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Programa minha EmPrEsa rural AdministrAção rurAl e BuscA por resultAdos A administração está muito mais presente em nossas vidas do que imaginamos. Planejar, organizar, liderar e controlar são atividades que fazemos no dia a dia para alcançarmos resultados. Quando administramos bem, tomamos decisões com maior clareza. Neste curso, você aprenderá a administrar o seu empreendimento rural para atingir os melhores resultados. Bons estudos! Este curso tem 20 horas SENAR 2015 Programa minha EmPrEsa rural AdministrAção rurAl e BuscA por resultAdos 2015. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR Informações e Contato Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás - SENAR/AR-GO Rua 87, nº 662, Ed. Faeg,1º Andar – Setor Sul, Goiânia/GO, CEP:74.093- 300 (62) 3412-2700 / 3412-2701 – E-mail: senar@senargo.org.br http://www.senargo.org.br/ http://ead.senargo.org.br/ Programa minha EmPrEsa rural PresIdente do Conselho admInIstratIvo José Mário Schreiner tItulares do Conselho admInIstratIvo Daniel Klüppel Carrara, Alair Luiz dos Santos, Osvaldo Moreira Guima- rães e Tiago Freitas de Mendonça. suPlentes do Conselho admInIstratIvo Bartolomeu Braz Pereira, Silvano José da Silva, Eleandro Borges da Silva, Bruno Heuser Higino da Costa e Tiago de Castro Raynaud de Faria. suPerIntendente Eurípedes Bassamurfo da Costa Gestora Rosilene Jaber Alves COORDENAÇÃO Stella Miranda Menezes Corrêa Ficha Técnica Iea - InstItuto de estudos avançados s/s Conteudista – Diana Marques dos Anjos tratamento de lInGuaGem e revIsão IEA – INSTITUTO DE ESTUDOS AVANÇADOS S/S dIaGramação e Projeto GráfICo IEA – INSTITUTO DE ESTUDOS AVANÇADOS S/S Módulo 3 - Negócio Sustentável // 4 Negócio Sustentável Negócio SuSteNtável Olá! Bem-vindo (a) ao Módulo 3: Negócio Sustentável. A meta de todo negócio é a obtenção de lucro, mas como podemos fazer isso e ao mesmo tempo não prejudicar as pessoas e a sociedade? A ques- tão refere-se à busca de lucratividade empresarial, com condutas que beneficiem todos. O objetivo deste módulo é propiciar as condições para que você en- tenda e desenvolva as competências para: Módulo 3 Módulo 3 - Negócio Sustentável // 5 Negócio Sustentável Fonte: Shutterstock Siga em frente e bom estudo! AulA 1 utilização de tecNologiaS limpaS Desenvolvimento sustentável e responsabilidade social corporativa são palavras que estão em uso no nosso cotidiano, não é mesmo? Mas como podemos transformar as palavras e conceitos em ações dentro e fora da empresa? Para encontrar essa resposta, nesta aula Módulo 3 - Negócio Sustentável // 6 Negócio Sustentável você estudará os objetivos específicos abaixo, que são: • buscar informações de como utilizar tecnologias limpas no negó- cio; e • implementar processos administrativos que viabilizem a melho- ria do meio ambiente. A utilizAção de tecnologiAs limpAs no negócio Antes de falarmos sobre tecnologias limpas, vamos entender os con- ceitos de desenvolvimento sustentável e responsabilidade social cor- porativa. A palavra sustentável tem origem na palavra latina sustentare, que significa sustentar, apoiar, conservar. A expressão “Desenvolvimento Sustentável” surgiu em um documento publicado na década de 1980 pela ONU, conhecido como Relatório Brundtland. Fonte: Shutterstock A Organização das Nações Unidas, também conhecida pela sigla ONU, é uma organiza- ção internacional formada por países que se reuniram vo- luntariamente para trabalhar pela paz e o desenvolvimento mundiais. Módulo 3 - Negócio Sustentável // 7 Negócio Sustentável O Relatório Brundtland reflete sobre o processo de desenvolvimento no mundo e como tal processo pode ocorrer de maneira sustentável, ou seja, a partir de atitudes e estratégias que obtenham ganhos tanto no âmbito econômico, como no social e no ecológico. Já a responsabilidade social empresarial é o conjunto de atividades que interliga as ações e atitudes dentro da empresa ao ambiente em que ela está inserida. Essa conexão é realizada por meio da minimiza- ção das externalidades negativas e pela maximização das externalida- des positivas ao meio ambiente e à comunidade. Exemplo O tratamento da água contaminada utilizada pela empresa, a colaboração na manutenção de institutos educacionais, entre outros. Ademais, a responsabilidade social também deve estar presente no âmbito interno da organização, ou seja, oferecer melhores condições ao ambiente de trabalho, auxiliar no crescimento e desenvolvimento das pessoas, incentivar os empregados ao voluntariado