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Bases Fisiológicas do Movimento Humano LIVRO

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Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
BASES FISIOLÓGICAS DO 
MOVIMENTO HUMANO
Meu nome é Euripedes Barsanulfo Gonçalves 
Gomide. Sou graduado em Educação Física 
pelo Centro Universitário Claretiano de Batatais 
(1998) e mestre em Ciências da Motricidade pela 
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita 
Filho (2004). Atualmente, sou coordenador e 
professor do Curso de Educação Física, com 
Bacharelado nas modalidades presencial e a 
distância. Tenho experiência na área de Fisiologia e 
Fisiologia do Exercício, atuando principalmente nos 
seguintes temas: velocidade crítica, performance, natação, limiar anaeróbio, consumo máximo 
de oxigênio e economia do movimento. Ministro aula no curso de Educação Física.
E-mail: educabacharel@claretiano.edu.br
Claretiano – Centro Universitário
Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000
cead@claretiano.edu.br
Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006
www.claretianobt.com.br
Euripedes Barsanulfo Gonçalves Gomide
Batatais
Claretiano
2015
BASES FISIOLÓGICAS DO 
MOVIMENTO HUMANO
© Ação Educacional Claretiana, 2015 – Batatais (SP)
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer forma 
e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na web), ou o 
arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do autor e da Ação 
Educacional Claretiana.
CORPO TÉCNICO EDITORIAL DO MATERIAL DIDÁTICO MEDIACIONAL
Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves
Preparação: Aline de Fátima Guedes • Camila Maria Nardi Matos • Carolina de Andrade Baviera • Cátia 
Aparecida Ribeiro • Dandara Louise Vieira Matavelli • Elaine Aparecida de Lima Moraes • Josiane Marchiori 
Martins • Lidiane Maria Magalini • Luciana A. Mani Adami • Luciana dos Santos Sançana de Melo • Patrícia 
Alves Veronez Montera • Raquel Baptista Meneses Frata • Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli • Simone 
Rodrigues de Oliveira
Revisão: Cecília Beatriz Alves Teixeira • Eduardo Henrique Marinheiro • Felipe Aleixo • Filipi Andrade de Deus 
Silveira • Juliana Biggi • Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz • Rafael Antonio Morotti • Rodrigo Ferreira Daverni 
• Sônia Galindo Melo • Talita Cristina Bartolomeu • Vanessa Vergani Machado
Projeto gráfico, diagramação e capa: Bruno do Carmo Bulgareli • Eduardo de Oliveira Azevedo • Joice Cristina 
Micai • Lúcia Maria de Sousa Ferrão • Luis Antônio Guimarães Toloi • Raphael Fantacini de Oliveira • Tamires 
Botta Murakami de Souza 
Videoaula: Fernanda Ferreira Alves • José Lucas Viccari de Oliveira • Marilene Baviera • Renan de Omote 
Cardoso
Bibliotecária: Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11
DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
 
612.044 G62b 
 
 Gomide, Euripedes Barsanulfo Gonçalves 
 Bases fisiológicas do movimento humano / Euripedes Barsanulfo Gonçalves 
Gomide – Batatais, SP : Claretiano, 2015. 
 190 p. 
 
 ISBN: 978-85-8377-430-3 
 1. Fisiologia. 2. Exercício. 3. Energia. 4. Recuperação. 5. Trabalho. 6. Potência. 
 7. Respiratório. 8. Cardiovascular. 9. Oxigênio. 10. Lactato Sanguíneo. I. Bases 
 fisiológicas do movimento humano. 
 
 
 
 
 CDD 612.044 
INFORMAÇÕES GERAIS
Cursos: Graduação
Título:Bases Fisiológicas do Movimento Humano 
Versão: dez./2015
Formato: 15x21 cm
Páginas: 190 páginas
SUMÁRIO
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 9
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS ............................................................................... 11
3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE .................................................................. 19
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 21
UNIDADE 1 – BREVE HISTÓRICO DA FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 25
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ................................................................. 25
2.1. HISTÓRICO DA FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO ............................................... 25
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR .................................................................... 35
3.1. A EVOLUÇÃO DO TREINAMENTO FÍSICO ................................................... 35
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................... 35
5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................... 39
6. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................. 39
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 40
UNIDADE 2 – FONTES DE ENERGIA, RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO E 
MENSURAÇÃO DE ENERGIA, TRABALHO E POTÊNCIA
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 43
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ................................................................. 44
2.1. FONTES DE ENERGIA ................................................................................. 44
2.2. RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO ........................................................... 71
2.3. MENSURAÇÃO DE ENERGIA, TRABALHO E POTÊNCIA .............................. 80
2.1. EFEITOS DO TREINAMENTO AERÓBIO DE ALTA INTENSIDADE SOBRE A 
ECONOMIA DE CORRIDA EM ATLETAS ....................................................... 94
2.2. DETERMINAÇÃO VISUAL DO COMPONENTE RÁPIDO DO EXCESSO DO 
CONSUMO DE OXIGÊNIO APÓS O EXERCÍCIO ............................................ 95
2.3. AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE FORÇA EXPLOSIVA EM VOLEIBOLISTAS .. 96
3. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................... 96
4. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................... 101
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 101
UNIDADE 3 – SISTEMAS RESPIRATÓRIO E CARDIOVASCULAR
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 105
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ................................................................. 105
2.1. SISTEMA RESPIRATÓRIO ............................................................................ 105
2.2. SISTEMA CARDIOVASCULAR ...................................................................... 122
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR .................................................................... 137
3.1. REABILITAÇÃO PULMONAR E HIPERVENTILAÇÃO NOS EXERCÍCIOS .......... 137
3.2. COMPORTAMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL E DA FREQUÊNCIA CARDÍACA 
NOS TREINAMENTOS DE FORÇA ................................................................ 138
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................... 140
5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................... 146
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 146
UNIDADE 4 – CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÊNIO E ANÁLISE DO LACTATO 
SANGUÍNEO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 151
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ................................................................. 152
2.1. CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÊNIO (VO2MÁX.)......................................... 152
2.2. ANÁLISEDO LACTATO SANGUÍNEO ........................................................... 169
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR .................................................................... 180
3.1. FATORES DETERMINANTES E LIMITANTES DO CONSUMO MÁXIMO DE 
OXIGÊNIO (VO2MÁX.) ................................................................................. 180
3.2. DETERMINAÇÃO DO CONSUMO MÁXIMO DO OXIGÊNIO E ANÁLISE DO 
LACTATO SANGUÍNEO ................................................................................ 181
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................... 183
5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................... 189
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 190
7
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
Conteúdo
Fontes de energia; Recuperação após o Exercício; Mensuração de Energia, 
Trabalho e Potência; Ventilação e Mecânica Pulmonares; Permuta e Transporte 
dos Gases; Sistema Cardiovascular: Função e Respostas ao Exercício; Controle 
Cardiorrespiratório. Métodos para Treinamento Anaeróbio e Respostas 
Fisiológicas; Métodos para Treinamento Aeróbio e Respostas Fisiológicas; 
Desenvolvimento de Força Muscular, Endurance e Flexibilidade; Consumo 
Máximo de Oxigênio; Análise do Lactato Sanguíneo. 
Bibliografia Básica
FOSS, M. L.; KETEYIAN, S. J. Fox – Bases fisiológicas do exercício e do esporte. 6. ed. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
McARDLE, W. D.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do Exercício – Energia, nutrição e 
desempenho humano. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
POWERS, S. K.; HOWLEY, E. T. Fisiologia do Exercício – Teoria e aplicação ao 
condicionamento e ao desempenho. 8. ed. Barueri: Manole, 2014.
Bibliografia Complementar
ACSM – AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Manual de pesquisa das diretrizes 
do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2003.
DENADAI, B. S.; GRECO, C. C. Prescrição do treinamento aeróbio: teoria e prática. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
DUFFIELD, R.; DAWSON, B.; GOODMAN, C. Energy system contribution to 100-m and 
200-m track running events. Journal of Science and Medicine in Sport, Belconnen, v. 7, 
n. 3, p. 302-313, 2004.
8 © BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
______. Energy system contribution to 400-metre and 800-metre track running. 
Journal of Sports Sciences, London, v. 23, n. 3, p. 299-307, 2005.
KENNEY, W. L.; WILMORE, J. H.; COSTILL, D. L. Fisiologia do Esporte e do Exercício. 5. 
ed. São Paulo: Manole, 2013.
É importante saber: ––––––––––––––––––––––––––––––––
Esta obra está dividida, para fins didáticos, em duas partes:
Conteúdo Básico de Referência (CBR): é o referencial teórico e prático que 
deverá ser assimilado para aquisição das competências, habilidades e atitudes 
necessárias à prática profissional. Portanto, no CBR, estão condensados os 
principais conceitos, os princípios, os postulados, as teses, as regras, os 
procedimentos e o fundamento ontológico (o que é?) e etiológico (qual sua 
origem?) referentes a um campo de saber.
Conteúdo Digital Integrador (CDI): são conteúdos preexistentes, previamente 
selecionados nas Bibliotecas Virtuais Universitárias conveniadas ou 
disponibilizados em sites acadêmicos confiáveis. São chamados “Conteúdos 
Digitais Integradores” porque são imprescindíveis para o aprofundamento do 
Conteúdo Básico de Referência. Juntos, não apenas privilegiam a convergência 
de mídias (vídeos complementares) e a leitura de “navegação” (hipertexto), 
como também garantem a abrangência, a densidade e a profundidade dos 
temas estudados. Portanto, são conteúdos de estudo obrigatórios, para efeito 
de avaliação.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
9© BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
1. INTRODUÇÃO
Prezado aluno, seja bem-vindo!
Iniciaremos o estudo de Bases Fisiológicas do Movimento 
Humano, em que você obterá as informações necessárias para o 
embasamento teórico da sua futura profissão e para as atividades 
que virão.
Na Unidade 1, vamos conhecer um pouco da história da 
Fisiologia do Exercício, quais seus principais pesquisadores e 
quais as principais descobertas que contribuíram para a evolução 
da avaliação e prescrição da atividade física.
