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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL CIV 361 – MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL II RELATÓRIO 05 – BLOCOS DE CONCRETO E PEÇAS PARA PAVIMENTAÇÃO Anderson Carlos Pereira – 90222 Relatório apresentado ao Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Viçosa, como parte das exigências propostas pela disciplina CIV 361 – Materiais de Construção Civil II. Professor: Leonardo Gonçalves Pedroti Viçosa – MG 2021 RESUMO As peças pré-moldadas de concreto podem ter vários tipos de formato e podem ser destinadas para várias áreas, assim como os blocos de concreto que podem ser utilizados tanto na alvenaria estrutural ou não-estrutural. Este relatório tem como objetivo a análise do bloco em relação a sua resistência à compressão, absorção de água e apresentar ensaio de resistência a compressão para peças de concreto para pavimentação, utilizando-se de procedimentos descritos na ABNT NBR 6136, 9781 e 12118, a fim de decidir se um lote será aceito ou não para a obra. Os resultados encontrados foram satisfatórios para absorção de água médio, no valor de 9% e um maior individual de 11 %, as tolerâncias para as paredes longitudinais, comprimento, largura nominal e altura foram satisfatórias, porem para espessura das paredes transversais e a espessura equivalente não se enquadraram no requerido pela norma, sendo necessário uma contra prova para verificar se o lote pode ser aceito. A resistência à compressão do bloco (fbk) encontrada foi de 2,04 MPa, o que não é satisfatório para a categoria C. A resistência média à compressão (fp) da peça de concreto para pavimento deu um resultado de 38,8 MPa, s com valor de 1,653 e t com um valor de 0,896 e obtendo um valor de 37,3 MPa de resistência média caracterizando em um pavimento para solicitações normais de tráfego, sendo um ensaio satisfatório. Palavras-chave: Blocos de concreto, peças para pavimentação, resistência à compressão, absorção de água. SUMÁRIO 1 Considerações Iniciais ......................................................................................... 3 1.1 Introdução ...................................................................................................... 3 1.2 Objetivos ........................................................................................................ 3 2 Procedimentos Experimentais .............................................................................. 4 2.1 Análise do lote de blocos ............................................................................... 4 2.2 Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – Método de ensaio (ABNT NBR 12118) ................................................................................................. 5 2.2.1 Ensaio de resistência à compressão ....................................................... 6 2.2.2 Ensaio de absorção de água ................................................................... 6 2.2.3 Exercício .................................................................................................. 7 2.3 Peças de concreto para pavimentação – Especificação e métodos de ensaio (ABNT NBR 9781) ................................................................................................... 