direção radial requer balanceamento dinâmico para um completo balanceamento. Considere a montagem na Figura 2. Duas massas iguais estão com raios idênticos, rotacionados de 180°, mas distanciadas ao longo do comprimento do eixo. O somatório das forças ma resultantes de sua rotação será sempre zero. Entretanto, na vista lateral, suas forças inerciais formam um conjugado que gira com as massas em relação ao eixo. Esse conjugado em balanço causa um momento no plano terra, alternadamente elevando e soltando as extremidades esquerda e direita do eixo. O denominador comum desses dispositivos é que suas massas podem ser distribuídas de forma desigual tanto axialmente ao redor de seus eixos quanto lon- gitudinalmente ao longo de seus eixos. Para corrigir um desbalanceamento dinâmico, é necessário adicionar ou remover uma quantidade de massa na localização angular apropriada em dois planos de correção separa- dos pela mesma distância ao longo do eixo. Isso criará as forças contrárias necessárias para balancear estaticamente o sistema e também fornecerá um conjugado contrário para cancelar o momento não balanceado. Quando um conjunto de pneu e roda de automóvel é balanceado dinamicamente, os dois planos de correção são as margens internas e externas do aro da roda. Os pesos de correção são adicionados nas localizações apropriadas em cada um desses planos de correção com base em uma medida das forças dinâmicas geradas pela roda desbalanceada em rotação. É sempre uma boa prática primeiro balancear estaticamente todas as componentes indi- viduais que estão na montagem, se possível. Isso reduzirá a quantidade de desbalanceamento dinâmico que deve ser corrigido na montagem final e também o momento flexor no eixo. Um exemplo comum dessa situação é a turbina de uma