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04/03/2022
Número: 0800145-92.2022.4.05.8401 
 
Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL
 
 
Tribunal Regional Federal da 5ª Região
PJe - Processo Judicial Eletrônico
Consulta Processual
Partes
Tipo Nome
ADVOGADO LAURIANO VASCO DA SILVEIRA
ADVOGADO NIEDERLAND TAVARES LEMOS
AUTOR CARLOS ROBERTO FERDEBEZ
RÉU CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Documentos
Id. Data/Hora Documento Tipo
4058401.1080857
8
07/02/2022
15:34
AÇÃO ANULATÓRIA DE ATOS
EXPROPRIATÓRIOS FIDUCIÁRIOS DA LEI Nº
9.514/97 C/C CONSIGNAÇÃO EM
PAGAMENTO E PEDIDO ACAUTELATÓRIO
ANTECEDENTE À SUSPENSÃO DOS ATOS
EXPROPRIATÓRIOS E LIMINAR
Petição Inicial
4058401.1080860
0
07/02/2022
15:34
Ação Anulatória cc Consignação Documento de Comprovação
4058401.1080857
9
07/02/2022
15:34
PROCURAÇÃO Carlos (1) (1) Documento de Comprovação
4058401.1080860
3
07/02/2022
15:34
Declaração de imposto de renda Carlos Documento de Comprovação
4058401.1080861
2
07/02/2022
15:34
CTPS Carlos Ferdebez Documento de Identificação
4058401.1080861
3
07/02/2022
15:34
Requerimento Caixa Ferdebez (2) Documento de Comprovação
4058401.1080861
4
07/02/2022
15:34
ContratoCaixaFerdebez (2) Documento de Comprovação
4058401.1080861
6
07/02/2022
15:34
PlanilhaEvoluçãoCaixaFerdebez Documento de Comprovação
4058401.1080862
6
07/02/2022
15:34
SeguroCaixaFerdebez (1) Documento de Comprovação
4058401.1080869
1
07/02/2022
15:35
Certidão de Distribuição Certidão
4058401.1081559
9
08/02/2022
15:16
Decisão Decisão
4058401.1081585
0
08/02/2022
15:16
Intimação Expediente
4058401.1081585
1
08/02/2022
15:16
Intimação Expediente
4058401.1081585
2
08/02/2022
15:16
Citação Expediente
4058401.1081690
5
08/02/2022
16:44
Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058401.1081827
7
09/02/2022
00:00
Certidão de Retificação de Autuação Certidão de retificação de autuação
4058401.1085954
8
16/02/2022
17:07
Pedido de reconsideração urgente Pedido de reconsideração
4058401.1085954
9
16/02/2022
17:07
Pedido de reconsideração urgente Documento de Comprovação
4058401.1085955
4
16/02/2022
17:07
Decisão (21) Documento de Comprovação
4058401.1085956
0
16/02/2022
17:07
0800959-45.2022.8.20.5106 (1) (1) Documento de Comprovação
4058401.1085956
7
16/02/2022
17:07
reportPDF(1) Documento de Comprovação
 
4058401.1085956
8
16/02/2022
17:07
Agravo de instrumento com efeito suspensivo
Jony
Documento de Comprovação
4058401.1087256
6
18/02/2022
16:57
Decisão Decisão
4058401.1087265
4
18/02/2022
16:57
Intimação Expediente
4058401.1087265
5
18/02/2022
16:57
Intimação Expediente
4058401.1087395
6
19/02/2022
00:00
Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058401.1087395
7
19/02/2022
00:00
Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058401.1091182
0
01/03/2022
00:00
Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058401.1091182
2
01/03/2022
00:00
Certidão de Intimação Certidão de Intimação
 
 Em anexo.
1/1
22020715184262300000010839672
Processo: 0800145-92.2022.4.05.8401
Assinado eletronicamente por: 
LAURIANO VASCO DA SILVEIRA - Advogado
Data e hora da assinatura: 07/02/2022 15:34:31
Identificador: 4058401.10808578
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
 
 
Rua Juvenal Lamartine, n° 300, AKS Empresarial, Sala 02Centro, Mossoró/RN, CEP 59.600-155 
Canal de negociação: laurianosilveira@hotmail.com 
JUÍZO DE UMA DAS VARAS FEDERAIS DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE 
MOSSORÓ, ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE 
 
 
 
 
 
 
 
 CARLOS ROBERTO FERDEBEZ, brasileiro, divorciado, inscrito no 
CPF sob o nº 360.547.983-91, titular do FS 205202 DPF/RN, residente e domiciliada 
na Rua Custódio Dantas da Silva, 119, Bairro Abolição I, Mossoró/RN, por intermédio 
de seus procuradores infra-assinados (“ut” instrumento de manda do incluso), com 
escritório profissional sito à Rua Juvenal Lamartine, 300, AKS Empresarial, Sala 02, 
Bairro Centro, Mossoró/RN, e-mail: laurianosilveira@hotmail.com, WhatsApp: 
(84)98798-5555, foro de intimações e notificações, comparece, respeitosamente à 
presença de Vossa Excelência, para propor a presente: 
 
 
AÇÃO ANULATÓRIA DE ATOS EXPROPRIATÓRIOS FIDUCIÁRIOS DA LEI Nº 
9.514/97 C/C CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO E PEDIDO ACAUTELATÓRIO 
ANTECEDENTE À SUSPENSÃO DOS ATOS EXPROPRIATÓRIOS E LIMINAR 
 
 
Em face da Caixa Econômica Federal, empresa pública de direito privado, instituição 
financeira inscrita no CNPJ/MF sob nº. 00.360.305/0001-04, com sede e podendo ser 
Citada na SBS QUADRA 4 BLOCO A LOTE, 3/4, PRESI/GECOL 21 ANDAR Bairro 
ASA SUL, Brasília/DF, CEP 70.092-900, na qualidade de agente financeiro e 
mutuante, pelos motivos de fato e de direito adiante alinhavados: 
 
 
 
 
 
1/80
 
Rua Juvenal Lamartine, n° 300, AKS Empresarial, Sala 02Centro, Mossoró/RN, CEP 59.600-155 
Canal de negociação: laurianosilveira@hotmail.com 
DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA 
 
 O Requerente pleiteia os benefícios da Justiça gratuita, assegurado no inc. 
LXXIV do art. 5º da CRFB/88 c/c o art. 98 e seguintes do Código de Processo Civil, o 
art. 4º da Lei Federal de nº 1.060/50 e art. 1º da Lei de nº 7.115/83, tendo em vista 
que não possui condições de arcar com as despesas processuais e honorários 
advocatícios. 
 
 Registre-se que o Requerente não possui nenhuma renda fixa, pelo que 
resta desprovido de recursos para sua subsistência, necessitando assim da 
gratuidade em relevo, conforme declara através de seu advogado e junta 
carteira de trabalho e declaração de imposto de renda em anexo. 
 
 Assim, consoante se denota da elocução do art. 4º da Lei nº 1.060, de 5 de 
fevereiro de 1950, que estabelece normas para a concessão de assistência judiciária: 
 
Art. 4º - A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, 
mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de 
que não está em condições de pagar as custas do processo e 
os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua 
família. (Redação dada pela Lei nº 7.510, de 1986). (grifos 
acrescidos). 
 
 O caput do art. 98 do Código de Processo Civil dispõe sobre aqueles que 
podem ser beneficiários da Justiça gratuita: 
 
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, 
com insuficiência de recursos para pagar as custas, as 
despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito 
à gratuidade da justiça, na forma da lei. 
 
 Desta feita, o Requerente não possui condições financeiras para arcar com as 
custas despesas processuais e honorários advocatícios, requer que Vossa 
Excelência conceda os benefícios da Justiça Gratuita, por ser do mais lídimo direito 
2/80
 
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e Justiça. Acaso seja concedida liminar para purgar a mora, o Autor o fará com ajuda 
de familiares, motivo pelo qual, deve ser concedida a gratuidade da justiça 
 
I. DA SÍNTESE FÁTICA 
 
 Em 30 de abril de 2014, a parte requerente celebrou com o banco 
requerido contrato de CONTRATO nº 1.4444.0585732-5, sob espécie de adesão, 
empréstimo no valor de R$ 470.000,00 (quatrocentos e setenta mil reais), dando em 
garantia imóvel residencial, destinado à moradia. 
 
 No transcorrer da vigência do malsinado contrato de empréstimo bancário, a 
parte requerente verificou que os encargos mensais não estavam guardando relação 
de proporcionalidade e razoabilidade ao transcrito originalmente, concluindo que 
além de não respeitar a malsinada Planilha Teórica da evolução da dívida, o valor da 
parcela estava excessivamente onerosa, fato que veio a atingir a sua capacidade de 
pagamento, projetando-se numa dívida excessiva e injusta de longo prazo, conforme 
dados abaixo descritos: 
 
DADOS DO CONTRATO 
 ESPÉCIE DO INSTRUMENTO: CONTRATO DE EMPRÉSTIMO – CÉDULA 
DE CRÉDITO BANCÁRIO C/ GARANTIA MEDIANTE ALIENAÇÃO 
FIDUCIÁRIADE IMÓVEL RESIDENCIAL 
 Nº CONTRATO: 1.4444.0585732-5 
 DATA DA ASSINATURA: 30/04/2014 
 VALOR DO EMPRÉSTIMO: R$ 330.000,00 
 VALOR DOS RECURSOS PRÓPRIOS: R$ 140.000,00 
 PRESTAÇÃO INICIAL: R$ 3.368,57 
 QUANTIDADE DE PRESTAÇÕES: 420 
 
DADOS DO IMÓVEL OBJETO DA GARANTIA FIDUCIÁRIA 
 MATRICULA Nº: 12.028 – 6º OFÍCIO DE NOTAS DE MOSSORÓ/RN 
 ENDEREÇO DO IMÓVEL: Rua Custódio Dantas da Silva, 119, Bairro 
Abolição I, Mossoró/RN 
3/80
 
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CARACTERÍSTICAS IMOBILIÁRIAS DO IMÓVEL OBJETO: 
 
 
 
DADOS DO FINANCIAMENTO 
 
 
 
 
4/80
 
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 De plano, conclui-se que a dívida é abusiva e excessivamente onerosa. Basta 
se basear no valor imputado pelo banco quanto a primeira prestação para constar 
que há desproporcionalidade no caso. 
 Ora, o valor estipulado contratualmente restou em 420 parcelas de R$ 
3.368,57 (três mil, trezentos e sessenta e oito reais e cinquenta e sete centavos), 
isso porque, apesar da prestação pactuada ser a que estava no contrato, foram 
embutidos 420 parcelas de R$ 176,60 de seguro e e 420 parcelas de R$ 25,00 
de tarifas, o que onerou o contrato em mais de R$80.000,00 (oitenta mil reais) 
somente com essas vendas casadas. Mesmo assim, a parte requerente cumprido 
com seu pacto contractual, desde a assinatura do mesmo, todavia teve algumas 
dificuldades financeiras vindo desta forma a atrasar algumas parcelas. 
 
 Ocorre Excelência, que a parte quando ficou sabendo que estava 
inadimplente e que poderia vir a ter seu imóvel consolidado se socorreu do banco 
requerido no intuito de renegociar e repactuar as respectivas parcelas em atraso, 
todavia for a induzido a erro restando desta forma prejudicado pois teve seu imóvel 
consolidado e consequentemente levado à praça de leilão, sem ter sido intimado. 
 
 Ademais Excelência, faz-se importante mencionar que a parte 
requerente possuía valores para purgar a respectiva mora em atraso das 
parcelas, todavia ante à negativa do banco requerido em receber os valores 
veio a ter seu imóvel submetido ao malsinado procedimento expropriatório, 
sem ter sido notificado. 
 
 Sabe-se perfeitamente que a intenção do banco é criar um cenário de 
facilidades no momento inicial com várias ofertas de créditos para depois se 
beneficiarem contabilmente das operações bancárias. Pode-se dizer que a 
inadimplência é posta em gestação em face dos devedores, que sabiamente os 
bancos induzem os créditos que não serão pagos, no “quanto pior, melhor” ao banco. 
Como de praxe, a legislação fiscal beneficia vexatoriamente as instituições 
financeiras. O Sistema atual é vexatório, pelo qual os bancos deixarão de pagar 
impostos pelos valores não pagos nos empréstimos bancários ao transformar o 
montante em prejuízo. Pior, sem contar ainda que já receberam muito pelas 
prestações pagas durante a operação e ainda não devolverão o remanescente ao 
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devedor fiduciante, apropriando-se indevidamente do importe, e por fim, lucram com 
o leião do imóvel dado em garantia. 
 
 O banco segue sempre um mesmo padrão: na contratação impõe taxa de 
juros superiores nos empréstimos, em condições onerosas, de tal forma que muitos 
não conseguirão pagar. Com a inadimplência, o banco oferece condições mais 
“vantajosas”, como uma taxa de juros menor do que a onerosa. Todavia, desde que 
fosse dado imóveis em garantia da dívida, alienando-o fiduciariamente, como se 
faz prova pela matrícula do imóvel, que garante o empréstimo. 
 
 Durante esse período, o cliente tentou por diversas vezes renegociar a dívida 
com a instituição financeira, as tentativas foram feitas na própria instituição e por 
telefone, sendo privado da purgação da mora das parcelas em atraso quando 
se socorreu do banco para efetuar a mesma, o que resultou na malsinada 
consolidação da propriedade pelo banco requerido, sem a devida ciência prevista em 
lei da parte requerente, vindo assim a ser instaurado o malsinado procedimento 
expropriatório do imóvel. 
 
 Cumpre destacar que o banco requerido manteve a parte requerente em erro 
por todo o período. De forma oportunista, diante das graves dificuldades financeiras 
da grave crise econômica, o banco imputou à parte requerente um verdadeiro caos 
econômico-financeiro, pondo em risco iminente o seu patrimônio, ao passo que 
encontra-se com apenas com algumas parcelas em atraso e, desta feita, tendo 
atrasado suas parcelas se socorreu do banco requerido para efetuar o pagamento do 
débito, todavia não obteve êxito pois o banco se negou em renegociar os valores para 
que a parte requerente viesse a quitar os débitos e, desta feita manter-se na posse 
de seu imóvel. 
 
 Excelência, a parte não pretende deixar de cumprir com seu contrato, 
mas sim manter o pacto quitando seus débitos e permanecendo na posse de 
seu bastante imóvel, o qual é responsável pelo seu abrigo e de seus familiars 
e, em vista disto, busca a parte requerente então neste momento valer-se de 
seu direito para poder consignar os valores constiuídos em mora, bem como 
resguardar seu direito à moradia. 
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 Em vista das difculdades financeiras, o banco iniciou formas de cobranças 
totalmente irregulares que violam as regras da Lei nº 9.514/97, descumprindo regras 
básicas, com total direcionamento a obter a expropriação dos bens garantidos pelas 
matriculas supramencionadas. 
 
 Claro que o banco sempre teve o interesse de manter em erro a parte 
requerente para depois se beneficiar com a expropriação do bem e as benesses 
fiscais, tanto é que desde a planilha foi fundada em título incerto e ilíquido por não 
conter as bases e premissas suficientes como título executivo. 
 
 A parte requerente sempre cumpriu com suas obrigações. Os pagamentos 
das prestações sempre foram em dia - mesmo nas situações mais difíceis. 
Entretanto, mediante a rede contractual e a vulnerabilidade criada pelo banco, chegou 
o momento no qual ficou impossibilitado de adimplir na data aprazada. 
 
 A parte requerente ficou ainda mais atônita quando percebeu o quanto já havia 
pago e a dívida nunca diminuiu, mesmo religiosamente em dia, em sacrifício de sua 
vida profissional e familiar. 
 
 Todavia, infrutíferas foram as tentativas de solicitações para que o banco 
requerido demonstrasse as regularidades e as recusas foram vexatórias, já que negar 
adequar prestação e saldo devedor, no âmbito administrativo, evitando a propositura 
de demanda é condição básica que a instituição financeira deveria obedecer como 
celeridade, denotando plena falta de respeito ao seu cumprimento obrigacional do 
contrato e de urbanidade perante seus clientes. 
 
 Assim sendo, a parte requerente tentou várias vezes a composição e a 
conciliação com o banco requerido, Excelência, como já dito, não é surpresa a 
conhecida tática de incitar as empresas e pessoas físicas para emprestar seus 
créditos fáceis a juros extorsivos, que vão se avolumando até o ponto do xeque mate, 
como no caso em concreto. O poder judiciário sabe disto, vez que várias pessoas se 
encontram reféns e vítimas desta armadilha institucionalizada. 
 
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 Assim sendo, utilizando-se da abrupta alienação fiduciária, a instituição 
financeira fez valer seu formato vil. Percebendo o momento da inadimplência,deu início às suas reconhecidas cobranças coercitivas, dificultando o 
recebimento, criando assim os aditivos e esperando o devedor perder o fôlego, 
com o estancamento de suas reservas. 
 
 Nos contratos bancários, o que o mais interessante às instituições financeiras 
é CONTABILIZAR como prejuízo. Portanto, a inadimplência lhes interessa, pois se 
beneficiarão fiscalmente e deixarão de pagar impostos pelos créditos ou débitos 
inflados. 
 
 Ou seja, o erário é prejudicado por uma estratégia fiscal, num estrategema 
fiscal que envolve legislação do BACEN, Receita Federal, Governo Federal, cujos 
beneficiados são os bancos, mas que perde é o ERARIO PUBLICO, que deixa de 
receber bilhões de impostos neste “estrategema”. 
 
 Nesta Feita, como a instituição financeira se beneficiará muito mais, não 
tem interesse em receber do mutuário devedor, pelo contrário, fará de tudo 
para expropriar o imóvel dado em garantia, levando-o a leilão, em vez de 
receber as atrasadas, o que fere diretamente os interesses do mutuário e 
devedor, chegando o banco a ganhar até 04 vezes mais nesta modalidade 
pérfida. 
 
 Excelência, o intuito disto é esclarecer os motivos que leva os bancos agir de 
forma desmedida onde preferem levar a leilão imóveis em vez de receber os 
atrasados, de forma fria e calculista, razão pela qual roga ao poder judiciário para que 
se atente ao fato delituoso e seja imposto limites aos bancos. 
 
 Consectário disto é que o banco credor não cumpre as exigências legais 
da Lei n. 9.514/97, deixando de obedecer premissas básicas da alienação 
fiduciária, o que torna invalidados atos jurídicos à expropriação de bens 
imóveis, não sendo diferente no caso em questão. 
 
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 E assim sendo, demonstra-se claramente que desde o início o banco deixou 
de cumprir regras básicas. Ora, para iniciar a expropriação pelas regras da alienação 
fiduciária, deve-se obedecer a cientificação correta do fiduciante devedor, para 
que assim possa desenvolver o seu direito amplo e assegurado de pagamento 
ou remição da dívida, no prazo legal. 
 
 Ocorre que a evidência de lesão ao direito fundamental do devedor em 
obter ciência ao pagamento, como chance de remir, não foi respeitado, 
deixando o banco e seu longa manu de notificar pessoalmente os devedores 
ao pagamento das atrasadas, constando que as tentativas de intimação não 
foram feitas de acordo com a Lei n. 9.514/97. 
 
 Por outro lado, é patente a falta de planilha contábil contendo os valores hábeis 
a ensejar a execução extrajudicial, como os valores das prestações, juros, índices, 
multas e demais encargos necessários para tornar o documento suficiente para 
basear e comprovar a cobrança à expropriação. Excelência, todos os operadores tem 
que ter a absoluta ciência que a partir da falta de êxito na cobrança, inicia-se o 
procedimento da consolidação da propriedade em nome do fiduciário. Portanto, este 
é o marco inicial da expropriação, ainda não sendo uma propriedade absoluta ao 
credor, tendo direito o devedor fiduciante até a data da arrematação ou adjudicação 
por figurar como ente contratual. 
 