7 2.3.1 Exercício .................................................................................................. 9 3 Resultados ......................................................................................................... 10 4 Considerações Finais ......................................................................................... 18 Referências Bibliográficas ......................................................................................... 19 3 1 Considerações Iniciais 1.1 Introdução De acordo com a ABNT NBR 6136: 2016, um bloco vazado como o componente de alvenaria cuja área líquida é igual ou inferior a 75% da área bruta. Os blocos modulares são aqueles com dimensões coordenadas para a execução de alvenarias modulares, isto é, alvenarias com dimensões múltiplas do módulo. As dimensões reais são aquelas obtidas ao medir cada bloco, equivalentes às dimensões nominais diminuídas em 1 cm, que corresponde à espessura média da junta de argamassa. Para cada especificação de pavimento, exige-se um tipo de classe e tamanho diferentes para os blocos para alvenarias estruturais. As peças pré-moldadas de concreto podem ter vários tipos de formato e podem ser destinadas para várias áreas, como por exemplo para vias urbanas, pátios de estacionamentos ou similares. Segundo a ABNT NBR 9781:2013 o concreto utilizado nas peças deve ser de cimento Portland, agregados e água, sendo permitido a adição de aditivos e pigmentos seguindo as respectivas normas para cada caso. Portanto, entender suas características e propriedades é de suma importância para um melhor aproveitamento e desenvolvimento do material. Consequentemente, alguns ensaios, seguindo as normas técnicas, são necessários para determinar as características para classifica-los. 1.2 Objetivos O objetivo dessa aula prática visa apresentar os ensaios para caracterização dos blocos, como a análise do bloco em relação a sua resistência à compressão, absorção de água e apresentar ensaio de resistência a compressão para peças de concreto para pavimentação para então decidir se um lote deve ou não ser aceito. 4 2 Procedimentos Experimentais 2.1 Análise do lote de blocos Para a inspeção, foram constituídos lotes compostos por blocos com as mesmas características, produzidos sob as mesmas condições e com os mesmos materiais, cabendo-se ao fabricante a indicação, contendo no documento de entrega as seguintes informações: • Data de fabricação e identidade do lote; • Resistência característica à compressão axial (fbk); • Dimensões nominais; • Classe. O lote foi composto por 40.000 blocos, todos produzidos no mesmo dia. Para a realização do ensaio de recebimento foi formada uma amostra com o tipo de bloco predominante (o inteiro). Como demonstrado na tabela 1 abaixo, a norma exige alguns critérios para os ensaios. Tabela 1 – Amostragem para os blocos Fonte: Adaptado de ABNT NBR 6136:2016 Tratando do cálculo da resistência característica, o valor característico da resistência à compressão pode ser determinado de duas formas: a) Quando o valor do desvio padrão da fábrica é conhecido: 5 O valor da resistência característica à compressão (fbk), referida à área bruta, deve ser estimado pela equação a seguir: 𝑓𝑏𝑘,𝑒𝑠𝑡 = 2 ∗ 𝑓𝑏(1)+𝑓𝑏(2)+⋯+𝑓𝑏(𝑖−1) 𝑖−1 − 𝑓𝑏(𝑖) (Equação 2.1) Sendo: 𝑖 = 𝑛 2 , se 𝑛 for par; 𝑖 = (𝑛 − 1)/2, se 𝑛 for ímpar. Onde: 𝑓𝑏(1), 𝑓𝑏(2) … , 𝑓𝑏(𝑖) são os valores de resistência à compressão individual dos corpos de prova da amostra, em ordem crescente. 