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Farmacodinâmica

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Farmacologia Geral I - 4° Semestre
FARMACODINÂMICA
FARMACODINÂMICA
→ FARMACODINÂMICA: estudo dos efeitos dos
fármacos e seus mecanismos de ação.
• Toda vez que um fármaco é administrado e atinge
seu alvo molecular sofre uma interação com esse
alvo (a maioria dos fármacos atua em alvo proteico).
Então os fármacos após se ligarem a esse alvo
proteico, vão mandar informações para célula e vão
desencadear eventos biológicos, químicos e
fisiológicos, tendo efeito farmacológico. A esses
eventos damos o nome de mecanismo de ação dos
fármacos.
1. Defin�: Rec����re� �
Lig����s E��óge��� � Exóge���
→ Receptores:
• Receptor: componente da célula que interage
com o fármaco e inicia a cadeia de eventos
bioquímicos que conduzem aos efeitos observados
deste fármaco.
• A ligação é sempre do tipo “chave-fechadura”.
• Proteínas presentes na membrana são os alvos do
fármaco. O ligante (fármaco) interage com seu
receptor específico (ligação chave-fechadura). Uma
vez ligado, ele vai mandar uma informação para
dentro da célula, fazendo com que a célula promova
uma resposta celular. Essa resposta pode ser:
- Alteração no potencial de membrana
- Dilatação/contração celular
- Estimulação/inibição de expressão gênica
- Regulação de secreção hormonal
• Transdução de sinal: eventos bioquímicos e
fisiológicos que ocorrem dentro da célula.
• Nem todo fármaco produz seus efeitos
interagindo com receptores.
• Sua atividade resulta de reações químicas com
pequenas moléculas ou íons do organismo.
Ex: antiácido neutralizar quimicamente o excesso de
ácido gástrica → através da interação entre o
antiácido com o HCL.
Ex: tetraciclina e cálcio (interação entre o fármaco e
o íon) → inativando o fármaco.
Bruna Embacher Sanz ❥
Farmacologia Geral I - 4° Semestre
→ Ligantes:
• Ligantes: são substâncias que vão interagir com o
receptor, localizado na membrana plasmática.
❖ Ligantes Endógenos (o corpo produz) =
péptideos, neurotransmissores, proteínas, entre
outros.
❖ Ligantes Exógenos (vem de fora) = fármacos,
aminoácidos, proteínas, entre outros.
OBS: APENAS a porção livre das drogas é a que
realmente atuará nos receptores.
2. Os a���s �� ação p��� ação d�� �ár�a��s
co���s���de� � ��m�o��n��� ma���m��e��l��e�
ge���m���e d� ��i��m ���te���. Des���v� o�
qu���� ti��� d� �e��p���es ����
ação d�� �ár�a��s.
→ Os quatro tipos de receptores para ação dos
fármacos são:
1. Canais Iônicos Controlados por Ligantes
➔ São receptores IONOTRÓPICOS (tropismo/
afinidade por íons).
➔ Tempo de resposta: milisegundos.
➔ Localização: membrana plasmática da célula.
➔ Ex: glutamato; receptor nicotínico de acetilcolina
(canal de sódio).
➔ Receptores alvos de fármacos:
1) Canais iônicos: voltagem dependente → canais
que se abrem por voltagem (ex.: local de ação de
anestésicos).
2) Canais iônicos ativados por ligantes: o ligante
endógeno ou o fármaco (ex.: acetilcolina ou
bloqueadores neuromusculares) se liga e o canal se
abre e fica permeável ao íon.
2. Receptores Acoplados à Proteína G
➔ São receptores METABOTRÓPICOS.
➔ Tempo de resposta: segundos.
➔ Localização: membrana plasmática da célula.
➔ Ex: receptor muscarínico de acetilcolina.
➔ Outros exemplos:
• Receptores adrenérgicos
• Receptores colinérgicos muscarínicos
• Receptores olfativos
• Rodopsina
• Receptores para hormônios peptídicos
• Receptores para serotonina
• Receptores para adenosina
➔ Receptores Metabotrópicos: são receptores
ligados à proteína G; receptores transmembrânicos,
que quando ativados no meio extracelular, ativam a
proteína G. Dependendo da proteína G (Gq, Gi, Gs)
ela pode ativar ou inibir segundos mensageiros
(canais, enzimas) e eles ativam ou inibem proteínas
efetoras.
➔ O que depende para os receptores acoplados à
proteína G sejam inibitórios ou excitatórios?
- Depende da proteína G que está ligado ao
receptor.
● Gi - PROTEÍNA G INIBITÓRIA → INATIVA A
ENZIMA ALVO.
● Gs - PROTEÍNA G EXCITATÓRIA → ATIVA
A ENZIMA ALVO.
➔ Resumindo:
● Gi inibe adenilato-ciclase.
● Gs ativa adenilato-ciclase.
● Gq ativa fosfolipase C.
