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MEDIDAS E AVALIAÇÃO - 0000b8e2

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Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA 
ATIVIDADE MOTORA
Seja bem-vindo(a) à disciplina de Medidas e Avaliação da Atividade 
Motora. Meu nome é Evandro Marianetti Fioco. Sou educador físico, 
doutor em Biologia Oral pela Universidade de São Paulo (FORP-USP), 
mestre em Promoção da Saúde pela Universidade de Franca (UNIFRAN), 
especialista em Condicionamento Físico em Academias e licenciado em 
Educação Física pelo Claretiano – Centro Universitário de Batatais.
E-mail: evandroacm@claretiano.edu.br.
Claretiano – Centro Universitário
Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000
cead@claretiano.edu.br
Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006
claretiano.edu.br/batatais
Evandro Marianetti Fioco
Batatais
Claretiano
2020
MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA 
ATIVIDADE MOTORA
© Ação Educacional Claretiana, 2020 – Batatais (SP)
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer 
forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição 
na web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito 
do autor e da Ação Educacional Claretiana.
Reitor: Prof. Dr. Pe. Sérgio Ibanor Piva
Vice-Reitor: Prof. Dr. Pe. Cláudio Roberto Fontana Bastos
Pró-Reitor Administrativo: Pe. Luiz Claudemir Botteon
Pró-Reitor de Extensão e Ação Comunitária: Prof. Dr. Pe. Cláudio Roberto Fontana Bastos
Pró-Reitor Acadêmico: Prof. Me. Luís Cláudio de Almeida
Coordenador Geral de EaD: Prof. Me. Evandro Luís Ribeiro
CORPO TÉCNICO EDITORIAL DO MATERIAL DIDÁTICO MEDIACIONAL
Gerente de Material Didático: Rodrigo Ferreira Daverni
Preparação: Aline de Fátima Guedes • Camila Maria Nardi Matos • Carolina de Andrade Baviera 
• Cátia Aparecida Ribeiro • Elaine Aparecida de Lima Moraes • Josiane Marchiori Martins 
• Lidiane Maria Magalini • Luciana A. Mani Adami • Luciana dos Santos Sançana de Melo • 
Patrícia Alves Veronez Montera • Simone Rodrigues de Oliveira
Revisão: Eduardo Henrique Marinheiro • Filipi Andrade de Deus Silveira • Rafael Antonio 
Morotti • Vanessa Vergani Machado
Projeto gráfico, diagramação e capa: Bruno do Carmo Bulgarelli • Joice Cristina Micai • Lúcia 
Maria de Sousa Ferrão • Luis Antônio Guimarães Toloi • Raphael Fantacini de Oliveira • Tamires 
Botta Murakami
Videoaula: André Luís Menari Pereira • Bruna Giovanaz Bulgarelli • Gustavo Fonseca • Luis 
Gustavo Millan • Marilene Baviera • Renan de Omote Cardoso
INFORMAÇÕES GERAIS
Cursos: Graduação
Título: Medidas e Avaliação da Atividade Motora
Versão: fev./2020
Formato: 15x21 cm
Páginas: 102 páginas
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 9
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS ............................................................................ 10
3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE ............................................................... 11
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 12
5. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 12
UNIDADE 1 – ANTROPOMETRIA
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 15
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 15
2.1. ANAMNESE E QUESTIONÁRIO DE ESTRATIFICAÇÃO DE RISCOS ......... 16
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 36
3.1. ANAMNESE, AVALIAÇÕES EM COMPOSIÇÃO CORPORAL, APTIDÃO 
FÍSICA E DIÂMETROS ÓSSEOS ................................................................. 36
3.2. QUESTIONÁRIO DE ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO APLICADO À SAÚDE 37
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 37
5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................ 38
6. E-REFERÊNCIAS ............................................................................................... 38
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 39
UNIDADE 2 – AVALIAÇÃO POSTURAL
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 43
1.1. AS CURVATURAS FISIOLÓGICAS ACENTUADAS .................................... 44
2. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 53
2.1. PRÁTICAS DA AVALIAÇÃO POSTURAL E SUA APLICABILIDADE NA ÁREA 
DA SAÚDE ................................................................................................. 53
3. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 54
4. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................ 55
5. E-REFERÊNCIAS ............................................................................................... 56
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 57
UNIDADE 3 – DESEMPENHO MOTOR 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 61
2. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 75
2.1. AVALIAÇÕES DAS CAPACIDADES FUNCIONAIS ..................................... 76
3. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 76
4. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................ 77
5. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 78
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 80
UNIDADE 4 – AVALIAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 83
2. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 97
2.1. TESTES AERÓBIOS E ANAERÓBIOS ........................................................ 98
3. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 98
4. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................ 99
5. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 100
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 101
7
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
Conteúdo –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Testes, medidas e avaliações. Antropometria. Avaliação Postural. Testes 
indiretos para avaliar a capacidade anaeróbia alática e lática. Força explosiva. 
Coordenação geral. Flexibilidade. Equilíbrio. Percepção motora e cinestésica. 
Agilidade e ritmo. Avaliação do componente cardiorrespiratório.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Bibliografia Básica
NATIONAL STRENGTH AND CONDITIONING ASSOCIATION (NSCA). Guia de 
condicionamento físico: diretrizes para elaboração de programas. Barueri: Manole, 
2015 (Biblioteca Digital Pearson).
NIEMAN, D. C. Exercício e saúde: testes e prescrição de exercícios. Barueri: Manole, 
2010 (Biblioteca Digital Pearson).
MARINS, J. C. B.; GIANNICHI, R. S. Avaliação & prescrição de atividade física: guia 
prático. 3. ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.
Bibliografia Complementar
AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Manual do ACSM para avaliação da 
aptidão física relacionada à saúde. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
FOSS, M. L.; KETEYIAN, S. J. Fox: Bases fisiológicas do exercício e do esporte. 6. ed. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
GUEDES, D. P; GUEDES, J. E.R. P. Manual prático para avaliação em educação física. 
Barueri: Manole, 2006.
MACHADO, A. Manual de avaliação física. São Paulo: Ícone, 2010.
NATIONAL STRENGTH AND CONDITIONING ASSOCIATION (NSCA). Desenvolvendo 
agilidade e velocidade. Barueri: Manole. 2015 (Biblioteca Digital Pearson).
8 © MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
E-referências 
ANDREAZZI, I. M. et al. Exame pré-participação esportiva e o par-q, em 
praticantes de academias. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 22, n. 4, 
p. 272-276, 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-
86922016000400272&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 24 out. 2019.
CARVALHO, T. de et al. Posição oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte: 
atividade física e saúde. Rev Bras Med Esporte, v. 2, n. 4, p. 79-81, 1996. Disponível 
em: <http://www.cirurgiadejoelho.med.br/wp-content/uploads/2015/04/
ATIVIDADE-F%C3%8DSICA-E-SA%C3%9ADE.pdf>. Acesso em: 24 out. 2019. 
GLANER, M. F. Importância da aptidão física relacionada à saúde. Rev Bras Cineantropom 
Desempenho Hum, v. 5, n. 2, p. 75-85, 2003. Disponível em: <https://www.researchgate.
net/profile/Maria_Glaner/publication/26452378_The_importance_of_
health-related_physical_fitness/links/09e4150ca36cf85361000000.pdf>. 
Acesso em: 24 out. 2019.
REIS, G. M. S. et al. Circunferência do pescoço como indicador de excesso de peso em 
idosas. RBONE – Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, v. 12, n. 
75, p. 942-947, 2019. Disponível em: <http://www.rbone.com.br/index.php/ rbone/
article/view/822>: Acesso em: 24 out.. 2019. 
ROSA, C. D.; PROFICE, C. C. Avaliações antes da prescrição de exercícios físicos em 
academias de ginástica em uma cidade sul baiana. RBPFEX-Revista Brasileira de 
Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 12, n. 75, p. 509-514, 2018. Disponível em: 
<http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1444>. Acesso em: 24 
out. 2019.
É importante saber: ––––––––––––––––––––––––––––––––
Esta obra está dividida, para fins didáticos, em duas partes:
Conteúdo Básico de Referência (CBR): é o referencial teórico e prático que deverá 
ser assimilado para aquisição das competências, habilidades e atitudes necessárias 
à prática profissional. Portanto, no CBR, estão condensados os principais conceitos, 
os princípios, os postulados, as teses, as regras, os procedimentos e os fundamentos 
ontológico (o que é?) e etiológico (qual sua origem?) referentes a um campo de saber.
Conteúdo Digital Integrador (CDI): são conteúdos preexistentes, previamente 
selecionados nas Bibliotecas Virtuais Universitárias conveniadas ou disponibilizados em 
sites acadêmicos confiáveis. São chamados “Conteúdos Digitais Integradores” porque 
são imprescindíveis para o aprofundamento do Conteúdo Básico de Referência. Juntos, 
não apenas privilegiam a convergência de mídias (vídeos complementares) e a leitura 
de “navegação” (hipertexto), como também garantem a abrangência, a densidade e a 
profundidade dos temas estudados. Portanto, são conteúdos de estudo obrigatórios, 
para efeito de avaliação. 
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
9© MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
1. INTRODUÇÃO
Os benefícios da atividade física são inquestionáveis, para 
quem a pratica de maneira regular. Independentemente da faixa 
etária e do nível de condicionamento do indivíduo, e quaisquer 
que sejam os objetivos (saúde, estética ou performance), é 
necessário estabelecer um controle para a prática da atividade. 
Portanto, algumas variáveis mensuráveis, relacionadas aos níveis 
inicial, intermediário e avançado de exercícios, são necessárias 
para a atividade física se tornar segura e, também, garantir os 
resultados esperados.
Para tanto, prezado aluno, nesta obra, você terá condições 
de entender sobre o tema Medida e Avaliação da Atividade 
Motora. É muito comum e, você poderá encontrar na prática 
profissional, indivíduos que começam uma atividade física sem 
nenhum tipo de avaliação, embora seja de extrema importância 
a realização de avaliações, especialmente as iniciais, pois podem 
revelar informações relevantes da condição física dos praticantes.
Dessa forma, avaliações iniciais e periódicas devem fazer 
parte de qualquer rotina de exercícios sistematizados, e uma boa 
conversa, para que você perceba a situação em que seu cliente 
se encontra, já é um bom começo. Posteriormente, uma ficha do 
tipo anamnese, em que você possa inserir um questionário de 
estratificação de risco, como o questionário Par-Q, sigla de Physical 
Activity Readiness Questionnaire, ou Questionário de Prontidão 
para Atividade Física, facilitará ainda mais essa avaliação.
