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ANÁLISE GRANULOMÉTRICA FELIPE E. F. P. e MATHEUS H. S. C. Universidade Federal do Maranhão, Departamento de Engenharia Química, Centro de ciências exatas e tecnologia, Laboratório de Engenharia Química II E-mail para contato: Felipe.pacheco@discente.ufma.br, Matheus.hsc@discente.ufma.br RESUMO – Este estudo teve como objetivo a análise granulométrica de flocos de milho, tapioca ou areia, para caracterizar o tamanho das partículas envolvidas no processo de separação. Para os ensaios, utilizou-se o peneiramento manuseando- se um sistema de peneiras e agitador. Em relação a granulometria das partículas, notou-se um diâmetro máximo de 4,75 mm. O valor obtido para o modulo de finura foi de 1,58. 1. INTRODUÇÃO Os processos de separação e classificação granulométrica pretendem separar materiais conforme com seus diâmetros (CORREIA, 2010). A separação mecânica de sólidos pode visar a subdivisão da massa de um solido granular de natureza relativamente homogênea, mas constituído de partículas variadas, em frações nas quais as partículas sejam mais ou menos uniformes, como também a obtenção de frações de natureza relativamente homogênea a partir de misturas contendo sólidos diferentes (GOMIDE, 1980) Existe diversas técnicas de separação de partículas. No peneiramento, um conjunto de peneiras, que varia de forma decrescente quanto ao diâmetro de abertura, é alimentado com uma certa massa. Com agitação, a massa irá passar ou impedir nas peneiras conforme seu tamanho (CREMASCO, 2014). O tamanho das partículas evidencia a principal propriedade utilizada no processo de separação de sólido-sólido. Na operação de peneiramento, é possível realizar a separação de um sólido granular em frações uniformes (GOMIDE, 1983). A operação conhecida por Análise Granulométrica, é um método prático e relativamente simples de separação de materiais heterogêneos e que consiste em passar o material através de uma série de peneiras padronizadas com malhas progressivamente 2 menores, cada uma das quais retém uma parte da amostra, aplicável a partículas de diâmetros compreendidos entre 7 cm e 40 μm (GOMIDE, 1983). O sólido alimentado (A) é movimentado sobre a peneira sendo a fração que passa pela peneira chamada de material fino (F) e a que fica retida constitui o material grosso (G), como mostrado na Figura 1. O material retido em cada peneira é pesado separadamente, e seu tamanho estará compreendido entre a medida da malha que a reteve e a da imediatamente mailto:Felipe.pacheco@discente.ufma.br anterior. Fazendo-se uma média aritmética das aberturas se obtêm-se a classificação das partículas de acordo com seus diâmetros. Figura 1. Frações sólidas obtidas em um peneiramento A determinação da forma por meio do peneiramento acontece utilizando peneiras com abertura específica em uma série padrão conhecida como série Mesh. Cada número Mesh é equivalente a um tamanho de abertura de uma peneira (AMORIM, 2016). A operação consiste em um sistema montado com peneiras colocadas em ordem decrescente da abertura das malhas. A amostra é colocada sob a peneira mais grossa e o sistema de peneiras é agitado mecanicamente durante um curto período de tempo. Abaixo da última peneira haverá uma peneira cega (panela) que recolhe a fração de partículas que por serem mais finas, conseguiram passar através das peneiras em série (McCABE et al., 1993). Um típico sistema com peneiras em série pode ser visualizado Figura 2. Figura 2. Sistema de peneiramento com agitação As peneiras vibratórias são utilizadas em diversas indústrias com a finalidade de separar sólidos e líquidos (ZHU et al., 2012). Em geral, elas são compostas por uma tela vibratória que facilita a passagem do fluido pelas suas aberturas, enquanto o material sólido permanece retido. As peneiras vibratórias são os primeiros equipamentos no tratamento do fluido de perfuração, sendo responsáveis por remover sólidos grosseiros, geralmente maiores que 74 μm (RAJA, 2012). Nesse sentido, os objetivos presentes no experimento foram explanar e caracterizar um determinado material sólido através da análise granulométrica utilizando a técnica de peneiramento na separação e/ou classificação do material particulado, determinando o diâmetro médio das partículas avaliadas no processo de separação estudado. 2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 2.1 Materiais Foram utilizadas 2 amostras individuais de 300g de material sólido particulado. Para a realização do presente estudo, foi necessário a utilização durante o experimento, as peneiras empregadas com 9,5 mm até 0,15 mm. Além disso, foram utilizados uma balança, assim como agitador mecânico utilizado no experimento. 2.2 Método de Peneiramento Primeiramente, pesou-se individualmente o grupo composto por sete peneiras, sendo a inferior sem perfuração (fundo cego) vazias e colocou-se em um agitador em ordem decrescente com base nos milímetros das mesmas. Em seguida, pesou-se 300g de amostra, o procedimento foi realizado de forma igualitária para as duas amostras. O tempo de peneiramento foi de 15 minutos para todos os ensaios realizados. Após cada peneiramento, o material retido em cada peneira foi pesado, e os valores, registrado assim como peso das peneiras. A partir dos dados coletados experimentalmente foram feitas as análises granulométricas. 