➔ Ex: A noradrenalina, por exemplo, atua no
receptor o alfa 1 que é um receptor de
noradrenalina ligado a uma proteína Gq . Essa
proteína Gq vai estimular fosfolipase C. A
fosfolipase C, por sua vez, aumenta os níveis de
IP3, e o aumento de IP3 estimula o retículo
sarcoplasmático a liberar cálcio, e a resposta da
célula é contração do músculo liso. Então uma vez
liberado adrenalina em grande quantidade no
corpo, a pressão arterial sobe, pois adrenalina
estimula receptor alfa 1 que permite entrada de
cálcio, promovendo a contração do vaso, e uma vez
o vaso contraído, tem aumento da pressão arterial.
Bruna Embacher Sanz ❥
Farmacologia Geral I - 4° Semestre
3. Receptores Ligados à Enzima
➔ São receptores pequenos e ao invés da proteína
G, temos uma enzima ligada ao receptor.
➔ Tempo de resposta: minutos.
➔ Ex: receptor de insulina (receptor catalítico);
➔ Receptores Catalíticos: RECEPTORES LIGADOS
À QUINASE:
- Receptores catalíticos são receptores que estão
ligados a quinases (enzimas).
- Cada receptor possui enzimas distintas ligadas a
eles.
- Para esses receptores funcionarem, eles tem que
se dimerizar. No momento que eles dimerizam, eles
se auto fosforilam, e então ativam o receptor e
mandam a informação para dentro da célula,
ocorrendo então a sinalização celular.
- Ex: receptor para fator natriurético atrial (enzima -
guanilato ciclase); receptor de fatores de
crescimento tumoral (enzima serina tirosina
quinase); receptores CD45 de leucócitos (tirosina
fosfatase);
OBS: dimerização corresponde a união de dois
monômeros, formando um dímero. Ou seja, é a
formação de uma molécula a partir de duas
menores.
4. Receptores Nucleares (citoplasmáticos)
➔ Relação receptor-efetor.
➔ Tempo de resposta: horas (evento mais
demorado).
➔ Localização: localizados no núcleo ou no
citoplasma da célula.
➔ Ex: estrogênio
➔ Alvos dos receptores nucleares:
• DNA, RNA: mexe com os processos de replicação
e transcrição.
• Proteínas estruturais: síntese de proteína pelo
processo de tradução.
• Enzimas: ativando ou inativando uma determinada
enzima.
• Ribossomos: se ligar no ribossomo, atrapalha a
síntese de proteína, mexendo com a tradução
daquela determinada proteína.
➔ Fármacos:
• Antineoplásico paclitaxel (tubulina): atuam
muito no ciclo celular, pois o que se quer fazer com
a célula é parar de proliferar aquela célula tumoral.
Então por exemplo, o pacitaxel ele é um fármaco
que vai inibir a formação dos microtúbulos, que
durante o processo de divisão celular tem a
formação dos microtúbulos para separação, ou seja,
os microtúbulos não são formados, impedindo a
duplicação celular.
• Antimicrobiano trimetropina (di-hidrofolato
redutase): fármacos que agem nas bactérias (e não
nas células do paciente) e lá pode mexer com
replicação, e transcrição, pode ter ligação a enzimas
específicas do processo de tradução.
• Antimicrobiano eritromicina (subunidade 50S do
ribossomo bacteriano): se liga na subunidade 50S
do ribossomo bacteriano. Essa subunidade 50S
permite o processo de tradução, pois se não tem
ribossomo ou ele está alterado, ele não consegue
fazer a leitura, deixando de produzir uma proteína
importante para bactéria, e na ausência dessa
proteína a bactéria morre.
→ IMPORTÂNCIA DOS RECEPTORES:
 Determinam as relações quantitativas entre
concentração ou dose de fármacos e os efeitos
farmacológicos ( relação do quanto que administrou
da droga, quando vai se ligar ao receptor e o quanto
tem de resposta farmacológica/ efeito terapêutico).
 São responsáveis pela seletividade de ação de
fármacos. Os receptores são seletivos à
determinadas substâncias químicas.
 São capazes de mediar as ações de agonistas
(ativam o receptor) e antagonistas farmacológicos
(inativam/ bloqueiam o receptor → tem resposta
farmacologia, oposta ao fisiológico - ex:
propranolol). Fármaco antagonista: se liga ao
receptor levando ao seu bloqueio. Resposta
farmacêutica oposta ao fisiológico.
3. Qu�l é a d����ença �n��� afin����e,
eficáci� � �o�ên�i� ��r�a��lógi��.
❖ Afinidade: capacidadedo fármaco de se ligar a
um determinado receptor. Ex: dei adrenalina para o
meu paciente, a adrenalina SÓ tem afinidade pelos
receptores adrenérgicos alfa e beta e NÃO tem por
exemplo afinidade pelos receptores colinérgicos.