Após a aplicação desse tipo de questionário, você poderá 
passar para uma avaliação antropométrica que fornecerá dados 
iniciais, permitindo comparações futuras nas reavaliações e 
proporcionando a oportunidade de ajustes necessários ao 
programa de treinamento. 
10 © MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
Depois da avaliação antropométrica, veremos como realizar 
uma avaliação postural de maneira observacional subjetiva, por 
meio da é possível identificar as principais alterações posturais 
(hiperlordose, hipercifose e escoliose) relacionadas a hábitos 
inadequados.
E, por fim, os testes motores e de capacidades físicas 
mostrarão a real condição física dos clientes avaliados, 
possibilitando ajustes que determinarão uma evolução gradual 
e segura, com base no objetivo a ser alcançado. 
Esperamos que você faça uma boa leitura!
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS
O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida 
e precisa das definições conceituais, possibilitando um bom 
domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de 
conhecimento dos temas tratados.
1) Avaliação: consiste na coleta de dados e determina a 
importância ou o valor da informação coletada, com 
base em escala de valores.
2) Avaliação diagnóstica: realizada no começo de um 
programa de exercício, a avaliação diagnóstica procura 
identificar, em um indivíduo ou determinado grupo, 
as necessidades iniciais, permitindo um planejamento 
com base nessas informações iniciais.
3) Avaliação formativa: realizada com mais frequência, 
essa avaliação analisa se os objetivos traçados 
inicialmente estão sendo atingidos e se há necessidade 
de ajustes no programa de exercícios, a fim de garantir 
os objetivos iniciais.
11© MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
4) Avaliação somativa: realizada no final de cada período 
em que se determinam resultados, com o objetivo de 
traçar um perfil geral de evolução.
5) Medida de aspecto quantitativo: por ser precisa, 
determina valores numéricos aos resultados, com 
base na extensão ou no grau de determinado atributo, 
atrelado a um sistema convencional de unidades.
6) Teste: é o procedimento, instrumento ou técnica usada 
para se obter uma informação, mediante situações 
organizadas e padronizadas.
3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE
O Esquema a seguir possibilita uma visão geral dos 
conceitos mais importantes deste estudo. 
 
Medidas  
 
Testes 
 
Avaliações 
 
Instrumento 
 
Diagnóstica 
 
Procedimento 
 
Técnica 
 
Formativa 
 
Somativa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 Esquema dos Conceitos-chave de Medida e Avaliação da Atividade Motora. 
12 © MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GUEDES, D. P.; GUEDES, J. E. R. Manual prático para avaliação em educação física. 
Barueri: Manole, 2006. 
MARINS, J. C. B.; GIANNICHI, R. S. Avaliação & prescrição de atividade física: guia 
prático. 3. ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.
NIEMAN, D. C. Exercício e saúde: testes e prescrição de exercícios. Barueri: Manole, 
2010 (Biblioteca Digital Pearson).
5. E-REFERÊNCIAS
MADASCHI, V.; PAULA, C. S. Medidas de avaliação do desenvolvimento infantil: uma 
revisão da literatura nos últimos cincoanos. Cadernos de Pós-graduação em Distúrbios 
do Desenvolvimento, v. 11, n. 1, 2018. Disponível em: <http://editorarevistas.
mackenzie.br/index.php/cpgdd/article/view/11173>. Acesso em: 28 out. 2019.
ROSA, C. D.; PROFICE, C. C. Avaliações antes da prescrição de exercícios físicos em 
academias de ginástica em uma cidade sul baiana. RBPFEX-Revista Brasileira de 
Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 12, n. 75, p. 509-514, 2018. Disponível em: 
<http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1444>: Acesso em: 28 
out. 2019.
TORQUATO, A. C. et al. Comparação entre os resultados obtidos por diferentes métodos 
de avaliação da composição corporal em mulheres com síndrome de fibromialgia. 
RBONE – Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, v. 13, n. 77, p. 
103-110, 2019. Disponível em: <http://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/
view/891>: Acesso em: 28 out. 2019.
13
UNIDADE 1
ANTROPOMETRIA 
Objetivos 
• Compreender os conceitos de testes e medidas.
• Distinguir as triagens de saúde, pré-participação e estratificação de riscos.
• Evidenciar a importância das avaliações antropométricas.
• Conhecer como é feita a medição da altura e do peso corporal.
• Identificar os pontos referenciais para realizar a mensuração de diâmetros 
ósseos, perímetros corporais e dobras cutâneas. 
Conteúdos 
• Anamnese. 
• Questionário de estratificação de riscos.
• Antropometria.
• Diâmetros ósseos. 
• Medidas de perimetria e de dobras cutâneas. 
Orientações para o estudo da unidade
Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:
• O estudo de Medidas e Avaliação da Atividade Motora é marcado pela 
relação entre diversos conteúdos, por ser muito abrangente. Dessa 
forma, requer um conhecimento dos métodos avaliativos e suas práticas. 
Sendo assim, sempre que possível, realize treinamentos sobre o método 
avaliativo, pois isso ajudará a fixação do conhecimento. 
14 © MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 1 – ANTROPOMETRIA
• A realização de pequenos apontamentos, à medida que você avançar na 
leitura desta obra, também pode auxiliar a fixação do conteúdo. 
• De acordo com as ideias principais, elabore tópicos de estudo, que 
facilitarão a consulta sobre o tema abordado. 
15© MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 1 – ANTROPOMETRIA
1. INTRODUÇÃO 
Nesta primeira unidade, apresentaremos a você a 
importância de se utilizar questionários relevantes, que possam 
auxiliá-lo na estratificação de riscos junto aos seus clientes, e 
de se realizar a anamnese, que possibilita, entre outras coisas, 
traçar um histórico da condição física da pessoa avaliada. Esses 
questionários são extremamente importantes e necessários, e 
sua aplicação deve ser feita antes de qualquer prática esportiva.
Tais questionamentos levantam reflexões sobre as 
possibilidades de o nosso cliente apresentar alguma doença, 
restrições físicas, riscos para participar ou não de um determinado 
tipo de aula e necessidades especiais, além de permitirem que 
se conheça o condicionamento físico do indivíduo. 
Por meio do estudo desta unidade, você poderá conhecer 
também as avaliações antropométricas: diâmetros ósseos, 
circunferências e dobras cutâneas. Elas fornecem parâmetros 
essenciais na possibilidade de uma melhor prescrição de um 
programa de exercícios com base nos objetivos individuais 
possíveis.
Fundamentado-se no propósito a ser alcançado, espera-se 
que você faça uma boa leitura e tenha excelentes descobertas.
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA
O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de 
forma sucinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua 
compreensão integral, é necessário o aprofundamento pelo 
estudo do Conteúdo Digital Integrador. 
16 © MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 1 – ANTROPOMETRIA
2.1. ANAMNESE E QUESTIONÁRIO DE ESTRATIFICAÇÃO DE 
RISCOS
Segundo a National Strength and Conditioning Association, 
NSCA (2015), o grau inicial do condicionamento físico de um 
indivíduo deve ser avaliado por meio de uma avaliação prévia 
para determinar o nível do condicionamento físico. Dependendo 
da condição do avaliado, torna-se necessária uma avaliação de 
mobilidade, postura e triagem cardiovascular. 
A Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte deixa claro, 
em seu posicionamento oficial, que:
Os riscos para a saúde, particularmente os de natureza 
cardiovascular, decorrentes do exercício físico moderado são 
extremamente baixos e podem tornar-se ainda mais reduzidos 
por avaliação de pré-participação criteriosa, que permita 
prática orientada (CARVALHO et al., 1996, p. 79).
Ainda segundo Carvalho et. al. (1996, p. 79), o PAR-Q (Figura 
1) “tem sido sugerido como padrão mínimo de avaliação de pré-
participação de riscos, pois pode identificar, por alguma resposta 
positiva, os que necessitam de avaliação médica prévia”.
A estratificação de risco desse questionário é bem simples: 
se a pessoa responde positivamente para todas as questões, 
ela pode começar um programa de atividade física, mas, se a 
resposta for negativa para uma ou mais questões, antes de iniciar 
tal programa, uma consulta médica deve ser realizada. 
Segundo Andreazzi et al. (2016), Rosa e Profice (2018), 
o PAR-Q é um instrumento seguro e sensível, porém não é 
específico. Portanto, por meio da utilização desse questionário, 
junto com uma ficha do tipo anamnese, é possível detectar 
indivíduos com alguma doença prévia.
17© MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 1 – ANTROPOMETRIA
resposta  positiva,  os  que  necessitam  de  avaliação  médica 
prévia”. 
A  estratificação  de  risco  desse  questionário  é  bem 
simples:  se  a  pessoa  responde  positivamente  para  todas  as 
questões,  ela  pode  começar  um  programa  de  atividade  física, 
mas,  se  a  resposta  for  negativa  para  uma  ou mais  questões, 
antes  de  iniciar  tal  programa,  uma  consulta médica  deve  ser 
realizada.  
Segundo Andreazzi et al.  (2016), Rosa e Profice  (2018), o 
PAR‐Q  é  um  instrumento  seguro  e  sensível,  porém  não  é 
específico. Portanto, por meio da utilização desse questionário, 
junto  com  uma  ficha  do  tipo  anamnese,  é  possível  detectar 
indivíduos com alguma doença prévia. 
 
 
Figura 1 Questionário PAR‐Q. 
Fonte: ANDREAZZI, I. M. et al. (2016, p. 272‐276).   
Figura 1 Questionário PAR-Q.
Fonte: ANDREAZZI, I. M. et al. (2016, p. 272-276). 
Desse modo, uma ficha de anamnese bem elaborada, 
que contenha, por exemplo, histórico familiar, diagnósticos 
clínicos, exames físicos e clínicos anteriores, pressão arterial, 
altura, peso, índice de massa corporal (IMC), histórico de 
sintomas, enfermidades recentes, problemas ortopédicos, uso 
de medicamentos, alergias e outros hábitos (atividade física, 
profissão, dieta, álcool, fumo) pode complementar o PAR-Q, ou 
vice-versa, na estratificação de riscos. 
A aplicação do questionário de estratificação de riscos 
antes de qualquer atividade física é extremamente importante, 
pois define diretrizes a serem conduzidas a priori (NIEMAN, 
2010):
18 © MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 1 – ANTROPOMETRIA
•	 Determina o teste ou programa ideal de exercício.