 Neste caso também é fácil perceber acerca de tanta demora do banco fidicário 
levar o imóvel à expropriação. Trata-se de outra ilegalidade e abusividade cometida 
pelo banco. A resposta para tanta onerosidade se deve ao fato que a demora da 
expropriação beneficiará o banco, pois quanto mais demorar, melhor será para seus 
créditos, devido ao aumento exponencial da dívida pelos meses diante da incidência 
de juros, correções monetárias, multas e demais encargos. 
 
 Trata-se de situação exponencial que prejudicou enormemente o devedor, 
fazendo que a dívida aumentasse muito e o valor seja impagável, reduzindo as 
chances do mutuário fiduciante para quitar sua dívida, configurando ato ilícito e abuso 
desmedido do credor, o que deve ser rechaçado. 
 
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 Outro ponto crucial é a questão do preço vil. Na tentativa de expropriação do 
bem imóvel, o banco desobedece a regra básica que o imóvel a ser expropriado não 
pode ser avaliado em valor abaixo do mercado e tampouco pode ser arrematado ou 
adjudicado por preço menor muitas vezes do valor de mercado ou da avaliação 
condizente, sob pena de ser invalidada a expropriação. 
 
 Como já dito, o banco tem mais interesse no benefício fiscal do que receber 
as parcelas atrasadas ou o valor do leilão, que são valores secundários ao credor 
diante do excelente benefício ao deixar de pagar imposto. 
 
 No caso em tela. Evidente que o banco fiduciário já procedeu de forma 
vexatória ao induzir avaliação a menor e não condizente, bem como, levou a leilão 
em valor infime, abaixo do valor de 50 % do preço de mercado, colocando em sério 
risco o patrimônio familiar. 
 
 Neste formato contábil, a instituição financeira requerida obterá um lucro 
astronômico de uma mesma operação, obtendo os seguintes ganhos: 
 
1) Todos os valores pagos e dispendidos desde o início do contrato, conta 
corrente, empréstimos e da rede contratual que se formou nos anos; 
2) Todo o valor do imóvel recebido pelo leilão e da arrematação/adjudicação 
3) Todo o lucro contábil da operação financeira possibilitado pela alienação 
fiduciária do imóvel colocado como prejuízo, deixando de pagar imposto e 
prejudicando o erário público com a redução de sua dívida com o fisco, diante 
do bilhões de reais de lucro anual; 
 
 Considerando-se que o banco não tem interesse no valor final do leilão, em 
contrapartida, o devedor tem muito interesse, porque no caso de arrematação, o valor 
remanescente entre a dívida e o leilão deverá ser entregue. 
 
 Ora, mesmo que seja pouco, mas é o que lhe resta ao devedor na eventual 
perda do patrimônio em leilão, razão pela qual o valor da arrematação não pode ser 
por preço vil, conforme delineado na doutrina e na jurisprudência neste sentido. 
 
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 Outro fator sorrateiro da instituição financeira requerida é que manteve 
em erro a parte requerente, em todo tempo, fazendo-os acreditar na 
possibilidade do acerto, mas por via transversa e sem seu conhecimento, com 
a efetivação da mora e consolidação da propriedade interna sem que tivesse 
sido notificado. 
 
 A parte requerente acabou sabendo, por terceiros, sobre a ocorrência do 
leilão extrajudicial do seu imóvel, tendo assim os seus direitos violados, ao 
passo que não pode desta forma se socorrer do judiciário, vindo assim a saber 
posteriormente que o leilão do seu imóvel teria sido arrematado em praça de 
leilão, restando claro que seu bastante direito fora violado. 
 
 A partir destas constatações, a parte requerente se deparou com a realidade 
vexatória que o banco orquestrou silenciosamente a expropriação do seu bem 
imóvel, mantendo-os em erro até a orquestrada tentativa de arrematação ou 
adjudicação do imóvel de sua moradia. 
 
 Assim sendo, faz-se necessário que a instituição financeira requerida 
entregue em juízo todos os contratos, notificações extrajudiciais e extratos à 
elucidação e suficientes das operações em rede contratual a partir da conta 
corrente e contratos, como um todo, cuja negativa do banco não pode 
prosperar, mormente como elemento probatório. 
 
 O pior é que além dos erros formais na notificação à purgação da mora 
no tempo devido, o banco requerido - com deslealdade omitiu o leilão e não 
realizou a intimação pessoal da parte requerente acerca da data, horário e local 
do leilão extrajudicial do imóvel em questão. 
 
 Ora, é um princípio basilar do direito dodevedor – em qualquer ato 
processual ou extraprocessual em caso de expropriação, ainda mais de imóvel, 
onde cediço que o devedor tem o direito ao conhecimento absoluto do leilão e 
dos detalhes que o norteia, pois até tal momento, poderá remir ou purgar a 
mora. 
 
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 A obrigatoriedade da notificação e ciência dos respectivos devedores 
acerca purgação da mora e da data, hora e local do leilão extrajudicial é 
condição fundamental a regularidade da eventual arrematação ou adjudicação 
do bem objeto da expropriação, sendo esta a posição pacifica e uníssona tanto da 
doutrina quanto da jurisprudência dos nossos Tribunais, especialmente o Superior 
Tribunal de Justiça que assim já decidiu, sendo caso de invalidade e nulidade dos 
atos jurídicos daí decorrentes. 
 
 O pior é que além dos erros formais na notificação à purgação da mora no 
tempo devido, o banco requerido - com deslealdade omitiu o leilão e não realizou a 
intimação pessoal da parte requerente acerca da data, horário e local do leilão 
extrajudicial do imóvel em questão. 
 
 Perquire-se então qual motivo levou o banco requerido deixar de cientificar a 
parte requerente acerca da data do leilão, já que a legislação assim obriga o devedor, 
mas não o fez. 
 
 Ora, não resta dúvida que o banco sabe onde encontrar as partes requeridas. 
Possui o domicilio e o endereço pessoal dos mesmos, na mesma forma procedida 
pelo oficial do registro de imóvel, não havendo qualquer alegação plausível que 
motive o respectivo ato irregular do banco no caso concreto. 
 
 Ademais, sequer consta que o banco requerido e leiloeiro procederam o 
obrigatório procedimento de avaliação do bem imóvel objeto da expropriação, 
violando novamente diversos preceitos constitucionais, o que torna invalido por si só 
também os eventuais atos jurídicos decorrentes. 
 
 Assim sendo, faz-se necessário que a instituição financeira requerida 
entregue em juízo todos os contratos e extratos à elucidação e suficientes das 
operações em rede contratual a partir da conta corrente e contratos, como um 
todo, cuja negativa do banco não pode prosperar, mormente como elemento 
probatório. 
 
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 O eventual laudo pericial sempre restará incompleto por culpa exclusiva do 
banco ao negar a entrega de todos os contratos, aditivos e extratos bancários das 
movimentações financeiras, denota-se que o resultado parcial do laudo pericial 
preliminar já demonstra em simples análise que os valores objeto da execução 
são ilíquidos e incertos. 
 
 Considera-se ainda há cláusulas abusivas e taxas ilegais, com juros sequer 
apontados corretamente no quadro resumo contratual, que oportunamente serão 
detalhadas no momento da fundamentação probatória, atestando vicio insanável que 
precisa ser corrigido e adequado pelo Estado-Juiz. Ora, tratam-se ainda de taxas de 
juros acima do permitido, com encargos contratuais e sistemáticas de amortização 
passiveis de depurada analise, que precisam ser revisadas para se obter o verdadeiro 
“quantum debeatur”. 
 
 Nesta particularidade, claramente é passível de impugnação e revisão todos 
o processo executório desencadeado erroneamente pelo banco requerido. Nesta 
feita, em decorrência da consolidação da propriedade ser resultado de ilegalidades e 
de vícios insanáveis em sua origem, em situação eivada de irregularidades, conforme 
atesta competente Parecer técnico contábil que instrui a presente, lógica há senão 
obstar o andamento de todos os atos expropriatórios até decisão final da presente 
medida jurisdicional. 
 
 Trata-se de uma situação de grave risco de perda de patrimônio que a 
parte requerente necessita ser resguardada ante ao perigo iminente e de difícil 
reparação provocado pelos atos ilícitos e arbitrários da instituição financeira. 
 
 De plano, como já exposto, o valor da execução extrajudicial proposta pelo 
banco mediante a Lei n 9.514/97 descumpre as exigências legais prevista em nosso 
ordenamento jurídico. Pior, o valor é incerto, ilíquido e inexigível pelo erro crasso na 
cobrança, tendo em vista os valores já pagos no transcorrer do acordo omitido, razão 
pela qual deve ser passado pelo crivo do poder judiciário. 
 
 As documentações atestando os pagamento de parcelas de entradas e 
mensais comprovam o direito líquido e certo da parte requerente em depositar o 
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valores das vencidas em juízo, mediante a consignação em pagamento proposta, 
liberando-os da obrigação, até ulterior decisão, o que demonstra boa fé e lealdade 
contratual que o banco requerido demonstrou não possuir no negócio jurídico. 
 Caso o poder judiciário não obste os atos expropriatórios, fechando os olhos 
para uma realidade que prejudica os devedores fiduciantes, estar-se-á oficializando 
o ilícito em favor do banco requerido, até porque nosso ordenamento judídico protege 
e imputa direito ao devedor de remir e purgar a mora neste momento, o que foi 
negado injustificadamente pela instituição financeira. 
 
 Em vista disto, invoca-se a tutela jurisdicional, face ao perigo de iminente 
lesão ao seu patrimônio, cumulado a um dano potencial, que, se não suprido, 
“in oportune tempore”, tornar-se-á ineficaz a prestação jurisdicional, ferindo, 
desse modo, os princípios da boa-fé, da exceção do contrato não cumprido, da 
onerosidade excessiva e da “lex partes”. 
 
II. DO DIREITO 
SISTEMA DE FINANCIAMENTO IMOBILIARIO LEI (9.514/97) ESPÉCIE DO 
GÊNERO SISTEMA FINANCEIRO DA HABITAÇÃO (LEI Nº 4.380/64) 
 
 Conforme exposto, a parte requerente firmou com a parte requerida contrato 
de compra e venda de bem imóvel mediante contrato pactuado e regido pela Lei 
9.514/97. 
 
 O Sistema Financeiro da Habitação foi instituído pela Lei n. 4.380, de 21 de 
agosto de 1.964, tendo como objeto precípuo promover e facilitar a aquisição da casa 
própria à classe de menor renda e o sistema de Financiamento Imobiliário – SFI foi 
instituído pela lei 9.514/97. 
 
 Este último trata-se de uma espécie do Sistema Financeiro da Habitação, 
contudo possuem particularidades e características próprias. Sua diferenciação 
centra-se na forma de captação de recurso que sustentam sua existência. 
 
1. No SFH, os recursos são oriundos da poupança e do FGTS, portanto, sociais e 
sob vigilância Estatal, que precisa do retorno para o financiamento de novos. 
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2. No SFI, os recursos são oriundos do mercado de capitais e financeiro, portanto, 
privados. 
 
 Desta feita, mediante o caso apresentado, pode-se afirmar que é possível 
averbar contrato de alienação fiduciária de bem imóvel firmado por instrumento 
particular com pessoa que não integra o Sistema de Financiamento Imobiliário, 
conforme se extrai do art. 38 da Lei 9.514/97, in verbis: 
 
“Os atos e contratos referidos nesta Lei ou resultantes da 
sua aplicação, mesmo aqueles que visem à constituição, 
transferência, modificação ou renúncia de direitos reais 
sobre imóveis, poderão ser celebrados por escritura 
pública ou por instrumento particular com efeitos de 
escritura pública”. 
 
 Assim sendo, vale-se mencionar que a alienação fiduciária, nos moldes da Lei 
9.514/97, pode ser contratada por qualquer pessoa, física ou jurídica, e não é privativa 
das entidades que operam no Sistema de Financiamento Imobiliário, restando 
patente que contratos de alienação fiduciária de imóvel são daqueles a que não se 
exige forma pública,podendo ser validamente celebrados por instrumento particular, 
conforme é o presente caso. 
 
DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores da Décima 
Sexta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do 
Paraná, por unanimidade de votos, em dar parcial provimento 
ao recurso de apelação. EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. 
AÇÃO ORDINÁRIA DE ANULAÇÃO DE PROCEDIMENTO 
DE CONSOLIDAÇÃO DE PROPRIEDADE IMÓVEL. 
CONTRATO PARTICULAR DE VENDA E COMPRA DE 
BEM IMÓVEL, FINANCIAMENTO COM GARANTIA DE 
PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA DE BEM IMÓVEL 
CONSTITUÍDA MEDIANTE SUA ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA 
E OUTRAS AVENÇAS. PURGAÇÃO DA MORA APÓS A 
CONSOLIDAÇÃO DA PROPRIEDADE DO BEM IMÓVEL AO 
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CREDOR. POSSIBILIDADE - DESDE QUE NÃO TENHA 
SIDO ARREMATADO POR TERCEIROS.PRECEDENTES 
DO STJ. VALOR DEPOSITADO. INSUFICIENTE PARA 
PURGAR A MORA. COMPLEMENTAÇÃO.NECESSIDADE. 
SUCUMBÊNCIA.ADEQUAÇÃO. - Não tendo o bem imóvel 
objeto da alienação fiduciária sido arrematado por terceiros, 
mostra-se possível a purgação da mora pelo devedor 
fiduciante, ainda que posteriormente à consolidação da 
propriedade ao credor fiduciário, eis que o objetivo da 
alienação fiduciária é garantir a quitação da dívida e não a 
transferência definitiva da propriedade do bem imóvel 
dado em garantia ao credor fiduciário. Apelação Cível nº 
1571926-5. j- O valor depositado pela parte apelada mostra-
se insuficiente para quitar o débito, eis que em razão do 
pagamento em atraso são devidos valores ao banco réu pela 
aplicação das cláusulas 14ª, 15ª, 16ª e 17ª do contrato objeto 
dos autos, além das despesas administrativas com a 
realização do leilão, limitado o total devido ao indicado pelo 
banco réu às fls. 163 e 272. - Havendo vencedor e vencido 
haverá sucumbência recíproca, impondo-se a distribuição das 
custas, despesas processuais e honorários advocatícios na 
proporção da vitória e derrota de cada parte. Apelação Cível 
provida parcialmente. (TJPR - 16ª C.Cível - AC - 1571926-5 - 
Ponta Grossa - Rel.: Paulo Cezar Bellio - Unânime - - J. 
07.12.2016) (TJ-PR - APL: 15719265 PR 1571926-5 
(Acórdão), Relator: Paulo Cezar Bellio, Data de Julgamento: 
07/12/2016, 16ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ: 1957 
26/01/2017) 
 
 Assim, vale-se dizer que no que tange a alienação fiduciária, este instituto está 
então inserido no contexto da necessidade de dinamizar e facilitar o crédito, bem 
como a circulação da riqueza, tendo então sido regulamentada pela Lei 9.514/97, 
com o intuito de contribuir assim para o progresso do Mercado imobiliário. 
 
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 Pela Lei 9.514/97, podemos extrair que a alienação fiduciária de coisa imóvel 
é um “negócio jurídico pelo qual o devedor, ou fiduciante, com o escopo de garantia, 
contrata a transferência ao credor, ou fiduciário, da propriedade resolúvel de coisa 
imóvel” (artigo 22 da Lei 9.514/97). 
 
 O contrato deve ser escrito, por instrumento particular ou público, e registrado 
no Cartório de Registro de Imóveis. A propriedade fiduciária de coisa imóvel se 
constitui, conforme dispõe o artigo 23 da Lei 9.514/97, mediante registro do contrato 
que lhe serve de título, ocasião em que se dá o desdobramento da posse e criam-se 
as figuras do fiduciante possuidor direto e do fiduciário possuidor indireto. 
 
 Dentre outras engrenagens, O SFI constituindo principalmente pelas CRI e 
pela abrupta alienação fiduciária asseguraram o fomento e a garantia de 
expropriação célere a aprimorar a demanda habitacional reprimida e ao 
desenvolvimento econômico do País, num setor estagnado que ajudará na geração 
de mlihares de empregos e de riquezas diversas. 
 
 Excelência, cumpre registar que a alienação fiduciária contida no contrato e 
tão utilizada pelo banco requerido se trata atualmente da maior abusividade de nosso 
Sistema, sendo crível a fragilidade das pessoas físicas e jurídicas que estão a mercê 
desta famigerada excrecência, necessitando ser combatida e questionados cada ato 
expropiatório, em total vigilância. 
 
DA NATUREZA DO CONTRATO – EMPRÉSTIMO COM GARANTIA REAL - 
CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO – ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE IMÓVEL - LEI 
Nº 9.514/97 
 
 O negócio jurídico em comento se trata de Cédula de Crédito Bancário – CCB. 
Originalmente criada através da Medida Provisória nº 1.925/99, com reedições 
sucessivas e diante das controvérsias em seu bojo, a Lei nº 10.931/2004 acabou 
dispondo sobre diversas concessões e modalidades de empréstimos financiamentos 
mediante lastros, cédulas e demais operações financeiras, dentre elas as Cédulas de 
Créditos que ainda não eram validadas. 
 
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 Assim sendo, o objetivo da Lei nº 10.931/2004 foi decorrente da necessidade 
de conceder uma maior segurança jurídica aos contratos baseados nestas 
modalidades, especialmente às Cédulas de Créditos bancários e dos 
Financiamentos imobiliários objetos de diversas discussões judiciais que a respectiva 
Legislação pretendia estabelecer validação e delimitações a entendimentos judiciais, 
como resposta ao Mercado diante das liminares e decisões contrárias aos interesses 
dos bancos e do setor financeiro. 
 
 Como uma legislação corporativa criada nos moldes dos interesses das 
instituições financeiras – configurando-se como patente “legislação suspeita”, a Lei nº 
10.931/2004 cumpriu com seu objetivo principal de delimitar os entendimentos 
jurisprudenciais que tanto prejudicavam os bancos mediante seus artigos 
encomendados ao Congresso Nacional, o que - todavia até hoje é objeto de inúmeras 
contestações e questionamento de sua legalidade. 
 
 Consoante os artigos 26 a 28 da Lei nº 10.931/2004, constitui-se a Cédula de 
Credito bancário: 
 
Art. 26. A Cédula de Crédito Bancário é título de crédito 
emitido, por pessoa física ou jurídica, em favor de 
instituição financeira ou de entidade a esta equiparada, 
representando promessa de pagamento em dinheiro, 
decorrente de operação de crédito, de qualquer 
modalidade. 
§ 1o A instituição credora deve integrar o Sistema 
Financeiro Nacional, sendo admitida a emissão da Cédula 
de Crédito Bancário em favor de instituição domiciliada 
no exterior, desde que a obrigação esteja sujeita 
exclusivamente à lei e ao foro brasileiros. 
§ 2o A Cédula de Crédito Bancário em favor de instituição 
domiciliada no exterior poderá ser emitida em moeda 
estrangeira. 
Art. 27. A Cédula de Crédito Bancário poderá ser emitida, 
com ou sem garantia, real ou fidejussória, cedularmente 
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constituída. 
Parágrafo único. A garantia constituída será especificada 
na Cédula de Crédito Bancário, observadas as 
disposições deste Capítulo e, no que não forem com elas 
conflitantes, as da legislação comum ou especial 
aplicável. 
Art. 28. A Cédula de Crédito Bancário é título executivo 
extrajudicial e representa dívida em dinheiro, certa, líquida 
e exigível, seja pela soma nela indicada, seja pelo saldo 
devedor demonstrado em planilha de cálculo, ou nos 
extratos da conta corrente, elaborados conforme previsto 
no § 2o 
Art. 29. A Cédula de Crédito Bancário deve conter os 
seguintes requisitos essenciais: 
I - a denominação "Cédula de Crédito Bancário"; 
II - a promessa do emitente de pagar a dívida em dinheiro, 
certa, líquida e exigível no seu vencimento ou, no caso de 
dívida oriunda de contrato de abertura de crédito 
bancário, a promessa do emitente de pagar a dívida em 
dinheiro, certa, líquida e exigível,correspondente ao 
crédito utilizado; 
III - a data e o lugar do pagamento da dívida e, no caso de 
pagamento parcelado, as datas e os valores de cada 
prestação, ou os critérios para essa determinação; 
IV - o nome da instituição credora, podendo conter 
cláusula à ordem; 
V - a data e o lugar de sua emissão; e 
VI - a assinatura do emitente e, se for o caso, do terceiro 
garantidor da obrigação, ou de seus respectivos 
mandatários 
 
 Nesta razão, o Superior Tribunal de Justiça – STJ em recurso repetitivo já 
assentou entendimento que a Cédula de Crédito Bancário é título executivo 
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extrajudicial, sendo possível ser emitida para comprovar operações em conta-
corrente, crédito rotativo e cheque especial, inclusive. 
 
