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Farmacodinâmica: Mecanismos de Ação e Receptores

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1 TERAPÊUTICA I FARMACOLOGIA LETÍCIA LEÃO P3 
Farmacodinâmica 
Descrever os efeitos do fármaco no corpo. 
Mecanismo de ação ≠ efeito 
 Ação: como o fármaco atua na função celular 
 Efeito: consequência da ação 
Exemplo- aspirina: ação- inibição irreversível da COX. 
Efeito: analgésico, antitérmico, anti-inflamatório... 
Mecanismo de ação: 
1. Inespecífico: não precisam de receptor para 
produzir efeitos. Só precisa de um ambiente 
para a reação acontecer. Ex: óleo mineral 
como laxante (não se liga a nada, só muda 
aspectos físicos) e antiácidos orais 
2. Específicos: precisam de receptor para 
produzir efeito. Chave-fechadura. Se ligam a 
proteínas-alvo que interagem com o fármaco 
para iniciar a resposta celular. Pode ser: 
enzimas transportadoras e receptores. Ex: 
omeprazol- se liga a bomba de H 
Obs: Nenhum fármaco é totalmente específico em 
suas reações 
Ligação fármaco-receptor: 
 Resposta é consequência dessa interação de 
ligação 
 Todos os receptores ocupados- resposta 
máxima 
Relações de dose-resposta: 
 A resposta de um fármaco é proporcional à 
concentração de receptores que estão ligados 
pelo fármaco. 
 Graduada: efeito de várias doses sobre o 
individuo 
o Potencia: concentração em que o fármaco 
produz 50% de sua resposta máxima 
o Eficácia: resposta máxima produzida pelo 
fármaco. 
 Quantal: efeito de várias doses sobre uma 
população de indivíduos. 
Receptor: 
 Proteína-alvo macromolecular que se liga ao 
fármaco para uma resposta celular 
 Funções: 
1. Reconhecem seus ligantes dentre outras 
substâncias presentes no organismo 
2. Acoplam-se a seus ligantes com alta afinidade 
3. Determinam as relações entre dose/efeito 
farmacológico 
4. São responsáveis pela seletividade das ações 
dos fármacos- nenhum medicamento cria 
funções, apenas modula. 
Interações fármaco-receptor: 
 Estado ativo e estado inativo 
 Fármacos atuam como ligantes dos 
receptores 
 Propriedades dos fármacos se baseiam nos 
efeitos sobre o estado dos receptores 
Ligação fármaco-receptor é caracterizada por: 
1. Afinidade: capacidade de ligação do fármaco 
2. Atividade intrínseca: produz efeito após o 
acoplamento 
3. Especificidade química: o receptor aceita 
estruturas muito similares às endógenas 
4. Especificidade biológica: capacidade de uma 
substância atuar em um tecido e não sobre o 
outro 
5. Seletividade: relacionada ao subtipo (beta 1, 
beta 2, alfa 1...) 
Localização dos receptores: 
 Internos (núcleo) 
 Superficiais (transmembranares) 
Tipos de receptores: 
1. Ionotrópicos: ligados a canais 
 Fármaco se liga no receptor próximo 
 Modula abertura e fechamento de canais 
 Milissegundos 
2. Metabotrópicos- Acoplados à proteína G: 
 7 segmentos transmembranares 
 Modificação estrutural e ativação da proteína 
G acoplada 
 Resposta em segundos 
3. Ligados a quinase 
 Enzima precisa ser ativada 
 Pode demorar minutos 
4. Ligados a transcrição de genes 
 Esteroides sexuais, mineralocorticoides, 
hormônios tireoidianos. 
 Demora horas pois exige síntese de proteínas 
 Ex: receptor de estrogênio 
 
2 TERAPÊUTICA I FARMACOLOGIA LETÍCIA LEÃO P3 
Obs: o tipo de receptor interfere no tipo de resposta e 
o tempo de resposta está relacionado ao mecanismo 
de ação. 
Potência e eficácia: 
 Potência: relacionada com a dose. Comparado 
a outro com o mesmo efeito, o mais potente é 
o que precisa de menor dose 
 Eficácia: resposta máxima gerada. Quanto 
maior o tempo de efeito, mais eficaz. 
 
