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1. ARISTÓTELES (384-322 A.C.) Aristóteles foi um importante estudioso grego que nasceu em torno de 348 a.C. no norte da Grécia. O pensador foi o que chamamos de polímata, aquele que possui conhecimentos em diversas áreas do saber. Assim, seus escritos abordam a filosofia, política, ética, biologia, física, lógica e outros temas. Entretanto, se tornou mais conhecido como filósofo, sendo um discípulo de Platão. Considerado o primeiro cientista da história ocidental, Aristóteles deixou um grande legado que influenciou o pensamento e a ciência de gerações posteriores, se tornando um dos maiores nomes do Ocidente. Por isso, reunimos 12 frases de Aristóteles sobre a vida, educação, política, trabalho, felicidade e amor para trazer inspiração. 1. "O prazer no trabalho aperfeiçoa a obra." Um trabalho sai muito melhor quando há prazer no processo. Ao fazer as coisas com má vontade, mesmo que sejamos responsáveis, a probabilidade de um resultado mal feito se torna bem maior. Por isso, o ideal é tentar encontrar satisfação nas ações que realizamos, mesmo as obrigatórias. 2. "Você nunca fará nada neste mundo sem coragem. É a melhor qualidade da mente ao lado da honra." A coragem é uma força interior essencial para conseguirmos percorrer os caminhos tortuosos da vida. O pensador sabia disso e afirma ser ela uma das qualidades mais importantes no ser humano. A citação traça um paralelo com uma frase do escritor brasileiro Guimarães Rosa no livro O Grande Sertão: veredas, em que afirma: A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem. 3. "Nunca existiu uma grande inteligência sem uma veia de loucura." As grandes ideias normalmente surgem de mentes inquietas e excêntricas. Aristóteles reconhecia isso e parece valorizar certa "veia de loucura", um traço de originalidade e criatividade que impulsiona boas criações. 4. "O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete." O grande filósofo Sócrates afirmou "Só sei que nada sei". Aristóteles parte desse pressuposto para dizer que a sabedoria vem da capacidade de questionamento. Já a pessoa sensata reflete sobre as ideias antes de afirmá-las com paixão, pois tal atitude seria ignorância. 5. "Ter muitos amigos é não ter nenhum." É assim, quando se tem muitos amigos, mas a pessoa não consegue desenvolver relações de intimidade e confiança com eles, é como se ela estivesse sozinha, na realidade. É preferível ter poucos e bons amigos do que um excesso de relações superficiais. 6. "É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer." Diferente de seu mestre Platão, Aristóteles acreditava que a experimentação era mais importante que a teoria. Assim, nessa frase podemos observar de forma objetiva esse pensamento. Aqui, ele diz que o aprendizado se faz no processo. É possível dessa forma, encontrar uma antiga ideia que pode trazer calma e diminuir a ansiedade muitas vezes presente em nossas ações. 7. "A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces." Ao afirmar que a educação tem raízes amargas, Aristóteles diz que nem sempre o processo de aprendizado se dá de maneira confortável. Muitas vezes há dificuldade no processo, entretanto, por mais árduo que seja, colhemos ótimos resultados, levando uma sabedoria para o resto de nossas vidas. 8. "O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas sempre pensa tudo o que diz." Mesmo que não digamos tudo o que pensamos e sentimos, é necessário que tenhamos coerência com as palavras que dizemos. Nem sempre podemos ser totalmente transparentes, mas a honestidade e sabedoria consiste em ter uma comunicação verdadeira e sincera. 9. "Não somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência então não é um modo de agir, mas um hábito." Novamente Aristóteles traz a prática nessa afirmação como centro da ideia. Entretanto, aqui ele afirma que a mera repetição sem consciência não traz "perfeição", mas que devemos incluir na rotina as ações que devem ser aperfeiçoadas, se tornando parte de um hábito. 