𝑛 é igual ao número de corpos de prova da amostra. Para a determinação da resistência característica da amostra (fbk), o valor do fbk deve ser igual a fbk,est , não sendo admitido valor de fbk inferior a * fb(1), ou seja, se o resultado for inferior, adota-se para fbk o valor * fb(1). Tabela 2 – Valores de em função da quantidade de blocos Qd de blocos 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 18 0,89 0,91 0,93 0,94 0,96 0,97 0,98 0,99 1,00 1,01 1,02 1,04 Fonte: Adaptado do Laboratório de Materiais de Construção Civil (2021) b) Quando o valor do desvio padrão da fábrica é conhecido: Neste caso, o valor da resistência característica à compressão (fbk), referida à área bruta, deve ser estimado pela equação a seguir. 𝑓𝑏𝑘,𝑒𝑠𝑡 = 𝑓𝑏𝑚 − 1,65 ∗ 𝑠 (Equação 2.2) 2.2 Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – Método de ensaio (ABNT NBR 12118) 6 2.2.1 Ensaio de resistência à compressão Para realizaro ensaio de resistência à compressão foram colocados cada bloco separado para o ensaio, e os constituiu em um corpo de prova que foi capeado com argamassa capaz de apresentar no momento do ensaio, resistência à compressão superior à prevista para o bloco a ensaiar. O capeamento apresentou-se plano e uniforme, não sendo permitido reparos. A espessura média do capeamento não excedeu 3 mm. O corpo de prova foi ensaiado no estado seco ao ar. Mediu-se as dimensões das faces de trabalho com aproximação de ± 0,5 mm. Colocou-se o corpo de prova centralizado entre os pratos da máquina de ensaios e aplicou-se o carregamento até a ruptura à razão de (0,05 ± 0,01) MPa/s. A tensão de ruptura à compressão de cada corpo de prova foi dada por: 𝑓𝑏 = 𝑃 𝑆 (𝑀𝑃𝑎) (Equação 2.3) Onde P é a carga de ruptura e S é a seção transversal bruta do corpo de prova. 2.2.2 Ensaio de absorção de água Para o ensaio de absorção de água, logo após serem recebidos no Laboratório, os corpos de prova foram pesados anotando-se a massa na condição seco ao ar (M3). Em seguida, deixou-os para secar em estufa a (105 ± 5) ºC por 24 horas. Após remover os corpos de prova da estufa, aguardou-se o resfriamento e pesou-os, anotando-se a massa na condição seco em estufa (M1). Em seguida, imergiu os corpos de prova em água à temperatura de (23 ± 2) ºC por 24 horas. Após remoção dos corpos de prova da água, enxugou-os superficialmente com um pano úmido e pesou cada um deles, anotando a massa na condição saturado superfície seca (M2). O valor da absorção de água de cada corpo de prova, expresso em porcentagem, é calculado por: 7 𝐴𝑏(%) = 𝑀2−𝑀1 𝑀1 ∗ 100 (Equação 2.4) 2.2.3 Exercício Em uma amostra composta de nove unidades de blocos vazados (2 vazios na seção transversal bruta) de concreto simples (composto com agregados normais) para alvenaria sem função estrutural, pertencentes à classe C, representativa de um lote de 5.000 unidades, procedente de uma fábrica da região de Viçosa, realizaram-se os ensaios previstos na ABNT NBR 12118. Os resultados obtidos nos ensaios estão resumidos nas tabelas 3, 4 e 5. Proceda à análise destes resultados com vistas à classificação do material de acordo com a “NBR 6136: Blocos vazados de concreto simples para alvenaria - Requisitos”. 