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Interpretação dos contratos

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Interpretação dos contratos 1
⚖
Interpretação dos contratos
Para mais https://www.passeidireto.com/perfil/junior-lima
Revisado
1. Conceito
Significa compreender o alcance da regra positivada;
Para a execução correta do contrato é necessário saber o real sentido e alcance 
do conteúdo da declaração de vontade. Busca-se conhecer a vontade 
concreta, objetiva (normas que nascem da sua declaração) das partes, não a 
vontade psicológica.
As regras de interpretação dirigem-se:
Primeiramente às partes, as principais interessadas no seu cumprimento;
Não havendo entendimento entre elas a respeito do exato alcance da avença e 
do sentido do texto por elas assinado, a interpretação será realizada pelo juiz;
A vontade das partes expressas exige uma correta compreensão dos próprios 
contratantes e do poder judiciário, no caso de haver um conflito na sua aplicação;
As interpretações contratuais podem ser:
https://www.passeidireto.com/perfil/junior-lima
Interpretação dos contratos 2
Declaratória: o único objetivo é a descoberta da intenção comum dos 
contratantes no momento da celebração do contrato;
Construtiva ou integrativa: quando objetiva o aproveitamento do contrato, 
mediante o suprimento de lacunas e pontos omissos deixados pelas partes.
2. Princípios básicos
Nos contratos, a análise do texto (interpretação objetiva) conduz, em regra, à 
descoberta da intenção dos pactuantes. Parte-se, portanto, da declaração escrita 
para se chegar à vontade dos contratantes (interpretação subjetiva), principal 
objetivo;
Em um confronto entre a literalidade do texto contrato e a vontade real da 
declaração de vontade, prevalece a vontade - art. 112, CC: nas “declarações de 
vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido 
literal da linguagem”;
Princípio da boa-fé (art. 113, CC): presume-se que os contratantes agiram de 
boa-fé e com lealdade e que, tanto a proposta como a aceitação foram 
realizadas dentro do que podiam e deviam eles entender razoavelmente, 
segundo a boa-fé (art. 422, CC);
Princípio da conservação ou o aproveitamento do contrato: se uma 
cláusula contratual permitir duas interpretações diferentes, prevalecerá a que se 
produzir algum efeito, pois não se deve supor que os contratantes tenham 
celebrado um contrato carecedor de qualquer utilidade.
3. Regras de interpretação no Direito Civil
3.1 De caráter subjetivo
O contrato traduz uma forma de autodisciplina da intenção das partes, na 
disponibilização de seus patrimônios;
Objetiva a compreensão adequada do que aparenta ser a vontade dos sujeitos 
contratantes, mesmo que não transpareça aparentemente da literalidade do 
quanto escrito;
O ônus da afirmação de que o sentido literal do contrato é diverso do que 
pretendiam efetivamente os pactuantes, será sempre de quem suscitar tal alegação.
Interpretação dos contratos 3
3.2 De caráter objetivo
Interpreta-se de modo a fazer com que suas cláusulas tenham aplicabilidade, 
extraindo-se o máximo de utilidade, não sendo aceitável a ideia de que as partes 
celebrem um contrato para não produzir qualquer efeito;
São algumas das regras de interpretação:
Deve-se interpretar o contrato, na dúvida, de maneira menos onerosa para o 
devedor;
As cláusulas contratuais não devem ser interpretadas isoladamente, mas em 
conjunto com as demais;
Quando, em um contrato, os termos são suscetíveis de dois sentidos, deve-se 
interpretá-los no sentido que mais convém à natureza do contrato;
Quando um contrato se mostrar ambíguo, deve ser interpretado de acordo com 
o costume do lugar que foi estipulado;
Na dúvida, uma cláusula deve ser interpretada contra aquele que a redigiu, 
notadamente se estipulou um benefício em seu favor, em face daquele que tem 
contraído a obrigação;
4. A interpretação do contrato de adesão
O Código Civil de 2002 estabeleceu duas regras de interpretação dos contratos de 
adesão, que se caracterizam pelo fato de o seu conteúdo ser determinado 
unilateralmente por um dos contratantes, cabendo ao outro contratante apenas 
aderir ou não aos seus termos.
Art. 423, CC: Quando houver no contrato de adesão cláusulas 
ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação 
mais favorável ao aderente;
Visa resguardar a posição do aderente, em relação a cláusulas ambíguas ou 
contraditórias, adotando-se a interpretação que mais o beneficie, justamente porque 
o ofertante está em situação mais vantajosa;
Art. 424, CC: Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas 
que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito 
Interpretação dos contratos 4
resultante da natureza do negócio.
Visa impedir que a renúncia antecipada de direito prejudique a parte aderente;
O legislador se preocupou em proteger especialmente os direitos correlatos que na 
prática comercial são comumente excluídos por cláusulas-padrão, como a de não 
reparação pelos danos decorrentes de defeitos da coisa ou pela má prestação de 
serviços, etc.

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