10. "Valor final da vida depende mais da consciência e do poder de contemplação, que da mera sobrevivência." Contemplar aqui significa admirar o nosso entorno sem esquecer de analisá-lo, observando com consciência e olhar atento as situações e acontecimentos que se apresentam. Para Aristóteles, esse espírito investigativo e contemplativo seria mais valioso do que a simples sobrevivência no mundo. 11. "Nosso caráter é o resultado da nossa conduta." O caráter se constrói a partir de nossos atos. O filósofo diz que são as atitudes que determinam a grandeza e integridade da pessoas. 12. "As pessoas dividem-se entre aquelas que poupam como se vivessem para sempre e aquelas que gastam como se fossem morrer amanhã." Já diz o ditado: "Nem tanto ao céu, nem tanto à terra". Ou seja, é preciso encontrarmos um equilíbrio em tudo na vida. Nessa citação, Aristóteles fala sobre o uso do dinheiro, trazendo uma reflexão sobre a importância de se ter saberdoria ao gastá-lo. 2. Platão (427-347 A.C.) Platão (427-347 a.C.) foi um filósofo grego da antiguidade, considerado um dos principais pensadores da história da filosofia. Era discípulo do filósofo Sócrates. Sua filosofia é baseada na teoria de que o mundo que percebemos com nossos sentidos é um mundo ilusório, confuso. O mundo espiritual é mais elevado, eterno, onde o que existe verdadeiramente são as ideias, que só a razão pode conhecer. Infância e juventude Platão nasceu em Atenas, Grécia, provavelmente no ano 427 a.C. Pertencia a uma das mais nobres famílias de Atenas. Como todo aristocrata de sua época, recebeu educação especial, estudou leitura e escrita, música, pintura, poesia e ginástica Era excelente atleta, participou dos jogos olímpicos como lutador. Seu nome verdadeiro era Arístocles, mas recebeu o apelido de “Platão”, que em grego significa “ombros largos”. Por tradição de família, Platão desejava dedicar-se à vida pública e fazer uma brilhante carreira politica, como descreveu em uma de suas muitas cartas. Platão e Sócrates Desde cedo, Platão tornou-se discípulo de Sócrates, aprendendo e discutindo com esse filósofo os problemas do conhecimento do mundo e das virtudes humanas. Quando Sócrates foi condenado à morte sob a acusação de “perverter a juventude”, Platão desiludiu-se da política e resolveu voltar-se inteiramente para a filosofia. Sua amizade com Sócrates quase lhe custou a vida. Foi obrigado a deixar a cidade, retirou-se para Megara, onde conviveu com Euclides. Viajou por Cirene, Itália e Egito, entrando em contato com grandes mentalidades da época. Foram doze anos aprendendo, e criando sua própria filosofia. A Academia de Platão Quando regressou a Atenas, com a idade de 40 anos, abriu uma escola destinada à investigação filosófica que recebeu o nome de “Academia”, pela razão de se reunirem mestres e discípulos nos jardins de um rico cidadão chamado Academus. Mosaico da Academia de Platão (Museu Arqueológico, Nápoles) Os estudos realizados por Platão deram-lhe a formação intelectual necessária para formular as próprias teorias, aprofundando os ensinamentos de Sócrates. A fim de eternizar os ensinamentos do mestre, que não havia redigido nenhum livro, escreveu vários diálogos onde a figura principal é Sócrates, com isso tornou conhecido o pensamento de seu mestre. Em sua escola, Platão reunia-se com seus discípulos para estudar Filosofia e Ciências. No campo científico, dedicava-se especialmente à Matemática e Geometria. Mas o que o filósofo procurava transmitir era principalmente uma profunda fé na razão e na virtude, adotando o lema de seu mestre Sócrates: “O sábio é o virtuoso”. Essa foi a preocupação máxima dos seus últimos anos, quando escreveu suas obras mais notáveis. Entre seus discípulos o que mais se destacou foi Aristóteles, que mesmo discordando do mestre, sofreu suainfluência. Tal foi a influência de Platão, que a Academia subsistiu mesmo após a sua morte aos oitenta anos de idade. Quando em 529, o imperador romano Justiniano mandou fechar a Academia, junto com outras escolas não cristãs, a doutrina platônica já tinha sido amplamente difundida. Platão faleceu em Atenas, Grécia, no ano de 347 a.C. Filosofia Platônica Para explicar seu pensamento filosófico, Platão escreveu em forma de diálogo, no