Na Unidade 2, forneceremos uma explicação sobre a 
principal fonte de energia e quais as formas em que é encontrada, 
quais sistemas produzem energia para a ressíntese de Adenosina 
Trifosfato (ATP, do inglês Adenosine Triphosphate), e como é a 
demanda energética no repouso e no exercício.
Ainda na Unidade 2, estudaremos as fontes de energia, 
a recuperação após o exercício e a mensuração de energia, 
trabalho e potência. Estes conteúdos foram elaborados para 
que sua compreensão seja facilitada. É necessário, porém, que 
você estude as referências básicas e complementares, para se 
aprofundar nos conteúdos e aprender mais sobre a Fisiologia do 
Exercício.
Em se tratando das fontes de energia, serão estudados a 
ATP e os sistemas que produzem energia para a sua ressíntese. 
Depois, serão abordados o sistema aeróbio e o metabolismo das 
gorduras e das proteínas. No tópico Recuperação após o Exercício, 
será definido o termo "oxigênio de recuperação" e como ele pode 
ser calculado. Posteriormente, abordaremos os componentes 
rápido e lento, explicando as diferenças entre eles e quais fatores 
10 © BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
contribuem para esses componentes. Em seguida, trataremos da 
restauração da fosfocreatina e do glicogênio muscular, de qual o 
tipo de exercício realizado e de qual nutriente foi absorvido após 
a alimentação.
E, no tópico Mensuração de Energia, Trabalho e Potência, 
definiremos ergômetro e quais os principais tipos para a avaliação 
e reavaliação de um indivíduo. Relataremos, também, o que é 
trabalho e potência, como mensurar cada um e como calcular 
o trabalho realizado em diferentes ergômetros. Em seguida, 
trataremos da calorimetria direta e indireta e de como calcular 
o gasto energético durante determinada atividade física. Para 
finalizar esse assunto, será definido o Equivalente Metabólico 
(MET, do inglês Metabolic Equivalente Task) e como calculá-lo.
Já na Unidade 3 estudaremos, inicialmente, o sistema 
respiratório, abordando a função desse sistema, a definição 
da ventilação pulmonar, dos volumes, capacidades e medidas 
pulmonares durante o repouso e o exercício. Em seguida, 
discutiremos a capacidade vital em sedentários e atletas, e 
a importância do seu conhecimento na prática da atividade 
física. Além disso, veremos o transporte de oxigênio e dióxido 
de carbono no sangue durante o repouso e a atividade 
física e, finalmente, em se tratando de sistema respiratório, 
abordaremos as principais variações dos padrões respiratórios 
normais. Após o estudo do sistema respiratório, iniciaremos o 
estudo do sistema cardiovascular, explicando o comportamento 
da pressão arterial no repouso e durante o exercício. Também 
serão discutidos o ciclo cardíaco, o volume sistólico, a fração de 
ejeção, a frequência cardíaca e o débito cardíaco no repouso e 
no exercício, comparando indivíduos sedentários e treinados.
11© BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
Na última unidade, Unidade 4, serão estudados o consumo 
máximo de oxigênio (VO2máx.) e a análise do lactato sanguíneo. 
Esses dois índices são os principais e mais utilizados para avaliar 
e prescrever o treinamento, objetivando melhora na aptidão 
do componente cardiorrespiratório. Consequentemente, é 
de extrema importância o seu aprendizado, já que a maioria 
das atividades físicas praticadas tem predominância da 
participação aeróbia, ou seja, depende da aptidão do sistema 
cardiorrespiratório. Dessa forma, nessa unidade você aprenderá 
sobre o conceito de VO2máx., os valores de VO2máx.em 
indivíduos sedentários e em diferentes modalidades esportivas, 
compreendendo quais são os efeitos do treinamento sobre o 
VO2máx. Além disso, você estudará o débito cardíaco, a diferença 
arteriovenosa de oxigênio e o duplo produto relacionado ao 
VO2máx.
Para finalizar o estudo sobre o consumo máximo de 
oxigênio, serão abordados os fatores que influenciam o efeito do 
treinamento sobre o VO2máx., alguns aspectos do treinamento 
concorrente: força e aeróbio, e uma aplicação prática para a 
determinação do consumo máximo de oxigênio. Sobre a análise 
do lactato sanguíneo, serão estudados a cinética e os fatores que 
influenciam o metabolismo do lactato no exercício. Em seguida, 
discutiremos sobre o limiar aeróbio e anaeróbio, e como esses 
índices podem ser utilizados para prescrever a intensidade do 
treinamento. Concluindo a nossa discussão, explicaremos os 
efeitos do treinamento de resistência na remoção do lactato.
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS
O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida 
e precisa das definições conceituais, possibilitando um bom 
12 © BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de 
conhecimento dos temas tratados.
1) Ação dinâmica: é qualquer ação muscular que produz 
movimento da articulação (KENNEY; WILMORE; 
COSTILL, 2013).
2) Ação concêntrica: é um encurtamento muscular 
(KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013).
3) Ação excêntrica: é quando ocorre um alongamento do 
músculo (KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013).
4) Ação isométrica: é quando o músculo se contrai sem 
mover-se, gerando força, enquanto seu comprimento 
permanece inalterado (KENNEY; WILMORE; COSTILL, 
2013).
5) Acetilcoenzima A (acetil-CoA): é um composto que 
forma o ponto de entrada comum no Ciclo de Krebs 
para a oxidação dos carboidratos e gorduras (KENNEY; 
WILMORE; COSTILL, 2013).
6) Ácidos graxos livres: componentes da gordura 
utilizados pelo corpo para o metabolismo (KENNEY; 
WILMORE; COSTILL, 2013).
7) Adenosina Difosfato (ADP, de Adenosine Diphosphate): 
composto de fosfato de alta energia, com base no qual 
o ATP é formado (KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013).
8) Adenosina Trifosfato (ATP, de Adenosine 
Triphosphate): enzima que quebra o último grupo 
fosfato do ATP, liberando grande quantidade de energia 
e reduzindo o ATP em ADP e Pi (KENNEY; WILMORE; 
COSTILL, 2013).
9) Adrenalina: catecolamina liberada pela medula 
adrenal que, junto à noradrenalina, prepara o corpo 
13© BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
para a luta ou a resposta rápida (KENNEY; WILMORE; 
COSTILL, 2013).
10) Aeróbio: na presença de oxigênio (KENNEY; WILMORE; 
COSTILL, 2013).
11) Aminoácidos: principais componentes das proteínas 
que são sintetizados pelas células vivas ou obtidos 
pelo organismo mediante dieta (KENNEY; WILMORE; 
COSTILL, 2013).
12) Anabolismo: é a formação de tecido corporal, ou seja, a 
fase construtiva do metabolismo (KENNEY; WILMORE; 
COSTILL, 2013).
13) Anaeróbio: na ausência de oxigênio (KENNEY; 
WILMORE; COSTILL, 2013).
14) Bradicardia: é a frequência cardíaca de repouso inferior 
a 60 batimentos cardíacos por minuto (KENNEY; 
WILMORE; COSTILL, 2013).
15) Calorimetria direta: método de mensuração da 
velocidade e da quantidade de produção de energia 
pelo corpo mediante mensuração direta da produção 
de calor corporal (KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013).
16) Calorimetria indireta: método para estimar o 
gasto energético mediante mensuração dos gases 
respiratórios (KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013).
17) Calorímetro: dispositivo para a mensuração do calor 
produzido pelo corpo (ou por reações químicas 
específicas) (KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013).
18) Capacidade Pulmonar Total (CPT): soma da capacidade 
vital e do volume residual (KENNEY; WILMORE; 
COSTILL, 2013).
14 © BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
19) Capacidade Vital (CV): volume máximo de ar expirado 
dos pulmões após uma inspiração máxima (KENNEY; 
WILMORE; COSTILL, 2013).
20) Catabolismo: a degradação dos tecidos corporais – a 
fase destrutiva do metabolismo (KENNEY; WILMORE; 
COSTILL, 2013).
21) Catecolaminas: aminas biologicamente ativas 
(compostos orgânicos derivados da amônia), como 
a adrenalina e a noradrenalina, que possuem efeitos 
potentes similares aos do sistema nervoso simpático 
(KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013).
22) Ciclo cardíaco: período que inclui todos os eventos 
entre dois batimentos cardíacos consecutivos (KENNEY; 
WILMORE; COSTILL, 2013).
23) Ciclo de Krebs: séries de reações químicas que envolvem 
a oxidação completa da acetil-CoA e produzem 2 mols 
de ATP (energia) com hidrogênio e carbono, os quais 
se combinam com o oxigênio para formar H2O e CO2 
(KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013).
24) Consumo de oxigênio excessivo pós-exercício: 
consumo elevado de oxigênio, acima dos níveis de 
repouso, após o exercício. Durante certo período, 
tal consumo foi denominado “débito de oxigênio” 
(KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013).
25) Consumo máximo de oxigênio (VO2máx.): capacidade 
máxima de consumo de oxigênio pelo corpo durante 
esforço máximo. É também conhecido como potência 
aeróbia, captação máxima de oxigênio, ingestão 
máxima de oxigênio e capacidade de resistência 
cardiorrespiratória (KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013).
15© BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
26) Creatina: substância encontrada nos musculoesque-
léticos, mais comumente sob a forma de Creatina-
-Fosfato (CP). Os suplementos de creatina são utili-
zados como auxílios ergogênicos com frequência, pois 
existem teorias de que eles aumentam as concentra-
ções de CP e melhoram, consequentemente, o sistema 
energético ATP-CP, mantendo as concentrações de 
ATP nos músculos em níveis mais elevados (KENNEY; 
WILMORE; COSTILL, 2013).
27) Creatina-Fosfato (CP): composto rico em energia que 
tem papel fundamental na sua reserva para a ação 
muscular, mantendo a concentração de ATP (KENNEY; 
WILMORE; COSTILL, 2013).
28) Débito Cardíaco (DC): o volume de sangue bombeado 
pelo coração por minuto. O DC é igual à frequência 
cardíaca pelo volume sistólico (KENNEY; WILMORE; 
COSTILL, 2013).
29) Dor muscular aguda: ocorrida durante e imediatamente 
após um período de exercícios (KENNEY; WILMORE; 
COSTILL, 2013).
