Buscar

Curso de Eletricista

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Página 2
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. HISTÓRIA DA ELETRICIDADE ............................................................................ 3 
1.1. Lei de Ohm ..................................................................................................... 6 
 
2. INTRODUÇÃO A ELETRICIDADE ...................................................................... 7 
2.1. Energia ........................................................................................................... 7 
 2.2. Eletricidade ..................................................................................................... 8 
 2.3. Grandezas elétricas (Corrente, tensão, resistência e potência) ...................... 9 
2.4. Condutores e isolantes ................................................................................... 11 
 
3. GERAÇÃO E TRANSPORTE DE ENERGIA ELÉTRICA ...................................... 12 
3.1. Fontes de energia elétrica no Brasil ............................................................... 12 
 3.2. Geração .......................................................................................................... 17 
3.3. Transmissão ................................................................................................... 17 
3.4. Distribuição .................................................................................................... 17 
 
4. ANÁLISE E EXECUÇÃO DE PROJETOS ELÉTRICOS ....................................... 19 
4.1 Simbologias ..................................................................................................... 19 
4.2. Interpretação de planta baixa elétrica ............................................................. 24 
4.3. Diagrama unifilar e multifilar ........................................................................... 27 
4.4. Ligações elétricas (série e paralelo) ............................................................... 29 
4.5. Conexões elétricas ......................................................................................... 30 
 
5. FERRAMENTAL E EQUIPAMENTOS ................................................................. 33 
 
6. REFERÊNCIAS .................................................................................................... 37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Página 3
 
 
 
1. A HISTÓRIA DA ELETRICIDADE 
 
A História da eletricidade tem seu início no século VI a.C., na Grécia 
Antiga, quando o filósofo Thales de Mileto, após descobrir uma resina vegetal 
fóssil petrificada chamada âmbar (elektron em grego), esfregou-a com pele e lã 
de animais e pôde então observar seu poder de atrair objetos leves como 
palhas, fragmentos de madeira e penas. 
 
 Tal observação iniciou o estudo 
de uma nova ciência derivada dessa 
atração. 
 
 Os estudos de Thales foram 
continuados por diversas 
personalidades, como o médico da 
rainha da Inglaterra Willian Gilbert, 
que, em 1600, denominou o evento de 
atração dos corpos de eletricidade. 
 
 Também foi ele quem descobriu 
que outros objetos, ao serem atritados com o âmbar, também se eletrizam, e por 
isso chamou tais objetos de elétricos. 
 
 Em meados de 1730, o físico inglês Stephen Gray identificou que, além 
da eletrização por atrito, também era possível eletrizar corpos por contato 
(encostando um corpo eletrizado num corpo neutro). Através de tais 
observações, ele chegou ao conceito de existência de materiais que conduzem a 
eletricidade com maior e menor eficácia, e os denominou como condutores e 
isolantes elétricos. Com isso, Gray viu a possibilidade de canalizar a 
eletricidade e levá-la de um corpo a outro. 
 
 O químico francês Charles Du Fay também contribuiu enormemente para 
a melhoria dos estudos da eletricidade, quando, em 1733, propôs a existência de 
dois tipos de eletricidade, a vítrea e a resinosa, que fomentaram a hipótese de 
existência de fluidos elétricos. 
 
 Essa teoria foi, por volta de 1750, 
continuada pelo conhecido nos Estados Unidos, 
pelo físico e político Benjamin Franklin, que 
propôs uma teoria na qual, tais fluidos seriam na 
verdade um único fluido. Baseado nessa teoria, 
pela primeira vez se conhecia os 
termos positivo e negativo na eletricidade. 
Franklin também fez outra invenção importante, 
o pára-raios. Ele disse que a eletrização de dois 
corpos atritados era a falta de um dos dois tipos 
de eletricidade em um dos corpos. 
Em 1796 na Itália, Alessandro Volta 
descobriu que ocorria uma reação química 
quando dois metais diferentes ficam em contato 
com uma solução acida. Devido esta reação 
surgia uma corrente elétrica. A partir daí ele 
 
 Página 4
 
 
 
construiu a primeira pilha utilizando discos de cobre e zinco, separados por um 
material que continha uma solução acida, essa pilha ficou conhecida como Pilha 
de volta. 
Em 1827 na Alemanha, George Simon Ohm descobriu a relação entre 
corrente, tensão e resistência em um condutor elétrico surgindo uma das mais 
utilizadas expressões na eletricidade, “1ª Lei de Ohm” V = R x I. Ele afirmou 
que, para um condutor mantido à temperatura constante, a razão entre 
a tensão entre dois pontos e a corrente elétrica é constante e a denominou 
de resistência elétrica. 
Em 1831 na Inglaterra, Michael Faraday 
descobre que a variação na intensidade da 
corrente elétrica que percorre um circuito fechado 
induz uma corrente em uma bobina próxima. Uma 
corrente induzida também é observada ao se 
introduzir um ímã nessa bobina. Essa indução 
magnética teve uma imediata aplicação na geração 
de correntes elétricas. Uma bobina próxima a um 
ímã que gira é um exemplo de um gerador de 
corrente elétrica alternada, tornando os geradores 
as principais fontes de suprimento de eletricidade 
empregada principalmente na iluminação. Michael 
Faraday também estabeleceu as leis da eletrólise, 
da capacitância elétrica e inventou o motor elétrico, 
o dínamo e o transformador. 
Em 1880 nos Estados Unidos, Thomas Alva Edison um empresário 
visionário, criou a lâmpada incandescente. Foram necessários enormes 
investimentos e milhares de tentativas para descobrir o filamento ideal: um fio de 
algodão parcialmente carbonizado, instalado num bulbo de vidro com vácuo, 
aquecia-se com a passagem da corrente elétrica até ficar incandescente, sem 
derreter, sublimar ou queimar. A primeira lâmpada assim construída brilhou por 
48 horas contínuas e nas comemorações do final de ano, uma rua inteira foi 
iluminada para demonstração pública. 
Thomas Edison projetou e construiu as primeiras usinas geradoras, uma 
em Londres e duas nos Estados Unidos. Ambas eram de pequeno porte e 
forneciam eletricidade em corrente contínua. 
Outro grande inventor foi Nikola Tesla, ele 
criou o sistema de geração de energia elétrica 
trifásico por corrente alternada. Tesla havia se 
mudado para os Estados Unidos em 1884, 
estabelecendo-se em Nova Iorque e tornando-se um 
assistente do famoso cientista da época Thomas 
Alva Edison. Após um sério desentendimento com 
este por não haver recebido um gigantesco bônus 
prometido por Edison (segundo ele, uma brincadeira) 
por algumas de suas aplicações, aprimoramentos e 
 
 Página 5
 
 
 
descobertas, Tesla perdeu o emprego e passou por um período difícil, realizando 
trabalho braçal. 
Em 1887, Tesla conseguiu realizar um contrato com um grande investidor 
e vende a sua patente da corrente alternada a George Westinghouse, que 
convence o governo americano a adotar o modelo-padrão de corrente alternada 
como meio mais eficiente para a distribuição de energia elétrica, contrariando 
interesses de seu antigo empregador Thomas Edison. 
Em 1903, houve uma disputa comercial entre Thomas Edison e o 
inventor Nikola Tesla.Nikola defendia o uso da corrente alternada e Thomas da 
corrente contínua. Edison teve, então, a desumana idéia de eletrocutar animais, 
dentre eles uma elefanta, para convencer o público dos perigos da corrente 
alternada. Essa disputa ficou conhecida como “Guerra das correntes”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As contribuições para o então entendimento sobre a natureza da 
eletricidade tem se aprofundado desde o século XIX, quando a ideia do átomo 
como elemento constituinte da matéria foi aceita e, com ela, a convicção de que 
a eletricidade é uma propriedade de partículas elementares que compõem o 
átomo (elétrons, prótons e nêutrons). 
 