AFINIDADE NÃO SELETIVA - tem afinidade por
uma classe de receptores. Ex: a adrenalina, por
exemplo é não seletiva, pois se liga a alfa1, alfa2,
alfa3, alfa 4 e alfa 5.
AFINIDADE SELETIVA - tem afinidade por apenas 1
receptor. Ex: dobutamina, fenilefrina, atenolol -
afinidade apenas para receptores beta 1.
• Grau de afinidade (k) → Interação fármaco +
receptor.
Bruna Embacher Sanz ❥
Farmacologia Geral I - 4° Semestre
❖ Atividade intrínseca (α) → (dentro da célula):
capacidade de ativar o receptor depois de ligado.
Varia de 0 (nenhuma atividade) a 1 (máximo de
afinidade que consegue ter). Podendo ser agonista
ou antagonista. Quando tem atividade, é um
fármaco agonista. Atividade intrínseca 0 não ativa
receptor sendo então antagonista, ele se ligou ao
receptor mas não teve atividade, ou seja, atividade
intrínseca 0.
• Resumindo:
alfa = 1 → se liga ao receptor, ativa e manda
informação para dentro da célula → fármacos
agonistas.
alfa = 0 → não ativa o receptor; só ocupa o espaço
pois tem afinidade, mas não tem atividade →
fármacos antagonistas.
OBS: todo antagonista vai ter afinidade intrínseca 0.
❖ Eficácia: capacidade de gerar resposta biológica,
ou seja, quanto de resposta ele consegue gerar, o
quanto eficaz o fármaco é.
• O fármaco deve ter:
- Afinidade pelo receptor.
- Atividade intrínseca maior que 0.
• Gráfico: o fármaco x é mais eficaz (agonista total)
e o fármaco y é menos eficaz (agonista parcial - ele
da a resposta, mas ta abaixo de 50%).
❖ Potência: quantidade de fármaco para gerar
resposta, então é a concentração do fármaco que eu
administro. Dependendo da concentração
administrada pode gerar respostas diferentes.
• A potência depende da:
- Concentração.
- Afinidade do fármaco.
• Gráfico: os dois fármacos têm a mesma eficácia
pois chegaram a 100% da resposta independente
da concentração que foi administrado. O fármaco X
foi administrado em 10 ml para obter a resposta de
100% e para obter a mesma resposta de 100% de
eficacia eu precisei admitir 100ml fármaco Y .
Sendo assim, o fármaco X é mais potente, porque
precisei de uma concentração menor para obter sua
eficácia máxima.
EFICÁCIA X POTÊNCIA
Eficácia = relacionada à resposta terapêutica do
fármaco.
Potência = relacionado à dose administrada do
fármaco; menores doses → maiores efeitos
terapêuticos.
Analise e compare as curvas do gráfico e
classifique os fármacos (X, Y e Z) quanto a
potência e eficácia farmacológica.
→ fármaco x - agonista total.
→ fármaco y - agonista parcial.
→ fármaco z - agonista total.
• O fármaco X e o fármaco Z possuem a mesma
eficácia, enquanto o fármaco Y possui a menor
eficácia. O fármaco X é o mais potente, seguido do
fármaco Y e do fármaco Z, o qual é o menos
potente.
Bruna Embacher Sanz ❥
Farmacologia Geral I - 4° Semestre
→ Casos Clínicos:
Caso Clínico 1:
Mulher, 20 anos, estudante de medicina com
aulas on-line, vai até a farmácia em busca de um
anti-inflamatório analgésico para dores na
lombar. Lá fica em dúvida entre naproxeno 275
mg ou ibuprofeno 400 mg. Sabe-se que a
resposta biológica máxima deles é semelhante.
Portanto:
1. Qual é mais eficaz?
R: A eficácia é igual, porque a resposta foi
semelhante.
2. Qual é mais potente?
R: Naproxeno, porque eu precisei de 275 mg para
obter a resposta máxima.
Caso Clínico 2:
Paciente com ICC em uso de digoxina em
comprimidos manipulados. A dosagem
descrita na bula era de 0,25 mg/cápsula e a
posologia era 1 cápsula/dia. Após 5 dias
de uso, a paciente relatou estar confusa, vendo
tudo amarelado (xantopsia), com dor
abdominal e náusea. No ECG foi constato
bradicardia. O médico desconfiou da
digoxina e enviou as cápsulas para análise, sendo
constatada que a dose de cada
uma era na verdade de 0,55 mg/cápsula.
Paciente com sífilis recebeu, de acordo com o
protocolo clínico, 1 g/dia de ceftriaxona, i.v., por 8
dias. Outro paciente internado com meningite
bacteriana recebeu 4g/dia de ceftriaxona, i.v, por 7
dias. Nenhum dos pacientes apresentou efeitos
colaterais relacionados com o antibiótico.
1. Por que o dobro da dose recomendada da
digoxina causou efeitos tóxicos e o quádruplo da
dose e a ceftriaxona não?