 Assim sendo, cediço que em toda execução oriunda da Cédula de Crédito seja 
judicial e extra-judicial pela Lei nº 9.514/97 - que veremos adiante, faz-se necessário 
conter todos os documentos inerentes a uma execução de Título extrajudicial, sob 
penalidade de nulidade formal, diante da insubsistência e insuficiência de 
documentos para instruí-la. 
 
DA CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO 
 
 Sobremaneira, após a constitucionalização do direito civil e o reconhecimento 
pelo STF da eficácia dos direitos fundamentais entre os particulares, especialmente 
a dignidade da pessoa humana, a flexibilização do princípio do “Pacta Sunt Servanda” 
se impõe, principalmente quando há claro desequilíbrio entre as partes contratantes, 
como no caso em questão. 
 
 Assim sendo, independente de fato superveniente e excessivamente oneroso 
estabelecido, só restaria a parte agravante suportar até o final, sem chance de defesa 
ou levar a qualquer discussão pela perda da autonomia contratual e social. 
 
 A parte requerente não pretende deixar de cumprir o contrato. Pelo contrário, 
objetiva esgotar todas as possibilidades antes de desistir de sua casa. 
Contrariamente ao entendimento do Juízo “a quo”, visa manter o contrato, não quer 
sua extinção, até porque já pagou muito. Com a ajuda de familiares, pretende pagar 
o que lhe é devido. 
 
 Não é possível que qualquer do povo que decida revisar matéria, 
cláusula ou encargos extorsivos com vícios na origem contratual seja obrigado 
a depositar a quantia inteira pois se já sem fôlego para continuar pagando, pior 
ainda durante o processo. 
 
 Neste sentido, aduz o magistrado Fabio Podestá: 
 
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“Temos, portanto, que fechar as portas ao devedor para a 
previsão judicial pela alegação contrária de que está em 
mora, não atende a qualquer rigor legal, especialmente 
porque o que está em jogo é a justiça contratual vinculada 
à necessária comutatividade das prestações”. 
 
 No mesmo passo, o Egrégio Tribunal Federal da 4ª Região já decidiu quanto 
a entendimento em sentido restrito denegando a revisão judicial e os depósitos 
judiciais pelo “pacta sunt servanda”. 
 
 Nesta particularidades, o Código Civil, no artigo 304, dispõe sobre aspectos à 
obrigação do pagamento aplicável ao caso: 
 
Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, 
usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes à 
exoneração do devedor, salvo oposição deste” 
 
 No mesmo passo, aduz o artigo 478, do mesmo “Codex” 
 
Art. 478: Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a 
uma das partes contratantes diminuição em seu 
patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a 
prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à 
prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que 
lhe compete ou dê garantia bastante para satisfazê-la, 
 
 A respectiva consignação em pagamento será realizada mediante depósito 
em conta judicial a ser deferida por este Digno juízo, baseada no acordo em 
cumprimento pela parte requerente, de maneira que as vincendas também sejam 
realizadas na mesma conta judicial, sem prejuízo às partes processuais. 
 
 Acerca do direito material à Consignação em pagamento, ensinam os Mestres 
Luiz Guilherme Marinoni, Sérgio Cruz Arenhart e Daniel Mitidiero, em sua obra Curso 
de Processo Civil, vol 3, Ed. Revista dos Tribunais, 2015, pg. 122: 
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Resta claro, portanto, que a função precípua da 
consignação é permitir ao devedor liberar-se da 
obrigação, evitando com isso que permaneça com o 
encargo de responder pelos juros e pelos riscos sobre a 
coisa, bem como para que possa desonerar-se da própria 
prestação devida. Em síntese, por meio da consignação, 
desde que feita de forma válida, o devedor restará 
desonerado da prestação assumida, de modo que, ao 
menos para si, a prestação não mais subsiste. Porém, 
pode ainda permanecer discutível a prestação por parte 
do outro pólo (credor) da obrigação, seja porque há 
duvida sobre quem deve receber, seja porque este se 
recusa a levantar o que fora depositado. 
 
 Infere-se daí que a aceitação, por parte do credor, não é elemento necessário 
para a existência do direito à consignação. Ainda que este não seja esteja de acordo, 
é direito do devedor liberar-se da obrigação consignando a prestação devida. 
Ademais, caracterizada estaria grave a afronta ao direito à propriedade, e ao preceito 
constitucional que ampara o direito à habitação e moradia familiar. Vale destacar que 
a lesão ao patrimônio do mutuário vai além da perda do imóvel, sobremaneira do 
cunho familiar; há também o iminente risco da possibilidade do imóvel ser 
arrematado. 
 
 Ora, o eventual prejuízo do banco será material, ao passo que, se consolidada 
a propriedade, o imóvel poderá ser levado à leilão extrajudicial e, sendo assim, 
envolverá terceiro alheio à discussão travada entre as partes, o qual, no futuro, 
poderá vir a ser privado do imóvel em razão de eventual vitória do banco mutuante. 
 
 No mesmo passo, a continuidade do pagamento se faz necessário a busca 
desta normalidade, razão pela qual socorre-se ao juízo para determinar ao agente 
financeiro que se abstenha de negar o recebimento das parcelas vencidas no 
contrato. 
 
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 Deste modo, a parte fiduciante precisa proceder o depósito por 
pagamento das respectivas parcelas em juízo, diante das sucessivas negativas 
do banco mutuante em recebê-las, o que a deixa em situação precária e danosa, 
possibilitando o agente financeiro continuar na execução da dívida e 
colocando em risco seu único patrimônio familiar. O meio mais eficaz para 
afastar os riscos de futura mora é realizar de imediato – além da purgação da 
mora salientada, o pagamento mensal perante este digno juízo mediante 
depósito judicial, razão pela qual se pede o seu deferimento, em tempo 
oportuno. 
 
 Os respectivos adimplementos obrigacionais oriundos do financiamento 
imobiliário em questão mediante consignação em pagamento e sucessivos depósitos 
durante o transcorrer do processo é matéria pacifica tanto na doutrina quanto na 
jurisprudência pátria, sendo procedimento técnico consolidado em nosso 
ordenamento, especialmente quando se trata de matéria social e econômica como é 
o caso da habitação, como se verifica adiante: 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO DE REVISÃO DE 
CLÁUSULA CONTRATUAL CUMULADA COM 
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO – DEPÓSITO DO 
VALOR QUE ENTENDE DEVIDO - POSSIBILIDADE – 
EFEITOS DA MORA, CONTUDO, NÃO AFASTADOS ANTE 
A DÚVIDA DA SUFICIÊNCIA DO DEPÓSITO OFERTADO – 
RECURSO PROVIDO, NO RESPECTIVO CAPÍTULO. I) A 
consignatória tem por finalidade obter sentençade 
declaração de suficiência do valor depositado como meio 
extintivo da obrigação do devedor, razão pela qual a 
faculdade de indicar o valor devido é do próprio devedor, 
não podendo sua vontade ser, neste ponto, substituída 
pela determinação judicial de depósito do valor integral, 
por contrariar o objeto e a finalidade da mesma ação. II) 
Recurso provido quanto a este ponto. [omissis] Recurso 
conhecido e parcialmente provido tão somente para 
permitir a consignação em pagamento do valor que os 
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requerenteses entendem devido. (TJ-MS - AI: 
14034223220168120000 MS 1403422-32.2016.8.12.0000, 
Relator: Des. Dorival Renato Pavan, Data de Julgamento: 
25/05/2016, 4ª Câmara Cível, Data de Publicação: 
30/05/2016) 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO 
EM PAGAMENTO C/C REVISIONAL DE CONTRATO – 
DEPÓSITO JUDICIAL – QUANTIA QUE A PARTE 
ENTENDE DEVIDA – POSSIBILIDADE – RECURSO 
PROVIDO. Admissível o depósito judicial das parcelas 
que a parte entende devida quando se estão discutindo os 
encargos pactuados no contrato de financiamento. Tal 
pretensão é permitida com intuito de se evitarem 
prejuízos à parte, como a inclusão do seu nome nos órgãos 
de restrição ao credito pela falta de pagamento (TJMS, AI n. 
2005.002459-3/00000-00, Dês. Rubens Bergonzi Bossay, 3ª 
turma Cível). 
 
 Mediante analogia, as respectivas regras do Código Civil acima dispostas, 
tratam-se de princípios peculiares à forma de pagamento voluntário pelo devedor – 
que aqui não se confunde com a consignação em pagamento e a extinção de sua 
obrigação perante o credor. 
 
PAGAMENTO DA MORA – NEGATIVA DO BANCO CREDOR – DIRETO DO 
DEVEDOR 
 
 Busca neste momento a parte requerente, ante à negativa do banco requerido 
no recebimento do valor da mora e no caso de não aceite pelo mesmo, inicialmente, 
a autorização em juízo para a realização mediante a consignação em 
pagamento, das parcelas atraso Com efeito, trata-se de purgação de mora a ser 
realizada em conformidade com os ditames legais do nosso ordenamento e, 
principalmente, com a legislação especifica do Sistema Financeiro da 
Habitação, previstas tanto na doutrina quanto na jurisprudência remansosa 
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pátria neste sentido. 
 
 Dispõe o artigo do 334, do Código Cívil pátrio: 
Art. 334: Considera-se pagamento, e extingue a obrigação 
o deposito judicial ou em estabelecimento bancário da 
coisa devida, nos casos e forma legais. 
Saliente-se que nos termos do artigo 26 e 27 da lei 
9.514/1997, todos os autores/fiduciante devem ser 
notificados quanto ao prazo para a purgação da mora e 
principalmente quanto à realização dos leilões 
extrajudiciais. 
 
 Frisa ainda que a necessidade de ser intimado quanto a realização dos leilões, 
se liga ao fato da possibilidade de purgar a mora até a lavratura do auto de 
arrematação, conforme entendimento do Informativo 552, do STJ, ao dispor, 
 
“POSSIBILIDADE DE PURGAÇÃO DA MORA MESMO 
APÓS A CONSOLIDAÇÃO DA PROPRIEDADE EM NOME 
DO CREDOR FIDUCIÁRIO. (…) No entanto, apesar de 
consolidada a propriedade, não se extingue de pleno 
direito o contrato de mútuo, uma vez que o credor 
fiduciário deve providenciar a venda do bem, mediante 
leilão, ou seja, a partir da consolidação da propriedade do 
bem em favor do agente fiduciário, inaugura - se uma nova 
fase do procedimento de execução contratual. Portanto, 
no âmbito da alienação fiduciária de imóveis em garantia, 
o contrato, que serve de base par a a existência da 
garantia, não se extingue por força da consolidação da 
propriedade, mas, sim, pela alienação em leilão público do 
bem objeto da al ienação fiduciária, a part ir da lavratura 
do auto de arrematação. (…) Desse modo, a purgação da 
mora até a arrematação não encontra nenhum entrave 
procedimental , tendo em vista que o credor fiduciário – nos 
termos do ar t . 27 da Lei 9.514/1997 – não incorpora o bem 
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alienado em seu patrimônio, que o contrato de mútuo não 
se extingue com a consolidação da propriedade em nome 
do fiduciário e, por fim, que a principal finalidade da 
alienação fiduciária é o adimplemento da dívida e a 
ausência de prejuízo para o credor. Além disso, a purgação 
da mora até a data da ar rematação atende a todas as 
expectativas do credor quanto ao contrato firmado, visto que o 
crédito é adimplido. Precedente ci tado: REsp 1.433.031-DF, 
Terceira Turma, DJe 18/6/2014. REsp 1.462.210-RS, Rel . 
Min. Ricardo Vi l las Bôas Cueva, j u l g a d o em 1 8 / 1 1 / 2 0 
1 4 . ” (gri famos) 
 
 Assim sendo, assistem direitos do autor quanto a suspensão/anulação dos 
leilões extrajudiciais, pois já houve a purgação da mora das prestações vencidas, 
possibilitando assim a discussão judicial quanto a validade da consolidação da 
propriedade e com os autores com seu direito a manutenção na posse. 
 
 Noutro verso, o perigo de dano está na arrematação por terceiros, caso 
venha a ser consolidada a propriedade e assim levada à praça de leilão, inócuo 
será a potencialidade da purgação da mora pelo autor, principalmente por todo o 
esforço que foi despendido para purgação da mora, com o fito de manutenção de sua 
moradia. 
 
 Ademais, teme a parte requerente que o banco proceda com a inserção 
do nome daqueles no cadastro de inadimplentes e inicie o procedimento de 
consolidação da propriedade, pois não estarão sendo pagos os boletos do 
banco, mas sim, depositados em juízo. 
 
 O que está sendo realizado e pedido é a título de cautela, temendo que algo 
indesejável possa ocorrer caso o banco não aceite as consignações em pagamento. 
 
 Neste sentido, sobre o pleito da parte requerente em tela, assim entendeu o 
E. TRF4: 
 
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ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. MORA. 
DEPÓSITO DO VALOR DEVIDO. AUTORIZAÇÃO DO 
JUÍZO. ART. 362 DA CTN. 1. Não descaracteriza a mora o 
ajuizamento isolado de ação revisional, de modo a autorizar a 
suspensão do pagamento das parcelas do financiamento no 
valor calculado pela parte credora. 2. Inexiste impedimento 
para que a agravante efetue o depósito do valor que 
entende devido. Ademais, a hipótese está prevista no art. 
362 da Consolidação Normativa da Corregedoria Regional 
da Justiça Federal da 4ª Região, a qual preconiza que tal 
depósito prescinde de autorização do juízo respectivo. 
(TRF4, AG 5020644-60.2019.4.04.0000, TERCEIRA TURMA, 
Relatora VÂNIA HACK DE ALMEIDA, juntado aos autos em 
30/07/2019). (Grifado) 
 
ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO 
REVISIONAL DE CONTRATO. TUTELA DE URGÊNCIA. 
INADIMPLEMENTO. EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO. 
CADASTRO DE INADIMPLENTES. SÚMULA 380 STJ. 
CAPITALIZAÇÃO DE JUROS. (...) 2. Não afasta a 
exigibilidade do crédito o mero ajuizamento de ação revisional 
de contrato bancário, controvertendo o quantum debeatur, 
conforme teor da Súmula 380 do STJ, sendo necessário, para 
tanto, a manutenção do pagamento do valor 
incontroverso, no tempo e modo contratados, além do 
depósito judicial dos valores objetos da controvérsia, ato 
este que, por ser voluntário da parte, prescinde de 
autorização judicial. (...) (TRF4, AG 5042284-
56.2018.4.04.0000, TERCEIRA TURMA, Relator ROGERIO 
FAVRETO, juntado aos autos em 20/03/2019). (Grifado e 
adaptado) 
 
 Portanto, deseja a parte requerente consignar as parcelas vincendas do 
contrato entabulado entre as partes litigantes, mas, necessita que este Tribunal 
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conceda a liminar para enquanto estejam adimplentes com o contrato, o banco 
requerido não proceda com a negativação do nome da parte requerente em 
órgãos de proteção ao crédito e não iniciem o procedimento de consolidação 
da propriedade. 
 
DO DIREITO AO ADIMPLEMENTO DA MORA PARA MANUTENÇÃO DO 
CONTRATO FIRMADO ATÉ A ARREMATAÇÃO 
 
 Conforme esclarecido nos autos, no intuito de saldar dívidas e resguardar o 
imóvel em que reside sua família, o autor contratou empréstimo bancário com 
garantia imobiliária nos moldes do Sistema Financeiro de Habitação – Lei 9.514/97 
com a instituição Ré, com garantia de alienação fiduciária. Diante do inadimplemento 
de uma parcela, a ré passou a criar óbices ao pagamento da dívida, suspendendo o 
débito automático das parcelas vincendas, o que contribuiu para o acúmulo do saldo 
devedor. 
 
 A partir de então, a Ré providenciou a execução da garantia do contrato, 
procedendo com a consolidação da propriedade em seu nome. 
 
 Ato contínuo, encaminhou o bem para leilão extrajudicial, o qual, acaso tenha 
sido arrematado, deverão os atos serem anulados por inexistente notificação. 
 
 Assim, verifica-se que é direito do Autor, devedor fiduciante, proceder com a 
purga da mora, para manutenção do pacto firmado com o banco réu, mesmo após a 
consolidação ter sido efetivada, a ser autorizado por este juiz o montante necessário 
para a purgação da devida mora, valor este a ser calculado pelo banco. 
 
 Isso porque, em que pese a Lei nº 13.465/2017 ter fixado o termo final para 
purgação da mora, como sendo até a consolidação da propriedade - antes 
considerada pela jurisprudência até a assinatura do auto de arrematação, no caso 
em testilha verifica-se que o contrato foi firmado entre as partes antes do advento 
da referida Lei Federal. 
 
 Nesse sentido: 
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“No sistema da alienação fiduciária de bem imóvel e nos 
contratos celebrados antes de 12 de julho de 2017, data 
da vigência da Lei 13.465/2017, admite-se a purgação da 
mora até a assinatura do auto de arrematação.” (Agravo 
de instrumento nº 2240667-20.2017.8.26.0000 Voto nº 
37.137 28ª Câmara Rel. Des. CELSO PIMENTEL, j. 
04/04/2018). 
 
 Dessa forma, em havendo previsão legal (art. 39, I) de aplicação do artigo 34 
do DL nº 70/99 à Lei nº 9.514/97 e não dispondo esta sobre a data limite para 
purgação da mora, CONCLUI-SE PELA INCIDÊNCIA IRRESTRITA DAQUELE 
DISPOSITIVO LEGAL AOS CONTRATOS CELEBRADOS COM BASE NA LEI Nº 
9.514/97, ADMITINDO-SE A PURGAÇÃO DA MORA ATÉ A ASSINATURA DO 
AUTO DE ARREMATAÇÃO, conforme já decidiu o Egrégio Superior Tribunal de 
Justiça, em acórdão proferido pelo Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, no julgamento 
do Recurso Especial nº 1.462.210/RS, 
 
“A análise dos dispositivos acima destacados revela que a alienação fiduciária em 
garantia de bem imóvel é composta por duas fases: 
 
1) consolidação da propriedade e alienação do bem a terceiros, mediante leilão. Com 
efeito, não purgada a mora no prazo de 15 (quinze) dias, a propriedade do imóvel é 
consolidada em favor do agente fiduciário, no caso, a Caixa Econômica Federal. 
2) No entanto, apesar de consolidada propriedade, não se extingue de pleno direito 
o contrato de mútuo, pois o credor fiduciário deve providenciar a venda do bem, 
mediante leilão, ou seja, a partir da consolidação da propriedade do bem em favor 
do agente fiduciário, inaugura-se uma nova fase do procedimento de execução 
contratual. 
 