 
1.1. Lei de Ohm 
Como mencionamos anteriormente, Georg Simon Ohm foi um físico 
alemão que viveu entre os anos de 1789 e 1854 e 
verificou experimentalmente que existem resistores nos 
quais a variação da corrente elétrica é proporcional à 
variação da diferença de potencial (ddp). Simon realizou 
inúmeras experiências com diversos tipos de condutores, 
aplicando sobre eles várias intensidades de voltagens, 
contudo, percebeu que nos metais, principalmente, a 
relação entre a corrente elétrica e a diferença de 
 
 Página 6
 
 
 
potencial se mantinha sempre constante. Dessa forma, elaborou uma relação 
matemática que diz que a voltagem aplicada nos terminais de um condutor é 
proporcional à corrente elétrica que o percorre, matematicamente fica escrita 
do seguinte modo: “V = R.i” 
Onde: 
V É a diferença de potencial, cuja unidade é o Volts (V) 
I É a corrente elétrica, cuja unidade é o Àmpere (A) 
R É a resistência elétrica, cuja unidade é o Ohm (Ω) 
 
É importante destacar que essa lei nem sempre é válida, ou seja, ela não 
se aplica a todos os resistores, pois depende do material que constitui o resistor. 
Quando ela é obedecida, o 
resistor é dito resistor ôhmico 
ou linear. 
 
A expressão 
matemática descrita por Simon 
vale para todos os tipos de 
condutores, tanto para aqueles 
que obedecem quanto para os que não obedecem a lei de Ohm. Fica claro que o 
condutor que se submete a esta lei terá sempre o mesmo valor de resistência, 
não importando o valor da voltagem, e o condutor que não obedece, terá valores 
de resistência diferentes para cada valor de voltagem aplicada sobre ele. 
 
Georg Simon Ohm também definiu que quando um resistor é percorrido 
por uma corrente elétrica , devida a uma tensão fornecida por uma fonte 
de energia, ele se aquece. Esse aquecimento, chamado de efeito Joule, é 
resultado da transformação da energia que vem da fonte em energia térmica no 
resistor. A energia transformada em calor por unidade de tempo é a potência 
dissipada e é calculada pela equação: “P = V.I” 
 
A unidade de medida da potência é 
o watt (W). 
 
Por terem essa finalidade de transformar 
energia elétrica em energia térmica, os resistores 
também estão presentes nos aquecedores elétricos 
de ambiente, nos chuveiros elétricos, nos ferros 
elétricos de passar roupa, nos soldadores elétricos. 
 
 Página 7
 
 
 
2. INTRODUÇÃO A ELETRICIDADE 
 
2.1. Energia 
 
 Energia é um termo que deriva do grego "ergos" cujo significado 
original é trabalho. Energia na Física está associada à capacidade de 
qualquer corpo produzir trabalho, ação ou movimento. 
A energia não pode ser criada, mas apenas transformada (primeiro 
princípio da termodinâmica) e cada uma capaz de provocar fenômenos 
determinados e característicos nos sistemas físicos. 
A unidade de energia no sistema internacional de unidades é o joule (J). 
O joule é uma unidade derivada, equivalente a 1 newton metro ( ) 
ou ainda a 1 quilograma metro quadrado por segundo quadrado 
( ). 
FORMAS DE ENERGIA 
Muscular  Animal ou do ser humano; 
Calorífica  Madeira, carvão mineral, álcool, petróleo, etc 
Solar  Fornecida pelo sol; 
Mecânica  Moinho de vento (energia eólica), a energia 
obtida por motores que utilizam combustíveis 
diversos, e a produzida por motores elétricos; 
Química  Baterias e pilhas; 
Elétrica  Usinas elétricas e termelétricas; 
Nuclear ou atômica  Usinas nucleares ou termonucleares. 
 
Cerca de 40% de CO2 (dióxido de carbono) produzido no mundo é 
resultante da geração de energia e calor. Isto ocorre, pois o carvão mineral ainda 
é a principal fonte utilizada. 
 
Atualmente, a China é o país que mais lança CO2 na atmosfera. Isto 
ocorre, pois o carvão mineral é muito utilizado na geração de energia. Porém, o 
governo chinês vem desenvolvendo, nos últimos anos, uma política de geração 
de energia limpa. Este fato faz da China o país que mais produz eletricidade a 
partir de fontes de energia limpa. 
 
Um dado positivo é que, desde 2006, os investimentos globais em 
energias renováveis aumentaram mais de 500%. 
 
 
 
 Página 8
 
 
 
2.2. Eletricidade 
 
Na eletricidade básica existem quatro grandezas fundamentais, são elas 
TENSÃO ELÉTRICA, CORRENTE ELÉTRICA, RESISTÊNCIA ELÉTRICA E 
POTÊNCIA ELÉTRICA, para estudá-las precisamos entender primeiro sobre o 
conceito de “cargas elétricas”. 
Sabemos que a matéria é constituída por átomos e estes por sua vez são 
constituídos por elétrons, prótons, nêutrons e outros. Qualquer corpo em seu 
estado normal possui um número igual de elétrons e prótons (corpo neutro). Os 
elétrons e os prótons são cargas elétricas e pelo principio das cargas sabe-se 
que cargas iguais se repelem e cargas diferentes se atraem. 
Em determinados processos, podemos retirar ou adicionar elétrons de um 
corpo fazendo com que este corpo fique com um número diferente de elétrons e 
prótons, através da indução ou atrito por exemplo. Observe o esquema abaixo: 
 
Nota-se que o corpo A está carregado eletricamente com carga positiva, 
possuindo então potencial positivo, já o corpo B está eletricamente carregado 
com carga negativa, o que determina seu potencial negativo e o corpo C está 
neutro não possuindo potencial. 
Eletricidade é o fluxo de elétrons de átomo para átomo em um condutor e 
para entendê-la, deve-se pensar na menor parte da matéria, que é o átomo. 
Todos os átomos têm partículas chamadas elétrons, que descrevem uma 
órbita ao redor de um núcleo com prótons. 
O elemento cobre é muito empregado em sistemas elétricos, porque é um 
bom condutor de eletricidade. Essa conclusão pode ser facilmente verificada 
observando-se a figura ao lado, o átomo de cobre 
contém 29 prótons e 29 elétrons, esses elétrons estão 
distribuídos em quatro camadas ou anéis, Deve-se 
notar, porém, que existe apenas um elétron na última 
camada (anel exterior). Esse é o segredo de um bom 
condutor de eletricidade, elementos cujos átomos têm 
menos de quatro elétrons em seus respectivos anéis 
exteriores são geralmente denominados ”bons 
condutores”. Elementos cujos átomos têm mais de 
quatro elétrons em seus respectivos anéis exteriores são maus condutores. São, 
por isso, chamados de isolantes. Poucos elétrons no anel exterior de condutores 
são mais facilmente desalojados de suas órbitas por uma baixa voltagem, para 
criar um fluxo de corrente de átomo para átomo. 
 