•	 Garante segurança do teste de exercício e da participação 
no exercício.
•	 Identifica pessoas que necessitam de uma avaliação 
médica mais complexa antes de iniciar os exercícios.
Antropometria
A avaliação antropométrica é um método simples, não 
invasivo e de baixo custo, que permite a avaliação da composição 
corporal por meio de altura, peso, circunferências e dobras 
cutâneas (REIS et al., 2019).
A altura compreende a distância entre dois planos, um 
que tangencia o ponto mais alto da cabeça (vértex) e outro que 
tangencia a planta dos pés. O instrumento utilizado para medir 
a estatura de um indivíduo é conhecido como estadiômetro, 
mas também podem ser utilizados antropômetros específicos 
(GUEDES; GUEDES, 2006). 
Os autores referidos descrevem essa metodologia da 
seguinte maneira:
•	 Colocar o avaliadoem pé, descalço, de forma ereta, com 
roupas leves, com a finalidade de perceber a posição do 
seu corpo.
•	 Os membros superiores devem estar relaxados ao lado 
do corpo, os pés, unidos pelo calcanhar e as pontas dos 
pés, afastadas em torno de 60°.
•	 O peso corporal deve estar igualmente distribuído sobre 
os membros inferiores e a cabeça, orientada no plano 
de Frankfurt (GUEDES; GUEDES, 2006).
19© MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 1 – ANTROPOMETRIA
Já a massa corporal sofre modificações de acordo com o 
ritmo circadiano, hábitos alimentares individuais e atividades 
fisiológicas. Devido a essas possibilidades, é recomendada uma 
padronização no horário para medição. 
A metodologia para mensurar a massa corporal pode ser 
realizada da seguinte forma (GUEDES; GUEDES, 2006; NSCA, 2015):
•	 O avaliado deve estar descalço, usando o mínimo de 
roupa possível, de tecido leve.
•	 O avaliado deve subir na balança, posicionar-se em pé, 
de frente para a escala, com afastamento lateral da 
largura dos quadris e braços ao longo do corpo.
•	 O olhar deve estar fixo em um ponto à frente, de modo 
a evitar oscilações na escala e esperar a estabilização do 
raio. A massa corporal é registrada em quilogramas (kg). 
Após esses parâmetros identificados, altura e massa 
corporal, é possível o cálculo do IMC (razão da massa corporal 
pela altura ao quadrado), uma medida bastante difundida, 
que expressa resultados em faixas: baixo peso, peso normal, 
sobrepeso e obesidade (graus I, II e III). Veja, no Quadro 1, a 
classificação dos pesos de acordo com IMC:
Quadro 1 – Classificação de sobrepeso e obesidade de acordo 
com o IMC
IMC (kg/m2) Classificação
Abaixo de 18,5 Abaixo do Peso 
18,5 – 24,9 Peso Normal
24,9 – 29,9 Sobrepeso
30 – 34,9 Obesidade Grau I
35 – 39,9 Obesidade Grau II
Maior ou igual a 40 Obesidade Grau III
20 © MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 1 – ANTROPOMETRIA
Por exemplo, se o peso é igual a 90 kg e a altura é de 1,80 
m, a fórmula para calcular o IMC é a seguinte: 
•	 IMC = 90 ÷ 1,802 
•	 IMC = 90 ÷ 3,24
•	 IMC = 27,77 
Verificando-se o Quadro 1, a classificação, após o cálculo 
do IMC, é de sobrepeso.
Diâmetros ósseos 
Os diâmetros ósseos estabelecem distâncias entre duas 
proeminências ósseas, referenciadas perpendicularmente ao 
eixo longitudinal do corpo (GUEDES; GUEDES, 2006). Existe a 
possibilidade de mensuração desses diâmetros em ambos os 
lados do corpo, mas se aconselha, preferencialmente, a utilização 
do lado direito. Os instrumentos utilizados para mensurar esses 
diâmetros são os paquímetros, ilustrados na Figura 2.
Figura 2 Paquímetros da marca Sanny® utilizados para mensurar diâmetros ósseos.
Segundo Marins e Giannichi (2003), a mensuração dos 
diâmetros ósseos, é empregada, especialmente, em crianças 
21© MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 1 – ANTROPOMETRIA
e adolescentes em estudos transversais, para determinar, 
por exemplo, a curva do desenvolvimento ósseo; os pontos, 
frequentemente, mais aplicados são os seguintes:
1) A medida biacromial, que corresponde à distância 
entre as bordas laterais dos processos acromiais 
das escápulas, como podemos observar na Figura 3 
(GUEDES; GUEDES, 2006).
Figura 3 Medida do diâmetro biacromial.
2) A medida bicrista-ilíaco (Figura 4) corresponde à 
distância entre os pontos mais salientes com projeção 
lateral da crista ilíaca (GUEDES; GUEDES, 2006).
Figura 4 Medida do diâmetro bicrista-ilíaco.
22 © MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 1 – ANTROPOMETRIA
3) Já a medida biepicondilar do fêmur, segundo Guedes 
e Guedes (2006), corresponde à distância entre bordas 
laterais, côndilos lateral e medial do fêmur, como 
ilustra a Figura 5.
Figura 5 Medida do diâmetro biepicondilar do fêmur.
4) A medida bimaleolar (Figura 6) coincide a distância 
entre as bordas laterais dos maléolos (GUEDES; 
GUEDES, 2006).
Figura 6 Medida do diâmetro bimaleolar.
23© MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 1 – ANTROPOMETRIA
5) A medida biepicondilar do úmero é a distância entre 
as bordas laterais dos epicôndilos medial e lateral do 
úmero, como mostra a Figura 7 (GUEDES; GUEDES, 
2006).
Figura 7 Medida do diâmetro biepicondilar do úmero.
6) A medida biestiloide (Figura 8) corresponde à distância 
projetada entre as apófises do rádio e da ulna (GUEDES; 
GUEDES, 2006).
Figura 8 Medida do diâmetro biestiloide.
24 © MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 1 – ANTROPOMETRIA
Perimetria corporal
Os valores de circunferências de um segmento corporal 
situado perpendicularmente ao eixo longitudinal do mesmo 
segmento permite o acompanhamento do desenvolvimento 
dos diferentes grupos musculares, da proporcionalidade e da 
harmonia dos segmentos corporais. Portanto, as medições 
periódicas são importantes. O instrumento indicado para 
essas medidas é a trena antropométrica (Figura 9), mas pode-
se utilizar, por exemplo, uma fita métrica, desde que tenha 
propriedades de flexão e seja inextensível, para se evitar erro de 
medida (GUEDES; GUEDES, 2006).
Figura 9 Trena antropométrica da marca Sanny®, utilizada nas perimetrias corporais.
Para a estimativa da perimetria corporal, é necessário 
posicionar a fita levemente esticada, sem pressionar 
demasiadamente a pele, evitando-se a compressão do tecido 
mole; posteriormente, faz-se a leitura. Os resultados mais 
fidedignos são alcançados quando se realiza esse procedimento 
25© MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 1 – ANTROPOMETRIA
em triplicata e se obtém uma média das mensurações. As 
principais medidas são realizadas nos pontos que mencionaremos 
a seguir.
Segundo Marins e Giannichi (2003), o perímetro torácico 
(Figura 10) é medido de duas formas: nos homens, utiliza-se 
a linha da altura dos mamilos; já nas mulheres, a referência é 
próxima à dobra axilar.
Figura 10 Técnica de mensuração do diâmetro torácico. 
O perímetro do ombro (Figura 11) é uma medida possível 
de se realizar tomando-se como referência o maior relevo 
muscular.
Figura 11 Técnica de mensuração do diâmetro do ombro. 
26 © MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 1 – ANTROPOMETRIA
Para realizar a perimetria abdominal, utiliza-se como referência 
a cicatriz umbilical para fazer a leitura (Figura 12). 
Figura 12 Técnica de mensuração do diâmetro abdominal. 
Silva Jr. et. al. (2019) determinam a medição do perímetro 
da cintura na parte mais estreita do tronco, como ilustra a Figura 
13.
Figura 13 Técnica de mensuração do diâmetro da cintura. 
O perímetro do braço relaxado (Figura 14) é calculado 
tendo-se como referência o ponto médio entre a borda lateral 
do acrômio e o olecrano (MARINS; GIANNICHI, 2003).
27© MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 1 – ANTROPOMETRIA
Figura 14 Técnica de mensuração do diâmetro do braço relaxado. 
Marins e Giannichi (2003) afirmam que o perímetro do 
antebraço (Figura 15) é medido tendo-se como referência o 
maior perímetro do membro superior relaxado.
Figura 15 Técnica de mensuração do diâmetro do antebraço. 
A mensuração do perímetro do quadril (Figura 16) é 
realizada tendo-se como referência o maior perímetro da região 
dos glúteos (MARINS; GIANNICHI, 2003).
28 © MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 1 – ANTROPOMETRIA
Figura 16 Técnica de mensuração do diâmetro do quadril. 
Já a mensuração do perímetro da coxa (Figura 17) é 
realizada tendo-se como referência o ponto mesofemoral, 
linha média entre a dobra inguinal e a borda superior da patela 
(MARINS; GIANNICHI, 2003).
Figura 17 Técnica de mensuração do diâmetro da coxa. 
29© MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 1 – ANTROPOMETRIA
Para o perímetro da perna (Figura 18), tem-se como 
referência o ponto de maior perímetro da perna (MARINS; 
GIANNICHI, 2003).
Figura 18 Técnica de mensuração do diâmetro da perna. 
Dobras cutâneas 
Por meio da leitura da gordura subcutânea, podemos 
relacioná-la com a gordura corporal total, estimando, dessa 
forma, a gordura corporaltotal. Para tanto, realiza-se o destaque 
da dobra cutânea, medindo-se a gordura que se encontra 
na espessura de duas camadas de pele (GUEDES; GUEDES, 
2006). A segurança e a fidedignidade das medidas das dobras 
cutâneas dependem de fatores extrínsecos, como experiência 
do avaliador, tipo de adipômetro, protocolo utilizado para o 
cálculo da gordura corporal total e fatores intrínsecos, como as 
características do indivíduo avaliado. Recomenda-se o uso de 
30 © MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 1 – ANTROPOMETRIA
adipômetro científico, como o Cescorf® (Figura 19), devido a 
sua maior precisão, mas pode-se utilizar os de uso clínico, com 
bons resultados. A escolha da equação utilizada para estimar 
a gordura corporal também é de extrema importância, porque 
pode comprometer os resultados. Portanto, a padronização da 
coleta, descrita a seguir, deve ser respeitada.