→ Pois a janela terapêutica da digoxina é pequena,
ou seja, possui uma margem de segurança estreita,
causando toxicidade muito rápido. Já a ceftriaxona
possui uma janela terapêutica ampla, podendo ser
administrada em doses maiores sem que cause
efeitos tóxicos ao paciente.
→ Índice Terapêutico:
• Fármacos com janela terapêutica estreita:
★ Teofilina - broncodilatador
★ Varfarina - anticoagulante
★ Digoxina - cardiotônico
★ Lítio - estabilizante de humor
★ Fenitoína - anticonvulsivante
★ Carbamazepina - anticonvulsivante
★ Gentamicina - antibiótico
★ Valproato - anticonvulsivante
★ Barbitúricos - ansiolíticos/anticonvulsivantes
4. O qu� ���re���t� o� ��n��i��s: ag����ta
to���, ag����ta ���c�a�, ag����ta ����r�o,
ag����ta ����re��, an����ni��� c���et����o �
an����ni��� não c����ti����.
• Agonista: tem afinidade e ativa o receptor (uma
vez ligados, desencadeiam a sinalização intrínseca,
e essa atividade intrínseca pode variar de 0,1 até 1).
• Antagonista: tem afinidade pelo receptor, mas
não ativa ele (uma vez ligados, não promove
nenhuma atividade , atividade intrínseca é 0).
Bruna Embacher Sanz ❥
Farmacologia Geral I - 4° Semestre
• Ex: a norepinefrina é agonista tendo como
receptor o alfa 1. Tem fármacos que atuam no
mesmo receptor que ela, como por exemplo a
fenilefrina (descongestionante nasal), que é um
fármaco agonista, interage com o receptor alfa 1 no
vaso promovendo vasoconstrição. Tem fármacos
que bloqueiam esse receptor alfa 1, como a
prazosina, fazendo com que o receptor fique inativo,
e aquilo que estava promovendo contração vai
promover relaxamento.
AGONISTA X ANTAGONISTA
• Alguns ligantes endógenos (substâncias
produzidas pelo corpo) uma vez liberados tem o seu
receptor específico e se liga a esse receptor (tem
afinidade por ele) e desencadeia uma atividade
intrínseca, promovendo um efeito, pois ativou esse
receptor.
* Agonista: se quiser potencializar esse efeito, pode
se dar um fármaco que é agonista. Uma vez
administrado esse agonista (o que está em verde na
imagem do meio é o agonista, e o que está em azul
são as substâncias produzidas pelo próprio corpo),
ele ocupa os receptores que estão livres, ativando
estes receptores e potencializando o efeito
biológico.
* Antagonista: O fármaco antagonista tem afinidade
pelo receptor mas não ativa esse receptor, então a
atividade intrínseca dele é 0, então uma vez ligado
ao receptor, deixa este receptor inativo e
consequentemente o efeito biológico é reduzido.
AGONISTA
AGONISTA: agentes endógenos ou exógenos que
exibem capacidade de ligação aos receptores
resultando na sua ativação e em respostas
biológicas.
♥ Agonista Pleno/total - Salbutamol/fenilefrina
♥ Agonista Parcial - Pindolol/buprenorfina
♥ Agonista Inverso – Anti-histamínicos (H1)
♥ Agonista Indireto - Anfetamina ( liberação de NE)
❖ AGONISTA PLENO/ TOTAL:
➔ O agonista total vai se ligar ao receptor e uma
vez ligado vai ativá-lo, desencadeando a resposta
máxima da célula, ou seja, o máximo que a célula
pode responder. Ex: salbutamol/fenilefrina.
➔ Tem elevada afinidade por seu receptor e boa
eficácia.
➔ Resposta biológica completa é atingida em
determinada concentração, como o ligante
endógeno.
➔ Estabiliza o receptor em sua conformação ativa.
Bruna Embacher Sanz ❥
Farmacologia Geral I - 4° Semestre
❖ AGONISTA PARCIAL:
➔ Ativa o receptor, desencadeia uma resposta,
mas não é a resposta máxima da célula. Ex:
pindolol/buprenorfina.
➔ Mesmo que todos os receptores estejam
ocupados não ocorre um efeito máximo.
➔ Não produz uma resposta plena em
qualquer dose.
➔ Pode atuar como antagonista de um
agonista total.
➔ Esse fármaco pode atuar como antagonista de
um agonista total→ quando se administra dois
fármacos que ocupam o mesmo receptor, o fármaco
que é um agonista parcial e está ligado ao seu
receptor específico de membrana , não terá uma
resposta total, ou seja, a célula poderia responder
mais, mas o fármaco não consegue. Se administrar
um agonista total para tentar potencializar a
resposta desse fármaco nesse mesmo receptor, o
agonista total vai ocupar os receptores que estão
livres e vai desencadear uma resposta, só que para
obter resposta máxima, teria que estar ocupando
tudo, e não consegue pois está ocupado pelo
agonista parcial, então a resposta estará diminuída,
pois parte dos receptores estão ocupadas pelo
parcial e outra parte está ocupada pelos total,
então nesse caso tem uma resposta intermediária,
então fala-se que o agonista parcial serviu de
antagonista para o total , pois diminuiu a resposta
do agonista total.