 Página 9
 
 
 
. 
2.3. Grandezas elétricas (Corrente, tensão DDP, resistência e 
potência. 
 
Eletricidade ou energia elétrica, para a maioria das pessoas, traduz-se em 
iluminação de ambientes, aquecimento de água e funcionamento de 
eletroeletrônicos. Mas, o que acontece quando uma lâmpada acende? 
Assim como toda matéria, os condutores (materiais capazes de conduzir 
corrente elétrica) são compostos por átomos; por definição corrente elétrica é o 
movimento ordenado de elétrons, e, essa grandeza é representada em 
cálculos pela letra I e tem como unidade de medidao ampère (A). Logo, 
quando uma lâmpada incandescente acende, podemos entender que existe um 
fluxo de elétrons pelo condutor, fluxo este provocado por uma diferença de 
potencial. 
E o que é diferença de potencial? 
A diferença de potencial, também conhecida como tensão elétrica é a 
força que impulsiona o movimento dos elétrons; essa grandeza é representada 
em cálculos pelas letras “U”, “V”, “T” ou “E” e tem como unidade de medida 
o volt (V). Em alguns livros de ensino médio é possível que se encontre como 
sinônimo de tensão o termo voltagem, que não é bem aceito na área técnica. 
O núcleo do átomo exerce uma força sobre o elétron; para que o elétron 
se desprenda desse átomo 
e aconteça o fluxo é 
necessária uma força, que é 
chamada tensão. 
A essa resistência 
oferecida ao fluxo de 
elétrons damos o nome de 
resistência elétrica e esta 
é uma grandeza que pode 
ser calculada e medida, é 
representada pela letra R 
e tem como unidade de 
medida o ohm (Ω). 
Até então 
conseguimos entender que 
por meio dos condutores flui um movimento ordenado de elétrons chamado 
corrente elétrica, esse movimento se dá por uma força que impulsiona o 
movimento dos elétrons, chamada tensão, e existe uma oposição à passagem 
da corrente elétrica chamada resistência elétrica. 
 
 
 
 Página 
10
 
 
 
Mas, por que uma lâmpada brilha mais do que outra? 
Para respondermos 
a essa pergunta devemos 
entender o conceito de 
potência elétrica que é a 
capacidade de realizar 
trabalho. Logo, uma 
lâmpada brilha mais do que 
a outra porque é mais 
potente do que a outra. Nos 
cálculos a potência é 
representada pela letra P 
e sua unidade de medida é 
o watt (W). 
Logo, podemos perceber que quanto maior for a resistência para uma 
mesma tensão, menor será a corrente elétrica e vice-versa. 
Lei de Ohm: V = RxI Efeito Joule: P = VxI 
 
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 
1º Exemplo: Utilizando a fórmula I = P / V, pode-se afirmar que a 
corrente elétrica que passa pelo resistor de um chuveiro de 5.500W, ligado 
a uma tensão de 220 V, é: 
Para resolvermos este 
exercício basta que apliquemos a 
fórmula que está no enunciado: 
I = P / V, em que a corrente é igual 
à potência dividida pela tensão, por 
substituição encontramos: 
I = 5.500 / 220 = 25 A. 
 
2º Exemplo: Utilizando a fórmula I = P / V, pode-se afirmar que a 
corrente elétrica que passa pelo resistor de um chuveiro de 5.500 W, ligado 
a uma tensão de 127 V, é aproximadamente: 
Para resolvermos esta questão utilizaremos os mesmos procedimentos 
do exemplo anterior, logo basta substituir os valores I = 5.500 / 127 = 43,3 A. 
Podemos concluir assim que, no chuveiro, quando ligado em 127 V, circula uma 
corrente elétrica maior do que quando ligado em 220 V. 
 
 
 
 Página 
11
 
 
 
2.4. Condutores e isolantes 
 
Todos os corpos são constituídos por átomos e estes são formados por 
partículas com pequenas dimensões que são os nêutrons (não possuem carga), 
os prótons (partículas de carga positiva) e os elétrons (partículas de carga 
negativa). Os 
nêutrons juntamente 
com os prótons 
ficam no interior do 
núcleo, e os elétrons 
ficam na eletrosfera. 
Para manter esses 
elétrons sempre em 
órbita na eletrosfera, 
existem forças 
internas que os seguram, não deixando que os mesmos escapem. No entanto, 
quanto maior a distância entre a órbita e o núcleo, mais fraca é a força que 
mantém o elétron preso ao átomo, pois, dessa forma, pode se mover com certa 
liberdade no interior do material, dando origem aos chamados elétrons livres. 
 
O que determina se um material é condutor ou isolante é justamente a 
existência dos elétrons livres. São eles os responsáveis pela passagem e 
transporte da corrente elétrica através dos materiais. São chamados 
de condutores aqueles materiais onde há possibilidade de trânsito da corrente 
elétrica através dele como, por exemplo, o ferro. Este é um elemento químico 
que possui dois elétrons na última camada, os quais estão fracamente ligados 
ao núcleo. Dessa forma, o ferro se torna um ótimo condutor de eletricidade. 
 
Com os materiais isolantes, também chamados de materiais dielétricos, 
ocorre o processo inverso. Nesses materiais, os elétrons estão fortemente 
ligados ao núcleo atômico, ou seja, eles não possuem elétrons livres ou a 
quantidade é tão pequena que pode ser desprezada. Dessa maneira, não 
permitem passagem de corrente elétrica. São bons exemplos de materiais 
isolantes: o vidro, a borracha, a cerâmica e o plástico. 
 
 
 
 Página 
12
 
 
 
3. GERAÇÃO E TRANSPORTE DE ENERGIA ELÉTRICA 
 
3.1. Fontes de energia elétrica no Brasil 
 
A facilidade de transporte da eletricidade e seu baixo índice de perda 
energética durante conversões incentivam o uso da energia em grande escala 
no mundo todo, inclusive no Brasil. 
Fontes renováveis, como a força das águas, dos ventos ou a energia do 
sol e recursos fósseis, estão entre os combustíveis usados para a geração da 
energia elétrica. Por meio de turbinas e geradores podemos transformar outras 
formas de energia, como a mecânica e a química, em eletricidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) mostra em seu site que, pela 
abundância de grandes cursos d’água, espalhados por quase todo o território 
brasileiro, a fonte hidrelétrica está no topo da matriz elétrica brasileira. Políticas 
públicas, implementadas nos últimos anos, no entanto, têm feito aumentar a 
participação de outras fontes nessa matriz. 
A utilização de outros recursos naturais para geração de energia elétrica 
deve como fontes complementares, por exemplo, energia eólica, energia solar, 
biogás, etc. 
 
