Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Resumo das aulas de legislação previdenciária e trabalhista AULA 1 e 2 Relações de trabalho e de emprego - diferença entre trabalhador autônomo e empregado Relação de trabalho é toda relação jurídica caracterizada por ter sua prestação centrada em uma obrigação de labor humano Relação de trabalho - Trabalhador - contribuinte obrigatório da previdência social - Tomador de serviços - trabalha sem subordinação Tipos de trabalhadores - Eventual (trabalha às vezes/ Não gera lucro/ Ex: Diarista) - Avulso (trabalha por intermediação do órgão gestor de mão de obra/ Trabalha nos portos descarregando recebendo diária/ Ex: Safrista) - Autônomo (Trabalha por conta própria/ Ex: Pedreiro) - Voluntário (Trabalha auxiliando alguém/ Ex: ONG’s, voluntários da copa) - Representante comercial (representa a marca e vende produtos baseados na sua cartela de clientes/ Pode ser autônomo ou empregado) - Cooperado (Uma reunião de pessoas que trabalham para um fim comum e rateiam o lucro/ Ex: Cooperativa de trnasporte) - Estagiário (Lei 11788/88) Empregado - Toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador sob dependência deste e mediante salário Relação de trabalho -------> Relação de emprego Empregado em domicílio diferente de empregado doméstico Empregado em domicílio gera lucro Lei 1.3467/17 - Regulariza o teletrabalho Lei 150/15 - Empregado doméstico - Natureza contínua (+ de 2 dias semanais, + 4h diárias) - Serviços sem finalidade lucrativa - Prestar serviços a pessoa ou à família - No âmbito residencial: lugar que a família está Lei 5.889/73 e Decreto Lei 73.626/74 - Empregado rural - É toda pessoa física que em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviço de natureza não eventual a empregador rural, sob dependência deste e mediante salário - CF equiparou os direitos trabalhistas do empregado rural e urbano AULA 3 Contrato de trabalho Empregador Art 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. Empregado Subordinação Habitualidade Onerosidade Pessoalidade Pessoa física Empregador Admite Dirige Assalaria Parágrafo 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos que admitirem trabalhadores como empregadores. Parágrafo 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. Paragrafo 3º - Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes (Alterado pela lei 13.467/2017; NR) Poderes do empregador - Poder disciplinar (Advertência, demitir por justa causa, suspender CT por 30 dias) - Poder diretivo/regulamentar (Regulamento empresarial) - Poder fiscalização (Ler emails corporativos, verificar uso de E.P.I) Sucessão trabalhista 1. Despersonalização: O empregado se vincula ao empreendimento e não a pessoa do empregador, permitindo afirmar que qualquer mudança na empresa (mudança de sócios, por exemplo) não afetará os contratos de trabalho vigentes) Art 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados (regra geral) Art 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados 10A- O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas das sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: - A empresa devedora - Os sócios atuais - Os sócios retirantes (desde que a ação seja ajuizada em até dois anos após a averbação da saída do sócio A sucessão trabalhista não se caracteriza quando há a venda dos bens da empresa falida (exceção) Débitos trabalhistas são pagos pelo juizo falimentar Contrato de trabalho É um acordo de vontades, tácito ou expresso, pelo qual uma pessoa física coloca seus serviços à disposição de uma pessoa física, pessoa, jurídica ou ente despersonalizado, sendo estes serviços pessoais, não-eventuais, onerosos e subordinados Capacidade Objeto lícito Formalidade prevista em lei Art 443 - O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado ou para prestação de serviço intermitente Parágrafo 1º (art 442) Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada Parágrafo 2º (art 442) O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo b) de atividades empresariais de caráter transitório c) de contrato de experiência Letra A e B - Prazo máximo 2 anos/// Letra C - Prazo máximo 90 dias Somente uma prorrogação é possivel dentro do prazo máximo Parágrafo 3º (art 442) Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é continua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, regido por legislação própria (Ex: Garçon) AULA 4 Terminação do contrato de trabalho Dispensa por justa causa - Gravidade - Atualidade - Imediação - Bis in idem Art 482 - Constituem justa causa pela rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: a) Ato de improbidade b) Incontinência de conduta ou mau procedimento c) Negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço d) Condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena e) Desídia no desempenho das respectivas funções f) Embriaguez habitual ou em serviço g) Violação de segredo da empresa h) Ato de indisciplina ou de insubordinação i) Abandono de emprego j) Ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem k) Ato lesivo da honra o ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem l) Prática constante de jogos de azar m) Perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da profissão, em decorrência de conduta dolosa do empregado Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios à segurança nacional - Demisão sem justa causa - Factum principis - Art 486, CLT - Força maior - Art 501, CLT - Morte do empregado - Morte do empregador - Contrato de trabalho por prazo determinado - Artigo 479, CLT - Artigo 480, CLT - Artigo 481, CLT Terminação por mutuo acordo - Artigo 484-A, CLT Prazo para pagamento - Artigo 477, parágrafo 6 CLT Suspensão e interrupção do contrato de trabalho Na interrupção do contrato o empregado continua recebendo salários e haveria a contagem do tempo de serviço. Trata-se, portanto, de suspensão parcial, como paralisação temporária da prestação dosserviços, com a manutenção do pagamento de salários ou algum efeito do contrato de trabalho Na suspensão o pagamento de salários não seria exigido como também não se computrá o tempo de afastamento como tempo de serviço; entende-se como suspensão total esta, pois paralisa temporariamente a prestação dos serviços, com a cessação das obrigações patronais e de qualquer efeito do contrato enquanto perdurar a paralisação dos serviços Hipóteses de suspensão a) Suspensão disciplinar: Suspensão aplicada ao empregado como punição por falta cometida. O prazo máximo é de 30 dias. Logo, não recebe salário, pois trata-se de punição e não premiação. b) Suspensão para ajuizamento de ação de inquérito: É obrigatório o ajuizamento de inquérito para a apuração de falta grave visando a demissão motivada (justa causa) dos seguintes empregados - Estáveis celetistas - Dirigentes sindicais c) Afastamento para qualificação profissional: O empregado poderá se afastar do serviço pelo período de 2 a 5 meses a fim de frequentar curso de qualificação profissional oferecido pelo empregador, desde que esta hipótese esteja prevista em norma coletiva e autorizada expressamente (por escrito) pelo empregado d) Art. 59 da lei nº 8213/1991: Os primeiros 15 dias consecutivos são pagos pelo empregador (nesse caso é interrupção)/ A partir do 16º, o caso é de suspensão, pois o empregado passa a receber do INSS e) Aposentadoria por invalidez f) Art. 475 da CLT g) Súmulas: 215 do STF e 160 do TST h) Afastamento para serviço militarr obrigatório: Embora seja obrigatório o recolhimento do FGTS e o tempo de afastamento conte como tempo de serviço para fins de indenização e estabilidade, a hipotese configura suspensão contratual. O importante é que, em regra, não são devidos os salários (Art 472 da CLT) Art 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo de salário (Hipóteses de interrupção): 1. Até 2 dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que , declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica 2. Até 3 dias consecutivos, em virtude de casamento 3. Por 1 dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira semana 4. Por 1 dia, em cada 12 meses de trabalho em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada 5. Até 2 anos consecutivos ou não, para fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva 6. No período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do serviço militar 7. Nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior 8. Pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo 9. Pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante e entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro Outras hipóteses de interrupção: a) Férias b) Feriados c) RSR d) Primeiros 15 dias do acidente de trabalho e) Participação em eleições f) Participação como jurado g) Aborto comprovado por atestado médico oficial h) Aviso prévio AULA 5 Terceirização e jornada de trabalho Terceirização: É a relação trilateral formada entre trabalhador, intermediador de mão de obra e o tomador de serviços. Caracterizada pela não concorrência do empregador real com o formal Hipóteses da terceirização - Trabalho temporário (Lei 6019/74 C/C Lei 13429/2017) - Parágrafo 1 - O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo empregador não poderá exceder ao prazo de cento e oitenta dias, consecutivos ou não contratados pelas empresas de trabalho temporário; - Parágrafo 2º - O contrato poderá ser prorrogado por até 90 dias consecutivos ou não, além do prazo estabelecido no parágrafo 1º deste artigo, quando comprovada a manutenção das condições que o ensejaram - Parágrafo 4º - Não se aplica ao trabalhador temporário, contratado pela tomadora de serviços, o contrato de experiencia previsto no parágrafo único do art 445 da CLT - Parágrafo 5º - O trabalhador temporário que cumpri o período estipulado nos PGFs 1º e 2º deste artigo somente poderá ser colocado à disposição da mesma tomadora de serviços em novo contrato temporário, após noventa dias do término do contrato anterior - Parágrafo 6 - A contratação anterior ao prazo previsto no PGFs 5º deste artigo caracteriza vínculo empregatício com a tomadora - Parágrafo 7º - A contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer o trabalho temporário, e o recolhimento das contribuições previdênciárias observará o disposto no art 31 da lei 8.212 MUDANÇAS TRAZIDAS PELA LEI 13.467/17 - Art. 2º A Lei no 6.019, de 3 de janeiro de 1974, passa a vigorar com as seguintes alterações: - “Art. 4º-A. Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua execução. - “Art. 4º-C. São asseguradas aos empregados da empresa prestadora de serviços a que se refere o art. 4º-A desta Lei, quando e enquanto os serviços, que podem ser de qualquer uma das atividades da contratante, forem executados nas dependências da tomadora, as mesmas condições: - I - relativas a: a) alimentação garantida aos empregados da contratante, quando oferecida em refeitórios; b) direito de utilizar os serviços de transporte; c) atendimento médico ou ambulatorial existente nas dependências da contratante ou local por ela designado; d) treinamento adequado, fornecido pela contratada, quando a atividade o exigir. - II - sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de segurança no trabalho e de instalações adequadas à prestação do serviço. - § 1º Contratante e contratada poderão estabelecer, se assim entenderem, que os empregados da contratada farão jus a salário equivalente ao pago aos empregados da contratante, além de outros direitos não previstos neste artigo. - § 2º Nos contratos que impliquem mobilização de empregados da contratada em número igual ou superior a 20% (vinte por cento) dos empregados da contratante, esta poderá disponibilizar aos empregados da contratada os serviços de alimentação e atendimento ambulatorial em outros locais apropriados e com igual padrão de atendimento, com vistas a manter o pleno funcionamento dos serviços existentes.” - “Art. 5º-A. Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de prestação de serviços relacionados a quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal. - “Art. 5º-C. Não pode figurar como contratada, nos termos do art. 4º-A desta Lei, a pessoa jurídica cujos titulares ou sócios tenham, nos últimos dezoito meses, prestado serviços à contratante na qualidade de empregado ou trabalhador sem vínculo empregatício, exceto se os referidos titulares ou sócios forem aposentados. - “Art. 5º-D. O empregado que for demitido não poderá prestar serviços para esta mesma empresa na qualidade de empregado de empresa prestadora de serviços antes do decurso de prazo de dezoito meses, contados a partir da demissão do empregado.” JORNADA DE TRABALHO - Art. 58. A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite. - § 1o Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. (Parágrafo incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001) - § 2º O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador.(Lei 13467/2017) - Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais. (lei 13467/2017) - § 1o O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001) - § 2o Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante opção manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociação coletiva. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001) - § 3º As horas suplementares à duração do trabalho semanal normal serão pagas com o acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o salário-hora normal. - § 4º Na hipótese de o contrato de trabalho em regime de tempo parcial ser estabelecido em número inferior a vinte e seis horas semanais, as horas suplementares a este quantitativo serão consideradas horas extras para fins do pagamento estipulado no § 3º, estando também limitadas a seis horas suplementares semanais. - § 5º As horas suplementares da jornada de trabalho normal poderão ser compensadas diretamente até a semana imediatamente posterior à da sua execução, devendo ser feita a sua quitação na folha de pagamento do mês subsequente, caso não sejam compensadas. http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/vinculoempregaticio.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/jornada_computo_horas.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/horas_extras.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/jornada_computo_horas.htm
Compartilhar