30) Dor muscular tardia: dor muscular ocorrida após um 
ou dois dias de exercícios intensos (KENNEY; WILMORE; 
COSTILL, 2013).
31) Endurance: capacidade de suportar a fadiga, incluindo 
as resistências muscular e cardiorrespiratória (KENNEY; 
WILMORE; COSTILL, 2013).
32) Esteroides anabolizantes: drogas controladas com 
características anabolizantes (estimuladoras do 
crescimento) da testosterona, utilizadas por alguns 
atletas para aumentar o tamanho corporal e a massa 
muscular (KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013).
16 © BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
33) Exaustão: incapacidade de continuar o trabalho 
(KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013).
34) Fadiga: sensação geral de cansaço e concomitante 
diminuição do desempenho muscular (KENNEY; 
WILMORE; COSTILL, 2013).
35) Fisiologia do exercício: estudo de como a estrutura 
e as funções corporais são alteradas pela exposição 
a períodos agudos e crônicos de exercícios (KENNEY; 
WILMORE; COSTILL, 2013).
36) Frequência cardíaca de repouso: é a frequência 
cardíaca entre 60 e 80 batimentos cardíacos por 
minuto (KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013).
37) Frequência cardíaca do estado estável: é a frequência 
cardíaca mantida constante nos níveis submáximos 
do exercício, quando a taxa de trabalho também 
permanece constante (KENNEY; WILMORE; COSTILL, 
2013).
38) Frequência Cardíaca Máxima (FCM): o maior valor 
da frequência cardíaca atingível durante um esforço 
máximo até o ponto de exaustão (KENNEY; WILMORE; 
COSTILL, 2013).
39) Glicogênese: é a conversão de glicose em glicogênio 
(KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013).
40) Glicogênio: a forma de estocar carboidratos no corpo, 
predominantemente encontrado no músculoe no 
fígado (KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013).
41) Glicólise: degradação da glicose em ácido pirúvico 
(KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013).
17© BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
42) Gliconeogênese: conversão da proteína ou glicerol 
da gordura em glicose (KENNEY; WILMORE; COSTILL, 
2013).
43) Hemoglobina: pigmento do eritrócito que contém 
ferro e que se liga ao oxigênio (KENNEY; WILMORE; 
COSTILL, 2013).
44) Hipertensão: pressão arterial anormalmente elevada. 
Nos adultos, a hipertensão é definida, em geral, como 
a pressão sistólica superior a 140mmHg ou a pressão 
diastólica acima de 90mmHg (KENNEY; WILMORE; 
COSTILL, 2013).
45) Hipertrofia: aumento do tamanho ou da massa de um 
órgão ou de um tecido corporal (KENNEY; WILMORE; 
COSTILL, 2013).
46) Lactato: sal formado tomando por base o ácido lático 
(KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013).
47) Limiar: quantidade mínima de estímulo necessário para 
desencadear uma resposta. É, também, despolarização 
mínima necessária para produzir um potencial de ação 
nos neurônios (KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013).
48) Limiar anaeróbio: o ponto em que as demandas 
metabólicas do exercício não podem mais ser satisfeitas 
pelas fontes aeróbias disponíveis e no qual ocorre um 
aumento do metabolismo anaeróbio, refletido pelo 
aumento da concentração sérica de lactato (KENNEY; 
WILMORE; COSTILL, 2013).
49) Manobra de Valsalva: processo de sustentação de uma 
inspiração na tentativa de comprimir o conteúdo das 
cavidades torácica e abdominal, provocando aumento 
das pressões intra-abdominal e intratorácica (KENNEY; 
WILMORE; COSTILL, 2013).
18 © BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
50) Miosina: uma das proteínas formadoras dos filamentos 
que produzem a ação muscular (KENNEY; WILMORE; 
COSTILL, 2013).
51) Noradrenalina: catecolamina liberada pela medula 
adrenal, que, com a adrenalina, prepara o corpo para a 
luta ou a resposta rápida (KENNEY; WILMORE; COSTILL, 
2013).
52) Potencial de ação: grande despolarização da 
membrana de um neurônio ou de uma célula muscular 
que é conduzida pela célula (KENNEY; WILMORE; 
COSTILL, 2013).
53) Pressão arterial sistólica: a maior pressão arterial 
resultante da sístole (fase de contração do coração) 
(KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013).
54) Pressão arterial diastólica: a pressão arterial mais 
baixa, resultante da diástole ventricular (a fase de 
repouso) (KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013).
55) Sistema ATP-PC: sistema energético anaeróbio 
simples que funciona para manter as concentrações 
de ATP. A degradação da fosfatocreatina libera P, que 
se combina, então, com a ADP para formar o ATP 
(KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013).
56) Sistema oxidativo: o sistema energético mais complexo 
do organismo, o qual gera energia (em grande 
quantidade), desmembrando substratos com o auxílio 
do oxigênio (KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013).
57) Volume Corrente (VC): quantidade de ar inspirado 
ou expirado durante um ciclo respiratório normal 
(KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013).
19© BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
58) Volume de ejeção ou Volume Sistólico (VS): quantidade 
de sangue ejetada do ventrículo esquerdo durante a 
contração. Diferença entre o volume diastólico final e 
o volume sistólico final (KENNEY; WILMORE; COSTILL, 
2013).
59) Volume Diastólico Final (VDF): volume de sangue no 
interior do ventrículo esquerdo no final da diástole, 
antes da contração (KENNEY; WILMORE; COSTILL, 
2013).
60) Volume Residual (VR): quantidade de ar que não 
pode ser expirada dos pulmões (KENNEY; WILMORE; 
COSTILL, 2013).
61) Volume Sistólico Final (VSF): volume de sangue que 
permanece no ventrículo esquerdo no final da sístole, 
após a contração (KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013).
3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE
Qualquer atividade física necessita de contração 
muscular, que depende de energia para ocorrer. Essa energia 
é fornecida pelo ATP, que, por sua vez, pode ser ressintetizado 
pelos sistemas anaeróbio alático, anaeróbio lático e aeróbio. 
Independentemente do sistema predominante, os substratos 
utilizados são transportados até as células musculares pelo 
sistema circulatório. Quando é necessário o oxigênio, porém, 
torna-se fundamental a participação do sistema respiratório, o 
qual fornece o oxigênio de que a célula precisa para produzir 
energia. Contudo, só o oxigênio não é suficiente para tal produção. 
É importante que haja, também, os diferentes substratos, como, 
por exemplo, carboidratos, proteínas e gorduras, os quais são 
fornecidos pelo sistema digestório.
20 © BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
Apesar da participação dos sistemas circulatório, respiratório 
e digestório no fornecimento de nutrientes, as concentrações de 
água e eletrólitos são constantemente controladas pelo sistema 
renal. Esse sistema regula a concentração de água e eletrólitos, 
impedindo que ocorra um desequilíbrio homeostático no 
meio. Para o controle de todos esses sistemas, é necessária a 
participação do sistema endócrino, que faz um ajuste a longo 
prazo, e do sistema nervoso, que controla, principalmente, os 
músculos e as secreções exócrinas e endócrinas.
Todos esses processos não seriam possíveis se não fosse 
a capacidade do sistema musculoesquelético de procurar ou 
obter alimento para o fornecimento de energia para a contração 
muscular e a manutenção da vida.
De qualquer forma, cada sistema contribui de acordo com 
a sua função para a homeostasia ou o equilíbrio interno durante 
o repouso ou a prática de atividade física.
O conhecimento de todos esses sistemas durante a prática 
da atividade física é de extrema importância para entender todas 
as alterações fisiológicas que ocorrem durante o exercício e com 
o treinamento.
O Esquema a seguir possibilita uma visão geral dos 
conceitos mais importantes deste estudo.
21© BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
SistemaSistema 
Circulatório
Sistema 
RespiratórioSistema Digestório
ATIVIDADE FÍSICA
“CONTRAÇÃO 
MUSCULAR”
Sistema EndócrinoSistema Musculoesqueléticoq
Sistema RenalSistema NervosoSistema Nervoso
Esquema dos Conceitos-Chave da obra Bases Fisiológicas do Movimento Humano
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ACSM – AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Manual de pesquisa das diretrizes 
do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2003.
DENADAI, B. S.; GRECO, C. C. Prescrição do treinamento aeróbio: teoria e prática. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
DUFFIELD, R.; DAWSON, B.; GOODMAN, C. Energy system contribution to 100-m and 
200-m track running events. Journal of Science and Medicine in Sport, Belconnen, v. 7, 
n. 3, p. 302-313, 2004.
22 © BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
______. Energy system contribution to 400-metre and 800-metre track running. 
Journal of Sports Sciences, London, v. 23, n. 3, p. 299-307, 2005.
FOSS, M. L.; KETEYIAN, S. J. Fox – Bases fisiológicas do exercício e do esporte. 6. ed. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
HILL, D. W. Energy system contributions in middle-distance running events. Journal of 
Sports Sciences, Abingdon, v. 17, n. 17, p. 477-483, 1999.
KENNEY, W. L.; WILMORE, J. H.; COSTILL, D. L. Fisiologia do Esporte e do Exercício. 5. 
ed. São Paulo: Manole, 2013.
McARDLE, W. D.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do Exercício – Energia, nutrição e 
desempenho humano. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
POWERS, S. K.; HOWLEY, E. T. Fisiologia do Exercício – Teoria e aplicação ao 
condicionamento e ao desempenho. 8. ed. Barueri: Manole, 2014.
23
UNIDADE 1
BREVE HISTÓRICO DA FISIOLOGIA DO 
EXERCÍCIO
Objetivos
• Refletir sobre os primeiros estudos sobre o funciona-
mento do corpo humano durante a prática de atividade 
física.
• Conhecer os principais ganhadores do Prêmio Nobel, 
cujo trabalho de pesquisa envolve a Fisiologia do 
Exercício.
• Identificar os principais pesquisadores relacionadoscom a prática de atividade física e o desempenho físico.
Conteúdos
• Breve histórico da Fisiologia do Exercício.
• Diferentes estudos sobre o funcionamento do organismo 
humano.
• Ganhadores do Prêmio Nobel relacionados com a 
prática de atividade física.