livro VII da República, uma história famosa: “o mito da caverna”. Platão explica que a alma, antes de ficar aprisionada no corpo, habita o “mundo luminoso das ideias”, guardando apenas vagas lembranças dessa existência anterior. As ideias, para Platão, são objetos imutáveis e eternos do pensamento e servem para explicar a aquisição de conceitos, a possibilidade de conhecimentos e o significado das palavras. Dizia ele: “As coisas desfazem-se em pó e as ideias ficam”. Platão é também famoso por sua “teoria da anamnese” (reminiscência). De acordo com a qual, muitos de nossos conhecimentos não são adquiridos através da experiência, mas já conhecidos pela alma na ocasião do nascimento, uma vez que a experiência serve apenas para ativar a memória. A República de Platão A “República” é uma das obras mais famosa de Platão, é uma descrição do paraíso terrestre. Nela, ele tentou criar o seu “Estado Ideal”, onde examinou quase todos os possíveis ângulos de visão. Descreveu um tratado sobre teoria política em que revela tanto tendências democráticas quanto totalitárias, defendendo o governo absoluto da sociedade pela classe dos filósofos ou sábios, onde deveria vigorar forte igualitarismo. Para Platão, a sociedade ideal seria dividida em três classes, levando em conta a capacidade intelectual de cada indivíduo: Agricultores, artífices e comerciantes - a primeira camada, mais presa às necessidades do corpo, seria encarregada da produção e distribuição de gêneros para toda a comunidade. Militares - a segunda classe, mais empreendedora, se dedicaria à defesa. Filósofos Governantes - a classe superior, mais capacitada para servir-se da razão, seria a dos intelectuais, que possuiriam também o poder político: assim os reis teriam de ser escolhidos entre os filósofos. Obras de Platão Cerca de trinta obras de Platão chegaram até nossos dias, entre elas: República (sobre a justiça e o Estado Ideal) Protágoras (sobre o ensinamento da virtude) Banquete (sobre o amor) Apologia de Sócrates (autodefesa de seu mestre diante dos juízes) Fédon (sobre a imortalidade da alma e sobre a doutrina das ideias) As Leis (uma nova concepção do Estado) 3. Nietzsche (1844-1900) Friedrich Nietzsche (1844-1900) foi um filósofo, escritor e crítico alemão que exerceu grande influência no Ocidente. Sua obra mais conhecida é “Assim Falava Zaratustra”. O pensador estendeu sua influência para além da filosofia, penetrando na literatura, poesia e todos os âmbitos das belas artes. Infância e Formação Friedrich Wilhelm Nietzsche nasceu em Röcken, na Alemanha, no dia 15 de outubro de 1844. Era filho, neto e bisneto de pastores protestantes. Com cinco anos de idade ele ficou órfão de pai, ficando aos cuidados da mãe, da avó e da irmã mais velha. Durante a juventude pretendia seguir o exemplo do pai e dedicou-se à leitura da Bíblia. Com 10 anos entrou para o Ginásio de Naumburgo, e com 14 anos recebeu uma bolsa de estudos de preparação para o clero. Destacou-se nos estudos religiosos, literatura alemã e estudos clássicos, porém começou a questionar os ensinamentos do Cristianismo. Friedrich Nietzsche formou-se em 1864 e continuou seus estudos em Teologia e Filologia Clássica, na Universidade de Bonn. Em 1865, transferiu-se para a Universidade de Leipzig, indicado pelo mestre Wilhelm Ritschl. Em 1867, Nietzsche foi convocado para o exército prussiano, quase morreu de uma queda de cavalo, e voltou para continuar seus estudos em Leipzig. Em 1869, com 25 anos, foi contratado pela Universidade da Basileia como catedrático de Filologia Clássica. Nessa época, compôs obras musicais à maneira de Schumann, fez amizade com Wagner e conheceu a filosofia de Schopenhauer. Em 1870, com a deflagração da Guerra Franco-Prussiana, pediu licença da universidade e retornou para o Exército. Nesse período, Nietzsche contraiu difteria e voltou para Basileia a fim de se restabelecer. Primeiro Livro Em 1871, Nietzsche publicou seu primeiro livro, “O Nascimento da Tragédia no Espírito da Música”. A segunda edição foi pulicada em 1875, com um adendo sobre "Helenismo e Pessimismo". Na obra, Nietzsche sustenta que a tragédia grega teria