etc. A utilização de tecnologias limpas envolve o desenvolvimento susten- tável e a responsabilidade social, pois essas tecnologias geram ener- gia ou produtos que não poluem o meio ambiente. Sendo assim, a tecnologia limpa pode ser definida como um conjunto de soluções que possibilitem novas formas de pensar e utilizar os recursos naturais, com o objetivo de reduzir a zero o desperdício. As tecnologias limpas podem surgir em novos proces- sos industriais ou se ajustar em processos já existen- tes. Módulo 3 - Negócio Sustentável // 8 Negócio Sustentável Fonte: Shutterstock Alguns exemplos de energias geradas por tecnologias limpas são as: eólica, solar, biomassa, maremotriz, biocombustível etc. Ao contrário da produção de energias convencionais, as tecnologias limpas são infi- nitas e, em alguns casos, o grau de poluição do meio ambiente é nulo, enquanto em outros ainda é bem menor quando comparado com o dos derivados do petróleo e carvão. Energia gera- da a partir do potencial ener- gético contido no fluxo das marés. Módulo 3 - Negócio Sustentável // 9 Negócio Sustentável Leitura Complementar Espinafre é promessa de energia limpa e renovável Em estudo publicado na revista Science pesquisadores avaliam o potencial das proteínas envolvidas na fotossíntese da hortaliça para produção de ener- gia. O espinafre é famoso na cultura popular por ser o elixir da superforça do marinheiro Popeye. Mas, para um grupo de cientistas, a hortaliça guarda um poder ainda maior: a capacidade de converter a luz solar em um combustí- vel renovável, limpo e ultra eficiente. Em estudo recentemente publicado na revista científica Science pesquisadores avaliam o potencial das proteínas envolvidas na fotossíntese, o processo pelo qual as plantas convertem a energia solar em hidratos de carbono, base alimentar dos processos celu- lares. [...] “As proteínas que estudamos são parte do sistema mais eficiente já construído, capaz de converter a energia do sol em energia química, com uma inigualável eficiência de 60 por cento”, disse Yulia Pushkar, professora assistente de física envolvida na pesquisa. Ao compreender melhor como a fotossíntese natural funciona, os pesquisadores esperam alavancar o desen- volvimento de tecnologias limpas a partir da fotossíntese artificial, gerando combustíveis renováveis e limpo. Fonte: Revista online Exame.com. Artigo publicado em 15 ago 2014. Um exemplo de tecnologia limpa em uma organização rural é a trans- formação da biomassa (resíduos da produção agroextrativista e agro- pecuária) em gás, biogás ou carvão ecológico, sendo esse também chamado de briquete. O gás substitui o óleo diesel na geração de ener- gia; o biogás substitui o Gás Liquefeito do Petróleo (GLP) no cozimento e na geração de energia; e o briquete substitui a lenha nas atividades da propriedade ou na venda para o mercado. Módulo 3 - Negócio Sustentável // 10 Negócio Sustentável Outros exemplos são: o uso racional de água e energia; a formulação de programas de replantio; a utilização de máquinas e equipamentos para diminuir a poluição do solo, ou reduzir a emissão de gases e re- síduos da natureza; técnicas para diminuir os resíduos e dejetos etc. Dada a lentidão da implementação de tecnologias limpas, muitos empresários consideram esse um alto investimento com poucas vantagens a curto prazo. Porém, países, governos, ONGs, institui- ções privadas e públicas incentivam a instaura-ção de tecnologias limpas. No Brasil, por meio do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abasteci- mento (Mapa) foi elaborado um documento para estimular o desenvol- vimento de energia por fontes renováveis. Essa energia seria gerada a partir dos resíduos e dejetos da produção extrativista, pecuária e agrí- cola. O Plano Nacional de Agroenergia (PNA) – 2006/2011, de acordo com o SEBRAE (2008), busca soluções para o desenvolvimento de tecnologias em algumas etapas produtivas. Acompanhe quais são es- tas etapas no infográfico a seguir. Módulo 3 - Negócio Sustentável // 11 Negócio Sustentável TECNOLOGIA LIMPA Soluções para desenvolvimento de tecnologia limpa em etapas produtivas. Desenvolvimento de tecnologias para o aproveitamento ener- gético de resíduos da produção agrícola, pecuária, florestal e da agroindústria APROVEITAMENTO ENERGÉTICO Interfacear com as redes de pesquisa para aproveitamento de esgotos urbanos para fins energéticos FINS ENERGÉTICOS Fonte: Shutterstock processos AdministrAtivos Que viABilizem A melHoriA do meio AmBiente Os processos, em geral, são a transformação de um