Orientações para o estudo da unidade
Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações 
a seguir:
24 © BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 1 – BREVE HISTÓRICO DA FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO
1) Tenha sempre à mão o significado dos conceitos 
explicitados no Glossário e suas ligações pelo Esquema 
de Conceitos-chave para o estudo de todas as unidades 
desta obra. Isso poderá facilitar sua aprendizagem e 
seu desempenho.
2) Pesquise em livros ou na internet o assunto abordado 
nesta unidade e selecione as informações que considerar 
interessantes e importantes, disponibilizando-as 
para seus colegas na Lista. Lembre-se de que você é 
protagonista do processo educativo.
3) Não deixe de recorrer aos materiais complementares 
descritos no Conteúdo Digital Integrador.
25© BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 1 – BREVE HISTÓRICO DA FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO
1. INTRODUÇÃO
O estudo da história da Fisiologia do Exercício é muito 
importante, pois nos possibilita entender como foram iniciadas 
as pesquisas científicas e quais contribuições elas deram para 
a prática de atividade física. Com base no estudo dos nossos 
antepassados, podemos entender o processo de transformação 
e evolução de toda a estrutura relacionada à atividade física. O 
acúmulo de conhecimentos proporciona mudanças substanciais 
no modo de vida da humanidade e no próprio homem, além 
de abrir horizontes de transformações e, em se tratando deste 
estudo, contribuir para uma sociedade mais saudável e com 
melhor qualidade de vida.
Então, vamos aos estudos!
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA
O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de 
forma sucinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua 
compreensão integral, é necessário o aprofundamento pelo 
estudo do Conteúdo Digital Integrador.
2.1. HISTÓRICO DA FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO 
As Bases Fisiológicas do Movimento Humano tratam das 
adaptações agudas e crônicas durante a prática de atividade 
física. Vamos às suas definições.
A adaptação aguda ocorre quando o indivíduo está se 
exercitando. Por exemplo: durante uma caminhada, a frequência 
cardíaca aumenta para suprir a demanda de oxigênio e nutrientes 
26 © BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 1 – BREVE HISTÓRICO DA FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO
nas células musculares. Já a adaptação crônica acontece com 
o decorrer do tempo (podem ser semanas, meses ou anos), 
quando o indivíduo pratica a atividade física regularmente. Por 
exemplo: a frequência cardíaca em repouso de maratonistas é 
menor do que a frequência cardíaca em indivíduos sedentários.
Independentemente de qual conteúdo você estudará, é 
importante conhecer e preservar a sua história. A história da 
Fisiologia do Exercício possibilita ao aluno conhecer as suas 
"raízes". A seguir, faremos um breve resumo dos acontecimentos 
históricos relacionados à Fisiologia do Exercício.
Em 1789, Lavoisier (Figura 1) e Sequin (França) começaram 
a observar a captação de oxigênio em um indivíduo em repouso 
e durante a prática de atividade física.
Figura 1 Antoine Laurent Lavoisier (1743-1794).
27© BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 1 – BREVE HISTÓRICO DA FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO
O francês François Magendie (Figura 2), em 1821, médico 
e fisiologista experimental, escreveu a primeira revista sobre 
o estudo da Fisiologia Experimental. Ele estudou a ação da 
estricnina, do iodeto, do brometo, do ópio, da morfina etc. 
Estudou, ainda, o nitrogênio e as funções motoras e sensoriais 
dos nervos espinhais. 
Figura 2 François Magendie (1783-1855).
Em 1822, o norte-americano William Beaumont estudou 
os líquidos estomacais com a ingestão de diferentes alimentos.
O francês Jean-Baptiste Boussingault analisou, na década 
de 30 (século 19), a nutrição animal, comparando-a com a 
nutrição humana. Analisou os efeitos da ingestão de cálcio, ferro 
e outros nutrientes. Estudou, também, a produção de dióxido de 
carbono pelas plantas.
O alemão Hermann von Helmholtz (Figura 3), em 1847, 
relatou sobre a lei de conservação da energia.
28 © BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 1 – BREVE HISTÓRICO DA FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO
Figura 3 Hermann Ludwig Ferdinand von Helmholtz (1821-1894).
Em 1860 (século 19), Edward Hitchcock (Figura 4) foi 
designado professor de Higiene e Educação Física e escreveu o 
livro intitulado Anatomia e Fisiologia elementar para colégios, 
academias e outras escolas. Além disso, estudou sobre a 
composição corporal, força muscular, capacidade pulmonar e 
pilosidade (quantidade de pelos). 
Figura 4 Edward Hitchcock (1793-1864).
29© BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 1 – BREVE HISTÓRICO DA FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO
O francês Claude-Louis Berthollet (Figura 5) estudou sobre 
a quantidade de calor eliminado pelo corpo e a relação com a 
queima de carboidrato e gordura. 
Figura 5 Claude-Louis Berthollet (1748-1822).
Em 1866, o norte-americano Austin Flint Jr. (Figura 6) 
realizou várias pesquisas em Fisiologia Humana para investigar 
a função do fígado e a produção de glicogênio. Escreveu várias 
obras sobre a fisiologia do corpo humano.
Figura 6 Austin Flint Jr. (1836-1915).
30 © BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 1 – BREVE HISTÓRICO DA FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO
Outro alemão, chamado Max Rubner (Figura 7), em 
1894, realizou experiências com a utilização de um calorímetro 
direto para observar o gasto de energia em cães. Essas 
experiências, junto às dos norte-americanos Atwater e Benedict, 
determinaram que é possível medir as taxas metabólicas no ser 
humano, medindo o volume e a composição do ar expirado. O 
que essas experiências têm a ver com o nosso dia a dia? São elas 
que possibilitam medir as calorias dos carboidratos, gorduras 
e proteínas, dos alimentos ingeridos. Além disso, foram a base 
para, posteriormente, calcular o gasto calórico no repouso e 
durante a prática de atividade física.
Figura 7 Max Rubner (1855-1949).
Otto Meyerhof (Figura 8) estudou a Bioenergética e 
ganhou o Prêmio Nobel em 1923. Estudou, também, o sistema 
enzimático que intensificava a formação de ácido lático a partir 
do glicogênio.
31© BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 1 – BREVE HISTÓRICO DA FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO
Figura 8 Otto Fritz Meyerhof (1884-1951).
Em 1929, Frederick Gowland Hopkins (Figura 9) ganhou 
o Prêmio Nobel por estudar o aminoácido triptofano, também 
pesquisando sobre a química muscular e a cinética do ácido 
lático durante o repouso e a prática de atividade física.
Figura 9 Frederick Hopkins (1861-1947).
32 © BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 1 – BREVE HISTÓRICO DA FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO
Os bioquímicos nascidos em Praga, na República Tcheca, 
Carl Ferdinand Cori e sua esposa Gerty Cori (Figura 10), ganharam 
o Prêmio Nobel de 1947 de Fisiologia por terem descoberto a 
sequência da conversão do glicogênio para a regulação da glicose 
sanguínea. Além disso, criaram o Ciclo de Cori (que leva os seus 
nomes) para explicar a conversão de lactato a glicose no fígado.
Figura 10 Carl Ferdinand Cori (1896-1984) e Gerty Theresa Cori (1896-1957).
Claude Bernard (Figura 11), médico francês, foi aclamado 
como o grande fisiologista do século 19 e originou o pensamento 
sobre a Fisiologia Moderna. Por volta de 1860, denominou o 
meio interno como milieu intérieur. Estudou o suco gástrico e 
a sua ação na digestão dos alimentos, o fígado e a produção de 
glicose, a secreção pancreática na digestão dos lipídios, bem 
como a temperatura corporal e a ação do monóxido de carbono 
na respiração.
33© BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 1 – BREVE HISTÓRICO DA FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO
Figura 11 Claude Bernard (1813-1878).
A norte-americana Rosalyn Sussman Yalow (Figura12) 
ganhou o Prêmio Nobel em 1977 por ter estudado e desenvolvido 
o Radioimunoensaio (RIA, do inglês Radio Imuno Assay), um 
método que usa elementos radioativos para estudar doenças e 
reações químicas, medindo substâncias químicas ou biológicas 
como hormônios, vírus, vitaminas, enzimas e medicamentos.
Figura 12 Rosalyn Sussman Yalow (1921-2011).
34 © BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 1 – BREVE HISTÓRICO DA FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO
Você, provavelmente, não está entendendo muito bem 
todos esses “estudos” e as conquistas desses diversos fisiologistas 
no decorrer dos séculos 19 e 20.
Quando você começar a estudar o próximo tópico e 
prosseguir, perceberá que estes mesmos fisiologistas serão 
citados no decorrer da leitura.
Por isso, não precisa ficar assustado com todas essas 
terminologias mencionadas anteriormente. Você será capaz 
de entendê-las e, assim, estará preparado para aplicar esses 
conceitos na prática de atividade física com diferentes indivíduos 
e populações.
Antes de realizar as questões autoavaliativas propostas 
no Tópico 4, você deve fazer a leitura indicada no Tópico 3.1. 
para compreender a evolução do treinamento físico através 
da História.
Vídeo complementar –––––––––––––––––––––––––––––––
Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar. 
•	 Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique no ícone 
Videoaula, localizado na barra superior. Em seguida, selecione o nível 
de seu curso (Graduação), a categoria (Disciplinar) e o tipo de vídeo 
(Complementar). Por fim, clique no nome da disciplina para abrir a 
lista de vídeos.
•	 Para assistir ao vídeo pelo seu CD, clique no botão “Vídeos” e 
selecione: Bases Fisiológicas do Movimento Humano – Vídeos 
Complementares – Complementar 1. 
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
35© BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 1 – BREVE HISTÓRICO DA FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR
O Conteúdo Digital Integrador representa uma condição 
necessária e indispensável para você compreender integralmente 
os conteúdos apresentados nesta unidade.
3.1. A EVOLUÇÃO DO TREINAMENTO FÍSICO
No artigo indicado a seguir, o conteúdo abordado é muito 
importante para garantir o seu aprendizado com profundidade e 
abrangência. Como você poderá constatar no referido artigo, a 
evolução do treinamento físico se deu graças ao embasamento 
da ciência do desporto. Para tanto, acesse o seguinte link:
•	 ALMEIDA, H. F. R.; ALMEIDA, D. C. M.; GOMES, A. C. 