 
 
 Página 
13
 
 
 
Mas o que é energia eólica? 
A energia eólica é, basicamente, aquela obtida da energia cinética (do 
movimento) gerada pela migração das massas de ar provocada pelas diferenças 
de temperatura 
existentes na 
superfície do planeta. 
Não existem 
informações precisas 
sobre o período em 
que ela começou a ser 
aplicada, visto que 
desde a Antigüidade 
dá origem à energia 
mecânica utilizada na 
movimentação dos 
barcos e em atividades 
econômicas básicas 
como bombeamento 
de água e moagem de 
grãos. A geração eólica ocorre pelo contato do vento com as pás do cata-vento, 
elementos integrantes da usina. Ao girar, essas pás dão origem à energia 
mecânica que aciona o rotor do aerogerador, que produz a eletricidade. A 
quantidade de energia mecânica transferida – e, portanto, o potencial de energia 
elétrica a ser produzida – está diretamente relacionada à densidade do ar, à 
área coberta pela rotação das pás e à velocidade do vento. 
O Brasil é favorecido em termos de ventos, que se caracterizam por uma 
presença duas vezes superior à média mundial e pela volatilidade de 5% 
(oscilação da velocidade), o 
que dá maior previsibilidade 
ao volume a ser produzido. 
Além disso, como a 
velocidade costuma ser maior 
em períodos de estiagem, é 
possível operar as usinas 
eólicas em sistema 
complementar com as usinas 
hidrelétricas, de forma a 
preservar a água dos 
reservatórios em períodos de 
poucas chuvas. Sua operação 
permitiria, portanto, a 
“estocagem” da energia 
elétrica. Finalmente, 
estimativas constantes do 
Atlas do Potencial Eólico de 
2001 (último estudo realizado 
a respeito) apontam para um 
potencial de geração de energia eólica de 143 mil MW no Brasil, volume superior 
à potência instalada total no país, de 105 mil MW em novembro de 2008. 
 
 Página 
14
 
 
 
E sobre energia solar?A energia solar chega à Terra nas formas térmica e luminosa. Segundo o 
estudo sobre Outras Fontes constante do Plano Nacional de Energia 2030, 
produzido pela Empresa de Pesquisa Energética, sua irradiação por ano na 
superfície da Terra é suficiente para atender milhares de vezes o consumo anual 
de energia do mundo. Essa 
radiação, porém, não 
atinge de maneira uniforme 
toda a crosta terrestre, 
dependendo da latitude, da 
estação do ano e de 
condições atmosféricas 
como nebulosidade e 
umidade relativa do ar. 
Ao passar pela 
atmosfera terrestre, a maior 
parte da energia solar 
manifesta-se sob a forma 
de luz visível de raios infravermelhos e de raios ultravioleta. É possível captar 
essa luz e transformá-la em alguma forma de energia utilizada pelo homem: 
térmica ou elétrica. São os equipamentos utilizados nessa captação que se 
determina qual será o tipo de energia a ser obtida. 
Se for utilizada uma superfície escura para a captação, a energia solar 
será transformada em calor. Se utilizadas células fotovoltaicas (painéis 
fotovoltaicos), o resultado será a eletricidade. Os equipamentos necessários à 
produção do calor são chamados de coletores e concentradores – pois, além de 
coletar, às vezes é necessário concentrar a radiação em um só ponto. Este é o 
princípio de muitos aquecedores solares de água. 
 Para a produção de energia elétrica existem dois sistemas: o heliotérmico 
e o fotovoltaico. No primeiro, a irradiação solar é convertida em calor que é 
utilizado em usinas termelétricas para a produção de eletricidade. O processo 
completo compreende quatro fases: coleta da irradiação, conversão em calor, 
transporte e armazenamento e, finalmente, conversão em eletricidade. Para o 
aproveitamento da energia heliotérmica é necessário um local com alta 
incidência de irradiação solar direta, o que implica em pouca intensidade de 
nuvens e baixos índices pluviométricos, como ocorre no semi-árido brasileiro. 
Já no sistema fotovoltaico, a transformação da radiação solar em 
eletricidade é direta. Para tanto, é necessário adaptar um material semicondutor 
(geralmente o silício) para que, na medida em que é estimulado pela radiação, 
permita o fluxo eletrônico (partículas positivas e negativas). Segundo o Plano 
Nacional 2030, todas as células fotovoltaicas têm, pelo menos, duas camadas 
de semicondutores: uma positivamente carregada e outra negativamente 
carregada, formando uma junção eletrônica. Quando a luz do sol atinge o 
semicondutor na região dessa junção, o campo elétrico existente permite o 
estabelecimento do fluxo eletrônico, antes bloqueado, e dá início ao fluxo de 
energia na forma de corrente contínua. 
 
 Página 
15
 
 
 
Assim como ocorre com os ventos, o Brasil é privilegiado em termos de 
radiação solar. O Plano Nacional de Energia 2030 reproduz dados do Atlas 
Solarimétrico do Brasil e registra que essa radiação varia de 8 a 22 MJ 
(megajoules)1 por metro quadrado (m2 ) durante o dia, sendo que as menores 
variações ocorrem nos meses de maio a julho, variando de 8 a 18 MJ/m2. Além 
disso, complementa o estudo, o Nordeste possui radiação comparável às 
melhores regiões do mundo nessa variável. O que, porém, não ocorre com 
outras localidades mais distantes da linha do Equador, como as regiões Sul e 
Sudeste, onde está concentrada a maior parte da atividade econômica. 
 
Apesar deste potencial e de o uso de aquecedores solares estarem 
bastante difundidos em 
cidades do interior e na 
zona rural, a 
participação do sol na 
matriz energética 
nacional é bastante 
reduzida. O que existe 
no país são pesquisas e 
implantação de projetos 
pilotos da tecnologia. 
Um deles é o projeto 
Sistemas Fotovoltaicos 
Domiciliares, da 
Universidade de São 
Paulo (USP), que 
instalou 19 sistemas 
fotovoltaicos na 
comunidade de São 
Francisco de Aiuca, 
localizada na Reserva 
de Desenvolvimento 
Sustentável Mamiruá, no 
Amazonas, com produção de 13 kWh (quilowatts-hora) mensais. 
 
A expectativa é que a expansão do número de usinas solares ocorra 
exatamente na zona rural, como integrante de projetos de universalização do 
atendimento focados em comunidades mais pobres e localizadas a grande 
distância das redes de distribuição. O Programa Luz para Todos, lançado em 
2003 pelo Ministério de Minas e Energia, instalou diversos sistemas fotovoltaicos 
no Estado da Bahia. Com o objetivo de levar energia elétrica a uma população 
superior a 10 milhões de pessoas que residem no interior do país, ele contempla 
o atendimento das demandas do meio rural através de três tipos de iniciativas: 
extensão da rede das distribuidoras, sistemas de geração descentralizada com 
redes isoladas e sistemas de geração individuais. 
 
 
 
 
 
 
 
 Página 
16
 
 
 
E o biogás, como entender essa fonte de energia? 
Das fontes para produção de energia, o biogás é uma das mais favoráveis 
ao meio ambiente. Sua aplicação permite a redução dos gases causadores do 
efeito estufa e contribui com o combate à poluição do solo e dos lençóis 
freáticos. Isto porque o biogás é obtido da biomassa contida em dejetos 
(urbanos, industriais e agropecuários) e em esgotos. 
Essa biomassa passa naturalmente do estado sólido para o gasoso por 
meio da ação de microorganismos que decompõem a matéria orgânica em um 
ambiente anaeróbico (sem ar). Neste caso, o biogás também é lançado à 
atmosfera e passa a contribuir para o aquecimento global, uma vez que é 
composto por metano (CH4), dióxido de carbono (CO2), nitrogênio (N2 ), 
hidrogênio (H2), oxigênio (O2) e gás sulfídrico (H2S). A utilização do lixo para 
produção de energia 
permite o 
direcionamento e 
utilização deste gás e 
a redução do volume 
dos dejetos em 
estado sólido. 
Na verdade, 
existem três rotas 
tecnológicas para a 
utilização do lixo 
como energético. 
Uma delas, a mais 
simples e 
disseminada, é a 
combustão direta dos 
resíduos sólidos. 
Outra é a 
gaseificação por meio da termoquímica (produção de calor por meio de reações 
químicas). Finalmente, a terceira (mais utilizada para a produção do biogás) é a 
reprodução artificial do processo natural em que a ação de microorganismos em 
um ambiente anaeróbico produz a decomposição da maté- ria orgânica e, em 
conseqüência, a emissão do biogás. 
No Brasil, além de um projeto piloto segundo o Banco de Informações de 
Geração (BIG), da Aneel, em novembro de 2008 existiam três usinas 
termelétricas de pequeno porte movidas a biogás em operação. A primeira 
delas, inaugurada em 2003, dentro do aterro sanitário Bandeirantes, na cidade 
de São Paulo, com capacidade instalada de 20 MW, foi anunciada, à época, 
como a maior usina a biogás do mundo. As demais são: São João, também em 
aterro sanitário da cidade de São Paulo, com potência instalada de 24,6 MW, e 
Energ Biog, com 30 kW de potência, na cidade de Barueri, região da Grande 
São Paulo. Além dessas, havia mais sete empreendimentos outorgados, 
totalizando 109 MW de potência nos Estados de São Paulo, Bahia, Rio de 
Janeiro, Pernambuco e Santa Catarina. 
 