Figura 19 Adipômetro científico da marca Cescorf®.
A metodologia proposta por Guedes (2006) e Marins (2003) 
para a obtenção das medidas das dobras cutâneas compreende 
os seguintes procedimentos:
1) Localização do ponto a ser mensurado: deve-se marcar, 
com um lápis demográfico ou caneta hidrocor, o ponto 
a ser calculado.
2) Apreensão da dobra cutânea: com o ponto selecionado 
e marcado, o avaliador deverá, com o dedo 
indicador e polegar em forma de pinça, separados 
aproximadamente de 6 a 8 cm, apreender a maior 
quantidade de tecido adiposo possível, sem, contudo, 
apreender tecido muscular.
3) O compasso deve ser colocado de forma perpendicular 
à dobra, tendo-se cuidado para soltar o gatilho da 
31© MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 1 – ANTROPOMETRIA
haste de controle do relógio. Lê-se, em seguida, o valor 
apresentado no relógio. O tempo de apreensão não 
deverá ser superior a 4 segundos, a fim de se evitar 
acomodação do tecido adiposo.
4) Para indivíduos que apresentam pouca experiência no 
uso do instrumento, recomenda-se que a coleta de 
dados seja feita em triplicata, registrando-se o valor 
médio. 
5) A norma internacional recomenda que todas as coletas 
sejam feitas pelo lado direito. A posição do compasso 
deve estar, aproximadamente, a 1 cm do ponto de 
fixação dos dedos.
A dobra peitoral (Figura 20) é tomada no ponto médio 
entre a dobra axilar e o mamilo, no caso de homens, e, em 
mulheres, no terço proximal dessa medida, em uma posição 
oblíqua (SOUZA; PEREIRA, 2019). 
Figura 20 Local de mensuração da dobra cutânea peitoral masculina. 
32 © MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 1 – ANTROPOMETRIA
A dobra axilar média (Figura 21) é tomada obliquamente, 
na intersecção de duas linhas imaginárias: uma partindo 
lateralmente do apêndice xifoide e a outra, inferiormente à linha 
axilar (SOUZA; PEREIRA, 2019).
Figura 21 Local de mensuração da dobra cutânea axilar média. 
Ainda segundo Souza e Pereira (2019), a dobra subescapular 
(Figura 22) é tomada obliquamente, a um centímetro da borda 
inferior da escápula.
Figura 22 Local de mensuração da dobra cutânea subescapular. 
33© MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 1 – ANTROPOMETRIA
Já a dobra tricipital (Figura 23) é tomada no plano posterior, 
no ponto médio entre a borda lateral do acrômio e o olecrano da 
ulna, e sua posição é vertical (SOUZA; PEREIRA, 2019). 
Figura 23 Local de mensuração da dobra cutânea tricipital. 
A dobra bicipital (Figura 24) é tomada no plano anterior, no 
ponto médio, tendo como parâmetro a mesma altura do plano 
anatômico do tríceps, e sua posição é vertical (SOUZA; PEREIRA, 
2019).
Figura 24 Local de mensuração da dobra cutânea bicipital. 
34 © MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 1 – ANTROPOMETRIA
A dobra abdominal (Figura 25) é tomada na vertical, em 
torno de dois centímetros da cicatriz umbilical, e sua posição é 
vertical (SOUZA; PEREIRA, 2019).
Figura 25 Local de mensuração da dobra cutânea abdominal. 
Ainda de acordo com Souza e Pereira (2019), a dobra 
suprailíaca é tomada na posição oblíqua acima da crista ilíaca, 
tendo-se como referência a linha axilar anterior, como podemos 
ver na Figura 26.
Figura 26 Local de mensuração da dobra cutânea suprailíaca. 
35© MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 1 – ANTROPOMETRIA
A dobra medial da coxa, de acordo com Souza e Pereira 
(2019), é tomada na posição vertical, no ponto médio entre a 
linha inguinal e a borda superior da patela (Figura 27).
Figura 27 Local de mensuração da dobra cutânea medial da coxa. 
A dobra da perna (Figura 28) é tomada na posição vertical, 
na face medial da panturrilha. Nesse caso, o avaliado deve estar 
sentado, com os joelhos flexionados em 90° (SOUZA; PEREIRA, 
2019).
Figura 28 Local de mensuração da dobra cutânea da perna. 
36 © MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 1 – ANTROPOMETRIA
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR
O Conteúdo Digital Integrador representa uma condição 
necessária e indispensável para você compreender integralmente 
os conteúdos apresentados nesta unidade.
Os artigos listados a seguir representam os temas 
abordados nesta unidade, possibilitando pesquisas direcionadas 
a cada assunto.
3.1. ANAMNESE, AVALIAÇÕES EM COMPOSIÇÃO CORPORAL, 
APTIDÃO FÍSICA E DIÂMETROS ÓSSEOS
A fim de relembrar e complementar seus conceitos acerca 
de anamnese, avaliações em composição corporal, aptidão física 
e diâmetros ósseos, acesse os links e leia os artigos a seguir:
•	 VALENTE, V. C. et al. Aptidão física, composição corporal e 
autopercepção de nível de atividade física em estudantes 
de Educação Física: um estudo longitudinal (2015-2018). 
Revista de Educação Física – Journal of Physical Education, 
v. 88, n. 1, 2019. Disponível em: <http://189.38.70.15/
index.php/revista/article/view/814>. Acesso em: 5 nov. 
2019.
•	 BARBIERI, F. A. et al. Perfil antropométrico e fisiológico 
de atletas de futsal da categoria sub-20 e adulta. 
Motricidade, v. 8, n. 4, p. 62-70, 2012. Disponível em: 
<http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S1646-107X2012000400007>. Acesso em: 
5 nov. 2019.
37© MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 1 – ANTROPOMETRIA
3.2. QUESTIONÁRIO DE ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO APLICADO 
À SAÚDE 
Os conteúdos desta unidade estão relacionados com 
o questionário de estratificação de risco aplicado à saúde. 
Sugerimos a leitura dos artigos a seguir, para você se aprofundar 
nos estudos e ter novas fontes de pesquisa.
•	 BACHUR, C. K. et al. Estratificação dos fatores de risco 
de diabetes mellitus tipo 2 em profissionais da saúde. 
Demetra: alimentação, nutrição & saúde, v. 13, n. 4, 
p. 965-974, 2018. Disponível em: <https://www.e-
publicacoes.uerj.br/index.php/demetra/article/
view/36202>. Acesso em: 5 nov. 2019.
•	 GOMIDES, P. H. G. et al. Prevalência de fatores de risco 
coronariano em praticantes de futebol recreacional. 
Revista Andaluza de Medicina del Deporte, v. 9, n. 2, p. 
80-84, 2016. Disponível em: <https://www.redalyc.org/
pdf/3233/323345367005.pdf>. Acesso em: 5 nov. 2019.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para 
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em 
responder as questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos 
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) Qual é a finalidade de se elaborar uma ficha de anamnese?
2) Para que serve um questionário de estratificação de riscos?
3) O que é possível verificar em uma avaliação antropométrica?
38 © MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 1 – ANTROPOMETRIA
4) Segundo Marins (2003), quais são os diâmetros ósseos utilizados para 
avaliar, principalmente, crianças e adolescentes?
5) Qual é a referência anatômica utilizada e como realizamos a medida da 
perimetria da coxa?
6) Descreva a metodologia proposta por Guedes (2006) e Marins (2003) para 
obtenção das medidas das dobras cutâneas e seus procedimentos.
7) Qual é a referência anatômica utilizada e como realizamos a medida da 
dobra cutânea tricipital?
5. CONSIDERAÇÕES 
O principal objetivo destaprimeira unidade foi apresentar 
a importância de uma avaliação inicial, possibilitando uma 
estratificação de riscos dos indivíduos que iniciam uma atividade 
física. Abordamos, também, os conceitos e as metodologias 
envolvidos em uma avaliação antropométrica. 
Esperamos que os seus estudos sobre os conteúdos 
abordados nesta unidade inicial tenham colaborado para o 
seu aprendizado, bem como para as associações entre os 
conhecimentos adquiridos e a sua futura prática profissional. Na 
próxima unidade, você conhecerá as possibilidades da avaliação 
postural. 
6. E-REFERÊNCIAS 
ANDREAZZI, I. M. et al. Exame pré-participação esportiva eo par-q, em 
praticantes de academias. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 22, n. 4, 
p. 272-276, 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-
86922016000400272&script= sci_abstract&tlng=es>. Acesso em: 5 nov. 2019.
CARVALHO, T. de et al. Posição oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte: 
atividade física e saúde. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 2, n. 4, p. 79-81, 
39© MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 1 – ANTROPOMETRIA
1996. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/284286419_
Posicao_oficial_da_Sociedade_Brasileira_de_Medicina_do_Esporte_
Atividade_fisica_e_saude>. Acesso em: 5 nov. 2019. 
CHAVES, A. P. B. et al. Fatores de risco relacionados à obesidade em escolares 
atendidos em um ambulatório de pediatria. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 11, 
n. 6, p. e321-e321, 2019. Disponível em: <https://acervomais.com.br/index.php/
saude/article/view/321/223>. Acesso em: 5 nov. 2019.
REIS, G. M. S. et al. Circunferência do pescoço como indicador de excesso de peso em 
idosas. RBONE – Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, v. 12, 
n. 75, p. 942-947, 2019. Disponível em: <http://www.rbone.com.br/index.php/rbone/
article/view/822>. Acesso em: 5 nov. 2019. 
SILVA JR, A. J. et al. Perfil de obesidade e riscos cardíacos em estudantes da rede 
municipal de ensino de Guaxupé-MG. RBONE – Revista Brasileira de Obesidade, 
Nutrição e Emagrecimento, v. 12, n. 76, p. 1021-1028, 2019. Disponível em: <http://
www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/845/623>. Acesso em: 5 nov. 2019. 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
GUEDES, D. P.; GUEDES, J. E. R. P. Manual prático para avaliação em educação física. 
Barueri: Manole, 2006. 
MARINS, J. C. B.; GIANNICHI, R. S. Avaliação e prescrição de atividade física: guia 
prático. 3. ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.