Uma ótica evolutiva do treinamento desportivo através 
da história. Revista Treinamento Desportivo, Curitiba, v. 
5, n. 1, p. 40-52, 2000. Disponível em: <https://www.
antoniocgomes.com/cms/pdf/28022011154104.pdf>. 
Acesso em: 27 ago. 2015.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para 
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em 
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos 
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) Lavoisier e Sequin (França) começaram, em 1789, a observar em indivíduos 
no repouso e durante a prática de atividade física:
a) a captação de oxigênio num indivíduo em repouso e durante a prática 
de atividade física.
b) o consumo máximo de oxigênio e a diferença arteriovenosa de oxigênio.
36 © BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 1 – BREVE HISTÓRICO DA FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO
c) o retorno venoso e a frequência cardíaca.
d) o débito cardíaco e o volume sistólico.
e) o distúrbio do meio interno e o estado estável.
2) Qual médico francês foi aclamado como o grande fisiologista do século 
19 e originou o pensamento sobre a Fisiologia Moderna? Por volta de 
1860, ele denominou o meio interno como milieu intérieur. Além disso, 
estudou o suco gástrico e a sua ação na digestão dos alimentos; o fígado 
e a produção de glicose; a secreção pancreática na digestão dos lipídios; 
a temperatura corporal e a ação do monóxido de carbono na respiração.
a) Claude Bernard.
b) Lavoisier.
c) François Magendie.
d) William Beaumont.
e) Hermann von Helmholtz.
3) Em 1821, o francês François Magendie escreveu a primeira revista sobre o 
estudo da Fisiologia Experimental. Ele estudou:
a) a ação muscular durante o exercício.
b) a ação da estricnina, do iodeto, do brometo, do ópio, da morfina; além 
disso, estudou o nitrogênio e as funções motoras e sensoriais dos 
nervos espinhais.
c) a frequência respiratória e o volume corrente.
d) o metabolismo corporal e o exercício na prevenção das doenças.
e) a retroalimentação negativa e o centro de integração.
4) Na década de 30 (século 19), o francês Jean-Baptiste Boussingault anali-
sou a nutrição animal, comparando-a com a nutrição humana. Analisou 
também:
a) a homeostasia e o centro efetor.
b) a insulina e a glicemia.
c) os efeitos da ingestão de cálcio, ferro e outros nutrientes; estudou, 
também, a produção de dióxido de carbono pelas plantas.
d) o aumento do desempenho e o distúrbio do meio interno.
e) a sacarose e a frutose.
37© BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 1 – BREVE HISTÓRICO DA FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO
5) Edward Hitchcock, na década de 60 (século 19), estudou:
a) os sítios ativos e as moléculas reagentes.
b) a fosforilação oxidativa e o sistema ATP-PC.
c) a degradação da glicose e a ressíntese de PC.
d) a composição corporal, a força muscular, a capacidade pulmonar e a 
pilosidade (quantidade de pelos).
e) a fosfofrutoquinase e a creatina quinase.
6) O francês Claude-Louis Berthollet estudou a quantidade de calor eliminado 
pelo corpo e a relação entre:
a) as proteínas e os carboidratos.
b) os carboidratos e o exercício de longa duração.
c) as enzimas oxidativas e a creatina quinase.
d) os íons hidrogênio e a acetil-CoA.
e) a queima de carboidratos e gorduras.
7) O norte-americano Austin Flint Jr., em 1866, escreveu sobre a fisiologia do 
corpo humano e realizou várias pesquisas em Fisiologia Humana sobre:
a) a função do fígado e a produção de glicogênio.
b) a função dos pulmões e a produção da substância surfactante.
c) a função do cérebro e a produção de acetilcolina.
d) a função dos rins e a produção de renina.
e) a função do coração e a hipertensão.
8) Otto Meyerhof é reconhecido devido aos seus estudos relacionados ao 
(à):
a) metabolismo das gorduras durante o repouso.
b) formação de ácido lático a partir do glicogênio.
c) consumo máximo de oxigênio.
d) metabolismo do ácido cítrico.
e) débito de oxigênio.
9) Hopkins, em 1929, ganhou o Prêmio Nobel por estudar o:
a) aminoácido triptofano.
b) aminoácido valina.
38 © BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 1 – BREVE HISTÓRICO DA FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO
c) aminoácido fenilalanina.
d) aminoácido aspartato.
e) aminoácido glutâmico.
10) Quem ganhou o Prêmio Nobel em 1947, na República Tcheca, por terem 
descoberto a sequência da conversão do glicogênio para a regulação da 
glicose sanguínea? Além disso, criaram o Ciclo de Cori para explicar a 
conversão de lactato a glicose no fígado. 
a) Max Rubner e Claude-Louis Berthollet.
b) Carl Ferdinand Cori e sua esposa Gerty Cori.
c) Claude Bernard e Rosalyn Sussman Yalow.
d) Frederick Gowland Hopkins e Edward Hitchcock.
e) Otto Meyerhof e Hermann von Helmholtz.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões 
autoavaliativas propostas:
Questões Resposta
1 A
2 A
3 B
4 C
5 D
6 E
7 A
8 B
9 A
10 B
39© BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 1 – BREVE HISTÓRICO DA FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO
5. CONSIDERAÇÕES
Chegamos ao final da primeira unidade, que abordou 
brevemente o histórico da Fisiologia do Exercício. Nesta unidade, 
você conheceu os principais ganhadores do Prêmio Nobel, 
cujo trabalho de pesquisa abrangeu a Fisiologia do Exercício. 
Além disso, você estudou sobre os principais pesquisadores 
relacionados à prática de atividade física e ao desempenho físico.
Veja agora o Conteúdo Digital Integrador que ampliará o 
seu conhecimento sobre o assunto. Na próxima unidade, você 
aprenderá sobre as fontesde energia, recuperação após o 
exercício e mensuração de energia, trabalho e potência.
6. E-REFERÊNCIAS
Lista de figuras
Figura 1 Antoine Laurent Lavoisier (1743-1794). Disponível em: <http://www.
grupoescolar.com/pesquisa/antoine-laurent-lavoisier-17431794.html>. Acesso em: 26 
ago. 2015.
Figura 2 François Magendie (1783-1855). Disponível em: <http://www.dec.ufcg.edu.
br/biografias/FrancoMa.htm>. Acesso em: 26 ago. 2015.
Figura 3 Hermann Ludwig Ferdinand von Helmholtz (1821-1894). Disponível em: 
<http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/HermnLud.html>. Acesso em: 26 ago. 2015.
Figura 4 Edward Hitchcock (1793-1864). Disponível em: <https://blog.hmns.
org/2010/10/edward-hitchcock/>. Acesso em: 26 ago. 2015. 
Figura 5 Claude-Louis Berthollet (1748-1822). Disponível em: <http://educacao.uol.
com.br/biografias/claude-louis-berthollet.jhtm>. Acesso em: 26 ago. 2015.
Figura 6 Austin Flint Jr. (1836-1915). Disponível em: <http://www.picturehistory.com/
product/id/10378>. Acesso em: 26 ago. 2015.
Figura 7 Max Rubner (1855-1949). Disponível em: <http://www.hu-berlin.de/
ueberblick/geschichte/rektoren/rubner>. Acesso em: 26 ago. 2015.
40 © BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 1 – BREVE HISTÓRICO DA FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO
Figura 8 Otto Fritz Meyerhof (1884-1951). Disponível em: <http://www.jornallivre.
com.br/112818/biografia-otto-fritz-meyerhof.html>. Acesso em: 26 ago. 2015.
Figura 9 Frederick Hopkins (1861-1947). Disponível em: <http://www.nobelprize.org/
nobel_prizes/medicine/laureates/1929/hopkins-bio.html>. Acesso em: 26 ago. 2015.
Figura 10 Carl Ferdinand Cori (1896-1984) e Gerty Theresa Cori (1896-1957). Disponível 
em: <http://www.chemheritage.org/discover/online-resources/chemistry-in-history/
themes/biomolecules/proteins-and-sugars/cori-and-cori.aspx>. Acesso em: 26 ago. 
2015.
Figura 11 Claude Bernard (1813-1878). Disponível em: <http://www.cerebromente.
org.br/n06/historia/bernard.htm>. Acesso em: 26 ago. 2015.
Figura 12 Rosalyn Sussman Yalow (1921-2011). Disponível em: <http://www.ahistoria.
com.br/biografia-de-rosalyn-sussman-yalow/>. Acesso em: 26 ago. 2015.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Ribeirão Preto: B. S. D., 1999.
DENADAI, B. S.; GRECO, C. C. Prescrição do treinamento aeróbio: teoria e prática. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
DUFFIELD, R.; DAWSON, B.; GOODMAN, C. Energy system contribution to 100-m and 
200-m track running events. Journal of Science and Medicine in Sport, Belconnen, v. 7, 
n. 3, p. 302-313, 2004.
______. Energy system contribution to 400-metre and 800-metre track running. 
Journal of Sports Science, London, v. 23, n. 3, p. 299-307, 2005.
FOSS, M. L.; KETEYIAN, S. J. Fox – Bases fisiológicas do exercício e do esporte. 6. ed. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
HILL, D. W. Energy system contributions in middle-distance running events. Journal of 
Sports Sciences, Abingdon, v. 17, n. 17, p. 477-483, 1999.
PLATONOV, V. N. Tratado geral de treinamento desportivo. São Paulo: Phorte, 2008.
POWERS, S. K.; HOWLEY, E. T. Fisiologia do Exercício – Teoria e aplicação ao 
condicionamento e ao desempenho. 8. ed. Barueri: Manole, 2014.
41
FONTES DE ENERGIA, RECUPERAÇÃO 
APÓS O EXERCÍCIO E MENSURAÇÃO DE 
ENERGIA, TRABALHO E POTÊNCIA
Objetivos
• Compreender a explicação sobre a principal fonte de 
energia e quais as formas encontradas.
• Conhecer quais sistemas produzem energia para a 
ressíntese de ATP e como é a demanda energética no 
repouso e no exercício.
• Definir oxigênio de recuperação, comportamento do 
componente rápido e lento durante a recuperação, e os 
componentes restaurados na recuperação.