 
 Página 
17
 
 
 
3.2. Geração de energia elétrica 
 
A geração de energia elétrica se leva a cabo mediante diferentes 
tecnologias. As principais 
aproveitam um 
movimento rotatório para 
gerar corrente alternada 
em um alternador. O 
movimento rotatório pode 
provir de uma fonte de 
energia mecânica direta, 
como a corrente de uma 
queda d'água ou o vento, 
ou de um ciclo 
termodinâmico. 
 
As principais fontes 
de energia elétrica são: Hidráulica, eólica, solar, térmica, carvoeira e nuclear. 
 
 
3.3. Transmissão 
 
Transmissão de energia 
elétrica é o processo de 
transportarenergia entre dois 
pontos. O transporte de energia 
elétrica é realizado por linhas de 
transmissão de alta potência, 
geralmente usando corrente 
alternada, que, de uma forma 
mais simples, conecta uma 
usina ao consumidor. 
A transmissão de energia é 
dividida em duas faixas: a 
transmissão, propriamente dita, 
para potências mais elevadas e 
ligando grandes centros e 
centrais de distribuição; e a 
distribuição, usada dentro de centros urbanos para levar, por exemplo, a 
energia de uma central de distribuição até os consumidores finais. 
 
 
3.4. Distribuição 
 
A rede de distribuição de energia elétrica é um segmento do sistema elétrico 
composto pelas redes elétricas primárias (redes de distribuição de média tensão) 
e redes secundárias (redes de distribuição de baixa tensão), cuja construção, 
manutenção e operação é responsabilidade das companhias distribuidoras de 
eletricidade. 
 
As redes de distribuição primárias são circuitos elétricos trifásicos a três fios 
(três fases) ligados nas subestações de distribuição. Normalmente são 
construídas nas classes de tensão 15 KV, 23 KV, ou 34,5 KV. 
 
 Página 
18
 
 
 
 
Nas redes de distribuição primárias estão instalados os transformadores de 
distribuição, fixados em postes, cuja função é rebaixar o nível de tensão primário 
para o nível de tensão secundário (para rebaixar de 13,8 KV para 220 volts). 
 
As redes de distribuição secundárias são circuitos elétricos trifásicos a 
quatro fios (três fases e neutro) e normalmente operam nas tensões (fase-
fase/fase-neutro) 230/115 volts, 220/127 volts, 380/220 volts. Nestas redes estão 
ligados os consumidores, que são residências, padarias, lojas, etc., e também as 
luminárias da iluminação pública. 
 
 
 
 
 
São caracterizados pela 
DISTRIBUIÇÃO (até a 
medição, inclusive) os 
consumidores industriais, 
comerciais, urbanos e 
rurais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A diferença está nos níveis 
de tensão em que são 
atendidos esses 
consumidores em função de 
sua demanda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Página 
19
 
 
 
4. ANÁLISE E EXECUÇÃO DE PROJETOS ELÉTRICOS 
 
4.1 Simbologia 
 
A norma da ABNT que regulamenta os símbolos gráficos para instalações 
elétricas prediais é a NBR-5444, publicada em 1989. A construção da simbologia 
desta Norma é baseada em figuras geométricas simples, para permitir uma 
representação adequada e coerente dos dispositivos elétricos. 
 
Esta Norma se baseia na conceituação simbológica de quatro elementos 
geométricos básicos: o traço, o círculo, o triângulo equilátero e o quadrado. 
 
Traço 
 
O seguimento de reta 
representa o eletroduto. Os 
diâmetros normalizados são 
segundo a NBR 5626, convertidos 
em milímetros, usando-se a Tabela 
a seguir: 
 
 Círculo 
 
Representa três funções 
básicas: o ponto de luz, o interruptor 
e a indicação de qualquer dispositivo embutido no teto. O ponto de luz deve ter 
um diâmetro maior que o do interruptor para diferenciá-los. Um elemento 
qualquer circundado indica que este se localiza no teto. O ponto de luz na 
parede (arandela) também é representado pelo círculo. 
 
Triângulo equilátero 
 
Representa as tomadas em geral. Variações acrescentadas a ela indicam 
mudança de significado e função (tomadas de luz e telefone, por exemplo), bem 
como modificações em seus níveis na instalação (baixa, média e alta). 
 
 Quadrado 
 
Representa qualquer tipo de elemento no piso ou conversor de energia 
(motor elétrico). De forma semelhante ao círculo, envolvendo a figura, significa 
que o dispositivo localiza-se no piso. 
 
A seguir estudaremos as simbologias mais usadas em projetos elétricos 
para auxiliar nosso entendimento. 
 
 
 Tabela: Dutos e distribuição. 
 
 Polegadas Milímetros 
 
 1/2 15 
 
 3/4 20 
 
 1 25 
 
 1 1/4 32 
 
 1 1/2 40 
 
 2 50 
 
 2 1/2 60 
 
 3 75 
 
 4 100 
 
 
 Página 
20
 
 
 
 
 
 Página 
21
 
 
 
 Tabela: Quadros de distribuição. 
 
 Tabela: Interruptores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Página 
22
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Tabela: Luminárias, refletores e lâmpadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Página 
23
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Tabela: Tomadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Página 
24
 
 
 
4.2. Interpretação de planta baixa elétrica 
 
Ao iniciar qualquer tipo de instalação elétrica, o eletricista deve estar 
ciente da existência de um projeto elétrico. Obras que contem este 
documento facilitam muito a execução de uma instalação, pois assim inicia-
se o trabalho a partir de um planejamento bem definido. 
 
Quando vamos executar uma instalação elétrica qualquer, necessitamos 
de vários dados como: localização dos elementos, percursos de uma 
instalação, condutores, distribuição da carga. 
 
Para que possamos representar estes dados, somos obrigados a utilizar a 
uma planta baixa da instalação. Nesta planta baixa, deve estar representado 
o seguinte: 
 
 A localização dos pontos de consumo de energia elétrica, seus comandos 
e indicações dos circuitos a que estão ligados; 
 A localização dos quadros e centros de distribuição; 
 O trajeto dos condutores e sua projeção mecânica (inclusive dimensões 
dos condutos e caixas); 
 Um diagrama unifilar discriminando os circuitos, seção dos condutores, 
dispositivos de manobra e proteção; 
 As características do material a empregar, suficientes para indicar a 
adequabilidade de seu emprego tanto nos casos comuns, como em 
condições especiais. 
 