NATIONAL STRENGTH AND CONDITIONING ASSOCIATION (NSCA). Guia de 
condicionamento físico: diretrizes para elaboração de programas. Barueri: Manole, 
2015 (Biblioteca Digital Pearson).
NIEMAN, D. C. Exercício e saúde: testes e prescrição de exercícios. Barueri: Manole, 
2010 (Biblioteca Digital Pearson).
SOUZA, E. F. de; PEREIRA, J. L. Medidas e Avaliações [livro eletrônico]. Curitiba: 
Intersaberes, 2019 (Biblioteca Digital Pearson).
40 © MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 1 – ANTROPOMETRIA
41
AVALIAÇÃO POSTURAL
Objetivos 
• Compreender os conceitos relacionados à postura.
• Conhecer as alterações posturais. 
• Evidenciar a importância da avaliação postural.
• Conhecer as possibilidades de avaliação postural.
Conteúdos 
• Postura. 
• Hiperlordose.
• Hipercifose.
• Escoliose. 
• Métodos avaliativos posturais. 
Orientações para o estudo da unidade
Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:
• Volte à unidade anterior sempre que necessário para entender e recordar 
conceitos, conteúdos e práticas propostas. 
• A qualidade da leitura das matérias influencia diretamente no seu 
aprendizado.
• Faça uma boa leitura e atente-se aos conceitos e às possibilidades avaliati-
vas apresentados nesta unidade.
UNIDADE 2
42 © MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 2 – AVALIAÇÃO POSTURAL
43© MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 2 – AVALIAÇÃO POSTURAL
1. INTRODUÇÃO
A boa postura está associada ao equilíbrio adaptado em 
todas as articulações, no qual os músculos entram em situações 
de contração e relaxamento, permitindo um alinhamento dos 
segmentos corporais, relacionando-se de maneira estática e 
dinâmica com a força da gravidade (NIEMAN, 2010; BARROS et 
al., 2018). 
Esse alinhamento dos segmentos corporais, consiste em 
uma quantidade mínima de esforço e sobrecarga, e conduz à 
eficiência máxima do corpo, refletindo em uma postura ideal. Por 
outro lado, uma postura defeituosa não afeta necessariamente as 
articulações, pois as pessoas acabam compensando, de alguma 
maneira, essa alteração, o que provoca um aumento de sobrecarga 
em determinada região do corpo, por alongamento ou contração 
muscular excessiva, alterando o alinhamento dos segmentos 
corporais, resultando em alguma doença (MAGEE, 2010).
Um fator relevante de problemas posturais é o mau hábito: 
por exemplo, pessoas que mantêm a mesma postura, em pé 
ou sentadas, por longos períodos de tempo (NIEMAN, 2010). A 
postura correta, também, pode ser afetada por alguns fatores 
anatômicos (MAGEE, 2010). São eles:
1) Contornos ósseos (exemplo: hemivértebra).
2) Frouxidão ligamentar.
3) Contração fascial ou musculotendínea (exemplo: 
tensor da fáscia lata).
4) Tônus muscular (exemplo: glúteo máximo, abdômen e 
eretores da espinha).
5) Ângulo pélvico (normal: 30°).
6) Posição e mobilidade articular.
44 © MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 2 – AVALIAÇÃO POSTURAL
7) Efluxo e influxo neurogênico.
As deformidades estruturais envolvem, principalmente, 
alterações ósseas, que refletem na anatomia segmentada da 
coluna vertebral (lordose, cifose e escoliose). Essas deformidades 
são agravadas, sobretudo, pela manutenção de posturas 
inadequadas, por longos períodos durante o dia (MAGEE, 2010; 
MOURA et al., 2018).
1.1. AS CURVATURAS FISIOLÓGICAS ACENTUADAS
A hiperlordose é uma curvatura excessiva da coluna 
vertebral no sentido anterior, normalmente associada a músculos 
abdominais fracos e à inclinação anterior da pelve, ocasionando 
uma protrusão abdominal (MAGEE, 2010; MOURA et al., 2018). 
Como resultado dessa alteração, na busca do reequilíbrio 
postural, é possível ocorrer outros desvios posturais, como a 
cifose torácica e a lordose cervical aumentadas, com reflexo 
nos membros inferiores, gerando uma anteriorização pélvica 
associada à rotação interna dos quadris, joelhos valgos e pés 
planos (OLIVEIRA, 2018).
Segundo Magee (2010), a hipercifose é uma alteração 
postural relevante, caracterizada pela curvatura excessiva da 
coluna vertebral torácica no sentido posterior. A principal causa é 
a ausência de alongamento nos músculos peitorais, por conta de 
posturas adotadas no dia a dia ou em treinos. Como consequência 
compensatória, acontece uma protrusão escapular, geralmente 
acompanhada por protrusão de cabeça (BARONI, et al., 2010; 
SANTOS ARAUJO; TONIOTE, 2015).
Já a escoliose é um problema postural caracterizado por 
curvatura lateral da coluna vertebral, tendo como possível causa 
desequilíbrio muscular, postural, histeria, irritação de raízes 
45© MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 2 – AVALIAÇÃO POSTURAL
nervosas, inflamação ou compensação e posição antálgica, que 
pode estar relacionada a uma discrepância do comprimento do 
membro inferior (MAGEE, 2010).
2.2. A AVALIAÇÃO POSTURAL
A avaliação da postura pode ser realizada mediante 
uma inspeção visual, em que são observadas, dentro de uma 
perspectiva subjetiva, assimetrias dos segmentos corporais: 
cabeça, ombros, coluna, tronco, tórax, abdômen, quadril, 
joelho, calcanhares e pés (SANTOS et al., 2005). Para tanto, são 
necessários alguns instrumentos, como o simetrógrafo (Figura 1) 
e uma base necessária para nivelamento do solo (Figura 2).
Figura 1 Simetrógrafo. 
46 © MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 2 – AVALIAÇÃO POSTURAL
Figura 2 Base para nivelamento do solo.
 A Escala de New York e o método Portland State University 
(PSU) são exemplosdessa possibilidade de avaliação postural. 
Dentro da nossa rotina profissional, não temos a pretensão de 
diagnosticar desvios posturais, por meio desses testes, com o 
intuito de prescrever exercícios corretivos ou qualquer tipo de 
tratamento, pois isso é uma responsabilidade do ortopedista e 
do fisioterapeuta.
O método PSU permite identificar desvios posturais entre 
os segmentos corporais no plano frontal, vista posterior, (posição 
dorsal) e no plano sagital lateral. Permite, ainda, quantificar, através 
de equações, a necessidade de correção por meio do Índice de 
Correção Postural (ICP), utilizando-se, como critério, três escalas:
•	 1 – desvio acentuado. 
•	 3 – ligeiro desvio. 
•	 5 – sem desvio.
Veja a Figura 3, que ilustra essas escalas (ALTHOFF; HEYDEN; 
ROBERTSON, 1988).
47
UNIDADE 2 – AVALIAÇÃO POSTURAL
© MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
Sem desvio Ligeiro desvio 
lateral
Acentuado desvio 
lateral
Arco normal Ligeiro desvio 
lateral
Acentuado desvio 
lateral
Sem desvio Ligeiro desvio 
lateral
Acentuada 
curvatura lateral
PO
SI
ÇÃ
O
 D
O
RS
AL
Sem desvio Ligeiro desvio 
lateral
Acentuado desvio
48
UNIDADE 2 – AVALIAÇÃO POSTURAL
© MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
PO
SI
ÇÃ
O
 D
O
RS
AL
Arco normal Ligeiramente 
plano
Acentuado plano
Retilíneo à 
frente
Ligeira abdução Acentuado abdução
Retilíneo à 
frente
Ligeiro desvio Acentuado desvio
Sem desvio Ligeiro desvio 
lateral
Acentuado desvio
49© MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 2 – AVALIAÇÃO POSTURAL
Sem desvio Ligeiramente à 
frente
Acentuado à 
frente
Sem desvio Ligeiramente 
abaixo
Acentuado abaixo
Sem desvio Ligeiramente à 
frente
Acentuado à 
frente
convexidade 
norma
Ligeiramente 
convexo
Acentuadamente 
convexo
PO
SI
ÇÃ
O
 L
AT
ER
AL
50 © MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 2 – AVALIAÇÃO POSTURAL
Concavidade 
normal
Ligeiramente 
côncavo
Acentuadamente 
côncavo
Sem desvio Ligeiramente 
inclinado 
Acentuadamente 
inclinado
Sem desvio Ligeiramente 
proeminente
Acentuadamente 
proeminente
Sem desvio Ligeiramente 
arqueado
Acentuadamente 
arqueado
PO
SI
ÇÃ
O
 L
AT
ER
AL
Figura 3 Método Portland State University (PSU).
Fonte: Adaptado de Althoff; Heyden; Robertson (1988). 
51© MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 2 – AVALIAÇÃO POSTURAL
Para o cálculo do ICP, os segmentos corporais foram divididos 
em regiões. A região da cabeça e do pescoço (RCP) compreende, 
no plano frontal, cabeça, pescoço e ombros, e, no plano sagital, 
cabeça, peitoral e ombros. A região da coluna dorsal e lombar 
(RCDL) compreende, no plano frontal, coluna, e, no plano sagital, 
coluna torácica e tronco. A região do abdômen e quadril (RAQ) 
compreende, no plano frontal, quadril, e, no plano sagital, 
abdômen e coluna lombar. A região de membros inferiores (RMI) 
compreende, no plano frontal, joelho, pés e impressão plantar, e, 
no plano sagital, joelhos (PEIRÃO; TIRLONI; REIS, 2008).
Segundo as recomendações do método, indivíduos adultos 
com ICP acima de 65% possuem uma boa postura corporal 
(acima de 85% para crianças). O cálculo do ICP é feito da seguinte 
maneira (SANTOS et al., 2005):
ICP = [(RCP + RCDL + RAQ + RMI)/75] x 100
ICP = %
Outra possibilidade de avaliação postural é a biofogrametria, 
um método confiável para realizar esse tipo de avaliação, pois 
possibilita que o avaliador quantifique alterações ou desvios 
posturais por meio da análise do registro de imagens do avaliado. 
Existem inúmeros softwares para avaliação postural 
disponíveis no mercado. Segundo Souza et al. (2011), a 
possibilidade de combinação da fotografia digital com softwares 
(Draw, AutoCAD) permite que sejam medidos ângulos e 
distâncias horizontais, mas a utilização de programas específicos, 
como o software para avaliação postural (SAPO), possibilita uma 
avaliação postural de acordo com determinados objetivos. 