• Definir o que é ergômetro e explicar quais os principais 
tipos de ergômetros.
• Compreender como se mensuram trabalho e potência.
• Descrever o que é calorimetria direta tanto quanto 
indireta e o que é Equivalente Metabólico.
Conteúdos
• Fontes de energia.
• Recuperação após o exercício.
• Mensuração de energia, trabalho e potência.
UNIDADE 2
42 © BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 2 – FONTES DE ENERGIA, RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO E MENSURAÇÃO DE ENERGIA, 
TRABALHO E POTÊNCIA
Orientações para o estudo da unidade
Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações 
a seguir:
1) Tenha sempre à mão um dicionário para pesquisar 
as palavras cujos significados você não saiba. Se for 
necessário, pesquise na internet alguns conceitos para 
compreender melhor o que você estiver estudando.
2) Lembre-se de que o nosso organismo age por 
interação e modulação entre todos os sistemas; por 
isso, conhecer bem cada um deles é muito importante.
3) Faça anotações de todas as suas dúvidas e tente 
solucioná-las por meio do nosso sistema de 
interatividade ou diretamente com o seu tutor.
4) Leia os livros da bibliografia indicada para ampliar seus 
horizontes teóricos. Coteje com o material didático e 
discuta a unidade com seus colegas e com o tutor.
43© BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 2 – FONTES DE ENERGIA, RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO E MENSURAÇÃO DE ENERGIA, 
TRABALHO E POTÊNCIA
1. INTRODUÇÃO
Na Unidade 1, você estudou, resumidamente, a história da 
Fisiologia do Exercício. Já nesta segunda unidade, você aprenderá 
sobre as fontes de energia, a recuperação após o exercício, a 
mensuração de energia, trabalho e potência.
Com relação às fontes de energia, você estudará a 
Adenosina Trifosfato (ATP, do inglês Adenosine Triphosphate), 
ou trifosfato de adenosina, e os sistemas que produzem energia 
para a sua ressíntese. Depois, abordaremos o sistema aeróbio 
e o metabolismo das gorduras e das proteínas. Em seguida, 
trataremos das demandas energéticas no repouso e no exercício.
Sobre a recuperação após o exercício, você aprenderá o que 
significa o termo "oxigênio de recuperação" e como é importante 
estudá-lo para conhecer como o indivíduo se recupera após 
uma ou mais sessão de treinamento. Com este conhecimento, 
você será capaz de prescrever corretamente a intensidade 
do treinamento, com uma recuperação adequada entre uma 
sessão e outra de exercício. Além disso, poderá orientar melhor 
o indivíduo que está participando de alguma atividade onde a 
intensidade é importante para um resultado final positivo.
Na mensuração de energia, trabalho e potência, será 
definido o termo ergômetro, quais os principais tipos e, 
como podemos calcular o trabalho realizado em diferentes 
tipos de ergômetros. Para entender melhor a questão sobre 
gasto energético no exercício, a aprender a calculá-lo, serão 
abordados os termos: calorimetria direta e indireta. Finalmente, 
abordaremos o termo Equivalente Metabólico, o que é e, 
como podemos utilizá-lo para orientar diferentes indivíduos na 
realização do exercício físico.
44 © BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 2 – FONTES DE ENERGIA, RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO E MENSURAÇÃO DE ENERGIA, 
TRABALHO E POTÊNCIA
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA
O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de 
forma sucinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua 
compreensão integral, é necessário o aprofundamento pelo 
estudo do Conteúdo Digital Integrador.
2.1. FONTES DE ENERGIA
Antes de abordarmos as fontes de energia, é necessário 
definir energia e trabalho. Energia é a capacidade de executar 
um trabalho ou realizar alguma ação. Trabalho, por sua vez, é 
uma medida da energia transferida de uma força ao longo de 
uma distância. Portanto, energia e trabalho são inseparáveis.
Há, basicamente, seis formas de energia:
1) nuclear;
2) térmica;
3) luminosa;
4) química;
5) mecânica;
6) elétrica.
Todas as formas de energia podem ser transformadas de 
uma para outra. Para o nosso entendimento em Bases Fisiológicas 
do Movimento Humano, nós estudaremos a transformação de 
energia química, presente nos alimentos que ingerimos, em 
energia mecânica, para a realização de trabalho. Esse trabalho 
pode ser uma atividade que executamos ou simplesmente o 
trabalhode algum órgão interno, por exemplo, o funcionamento 
do coração, fígado, pulmões e outros.
45© BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 2 – FONTES DE ENERGIA, RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO E MENSURAÇÃO DE ENERGIA, 
TRABALHO E POTÊNCIA
Ciclo energético biológico e Adenosina Trifosfato (ATP)
A energia solar provém da energia nuclear. Essa energia 
alcança a Terra em forma de energia térmica (por isso, sentimos 
o calor do Sol) e luminosa (responsável pela claridade). Por 
meio da fotossíntese, com a água e o dióxido de carbono, os 
vegetais verdes utilizam a energia da luz, transformando-a em 
energia química. Essa energia é utilizada para elaborar moléculas 
alimentares de glicose, proteínas, lipídios e celulose. Os animais 
alimentam-se dos vegetais verdes para se abastecer de energia. 
Os seres humanos alimentam-se desses vegetais ou dos animais 
para obter energia e, consequentemente, dependem da luz solar 
para a sobrevivência.
Os alimentos que ingerimos junto ao oxigênio que 
absorvemos são transformados em dióxido de carbono (CO2) 
e água (H2O), sendo liberada grande quantidade de energia 
química. Essas reações químicas recebem o nome de respiração. 
Esta, por sua vez, fornece energia para a realização de trabalho. 
Como já mencionado, o trabalho pode ser externo (correr, nadar, 
pedalar etc.) e/ou interno (para o funcionamento dos órgãos). 
Todo esse processo é conhecido como ciclo energético biológico 
(Figura 1).
46 © BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 2 – FONTES DE ENERGIA, RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO E MENSURAÇÃO DE ENERGIA, 
TRABALHO E POTÊNCIA
Fonte: Foss; Keteyian (2000, p. 19).
Figura 1 Ciclo energético biológico.
Infelizmente, não temos a capacidade de converter os 
nutrientes (carboidratos, gorduras, proteínas) diretamente em 
energia. Esses nutrientes que ingerimos durante a alimentação 
são utilizados para produzir o composto denominado Adenosina 
Trifosfato (ATP) (Figura 2).
47© BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 2 – FONTES DE ENERGIA, RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO E MENSURAÇÃO DE ENERGIA, 
TRABALHO E POTÊNCIA
Fonte: Powers; Howley (2014, p. 35).
Figura 2 Adenosina Trifosfato.
O ATP é composto por uma base denominada “adenina” 
e um açúcar chamado “ribose”, que se unem para formar a 
“adenosina”. Além disso, possui três grupos fosfatos. A ligação 
entre esses grupos é rica em energia.
Para qualquer trabalho interno (funcionamento do corpo) 
ou externo (prática de atividades físicas), a energia provém do ATP. 
Quando este é utilizado, converte-se em difosfato de adenosina 
(ADP, de Adenosine Diphosphate), ou Adenosina Difosfato, e 
fosfato inorgânico (Figura 3). Para que essa reação química 
ocorra, é necessária a água, sendo liberados, aproximadamente, 
9 quilocalorias de energia. A enzima que participa dessa reação é a 
Adenosinatrifosfatase (ATPase, do inglês Adenosinetriphosphatase).
48 © BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 2 – FONTES DE ENERGIA, RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO E MENSURAÇÃO DE ENERGIA, 
TRABALHO E POTÊNCIA
Fonte: Kenney; Wilmore; Costill (2013, p. 120).
Figura 3 Separação do fosfato da molécula de ATP pela ação da enzima ATPase.
Nessa reação, é liberado íon hidrogênio em sua forma livre 
(H+), que, por sinal, provoca acidez no interior celular. Observe 
a presença de íons H+ na formação estrutural do trifosfato de 
adenosina na Figura 4.
Fonte: Powers; Howley (2014, p. 35).
Figura 4 Formação estrutural do trifosfato de adenosina.
49© BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 2 – FONTES DE ENERGIA, RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO E MENSURAÇÃO DE ENERGIA, 
TRABALHO E POTÊNCIA
A quantidade de ATP no interior da célula muscular é 
bastante limitada. Se uma pessoa correr na maior velocidade 
(ou intensidade) possível, as suas reservas de ATP intramuscular 
acabam em torno de 3 a 4 segundos.
Mas, e se a pessoa continuar correndo? Como poderia obter 
mais energia? Lembre-se de que os seres humanos só podem 
obter energia da desintegração do ATP e, como já mencionado, 
ele é bastante limitado na célula muscular.
Ainda bem que há três vias (ou sistemas) que produzem 
energia para formar novamente o ATP, ou seja, juntar o ADP 
com o fosfato. Desse modo, a referida pessoa terá mais ATP para 
obter mais energia e continuar realizando a sua atividade física. 
Esses três sistemas são:
•	 Anaeróbio alático.
•	 Anaeróbio lático.
•	 Aeróbio.
Sistema anaeróbio alático ou sistema ATP-PC
Iniciaremos nossa discussão com este sistema porque ele 
é mais simples e, assim, você poderá entender facilmente como 
o ATP é formado novamente.
O sistema anaeróbio alático pode também ser denominado 
como sistema ATP-PC ou ATP-CP ou, ainda, sistema dos 
fosfagênios.
Recebe o nome de sistema ATP-PC ou CP porque nessa 
reação química é utilizada a fosfocreatina. E o nome de sistema 
dos fosfagênios é devido ao fato de que tanto o ATP quanto a PC 
têm fosfato em suas ligações. Qualquer uma dessas terminologias 
é válida, por isso devemos conhecê-las. 
50 © BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 2 – FONTES DE ENERGIA, RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO E MENSURAÇÃO DE ENERGIA, 
TRABALHO E POTÊNCIA
Uma grande vantagem desse sistema é que ele é muito 
rápido, e a energia liberada é imediatamente utilizada para formar 
novamente o ATP, porque a ligação entre o fosfato e a creatina é 
muito simples. Por isso, ela é fácil de "quebrar" e liberar energia, 
funcionando da seguinte maneira: após a formação de ADP, a 
reação pode ser convertida para formar novamente o ATP. Tal 
processo requer mais energia, que pode provir da fosfocreatina 
(PC) armazenada nos músculos, como mostra a Figura 5.