 Vale ressaltar alguns trechos importantes da NBR-5410, para definição de 
pontos de iluminação e tomadas como segue: 
9.5.2 Previsão de carga 
9.5.2.1 Iluminação 
“9.5.2.1.1 - Em cada cômodo ou dependência deve ser previsto pelo 
menos um ponto de luz fixo no teto, comandado por interruptor”. 
“9.5.1.2 - Em cômodo ou dependências com área superior a 6m², deve 
ser prevista uma carga mínima de 100 VA para os primeiros 6m², acrescida 
de 60 VA para cada aumento de 4m² inteiros”. 
NOTA Os valores apurados correspondem à potência destinada a iluminação 
para efeito de dimensionamento dos circuitos, e não necessariamente à potência 
nominal das lâmpadas. 
 
 Página 
25
 
 
 
9.5.2.2 Pontos de tomada 
 
9.5.2.2.1 Número de pontos de tomada 
 
“9.5.2.2.1 O número de pontos de tomada deve ser determinado em 
função da destinação do local e dos equipamentos elétricos que podem ser 
aí utilizados, observando-se no mínimo os seguintes critérios: 
 
a) em banheiros, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada, 
próximo ao lavatório, atendidas as restrições de 9.1; 
 
b) em cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, cozinha-área de 
serviço, lavanderias e locais análogos, deve ser previsto no mínimo um 
ponto de tomada para cada 3,5 m, ou fração, de perímetro, sendo que 
acima da bancada da pia devem ser previstas no mínimo duas tomadas 
de corrente, no mesmo ponto ou em pontos distintos; 
 
c) em varandas, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada; 
 
NOTA Admite-se que o ponto de tomada não seja instalado na própria varanda, mas 
próximo ao seu acesso, quando a varanda, por razões construtivas, não 
comportar o pontode tomada, quando sua área for inferior a 2 m2 ou, ainda, 
quando sua profundidade for inferior a 0,80 m. 
 
d) em salas e dormitórios devem ser previstos pelo menos um ponto de 
tomada para cada 5 m, ou fração, de perímetro, devendo esses pontos 
ser espaçados tão uniformemente quanto possível; 
 
NOTA Particularmente no caso de salas de estar, deve-se atentar para a 
possibilidade de que um ponto de tomada venha a ser usado para alimentação 
de mais de um equipamento, sendo recomendável equipá-lo, portanto, com a 
quantidade de tomadas julgada adequada. 
 
e) em cada um dos demais cômodos e dependências de habitação devem 
ser previstos pelo menos: 
 
- um ponto de tomada, se a área do cômodo ou dependência for igual ou 
inferior a 2,25 m2. Admite-se que esse ponto seja posicionado 
externamente ao cômodo ou dependência, a até 0,80 m no máximo de 
sua porta de acesso; 
 
- um ponto de tomada, se a área do cômodo ou dependência for superior a 
2,25 m2e igual ou inferior a 6 m2; 
 
- um ponto de tomada para cada 5 m, ou fração, de perímetro, se a área do 
cômodo ou dependência for superior a 6 m2, devendo esses pontos ser 
espaçados tão uniformemente quanto possível. 
 
 
A seguir apresentamos uma planta baixa elétrica de uma risdência 
simples com apenas cinco cômodos, segue tammbém a legenda para auxílio. 
 
 
 
 
 Página 
26
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Página 
27
 
 
 
4.3. Diagrama unifilar e multifilar 
 
 Diagrama unifilar 
 
O diagrama unifilar é um desenho que utilizando simbologia específica, 
representa graficamente uma instalação elétrica, indicando, sobre a planta 
arquitetônica: 
 
• os pontos de luz e as tomadas; 
• a posição dos eletrodutos; 
• a localização dos quadros de distribuição; 
• a divisão dos circuitos; 
• o número e a caracterização dos condutores dentro dos eletrodutos. 
 
Tanto aspectos do circuito elétrico como do caminhamento físico da 
instalação são contemplados no diagrama unifilar. 
 
Quanto ao circuito elétrico, o diagrama unifilar deve indicar para cada 
carga (ponto de luz, tomada, ou aparelho específico), os correspondentes 
elementos básicos: 
 
• fonte (ponto de suprimento ou quadro de distribuição); 
• circuito parcial a que pertence; 
• pontos de comando (interruptores e chaves associados); 
• condutores associados. 
 
Para ilustrar esses conceitos, considera-se uma fonte (fase e neutro) e 
uma lâmpada, que deve ser comandada por um interruptor, conforme 
mostrado na figura abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nota-se que, embora a primeira vista o interruptor (1-2) poderia inserir-se 
no trecho do circuito Fase/Lâmpada (entre os pontos F e 3) ou no circuito 
Neutro/Lâmpada (entre os pontos N e 4), é obrigatório, por norma, inseri-lo 
no trecho que contém a fase (F). Isto ocorre para que se garanta maior 
segurança na manutenção da luminária, mantendo-a com o potencial do 
neutro, quando o interruptor estiver aberto. Caso se interrompesse o neutro, 
o potencial da lâmpada seria sempre igual ao da fase, o que não é 
conveniente. 
 
Há uma nomenclatura própria para os três condutores que constituem os 
três trechos do circuito: 
 
 
 Página 
28
 
 
 
• O condutor do trecho F/1, é designado por condutor FASE ou 
simplesmente FASE e está sempre no potencial da fase (110V, 115V, 127V 
ou 220V); 
 
• O condutor do trecho N/4, é designado por condutor NEUTRO ou 
simplesmente NEUTRO, e está no potencial do neutro quando a lâmpada 
está desligada e muito próximo dele quando a lâmpada esta energizada. 
 
• O condutor do trecho 2/3, é designado por retorno e ora está no 
potencial do neutro quando a lâmpada esta desligada, ora está no potencial 
da fase quando a lâmpada estiver acesa. 
 
Nota-se que podem ocorrer situações particulares em que circuitos são 
alimentados por duas fases, ao invés de uma fase e um neutro. Neste caso, 
esses dois trechos são designados por fase, e necessariamente há a 
interrupção de uma fase pelo interruptor. 
 
Abaixo segue o modelo do diagrama unifilar correspondente a planta 
residencial que já vimos estudando. 
 
Podemos observar alguns componentes do sistema como: 
 
• Disjuntores (alimentação geral e circuitos); 
• Condutores (fases, neutro, terra e dimensionamento); 
• DDR (dispositivo diferencial residual, por grupo de circuitos); 
• DPS (dispositivo de proteção contra surtos); 
• Quadro de distribuição; 
• Identificação dos circuitos; etc. 
 
 
 Diagrama multifilar 
 
O diagrama multifilar é representação mais minuciosa de uma instalação 
elétrica, assim como no diagrama unifilar ele também mostra todos 
os condutores e componentes. Mas, além disso ele tenta representar os 
componentes da instalação bem como os condutores em sua posição 
correta. 
 
Representa com clareza todos os componentes, não considerando sua 
posição física na instalação, considerando todos os fios utilizados nas 
conexões de forma objetiva. É utilizado somente para circuitos elementares, 
pois se o circuito é complexo sua representação torna-se confusa 
 
 Página 
29
 
 
 
 
Desenhando em plano tridimensional ele representa detalhes de 
componentes e conexões. Devido sua complexidade este diagrama é menos 
usado, sua interpretação para grandes circuitos é bastante complexa. 
 