De acordo com o autor supracitado, o SAPO é um programa 
gratuito desenvolvido por pesquisadores da Universidade de São 
52 © MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 2 – AVALIAÇÃO POSTURAL
Paulo, devido à sua relevância clínica, base científica, viabilidade 
metodológica e aplicabilidade. Possui um protocolo já programado, 
mas também permite a marcação livre dos pontos anatômicos 
referenciais. Basicamente, as análises acontecem nas seguintes 
posições: anterior, posterior, lateral direita e lateral esquerda 
(Figura 4). O software, ainda, possibilita calibração e ajustes de 
fotos, evitando possíveis erros de medição e proporcionando uma 
maior confiabilidade do método (FERREIRA et al., 2011).
Figura 4 Programa SAPO (posições de análise).
Para uma maior confiabilidade da utilização da técnica de 
biofogrametria, as padronizações de alguns critérios devem ser 
utilizadas e respeitadas. A câmera utilizada para obtenção das 
imagens deve possuir alta resolução (1200 x 1600 megapixels), 
posicionada em um tripé a uma altura do solo de 95 cm e a 
distância horizontal entre a câmera e o avaliado deve ser de 3 
m. É recomendado não utilizar a opção de zoom (IUNES, 2005; 
FURLANETTO et al., 2012; STEFFENS et al., 2018).
53© MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 2 – AVALIAÇÃO POSTURAL
2. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR
O Conteúdo Digital Integrador é a condição necessária e in-
dispensável para você compreender integralmente os conteúdos 
apresentados nesta unidade.
A seguir, você terá artigos relacionados às questões práti-
cas da avaliação postural e à sua aplicabilidade na área da saúde.
2.1. PRÁTICAS DA AVALIAÇÃO POSTURAL E SUA APLICABILI�
DADE NA ÁREA DA SAÚDE
Para conhecer mais sobre a avaliação postural e sua 
aplicabilidade, leia os artigos referenciados a seguir: 
•	 SANTOS, T. R.; JUNIOR, G. C.; BRANCO, D. P. C. Perfil 
postural dos idosos universitários de instituição de 
ensino superior – Profile postural of older students 
of higher education institutions. Saúde em Foco, v. 
2, n. 2, p. 29-48, 2015. Disponível em: <https://pdfs.
semanticscholar.org/adf5/313ad9a72d05421cf33beb9
8a94acc0ef46f.pdf>. Acesso em: 7 nov. 2019.
•	 BRAZ, R. G.; GOES, F. P. D. C.; CARVALHO, G. A. 
Confiabilidade e validade de medidas angulares por 
meio do software para avaliação postural. Fisioterapia 
em movimento, v. 21, n. 3, 2017. Disponível em: < 
https://periodicos.pucpr.br/index.php/fisio/article/
view/19185>. Acesso em: 8 nov. 2019.
•	 AZEVEDO, R. et al. O contributo da Educação Física na 
detenção e prevenção de problemas posturais nos alunos. 
Didática da educação física: perspectivas, interrogações 
e alternativas, p. 61-72, 2018. Disponível em: < https://
54 © MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 2 – AVALIAÇÃO POSTURAL
digituma.uma.pt/bitstream/10400.13/2030/1/O%20
contributo%20da%20Educa%C3%A7%C3%A3o%20
F%C3%ADsica%20na%20dete%C3%A7%C3%A3o%20
e%20preven%C3%A7%C3%A3o%20de%20proble-
mas%20posturais%20nos%20alunos%20.pdf>. Acesso 
em: 8 nov. 2019.
•	 RIBEIRO, R. P. et al. Relação entre a dor lombar crônica 
não específica com a incapacidade, a postura estática 
e a flexibilidade. Fisioterapia e Pesquisa, v. 25, n. 4, p. 
425-431, 2018. Disponível em: <http://www.scielo.br/
pdf/fp/v25n4/2316-9117-fp-25-04-425.pdf>. Acesso 
em: 8 nov. 2019.
3. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para 
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em 
responder as questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos 
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) O que é considerada uma boa postura?
2) Qual fator relevante pode provocar alterações posturais?
3) Quais são as curvaturas fisiológicas da coluna vertebral que permitem que 
ela funcione com uma articulação?
4) O que a escala de New York e o método Portland State University (PSU) 
possibilitam?
5) Quais os planos utilizados no método Portland State University (PSU) e 
como é feita a quantificação dos desvios encontrados?
55© MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 2 – AVALIAÇÃO POSTURAL
4. CONSIDERAÇÕESNesta segunda unidade, vimos como é importante manter 
uma postura adequada e evitar maus hábitos, que podem refletir 
em problemas posturais, produzindo alterações anatômicas e 
consequências de ordem estrutural. 
Estudamos, também, as principais alterações fisiológicas 
da coluna vertebral, lordose, cifose, escoliose, e a possibilidade 
de realização de uma avaliação de inspeção visual, que, apesar 
da sua subjetividade, apresenta ótimos resultados.
Dessa forma, esperamos que os seus estudos sobre 
os conteúdos abordados nesta unidade possam refletir nas 
possibilidades de prática profissional relacionadas à avaliação 
postural. Cabe lembrar que nós, profissionais de educação 
física, não temos a competência de diagnosticar problemas 
relacionados à postura mas, sim, identificar tais problemas.
5. E-REFERÊNCIAS 
Figura
Figura 4 – Programa SAPO: posições de análise. BMClab Laboratório de Biomecânica e 
Controle Motor. Disponível em: <http://demotu.org/sapo/>. Acesso em: 21 nov. 2019.
 
Sites pesquisados 
BARROS, M. de L. N. et al. Um aplicativo de realidade virtual para auxiliar a reabilitação 
postural. XVI Congresso Brasileiro de Informática em Saúde. Fortaleza/CE Disponível 
em: <https://www.researchgate.net/publication/330544671_Um_Aplicativo_de_
Realidade_Virtual_para_Auxiliar_a_Reabilitacao_Postural>. Acesso em: 21 nov. 2019.
BARONI, B. M. et al. Postural alterations prevalence in weight training practitioners. 
Fisioterapia em Movimento, v. 23, n. 1, p. 129-139, 2010. Disponível em: <http://www.
scielo.br/pdf/fm/v23n1/13.pdf>. Acesso em: 21 nov. 2019.
56 © MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 2 – AVALIAÇÃO POSTURAL
FERREIRA, E. A. et al. Quantitative assessment of postural alignment in young adults 
based on photographs of anterior, posterior, and lateral views. Journal of manipulative 
and physiological therapeutics, v. 34, n. 6, p. 371-380, 2011. Disponível em: <https://
www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0161475411001266>. Acesso em: 21 
nov. 2019.
IUNES, D. H. et al. Confiabilidade intra e interexaminadores e repetibilidade da avaliação 
postural pela fotogrametria. Rev Bras Fisioter, v. 9, n. 3, p. 327-34, 2005. Disponível 
em: <http://www.scielo.br/pdf/fp/v16n2/02.pdf>. Acesso em: 21 nov. 2019.
MOURA, D. et al. Escoliose idiopática do adolescente: Prática desportiva após cirurgia 
de correção. Revista Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia, v. 26, n. 3, p. 228-237, 
2018. Disponível em: <http://www.scielo.mec.pt/pdf/rpot/v26n3/v26n3a05.pdf>. 
Acesso em: 21 nov. 2019.
OLIVEIRA, V. da S. L. de et al. Fatores predisponentes para alterações posturais em 
escolares – uma revisão da literatura. Revista Perspectiva: Ciência e Saúde, v. 3, n. 
2, 2018. Disponível em: <http: <http://sys.facos.edu.br/ojs/index.php/perspectiva/
article/view/299/230>. Acesso em: 21 nov. 2019.
PEIRÃO, R.; TIRLONI, A. S.; REIS, D. C. dos. Avaliação postural de surfistas profissionais 
utilizando o método Portland State University (PSU). Fitness & Performance 
Journal, n. 6, p. 370-374, 2008. Disponível em: <https://dialnet.unirioja.es/servlet/
articulo?codigo=2936634>. Acesso em: 21 nov. 2019.
SANTOS ARAUJO, A. G. dos; TONIOTE, G. Principais alterações posturais encontradas 
em bailarinas clássicas – uma revisão. Cinergis, v. 16, n. 3, 2015. Disponível em: 
<https://online.unisc.br/seer/index.php/cinergis/article/view/6766/4565>. Acesso 
em: 21 nov. 2019.
SOUZA, J. A. et al. Biofotogrametria: confiabilidade das medidas do protocolo do 
software para avaliação postural (SAPO). Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum, v. 
13, n. 4, p. 299-305, 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbcdh/v13n4/09.
pdf>. Acesso em: 21 nov. 2019.
STEFFENS, T. et al. Influência da posição do marcador maleolar sobre os parâmetros 
posturais no plano sagital. Fisioterapia e Pesquisa, v. 25, n. 4, p. 452-458, 2018. 
Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/fpusp/article/view/152926>. Acesso 
em: 21 nov. 2019.
FURLANETTO, T. S. et al. Validating a postural evaluation method developed using a 
Digital Image-based Postural Assessment (DIPA) software. Computer methods and 
programs in biomedicine, v. 108, n. 1, p. 203-212, 2012. Disponível em: <https://www.
ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22522063>. Acesso em: 21 nov. 2019.
57© MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 2 – AVALIAÇÃO POSTURAL
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ALTHOFF, S. A.; HEYDEN, S. M.; ROBERTSON, L. D. Posture screening: a program that 
works. Journal of Physical Education, Recreation & Dance, v. 59, n. 8, p. 26-32, 1988.
MAGEE, D. J. Avaliação musculoesquelética. Tradução de Luciana Cristina Baldini. 5. 
ed. Barueri: Manole, 2010.
NIEMAN, D. C. Exercício e saúde: testes e prescrição de exercícios. Barueri: Manole, 
2010 (Biblioteca Digital Pearson). 
SANTOS, J. B. dos et al. Descrição do método de avaliação postural de Portland State 
University. Fisioter. Bras, v. 6, n. 5, p. 392-395, 2005.
© MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
59
DESEMPENHO MOTOR 
Objetivos
• Conhecer o que é capacidade funcional.
• Identificar as capacidades funcionais condicionantes e coordenativas.