Fonte: Kenney; Wilmore; Costill (2013, p. 121).
Figura 5 Utilização da PC para ressíntese do ATP.
Uma desvantagem desse sistema é que as nossas reservas 
de PC no músculo são bastantes limitadas. Por exemplo, se uma 
pessoa corresse na maior intensidade possível, as suas reservas 
musculares de PC depletariam (acabariam) em torno de 6 a 9 
segundos.
Se você analisar o conteúdo citado, irá perceber que 
o ATP depletaria em torno de 3 a 4 segundos e a PC, de 6 a 9 
segundos. Isso corresponde ao total de 9 a 13 segundos de 
atividade física máxima. Um bom exemplo de atividade que usa 
predominantemente esse sistema é a prova de 100 metros no 
atletismo ou a prova de 25 metros na natação. É importante 
51© BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 2 – FONTES DE ENERGIA, RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO E MENSURAÇÃO DE ENERGIA, 
TRABALHO E POTÊNCIA
lembrar que ambas as provas devem ser realizadas na maior 
intensidade possível.
Quando mencionamos a palavra “predominantemente”, 
queremos dizer que esse é o principal sistema utilizado, mas 
não o único. Os demais sistemas indicados a seguir participam 
menos das atividades físicas.
Exemplos de atividades em que há participação 
predominante do sistema ATP-PC:
1) Saltos em altura e a distância.
2) Corridas de 50 m e 100 m.
3) Levantamento e arremesso de peso.
4) Lançamento de disco, martelo etc.
O ATP vai sendo depletado e, ao mesmo tempo, a 
fosfocreatina quebra e libera energia para a ressíntese do ATP. 
Isso ocorre a todo momento até que as reservas de PC terminem. 
Dessa maneira, as reservas de ATP vão acabando, pois não há 
mais PC para ressintetizá-lo (Figura 6).
52 © BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 2 – FONTES DE ENERGIA, RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO E MENSURAÇÃO DE ENERGIA, 
TRABALHO E POTÊNCIA
Fonte: Kenney; Wilmore; Costill (2013, p. 121).
Figura 6 Utilização do ATP e da PC durante o exercício.
Sistema anaeróbio lático ou sistema glicolítico
Este “sistema” é chamado de “anaeróbio” porque o 
oxigênio não participa das séries de reações químicas para 
a produção de energia. E é “lático” porque um dos produtos 
formados na reação é o ácido lático. É também denominado 
“sistema glicolítico” porque utiliza a glicose ou o glicogênio.
Quando ingerimos carboidratos em nossa dieta, estes 
são transformados em glicose durante o processo de digestão.A glicose pode ir para a corrente sanguínea ou ser armazenada 
no fígado ou no músculo sob a forma de glicogênio. Quando 
necessário, o glicogênio pode ser transformado novamente em 
glicose. Tal processo é denominado “glicogenólise”.
53© BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 2 – FONTES DE ENERGIA, RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO E MENSURAÇÃO DE ENERGIA, 
TRABALHO E POTÊNCIA
Nesse sistema, o glicogênio ou a glicose passa por várias 
sequências glicolíticas até formar o ácido pirúvico. Como não 
há oxigênio, o ácido pirúvico, catalisado pela enzima Lactato 
Desidrogenase (LDH, do inglês Lactate Dehydrogenase), é 
convertido em acido lático (Figura 7).
Fonte: Powers; Howley (2014, p. 38).
Figura 7 Utilização do glicogênio e formação do ácido lático.
O sistema glicolítico ocorre no citoplasma da célula 
muscular (denominado “sarcoplasma”) e produz energia para a 
ressíntese de duas moléculas de ATP e duas moléculas de ácido 
pirúvico ou ácido lático por molécula de glicose utilizada.
Esse sistema pode ser explicado detalhadamente da 
seguinte maneira: a primeira fase, em que há investimento de 
energia, sendo necessária a degradação de ATP, e a segunda 
fase, de geração de energia, em que é liberada energia para a 
ressíntese de ATP (Figura 8).
54 © BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 2 – FONTES DE ENERGIA, RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO E MENSURAÇÃO DE ENERGIA, 
TRABALHO E POTÊNCIA
Fonte: Powers; Howley (2014, p. 38).
Figura 8 Fase de investimento e fase de geração de energia.
A Figura 9 mostra, detalhadamente, em duas fases, esse 
sistema e todas as enzimas que participam das reações químicas 
até a formação do lactato.
55© BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 2 – FONTES DE ENERGIA, RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO E MENSURAÇÃO DE ENERGIA, 
TRABALHO E POTÊNCIA
Fonte: Robergs; Roberts (2002, p. 37).
Figura 9 Fontes de ATP proveniente da glicólise anaeróbia.
Esse sistema não é tão rápido quanto o sistema anaeróbio 
alático (sistema ATP-PC), mas consegue fornecer energia por mais 
56 © BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 2 – FONTES DE ENERGIA, RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO E MENSURAÇÃO DE ENERGIA, 
TRABALHO E POTÊNCIA
tempo. As maiores concentrações de ácido lático encontradas 
nos músculos são aquelas que permitem que o indivíduo corra 
(ou outra atividade física que envolva grande massa muscular) 
entre 30 e 40 segundos, na maior intensidade possível.
Exemplos de provas em que esse sistema tem participação 
predominante: dos 400 metros no atletismo e dos 100 metros 
na natação.
Sistema aeróbio ou oxidativo
Este sistema pode utilizar a glicose (ou glicogênio), os ácidos 
graxos e os aminoácidos para a produção de energia. Porém, são 
utilizados, principalmente, a glicose e os ácidos graxos.
Para compreender o funcionamento desse sistema, 
podemos dividi-lo em três partes:
1) Glicólise aeróbia.
2) Ciclo de Krebs.
3) Cadeia transportadora de elétrons.
Glicólise aeróbia
Glicólise é a quebra da glicose. Nesta fase, a glicose (ou 
o glicogênio) é convertida em piruvato. A única diferença entre 
a glicólise anaeróbia, vista anteriormente, e a glicólise aeróbia 
é que nesta última não há a formação do ácido lático devido à 
participação do oxigênio nas reações químicas (Figura 10).
57© BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 2 – FONTES DE ENERGIA, RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO E MENSURAÇÃO DE ENERGIA, 
TRABALHO E POTÊNCIA
Fonte: Foss; Keteyian (2000, p. 28).
Figura 10 Comparação entre a glicólise aeróbia e a glicólise anaeróbia.
Nessas reações, um mol de glicogênio é transformado em 
2 moles de ácido pirúvico, com a liberação de energia para a 
ressíntese de 3 moles de ATPs.
Ciclo de Krebs
Nesta etapa, o ácido pirúvico formado na glicólise aeróbia 
continua sendo metabolizado nas mitocôndrias. Como resultado, 
são produzidos hidrogênio, elétrons, dióxido de carbono e ATP. 
Além disso, no Ciclo de Krebs, é liberada energia para a ressíntese 
de 2 moles de ATPs (Figura 11).
58 © BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 2 – FONTES DE ENERGIA, RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO E MENSURAÇÃO DE ENERGIA, 
TRABALHO E POTÊNCIA
Fonte: Powers; Howley (2014, p. 41).
Figura 11 Ciclo de Krebs.
59© BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 2 – FONTES DE ENERGIA, RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO E MENSURAÇÃO DE ENERGIA, 
TRABALHO E POTÊNCIA
Sistema de transporte de elétrons (STE)
No sistema de transporte de elétrons, os íons hidrogênio 
e elétrons formados no Ciclo de Krebs unem-se ao oxigênio que 
respiramos para formar água. Nesse sistema, são produzidos 34 
moles de ATPs (Figura 12).
Fonte: Powers; Howley (2014, p. 44).
Figura 12 Sistema de transporte de elétrons.
Exemplos de atividades em que há a participação 
predominante do sistema aeróbio (Figura 13):
1) corridas de longa duração;
2) natação em águas abertas;
3) ciclismo de estrada;
4) ou qualquer atividade em que a execução ultrapassa 1 
minuto de duração.
60 © BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 2 – FONTES DE ENERGIA, RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO E MENSURAÇÃO DE ENERGIA, 
TRABALHO E POTÊNCIA
Fonte: Robergs; Roberts (2002, p. 111).
Figura 13 Participação dos sistemas durante o exercício.
Sistema aeróbio e metabolismo das gorduras
Enquanto os carboidratos podem ser metabolizados na 
presença ou ausência de oxigênio, as gorduras só podem ser 
metabolizadas na presença do oxigênio (Figura 14). A maior 
diferença entre a metabolização das gorduras e a dos carboidratos 
é que, para que as gorduras sejam utilizadas, são necessários 3,96 
litros de oxigênio por mol de ATP ressintetizado, contrastando 
com os 3,45 litros por mol de ATP ressintetizado, utilizando o 
glicogênio. As gorduras, portanto, apesar de necessitarem de 
mais oxigênio, produzem mais energia e são mais utilizadas em 
atividades de baixa intensidade, tais como caminhada, natação, 
pedalar etc.
61© BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 2 – FONTES DE ENERGIA, RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO E MENSURAÇÃO DE ENERGIA, 
TRABALHO E POTÊNCIA
Fonte: adaptado de Powers; Howley (2014, p. 45).
Figura 14 Sistema de transporte de elétrons.
62 © BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 2 – FONTES DE ENERGIA, RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO E MENSURAÇÃO DE ENERGIA, 
TRABALHO E POTÊNCIA
Sistema aeróbio e metabolismo das proteínas
A participação das proteínas na produção de energia é 
muito pequena, apenas entre 5% e 10% da energia total utilizada 
ou até menos do que isso. Apenas em provas de ultraduração 
(vários dias) ou em casos de inanição, como greve de forme, as 
proteínas podem ter participação mais efetiva. Essa energia é 
proporcionada pelo ciclo de glicose-alanina (Figura 15).