❖ AGONISTA INVERSO:
➔ É capaz de se ligar ao mesmo receptor que um
agonista total, mas induz uma resposta
farmacológica oposta. Ex: anti histamínicos (H1).
➔ Estabiliza a forma inativa do receptor.
Bruna Embacher Sanz ❥
Farmacologia Geral I - 4° Semestre
A: Em condições fisiológicas, o receptor pode estar
no estado inativo ou ativo. Esses receptors
representados na figura são receptores acoplados a
proteínas G. No estado inativo, tem o receptor que
está ligado à proteína G (não está acontecendo
nada com ele). Mas se tiver um agonista que se liga
ao receptor, este receptor será ativado (exemplo:
adrenalina ligou ao receptor adrenérgico que estava
desativado e quando ligado fica no estado ativo),
essa proteína G ganhou um fosfato, foi fosforilada e
ativou a subunidade alfa que se separa da beta e
gama, se tornando um receptor no estado ativo.
B: Agora você teve uma crise alérgica. Essa alergia
vai desencadear a liberação de histamina no corpo.
A histamina é um agonista endógeno (ou seja, a
própria célula do corpo produz) e aquele receptor
acoplado a proteína que estava inativo, é ativado
quando a histamina se liga a ele. Uma vez ativado
esse receptor, é desencadeada a crise de alergia.
C: Devido à crise alérgica, você toma um
anti-histamínico, e esse anti-histamínico tira a
histamina do receptor e ocupa o lugar dela, só que
o anti-histamínico tem a capacidade de voltar o
receptor que estava ativo para a forma inativa, ou
seja, fala-se que este fármaco é um agonista
inverso, pois conseguiu desligar esse receptor (que
estava ativo e ficou inativo).
→ Atividade Intrínseca (α): capacidade de ativar o
receptor depois de ligado.
OBS: diferenças do fármaco antagonista do fármaco
agonista inverso:
- O fármaco antagonista se liga a um receptor que
já é inativo.
- O fármaco agonista inverso se liga a um receptor
que está ativo para deixá lo inativo.
❖ AGONISTA INDIRETO:
➔ Agem de forma indireta e aumentam o efeito
biológico do agente fisiológico.
• Aumento da exocitose - anfetamina (aumenta a
exocitose de noradrenalina).
• Redução da metabolização - anticolinesterásicos
(os anticolinesterásicos fazem redução da
metabolização da acetilcolina).
• Redução da recaptação - cocaína (a cocaína
impede a recaptação de noradrenalina e dopamina,
fica mais neurotransmissor na fenda sináptica).
➔ Ex: Quando se pensa na terminação nervosa, o
neurotransmissor está localizado dentro das
vesículas e sendo liberado na fenda sináptica. A
noradrenalina, por exemplo, atua nos seus
receptores específicos. Quando se administra
anfetamina, acaba mexendo com vários fatores,
potencializando a liberação desse neurotransmissor
e impedindo a sua recaptação, consequentemente
acaba acumulando a noradrenalina na fenda
sináptica. A noradrenalina que está ligada ao
receptor, mas quem aumenta a sua liberação é a
anfetamina, e com isso a própria noradrenalina
acaba ativando outros receptores, sendo assim, a
anfetamina é uma agonista indireto, porque ela
estimula a liberação do neurotransmissor
(noradrenalina) e é esse neurotransmissor quem se
liga ao receptor.
ANTAGONISTAS
ANTAGONISTA: possui capacidade de ligação ao
seu receptor (afinidade), mas não possui capacidade
de ativação, ou seja, não possui eficácia. alfa = 0
♥ Competitivo (reversível ou irreversível)
♥ Não competitivo (irreversível)
♥ Químico
♥ Farmacocinético
♥ Fisiológico
♥ Indireto
❖ ANTAGONISTA COMPETITIVO
(Reversível e Não Reversível/ Irreversível)
➔ O fármaco compete pelo mesmo sítio de ligação
do agonista, reduzindo a potência do agonista.
Bruna Embacher Sanz ❥
Farmacologia Geral I - 4° Semestre
➔ Antagonista Competitivo Reversível
• Se liga e desliga do receptor.
• Se administrar um fármaco agonista sozinho,
obtemos uma resposta. Agora se for administrado
um fármaco agonista e um antagonista juntos, para
obter a mesma resposta precisa-se aumentar a
dose do fármaco agonista, pois a sua potência está
diminuindo devido ao antagonista estar competindo
pelo mesmo sítio de ação. Porém, mesmo na
presença do fármaco antagonista, está ocorrendo
uma resposta, pois ora o receptor está com o
agonista e ora com o antagonista, somente a
potência do fármaco agonista que está diminuindo.