2.3 Peças de concreto para pavimentação – Especificação e métodos de ensaio (ABNT NBR 9781) A ABNT NBR 9781:2013 fixa as condições exigíveis para a aceitação de peças pré-moldadas de concreto destinadas à pavimentação de vias urbanas, pátios de estacionamento ou similares. Estas peças deverão ter formato geométrico regular, com comprimento máximo de 400 mm, largura mínima de 100 mm e altura mínima de 60 mm, permitindo-se uma variação de 3 mm para o comprimento e a largura de 5 mm para a altura. São fabricadas para atender a dois níveis de resistência característica à compressão (fpk). • fpk ≥ 35 MPa, para solicitações normais de tráfego; • fpk ≥ 50 MPa, para solicitações de tráfego pesado intenso. Para determinação da resistência característica à compressão deve-se ensaiar uma amostra representativa de um lote de no máximo 1.500 m² de pavimentação a ser executado. A amostra representativa do lote deve ter no mínimo 6 peças para lote 8 de até 300 m², e uma peça adicional para cada 50 m² suplementar, até perfazer o máximo de 32 peças. O ensaio de resistência à compressão é realizado de acordo com o seguinte procedimento baseado na ABNT NBR 9781, seguindo essa norma, foi feito os seguintes passos: Cada peça pré-moldada constituiu um corpo de prova, menos para os casos que a largura da peça excedeu 140 mm, quando a mesma foi cortada para atender a este limite. As superfícies de carregamento do corpo de prova foram capeadas com pasta, argamassa, com espessura média inferior a 3 mm. No momento do ensaio os corpos de prova estavam saturados com água. Os corpos de prova estavam dispostos sobre placas metálicas auxiliares de ensaio devidamente centralizadas. A placa superior ficou em contato com a superfície de rolamento. As placas auxiliares de ensaio foram fabricadas em aço e de formatos circulares com diâmetro de 90 mm. O carregamento foi aplicado continuamente a uma taxa entre 0,3 e 0,8 MPa/s, até que ocorreu a ruptura da peça. A tensão de ruptura de cada corpo de prova é obtida dividindo-se a carga de ruptura (P) pela área de carregamento (S) e multiplicando-se o resultado pelo fator “p”, função da altura da peça, conforme a tabela 3 abaixo. 𝜎𝑝 = 𝑃 𝑆 ∗ 𝑝 (Equação 2.5) Tabela 3 – fator multiplicador Altura nominal da peça (mm) Fator multiplicativo “p” 60 0,95 80 1,00 100 1,05 Fonte: Adaptado do Laboratório de Materiais de Construção Civil (2021) A resistência característica à compressão (fpk) da amostra é calculada por: 9 𝑓𝑝𝑘 = 𝑓𝑝 − 𝑡 ∗ 𝑠 (Equação 2.6) 𝑠 = √(∑ (𝑓𝑝−𝑓𝑖)² 𝑛−1 𝑖=𝑛 𝑖=1 ) (Equação 2.7) Onde: • fp = resistência média das peças ensaiadas, em MPa • s = desvio padrão da amostra: • t = coeficiente de Student, fornecido pela tabela 4 a seguir em função do tamanho da amostra (n= nº de corpos de prova da amostra): Tabela 4 – Coeficiente de Student Coeficiente de Student (nível de confiança de 80%) n t n t n t n t 6 0,920 10 0,883 18 0,863 26 0,856 7 0,906 12 0,876 20 0,861 28 0,855 8 0,896 14 0,870 22 0,859 30 0,854 9 0,899 16 0,866 24 0,858 ≥ 32 0,842 Fonte: Adaptado do