surgido da fusão de dois componentes: o apolíneo, que representava a medida e a ordem, e o dionisíaco, símbolo da paixão vital e da intuição. Em 1879, com a saúde abalada, com crises constantes de cefaleia, problemas de visão e dificuldade para falar, Nietzsche foi obrigado a se aposentar. Assim Falava Zaratustra (1883) Em 1883, Nietzsche publicou “Assim Falava Zaratustra”, sua obra mais conhecida, de estilo bíblico e poético, entre o dos pré-socráticos e o dos profetas hebraicos, sob a máscara do lendário sábio persa. Na obra, estão as ideias-chaves do pensamento de Nietzsche: a ideia de Super-Homem, a ideia de Transmutação de Valores, a ideia de Espírito Senhoril e a ideia de Eterno Retorno. Que derrotariam a moral cristã e o ascetismo servil. Além do Bem e do Mal (1886) Nietzsche fez da moral e da religião o alvo de seus combates, considerando sua guerra pessoal contra ambos sua maior vitória. Além do Bem e do Mal é o centro dessa guerra, o primeiro livro entre seus escritos negativos e negadores, conforme ele mesmo declara em seu “Ecce Homo” (1888), publicado postumamente. De um modo geral, na obra “Além do Bem e do Mal”, Nietzsche desenvolve uma verdadeira crítica da filosofia, da religião e da moral, apontando as congruências existentes entre elas. O Anticristo Em 1888, Nietzsche iniciou a obra “O Anticristo”, que só foi publicada em 1895, na qual faz uma comparação com outras religiões, criticando com veemência a mudança de foco que o cristianismo opera, uma vez que o centro da vida passa a ser o além e não o mundo presente. Últimos Anos A fase criativa de Nietzsche foi interrompida em 03 de janeiro de 1889, quando sofreu um grave colapso nas ruas de Turim e perdeu definitivamente a razão. Ao ser internado na Basileia, foi diagnosticado com paralisia progressiva, provavelmente em consequência da sífilis. Quando um exemplar de sua obra-prima, "Assim Falou Zaratustra", foi colocado diante dele, leu-o durante alguns minutos e disse em seguida: "Não sei quem é o autor deste livro. Mas, pelos deuses, que pensador deve ele ter sido!". Friedrich Nietzsche faleceu em Weimar, Alemanha, no dia 25 de agosto de 1900. 4. Descartes (1596 - 1650) René Descartes (1596 - 1650) foi um filósofo, físico e matemático francês. Autor da frase: "Penso, logo existo". É considerado o criador do pensamento cartesiano, sistema filosófico que deu origem à Filosofia Moderna. Sua preocupação era com a ordem e a clareza. Propôs fazer uma filosofia que nunca acreditasse no falso, que fosse fundamentada única e exclusivamente na verdade. René du Perron Descartes nasceu em La Hayne, antiga província de Touraine, hoje Descartes, na França, no dia 31 de março de 1596. Seu pai, Joachim Descartes, era advogado e juiz, proprietário de terras, com o título de escudeiro, primeiro grau de nobreza. Era também conselheiro no Parlamento de Rennes na vizinha cidade de Bretanha. Infância e Adolescência René Descartes estudou no Colégio Jesuíta Royal Henry - Le Grand, que era estabelecido no castelo De La Flèche. Doado aos jesuítas pelo rei Henrique IV, era o colégio mais prestigiado da França, tinha com objetivo treinar as melhores mentes. Em 1615, formou-se em Direito pela Universidade de Poitiers, mas não exerceu a profissão. Decepcionadocom o ensino, afirmava que só a matemática demonstrava aquilo que afirmava. Em 1617, René Descarte ingressou no exército do príncipe Maurício de Nassau, na Holanda. Estabeleceu contato com as descobertas recentes da Matemática estudando com o cientista holandês Isaac Beeckman. Aos 22 anos, começou a formular sua "geometria analítica" e seu "método de raciocinar corretamente". Descartes rompeu com a filosofia de Aristóteles, adotada nas academias. Em 1619, propôs uma ciência unitária e universal, lançando as bases do método científico moderno. Descartes tomou parte da Guerra dos Trinta Anos, combatendo sob as ordens de Tilly na Batalha do Monte Branco, em 1621. Regressou depois à França, onde empreendeu viagens pela Itália, Holanda e Espanha. De 1629 a 1649 permaneceu nos Países-Baixos. René Descartes realizou diversos trabalhos na área da filosofia, ciências e