Abaixo segue o modelo de diagrama multifilar referente a planta 
residencial que estamos estudando. 
 
 
Observação: O diagrama acima representa a mesma instalação do 
diagrama unifilar da página anterior. 
 
4.4. Ligações elétricas (série e paralelo) 
 
 Ligação em série 
 
As lâmpadas são ligadas 
em sequência, nesta ligação 
você pode usar várias lâmpadas 
ligadas ao mesmo circuito, 
desde que o mesmo esteja 
dimensionado para tal 
montagem, a desvantagem de 
uma ligação em série, é que se 
queimar uma lâmpada, as 
outras que estão ligadas em 
sequência com esta lâmpada se 
apaga também, é o caso 
daqueles cordões de iluminação 
 
 Página 
30
 
 
 
para enfeite de natal os famosos pisca pisa, queimou uma a sequência 
adiante toda se apaga, para solucionar o problema é só identificar a lâmpada 
queimada, e fazer a substituição da mesma que tudo volta a funcionar 
normalmente. 
Sempre é bom usar lâmpadas da mesma potência neste tipo de ligação, 
vale também lembrar que este tipo de ligação não é usado em uma 
iluminação residencial ou para iluminar locais escuros, a aplicação desse tipo 
de ligação se dá mais a aparelhos eletrônicos bem como enfeites de natal, 
por exemplo, o pisca-pisca. 
 
 Ligação em paralelo 
 
Nas ligações em paralelo, uma lâmpada é ligada no terminal da outra, 
você poderá ligar quantas lâmpadas quiser desde que dimensione o circuito 
elétrico para isso. 
Na ligação em paralelo, as 
lâmpadas funcionam umas 
independentes das outras, se 
uma lâmpada queima, as 
outras continuam funcionando 
normalmente sem apagar, ao 
contrário da ligação em série, 
que se uma lâmpada queimar 
as outras em sequência se 
apagarão, pois as mesmas 
funcionam simultaneamente. 
A ligação em paralelo pode 
ser usada em galpões, áreas indústrias e em ambientes residenciais, onde 
existe a necessidade de interligar um conjunto de lâmpadas em um só 
disjuntor ou outros dispositivos elétricos. 
 
4.5. Conexões elétricas 
 
Conexão elétrica significa estabelecer uma ligação entre dois ou mais 
pontos discretos permitindo a continuidade do fluxo de elétrons, corrente 
elétrica. Nas instalações elétricas em geral, as conexões são indispensáveis 
e fundamentais para o funcionamento correto dos circuitos. 
 
“As conexões de condutores elétricos entre si e com outroscomponentes da instalação devem garantir a continuidade elétrica durável, 
adequada proteção e limite mecânico”. 
 
A NBR-5410:2004, determina as condições que devem ser considerada 
na seleção dos meios de conexão: 
 
a) O material dos condutores, incluindo sua isolação; 
b) A quantidade de fios e o formato dos condutores; 
c) A seção dos condutores; 
 
 Página 
31
 
 
 
d) O número de condutores a serem conectados conjuntamente. 
 
“As conexões devem ser acessíveis para verificação, ensaios e 
manutenção, exceto nos seguintes casos: 
a) emendas de cabos enterrados; e 
b) emendas imersas em compostos ou seladas. 
 
A conexão elétrica pode ser efetuada utilizando-se dos seguintes 
procedimentos: 
 
 Conectores 
 
 Terminais 
 
 Emendas de condutores entre si e olhal. 
 
 
 
 Conectores e terminais 
 
Os conectores e terminais 
são dispositivos que têm a 
finalidade de interligar os 
condutores com 
equipamentos, com 
barramentos e condutores 
entre si. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Página 
32
 
 
 
 Emendas de condutores elétricos entre si 
 
Esta operação consiste em unir dois ou mais condutores, cuja finalidade é 
prolongar ou derivar esses mesmos condutores. 
 
As emendas de condutores entre si podem ser realizadas de quatro 
formas, de acordo com a necessidade, a saber: 
 
a) Emenda em prolongamento: Este tipo de emenda tem por finalidade unir 
dois condutores para dar prolongamento aos mesmos, para restabelecer 
a continuidade elétrica do circuito. Recomendada a sua utilização em 
linhas abertas. 
 
 
b) Emenda em derivação: Quando se deseja tomar a energia elétrica de uma 
rede para derivar a um dispositivo ou a outro circuito, utiliza-se este tipo 
de emenda. 
 
 
 
c) Emenda tipo rabo de rato ou condutores torcidos: Este tipa de emenda é 
utilizada em caixas de derivação ou de passagem. 
 
Esta operação tem por 
finalidade prolongar ou derivar os 
condutores para atender uma 
necessidade específica. É a 
emenda utilizada em instalações 
embutidas. 
 
 
 Página 
33
 
 
 
d) Olhal: Tem por finalidade conectar condutores rígidos diretamente aos 
bornes ou nas conexões de dispositivos, tais como: interruptores, 
tomadas, receptáculos, disjuntores, barramentos de quadros de 
distribuição e painéis, etc. 
 
5. Ferramental e equipamentos 
 
Para a realização de suas tarefas do dia-a-dia, o profissional da área 
eletroeletrônica necessita não só do conhecimento teórico, mas também de 
uma série de equipamentos, componentes e ferramentas que o auxiliam 
nesse trabalho. Este texto apresenta as ferramentas e equipamentos mais 
usados em eletricidade. 
 
 Alicates 
 
O alicate é uma ferramenta de aço forjado, composta de dois braços e um 
pino de articulação. Cada uma das extremidades de cada braço (cabeça) 
pode ser em formato de garras, de lâminas de corte ou de pontas que 
servem para segurar, cortar, dobrar ou retirar peças de determinadas 
montagens. 
 
 Existem vários modelos de alicates, cada um adequado a um tipo de 
trabalho. Em serviços de eletricidade, os alicates mais usuais são os 
seguintes: 
 
Universal Corte diagonal Bico Decapador 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Página 
34
 
 
 
O alicate universal é o modelo mais conhecido e usado de toda a família 
dos alicates. Esse tipo de alicate é uma das principais ferramentas usadas 
pelo eletricista, pois serve para prender, cortar ou dobrar condutores. 
 
Este alicate é composto de dois braços articulados por um pino ou eixo, 
que permite abri-lo e fechá-lo, e em uma das extremidades se encontram 
suas mandíbulas. Os tipos existentes no mercado variam principalmente em 
relação ao acabamento e ao formato da cabeça. 
 
O alicate de corte diagonal serve para cortar condutores. 
 
O alicate de bico é utilizado para fazer olhal em condutores com 
diâmetros diferentes, de acordo com o parafuso de fixação. 
 
O alicate decapador possui mandíbulas reguláveis para decapar a 
isolação com rapidez e sem danificar o condutor. 
 
Outro alicate usado pelo eletricista instalador é o alicate gasista, também 
chamado de alicate bomba d’água, que possui mandíbulas reguláveis, braços 
não isolados e não tem corte. Serve para montar rede de eletrodutos, e 
especificamente buchas e arruelas. 
 
 
 Chave de fenda 
 
A chave de fenda comum ou chave de parafuso é uma ferramenta manual 
utilizada para apertar e desapertar parafusos que apresentam uma fenda ou 
ranhura em suas cabeças. 
 