Sendo assim, é necessário aumentar a concentração
do fármaco para obter a mesma resposta, mesmo
na presença do antagonista.
• Ex: pessoa se intoxicou com morfina, então está
com resposta lá em cima. Se der um antagonista,
tira a morfina do receptor. Mas se tiver uma
quantidade maior de morfina de novo, vai
responder de novo, e aí vai ficar nessa, ou seja, sei
que tem uma competição pelo mesmo receptor.
➔ Antagonista Competitivo
Não Reversível/ Irreversível
• Uma vez ligado, não se desliga mais do receptor;
perde o receptor e o corpo tem que sintetizar outro.
• Se eu administrar o agonista sozinho, ele terá uma
resposta. Agora se eu aumentar a dose do
antagonista (resposta em função da dose) e colocar
um antagonista junto, a eficácia da resposta irá
diminuir, ou seja, se o antagonista estiver ligado ao
receptor não irá mais se desligar e como
consequência o agonista não irá conseguir se ligar
ao receptor e assim a sua resposta não será mais a
mesma, vai perder amplitude (eficácia) do fármaco.
• Ex: a AAS (aspirina), é um fármaco que se liga a
COX-1, uma vez ligado a essa enzima, ela se torna
inativa, e esta enzima inativa não promove mais
agregação plaquetária, passando a ter ação
plaquetária de novo quando suspender o
medicamento. Então pacientes que tomam AAS
contínuo, para fazer uma cirurgia, precisa-se
suspender o medicamento de 5 à 7 dias, isso
porque quando suspende o medicamento permite
que o corpo passe a sintetizar novas enzimas, aí sim
consegue a resposta máxima novamente da
agregação plaquetária. Então esses fármacos
irreversíveis diminuem a amplitude da resposta do
agonista.
OBS:
- A Aspirina tem como um dos seus efeitos inibir
essa agregação das plaquetas, tornando o processo
inicial da coagulação mais difícil de ocorrer. Esse é o
efeito conhecido popularmente por “afinar o
sangue”.
- A aspirina modifica covalentemente a COX-1 e
COX-2, resultando assim na inibição irreversível da
atividade das ciclooxigenases e a produção de
prostaglandinas.
Bruna Embacher Sanz ❥
Farmacologia Geral I - 4° Semestre
❖ANTAGONISTA NÃO COMPETITIVO
➔ O fármaco se liga a um sítio diferente do
agonista (sítio alostérico), porém no mesmo
receptor, causando alteração conformacional.
➔ Reduz a ação/ eficácia do agonista.
➔ Ex: picrotoxina antagoniza a ação do GABA, ou
seja, se liga e fecha o canal de cloro (não entra mais
cloro), a sinapse que era inibitória passa a ser
excitatória, diminuindo então a resposta; diminui a
ação inibitória do GABA. Sendo assim, a picrotoxina
não compete pelo mesmo sítio de ligação do GABA,
usa outro sítio do mesmo receptor.
➔ Ex: a cetamina atua nos canais de NMDA
(glutamato - sinapse excitatória) - quando o
glutamato se liga ao seu receptor, o canal dele é de
sódio/cálcio, ocorre um influxo grande de sódio e
cálcio para dentro da célula, ficando cada vez mais
despolarizada (sinapse excitatória). Esse fármaco se
liga no receptor (não no mesmo sítio de ligação)
fechando o canal e assim para de entrar sodioe
calcio, passando a hiperpolarizar a célula, e a
sinapse passa a ser inibitória.
❖ ANTAGONISTA QUÍMICO
➔ Interação entre substâncias que reagem
quimicamente produzindo a inativação do fármaco.
➔ Ex: inativação de metais pesados por quelantes
cátions divalentes com tetraciclina
➔ A tetraciclina não deve-se ser administrado com
leite, pois a tetraciclina na sua estrutura química,
tem sítio de ligação para íons de valência +2, +3,
então se der leite,está dando cálcio e se esse cálcio
se ligar a esse sítio da tetraciclina, inativa o
fármaco, então antagoniza a ação desse fármaco.
Sendo assim, esses fármacos não estão se ligando
a receptores e sim está ocorrendo reação química
entre a substância e o íon; não se está tendo
interação biológica, está alterando a própria química
daquele determinado fármaco.
OBS: o cálcio, o magnésio e o ferro são exemplos
do que pode inativar a tetraciclina, então não
deve-se ser administrado juntamente com o
fármaco.
❖ ANTAGONISTA FARMACOCINÉTICO
➔ Duas ou mais substâncias podem interagir e
diminuir a concentração da droga ativa.
• Aumenta taxa de degradação. Ex: indução
enzimática → se tem um fármaco que é um indutor
enzimático, produz mais enzimas,
consequentemente o aumento dessas enzimas vai
metabolizar mais o outro fármaco e aquele fármaco
tem sua concentração plasmática diminuída.