insumo em um produto fi nal. Para facilitar o seu entendimento, vamos comparar os processos administrativos ao processo de desenvolvimento de uma Módulo 3 - Negócio Sustentável // 12 Negócio Sustentável planta. PRODUTO FINAL TRANSFORMAÇÃO INSUMO Fonte: Shutterstock O processo administrativo é a ordenação das atividades, desde seu planejamento, orga- nização, coordenação de pessoas e controle de tarefas. O desafio para o administrador rural será encontrar meios de obter o resultado pretendido e, ao mesmo tempo, buscar o melhoramento do ecossistema. A troca de informação entre os clientes e os fornecedores (internos e externos), poderá ser o primeiro passo para identificar as necessidades, desejos e preocupações de todos os envolvidos no processo produtivo. Módulo 3 - Negócio Sustentável // 13 Negócio Sustentável Algumas ações que podem ser colocadas em prática são: • estabelecer políticas claras e bem definidas referentes ao manu- seio e ao descarte de produtos químicos e resíduos sólidos; e • elaborar manual de boas práticas ambientais, tais como: con- trole de pragas e doenças; redução da utilização de defensivos agrícolas; preservação de rios e riachos, entre outros. Na próxima aula, você conhecerá os modelos administrativos e formas para organizar a empresa rural com sustentabilidade. AulA 2 capacidade orgaNizacioNal e modeloS admiNiS- trativoS Desde os primórdios da administração até às modernas técnicas de gestão atuais, a maneira de administrar a empresa tem mudado con- forme as necessidades da organização e do mercado. Nesta aula, você estudará os modelos administrativos que podem sub- sidiar o negócio rural por meio dos objetivos específicos abaixo: • identificar práticas para organizar a administração do negócio rural; e • analisar modelos administrativos para tornar o negócio sustentá- Módulo 3 - Negócio Sustentável // 14 Negócio Sustentável vel. práticAs pArA orgAnizAr A AdministrAção do negócio rurAl O mundo contemporâneo necessita que observemos as mudanças constantes em todos os âmbitos do planeta. Nas organizações não é diferente. Cada empresa precisa se atualizar para saber como pode se organizar para melhor gerenciar seu negócio. Abaixo, conheça alguns modelos de organização. Organização participativa Consiste no compartilhamento das decisões que afetam a empresa e na valorização da capacidade das pessoas de influenciar a empresa, sejam elas empregados, clientes, fornecedores ou outros. Na organização participativa as pessoas são responsáveis pelo seu comportamento e desempenho. Fonte: Shutterstock Módulo 3 - Negócio Sustentável // 15 Negócio Sustentável Organização com parcerias Para que a parceria funcione, ela necessita de sintonia, interdependência de objetivos e reciprocidade. Para estabelecer parcerias, a empresa preci- sa olhar para além de seu entorno, verificando, por exemplo, quem são os clientes de seus clientes, ou clientes potenciais. Além disso, ela pode obser- var qual valor a sua empresa poderá oferecer a essas pessoas, negócios ou instituições e o que eles podem trazer de valor para sua empresa. Fonte: Shutterstock Módulo 3 - Negócio Sustentável // 16 Negócio Sustentável modelos AdministrAtivos pArA tornAr o negócio sustentável A sustentabilidade está estruturada no tripé econômico, social e am- biental. A empresa sustentável, dessa forma, necessita estar em con- sonância com essas três dimensões. Nesse sentido, a melhor forma Organização em Arranjo Produtivo Local (APL) O APL é a aglomeração de grupos de um determinado espaço geográfico que atuam em uma determinada atividade predominante, articulados para ações de cooperação, capacitação e desenvolvimento, com o intuito de me- lhorar a produção, infraestrutura, comercialização etc. Normalmente apoia- dos por instituições governamentais e de ensino, sindicatos, associações e bancos, os pequenos negócios têm maior acesso à tecnologia, mão de obra, fornecedores e distribuidores Fonte: Shutterstock Módulo 3 - Negócio Sustentável // 17 Negócio Sustentável de avaliar é estabelecendo indicadores. A seguir, conheça alguns des- ses indicadores. • Ser o proprietário do negó- cio e da terra que ele ocupa diminui os custos e aumenta o valor agregado dos produ- tos. • A produtividade da terra pode indicar a viabilidade econômica. Quanto maior a produtividade por hectare, melhor será sua sustentabili- dade. • Rentabilidade para conti- nuação do negócio e paga- mento da mão de obra. • Nível de segurança para lidar com riscos inerentes ao negócio, doenças por intoxi- cação ou acidentes de trabalho. • Acesso a mercados, quanto maior o número de pontos que podem ser comercializados, menor será o risco para o negócio. 