matemática. Relacionou a álgebra com a geometria, fato que fez surgir a geometria analítica e o sistema de coordenadas, conhecido hoje como “Plano Cartesiano”. Aperfeiçoou a álgebra, sugerindo notações mais simples, fez diversas descobertas no terreno da física e criou a teoria das refrações da luz através das lentes. Pensamento Cartesiano René Descartes fundou o sistema filosófico denominado “Racionalismo” ou “Pensamento Cartesiano” (o termo vem de Cartesius, nome alatinado de Descartes). Segundo ele, se o homem pretende investigar a verdade, deve examinar seu próprio intelecto, o conhecimento é o mesmo para todos os objetos e o universo espiritual, contém o universo cognitivo da coisa em si. Descartes parte do ponto de vista, de que a vida se deve duvidar, por princípio, de todas as opiniões recebidas. O fundamento de que parte não é outro senão a autoconsciência. O Discurso Sobre o Método A principal obra de Descartes, "O Discurso Sobre o Método", é um tratado matemático e filosófico, publicado na França em 1637 e traduzida para o latim em 1656, na qual apresenta o seu método de raciocínio, "Penso, logo existo", base de toda a sua filosofia e do futuro "racionalismo científico". Nessa obra expõe quatro regras para se chegar ao conhecimento: Nada é verdadeiro até que venha a ser reconhecido como tal. Os problemas precisam ser analisados e resolvidos sistematicamente. As considerações devem partir do mais simples para o mais complexo. O processo deve ser revisto do começo ao fim para que nada importante seja omitido. René Descartes foi considerado o pai do racionalismo e ao mesmo tempo, o fundador da moderna metodologia da ciência em sentido crítico. Em 1649, foi convidado para trabalhar como instrutor da rainha Cristina na Suécia, já com uma saúde frágil. René Descartes faleceu em Estocolmo, na Suécia, no dia 11 de fevereiro de 1650. Frases de René Descartes: Penso, logo existo. Não é suficiente ter uma boa mente: o principal é usá-la bem. Não existem métodos fáceis para resolver problemas difíceis. Viver sem filosofar é o que se chama ter os olhos fechados sem nunca os haver tentado abri. Para examinar a verdade, é necessário, uma vez na vida, colocar todas as coisas em dúvida o máximo possível. René Descartes faleceu em Estocolmo, na Suécia, no dia 11 de fevereiro de 1650. Obras de René Descartes Regras Para Orientação do Espírito, 1628 O Discurso Sobre o Método, 1637 Geometria, 1637 Meditações Sobre a Filosofia Primeira, 1641 Princípios da Filosofia, 1644 As paixões da Alma, 1649 5. Kant (1724-1804) Immanuel Kant (1724-1804) foi um filósofo alemão, fundador da “Filosofia Crítica” - sistema que procurou determinar os limites da razão humana. Sua obra é considerada a pedra angular da filosofia moderna. Infância e Formação Immanuel Kant nasceu em Königsberg, na Prússia Oriental, então Império Alemão no dia 22 de abril de 1724. Filho de um artesão de descendência escocesa era o quarto de nove filhos. Passou grande parte de sua vida nos arredores de sua cidade natal. Dos pais luteranos recebeu uma severa educação religiosa. Na escola local estudou latim e línguas clássicas. Em 1740, com 16 anos, Kant ingressou na Universidade de Königsberg, como estudante de Teologia. Foi aluno do filósofo Martin Knutzen e se aprofundou no estudo da filosofia racionalista de Leibniz e de Christian Wolff. Mostrou interesse também por matemática e física. Em 1744 publicou um trabalho sobre questões relativas às forças cinéticas. Em 1746, após a morte do pai, trabalhou como preceptor o que lhe permitiu entrar em contato com a sociedade de Königsberg e ganhar prestígio intelectual. Mesmo fora da universidade não parou de estudar e dedicou-se à publicação de sua primeira obra filosófica, “Pensamento Sobre o Verdadeiro Valor das Forças Vivas” (1749). Em 1754, Kant retornou à universidade e após concluir os estudos universitários foi nomeado docente-livre. Lecionou Filosofia Moral, Lógica e Metafísica. Publicou diversas obras na área das Ciências Naturais e da Física. Finalmente, em 1770, Immanuel Kant ocupa a cátedra de Lógica e Metafísica na Universidade, cargo que exerceu até