 No âmbito da alienação fiduciária de imóveis em garantia, o contrato que serve 
de base para a existência da garantia não se extingue por força da consolidação da 
propriedade, mas, sim, pela alienação em leilão público do bem objeto da alienação 
fiduciária, a partir da lavratura do auto de arrematação. 
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 Assim, constatado que a Lei nº 9.514/1997, em seu art. 39, inciso II, permite 
expressamente a aplicação subsidiária das disposições dos arts. 29 a 41 do Decreto 
nº 70/1966, é possível afirmar a possibilidade de o devedor/mutuário purgar a mora 
em 15 (quinze) dias após a intimação prevista no art. 26, § 1º, da Lei nº 9.514/1997, 
ou a qualquer momento, até a assinatura do auto de arrematação (art. 34 do Decreto-
Lei nº 70/1966). 
 
 De fato, considerando-se que o credor fiduciário, nos termos do art. 27 da Lei 
nº 9.514/1997, não incorpora o bem alienado em seu patrimônio, que o contrato de 
mútuo não se extingue com a consolidação da propriedade em nome do fiduciário, 
que a principal finalidade da alienação fiduciária é o adimplemento da dívida e a 
ausência de prejuízo para o credor, a purgação da mora até a arrematação não 
encontra nenhum entrave procedimental, desde que cumpridas todas as exigências 
previstas no art. 34 do Decreto-Lei nº 70/1966”. 
 
 Nesta mesma seara: 
 
EMENTA. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. 
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BEM IMÓVEL. PURGAÇÃO 
DA MORA ATÉ A LAVRATURA DO AUTO DE 
ARREMATAÇÃO. POSSIBILIDADE. PAGAMENTO DO 
DÉBITO VENCIDO. CLÁUSULA DE VENCIMENTO 
ANTECIPADO PACTUADA LIVREMENTE. LEGALIDADE. 
DÉBITO CONSUBSTANCIADO PELO SALDO DEVEDOR 
MAIS OS ACRÉSCIMOS LEGAIS E CONTRATUAIS. 1. A 
jurisprudência desta Corte garante ao devedor a possibilidade 
de purga da mora até a lavratura do auto de arrematação pelo 
pagamento integral do débito, devendo o débito ser 
entendido como as obrigações vencidas acrescidas dos 
encargos legais e contratuais. 2. No caso em exame, o 
débito representa a totalidade do saldo devedor mais os 
encargos, em razão da existência de cláusula contratual de 
vencimento antecipado da dívida, livremente pactuada entre 
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as partes. 3. Agravo Interno a que se nega provimento. AgInt 
no Resp 1760519 / SC AGRAVO INTERNO NO RECURSO 
ESPECIAL 2018/0210045-4 – Relator (a) Ministra MARIA 
USABEL GALLOTTI (1145). Órgão Julgador T4 – QUARTA 
TURMA. Data do Julgamento 17/09/2019. Data da 
Publicação/Fonte DJe 30/09/2019 
 
 Salienta-se que no julgado acima a possibilidade de purgar a mora pelo 
pagamento da totalidade do saldo devedor, e não somente débito ser entendido como 
as obrigações vencidas acrescidas dos encargos legais e contratuais, tendo em vista 
que o fiduciante não contestou a cláusula contratual que previa a existência de 
vencimento antecipado da dívida. 
 
 Sobre o tema, vale colacionar as recentes decisões do Egrégio Tribunal de 
Justiçado Estado de São Paulo, vejamos: 
 
“AGRAVO REGIMENTAL -DECISÃO QUE NEGOU 
SEGUIMENTO A AGRAVO DE INSTRUMENTO 
MANIFESTA IMPROCEDÊNCIA RECURSO IMPROVIDO. O 
art. 34 do Dec. Lei nº 70/6, que disciplina a Cédula 
Hipotecária, determina que é lícito ao devedor, a qualquer 
momento, até a assinatura do auto de arrematação, 
purgar o débito, disposição expressamente aplicável aos 
contratos regulados pela Lei 9.514/97 (art. 39, I)”. (TJSP, Ag. 
Reg. 202489- 25.2013.8.26.00/50000, rel. Des. Clóvis Castelo, 
35ª Câm. de Dir. Priv., j. em 10.07.2013) (g/n.) 
 
“ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. BEM IMÓVEL. Ação anulatória de 
execução extrajudicial. Sentença de procedência do pedido. 
Apelo da ré. Purgação da mora até a data da assinatura do 
auto de arrematação. Contrato celebrado antes da vigência 
da Lei nº 13.465/2017. Possibilidade. Dicção do artigo 34 do 
DL 70/1966, aplicável aos contratos regidos pela Lei nº 
9.514/97. Consolidação da propriedade do bem em favor 
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do credor fiduciário que não afasta o direito dos 
devedores de purgar a mora. Entendimento consolidado no 
C. STJ e nesta Corte Superior Paulista. Verba honorária” 
(TJSP - 4001507- 23.2013.8.26.0405 - 25ª Câmara de Direito 
Privado D.J. 08/06/2018) (g/n.) 
 
“ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BEM IMÓVEL. Ação de 
consignação em pagamento com pedido liminar. É lícito ao 
devedor, a qualquer momento, até a assinatura do auto de 
arrematação, purgar o débito. Exegese do artigo 34, do 
Dec. Lei n.º 70/66, aplicável aos contratos disciplinados 
pela Lei n.º 9.514/97. Embora já realizado o leilão 
extrajudicial, imperioso o reconhecimento da 
possibilidade de purgação da mora pelo autor, ora 
agravante, devendo os atos expropriatórios ser 
suspensos até julgamento da demanda principal -Recurso 
provido, a fim de que seja reconhecida a possibilidade de 
purgação da mora, suspendendo o procedimento 
administrativo na fase em que estiver, com observação.” 
(TJSP, Ag. Inst. 2145310-18.2014.8.26.0000, rel. Des.Carlos 
Nunes, 33ª Câm. Dir. Priv., julg. em 22/09/2014) (g/n.) 
 
 Dessa forma, em havendo previsão legal (art. 39, I) de aplicação do artigo 34 
do DL nº 70/99 à Lei nº 9.514/97 e não dispondo esta sobre a data limite para 
purgação da mora, conclui-se pela incidência irrestrita daquele dispositivo legal aos 
contratos celebrados com base na Lei nº 9.514/97, como o caso em apreço, 
ADMITINDO-SE A PURGAÇÃO DA MORA ATÉ A ASSINATURA DO AUTO DE 
ARREMATAÇÃO. 
 
 Ainda, considerando que a purga pressupõe o pagamento integral do débito, 
inclusive dos encargos legais e contratuais, nos termos do art. 26, § 1º, da Lei nº 
9.514/97, sua concretização até a assinatura do auto de arrematação não induz 
nenhum prejuízo ao credor. Em contrapartida, assegura ao adquirente/contratante o 
direito de recuperar o imóvel financiado, cumprindo, assim, com os desígnios e 
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anseios não apenas da Lei nº 9.514/97, mas do nosso ordenamento jurídico como 
um todo, em especial da Constituição Federal no que diz respeito ao direito social e 
constitucional à moradia. 
 
 In casu, soube-se por terceiros que o leilão extrajudicial foi deserto, e, se 
tiver havido venda direta pela Caixa, esta pode ser suspensa sem ocasionar 
qualquer prejuízo para a Ré ou para terceiros de boa-fé, uma vez que o Autor 
se encontra na posse do imóvel 
 
 Como ressaltado, após a ajuda de seus parentes, o autor visa reunir o valor 
necessário para quitar todas as parcelas vencidas do contrato, com os respectivos 
encargos, pelo que a manutenção do contrato, se deferida por este d. Juízo, não será 
inócua. 
 
 Veja, Exa., o imóvel que está prestes a ser leiloado ou vendido pertence à 
família do autor, sendo este o único bem que abriga seus familiares. A purga da mora 
só não foi realizada antes da consolidação da propriedade, por exigências 
desarrazoadas apresentadas pela parte Ré, como amplamente demonstrado na 
presente demanda, inclusive ausência de notificação. 
 
 Portanto, constatado que a Lei nº 9.514/1997, em seu art. 39, inciso II, permite 
a aplicação subsidiária das disposições dos artigos 29 a 41 do Decreto nº 70/1966, 
de rigor a procedência do pedido de consignação das parcelas vencidas, para a 
purgação da mora, mesmo após a intimação prevista no art. 26, § 1º, da Lei nº 
9.514/1997, uma vez que o leilão foi deserto (artigo 34 do Decreto-Lei nº 70/1966). 
 
 Pugna-se portanto pelo pedido de suspensão e anulação dos atos 
expropriatórios realizados pelo banco requerido, para salvaguardar desta forma o 
direito à moradia da parte requerente no imóvel. 
 
 Pelo provimento. 
 
 
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DAS NULIDADES PROCEDIMENTAIS – INVALIDADE DOS ATOS 
EXPROPRIATÓRIOS – LEI 9.514/97 DA FALTA DA NOTIFICAÇÃO E 
INTIMAÇÃO PESSOAL DOS MUTUÁRIOS DO DIA, HORA E LOCAL DO LEILÃO 
– OBRIGATORIEDADE - INVALIDADE ABSOLUTA DOS ATOS JURÍDICOS – 
PRECEDENTES DO STJ 
 
 Excelência, insta mencionar que O CREDOR REQUERIDO NÃO 
PROCEDEU A DEVIDA INTIMAÇÃO PESSOAL DA PARTE REQUERENTE 
ACERCA DA PURGA DA MORA E DOS LEILÕES DESIGNADOS, conforme 
determina o art. 39 da Lei 9.514/97, aplicam-se as disposições os artigos 29 a 41 do 
Decreto Lei 70/66 às operações de financiamento imobiliário em geral a que se refere 
a Lei 9.514/97. 
 
 A parte requerente não foi intimada pessoalmente sobre as datas dos leilões 
designados, logo, não houve a obrigatoriedade da publicidade dos praceamentos ao 
fiduciante como dispõe a lei, e entende a jurisprudência. Tal inobservância está por 
trazer prejuízos irreparáveis a parte requerente que teve o imóvel sendo levado a 
leilão. 
 
 Há que se observar ainda que não houve sequer direito à ampla defesa, e, 
também ao contraditório, pois o banco requerido não seguiu o procedimento correto 
como preceitua a Lei Federal 9.514/97. 
 
 Neste mesmo sentido, outro importante julgado do Min. Ricardo Villas Boas, 
também do STJ dispõe: 
 
(...) "No âmbito do Decreto-Lei nº 70/66, a jurisprudência do 
Superior Tribunal de Justiça há muito se encontra 
consolidada no sentido da necessidade de intimação 
pessoal do devedor acerca da data da realização do leilão 
extrajudicial. Entendimento que se aplica aos contratos 
regidos pela Lei 9.514/97” (RESP 1447687/DF. Rel. Rel. 
Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA 
TURMA, julgado em 21/08/2014, DJe 08/09/2014). 
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 No caso concreto, a parte requerente obteve ciência pelo acaso, e tem de se 
socorrer do poder judiciário o que nos ditames da Lei 9.514/97 já enseja nulidade 
absoluta pelo fato de não ter havido sido realizada a intimação pessoal do devedor 
para os leilões, o qual a parte somente veio a ter ciência por intermédio de terceiros, 
o que contraria totalmente o disposto na legislação que rege a matéria, conforme 
recorte abaixo colacionado: 
 
 Sequer tinha as documentações necessárias e provas à medida 
jurisdicional, já que tanto o banco quanto o leiloeiro se negaram 
administrativamente a entregar quaisquer documentos relativos ao caso. 
(ANEXO) 
 
 Inicialmente, destaca-se que, aos contratos de alienação fiduciária de bens 
imóveis se aplicam as disposições da Lei nº 9.514/97. Por sua vez, o art. 26, § 3º, da 
referida Lei, determina a constituição em mora do devedor inadimplente por meio de 
sua intimação pessoal, de forma que se mostra imprescindível o preenchimento deste 
requisito por parte da Instituição Financeira que pretende exercer seu direito de 
retomada do imóvel. 
 
 Nesse sentido, é cediço, que a questão relativa a falta da intimação dos 
devedores da data, hora e local do leilão extrajudicial é matéria já pacificada pelo 
Superior Tribunal de Justiça e pelas Câmaras Ordinárias, de forma que os Tribunais 
têm solidificado suas posições neste sentido, invalidando e anulando todos os atos 
expropriatórios quando não for comprovada a intimação pessoal do devedor 
fiduciante acerca da data, dia e hora do leilão. 
 
 No caso dos autos, o Requerente não foi notificado pessoalmente pela 
instituição Financeira, tendo tomado conhecimento do leilão de seu imóvel por 
terceiros. Por outro lado, ao solicitar a documentação relativa aos atos 
expropriatórios, o Banco Requerido sequer tinha a documentação necessária ou 
provas à medida jurisdicional, e tanto o banco quanto o leiloeiro se negaram 
administrativamente a entregar quaisquer documentos relativos ao caso. 
 
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 A obrigatoriedade da notificação e intimação pessoal do devedor em mora e 
e em leilão judicial e extrajudicial trata-se de matéria já sedimentada pela doutrina e 
jurisprudência pátria, corroborado pelos princípios básicos de nosso ordenamento 
jurídico que em nenhuma hipótese possibilita a expropriação de bens sem antes 
restar comprovada a ciência e o conhecimento de atos judiciais e extrajudiciais, 
especialmente no caso de dívidas que envolvam imóveis e bens imóveis diante das 
peculiaridades que cerceiam a matéria da moradia e da propriedade. 
 
 A propósito, colaciona-se recentes decisões proferidas pelo Superior Tribunal 
de Justiça: 
 
“RECURSO ESPECIAL Nº 1.733.753 - DF (2018/0079846-4) 
RELATORA: MINISTRA NANCY ANDRIGHI – 
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO 
ANULATÓRIA. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. BEM IMÓVEL. 
LEILÃO EXTRAJUDICIAL. INTIMAÇÃO PESSOAL DO 
DEVEDOR. NECESSIDADE. 1. Julgamento sob a égide do 
CPC/15. 2. No âmbito do DL 70/66, é necessária a 
intimação pessoal do devedor acerca da data da 
realização do leilão extrajudicial, entendimento que se 
aplica aos contratos regidos pela Lei 9.514/97, referente à 
alienação fiduciária de coisa imóvel. Súmula 568/STJ. 3. 
Recurso especial conhecido e provido. DECISÃO Cuida-se de 
recurso especial interposto por MARIA VERALUCIA 
RODRIGUES CAMPOS e VALTER BATISTA CAMPOS, 
fundamentado nas alíneas a e c do permissivo constitucional. 
Recurso Especial interposto em: 25/10/2017. Concluso ao 
gabinete em: 10/04/2018. Ação: anulatória, ajuizada pelos 
recorrentes, em face de ASSOCIAÇÃO DE POUPANÇA E 
EMPRÉSTIMO POUPEX e OUTROS, na qual requerem a 
anulação de leilão extrajudicial de imóvel submetido à 
execução hipotecária, tendo em vista a ausência de intimação 
dos demandantes acerca do local, dia e hora da realização do 
leilão mencionado. Os demandados apresentaram 
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reconvenção, na qual requerem: i) a declaração de que os 
recorrentes/reconvindos devem zelar pela conservação do 
imóvel (mantendo o pagamento em dia das despesas 
decorrentes do seu uso); ii) a determinação de diligência por 
oficial de justiça para certificação do estado de conservação 
do bem; e iii) a condenação dos recorrentes/reconvindos ao 
pagamento de R$ 1.904,95 mensais, desde 05/01/2015 até a 
data da efetiva desocupação do imóvel. Sentença: julgou 
improcedente a ação principal e a reconvenção. Acórdão: 
negou provimento à apelação interposta pelos recorrentes, 
nos termos da seguinte ementa: CONTRATO IMOBILIÁRIO 
COM ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. INTIMAÇÃO DO 
DEVEDOR. PURGAÇÃO DA MORA. LEILÃO 
EXTRAJUDICIAL. PREVISÃO LEGAL. 1. A previsão legal de 
intimação pessoal do devedor nos contratos imobiliários 
com alienação fiduciária refere-se à purgação da mora, a 
qual culmina na consolidação da propriedade do imóvel à 
instituição bancária e, posteriormente, na realização, 
legítima, do leilão extrajudicial, arts. 26 e 27 da Lei 
9.514/97. 
2. Apelação conhecida e desprovida. (e-STJ, fl. 537) Recurso 
especial: alega a violação dos arts. 28 a 41, todos do DL 70/66; 
39, II, da Lei 9.514/97, bem como dissídio jurisprudencial. 
Sustenta a necessidade de intimação pessoal do devedor 
acerca do local, dia e hora da realização do leilão extrajudicial, 
sob pena de nulidade. RELATADO O PROCESSO, 
DECIDESE. - Julgamento: aplicação do CPC/15 - Da 
necessidade de intimação pessoal do devedor acerca da data 
da realização de leilão extrajudicial (Súmula 568/STJ) O 
acórdão recorrido, ao reconhecer a não necessidade de 
intimação do devedor acerca da data do leilão 
extrajudicial de imóvel submetido à execução hipotecária, 
divergiu do entendimento do STJ, no sentido de que, no 
âmbito do DL 70/66, é necessária a intimação pessoal do 
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devedor acerca da data da realização do leilão 
extrajudicial, entendimento que se aplica aos contratos 
regidos pela Lei 9.514/97, referente à alienação fiduciária 
de coisa imóvel. Nesse sentido: AgRg no REsp 1.367.704/RS 
(3ª Turma, DJe 13/08/2015) e AgInt no AREsp 1.109.712/SP 
(4ª Turma, DJe 06/11/2017). Cabe salientar, entretanto, que o 
Tribunal de origem - apenas - salientou não ser necessária a 
intimação do devedor acerca da data do leilão extrajudicial de 
imóvel submetido à execução hipotecária, não fazendo 
afirmação alguma - na hipótese dos autos - se houve ou não 
a referida intimação pessoal do devedor. Dessa forma, em 
razão desta Corte não poder analisar fatos e provas, por 
força da Súmula 7/STJ, mostra-se necessária a devolução 
dos autos ao TJDFT para julgamento da matéria, nos 
termos da jurisprudência mencionada. Forte nessas 
razões, CONHEÇO do recurso especial e DOU-LHE 
PROVIMENTO, com fundamento no art. 932, V, a, do CPC/15, 
bem como na Súmula 568/STJ, para: a) cassar o acórdão 
recorrido; b) determinar que o TJDFT julgue a presente ação, 
à luz da jurisprudência do STJ. Publique-se. Intimem-se. 
Brasília (DF), 19 de abril de 2018. MINISTRA NANCY 
ANDRIGHI Relatora.(STJ - REsp: 1733753 DF 
2018/0079846-4, Relator: Ministra NANCY “RECURSO 
ESPECIAL Nº 1.712.453 - SP (2017/0306368-5) RELATOR : 
MINISTRO LUIS FELIPE SALOMÃO RECORRENTE : 
BANCO INTERMEDIUM SA ADVOGADOS : THIAGO DA 
COSTA E SILVA LOTT - MG101330 LUCAS WANDERLEY 
DE FREITAS - MG118906 RECORRIDO : MICHELLE DE 
CASSIA AMARAL DA SILVA RECORRIDO : FABIO DA 
SILVA ADVOGADO : MICHEL HENRIQUE BEZERRA - 
SP376818 RECURSO ESPECIAL. PROCESSO CIVIL. 
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. IMÓVEL. LEILÃO 
EXTRAJUDICIAL. NECESSÁRIA INTIMAÇÃO PESSOAL. 
1. É assente nesta Corte Superior o entendimento de que, 
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nos contratos de alienação fiduciária de coisa imóvel, 
regidos pela Lei nº 9.514/97, como no presente caso, é 
necessária a intimação pessoal do devedor acerca da data 
da realização do leilão extrajudicial. 2. Inviabilidade de 
alterar as conclusões do tribunal de origem de que não houve 
notificação pessoal, por exigir incursão na seara fático-
probatória, atividade não realizável nesta via especial. 
Incidência da súmula 7/STJ. 3. Recurso especial não provido. 
DECISÃO 1. Cuida-se de recurso especial interposto por 
BANCO INTERMEDIUM SA, com fundamento no art. 105, III, 
a e c, da Constituição da República, contra acórdão proferido 
pelo TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 
- CONSELHEIRO FURTADO, assim ementado: EMENTA: 
Alienação fiduciária de imóvel. Pleito de tutela de urgência 
para suspensão dos efeitos do leilão. Decisão insurgida de 
indeferimento. Preenchimento dos pressupostos para 
concessão da tutela. Aplicabilidade do Decreto-lei 70/66. 
Necessidade de intimação pessoal quanto à data do leilão 
designado. Providência não adequadamente comprovada. 
Cabimento da purga da mora até a arrematação (Lei 
9514/97 c.c. art. 34 do Dec-lei 70/66) com pleito de 
amortização do atrasado. Tutela concedida. Recurso 
provido. Consoante entendimento do C. Superior Tribunal de 
Justiça e desta Câmara, há necessidade de intimação 
pessoal do devedor acerca da data de realização do leilão 
extrajudicial nos contratos regidos pela Lei 9.514/97 (AgRg 
no REsp. 1357704/RS, Min. Paulo de Tarso Sanseverino e 
REsp. 1447687/DF, Min. Ricardo Villas Bôas Cueva). Não se 
mostrando efetiva comprovação da ocorrência da 
intimação pessoal dos devedores, é razoável a concessão 
da medida para suspensão de efeitos do leilão, 
observando-se inclusive o cabimento da purga da mora 
até a arrematação,nos termos da Lei 9.514/97, que se 
reporta expressamente ao artigo 34 do Decreto-lei 70/66. 
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Em suas razões recursais, aponta a parte recorrente, além de 
dissídio jurisprudencial, ofensa ao disposto nos arts. 26, § 1º, 
e 27 da Lei 9.514/97 e 270 do Código de Processo Civil. 
Sustenta que as disposições do Decreto Lei nº 70/66 não são 
aplicáveis ao presente caso, que é regulado pelas disposições 
da Lei nº 9.514/97, a qual não possui qualquer previsão legal 
para realização de intimação pessoal do devedor acerca da 
realização de leilão, sendo determinado, tão somente, que o 
devedor seja intimado para purgar a mora. Defende que 
concedeu segunda oportunidade para os Recorridos 
efetuarem o pagamento, por meio de notificação sobre a 
realização dos leilões, a qual teria sido recebida pessoalmente 
pela Recorrida, ao ser encaminhada para o endereço em que 
os Recorridos residem. Contrarrazões ao recurso especial às 
fls. 262-267. Crivo positivo de admissibilidade na origem (fls. 
269-271). É o relatório. DECIDO. 2. O tribunal de origem assim 
decidiu sobre a questão suscitada: A propósito da aplicação 
do Decreto-lei 70/66, no qual consta previsão do artigo 34 
para a purga da mora do débito até a assinatura do auto 
de arrematação, é exigível a intimação pessoal do 
devedor. Estabeleceu a Corte Superior que a necessidade 
de intimação pessoal acerca do leilão é aplicável aos 
contratos regidos pela lei 9.514/97. Portanto, há 
probabilidade do direito afirmado e perigo de dano a 
ensejar a concessão da tutela de urgência, tal qual 
determinado pelo magistrado, pois embora os artigos 26 
e 27 da referida lei não disponham sobre a necessidade 
de intimação, o art. 39, II, determina que se aplicam as 
disposições dos arts. 29 a 41 do Decreto 70/66 que 
disciplinam sobre o procedimento do leilão extrajudicial 
de imóvel cm execução hipotecária, com destaque ao art. 
36, parágrafo único, que dispõe sobre a invalidade de cláusula 
que subtraia do devedor o conhecimento dos leilões públicos 
e, amparado nesse artigo, a jurisprudência se consolidou 
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no sentido da necessidade de intimação pessoal para o 
leilão, pois até a assinatura do auto de arrematação é 
permitida a purga da mora, conforme prevê o art. 34 do DL 
70/66, aplicável aos contratos regidos pela Lei 9514/97. 
Confira-se: (...) Logo, a jurisprudência vem anotando que a 
consolidação da propriedade não extingue de pleno 
direito o direito real de aquisição com o decurso do prazo 
para a emenda, prevendo a norma que o credor fiduciário deve 
providenciar a venda do bem, mediante leilão, ou seja, a partir 
da consolidação da propriedade do bem em favor do agente 
fiduciário, inaugura-se uma nova fase do procedimento de 
execução contratual, somente se extinguindo o contrato com 
a arrematação do imóvel. Há um procedimento extrajudicial 
de expropriação que culmina com a perda do bem, sendo 
a interpretação consoante o princípio da conservação dos 
contratos, ou seja, cabe intimar o devedor das datas dos 
leilões. No caso, o telegrama não dispõe de comprovante de 
recebimento assinado (fl. 88), nem mesmo o conteúdo do 
documento, não servindo para os fins colimados o alegado 
envio de comunicação por e-mail (relatório de comprovação - 
fls. 89/144), pois a regra é de intimação pessoal. Portanto, 
diante da necessidade de efetivação da previa intimação dos 
devedores sobre o leilão designado, deve ser confirmada a ––
– e os parte requerentes pleiteiam a amortização do saldo com 
recursos do FGTS (fl. 174-175 e-STJ). Verifica-se a 
conformidade do acórdão recorrido com o entendimento da 
Corte local. É assente nesta Corte Superior o entendimento 
de que, nos contratos de alienação fiduciária de coisa 
imóvel, regidos pela Lei nº 9.514/97, como no presente 
caso, é necessária a intimação pessoal do devedor acerca 
da data da realização do leilão extrajudicial. Com efeito, 
"nos contratos de alienação fiduciária regidos pela Lei nº 
9.514/97, ainda que realizada a regular notificação do devedor 
para a purgação da mora, é indispensável a sua renovação 
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por ocasião da alienação em hasta extrajudicial" (in AREsp nº 
1.032.835-SP, rel. Min. Moura Ribeiro, in DJ 22.03.2017). 
 