03 ECONÔMICOS DI M EN SÃ O EC ON ÔM IC A 03 Módulo 3 - Negócio Sustentável // 18 Negócio Sustentável Nesta aula, você estudou sobre a capacidade organizacional dos mo- delos administrativos. Na próxima aula, você estudará aspectos da co- mercialização. Siga em frente e bons estudos! AulA 3 comercialização A comercialização envolve uma série de fatores e funções desde a saída dos bens e produtos da empresa até chegar ao consumidor fi- nal. Uma comercialização inapropriada pode inviabilizar os esforços de uma atividade produtiva, assim, a sustentabilidade da empresa depen- de muito de uma comercialização bem feita. Nesta aula, você estudará sobre comercialização para: • entender as formas de escoamento dos produtos no mercado; e • identificar as estratégias de comercialização dos produtos agro- pecuários. FormAs de escoAmento dos produtos no mercAdo A comercialização dos produtos agropecuários pode ser dividida em vários níveis. Acompanhe no infográfico abaixo quais são esses níveis. Módulo 3 - Negócio Sustentável // 19 Negócio Sustentável No terceiro nível estão as agroindústrias e as centrais de abastecimento locais. 01 No primeiro nível está o produtor rural que oferece seus produtos diretamente ao mercado. Venda direta porta a porta e em feiras livres. No segundo nível estão as associações e cooperativas de produtores, os quais se juntam para melhorar o poder de nego- ciação no mercado, organização e sele- ção dos produtos. 02 03 04 No quarto nível estão os representantes e vendedores (não produtores) que compram os produtos e repassam para outras etapas de comercialização. É comum relacionar a oferta dos produtores à demanda dos consumi- dores entendendo-a como um fator determinante do preço de merca- do. Porém, como vimos acima, os consumidores e produtores só estão em uma relação direta em economias primárias. Nos mercados modernos, a produção e o consumo estão separados no espaço e no tempo por uma série de intermediários, beneficiadores, Módulo 3 - Negócio Sustentável // 20 Negócio Sustentável transportes, armazéns e pontos comerciais de acessoao consumidor fi nal. Desta forma, é importante entender que a comercialização gera custos que serão incorporados ao preço do produto. É importante salientar que o apoio mais representativo do Governo à comercialização rural é dado por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e de programas estaduais de abastecimento alimentar. Olá, tudo bem? Para que você possa compreender melhor como esses programas auxiliam os pequenos produto- res, vou compatilhar com você alguns dados so- bre essas ações. Por exemplo, em 2013 mais de dois mil pequenos agricultores de Goiás foram benefi ciados pelo Programa de Aquisição de Ali- mentos (PAA) da Conab. O governo comprou cer- ca de duas mil toneladas de produtos como arroz, feijão, fubá, farinha de mandioca, açúcar, óleo de soja, macarrão e leite em pó. Esses alimentos foram destinados tanto à formação de estoques quanto à doação para comunidades em situação de insegurança alimentar, entidades de assistên- cia social e escolas da região na qual os alimen- tos foram produzidos. Até logo e bons estudos, Francisca. Módulo 3 - Negócio Sustentável // 21 Negócio Sustentável No Estado de Goiás, um desses apoios governamentais é a implemen- tação do Plano de Ação Integrada de Desenvolvimento − PAI. O PAI Economia é uma das áreas do Plano de Ação Integrada e abran- ge cinco projetos: 1) Banco de Alimentos Comunitários, Horta e Lavoura Comunitá- ria; 2) Fortalecimento e Expansão das Atividades Agropecuárias no Estado; 3) Estadual de Mineração; 4) Desenvolvimento da Economia Goiana (Banco do Povo, Fo- mento à Economia - Produzir), Infraestrutura de Distrito Agroin- dustriais, Financiamento às Micro e Pequenas Empresas e Empreendedores); e 5) Desenvolvimento Turístico de Goiás (Atração de Eventos Turís- ticos e Infraestrutura de Turismo). estrAtégiAs de comerciAlizAção dos produtos Agropecuários O consumidor busca satisfazer suas necessidades e desejos de acor- do com seus gostos e preferências, mas também levando em conta suas restrições, tais como o preço do produto, renda, influências da família, da sociedade, do mercado etc. O Plano de Ação Integrada de Desenvolvi- mento (PAI) é uma aglutina- ção dos prin- cipais progra- mas do PPA 2012-2015, cuja execução por parte da Administração Pública será prioritária. Módulo 3 - Negócio