• Diminui taxa de absorção no TGI. Ex: antiácidos e
fármacos ácidos fracos → taxa de absorção no TGI
pode ser influenciada com alimentos, com
antiácidos. Se administrar uma base juntamente
com um ácido, a taxa de absorção diminui, pois este
fármaco se torna ionizado e hidrossolúvel, pois vai
provocar um aprisionamento iônico e
consequentemente a taxa de absorção estará
diminuída.
• Aumenta taxa de excreção renal. Ex: alterar o pH
da urina → pode aumentar a taxa de excreção renal
alterando o ph urinário. Se tem um fármaco de
caráter ácido e a urina está ácida, esse fármaco vai
ser rapidamente excretado.
❖ ANTAGONISTA FISIOLÓGICO
➔ Representa dois agentes que produzem efeitos
contrários em um mesmo sistema biológico,
atuando em receptores diferentes.
➔ Ex: Tromboxano que atua no receptor TXA2 e
promove a agregação plaquetária.
➔ Ex: Prostaciclina é um mediador químico que
atua no receptor PGI2 e quando esse receptor é
ativado, inibe agregação plaquetária.
OBS: temos um mediador químico no corpo que
promove a agregação plaquetária e tem um
mediador que inibe a agregação plaquetária, isso
para manter a homeostasia do organismo
- Um exemplo é a célula pulmonar, a qual possui
receptores 2 receptores, um muscarínico
(acetilcolina) e o outro beta 2 (adrenalina). No SNA
(simpático e parassimpático) ocorre a
broncoconstrição e a broncodilatação para termos
os movimentos respiratórios, e quem é responsável
por esses comandos são os neurotransmissores
(acetilcolina e adrenalina). Sendo assim a
adrenalina vai favorecer a broncodilatação e a
acetilcolina a broncoconstrição → ANTAGONISMO
FISIOLÓGICO.
Bruna Embacher Sanz ❥
Farmacologia Geral I - 4° Semestre
❖ ANTAGONISTA INDIRETO
➔ Fármacos que podem reduzir a exocitose e
aumentar a metabolização de outro fármaco. Ex:
toxina botulínica inibe a exocitose de ACh.
➔ No lugar de estimular a produção dos
neurotransmissores, esse fármaco diminui.
➔ Ex: Toxina botulínica inibe a exocitose de ACh, ou
seja, a toxina botulínica paralisa a musculatura, pois
impede a liberação de acetilcolina na fenda
sináptica.
5. Por ��� u� fár�a�� r��u� s��� e���to�
qu���� us��� �or ���g�� �eríod��?
➔ Porque ocorre dessensibilização dos receptores.
Isso acontece porque ele cria tolerância, pois
quando se administra essa droga, está estimulando
constantemente a célula, e a célula chega uma hora
que enxerga aquilo como basal, criando
mecanismos de defesa pela própria defesa dela.
Taquifilaxia e Dessensibilização
• Diminuição do efeito após administração repetida.
• Pode se desenvolver em poucos minutos
(taquifilaxia) ou de forma gradual (tolerância).
 Alteração nos receptores.
 Perda de receptores (internalização).
 Depleção de mediadores (anfetamina depleta
aminas).
 Aumento na degradação metabólica do fármaco
(indutor enzimático).
 Adaptação fisiológica (redução de efeitos
colaterais).
FORMS
1. Sabendo que os receptores de acetilcolina
nicotínicos são do tipo ionotrópicos, enquanto que
os receptores de acetilcolina muscarínicos são do
tipo metabotrópicos, assinale a alternativa
correta:
a) Os receptores nicotínicos, por serem
ionotrópicos, apresentam uma resposta celular
mais rápida que os receptores muscarínicos.
b) Os receptores metabotrópicos da acetilcolina
estão localizados no núcleo da célula onde eles
ativam genes e promovem a transcrição gênica.
c) Os receptores nicotínicos vão sinalizar a
ocupação do receptor via uma série de moléculas
chamadas de mensageiros secundários como o
cAMP, o cGMP, o IP3 ou DAG.
d) Os receptores muscarínicos metabotrópicos
estão acoplados a enzimas quinases que sinalizam
a ocupação do receptor promovendo a fosforilação
de proteínas no citoplasma.
2. Observe o gráfico abaixo e assinale a
alternativa correta.
a) O fármaco X tem a mesma eficácia que o Z.
b) O fármaco Y é mais potente que o Fármaco X.
c) O fármaco Z é mais potente que o Fármaco Y.
d) O fármaco X tem a mesma eficácia que o Y.
3. Os conceitos:
a) Eficácia, Afinidade e Potência.
b) Eficácia, Potência e Afinidade.
c) Potência, Afinidade e Eficácia.
d) Afinidade, Potência e Eficácia.
4. O gráfico abaixo representa o log da
concentração de determinados fármacos versus
seus efeitos. Com base nos seus conhecimentos
sobre farmacologia, analise as afirmações a
seguir e assinale a alternativa que reflete as
afirmações verdadeiras.