 No mesmo sentido: 
 
___________ AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO 
ESPECIAL. CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO 
ANULATÓRIA DE LEILÃO EXTRAJUDICIAL. LEI Nº 
9.514/97. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE COISA IMÓVEL. 
NOTIFICAÇÃO PESSOAL DO DEVEDOR FIDUCIANTE. 
NECESSIDADE. PRECEDENTE ESPECÍFICO. RECURSO 
ESPECIAL PARCIALMENTE PROVIDO. 1. "No âmbito do 
Decreto-Lei nº 70/66, a jurisprudência do Superior Tribunal de 
Justiça há muito se encontra consolidada no sentido da 
necessidade de intimação pessoal do devedor acerca da data 
da realização do leilão extrajudicial, entendimento que se 
aplica aos contratos regidos pela Lei nº 9.514/97" (REsp 
1447687/DF, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, 
TERCEIRA TURMA, julgado em 21/08/2014, DJe 
08/09/2014). 2. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 
(AgRg no REsp 1367704/RS, Rel. Ministro PAULO DE 
TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em 
04/08/2015, DJe 13/08/2015 - g.n.) 
 
___________ RECURSO ESPECIAL. AÇÃO ANULATÓRIA 
DE ARREMATAÇÃO. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO 
JURISDICIONAL. ART. 535 DO CPC. NÃO OCORRÊNCIA. 
LEI Nº 9.514/97. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE COISA 
IMÓVEL. LEILÃO EXTRAJUDICIAL. NOTIFICAÇÃO 
PESSOAL DO DEVEDOR FIDUCIANTE. NECESSIDADE. 1. 
Não há falar em negativa de prestação jurisdicional se o 
tribunal de origem motiva adequadamente sua decisão, 
solucionando a controvérsia com a aplicação do direito que 
entende cabível à hipótese, apenas não no sentido pretendido 
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pela parte. 2. A teor do que dispõe o artigo 39 da Lei nº 
9.514/97, aplicam-se as disposições dos artigos 29 a 41 do 
Decreto-Lei nº 70/66 às operações de financiamento 
imobiliário em geral a que se refere a Lei nº 9.514/97. 3. No 
âmbito do Decreto-Lei nº 70/66, a jurisprudência do 
Superior Tribunal de Justiça há muito se encontra 
consolidada no sentido da necessidade de intimação 
pessoal do devedor acerca da data da realização do leilão 
extrajudicial, entendimento que se aplica aos contratos 
regidos pela Lei nº 9.514/97. 4. Recurso especial provido. 
(REsp 1447687/DF, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS 
CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 21/08/2014, 
DJe 08/09/2014 - g.n.) ___________ 3. Cabe observar que o 
tribunal de origem entendeu que não restou comprovada 
a intimação pessoal da parte recorrida acerca do leilão, 
diante da ausência de acesso ao conteúdo do documento 
apresentado e da ausência de recibo com assinatura da 
recorrida. Alterar tais conclusões para passar a afirmar que 
houve regular notificação pessoal exige incursão na seara 
fático-probatória, atividade não realizável nesta via especial. 
Incidência da súmula 7/STJ. 4. Ante o exposto, nego 
provimento ao recurso especial. Intimem-se. Publique-se. 
Brasília (DF), 02 de maio de 2018. MINISTRO LUIS FELIPE 
SALOMÃO Relator (STJ - REsp: 1712453 SP 2017/0306368-
5, Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de 
Publicação: DJ 15/05/2018) 
 
 No mesmo sentido: 
 
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA 
DE BEM IMÓVEL. TUTELA DE URGÊNCIA DEFERIDA. 
PROBABILIDADE DO DIREITO E PERIGO DE DANO 
CONFIGURADOS. NECESSÁRIO SOBRESTAMENTO 
DOS EFEITOS DO LEILÃO. CREDOR FIDUCIÁRIOQUE 
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RECONHECEU A AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO PESSOAL 
DA AGRAVADA ACERCA DAS DATAS DESIGNADAS 
PARA REALIZAÇÃO DOS LEILÕES EXTRAJUDICIAIS. 
ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL CONSOLIDADO A 
RESPEITO DA NECESSIDADE DE PRÉVIA INTIMAÇÃO 
DO DEVEDOR E INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 27, § 2º-A, DA 
LEI 9.514/97, INCLUÍDO PELA LEI 13.465/17. 
DESDOBRAMENTOS POSTERIORES QUE SERÃO 
ANALISADOS EM COGNIÇÃO APROFUNDADA NA 
IMINENTE SENTENÇA. - Recurso desprovido”. (TJSP; 
Agravo de Instrumento 2245993-58.2017.8.26.0000; Relator 
(a): Edgard Rosa; Órgão Julgador: 25ª Câmara de Direito 
Privado; Foro de Guarujá - 3ª Vara Cível; Data do Julgamento: 
12/03/2018; Data de Registro: 12/03/2018) 
 
“AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO 
ESPECIAL. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. BEM IMÓVEL. 
LEILÃO EXTRAJUDICIAL. INTIMAÇÃO PESSOAL. 
SÚMULA 83 DO STJ. AGRAVO NÃO PROVIDO. 1. Nos 
contratos de alienação fiduciária de coisa imóvel, regidos 
pela Lei nº 9.514/97, é necessária a intimação pessoal do 
devedor acerca da data da realização do leilão 
extrajudicial. Precedentes. 2. Agravo interno a que se nega 
provimento”. (STJ - AgInt no AREsp: 1109712 SP 
2017/0125679-7, Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, 
Data de Julgamento: 24/10/2017, T4 – QUARTA TURMA, 
Data de Publicação: DJe 06/11/2017) 
 
“DIREITO PROCESSUAL CIVIL. LEILÃO EXTRAJUDICIAL. 
NULIDADE. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO PESSOAL DOS 
DEVEDORES DO DIA DA DATA DA REALIZAÇÃO. 
SERVIÇOS PRESTADOS POR TERCEIROS. REGISTRO 
DE CONTRATO. DESPESAS COM DESPACHANTE. 
DESPESAS COM PROMOÇÃO DE VENDAS. 
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ABUSIVIDADE. I – A jurisprudência deste Tribunal e do 
Superior Tribunal de Justiça perfilham entendimento no 
sentido da necessidade 
de intimação pessoal do devedor acerca da data, local e 
hora da realização do leilão extrajudicial, considerando a 
imprescindível publicidade que deve permear a 
concretização do ato de leilão. II - O Conselho Monetário 
Nacional autorizava a cobrança de serviços prestados por 
terceiros, dentre eles os denominados "Registro de Contrato", 
"Despesas de despachante" e "Despesas com promoção de 
venda", "desde que devidamente explicitado no contrato de 
operação de crédito ou de arrendamento mercantil" (art. 1º, 
inc. II, da Resolução n.º 3.518/07 e art. 1º, inc. II, da Resolução 
n.º 3.919/10). Assim, para a incidência destes encargos, o 
banco deveria especificar e discriminar, de forma clara, quais 
seriam esses serviços prestados aos seus clientes, 
comprovando ter promovido pagamento direto aos respectivos 
fornecedores. III - Negou-se provimento ao recurso do réu. 
Deu-se provimento ao recurso dos autores”. (TJ-DF 
20150710273403 DF 0026626- 44.2015.8.07.0007, Relator: 
JOSÉ DIVINO, Data de Julgamento: 09/05/2018, 6ª TURMA 
CÍVEL, Data de Publicação: Publicado no DJE: 15/05/2018. 
Pág.: 515/541) 
 
 Com efeito, resta demonstrado que somente por esta ausência de intimação 
tem-se que é incabível a continuidade do procedimento de adjudicação da 
propriedade do imóvel pelo Banco Requerido. A parte obter ciência do ato por 
terceiros não faz com que a obrigação da instituição Financeira Requerida se 
torne satisfeita. 
 
 Não obstante, ressalta-se que se trata de prova negativa, onde a parte é 
impossibilitada de comprovar algo que não ocorreu. Somente o banco 
requerido pode comprovar se realizou ou não o procedimento necessário de 
intimação. 
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 Contudo, na iminência do Requerente ser imitido na posse de seu bem, 
se mostra imprescindível a concessão da tutela a fim de obstar demais atos 
expropriatórios, devendo o Banco Requerido ser intimado para comprovar a 
regularidade dos atos expropriatórios. Ressalta-se que o deferimento da tutela 
não trará prejuízos a parte Fiduciante, que poderá promover leilões em outras 
datas. Em contrapartida, o prosseguimento do feito traz prejuízos exorbitantes 
a parte Autora que teve seu direito de preferência desrespeitado. 
 
 A propriedade do bem “sub judice”, ao que tudo indica tendo em vista a 
designação dos leilões, foi consolidada em nome do CREDOR REQUERIDO sem 
que, porém, fosse intimado pessoalmente a parte requerente sobre as datas dos 
leilões razão pela qual REQUER A VOSSA EXCELÊNCIA QUE A EXECUÇÃO 
EXTRAJUDICIAL EM CURSO SEJA SUSPENSA ATÉ ULTERIOR DECISÃO 
FINAL, BEM COMO A MANUTENÇÃO NA POSSE PELA PARTE REQUERENTE, 
INCLUSIVE FACE A TERCEIROS DE BOA FÉ. 
 
VALOR LEILÃO – CARACTERIZADO PREÇO VIL – VALOR ABAIXO DA 
PREVISÃO LEGAL – NECESSIDADE DE PERÍCIA 
 
 Objetivando comprovar a irregularidade quanto ao valor atribuído no leilão, 
verifica-se que o texto da lei 9.514/97, no artigo 27, §1º prevê que o valor do mesmo 
deve corresponder a avaliação do imóvel no contrato, caso seja superior ao utilizado 
como base para o pagamento do ITBI: 
 
Art. 27. Uma vez consolidada a propriedade em seu nome, o 
fiduciário, no prazo de trinta dias, contados da data do registro 
de que trata o § 7º do artigo anterior, promoverá público leilão 
para a alienação do imóvel. 
§ 1o Se no primeiro leilão público o maior lance oferecido 
for inferior ao valor do imóvel, estipulado na forma do 
inciso VI e do parágrafo único do art. 24 desta Lei, será 
realizado o segundo leilão nos quinze dias seguintes. 
(Redação dada pela Lei nº 13.465, de 2017) 
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Art. 24. O contrato que serve de título ao negócio fiduciário 
conterá: 
VI - a indicação, para efeito de venda em público leilão, do 
valor do imóvel e dos critérios para a respectiva revisão; 
Parágrafo único. Caso o valor do imóvel convencionado pelas 
partes nos termos do inciso VI do caput deste artigo seja 
inferior ao utilizado pelo órgão competente como base de 
cálculo para a apuração do imposto sobre transmissão inter 
vivos, exigível por força da consolidação da propriedade em 
nome do credor fiduciário, este último será o valor mínimo para 
efeito de venda do imóvel no primeiro leilão. (Incluído pela Lei 
nº 13.465, de 2017) 
 
 Importante faz-se mencionar a diferença existente entre uma avaliação atual 
e o preço do imóvel arrematado ou comprado, o Autor não teve acesso aos 
documentos. 
 
 Ressalte-se que não pode portanto, ter o banco requerido submetido o imóvel 
em comento a praça de 1º leilão por valor menor ao que se encontra atualmente, 
devendo restando caracterizada a afronta à legislação que rege a matéria, por valores 
ínfimos, restando desta forma em prejuízo para a parte requerente que corre o risco 
de ter o seu imóvel expropriado, de forma ilícita e sorrateira. 
 
 No que se refere à probabilidade da vilidade do preço, verifica-se uma 
verdadeira manipulação de preços pois atualmente, esse imóvel, com as 
benfeitorias realizadas e com a devida avaliação mercadológica, ainda a serem 
avaliadas. 
 
 Neste ponto é que a suscitada questão do preço vil toma forma e importância 
para que o poder judiciário impeça tal arbitrariedade e excesso de patente 
descumprimento da norma pública. 
 
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 Tal importância é corroborada por avaliação atualizada atestando que o imóvel 
em comento é muito superior ao valor arrematado, conforme avaliação feita por 
profissional do mercado imobiliário nesse sentido, que deverá comprovar o preço vil. 
 
 De forma pacifica, o Superior Tribunal de Justiçajá consolidou entendimento 
que nos casos da alienação e expropriação de bem mediante leilão judicial ou 
extrajudicial configura preço vil todo bem vendido em valor inferior a 50% da avaliação 
representada no edital, sempre sob prisma que beneficie o executado. 
 
 Outrossim, especialmente nos casos de leilões judiciais e extra-judiciais em 
imóveis sob alienação fiduciária, a questão do preço vil assume contornos que exige 
maior cuidado pelo fato que no caso de expropriação do bem o executado terá o 
direito ao recebimento da diferença entre o valor da alienação e da dívida executada. 
 
 Nesta peculiaridade é que o poder judiciário tem tratado como lógica irrefutável 
a questão do preço vil nos casos de alienação fiduciária de imóvel, sob resguardo de 
princípios constitucionais sociais da moradia e de defesa do consumidor, razão pela 
“incontesti” a imediata e anulação do respectivo leilão e efeitos expropriatórios ora em 
comento. 
 
 Considerando-se que o banco não tem interesse no valor final do imóvel 
em leilão, mas da “desova” rápida do imóvel para fins fiscais, a questão do preço vil 
no caso concreto assume importância vital ao deslinde da ação, até porque o 
interesse do devedor suplanta ao do credor neste sentido. 
 
 O que baseia o aspecto do preço vil é a defesa do patrimônio do devedor, 
onde o legislador entende que se o mesmo já está numa situação financeira precária, 
o estado deve cuidar para que a venda sob alienação para terceiros não o prejudique 
ainda mais, possibilitando-se assim valor a ajudar no seu recomeço ou subsistência, 
o que seria impossível se nada restar ou valor ínfimo resultante da alienação. 
 