• Conhecer e compreender os testes de capacidade funcional.
Conteúdos
• Testes de Velocidade.
• Testes de Agilidade. 
• Testes de Equilíbrio. 
• Teste de Coordenação Motora. 
• Testes de Força Muscular. 
• Testes de Resistência Muscular.
• Teste de Flexibilidade. 
• Testes de Ritmo.
Orientações para o estudo da unidade
Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:
• Vá além! Pesquisando, você pode aprofundar e ampliar seus conhecimentos. 
Sugerimos, portanto, que você leia os livros citados na bibliografia.
• Se encontrar dificuldades, entre em contato com seus colegas de curso 
ou seu tutor. Interaja, pois, dessa maneira, você estará ampliando seus 
conhecimentos.
UNIDADE 3
60 © MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 3 – DESEMPENHO MOTOR 
• Afaste tudo que possa desviar seu foco e não deixe de conferir os materiais 
complementares descritos no Conteúdo Digital Integrador.
61© MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 3 – DESEMPENHO MOTOR 
1. INTRODUÇÃO
O desempenho motor está relacionado com aspectos de 
conduta e solicitação motora, cujas implicações de cunho fisiológico 
sofrem influência de fatores ambientais e comportamentais. Na 
infância e na adolescência, o acompanhamento do desempenho 
motor pode contribuir na tentativa da prática esportiva, 
por exemplo, ou acompanhamento de maturação biológica 
(GUEDES; GUEDES, 2006). Em contrapartida, no adulto, pode ser 
relacionado à saúde e à capacidade de realizar tarefas diárias, 
e demonstrar traços e características que estão associados 
ao desenvolvimento precoce de doenças relacionadas ao 
sedentarismo (GLANER, 2003, NIEMAN, 2010).
Segundo Guedes e Guedes (2006), as capacidades motoras 
estão classificadass em: 
•	 Capacidades físicas condicionantes: relacionadas 
às ações musculares e à disponibilidade de energia 
biológica, com atribuições ligadas a resistência, força, 
velocidade e suas combinações. 
•	 Capacidades físicas coordenativas: relacionadas aos 
processos de controle motor, organização e formação 
dos movimentos, por meio de analisadores táteis, 
visuais, acústicos, estático-dinâmicos e cinestésicos.
Teste de Velocidade
Segundo Guedes (2006), a capacidade motora de 
velocidade se relaciona diretamente com a agilidade. Portanto, 
velocidade é o resultado da interação de um conjunto de atributos 
que envolvem implicações de ordem neurofisiológica, com 
repercussões em diferentes solicitações motoras. Concisamente, 
62 © MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 3 – DESEMPENHO MOTOR 
a velocidade é a capacidade de mover o corpo em uma distância 
predeterminada o mais rápido possível (NSCA, 2015).
O teste de velocidade é influenciado, basicamente, por dois 
fatores: tempo de reação, que é a medida que traduz a velocidade 
de processamento de uma informação, sendo considerada uma 
das medidas mais relevantesdo desempenho humano (ELVIRA 
SILVA, et al., 2019); tempo de movimento, período temporal 
gasto entre o início do movimento e a finalização completa da 
tarefa motora proposta (GUEDES, 2006). 
A seleção do teste deve seguir, inicialmente, a especificidade 
do teste que represente a demanda fisiológica do esporte, 
fatores biomecânicos e padrão de movimento. Com objetivo de 
ilustrar esse teste, selecionamos o teste de 10 jardas (9 m), que 
avalia muito bem jogadores de basquetebol ou de esportes que 
envolvam corridas curtas (NSCA, 2015).
O teste sugerido por Marins (2003) para medir a velocidade 
é o teste de corrida de 50 m (JOHNSON; NELSON, 1969), em 
que se utilizam uma área de corrida com mais de 50 m e um 
cronômetro (Quadro 1).
A área do teste deve ser demarcada com giz, fita ou cone. 
O avaliado deve permanecer de pé antes da linha de partida e, 
ao comando do testador ("Pronto", "Vai", "Já"), o cronômetro 
é disparado. O avaliado deve correr o mais rápido possível, 
ultrapassando a linha de chegada com a maior parte do corpo, 
momento em que o cronômetro é travado. 
Quadro 1 Classificação do Teste de Corrida de 50 m.
Fraco Ruim Bom Muito Bom Excelente
Experientes 5 s 7 5 s 6 5 s 5 5 s 4 < 5 s 4
Novatos 6 s 1 6 s 0 5 s 9 5 s 8 < 5 s 8
Fonte: Rocha; Caldas; Andrade (1978).
63© MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 3 – DESEMPENHO MOTOR 
Teste de Agilidade
A agilidade é a capacidade de mudança rápida de direção 
em resposta a um estímulo (GUEDES, 2006). A agilidade é uma 
qualidade física fundamental na prática de esportes como 
futebol, ginástica artística e lutas, nos quais a mudança de 
direção é muito frequente, com manutenção do equilíbrio e 
coordenação. Além disso, segundo a NSCA (2015), a agilidade 
pode ser dividida em subcomponentes, qualidades físicas e 
habilidades cognitivas.
Assim como nos testes de velocidade, os testes que 
buscam avaliar a agilidade (GUSMÃO, 2019) devem ser baseados 
na especificidade, nos fatores biomecânicos e no padrão de 
movimento. Há uma divergência entre as duas capacidades, 
pois, diferente do que se avalia na velocidade, os testes de 
agilidade envolvem interrupção e reinício do movimento 
corporal em outra direção (NSCA, 2015).
Um dos testes mais utilizados para se avaliar a agilidade 
é o shuttle-run, especialmente em relação à distância limitada 
em aproximadamente 10 m e às mudanças na altura de 
movimentos, devido à necessidade de recuperar, transportar e 
depositar os tacos e a mudança de direção de 180°, reduzindo, 
dessa maneira, o fator velocidade durante a realização do teste 
(GUEDES, 2006).
Outro exemplo é o teste de Ida e Volta Pró-Agilidade, que 
avalia a técnica enquanto são realizadas múltiplas mudanças de 
direção. Aplicado na avaliação da grande maioria dos esportes, 
por meio dele é possível avaliar posições corporais e mecânicas, 
além da capacidade de iniciar, acelerar e desacelerar (NSCA, 
2015). 
64 © MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 3 – DESEMPENHO MOTOR 
Para a realização do teste de Ida e Volta Pró-Agilidade, 
são necessários um cronômetro, para registro do tempo, e três 
cones a 5 m de distância uns dos outros, formando uma linha 
reta que cubra uma distância de 10 m em uma superfície plana, 
não escorregadia. 
O teste se inicia com o avaliado voltado para o cone do 
meio (primeiro cone), colocando uma das mãos no solo. Ao 
sinal de comando, o avaliado gira para a direita e corre 5 m 
para o segundo cone, tocando o solo com a mão direita. Feito 
isso, realiza-se outro giro, e o avaliado corre 10 m até o terceiro 
cone, tocando novamente o solo; um novo giro acontece e o 
avaliado volta à posição inicial no primeiro cone, momento 
em que se trava o cronômetro, registrando-se o menor tempo. 
Devem ser realizadas três tentativas (NSCA, 2015).
Testes de Equilíbrio
O equilíbrio se define como a capacidade de manter o 
centro de gravidade dentro da base de suporte e depende da 
ação eficaz dos sistemas visual, vestibular e somatossensorial. 
É definido como estático ou dinâmico (MARINS, 2003; NSCA, 
2015; PAVANTE, 2018).
Essa capacidade física se deteriora com o envelhecimento, 
devido às modificações morfológicas, fisiológicas e bioquímicas, 
ocasionando deficit do equilíbrio e distúrbios e provocando 
limitações funcionais, especialmente nos idosos. Portanto, 
avaliações constantes de equilíbrio nessa população se tornam 
necessárias (SOUZA et al., 2019).
Segundo Marins (2003), podemos avaliar o equilíbrio 
estático por meio do teste do Flamingo, no qual o avaliado deve 
se manter, durante o maior tempo possível, equilibrado em seu 
65© MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 3 – DESEMPENHO MOTOR 
pé dominante sobre uma trave, estando a outra perna fletida e 
segurada pela mão do mesmo lado da perna. O braço da perna 
dominante pode auxiliar no equilíbrio.
Os materiais utilizados para a realização desse teste são: 
um cronômetro e uma trave de aço ou madeira com 50 cm de 
comprimento, 3 cm de largura e 4 cm de altura. O teste tem início 
quando o avaliado se mantém na posição de equilíbrio por um 
minuto. O resultado é computado pelo número de tentativas 
(no máximo cinco), até que se consiga manter o equilíbrio por 
um minuto. Por exemplo: se um indivíduo utiliza três tentativas 
para conseguir se manter na posição, é registrado o número 
três. Se em cinco tentativas não conseguiu se manter por pelo 
menos um minuto, registra-se o número zero (SILVA et al., 
2018).
Já para o equilíbrio dinâmico pode ser utilizado o teste 
Star Excursion Balance Test – SEBT (SEBT), o qual é composto 
por oito linhas dispostas no solo em diferentes posições, 
anterior, anteromedial, anterolateral, medial, lateral, posterior, 
posteromedial e posterolateral, medindo 120 cm e com 
angulação de 45°, como mostra a Figura 1 (CARDOSO, et al., 
2017).
Para a realização do teste, o avaliado deve permanecer no 
centro da figura com uma perna de apoio e, com a outra perna, 
alcançar a maior distância entre as linhas. Para tanto, pode-
se realizar a flexão do joelho da perna apoiada. Vale ressaltar 
que o teste é realizado com ambas as pernas, registrando-se 
o valor em centímetros (GEHRKE et al., 2018). Quanto maior a 
distância, melhor será o equilíbrio dinâmico.
66 © MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 3 – DESEMPENHO MOTOR 
Figura 1 Star Excursion Balance Test – SEBT.
Fonte: Cardoso, et al., 2017.
Teste de Coordenação Motora
Essa capacidade física tem sua estruturação e elaboração 
relacionada com movimentos complexos, evidenciando a 
participação efetiva de fatores associados ao sistema nervoso 
central (GUEDES, 2006). De acordo com o mesmo autor, essa 
relação determina a dificuldade em validar e reproduzir testes 
sobre essa capacidade. Portanto, a utilização de testes mais 
genéricos se torna mais adequada.