Ela é constituída por uma haste de aço-carbono ou aço 
especial, com uma das extremidades forjada em forma de cunha 
e outra, em forma de espiga prismática ou cilíndrica estriada, encravada 
solidamente em um cabo. 
 
O cabo normalmente é feito de material isolante rígido com 
ranhuras longitudinais que permitem uma boa empunhadura do 
operador e impedem que a ferramenta escorregue da mão. 
 
A região da cunha da chave de fenda é temperada para resistir à ação 
cortante das ranhuras existentes nas fendas dos parafusos. O restante da 
haste deve apresentar uma boa tenacidade para resistir ao esforço de torção 
quando a chave de fenda estiver sendo utilizada. 
 
Para permitir o correto ajuste na fenda do parafuso, as chaves de fenda 
comuns de boa qualidade apresentam as faces esmerilhadas em planos 
paralelos, próximo ao topo. 
 
A finalidade dessas faces esmerilhadas é dificultar o escorregamento da 
cunha na fenda do parafuso quando ele está sendo apertado ou 
desapertado. Isso evita que a fenda do parafuso fique danificada e protege o 
operador de acidentes devidos ao escorregamento da ferramenta. 
 
 
 Página 
35
 
 
 
Além da chave de fenda comum, existem alguns outros modelos 
indicados para o uso em trabalhos da área eletroeletrônica. Elas são: 
 
 
 
Chave 
Philips 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Chave 
Tipo Canhão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A chave Philips é uma variante da chave de fenda. Nela, a extremidade 
da haste, oposta ao cabo, tem o formato de cruz. É usada em parafusos que 
usam este tipo de fenda. 
 
A chave tipo canhão tem na extremidade de sua haste um alojamento 
com dimensões iguais às dimensões externas de uma porca. Esse tipo de 
chave serve para a colocação de porcas. 
 
Como qualquer outra ferramenta, a chave de fenda requer cuidados 
especiais de manuseio e armazenamento. Para que a chave de fenda se 
mantenha em perfeito estado para uso, deve-se seguir os seguintes cuidados 
de manuseio: 
 Não usar o cabo da chave como um martelo; 
 Não usar a chave para cortar, raspar ou traçar qualquer material; 
 Usar a chave adequada ao tamanho e tipo do parafuso; 
 Jamais esmerilhar ou limar a cunha da chave. 
 
Para evitar acidentes, ao apertar parafusos, a peça deve estar apoiada 
em um lugar firme. Do contrário, a chave poderá escorregar e causar 
ferimentos na mão que estiver segurando a peça. 
 
 Instrumentos de medição de grandezas elétricas 
 
Sabemos que, corrente, tensão e resistência são grandezas elétricas e 
por isso, podem ser medidas. Existem vários instrumentos para medição 
dessas grandezas elétricas, iremos abordar os dois principais, multímetro 
digital e o alicate volt-amperímetro. 
 
O multímetro digital e o volt-
amperímetro alicate são instrumentos 
dotados de múltiplas funções: com 
eles é possível fazer medições de 
tensão, corrente, resistência. Com 
alguns de seus modelos pode-se, 
também, testar componentes 
eletrônicos, e até mesmo medir outros 
tipos de grandezas. 
 
 Com a utilização do multímetro 
digital a leitura dos valores 
observadosé de fácil execução, pois 
eles aparecem no visor digital, sem a 
 
 Página 
36
 
 
 
necessidade de interpretação de valores como ocorre com os instrumentos 
analógicos, ou seja, que têm um mostrador com um ponteiro. 
 
Antes de se efetuar qualquer medição, deve-se ajustar o seletor de 
funções na função correta, isto é, na grandeza a ser medida (tensão, ou 
corrente, ou resistência) e a escala no valor superior ao ponto observado. 
Quando não se tem idéia do valor a ser medido, inicia-se pela escala de 
maior valor, e de acordo com o valor observado, diminui-se a escala até um 
valor ideal. 
 
Observação: Nunca se deve mudar de escala ou função quando o 
instrumento de medição estiver conectado a um circuito ligado, porque 
isso poderá causar a queima do instrumento. Para a mudança de 
escala, deve-se desligar antes o circuito. Para a mudança de função, 
deve-se desligar o circuito, desligar as pontas de prova, selecionar a 
função e escala apropriadas, antes de conectar as pontas de prova no 
circuito. 
 
Para a medição de tensão elétrica as pontas de prova do instrumento 
devem ser conectadas aos pontos a serem medidos, ou seja, em paralelo. 
 
 
Nas medições da corrente elétrica, o circuito deve ser interrompido e o 
instrumento inserido nesta parte do circuito, para que os elétrons que estão 
circulando por ele passem também pelo instrumento e este possa informar o 
valor dessa corrente. Desse modo, o instrumento deve ser ligado em série. 
 
Para a medição de resistência elétrica, o resistor desconhecido deve estar 
desconectado do circuito. Se isto não for feito, o valor encontrado não será 
verdadeiro, pois o restante do circuito funcionará como uma resistência. Além 
disso, se o circuito estiver energizado poderá ocorrer a 
queima do instrumento. 
 
 Alicate Volt-amperímetro 
 
Para a medição de tensão e resistência com o alicate 
volt-amperímetro deve-se, seguir os mesmos 
procedimentos empregados na utilização do multímetro. 
 
Na medição de corrente elétrica, o manuseio do 
alicate volt-amperímetro difere do manuseio do 
multímetro, pois com ele não é necessário interromper o 
circuito para colocá-lo em série. Basta abraçar o condutor 
a ser medido com a garra do alicate. 
 
É indispensável em instalações industriais, para 
medições da corrente elétrica de motores, 
transformadores, cabos alimentadores de painéis. 
 
Antes de utilizar qualquer instrumento de medição, é 
necessário que se consulte o manual do instrumento, no qual são descritas 
particularidades e formas de utilização, pois de um instrumento para outro 
ocorrem diferenças significativas. 
 
 Página 
37
 
 
 
 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
MATSUMI, Carlos T. - Instalações Elétricas Industriais - IFSC 
 
CAMPOS, Luiz Fernado L. - Apostila de ELETRICIDADE BÁSICA 
 
MAMEDE FILHO, João. Instalações Elétricas Industriais. 8ª Edição, 
Editora LTC, Rio de Janeiro, 2010. 
 
SILVA, Marco Aurélio - FÍSICA, Lei de ohm - Brasil escola 
 
CCEE, Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - FONTES 
 
ABNT – NBR 14039:2003 - Instalações elétricas de média tensão de 1,0 
kV a 36,2 kV 
 
 
CREDER, Hélio. Instalações Elétricas , 15ª Edição, Editora LTC, Rio de 
Janeiro, 2007. 
 
ABNT – NBR 5444:1989 - Símbolos gráficos para instalações elétricas 
prediais 
 
CESP - Manual de segurança do eletricista. 
 
SENAI/SP - Conteúdos extraídos de diversas apostilas. 
 
LIMA FILHO, Domingos Leite. Projeto de Instalações Elétricas Prediais, 
11ª 
Edição , Editora Érica , São Paulo, 2007. 
 
ABNT – NBR 6148:1997 - Condutores isolados com isolação extrudada 
de cloreto de polivinila (pvc) para tensões até 750 V - Sem cobertura 
 
Catálogos e sites das empresas: PRYSMIAN, SIEMENS, SYLVANIA, 
WEG, PHILIPS,.

Continue navegando