 Nesta razão, é muito importante ao devedor, no caso de arrematação ou 
adjudicação, o remanescente deverá lhe ser entregue. Mesmo que seja pouco, mas 
é o que lhe resta, razão pela qual o valor da arrematação não pode ser vil. 
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 Assim, trata-se de matéria que por si só já é suficiente para invalidar o leilão 
extrajudicial, não sendo necessário qualquer produção de prova nesta ocasião para 
comprovar o preço vil, bastando tão somente simples cálculo e análise entre o valor 
do imóvel e o valor arrematado para constatar a necessidade da suspensão dos 
efeitos do leilão. 
 
 Ressalta-se que a parte sequer foi intimada do leilão e a preferência de 
arremate não foi respeitada. 
 
 Ainda, segundo o §2º-A do art. 27, da lei 9.514/97 “Para os fins do 
disposto nos §§ 1º e 2º deste artigo, as datas, horários e locais dos leilões serão 
comunicados ao devedor mediante correspondência dirigida aos endereços 
constantes do contrato, inclusive ao endereço eletrônico.” - LEI Nº 13.465, DE 
11 DE JULHO DE 2017 
 
JURISPRUDÊNCIA TJ-SP - 21867810920178260000 SP 
2186781- 09.2017.8.26.0000 (TJ-SP) Data de publicação: 
10/11/2017 Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO – 
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BEM IMÓVEL – TUTELA 
PROVISÓRIA DE URGÊNCIA INDEFERIDA – 
PROBABILIDADE DO DIREITO E PERIGO DE DANO 
CONFIGURADOS – NECESSÁRIO SOBRESTAMENTO DO 
LEILÃO – AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO PESSOAL DOS 
AGRAVANTES ACERCA DAS DATAS DESIGNADAS 
PARA REALIZAÇÃO DOS LEILÕES EXTRAJUDICIAIS – 
ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL CONSOLIDADO A 
RESPEITO DA NECESSIDADE DE PRÉVIA INTIMAÇÃO 
DO DEVEDOR E INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 27, § 2º-A, DA 
LEI 9.514 /97, INCLUÍDO PELA LEI 13.465 /17 – DECISÃO 
REFORMADA. - Recurso provido. 
 
 Neste sentido, colaciona-se o seguinte entendimento jurisprudencial, em 
contexto similar ao objeto do presente direito material em comento: 
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AÇÃO ANULATÓRIA DE EXECUÇÃO E LEILÃO 
EXTRAJUDICIAL - CITAÇÃO POR EDITAL - 
IMPOSSIBILIDADE - CIÊNCIA PESSOAL - DECRETO-LEI 
70/66 - ARTIGO 32, PARÁGRAFO 1º E 2º - NECESSIDADE 
DEAVALIAÇÃO - ENRIQUECIMENTO DO 
ARREMANTANTE - AÇÃO DE IMISSÃO DE POSSE - 
IMPOSSIBILIDADE DE CONDENAR QUEM NÃO É PARTE 
AO PAGAMENTO DOS CONSECTÁRIOS LEGAIS - 
DEVOLUÇÃO DA QUANTIA DA ARREMATAÇÃO A SER 
REQUERIDA NA EXECUÇÃO - CORREÇÃO MONETÁRIA 
DOS HONORARIOS ADVOCATÍCIOS - INCIDÊNCIA A 
PARTIR DO AJUIZAMENTO DA AÇÃO - SÚMULA 14 DO 
STJ. APELAÇÃO PROVIDA PARCIALMENTE. Desmerece 
reparo a decisão do Juízo singular, ao anular a execução 
e o leilão, pela falta de requisitos considerados essenciais 
para sua eficácia. Se a lei prevê que ao devedor será dado 
ciência pessoal, não é de se admitir o chamamento por 
edital, ainda mais quando provado que os autores 
poderiam ser facilmente encontrados em seu domicilio. A 
avaliação do imóvel, embora não prevista, é necessária, 
como forma de evitar enriquecimento injusto do 
arrematante e prejuízo ao devedor. O "decisium" deve ser 
modificado, quanto a condenação do apelante ao 
pagamento de honorários e custas em processo do qual 
a condenação do apelante ao pagamento de honorários e 
custas em processo do qual não é parte, bem como a 
devolução do valor da arrematação, a ser requerida na 
execução e que não integrou pedido da presente lide. 
Apelação Provida Parcialmente. (TJ-PR - AC: 141004 PR 
Apelação Cível - 0014100-4, Relator: Antonio Prado Filho, 
Data de Julgamento: 14/05/1996, 3ª Câmara Cível) 
 
 
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DA AVALIAÇÃO REAL - OBRIGATORIEDADE DA AVALIAÇÃO ATUALIZADA 
DO IMÓVEL NOS LEILÕES JUDICIAIS E EXTRAJUDICIAIS – NECESSIDADE DE 
PERÍCIA - NULIDADE ABSOLUTA 
 
 No caso em questão é necessário trazer o processo de execução extrajudicial 
aos autos para que se verifique se o banco e o leiloeiro procederam a avaliação 
CONDIZENTE COM O VALOR MERCADOLÓGICO do imóvel. 
 
 A REAL atualização do valor do imóvel mediante avaliação atede a lógica 
irrefutável e econômica que o valor posto em leilão assegurará mais lisura ao 
procedimento expropriatório, com maior abatimento da dívida ao credor e 
possibilidade do recebimento de remanescente pelo devedor, sob pena de configurar 
enriquecimento sem causa do arrematante e prejuízos irreparáveis ao devedor. 
Conforme já afirmado, há indícios de patente disparidade entre o real valor de 
mercado do imóvel e o valor posto em leilão pelo banco requerido, cuja diferença é 
gritante. 
 
 Assim, figura impossível e inaceitável ínfimo valor arrematado, sendo 
inequívoco o preço vil ocorrido e passível desta impugnação. 
 
 Excelência, não é possível que um imóvel residencial mantido em ordem e 
com sua manutenção em dia, COM DIVERSAS BENFEITORIAS, tenha uma 
desvalorização ainda mais localizando-o em local que obteve uma valorização nos 
últimos anos, razão pela qual requer desde já a juntada pela Caixa dos documentos 
de execução extrajudicial e nova avaliação do imóvel. 
 
DOS VÍCIOS CONTRATUAIS. DA INEXEQUIBILIDADE DO TÍTULO E 
INEXIGIBILIDADE DA OBRIGAÇÃO - DA INCOMPLETA E INSUFICIENTE 
PLANILHA DEMONSTRATIVA DE CÁLCULO – DO EXCESSO E NULIDADE DE 
EXECUÇÃO - DA FALTA DE CONDIÇÃO DE AÇÃO. 
 
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 Analogamente, a patente inexequibilidade do título extrajudicial e a 
inexigibilidade da obrigação daí decorrente, como um dos pilares de fundamentação 
da impugnação da dívida. 
 Todavia, a qualquer tipo de execução judicial ou extrajudicial, deve-se 
asseverar a Disposição do artigo 798, do Novo Código de Processo Civil. 
 
Art. 798. Ao propor a execução, incumbe ao exequente: 
I - instruir a petição inicial com: 
a) o título executivo extrajudicial; 
b) o demonstrativo do débito atualizado até a data de 
propositura da ação, quando se tratar de execução por quantia 
certa;c) a prova de que se verificou a condição ou ocorreu o termo, 
se for o caso; 
d) a prova, se for o caso, de que adimpliu a contraprestação 
que lhe corresponde ou que lhe assegura o cumprimento, se 
o executado não for obrigado a satisfazer a sua prestação 
senão mediante a contraprestação do exequente; 
II - indicar: 
a) a espécie de execução de sua preferência, quando por mais 
de um modo puder ser realizada; 
b) os nomes completos do exequente e do executado e seus 
números de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no 
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica; 
c) os bens suscetíveis de penhora, sempre que possível. 
Parágrafo único. O demonstrativo do débito deverá conter: 
I - o índice de correção monetária adotado; 
II - a taxa de juros aplicada; 
III - os termos inicial e final de incidência do índice de correção 
monetária e da taxa de juros utilizados; 
IV - a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso; 
V - a especificação de desconto obrigatório realizado. 
 
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 De forma similar, denota-se que os taxativos requisitos expostos não foram 
cumpridos pelo banco requerido, posto que a execução extrajudicial não foi 
devidamente instruída mediante a apresentação do título executivo com os 
respectivos cálculos e demonstrativos do débito. 
 
 Nesta particularidade, o Autor não teve acesso ao processo de execução 
extrajudicial, para constatar se que na planilha demonstrativa da execução 
EXTRAJUDICIAL inexistem incidentes de correção monetária; as reais taxas de juros 
aplicadas e se capitalizadas, bem como os termos iniciais e finais de todos os 
encargos, taxas e reflexos sobre cada prestação a compor a dívida, objeto da 
execução e demais irregularidades contábeis que tornam incompleta e 
desacompanhada de documentos indispensáveis à propositura da demanda. 
 
 Ora, o cerne da questão é que a inexequibilidade do título executivo é fator 
primordial para qualquer ato executório em relação a dívida ora exigida, razão pela 
qual necessária a apresentação de forma transparente, completa e clara, capaz de 
restar nítido o valor da dívida e sua evolução, de forma pormenorizada. 
 
 Notadamente, a planilha demonstrativa do banco se trazida aos autos poderá 
estar irregular e não comprovar sequer a evolução de cada parcela tida como 
atrasada e seus reais encargos mensalmente que pudessem evidenciar liquidez e 
certeza como dívida à execução, o que incorreu no caso concreto, como se vê na 
execução. 
 
 Estabelece o artigo 803, do novo Código de Processo Civil. Consectário disto, 
colaciona-se o seguinte entendimento jurisprudencial: 
 
CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. 
ARGUIÇÃO INCIDENTAL DE INCONSTITUCIONALIDADE. 
INOVAÇÃO RECURSAL. VEDAÇÃO. CÉDULA DE 
CRÉDITO BANCÁRIO. LEI N.º 10.931/2004. EXTRATOS. 
CONTA CORRENTE. NÃO APRESENTADOS. EXIGÊNCIA 
LEGAL. NÃO CUMPRIDA. PLANILHA DE CÁLCULO. 
INSUFICIÊNCIA. AUSÊNCIA DE DADOS INDISPENSÁVEIS. 
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1. Não se conhece da parte do recurso que não foi analisada 
na sentença, sob pena de supressão de instância e afronta ao 
princípio do duplo grau de jurisdição. 2. Para que a cédula de 
crédito bancário tenha liquidez, o saldo devedor pode ser 
demonstrado em planilha de cálculo. Contudo, nos contratos 
que tenham por objeto a concessão de crédito em conta 
corrente, a constatação da liquidez depende também da 
apresentação dos extratos bancários. Artigo 28 da Lei nº 
10.931/2004. 3. A planilha de cálculo que não exponha todas 
as movimentações financeiras realizadas na conta corrente, 
refletindo os valores do crédito efetivamente utilizados em 
cada período e as amortizações realizadas durante a vigência 
da cédula é insuficiente à instrução da execução. 4. Recurso 
conhecido em parte e na parte conhecida provida.(TJ-DF - 
APC: 20130111650638, Relator: MARIA DE LOURDES 
ABREU, Data de Julgamento: 09/12/2015, 3ª Turma Cível, 
Data de Publicação: Publicado no DJE : 21/01/2016 . Pág.: 
483). 
 
Art. 803: É nula a execução se: 
I - o título executivo extrajudicial não corresponder a obrigação 
certa, líquida e exigível; 
II - o executado não for regularmente citado; 
III - for instaurada antes de se verificar a condição ou de ocorrer 
o termo. 
Parágrafo único. A nulidade de que cuida este artigo será 
pronunciada pelo juiz, de ofício ou a requerimento da parte, 
independentemente de embargos à execução. 
 
 Com razão, mediante o indeferimento da execução extrajudicial, por restar 
incompleta e faltar documento essencial à sua propositura, nos termos legais do 
artigo 803, do Código de Processo Civil, seja nula a execução pela inexigibilidade e 
insuficiência do título extrajudicial pelos cálculos demonstrados. 
 
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DA FALTA DE PLANILHA DETALHADA DO DÉBITO EXEQUENDO – 
INEXISTÊNCIA - NULIDADE, VÍCIO INSANÁVEL – LEI 9.514/97. 
 
 Analogamente, tratando-se de operação bancária de mútuo, para fins de 
capital de giro, semelhante à Cédula de Crédito Bancário, cediço que na qualidade 
de título executivo extrajudicial, da mesma forma, nos dois formatos a dívida não será 
exigível, certa e líquida caso não seja instruída com o devido demonstrativo de cálculo 
confeccionado com as exigências da Lei especifica. Parte inferior do formulário. 
 
 Excelência, nada disto foi cumprido pelo banco requerido. Trata-se de patente 
situação vexatória e excessivamente abusiva, que contraria a própria Lei nº 9.514/97. 
 
 A planilha de cálculo exibida na alienação pode não estar completa, detalhada 
e suficiente a instruir o procedimento expropriatório, como referência à ação 
executória. 
 
 Ora, é preciso que se tragam aos autos o processo de execução 
extrajudicial, para verificar se a planilha apresentada é inepta a ensejar prova. 
 
 Denota-se que a fundamentação do débito pelo credor baseia-se meramente 
em suposições e inexatidão da dívida, não se prestando para tal fim, inexistindo 
certeza jurídica à exigência legal. 
 
 Consectário que se trata de violação e patente ilegalidade tal desiderato, 
colaciona-se julgado abaixo como parâmetro neste sentido: 
 
Processual Civil. Execução de título extrajudicial (contrato de 
empréstimo de crédito fixo em conta corrente). Embargos à 
execução. Sentença de provimento dos embargos à execução 
e extinção da execução por ausência de assinatura de 
testemunhas no título. Apelações cíveis. Preliminares dos 
apelados. Ausência de interesse de agir. Rejeitada. Coisa 
Julgada. Rejeitada. No mérito o Banco apelante alega ser o 
título exequível, contendo a assinatura das duas testemunhas. 
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Cédula de crédito bancário desnecessária assinatura de 
testemunhas. Ausência de planilha atualizada do débito. 
Documento essencial a propositura da execução. Deve ser 
oportunizada a emenda da inicial para juntada da planilha. 
Sentença anulada. Apelação parcialmente provida. 1 - Os 
apelados alegam ausência do interesse de agir em relação à 
ação de execução por não ter sido proferido sentença na 
referida ação. 2 - Foi proferida sentença única se reportando 
as duas ações (execução e embargos à execução) na qual o 
Juiz a quo julgou procedentes os embargos à execução e 
extinguiu o feito executivo. 3 - É evidente o interesse recursal 
do apelante em ambas ações (embargos à execução e 
execução). Rejeitada a preliminar de ausência de interesse de 
agir. 4 - Os apelados alegam coisa julgadamaterial em relação 
à sentença proferida nos embargos à execução. 5 - O apelante 
interpôs o seu recurso de apelação em 19/9/2013, 
tempestivamente, antes do trânsito em julgado da sentença, 
não havendo que se falar em ofensa a coisa julgada. Rejeitada 
a preliminar de coisa julgada. 6 - Não há na Lei 10.931/2004 
exigência de assinatura de duas testemunhas para dar 
exequibilidade às cédulas de crédito bancário. 7 - Nos termos 
do art. 28 e seu parágrafo 2º da Lei n. 10.931/2004, a cédula 
de crédito bancário é um título executivo extrajudicial líquido, 
certo e exigível, desde que acompanhada com a planilha do 
débito. 8 - No presente caso não foi cumprida a exigência do 
art. 28 e seu parágrafo 2º da Lei n. 10.931/2004, sendo a 
juntada da planilha de cálculo documento essencial para a 
propositura da ação de execução. 9 - Porém, não foi 
oportunizada ao Banco/apelante a emenda a inicial para juntar 
a planilha atualizada de cálculos da evolução da dívida. 10 - A 
sentença deve ser anulada a fim de ser o Banco/apelante 
intimado para juntar a planilha atualizada de cálculo, sob pena 
de extinção da execução sem resolução do mérito, e, 
posteriormente, ser aberto novo prazo de defesa para os 
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executados, ora apelados. 11 - Apelações cíveis parcialmente 
providas para anular a sentença única a fim de determinar a 
intimação do Banco/apelante para juntar a planilha atualizada 
de cálculo, sob pena de extinção da execução sem resolução 
do mérito, e, após a apresentação da planilha deverá ser 
aberto novo prazo de defesa para os executados. (TJ-PE - 
APL: 3315580 PE, Relator: Francisco Eduardo Goncalves 
Sertorio Canto, Data de Julgamento: 22/07/2015, 3ª Câmara 
Cível, Data de Publicação: 04/08/2015). 
 
 Portanto, em decorrência da possível falta de documento indispensável à 
execução extrajudicial, as presentes medidas executória e expropriatória decorrentes 
são carecedoras de certeza, liquidez e exigibilidade, devendo ser declarada a 
anulação de todos os atos e a desconstituição da consolidação da propriedade, 
retornando ao estado anterior. 
 
DA NULIDADE DA EXECUÇÃO EXTRAJUDICIAL POR ILIQUIDEZ, INCERTEZA 
E INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO EXTRAJUDICIAL. 
 
 O artigo 917, §2º, do novo CPC, estabelece quanto ao excesso de execução 
em que o exequente pleiteia quantia superior a do título. 
 
 O mestre Araken de Assis preleciona na obra “Manual do Processo de 
Execução” (5ª ed., Editora RT, p. 262) que “ilíquida é a obrigação se incerta quanto 
ao valor ou individuação do objeto”. 
 
 A lei estipula que em qualquer execução - judicial ou extrajudicial - deverá ser 
instruída com a planilha evolutiva da dívida, desde o seuinicio, discriminando as 
parcelas relativas a principal, juros, multa e outros encargos contratuais, fiscais e 
honorários advocatícios, se houver. 
 
 Diante disso, a execução extrajudicial realizada com base em título ilíquido 
causará grave violação aos princípios constitucionais do Contraditório, da Ampla 
Defesa, e do Devido Processo Legal (art. 5º, LIV e LV da Constituição da 
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República), que desde já encontram-se pré-questionados, sendo certo que a parte 
requerente estará a sofrer cerceamento de defesa, agravado pelo fato de que busca 
reclamar, em Juízo, os valores que efetivamente devem. 
 
 Como pode aferir Vossa Excelência, o ”animus” da parte requerente não é se 
tornar inadimplente, mas sim fazer valer seu direito, através do cumprimento do 
contrato firmado. 
 
 A doutrina também reconhece que é indispensável que o título executado 
tenha o atributo da liquidez. 
 
 E no bojo do acórdão, restou confirmado: 
 
"Ora, dizer que para a liquidez da obrigação basta a 
possibilidade de encontrar o quantum debeatur mediante 
simples operações aritméticas não significa que se possa 
realizar a execução sem a demonstração aritmética do pedido 
ajuizado, tendo como base o título executivo: é preciso que o 
juiz tenha diante de si esse cálculo, sob pena de correr o risco 
de permitir que a execução se faça fora dos limites que o 
próprio título fixa." 
 
 Acrescenta-se diante dos ensinamentos de Cândido Rangel Dinamarco ao 
comentar sobre a liquidez do título exequendo. 
 
No transcorrer da vigência do empréstimo em discussão, 
claramente verificou-se que os encargos, a cada mês, 
estavam se tornando LIQUIDEZ DO CRÉDITO. 
SUFICIÊNCIA DA DETERMINABILIDADE DO VALOR 
MEDIANTE SIMPLES CÁLCULOS. Não é indispensável a 
prévia indicação do valor em dinheiro. Há a necessidade, 
todavia, de que o título ofereça plenas condições para o 
cálculo. Dizer que para a liquidez da obrigação basta a 
possibilidade de encontrar o quantum debeatur mediante 
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simples operações aritméticas não significa que se possa 
realizar a execução sem demonstração aritmética do pedido 
ajuizado, tendo como base o título executivo. (Cândido Rangel 
Dinamarco, in Execução Civil, vol. II, RT, 1989, págs. 430/431). 
 