Sustentável // 22 Negócio Sustentável Exemplo Com os episódios da doença da vaca louca nos rebanhos bovinos da Europa e dos EUA nos anos de 2000 e 2003, respectivamente, verificou-se uma maior preocupação com a qualidade dos alimentos. Muitos consumidores passaram a consumir carnes de frango e suína ao invés da carne bovina (deslocamento para produtos substitutos em função da mudança de gostos e preferências), levando a reduções de 15% a 20% na cotação dos animais. A escolha da estratégia que será adotada pela empresa é o que fará a diferenciação em relação a outras propriedades, para atender seu cliente ou consumidor final. A estratégia pode estar baseada na lide- rança em custo dos produtos, na diferenciação dos produtos ou em um segmento específico de mercado. Fonte: Shutterstock Módulo 3 - Negócio Sustentável // 23 Negócio Sustentável No primeiro caso, o da estratégia da liderança em custos, o produtor está preocupado em ofertar produtos padronizados, como no caso de commodities agrícolas, com preços menores no mercado, ou em cum- prir preços acordados em contratos preestabelecidos. Na estratégia de diferenciação, o produtor necessita agregar valor ao seu produto, tais como atributos de qualidade que sejam difíceis de serem copiados, ou que exigem altos investimentos dos concorrentes. A diferenciação está relacionada à qualidade perce- bida pelo consumidor. Quanto maior a diferenciação, menor a possibilidade de substituição por produtos concorrentes. A diferenciação pode estar associada à imagem da empresa (marca) e a fatores subjetivos, como cheiro, sabor, textura, qualidade saudável etc. Um exemplo de estratégia de diferenciação é a produção orgânica de produtos agropecuários. Outros diferenciais podem estar atrelados aos serviços, como o delivery, treinamentos e orientações, receitas culinárias, entre outros. Fonte: Shutterstock Na estratégia de segmentação de mercado, as possibilidades são por padrões de consumo, estilos de vida, características socioeconômicas, entre outros. Módulo 3 - Negócio Sustentável // 24 Negócio Sustentável Um exemplo de segmentação de mercado é o comércio justo e solidá- rio, o qual estipula preços prefixados, exclusão de intermediários, pa- gamentos extras para implementação de projetos sociais, participação de todos os envolvidos no processo de comercialização etc. O comércio justo e solidário oferta produtos de alta qualidade e, geral- mente, com lucros mais altos para o empresário do que os outros tipos de comércio. Esse tipo de comércio busca promover o desenvolvimen- to sustentável; as seguranças alimentar e nutricional; o fortalecimento da rentabilidade e a permanência do produtor no meio rural; o fortale- cimento das relações comerciais entre produtor e consumidor etc. Fonte: Shutterstock Finalmente, a estratégia de diversificação de produtos é baseada na capacidade da unidade de produção rural de utilizar os mesmos re- cursos (terra, mão de obra, tecnologias, máquinas, equipamentos, in- fraestrutura, entre outros) para a produção de outros itens para, com isso, reduzir o custo de produção. No próximo módulo, você entenderá a importância da tomada de deci- são para o direcionamento da empresa em busca de resultados positi- vos nos negócios. Módulo 3 - Negócio Sustentável // 25 Negócio Sustentável atividade de apreNdizagem Você acaba finalizar o Módulo 3 do Curso Administração Rural e Busca por Resultados. Agora, você realizará algumas atividades relacionadas ao conteúdo estudado. Preparado(a)? Siga adiante. Lembre-se que as respostas devem ser re- gistradas no Ambiente de Estudos, onde você também terá um feedback, ou seja, uma explicação para cada questão. 1. Um exemplo de tecnologia limpa é... a) Agricultura ou pecuária no modelo convencional. b) A utilização de energias não renováveis, como petróleo e carvão. c) O aproveitamento dos resíduos e dejetos na produção de energia. d) Pouca ou nenhuma ação corretiva no descarte de embalagens de produtos químicos. 2) Referente à sustentabilidade, na dimensão econômica devemos verificar, dentre outros, o indicador... a) Rentabilidade do negócio. b) Necessidade de energia externa decrescente. c) Nível de escolaridade do proprietário. d) Nível de participação em sindicatos. Módulo 3 - Negócio Sustentável // 26 Negócio Sustentável 3. A estratégia de diferenciação do produto requer... a) Produtos semelhantes. b) Produtos com baixo valor agregado. c) Produtos em mercado específico. d) Produtos com alto valor agregado.
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