Laboratório de Materiais de Construção Civil (2021) 2.3.1 Exercício Em uma amostra composta de oito unidades de peças retangulares de concreto para pavimentação (10 x 20 x 8 cm), representativa de um lote de 400 m² de pavimento, procedente de uma fábrica da região de Viçosa, realizaram-se os ensaios previstos na “NBR 9780: Peças de concreto para pavimentação – Determinação da resistência à compressão - Método de ensaio”. Proceda a análise destes resultados à luz da “NBR 9781 – Peças de concreto para pavimentação – Especificação” e verifique em qual classe de tráfego estas peças se enquadram. Nota: verifique também, se as dimensões estão de acordo com o preconizado na especificação. 10 3 Resultados Os resultados encontrados para o exercício proposto no item 2.2.3 estão nas tabelas abaixo. Tabela 5 – Características dimensionais dos blocos Corpo de prova n.º Comprimento (cm) Largura (cm) Altura(cm) Esp.das paredes longitudinal (mm) Esp.das paredes transversais (mm) Esp. Equivalente (mm/m) 01 39,2 9,2 19,2 18 18 15 14 16 115 02 39,1 8,9 19,3 18 19 16 16 16 123 03 39,0 9,0 19,1 19 18 16 14 15 115 04 39,0 9,1 19,0 17 17 16 16 16 123 05 39,2 9,0 18,9 19 19 17 15 16 123 06 39,1 8,9 19,0 18 18 16 16 16 123 Média 39 9 19 18 ---------------- 120 Fonte: Adaptado do Laboratório de Materiais de Construção Civil (2021) A espessura equivalente foi calculada de acordo com a equação abaixo. 𝐸𝑠𝑝. 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 = ∑ 𝐸𝑠𝑝. 𝑑𝑎𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒𝑠 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑖𝑠 (𝑚𝑚) 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜 (𝑚) (Equação 2.5) 𝐸𝑠𝑝. 𝐸𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒1 = 15 + 14 + 16 0,39 = 115 𝐸𝑠𝑝. 𝐸𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒2 = 16 + 16 + 16 0,39 = 123 𝐸𝑠𝑝. 𝐸𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒3 = 15 + 14 + 16 0,39 = 115 11 𝐸𝑠𝑝. 𝐸𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒4 = 16 + 16 + 16 0,39 = 123 𝐸𝑠𝑝. 𝐸𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒5 = 15 + 17 + 16 0,39 = 123 𝐸𝑠𝑝. 𝐸𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒6 = 16 + 16 + 16 0,39 = 123 As medidas das paredes longitudinais se enquadram na norma, pois se admite uma tolerância de ± 1 mm, o comprimento pode variar ± 3 mm, a largura nominal pode variar de ± 2 mm e a altura pode variar ± 3 mm, todas essas tolerâncias são válidas para cada valor individual. Porém a espessura das paredes transversais não se enquadra no requerido pela norma, pois a sua variação é maior que ± 1 mm e a espessuraequivalente (mm/m) não se enquadra nos requisitos de acordo com a tabela 4 retirada da norma técnica ABNT NBR 6136. Sendo necessário uma outra amostra para uma contra prova para aceitação do lote. Tabela 6 – Designação por classe, largura dos blocos e espessura mínima das paredes Fonte: Adaptado de ABNT NBR 6136 (2015) 12 Para a absorção de água, foi utilizada para os cálculos a equação 2.4, preenchendo a tabela 7 abaixo. Tabela 7 – Pesos dos blocos Corpo de prova n.