 A liquidez da obrigação exeqüenda é exigida em todos os sistemas 
processuais, pela razão muito simples de que é indispensável saber qual a dimensão 
do sacrifício que cada execução imporá ao patrimônio do devedor. Já no momento 
da penhora e até ao momento final de satisfação do credor, a indicação do montante 
constitui dado indispensável, sob pena de correr-se o risco de excessos ou faltas. O 
que se diz, em mitigação à aparente rigidez dessa exigência, é que obrigação líquida 
não equivale necessariamente a obrigação determinada em número já expresso de 
unidade de moeda. Se o título fornece todos os elementos para um cálculo, sem 
necessidade de buscar aliunde os dados indispensáveis, diz-se líquida a obrigação, 
porque o juiz da execução poderá, com os elementos a seu dispor e que são seguros, 
encontrar o valor do crédito e a medida da constrição a impor ao executado (cfr. vol. 
I, n. 28, esp. p. 281). Mas não se pode ir além disso, ou seja, não se pode chegar ao 
ponto de permitir que mera afirmação de um valor pelo exequente seja bastante para 
cumprir a exigência legal da liquidez da obrigação (CPC, art. 586). Os cálculos 
precisam ser feitos. Se o título não oferece elementos para que se façam, falece-lhe 
um requisito indispensável e a execução é inadmissível... (ob. cit. pág. 431) 
excessivamente onerosos, não guardando qualquer relação de proporcionalidade 
com o comprometimento. 
 
 Requisitos inafastáveis para a cobrança e execução extrajudicial de qualquer 
espécie, a liquidez e certeza devem acompanhar o título, sem os quais este perde a 
característica de executoriedade. Vale transcrever o entendimento remansoso 
acolhido pelos nossos Egrégios Tribunais de Justiça ao caso concreto, que segue a 
mesma orientação, in verbis: 
 
“EXECUÇÃO. DÉBITO. VALOR SOB DISCUSSÃO 
JUDICIAL. CARÊNCIA. 
Se o valor do débito para com o SFH é objeto de discussão 
judicial, o credor carece de direito à execução, por ausência de 
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título certo e líquido. (STJ - Pleno; ag. reg. no Ag. de Inst. n.º 
28.743-3/CE; Rel. Min. Humberto Gomes de Barros; 
j.27.12.93; V.U.; DJU 22.11.93, pág. 24.902, seção I, ementa.) 
 
“SUSPENSÃO DO PROCESSO. EXECUÇÃO. SISTEMA 
FINANCEIRO DA HABITAÇÃO -SFH. Mutuário que vende o 
imóvel, provocando o vencimento antecipado dos débitos. 
Ações cominatória e consignatória propostas pelos 
adquirentes contra o agente financeiro. Suspensão daexecução para impedir a venda do imóvel em hasta pública, 
até o julgamento daquelas ações. Viabilidade”. (TAPR - 
Agravo de Instrumento 210/90 – Paraná Judiciário, 033/147 - 
Juruá). 
 
 Assim, o título que fundamenta a execução extrajudicial não se reveste de 
liquidez e certeza, e os valores nela contido são oriundos de imposição ilegal, 
unilateralmente criada pela instituição Financeira, inteiramente controvertida o 
montante e os atos abusivos, razão pela qual pretende-se seja declarada a nulidade 
da execução extrajudicial e alienação fiduciária ora impugnadas, determinando-se 
suspensão e extinção dos seus efeitos, sob pena de violação aos princípios 
constitucionais estatuídos no art. 5º, LIV e LV, C.F e das basilares regras do 
ordenamento vigente. 
 
 Encontra-se configurado vícios contratuais pela falta de aperfeiçoamento e 
clareza contratual pelas circunstancias de fatos e de direito constantes nesta exordial, 
sendo perfeitamente possível os pleitos neste sentido, sob patente violação dos 
artigos nsº 4, 6, 31, 46, 52 e 54, do Código de Defesa do Consumidor. 
 
 De acordo com o artigo 54 do Código de Defesa do Consumidor, aplicável à 
espécie, somente são válidas as cláusulas se redigidas em destaque e de forma 
clara e precisa, que permita a fácil compreensão do consumidor, de modo que 
consiga o texto contratual demonstrar os efeitos e as obrigações que poderão 
incorrer. 
 
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 Trata-se de princípios norteadores básicos à segurança jurídica e da boa-fé 
objetiva diante da relatividade dos efeitos contratuais que devem ficar muito bem 
expostos, cabendo ser afastada qualquer hipótese que coloque o consumidor no 
risco da incompreensão e no limbo da vulnerabilidade. É o que estipula o princípio da 
função social do contrato constante no artigo 421, do Diploma Civil. 
 
 Nesta particularidade, roga-se ao juízo para que proceda a suspensão dos 
efeitos da exigibilidade diante do excesso do valor objeto da execução ora 
embargada, afastando-se os efeitos da mora desde já, bem como a exclusão do 
nome da parte requerente dos cadastros e bancos de inadimplentes, sob as penas 
da lei. Dispõe o artigo 396, do Código Civil. 
 
 Para tanto, junta-se a prova documental que comprova o alegado, 
especialmente pugna-se ser imprescindível a realização da prova pericial neste 
sentido, a fim de corroborar as alegações da parte requerente e instruir ainda 
mais a ação ao convencimento deste juízo. 
 
DO EXCESSO DA EXECUÇÃO – VALOR IMPUGNADO 
 
 No artigo 917, do Novo Código de Processo Civil, em seu inciso II, encontra-
se elencada a hipótese do excesso de execução, dispondo seu parágrafo segundo, 
de forma taxativa, as hipóteses do excesso de execução. 
 
 De acordo com o aludido dispositivo, comprova-se o excesso de execução 
pelo competente Parecer Técnico onde se constata a crível diferença entre o valor 
objeto da execução no valor ilegal, ORA impugnado, pelo correto valor, decorrente 
de pormenorizado cálculo resultante do respectivo parecer. 
 
 Trata-se de valor embasado em cálculo técnico e acadêmico onde resta 
provado que o valor da execução é ilíquido, incerto e, portanto, inexigível no tocante 
a pretensão do banco de exigir a antecipação total da liberdade de contratar será 
exercida em razão e nos limites da função social do contrato. 
 
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 O principio da “função social do contrato” estabelece o imperativo que 
qualquer instrumento legal entre as partes não pode ser transformado numa atividade 
abusiva e lesiva a outrém, causando danos à parte contrária ou a terceiros, 
consubstanciado especialmente ao que reza o artigo 187, do diploma Civil: 
 
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, 
ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo 
seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons 
costumes. 
Art. 396 – Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, 
não incorre este em mora. 
Art. 917, § 2º Há excesso de execução quando: 
I – o exequente pleiteia quantia superior à do título; 
II – ela recai sobre coisa diversa daquela declarada no título; 
III – ela se processa de modo diferente do que foi determinado 
no título; 
IV – o exequente, sem cumprir a prestação que lhe 
corresponde, exige o adimplemento da prestação do 
executado; 
V – o exequente não prova que a condição se realizou. 
§ 3º Quando alegar que o exequente, em excesso de 
execução, pleiteia quantia superior à do título, o embargante 
declarará na petição inicial o valor que entende correto, 
apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu 
cálculo. 
§ 4º Não apontado o valor correto ou não apresentado o 
demonstrativo, os embargos à execução: 
I – serão liminarmente rejeitados, sem resolução de mérito, se 
o excesso de execução for o seu único fundamento; 
II – serão processados, se houver outro fundamento, mas o 
juiz não examinará a alegação de excesso de execução da 
dívida, o que deve ser rechaçado pelo r. juízo, já que cabe a 
parte embargante continuar a depositar o valor das parcelas, 
ora recalculadas. 
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 Como já afirmado, no contrato em questão sequer a instituição financeira 
demonstrou em seu cálculo quaisquer dados reais e precisos de como chegou ao 
resultado ora embargado, sendo insuficiente a forma da apresentação e incompleta 
as informações de taxas de juros, sistemáticas de amortizações, tarifas, taxas, prazos 
e demais condições necessárias nestes casos, inexistindo planilha hábil a ensejar a 
instrução da execução. 
 
DA TUTELA DE URGÊNCIA 
PEDIDO ACAUTELATÓRIO ANTECEDENTE À SUSPENSÃO DOS ATOS 
EXPROPRIATÓRIOS E LIMINAR 
 
 Com efeito, o artigo 294 e seguintes do Código de Processo Civil dispõe sobre 
as tutelas provisórias, podendo ser de urgência ou evidência. No caso, trata-se 
notadamente de urgência - caracteristicamente cautelar prevista no artigo 300 do 
referido codex, pela patente “probabilidade do direito”, do “perigo de dano” ou do 
“risco ao resultado útil do processo”, tratando- se “in casu” da real possibilidade da 
perda do imóvel, com sério risco irreparável ao direito material que se pretende 
resguardar pelo remédio judicial. 
 
 Na questão sob examine, os requisitos da tutela de urgência centram-se 
como instrumento de garantia processual, mediante o qual a parte busca evitar 
danos graves e de difícil reparação ao seu direito, bem como a plausibilidade 
das alegações. Trata-se da antecipação da tutela, agora condensada aos notórios 
requisitos cautelares do “fumus boni iuris” e do “periculum in mora”, sob caráter de 
provisoriedade, assegurando estabilidade jurídica e resguardando o bem em litígio, 
com maior celeridade e segurança. 
 
 Situação agravada no caso pela iminência da perda do imóvel mediante a 
existência de vícios de origens no contrato imputado pelo banco, transformando a 
dívida num pesadelo, já que o banco requerido foi lhe impondo condições e valores 
que redundaram na sua quase insolvência financeira, razão pela qual ficou 
impossibilitado de pagamento no período em comento. 
 
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 O fato mais marcante no caso é que a dívida em comento se encontra sob 
caução representado pela garantia do imóvel, cujo valor é muito superior a dívida em 
discussão, inexistindo assim a mencionada possibilidade de haver prejuízo no 
transcorrer da lide. 
 
 Deste modo, a parte requerente vem retificarque o imóvel dado em garantia 
da alienação fiduciária é elemento o bastante para assegurar o direito da parte 
requerente de se resguardar desta demanda. 
 
 Neste diapasão, a necessidade da concessão por este juizo de direito da tutela 
antecipada antecedente, na sua essência liminar, se dá em atenção de que o imóvel 
pode ter a sua propriedade repassada para terceiros, mesmo que estando sobre 
inúmeros vícios de direito e procedimentais. 
 
 O autor sequer sabe o valor da dívida, como poderá assim purgar a mora, fato 
totalmente negativo? 
 
 O autor revisou o contrato e qualquer dívida que o réu poderia cobrar está 
fulminada pela prescrição, por própria e exclusiva inércia do réu!!! 
 
 Repise-se, o autor não foi intimado para a purgação extrajudicial da 
mora, mesmo tendo a ré obrigação legal para tal prática de intimação, não 
sabendo aquela sequer o valor da dívida exequenda, nem tampouco intimado 
acerca do leilão extrajudicial. 
 
 Não se tem ideia sequer se o imóvel está sendo leiloado a preço vil, pois não 
se sabe quanto é a dívida e o valor de avaliação do imóvel e tampouco, quando foi 
realizada esta última! 
 
 Portanto, todos estes motivos dão ensejo ao pedido liminar da autora, para 
que assim, em cognição sumária este juizo conceda a pretendida 
suspensão/sustação dos efeitos expropriatórios do processo de execução 
extrajudicial e garanta a continuação da posse do Autor no bem, até que seja 
restabelecida a ordem nos presentes autos. 
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 Assim, nos termos do art. 300 e 303, CPC, caso não seja concedido a 
presente liminar, a autora estará na iminência de ser desapossada do seu imóvel, 
podendo este ser arrematado a qualquer valor de avaliação e logo, tornar a autora 
como invasora sobordinados a uma ação de imissão forçada na posse pelo 
arrematante. 
 
 Entende necessário ainda que seja determinado por este D. Juízo, a 
anotação a matrícula imobiliária de Nº: 12.028 – 6º OFÍCIO DE NOTAS DE 
MOSSORÓ/RN, para que terceiros tenham a ciência da existência da referida ação, 
considerando a urgência e também, se tenha conhecimento que se discutem nestes 
autos a propriedade da autora sobre o referido imóvel, por medida de direito e justiça. 
 
 Finalmente, totalmente necessário sejam os presentes autos recebidos 
com o pretendido efeito liminar para suspender todos os atos expropriatórios 
que venham a acontecer, mantendo-se a continuidade da posse com o Autor, 
até ulterior decisão. 
 
PROBABILIDADE DO DIREITO 
 
 A probabilidade do direito deve analisar a prova previamente produzida para 
acolher ou não o pleito antecipatório, sendo que a existência de prova inequívoca é 
fundamento legal e antecedente lógico-jurídico da verossimilhança. 
 
 No presente caso, tem-se que as provas inequívocas, as quais são aptas 
para propiciar um juízo de certeza e autorizadora para o deferimento da 
concessão da TUTELA para suspender os efeitos do malsinado procedimento 
expropriatório cujo procedimento foi precedido de atos eivados de vícios insanáveis 
que ensejam sua nulidade, que se reporta expressamente ao artigo 
34 do Decreto-lei 70/66. 
 
 Conforme requerimento em anexo, o Autor requereu e a Caixa negou o 
processo de execução extrajudicial, fato que por si só gera a probabilidade do direito 
do autor. 
 
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PERIGO DE DANO 
 
 O perigo de dano deve ser entendido como aquele dano irreparável cujos 
efeitos serão irreversíveis ou de difícil reparação que reflete a exposição a perigo do 
direito provável, pois dificilmente será revertido. 
 
 O perigo de dano reside no fato que serão obrigados a desocupar o imóvel, 
pois a liminar objeto da decisão no prazo de 60 (sessenta) dias que lhes é facultado 
pelo artigo 30 da Lei 9.514/97 
 
 Neste sentido, é o entendimento jurisprudencial acerca do assunto: 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. BLOQUEIO DA MATRÍCULA DO IMÓVEL. DANOS 
DE DIFÍCIL REPARAÇÃO. INDÍCIOS DE FRAUDE. PARCELAMENTOS 
IRREGULARES. Considerando a situação fundiária do DF, onde proliferaram os 
famigerados parcelamentos irregulares, inclusive mediante notórias fraudes 
perpetuadas ao longo dos anos, bem como a gravidade dos fatos apontados na 
inicial, configurada está situação excepcional autorizadora do bloqueio da matrícula 
do imóvel, a fim de se evitar a ocorrência de sucessivas alienações do bem, 
resguardando-se, assim, possíveis prejuízos a terceiros de boa fé. O juiz poderá 
determinar, de ofício, a qualquer momento, ainda que sem oitiva das partes, o 
bloqueio da matrícula do imóvel, se entender que a superveniência de novos 
registros poderá causar danos de difícil reparação (art. 214, § 3º, da Lei 6.015/73, 
com a redação dada pela Lei 10.931/2004). Recurso de agravo conhecido e provido. 
(TJ-DF - AGI: 20150020268712, Relator: ANA MARIA DUARTE AMARANTE 
BRITO, Data de Julgamento: 16/03/2016, 6ª Turma Cível, Data de Publicação: 
Publicado no DJE : 31/03/2016 . Pág.: 372) 
 
E M E N T A AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE DIVISÃO E DEMARCAÇÃO 
DE TERRAS. CONCESSÃO DE LIMINAR. BLOQUEIO DE MATRÍCULA DE 
IMÓVEL. POSSIBILIDADE. INTUITO MERAMENTE ACAUTELATÓRIO. I – A 
restrição sobre a matrícula do imóvel, por ter consequência extrema, deve ser 
analisada de acordo com as peculiaridades de cada caso, pois pode vir afetar 
inclusive o direito de propriedade, previsto no art. 5º, XXII, da CF1. II - Verifica-se 
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que o Juiz deferiu a liminar determinando o bloqueio da matrícula do imóvel, 
por medida de cautela, a fim de resguardar os interesses dos autores e 
pretensos adquirentes dos bens, devendo ser mantida a decisão. (TJ-MA - AI: 
00094228720168100000 MA 0593042016, Relator: JORGE RACHID MUB┴RACK 
MALUF, Data de Julgamento: 20/07/2017, PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL, Data de 
Publicação: 11/01/2018 00:00:00) 
 
 Deve-se acrescentar que em caso de eventual de mérito da ação anulatória 
que julgue pela procedência do pedido com a consequente desconstituição da 
arrematação ou venda direta, os prejuízos causados aos serão irreparáveis, pois 
serão privadas de resguardar seu bem imóvel. 
 
 Obviamente, caso Vossa Excelência determine essa suspensão, tem-se que 
certamente não causará prejuízos ao irreparáveis ao credor, pois para um 
estabelecimento creditício, vultuosas dimensões de um grande conglomerado 
financeiro, não representará transtornos intransponíveis. 
 
 Caso, seja apurada a boa-fé do arrematante/comprador tem-se que eventual 
indenização deverá ser arcada por culpado. 
 
 Desta feita, pugna-se então pelo bloqueio da MATRICULA Nº: 12.028 – 6º 
OFÍCIO DE NOTAS DE MOSSORÓ/RN para que seja garantido à parte 
requerente o direito de permanecer na posse do imóvel. 
 
RISCO AO RESULTADO ÚTIL DO PROCESSO 
 
 Esse requisito fica caracterizado quando se verificar não ser possível aguardar 
o término do processo para entregar a tutela jurisdicional. 
 
 Na hipótese vertente, ao menos em uma análise superficial, observa-se a 
presença de tais requisitos, vez que os fatos narrados encontram amparo na prova 
documental constante dos autos. 
 
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 Portanto, pretende-se a concessão da presente tutela a fim que seja 
atribuído o efeito suspensivo da arrematação/venda e consequente 
manutenção dos autores na posse, enquanto a ação anulatória não for julgada 
definitivamente. 
 
EXISTÊNCIA DE PREJUDICIALIDADE EXTERNA 
 
 Constata-se a existência de prejudicialidade externaentre a ação 
anulatória e eventual ação de imissão na posse, uma vez que a decisão a ser 
proferida naqueles autos necessariamente surtirá efeitos no presente processo, até 
porque caso seja anulada a execução extrajudicial, a presente ação perderá seu 
objeto. 
 
 Com efeito, estabelece o art. 313 do CPC que: 
 
“Art. 313. Suspende-se o processo: 
V - quando a sentença de mérito: 
a) depender do julgamento de outra causa ou da 
declaração 
de existência ou de inexistência de relação jurídica que 
constitua o objeto principal de outro processo pendente;” 
 
 O dispositivo mencionado trata da figura da prejudicialidade externa, ou seja, 
de questão anterior que pode influenciar no julgamento do processo em curso, de 
sorte que determina a paralisação da marcha processual quando ficar constatado que 
o prosseguimento do feito depende de julgamento a ser proferido em outro processo, 
ajuizado anteriormente. 
 