Fonte: Robergs; Roberts (2002, p. 44).
Figura 15 Ciclo de glicose-alanina e Ciclo de Cori.
Comparação entre os sistemas
De maneira bastante resumida, podemos comparar os três 
sistemas energéticos da seguinte forma:
63© BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 2 – FONTES DE ENERGIA, RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO E MENSURAÇÃO DE ENERGIA, 
TRABALHO E POTÊNCIA
•	 O sistema anaeróbio alático não utiliza oxigênio; a 
velocidade de produção de energia é muito rápida; 
e a quantidade de produção de ATP é muito baixa.
•	 O sistema anaeróbio lático não usa oxigênio; a velocidade 
de produção de energia é rápida; e a quantidade de 
produção de ATP é baixa.
•	 O sistema aeróbio utiliza oxigênio; a velocidade de 
produção de energia é lenta; e a quantidade de produção 
de ATP é alta.
No Quadro 1, mostramos as características gerais dos três 
sistemas pelos quais o ATP é formado.
Quadro 1 Características gerais dos sistemas energéticos.
Sistema Combustível alimentar ou químico
O2 
necessário Velocidade
Produção 
relativa 
de ATP
Sistema 
ATP-PC
Fosfocreatina Não Mais rápida
Pouca; 
limitada
Sistema da 
glicólise
Glicogênio ou glicose Não Rápida
Pouca; 
limitada
Sistema 
aeróbio
Glicogênio, gorduras, 
proteínas
Sim Lenta
Muita; 
ilimitada
Fonte: Foss; Keteyian (2000, p. 33).
Demandasenergéticas no repouso e no exercício
No repouso, aproximadamente 65% da energia é obtida a 
partir das gorduras e cerca de 35% dos carboidratos (Figura 16).
64 © BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 2 – FONTES DE ENERGIA, RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO E MENSURAÇÃO DE ENERGIA, 
TRABALHO E POTÊNCIA
Figura 16 Contribuição dos substratos durante o repouso.
Além disso, o sistema aeróbio é o responsável pela produção 
de quase 100% da energia requerida. Consequentemente, as 
concentrações de ácido lático no sangue são baixas (entre 0,8 e 
1,2 milimol por litro).
Transição do repouso para o exercício
Se você está em repouso e vai iniciar um exercício, como 
correr em uma velocidade de 12 km por hora, há aumento do 
consumo de oxigênio até atingir um estado estável dentro de 
1 a 4 minutos. Antes desse estado, a energia para o início do 
exercício foi fornecida pelo sistema anaeróbio. Provavelmente, 
no início do exercício, a energia foi suprida pelo sistema ATP-
PC e, em menor parte, pelo sistema glicolítico. Mesmo assim, 
o sistema aeróbio é o principal fornecedor de energia para a 
realização dessa atividade.
Observe, na Figura 17, o aumento da frequência cardíaca e 
do consumo de oxigênio do repouso até atingir o estado estável.
65© BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 2 – FONTES DE ENERGIA, RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO E MENSURAÇÃO DE ENERGIA, 
TRABALHO E POTÊNCIA
Fonte: Robergs; Roberts (2002, p. 19).
Figura 17 Aumento da frequência cardíaca e do consumo de oxigênio até atingir o 
estado estável.
Como pode ser observado na figura anterior, demorou 
quase 3 minutos para a frequência cardíaca e o consumo de 
oxigênio atingirem um estado estável.
Exercício intenso de curta duração e alta intensidade
Como exemplos de exercícios intensos de curta duração e 
alta intensidade, podemos citar os 100 e os 200 m no atletismo 
e 25 m e 50 m na natação.
66 © BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO
UNIDADE 2 – FONTES DE ENERGIA, RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO E MENSURAÇÃO DE ENERGIA, 
TRABALHO E POTÊNCIA
O principal nutriente utilizado para a realização dos 100 
m no atletismo ou dos 25 m na natação é o carboidrato, com a 
gordura tendo uma pequena participação (Figura 18).
Figura 18 Contribuição dos substratos durante o exercício intenso de curta duração e 
alta intensidade.
O sistema energético predominante é o ATP-PC. 
Contudo, para correr os 400 m no atletismo ou nadar os 50 
m, há participação do sistema ATP-PC, do sistema aeróbio e, 
principalmente, do sistema anaeróbio lático. Para atividades 
com duração acima de 5 a 6 segundos, portanto, a participação 
do sistema anaeróbio lático é cada vez maior, até atingir o 
ápice. Depois de, aproximadamente, 1 minuto de exercício, a 
participação do sistema aeróbio passa a ser mais predominante.
Duffield, Dawson e Goodman (2004) analisaram a 
contribuição energética nos 100 m e 200 m. Eles concluíram que 
a participação do sistema anaeróbio é, respectivamente, de 79% 
e 72%para os homens, de 75% e 67% para as mulheres.
Os mesmos autores citados anteriormente compararam 
a contribuição dos sistemas energéticos nos 400 m e 800 m. 
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UNIDADE 2 – FONTES DE ENERGIA, RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO E MENSURAÇÃO DE ENERGIA, 
TRABALHO E POTÊNCIA
Eles observaram que a contribuição do sistema anaeróbio era, 
respectivamente, de 59% e 40% para os homens, de 55% e 30% 
para as mulheres (Quadro 2).
Quadro 2 Contribuição em termos percentuais do sistema 
anaeróbio para produção de energia em diferentes provas do 
atletismo.
100 m 200 m 400 m 800 m 1.500 m
Homens 79% 72% 59% a 63% 39% a 40% 20%
Mulheres 75% 67% 55% a 62% 30% a 39% 17%
Hill (1999), após realizar um estudo com atletas corredores 
de meia distância, mencionou que, para o sexo feminino, nos 
400 m, 800 m e 1.500 m, a contribuição de energia advinda do 
sistema anaeróbio era, respectivamente, de 62%, 33% e 17%, ao 
passo que, para o sexo masculino, a contribuição era de 63%, 
39% e 20%.
Após analisar os Quadros 1 e 2, podemos mostrar a 
participação, em termos percentuais, dos sistemas anaeróbio 
e aeróbio em diferentes provas do atletismo, como ilustra o 
Quadro 3.
Quadro 3 Contribuição em termos percentuais do sistema 
aeróbio para produção de energia em diferentes provas do 
atletismo.
100 m 200 m 400 m 800 m 1.500 m
Homens 21% 28% 37% a 41% 60% a 61% 80%
Mulheres 25% 33% 38% a 45% 61% a 70% 83%
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UNIDADE 2 – FONTES DE ENERGIA, RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO E MENSURAÇÃO DE ENERGIA, 
TRABALHO E POTÊNCIA
É interessante notar que, para a prova dos 400 m, cujo 
tempo é de aproximadamente 45 segundos para os homens e de 
50 segundos para as mulheres (alto nível) e, para a dos 800 m, 
cujo tempo é de aproximadamente 1min45s para os homens e 
de 1min55s para as mulheres, a participação aeróbia é próxima 
ou levemente superior à participação anaeróbia.
Dessa forma, para provas com duração entre 45s e 50s, a 
participação aeróbia fica entre 37% e 45% e, para provas com 
duração entre 1min45s e 1min55s, ela mantém-se entre 60% e 
70%.
Exercício prolongado
Para a realização de exercícios prolongados, ou seja, 
exercícios com duração acima de 10 minutos, a predominância é 
do sistema aeróbio. Para esses exercícios, a capacidade aeróbia 
é imprescindível para um bom desempenho na atividade (Figura 
19). Os principais nutrientes utilizados nesses exercícios são as 
gorduras e, principalmente, os carboidratos.
Figura 19 Contribuição dos substratos durante o exercício intenso de curta duração e 
alta intensidade.
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UNIDADE 2 – FONTES DE ENERGIA, RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO E MENSURAÇÃO DE ENERGIA, 
TRABALHO E POTÊNCIA
Dependendo da temperatura ambiente e da umidade rela-
tiva do ar ou da intensidade do exercício, o organismo não con-
segue ficar em "estado estável", ou seja, durante a realização da 
prática esportiva, há aumento da frequência cardíaca e do con-
sumo máximo de oxigênio, devido ao aumento da temperatura 
corporal e ao aumento dos hormônios adrenalina e noradrena-
lina (que você estudará adiante). Nesse tipo de exercício, há pou-
co acúmulo de ácido lático, em razão da pequena participação 
do sistema anaeróbio lático.
Já o sistema anaeróbio alático (ATP-PC) participa somente 
no início do exercício. Nas atividades com duração superior a uma 
hora, começa a ocorrer uma depleção das reservas de glicogênio, 
e a participação das gorduras como fonte de energia aumenta. 
Porém, a participação dos carboidratos e das gorduras depende, 
também, do nível de aptidão física, do estado de treinamento e 
das reservas iniciais de glicogênio do indivíduo.
É comum, em provas de longa duração, os indivíduos, ao 
estar próximo o término da prova, realizarem um sprint, ou seja, 
aumentarem bastante a intensidade do exercício. Quando isso 
acontece, aumenta a participação do sistema anaeróbio alático 
e glicolítico e, consequentemente, diminui a participação do 
sistema aeróbio.
Em provas com duração acima de 2 horas, os indivíduos 
alcançam a fadiga devido aos seguintes fatores:
1) Diminuição das reservas de glicogênio hepático e mus-
cular, como também diminuição da glicose sanguínea. 
A baixa concentração de glicogênio muscular está as-
sociada à queda do desempenho (Figura 20).
2) Perda de água e eletrólitos (desidratação).
3) Aumento da temperatura corporal.
4) Cansaço ou abatimento físico.
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UNIDADE 2 – FONTES DE ENERGIA, RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO E MENSURAÇÃO DE ENERGIA, 
TRABALHO E POTÊNCIA
Fonte: Robergs; Roberts (2002, p. 123).
Figura 20 Diminuição do glicogênio muscular, taxa de percepção de esforço e da glicose 
sanguínea durante o exercício.
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UNIDADE 2 – FONTES DE ENERGIA, RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO E MENSURAÇÃO DE ENERGIA, 
TRABALHO E POTÊNCIA
Com a leitura proposta no Tópico 3.1., você conhecerá 
os efeitos do treinamento

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