º Peso úmido (kg) Peso sat. sup. seca (kg) Peso seco em estufa (kg) Absorção (%) 01 9,25 10,12 9,12 11,0 02 9,27 9,82 9,10 7,9 03 9,30 9,88 9,15 8,0 Média 9,27 9,94 9,12 9,0 Fonte: Adaptado do Laboratório de Materiais de Construção Civil (2021) 𝐴𝑏1(%) = 10,12 − 9,12 9,12 ∗ 100 = 11,0 % 𝐴𝑏2(%) = 9,82 − 9,10 9,12 ∗ 100 = 7,9 % 𝐴𝑏3(%) = 9,88 − 9,15 9,12 ∗ 100 = 8,0 % Resultando em um valor médio de 9,0% de absorção de água, no qual se enquadra no requisito exigido pela norma da ABNT NBR 6136, de acordo com a tabela 6. 13 Tabela 8 – Requisito para resistência característica à compressão, absorção e retração Fonte: Adaptado de ABNT NBR 6136 (2015) Para a resistência característica à compressão, foram utilizadas as equações 2.1 e 2.3, após obter todos os dados, preencheu-se a tabela 9. Tabela 9 – Resistência à compressão DIMENSÕES REAIS ENSAIO DE COMPRESSÃO Corpo de prova n.º Face A Face B Seção média (cm2) Carga máxima (kgf) Tensão (MPa) Comp. (cm) Largura (cm) Comp. (cm) Largura (cm) 01 39,0 9,1 39,2 8,9 351,89 8780 2,5 02 39,2 8,9 39,0 8,9 347,99 9830 2,8 03 39,1 9,1 39,1 9,2 357,76 7720 2,2 04 39,2 9,2 39,1 9,2 360,18 7370 2,0 05 39,0 9,1 39,1 9,2 357,31 10180 2,8 06 39,0 8,9 39,2 9,2 353,87 9130 2,6 Média 39,1 9,1 39,1 9,1 Fonte: Adaptado do Laboratório de Materiais de Construção Civil (2021) 14 Para encontrar a área seção média de cada bloco: 𝑆1𝐴 = 39,0 ∗ 9,1 = 354,9 𝑐𝑚 2 𝑆1𝐵 = 39,2 ∗ 8,9 = 348,88 𝑐𝑚 2 𝑆1𝑚𝑒𝑑 = 354,9 + 348,88 2 = 351,89 𝑐𝑚² 𝑆2𝐴 = 39,2 ∗ 8,9 = 348,88 𝑐𝑚 2 𝑆2𝐵 = 39,0 ∗ 8,9 = 347,1 𝑐𝑚 2 𝑆2𝑚𝑒𝑑 = 348,88 + 347,1 2 = 347,99 𝑐𝑚² 𝑆3𝐴 = 39,1 ∗ 9,1 = 355,81 𝑐𝑚 2 𝑆3𝐵 = 39,1 ∗ 9,2 = 359,72 𝑐𝑚 2 𝑆3𝑚𝑒𝑑 = 355,81 + 359,72 2 = 357,76 𝑐𝑚² 𝑆4𝐴 = 39,2 ∗ 9,2 = 360,64 𝑐𝑚 2 𝑆4𝐵 = 39,1 ∗ 9,2 = 359,72 𝑐𝑚 2 𝑆4𝑚𝑒𝑑 = 360,64 + 359,72 2 = 360,18 𝑐𝑚² 𝑆5𝐴 = 39,0 ∗ 9,1 = 354,9 𝑐𝑚 2 𝑆5𝐵 = 39,1 ∗ 9,2 = 359,72 𝑐𝑚 2 𝑆5𝑚𝑒𝑑 = 354,9 + 359,72 2 = 357,31 𝑐𝑚² 𝑆6𝐴 = 39,0 ∗ 8,9 = 347,1 𝑐𝑚 2 𝑆6𝐵 = 39,2 ∗ 9,2 = 360,64 𝑐𝑚 2 𝑆6𝑚𝑒𝑑 = 347,1 + 360,64 2 = 353,87 𝑐𝑚² 15 Para encontrar a tensão em cada bloco: 𝑓𝑏1 = 8780 351,89 ∗ 1 10 = 2,5 𝑀𝑃𝑎 𝑓𝑏2 = 9830 347,99 ∗ 1 10 = 2,8 𝑀𝑃𝑎 𝑓𝑏3 = 7720 357,76 ∗ 1 10 = 2,2 𝑀𝑃𝑎 𝑓𝑏4 = 7370 360,18 ∗ 1 10 = 2,0 𝑀𝑃𝑎 𝑓𝑏5 = 10180 357,31 ∗ 1 10 = 2,8 𝑀𝑃𝑎 𝑓𝑏6 = 9130 353,87 ∗ 1 10 = 2,6 𝑀𝑃𝑎 Após descobrir os valores para as tensões em cada bloco, ordenou as tensões em ordem crescente e utilizou-se a equação 2.1 para encontrar o fbk,est , como mostra abaixo. 𝑓𝑏𝑘,𝑒𝑠𝑡 = 2 ∗ 2,0 + 2,2 + 2,5 + 2,6 + 2,8 6 − 1 − 2,08 = 2,04 𝑀𝑃𝑎 Como foi visto na tabela 2, para o número de amostras de bloco, tem valor igual a 0,89. Portanto, utilizando a equação 2.2, fbk,est = 1,78 MPa 𝑓𝑏𝑘,𝑒𝑠𝑡 = 0,89 ∗ 2,0 = 1,78 𝑀𝑃𝑎 Como fbk,est da equação 2.2 foi menor que o de 2.1, assumimos o valor de 2,04MPa para as análises. De acordo com a tabela 6, o fbk deve ser de no mínimo 3 MPa, portanto, há a necessidade de uma contra prova antes de rejeitar todo o lote. Para o exercício proposto em 2.3.1, obteve-se a tabela 10. 16 Tabela 10 – Resultados do ensaio Corpo de prova n.