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES A tabela 1 abaixo mostra os resultados de dois ensaios do processo de peneiramento de 300 g do agregado miúdo (areia). Nela é possível encontrar tanto a massa retirada quanto à fração mássica retida nas peneiras, assim como a variação e a média dessas frações entre os dois testes. Tabela 1- Resultados do processo de peneiramento da areia. Fonte: IFSERTÃOPE, 2021 Massa retida (g) Fração mássica retida (%) Abertura das peneiras (mm) Ensaio (A) Ensaio (B) Ensaio (A) Ensaio (B) Variação (%) Média (%) Acumulado (%) 9,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 6,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,75 3,3 2,3 1,1 0,8 0,3 0,9 0,9 2,36 14,2 13,3 4,7 4,4 0,3 4,6 5,5 1,18 15,4 18,7 5,1 6,2 1,1 5,7 11,2 0,6 29,2 30,7 9,7 10,2 0,5 10,0 21,2 0,3 70,4 71,6 23,5 23,9 0,4 23,7 44,9 0,15 88,7 89,3 29,6 29,8 0,2 29,7 74,6 Fundo 78,5 74,1 26,2 24,7 1,5 25,4 100,0 Total 299,7 300,0 Analisando a tabela, percebemos que não há partículas com diâmetro maior do 6,3 mm, não ficando nenhum agregado na segunda peneira, do contrário há uma maior quantidade de partículas e também de massa de areia na última peneira, como mostrado no acumulado (%) da média das frações mássicas na tabela 1, significando que aproximadamente somente 25,4 % das partículas analisadas tem o diâmetro menor do que 0,15 mm. Toda essa análise pode ser resumida em um gráfico acumulativo de distribuição do tamanho de partículas que apresentam um diâmetro médio entre as aberturas das peneiras (CREMASCO, 2014), como mostrado na figura 1: Figura 1- Distribuição cumulativa das partículas de areia analisadas. Fonte: Autores Outro ponto a ser considerado é o diâmetro médio das partículas, que é definido como a média entre o diâmetro da peneira anterior com o diâmetro da próxima, com isso é perceptível que a maioria dos grãos de areia tem um diâmetro médio de 0,23 mm, representando em torno de 30% das amostras, situando-se entre as peneiras de aberturas de 0,3 mm e de 0,5 mm. As partículas com um diâmetro médio de 0,3 mm formam 24% do agregado, o que significa que aproximadamente 54% dos grãos de areia tem um diâmetro médio variando entre 0,3 mm e 0,23 mm. Também foi identificado o diâmetro máximo, ou seja, a abertura na peneira na qual apresenta uma quantidade de fração mássica acumulada imediatamente igual a 5%, 0 20 40 60 80 100 120 0 2 4 6 8 10 % Pa ss an te Diâmetro de abertura (mm) Peneiramento para isso basta olharmos mais uma vez para a tabela1 e vermos que a peneira correspondente é a que tem uma abertura de 4,75 mm. Para efeito de comparação, montamos um gráfico (figura 2) que demonstra a distribuição granulométrica obtida juntamente com os limites de distribuição do agregado miúdo para ser utilizado para concreto, estabelecidos pela norma NBR NM 248: Figura 2- Análise do peneiramento de acordo com a norma NBR NM 248. Fonte: Autores O material é considerado ótimo se todos os pontos da curva experimental de distribuição granulométrica estiverem dentro da faixa entre as curvas azuis e será tida como utilizável se houver pontos fora da faixa considerada ótima, porém dentro dos limites estabelecidos das zonas utilizáveis (curvas verdes). Nesse caso, como a curva do material analisado contém pontos fora dos limites significa que ela não é apropriada para ser usada em aplicações de construção civil, por exemplo. Por fim, segundo a norma NBR16915, que estabelece os procedimentos para a amostragem de agregados, a variação entre as frações mássicas em cada peneira para os ensaios realizados deve ser menor do que 4%, o que demonstra a validade dos resultados, já que a maior variação entre os valores obtidos foi de 1,1%. 4. CONCLUSÃO 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 % A cu m u la d o Diâmetro de abertura (mm) Análise do peneiramento Experimental Zona utilizável Zona ótima Zona ótima Zona utilizável A análise e classificação das amostras de areia foram realizadas. O teste granulométrico demonstrou grande capacidade para a separação das partículas de areia com diâmetros diferentes, assim como também foi possível observar que o diâmetro médio que a maior parte das partículas presentes no agregado possui está na faixa de 0,3 mm a 0,23 mm, representando aproximadamente 54 % das amostras utilizadas. A classificação quanto ao uso desse agregado miúdo foi discutida baseada na norma NBR NM 248, em que pelos gráficos de distribuição cumulativa se conclui que o material não está aprovado para a utilização em concreto para ser aplicado em serviços de construção civil. Com isso, a validação dos resultados foi realizada demonstrando que o método empregado para a análise granulométrica das amostras de areia possui alta eficiência. 5. REFERÊNCIAS ABNT. Agregados para concreto - Especificação. Rio de Janeiro, 2005. CREMASCO, M. A. Operações unitárias em sistemas particulados e fluidomecânicos. 2. ed. São Paulo: Blutcher, 2014 GOMIDE, Reynaldo. Operações unitárias. 1° ed. São Paulo: R. Gomide, 1983. IFSERTÃOPE CAMPUS PETROLINA. Granulometria do Agregado Miúdo - Areia. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=NvA3pVJAO6g. Acesso em: 07 nov 2021.
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