o fim de sua vida. Pensamento Filosófico de Kant O pensamento filosófico de Kant se distingue por três períodos distintos: Em seu período inicial, Kant sofreu a influência da filosofia de Leibniz e de Christian Wolff e na física de Newton, como fica evidente em seu trabalho: “História Geral da Natureza e Teoria do Céu”. No segundo período, gradativamente, Kant se deixou influenciar pela ética e pela filosofia empírica dos ingleses, sobretudo de David Hume. Segundo o próprio Kant, ele “despertou do sono dogmático.” Passou a adotar uma postura crítica ante a estreita correlação entre conhecimento e realidade. Nessa época publicou; “Sonhos de Um Visionário” (1766). No terceiro período, Kant desenvolveu a sua própria “Filosofia Crítica”, que começou, em 1770, com sua aula inaugural como professor de Filosofia, intitulada: “Sobre a Forma e Os Princípios do Mundo Sensível e Inteligente”, conhecida como “Dissertação”, quando ele estabeleceu as bases sobre as quais se desenvolveria sua obra filosófica. A Filosofia de Kant O sistema filosófico Kantiano foi concebido como uma síntese e superação das duas grandes correntes da filosofia da época: o “racionalismo” que enfatizava a preponderância da razão como forma de conhecer a realidade, e o “empirismo”, que dava primazia à experiência. Com Kant surge o “Racionalismo Crítico” ou “Criticismo”: sistema que procura determinar os limites da razão humana. Sua filosofia foi sintetizada em suas três obras principais: “Crítica da Razão Pura”, “Crítica da Razão Prática” e “Crítica do Juízo”. Com a publicação de “Crítica da Razão Pura” (1781), Kant tratou de fundamentar o conhecimento humano e fixar seus limites. Diante da questão: “Qual é o verdadeiro valor dos nossos conhecimentos?” Kant colocou a razão num tribunal para julgar o que pode ser conhecido legitimamente e que tipo de conhecimento não tem fundamento. Com isso pretendia superar a dicotomia racionalismo-empirismo. Kant condenava os empiristas (tudo que conhecemos vem dos sentidos) e, não concordava com os racionalistas (é errado julgar que tudo que pensamos vem de nós): o conhecimento deve constar de juízos universais, da mesma maneira que deriva da experiência sensível. Para sustentar essa contradição, Kant explica que o conhecimento é constituído de matéria e forma: “A matéria dos nossos conhecimentos são as próprias coisas e a forma somos nós mesmos”. O sistema filosófico kantiano é também conhecido como “Idealismo Transcendental”, que significa aquilo que é anterior a toda experiência. Dizia ele: "Chamo transcendental todo conhecimento que trata, não tanto dos objetos, como, de modo geral, de nossos conceitos a priori dos objetos”. Seus pensamentos formaram as bases para a teoria do conhecimento como disciplina filosófica, criando uma obra sistemática cuja influência marcou a filosofiaposterior. Curiosidades Immanuel Kant levava uma vida rigidamente metódica e cuidadosa, com horário rigoroso para, deitar, dormir, levantar, caminhar e fazer as refeições. Conta-se que o seu costume de dar um passeio vespertino e diário com seu cão o que levava os vizinhos a acertarem os relógios sempre que ele passava. O único dia em que Kant não saiu para o seu rotineiro passeio, pois estava absolvido com a leitura de Emílio, ou Da Educação, de Jean-Jacques Rousseau, despertou a atenção e curiosidade de seus vizinhos. Obras de Immanuel Kant Pensamento Sobre Verdadeiro Valor das Forças Vivas (1749) História Universal da Natureza e Teoria do Céu (1755) O Único Argumento Possível da Existência de Deus (1763) Observação Sobre o Sentimento do Belo e do Sublime (1764) Crítica da Razão Pura (1781) Iluminismo Alemão (1784) Fundamentação da Metafísica dos Costumes (1785) Crítica da Razão Prática (1788) Crítica do Julgamento (1790) A Religião Nos Limites da Simples Razão (1793) A Paz Perpétua (1795) A Metafísica dos Costumes (1797) Morte Immanuel Kant faleceu em Königsberg, Alemanha, no dia 12 de fevereiro de 1804. BIBLIOGRAFIA https://www.ebiografia.com/filosofos_mais_importantes/ https://www.ebiografia.com/filosofos_mais_importantes/
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