º Largura (cm) Comprimento (cm) Altura(cm) Ensaio de compressão Força (kgf) Tensão (MPa) 01 10,0 20,1 8,2 24810 39,0 02 10,1 20,0 8,0 26080 41,0 03 10,1 20,2 7,9 23860 37,5 04 10,0 19,8 8,0 22900 36,0 05 9,9 19,9 8,1 25760 40,5 06 10,1 20,1 8,0 25320 39,8 07 10,0 20,0 7,9 24170 38,0 08 9,9 19,9 8,0 24380 38,3 Média 10,0 20,0 8,0 24660 38,8 Fonte: Adaptado do Laboratório de Materiais de Construção Civil (2021) Como é dito na ABNT NBR 9871 que a variação das dimensões podem ser ± 3 mm, esse item portanto, está de acordo com o requerido. Para a tensão, foi utilizado a equação 2.5, como “p” para altura nominal de 80 mm é igual a 1, foi desconsiderado das equações 𝜎1 = 24810 𝜋 ∗ 92 4 = 390 ∗ 0,1 = 39 𝑀𝑃𝑎 𝜎2 = 26080 𝜋 ∗ 92 4 = 410 ∗ 0,1 = 41 𝑀𝑃𝑎 𝜎3 = 23860 𝜋 ∗ 92 4 = 375 ∗ 0,1 = 37,5 𝑀𝑃𝑎 𝜎4 = 22900 𝜋 ∗ 92 4 = 360 ∗ 0,1 = 36 𝑀𝑃𝑎 𝜎5 = 25760 𝜋 ∗ 92 4 = 405 ∗ 0,1 = 40,5 𝑀𝑃𝑎 𝜎6 = 25320 𝜋 ∗ 92 4 = 398 ∗ 0,1 = 39,8 𝑀𝑃𝑎 17 𝜎7 = 24170 𝜋 ∗ 92 4 = 380 ∗ 0,1 = 38 𝑀𝑃𝑎 𝜎8 = 24380 𝜋 ∗ 92 4 = 383 ∗ 0,1 = 38,3 𝑀𝑃𝑎 A resistência média à compressão (fp) deu um resultado de 38,8 MPa, s com valor de 1,653 e t com um valor de 0,896 encontrado analisando a tabela 5, substituindo na equação 2.6 obtêm-se o valor de 37,3 MPa. 𝑓𝑏𝑘 = 38,8 − 0,896 ∗ 1,653 = 37,3 𝑀𝑃𝑎 18 4 Considerações Finais Por fim, conclui-se que caracterizar os blocos de concreto e peças de concreto para pavimentação são de suma importância, com isso, para os blocos de concreto as medidas das paredes longitudinais, a largura nominal variaram com o limite aceito pela norma técnica, porém a espessura das paredes transversais não se enquadra no requerido pela norma, pois a sua variação é maior que ± 1 mm e a espessura equivalente (mm/m) não se enquadra nos requisitos de acordo com a tabela 4 retirada da norma técnica ABNT NBR 6136, sendo necessário uma contraprova. Para a absorção de água, os resultados foram ótimos se encontrando uma absorção média de 9 %, e uma maior individual de 11 %, caracterizando-se como um bom bloco para ser utilizado na construção. Para a resistência à compressão, é admitido uma resistência média fbk de 2,04MPa pois o seu resultado foi maior que o encontrado em fbk,est e de acordo com a tabela 6, o fbk deve ser de no mínimo 3 MPa, portanto, há a necessidade de uma contra prova antes de rejeitar todo o lote. Já na peça de concreto para pavimentação, o resultado encontrado para a resistência à compressão foi de 37,3 MPa, sendo recomendado para uso em solicitações normais de tráfego. As dimensões estão de acordo com o que foi preconizado, pois a variação máxima permitida é de 3 mm, de acordo com a ABNT NBR 9781:2013, portanto, sendo muito eficaz e conclusivos. Todos os ensaios foram concluídos seguindo a rigor todas as normas técnicas necessárias. . 19 Referências Bibliográficas ASSOCIAÇAO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 6136: Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – Requisitos. Rio de Janeiro, 2016. ASSOCIAÇAO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 9781: Peças de concreto para pavimentação – Especificação e métodos de ensaio. Rio de Janeiro, 2013. ASSOCIAÇAO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 12118: Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – Método de ensaio. Rio de Janeiro, 2014. LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, Introdução ao estudo do concreto de cimento Portland. In: LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, Materiais de Construção Civil II: Práticas de Laboratório. Departamento de Engenharia Civil, Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas. Universidade Federal de Viçosa, 2019.
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