Segundo Marins (2003), um dos testes genéricos para se 
avaliar a coordenação motora é o Burpee, ilustrado na Figura 2 
(JOHNSON; NELSON, 1969), pois permite medir a coordenação 
67© MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 3 – DESEMPENHO MOTOR 
entre os movimentos dos membros superiores, inferiores e 
o tronco. Cabe lembrar que a coordenação motora tem real 
importância no grau de domínio dos movimentos, com reflexo 
no nível de qualidade de aprendizagem, não somente física, mas 
também na fala e escrita.
Figura 2 Burpee.
Para a realização desse teste, realiza-se uma sequência de 
quatro movimentos durante um minuto. Durante essa sequência, 
é computado o maior número de vezes toda vez que se retorna à 
posição inicial, ortostática. Vejamos os quatro movimentos:
1) Primeiro movimento: agachado, com as mãos no chão 
e joelhos fletidos.
2) Segundo movimento: mãos apoiadas no solo, cotovelos 
estendidos e os membros inferiores em extensão.
3) Terceiro movimento: agachado, com as mãos no chão 
e joelhos fletidos.
4) Quarto movimento: salto vertical com os membros 
superiores e inferiores em extensão, retornando à 
posição inicial.
68 © MEDIDASE AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 3 – DESEMPENHO MOTOR 
Teste de Força Muscular e Resistência Muscular
A similaridade entre a força muscular, capacidade de se 
desenvolver a maior tensão por um músculo ou grupo muscular 
específico, e a resistência muscular, capacidade de manter 
essa tensão por um período temporal específico, possibilita 
a avaliação conjunta dessas capacidades, mas com ênfases 
diferentes (GUEDES, 2006; NSCA, 2015; PEREIRA et al., 2018).
Os testes de força muscular promovem um monitoramento 
funcional e fisiológico, dependendo do que se pretende avaliar, 
por exemplo: programas iniciais de treinamento, respostas de 
um período específico de treinamento, intensidade, resposta de 
uma reabilitação ou sarcopenia e sua relação com a osteoporose 
(NSCA, 2015). Portanto, a especificidade deve ser levada em 
consideração no monitoramento, tanto da força quanto da 
resistência muscular, mas é possível, por meio de testes mais 
abrangentes, mensurar essa capacidade física. 
O teste de uma repetição máxima (1RM) é considerado 
método de referência para se avaliar a força máxima. É bastante 
usado devido a sua facilidade de aplicação e baixo custo, 
podendo ser utilizado nas mais variadas populações (Federizzi et 
al., 2019), inclusive em idosos (NSCA, 2015; DA SILVA; DANTAS, 
2018). Para avaliação da força muscular dos membros inferiores, 
geralmente utiliza-se o leg press (Nunes, 2018) e, para os 
membros superiores, o supino.
Segundo Souza (2019), o procedimento-padrão determina 
que, após aquecimento, o avaliado realize séries com cargas em 
progressão até que atinja uma única repetição. Vale ressaltar que 
o número máximo de tentativas gira em torno de 5 e o tempo 
de intervalo entre as tentativas, de 3 minutos. Se por acaso não 
se atinja a carga referente a 1RM depois das tentativas, deve-se 
repetir o teste após pelo menos 48 horas.
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UNIDADE 3 – DESEMPENHO MOTOR 
Para avaliação da resistência muscular, alguns testes como 
os sugeridos por Guedes (2006) são bastante aceitos: o abdominal, 
o teste de suspensão na barra e o de flexão/extensão dos braços 
sobre o solo para avaliar os músculos da cintura escapular.
Os materiais utilizados no teste abdominal são cronômetro 
e colchonete. Posicionado em decúbito dorsal, o avaliado deverá 
manter seu joelho em flexão e apoiar a planta dos pés no solo 
(fixados pelo avaliador), com os braços apoiados sobre o tórax. 
Para a realização do teste, o avaliado faz uma flexão de tronco até 
que seus antebraços toquem a coxa, retornando à posição inicial, 
durante um minuto (Guedes, 2006). Os resultados encontrados 
podem ser comparados com os quadros 2 e 3:
Quadro 2 Teste Abdominal para Homens (número de repetições 
por minuto):
Idade Excelente Acima da 
média
Média Abaixo da 
média
Fraco
15-19 + 48 42 a 47 38 a 41 33 a 37 – 32
20-29 + 43 37 a 42 33 a 36 29 a 32 – 28
30-39 + 36 31 a 35 27 a 30 22 a 26 –21
40-49 + 31 26 a 30 22 a 25 17 a 21 – 16
50-59 + 26 22 a 25 18 a 21 13 a 17 – 12
60-69 + 23 17 a 22 12 a 16 7 a 11 – 6
Fonte: Pollock, M. L. & Wilmore J. H. (1993).
Quadro 3 Teste Abdominal para Mulheres (número de repetições 
por minuto):
Idade Excelente Acima da 
média
Média Abaixo da 
média
Fraco
15-19 + 42 36 a 41 32 a 35 27 a 31 – 26
20-29 + 36 31 a 35 25 a 30 21 a 24 – 20
30-39 + 29 24 a 28 20 a 23 15 a 19 – 14
40-49 + 25 20 a 24 15 a 19 7 a 14 – 6
50-59 + 19 12 a 18 5 a 11 3 a 4 – 22
60-69 + 16 12 a 15 4 a 11 2 a 3 – 1
Fonte: Pollock, M. L. & Wilmore J. H. (1993).
70 © MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 3 – DESEMPENHO MOTOR 
A suspensão na barra permite avaliar a resistência 
dos músculos da cintura escapular, por meio do movimento 
de suspensão em uma barra fixa e da flexão do cotovelo. 
O equipamento necessário é uma barra fixa que permita 
que o avaliado fique em suspensão com extensão total de 
membros superiores e inferiores, sem tocar com os pés no solo 
(GUEDES,2006).
O teste se inicia quando, com o auxílio do avaliador, o 
avaliado se põe em suspensão, com os cotovelos fletidos 
e com o queixo acima do nível da barra, posição em que 
deve permanecer durante o maior tempo possível. O teste é 
interrompido assim que o avaliado não mais consegue manter 
a posição estabelecida.
Outro teste é o de flexão/extensão dos braços sobre o 
solo para avaliar a força dos músculos da cintura escapular, 
que é bastante aceito. Entretanto, ressalta-se a importância 
da sua padronização, para maior controle e possibilidade de 
reprodutibilidade, além, é claro, para possibilitar a comparação 
com padrões referenciais (GUEDES, 2006). 
A metodologia consiste em posicionar o avaliado 
em decúbito ventral, em quatro apoios, com os membros 
superiores estendidos e paralelos ao solo. Ao sinal do avaliador, 
o avaliado deve realizar flexões do cotovelo a um ângulo de 
90°, durante um minuto, sendo possível interromper o teste 
quando o avaliado for incapaz de realizar essas flexões. As 
mulheres podem realizar esse teste de forma modificada, com 
os joelhos fazendo o suporte do corpo (POLLOCK; WILMORE, 
1993). Os resultados encontrados podem ser comparados com 
os quadros referenciais 4 e 5.
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UNIDADE 3 – DESEMPENHO MOTOR 
Quadro 4 Teste de Flexão de Braços para Homens (número de 
repetições por minuto)
Idade Excelente Acima da 
média
Média Abaixo da 
média
Fraco
15-19 + 39 29 a 38 23 a 28 18 a 22 – 17
20-29 + 36 29 a 35 22 a 28 17 a 21 – 16
30-39 + 30 22 a 29 17 a 21 12 a 16 – 11
40-49 + 22 17 a 21 13 a 16 10 a 12 – 9
50-59 + 21 13 a 20 10 a 12 7 a 9 – 6
60-69 + 18 11 a 17 8 a 10 5 a 7 – 4
Fonte: Pollock, M. L. & Wilmore J. H. (1993).
Quadro 5 Teste de Flexão de Braços para Mulheres (número de 
repetições por minuto)
Idade Excelente Acima da 
média
Média Abaixo da 
média
Fraco
15-19 + 33 25 a 32 18 a 24 12 a 17 – 11
20-29 + 30 21 a 29 15 a 20 10 a 14 – 9
30-39 + 27 20 a 26 13 a 19 8 a 12 – 7
40-49 + 24 15 a 23 11 a 14 5 a 10 – 4
50-59 + 21 11 a 22 7 a 10 2 a 6 – 1
60-69 + 17 12 a 16 5 a 11 2 a 4 – 1
Fonte: Pollock, M. L. & Wilmore J. H. (1993).
Teste de Flexibilidade
O conceito de flexibilidade está relacionado ao movimento 
articular e sua amplitude, dentro dos limites impostos pela 
articulação, sem causar nenhum dano estrutural (MARINS, 
2003). A integridade da flexibilidade diminui o risco para 
o desenvolvimento de doenças hipocinéticas ou crônico-
degenerativas (OLIVEIRA; DE OLIVEIRA, 2019).
O teste de sentar e alcançar, proposto por Johnson e Nelson 
(1979), possibilita avaliar a flexibilidade da cadeia posterior 
(quadril, dorso e músculos posteriores da coxa) e identificar 
72 © MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 3 – DESEMPENHO MOTOR 
possíveis alterações associadas aos maus hábitos posturais. Esse 
mesmo teste, proposto por Wells e Dillon (1952), é um dos mais 
utilizados para medir a flexibilidade. Sua aplicação é fácil, de 
baixo custo operacional, podendo ser utilizado e padronizado nas 
principais baterias de teste do mundo (DE SOUZA et al., 2018). A 
metodologia consiste em posicionar o avaliado descalço, sentado 
de frente para a base do banco de Wells, como mostra a Figura 
3. As pernas devem estar estendidas e unidas e as mãos, uma 
sobre a outra, com os braços elevados na vertical (Figura 4). Em 
seguida, o avaliado inclina o corpo para frente e, com as pontas 
dos dedos, alcança o mais longe possível sobre a régua graduada, 
sem flexionar os joelhos e sem utilizar movimentos de insistência 
(Figura 5). É permitida a realização de três tentativas e, em todas 
elas, o avaliador deve se posicionar ao lado do avaliado, para 
garantir a extensão total do joelho no momento do teste. 
Figura 3 Banco de Wells.
73© MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 3 – DESEMPENHO MOTOR 
Figura 4 Inicio do teste de sentar e alcançar.
Figura 5 Final do teste de sentar e alcançar.
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UNIDADE 3 – DESEMPENHO MOTOR 
Os resultados

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