Bruna Embacher Sanz ❥
Farmacologia Geral I - 4° Semestre
a) A curva F poderia representar o comportamento
do fármaco A na presença de um antagonista
competitivo reversível.
b) A curva C poderia representar a resposta de um
agonista parcial do fármaco A.
c) Se adicionarmos um antagonista alostérico do
fármaco A, a curva obtida seria semelhante a C ou
E.
d) Se adicionarmos um antagonista competitivo
do fármaco A, a curva obtida seria semelhante a
C ou E.
5. Na presença de naloxona, é necessária maior
concentração de morfina para obter alívio
completo da dor. A naloxona por si só não tem
efeito. Qual das seguintes afirmações é correta
com relação a essas medicações?
a) A naloxona é um antagonista competitivo.
b) A morfina é um agonista total e a naloxona é um
agonista parcial.
c) A morfina é menos eficaz do que a naloxona.
d) A morfina é menos potente do que a naloxona.
e) A naloxona é um antagonista não competitivo.
6. Na presença de picrotoxina, o diazepam é
menos eficaz para causar sedação,
independentemente da dosagem. A picrotoxina
por si só não tem efeito sedativo, mesmo na maior
dosagem. Qual das seguintes afirmativas está
correta?
a) A picrotoxina é um antagonista competitivo.
b) O diazepam é um agonista total, e a picrotoxina é
um agonista parcial.
c) O diazepam é menos eficaz que a picrotoxina.
d) O diazepam é menos potente que a picrotoxina.
e) A picrotoxina é um antagonista não
competitivo.
7. Na presença de pentazocina, é necessária maior
concentração de morfina para obter alívio
completo da dor. A pentazocina por si mesma tem
um efeito analgésico menor do que o da morfina,
mesmo em dosagem mais alta. Qual das
seguintes afirmações é correta com relação a
essas medicações?
a) A pentazocina é um antagonista competitivo.
b) A morfina é um agonista total e a pentazocina
é um agonista parcial.
c) A morfina é menos eficaz do que a pentazocina.
d) A morfina é menos potente do que a
pentazocina.
e) A pentazocina é um antagonista não competitivo.
8. Em certa ocasião administrou-se uma elevada
concentração de um fármaco X, que não
desencadeou resposta tecidual máxima. Sendo
assim, administrou-se um fármaco Y que atingiu
resposta tecidual máxima, porém a dose gerou
toxicidade, sendo necessário administrar um
fármaco Z, capaz de bloquear a ação de Y. Em
relação aos fármacos X, Y e Z, podemos afirmar
que são respectivamente:a) Agonista parcial, agonista total, antagonista
competitivo reversível.
b) Agonista inverso, agonista total, antagonista
competitivo irreversível.
c) Antagonista competitivo reversível, agonista
parcial, agonista inverso.
d) Agonista parcial, agonista inverso, antagonista
competitivo reversível.
9. A farmacodinâmica estuda a inter-relação da
concentração de uma droga entre a biofase e a
estrutura alvo, bem como o respectivo mecanismo
de ação. Os conhecimentos sobre o local e o
mecanismo de ação de fármacos têm crescido
graças à intensificação das pesquisas bioquímicas
e farmacológicas nesse campo. Sobre os fármacos
que atuam em receptores, avalie as afirmativas
abaixo e escolha a correta:
a) Fármacos agonistas possuem afinidade pelo
receptor biológico e ao se ligar a eles,
desencadeiam sua atividade intrínseca.
b) Fármacos antagonistas não possuem afinidade
pelo receptor biológico e não desencadeiam sua
atividade intrínseca (biológica).
c) Fármacos agonistas apresentam afinidade pelo
receptor biológico, mas ao se ligarem a eles, não
desencadeiam sua atividade intrínseca.
d) Fármacos antagonistas são aqueles que
promovem interação medicamentosa, diminuindo a
atividade de outros medicamentos.
Bruna Embacher Sanz ❥
Farmacologia Geral I - 4° Semestre
10. A atividade farmacológica de um fármaco
depende, entre outros fatores, da ligação com seu
receptor. Sobre interação fármaco-receptor é
correto afirmar:
a) É chamado de agonista parcial, o fármaco que se
liga a receptores celulares sem causar sua ativação
e, como consequência disto, impede que um
agonista se ligue a esses mesmos receptores.
b) Antagonistas são fármacos que apresentam ação
farmacológica intermediária, ou seja, que
desencadeiam uma resposta tecidual submáxima,
mesmo estando 100% dos receptores ocupados.
c) A eficácia, ou efetividade de um fármaco, está
relacionada à dose deste fármaco, suficiente para se
ligar e ativar um número crítico de receptores,
desencadeando uma resposta tecidual.
d) A potência de um fármaco está relacionada à
dose deste fármaco, suficiente para se ligar e
ativar um número crítico de receptores,
desencadeando uma resposta tecidual.
Bruna Embacher Sanz ❥

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