 
Dessensibilização: relacionada com a diminuição da 
resposta da estrutura medicamentosa com o receptor 
(ou tolerância). Pode ser passageiro ou não. 
Resposta: 
 Fármaco que favorece a conformação ativa do 
receptor é AGONISTA 
 Fármaco que impede a ativação do receptor 
pelo agonista é ANTAGONISTA 
 Quem não se enquadra totalmente em 
nenhum dos dois pode ser: agonista parcial ou 
inverso. 
Agonistas: 
 Se liga ao receptor e produz efeito 
 Imita a atividade da substância original 
 Substância endógena (hormônio ou 
neurotransmissor) ou exógena (fármaco) 
Agonista pleno/total: 
 Atua totalmente como a substância original 
 Pode produzir efeitos máximos 
 Tem alta eficácia 
Agonista parcial: 
 Se liga ao receptor, mas só produz uma 
resposta parcial, mesmo que todos os 
receptores sejam ocupados 
 Atua com menor intensidade no receptor 
 Eficácia intermediária 
 Pode reduzir a resposta do agonista pleno por 
se ligar aos mesmos receptores porem ter 
efeito menor. 
 Antagonista competitivo (pode atuar) 
Agonista inverso: 
 Atua abolindo a atividade intrínseca do 
receptor livre. 
 Agonista inverso ≠ antagonista competitivo 
A potência e o efeito agonista dependem: 
 Afinidade 
 Atividade intrínseca: capacidade de produzir 
efeitos quando ligado à célula. 
 Expressão dos receptores 
Antagonistas: 
 Se ligam aos receptores e não produzem 
efeitos 
 Inibe a ação de um agonista mas não exerce 
nenhum efeito na ausência do agonista 
 Possui afinidade mas não tem atividade 
intrínseca 
 Objetiva parar a atividade 
 Pode ser competitivo ou não competitivo 
Antagonista competitivo: 
 Interage com a substância original, impedindo 
que ela se ligue ao receptor. 
 Estão em maior quantidade 
 São reversíveis 
 Ex: pravastatina: inibidor de HMG-CoA 
redutase. Estatina se liga ao sitio ativo dessa 
enzima e impede a ligação com a HMG-coA. 
Reversível, pois não há formação de ligações 
covalentes entre a estatina e a enzima. 
 Anula o efeito do agonista, exceto se a 
concentração for aumentada. 
Antagonista Não-competitivo: 
 Não se liga ao receptor do agonista 
 Pode se ligar ao sitio ativo ou alostérico 
 
3 TERAPÊUTICA I FARMACOLOGIA LETÍCIA LEÃO P3 
 Liga ao sitio ativo: irreversível 
 Liga ao sitio alostérico: pode ser reversível ou 
irreversível. Atua impedindo a ativação do 
receptor, mesmo se o agonista estiver ligado 
ao sitio ativo. A reversibilidade é importante 
porque o efeito dele diminui conforme vai 
sendo eliminado, já o irreversível não diminui, 
mesmo quando o fármaco é eliminado. 
 Pode se ligar próximo ao receptor e inibir a 
atividade 
 Podem interferir na resposta, em qualquer 
parte da reação 
 São divididos em antagonistas fisiológicos e 
químicos 
 
Diferença entre antagonistas competitivos e não 
competitivos: os competitivos reduzem a potência do 
agonista e os não-competitivos reduzem a eficácia do 
agonista. 
Competitivo: compete continuamente pela ligação 
com o receptor, diminuindo efetivamente a afinidade 
do receptor pelo agonista sem limitar o número. 
Não-competitivo: remove receptores funcionais, 
limitando o número disponível. 
Aspirina: antagonista não-competitivo. Acetila 
irreversivelmente a ciclo-oxigenase. Efeitos de dose 
única persistem por 7 a 10 dias. 
Antagonistas sem receptores: 
 Químicos ou fisiológicos 
 Antagonistas fisiológicos: produzem efeito 
fisiológico oposto ao induzido pelo agonista. 
Agentes endógenos. Ativa ou bloqueia um 
receptor que medeia a resposta. Ex: 
tratamento de hipertireoidismo- antagonistas 
beta adrenérgicos reverte o efeito da 
taquicardia mesmo sem o hormônio 
tireoidiano produzir a taquicardia por esse 
meio. 
 Antagonistas químicos: inativam o agonista 
antes de ele ter a oportunidade de atuar (ex: 
neutralização química). Ex: protamina- liga 
aos anticoagulantes (heparina) inativando. 
Índices terapêuticos e janela terapêutica: 
 Janela: faixa de doses de um fármaco que 
produz resposta terapêutica. 
Resumo:

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