 Logo, é imprescindível que se determine o sobrestamento da ação de imissão 
de posse enquanto pendente de julgamento a anulatória: 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE IMISSÃO NA 
POSSE. DECISÃO QUE DEFERIU A TUTELA PROVISÓRIA 
DE URGÊNCIA E ARBITROU MULTA DIÁRIA DE 500,00 
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(QUINHENTOS REAIS) PARA O CASO DE 
DESCUMPRIMENTO. IMÓVEL OBJETO DE LEILÃO 
EXTRAJUDICIAL. PENDÊNCIA DE AÇÃO ANULATÓRIA 
DA EXECUÇÃO EXTRAJUDICIAL NA QUAL O IMÓVEL 
FOI ARREMATADO, EM QUE É ALEGADA 
INOBSERVÂNCIA À LEI Nº 9514/97. AUSÊNCIA DE 
NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL DOS DEVEDORES 
FIDUCIANTES ACERCA DA DATA FIXADA PARA A 
REALIZAÇÃO DO LEILÃO. NECESSIDADE DE 
INTIMAÇÃO PESSOAL DO DEVEDOR. PROVIMENTO EM 
PARTE. Trata-se de Agravo de Instrumento com pedido de 
efeito suspensivo interposto por Durval Rocha Pinto e Monica 
Dantas de Almeida Padilha Pinto contra a decisão 
interlocutória proferida pelo MM. Juiz de Direito da 1ª Vara 
Cível e Comercial da Comarca de Salvador que, nos autos da 
Ação de Imissão na Posse nº 0549108-30.2017.8.05.0001, 
movida por Sidneia Estrela Marinho e Outro, deferiu a tutela 
provisória de urgência e arbitrou multa diária de R$ 500,00 
(quinhentos reais) para o caso de descumprimento. 2. In casu, 
compulsados os autos, não obstante tenha sido proferida a 
decisão vergastada pela magistrada de origem, da 1ª Vara 
Cível e Comercial de Salvador, constata-se que o deslinde do 
presente feito depende de decisão a ser tomada na ação 
anulatória nº 0502568-21.2017.8.05.0001, de sorte que se 
impõe, na espécie, o acolhimento do pedido dos Recorrentes 
acerca da aplicação do artigo 313 do CPC ao processo. 3. 
Neste diapasão, nos termos do referido artigo de lei, em face 
da constatação de que a sentença de mérito a ser proferida 
num processo depende do julgamento de outra causa, qual 
seja, a anulatória do leilão extrajudicial, a suspensão da 
decisão recorrida é medida que se impõe, até porque caso 
ocorra a anulação do referido leilão a venda do imóvel aos 
Recorridos também ficará sem efeito, o que torna evidente a 
questão prejudicial externa. 4. AGRAVO DE INSTRUMENTO 
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CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. (Classe: 
Agravo de Instrumento,Número do Processo: 0028316- 
18.2017.8.05.0000, Relator (a): Roberto Maynard Frank, 
Quarta Câmara Cível, Publicado em: 17/04/2018 ) (TJ-BA - AI: 
00283161820178050000, Relator: Roberto Maynard Frank, 
Quarta Câmara Cível, Data de Publicação: 17/04/2018) 
 
 Neste diapasão, nos termos do referido artigo de lei, em face da constatação 
de que a sentença de mérito a ser proferida num processo depende do julgamento 
de outra causa, qual seja, a anulatória do leilão extrajudicial, a suspensão do presente 
feito é medida que se impõe, até porque caso ocorra a anulação do referido leilão, a 
venda do imóvel aos Recorridos também ficará sem efeito, o que torna evidente a 
questão prejudicial externa. 
 
 Portanto, frisa-se que a concessão da tutela de urgência desafia as 
disposições do art. 330 pares 3º do CPC, tendo em vista o patente risco de 
irreversibilidade, sobretudo em razão da probabilidade de êxito na ação anulatória, 
onde cabalmente provada a ocorrência de irregularidades que torna nulo de 
pleno direito o procedimento expropriatório do imóvel em disputa. 
 
DAS PROVAS 
DA PRODUCÃO DE PROVA DOCUMENTAL - DA INACESSIBILIDADE DE 
DOCUMENTOS – VIOLAÇÃO DO ARTIGO 435 CPC – DEVER À EXIBIÇÃO DE 
DOCUMENTO – ARTIGO 396, CPC. 
 
 Excelência, no caso em tela, há documentos de suma importância ao deslinde 
da ação cuja obtenção foi dificultada e recusada à parte requerente (anexo), 
impossibilitando a sua juntada até a distribuição da presente, diante da conduta 
volitiva e consciente do resultado ao dano comprobatório pelo banco requerido. 
Dispõe o artigo 435 do Código de Processo Civil. 
 
 Nestas causas, a instituição financeira sempre objetivará obstar a Produção 
da Prova Documental. O intuito do banco é se precaver de eventual decisão contrária 
pelos seus atos ilícitos. Para tanto, como já notório, o banco tem consciência das 
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irregularidades cometidas nos seus procedimentos e teme trazer provas aos autos 
para não produzir contra si mesmo. 
 
 E sendo assim, importante elencar - desde já documentos obrigatórios que o 
banco insistirá em omitir e não entregar, desde a contestação, desconsiderando-os 
mesmo que devidamente requeridos na exordial. 
 
 Pior, o banco negligenciará até mesmo após ordem judicial, pois sem receio 
de se tornar revel. Posto isto, cabe ao poder o judiciário agir de forma enérgica e 
técnica contra esta inércia premeditada do banco, compelindo-o a trazer aos autos, 
sob as penalidades da Lei, os seguintes elementos comprobatórios: 
 
a) A planilha evolutiva das dívidas vencidas e vincedas do contrato bancário em 
questão; 
b) se houver diante da conexão da regra do encadeamento contractual, os contratos 
bancários anteriores que originaram a dívida executada e da expropriação; 
c) todos os extratos bancários das contas da rede contractual e original, com seus 
aditivos e conexos; 
d) o cumprimento das exigências legais pela Lei n. 9,514/97, através de memorial e 
detalhamento claros dos atos e prazos; 
e) as comprovações das cobranças extrajudiciais obrigatórias anteriores à 
consolidação, a fim de demonstrar todas as tentativas frustradas de notificação e 
intimações previstas; 
f) no caso de notificação editalícia, a prova contumaz, eis que essa deve ser a última 
forma à ocorrência de tal ato; 
g) com a recusa do banco, seja então oficiado o competente Registro de Imóveis para 
que forneça cópia integral do procedimento de consolidação da propriedade, bem 
como prova da efetiva cientificação de tal ato; 
h) a comprovação pelo banco e do “longa manus” cartório de Registro de Imóveis 
acerca das notificações pessoais dos devedores requerentes à purgação da mora e 
a forma de realização; 
i) a comprovação tanto do banco requerido e do “longa manus” leiloeiro para que 
demonstrem como se efetivou a intimação de todos os devedores fiduciantes, acerca 
da data e horário acerca da realização dos leiloes; 
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j) a comprovação pelo banco e leiloeiro acerca da avaliação obrigatória do 
imóvel posto em leilão extrajudicial, justificando quais parâmetros forma 
utilizados para apurar; 
k) o motivo da venda do imóvel pelo patente preço vil; 
l) demonstrar os efeitos contábeis da expropriação para que assim não se evidencielocupletamento, abuso financeiro e elisão fiscal em detrimento do erário público e da 
economia interna em proveito desmedido para fins de conhecimento público e do 
requerente; 
 
 O pleito encontra supedâneo da Constituição Federal, no Código de Processo 
Civil, no Código Civil, no Código de defesa do Consumidor, especialmente ao 
princípio da inversão e da oralidade das provas, todos aplicáveis ao caso vertente, 
sob as penas da lei, certo que, caso o banco recursar ou omitir, caberá ser declarado 
revel pelos fatos imputados, conforme reza o artigo 396 e seguintes do Código de 
Processo Civil. 
 
Art. 435. É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos 
documentos novos, quando destinados a fazer prova de fatos 
ocorridos depois dos articulados ou para contrapô-los aos que 
foram produzidos nos autos. 
Parágrafo único. Admite-se também a juntada posterior de 
documentos formados após a petição inicial ou a contestação, 
bem como dos que se tornaram conhecidos, acessíveis ou 
disponíveis após esses atos, cabendo à parte que os produzir 
comprovar o motivo que a impediu de juntá-los anteriormente 
e incumbindo ao juiz, em qualquer caso, avaliar a conduta da 
parte de acordo com o art. 5 
 
 Excelência, a conexão dos documentos elencados com a causa reside no fato 
que a expropriação em questão é baseada na alienação fiduciária pela Lei nº 
9.514/97 onde com fortes indícios e ocorrências que o banco requerido não cumpriu 
mínimas exigências legais, tornando invalidado atos jurídicos desde o início que 
precisam ser avaliados sob o crivo do poder judiciário. 
 
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 Especialmente pelo fato que a forma de expropriação através da alienação 
fiduciária é abrupta e unilateral ao ponto do banco se beneficiar da função própria do 
poder judiciário de executar legitimamente terceiros, como se assim emitisse uma 
sentença sem qualquer chance de defesa, no âmbito administrativo, sem o devido 
processo legal e contraditório. 
 
 Assim sendo, é verossímil que o banco requerido tenha executado uma dívida 
a maior, cujo valor não passou por nenhum crivo, tampouco o registro de imóvel se 
atenta acerca do valor da execução apresentado e se realmente está em mora ou 
quantas atrasadas estão corrigidas corretamente, bem como, se foram notificados 
regularmente e se devidamente cumpridos os prazos pela Lei 9.514/97, razão pela 
qual é que se baseia na obrigatoriedade dos bancos de exibir os documentos, 
providenciando o acesso e conhecimento público ao deslinde da ação. 
 
Art. 396. O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou 
coisa que se encontre em seu poder. 
Art. 397. O pedido formulado pela parte conterá: 
I - a individuação, tão completa quanto possível, do documento 
ou da coisa; 
II - a finalidade da prova, indicando os fatos que se relacionam 
com o documento ou com a coisa; 
III - as circunstâncias em que se funda o requerente para 
afirmar que o documento ou a coisa existe e se acha em poder 
da parte contrária. 
Art. 398. O requerido dará sua resposta nos 5 (cinco) dias 
subsequentes à sua intimação. 
Parágrafo único. Se o requerido afirmar que não possui o 
documento ou a coisa, o juiz permitirá que o requerente prove, 
por qualquer meio, que a declaração não corresponde à 
verdade. 
Art. 399. O juiz não admitirá a recusa se: 
I - o requerido tiver obrigação legal de exibir; 
II - o requerido tiver aludido ao documento ou à coisa, no 
processo, com o intuito de constituir prova; 
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III - o documento, por seu conteúdo, for comum às partes. 
Art. 400. Ao decidir o pedido, o juiz admitirá como verdadeiros 
os fatos que, por meio do documento ou da coisa, a parte 
pretendia provar se: 
I - o requerido não efetuar a exibição nem fizer nenhuma 
declaração no prazo do art. 398; 
II - a recusa for havida por ilegítima. 
Parágrafo único. Sendo necessário, o juiz pode adotar 
medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-
rogatórias para que o documento seja exibido. 
Art. 401. Quando o documento ou a coisa estiver em poder de 
terceiro, o juiz ordenará sua citação para responder no prazo 
de 15 (quinze) dias. 
 
DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA 
 
 A parte autora trata-se de consumidor e na interpretação dos art. 3º e art. 14, 
do Código de Defesa do Consumidor, conclui-se que o banco requerido é prestador 
de serviços, respondendo de forma objetiva pelos danos que causar a terceiros e no 
desempenho de suas atividades que é a instituição financeira. 
 
 Não obstante, diante da relação consumerista, análise do pedido deve inverter 
o ônus da prova, nos termos do art 6º, inciso VIII, do CDC, quando a verossímil 
alegação do consumidor hipossuficiente ao caso dos autos. 
 
 Sendo assim, por meio do Código de Defesa do Consumidor, conclui-se que 
a parte ré é prestadora de serviços e, como tal, responde independentemente de 
culpa pelos danos que causar a terceiros no desempenho das atividades que lhe são 
inerentes. Restando evidenciada a aplicação da legislação consumerista, possível a 
análise do pleito de inversão do ônus da prova. No inciso VIII do artigo 6º de referida 
lei específica, há a possibilidade de, a critério do juiz, ser concedida a inversão do 
ônus da prova, seja quando verossímil a alegação ou quando for o consumidor 
hipossuficiente, segundo as regras ordinárias da experiência. 
 
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 Segundo lição de Luis Antonio Rizzato Nunes (Curso de direito do consumidor 
3.ed.rev.e atual. São Paulo:Saraiva, 2008): “Assim, na hipótese do artigo 6º, VIII, 
do CDC, cabe ao juiz decidir pela inversão do ônus da prova se for verossímil 
a alegação ou hipossuficiente o consumidor. Vale dizer, deverá o magistrado 
determinar a inversão. E esta se dará pela decisão entre duas alternativas: 
verossimilhança das alegações ou hipossuficiência. Presente uma das duas, 
está o magistrado obrigado a inverter o ônus da prova”. 
 
 Logo, em estando presentes, qualquer dos requisitos autorizadores deve a 
inversão do ônus da prova ser concedida. 
 
 Verifica-se no caso em testilha, a hipossuficiência latente da parte requerente 
(consumidor) em face do poderio diga-se técnico e não apenas econômico da parte 
requerida (fornecedor). 
 
 A vulnerabilidade daquela no sentido de desconhecimento e de 
indisponibilidade de todas as informações e de todo o aparato técnico e econômico 
de que dispõe a parte ré denota a sua hipossuficiência, o que enseja a concessão da 
inversão do ônus da prova. 
 
 É imprescindível o deferimento de inversão do ônus, considerando que 
se trata de uma prova negativa, ou seja, aquela prova decorrente de um fato 
negativo, que algo não aconteceu. 
 
 O novo CPC prevê expressamente a dinamização da distribuição do ônus da 
prova, quando presentes "peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou 
à excessiva dificuldade" de desincumbência do ônus da prova segundo a distribuição 
estática ou, ainda, quando verificar a “maior facilidade de obtenção da prova do fato 
contrário” (art. 373, § 1º). 
 
 Nesta razão, diante da patente inexistência de notificação devida para a 
purgação da mora cabe ser declarada a invalidade e nulidade dos atos jurídicos 
decorrentes, de forma absoluta, diante do vício e irregularidade insanável, 
retornando ao “status quo. 
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III. DOS REQUERIMENTOS 
 
"EX POSITIS", diante dos fatos e fundamento de direito, requer-se:0. Os benefícios da justiça gratuita por afirmar ser pobre na forma da lei e 
documentos acostados; 
1. SEJA JULGADA INTEGRALMENTE PROCEDENTE AÇÃO ANULATÓRIA 
DE ATOS EXPROPRIATÓRIOS FIDUCIÁRIOS DA LEI Nº 9.514/97 C/C 
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO E PEDIDO ACAUTELATÓRIO 
ANTECEDENTE À SUSPENSÃO DOS ATOS EXPROPRIATÓRIOS E EM SEDE 
DE LIMINAR, por restar configurada que a respectiva expropriação mediante 
alienação fiduciária é carecedora de liquidez, certeza e exigibilidade do título 
extrajudicial, em configurado excesso de execução pela inexistência de documentos 
suficientes a instruí-la, que redundaram na dívida ora impugnada a ser declarada 
insubsistente e anulados todos os atos jurídicos, com a invalidade dos seus efeitos 
daí decorrentes que consolidou a propriedade, com a consequente declaração de 
nulidade das patentes irregularidades e vícios, retornando ao “status a quo”, a fim de 
que sejam sanadas as irregularidades absolutas aqui expostas, pela total revisão da 
dívida; 
2. Liminarmente a manutenção da posse do imóvel pelo suplicante para fins de 
purgação da mora, a título de antecipação da tutela; 
3. A IMEDIATA CONCESSÃO DA MEDIDA LIMINAR “inaudita altera parts”, diante 
da iminência da perda do imóvel e de difícil reparação, suspendendo-se os efeitos do 
malsinado procedimento expropriatório fiduciário pela Lei nº 9.514/97, bem como, 
demais atos e demais leilões extrajudiciais, e/ou vendas diretas até ulterior decisão, 
obstando ainda a transferência do imóvel a terceiros e efeitos expropriatórios, até 
decisão final; 
4. Requer-se seja deferido o pedido de consignação em pagamento referente as 
parcelas do contrato de financiamento imobiliário em comento, mediante autorização 
liminar do depósito judicial para a purgação da mora por via da CONSIGNAÇÃO 
EM PAGAMENTO, como garantia do juízo e contratual, referente as parcelas 
vencidas (art.541, CPC), no exatos moldes contratados, vindo desta forma a 
efetuar os pagamentos vincendos de forma consignatória judicial em conta a ser 
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autorizada por este juízo, como garantia contratual, valores estes a serem 
apresentados pela requerida (parcelas vencidas e vincendas); 
5. Liminarmente, que o importe concernente aos encargos mensais como 
consignados, sejam imediatamente revestidos de força de pagamento, dando-se 
efeito de adimplemento da dívida, com efetivo cumprimento da obrigação contratual, 
afastando-se, desde já, os efeitos decorrentes da mora e os eventuais reflexos 
expropriatórios previstos no contrato em questão; 
6. Seja concedida urgente liminar, objetivando a imediata suspensão e 
anulação de todos os efeitos expropriatórios e desapossatórios de eventual 
leilão realizado ou venda direta pela Caixa; 
7. A IMEDIATA CONCESSÃO DA MEDIDA LIMINAR “inaudita altera parts”, diante 
da iminência da perda do imóvel e de difícil reparação, suspendendo-se os efeitos do 
malsinado procedimento expropriatório fiduciário pela Lei nº 9.514/97, bem como, 
demais atos e demais leilões extrajudiciais, até ulterior decisão, obstando ainda a 
transferência do imóvel a terceiros e efeitos expropriatórios, até decisão final; 
8. Seja determinado a suspensão de todos atos expropriatórios e desapossátorios, 
determinando para que o BANCO requerido se abstenha de realizar a consolidação 
da propriedade e demais atos expropriatórios dos bens imóveis em comento, até 
ulterior decisão, sob pena de multa pecuniária diária de R$ 1.000,00; 
9. Seja oficiado o 6 Cartório Judiciário de Imóveis da Comarca de Mossoró, para se 
abster de consolidar a propriedade da matrícula nº 12.028, referentes ao imóvel 
objeto de litígio, até ulterior decisão, bem como seja obstado de realizar a 
transferência do imóvel para terceiros nestas rubricas e que seja registrada 
comunicação na mencionada matrícula acerca da existência da presente ação 
anulatória e processos conexos, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00; 
10. Seja declarada a nulidade de todos os atos expropriatórios e dos demais 
atos jurídicos decorrentes da malsinada alienação fiduciária, invalidando todos 
os seus efeitos, e retornando ao estado anterior, da consolidação da propriedade, 
especialmente pelas apontadas irregularidades constatadas na notificação à 
purgação da mora, onde o banco requerido não cumpriu a exigência legal das 
notificações pessoais de cada devedor fiduciante, procedendo de forma erronea por 
edital, sem antes cumprir a exigência legal prevista na Lei nº 9.514/97, que determina 
a obrigatoriedade e comprovação de 03 intimações anteriores de todos os 
fiduciantes, bem como a ilegalidade da ocorrência de 02 editais diferentes ao mesmo 
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pagamento, cujo disparate afronta a ampla defesa e a prejudica a chance à remissão 
da dívida e purga da mora, bem como a inexistência de quaisquer intimações 
pessoais de leilão extrajudicial e patente preço vil; 
11. Seja então os atos expropriatórios invalidados e rechaçados, retornando todo 
o procedimento expropriatório desde o seu início, sem efeito legal, cabendo ao 
credor iniciar novamente a notificação dos fiduciantes à purgação da mora, desde 
que instruída com planilhas de dívida condizentes e suficientes para demonstrar 
detalhadamente os valores e encargos das prestações vencidas, com fito de garantir 
a sua certeza, liquidez e exigibilidade para embasar a expropriação, bem como seja 
realizada novamente as notificações pessoais de todos os fiduciantes, sob pena de 
serem anulados os atos posteriores pela não observância do princípio constitucional 
do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, tratando-se de questão 
imperativa e de ordem pública; 
12. Seja aplicada sobre o caso vertente, as disposições especiais da Lei nº 8.004/90, 
do Código de Defesa do Consumidor – CDC, pela patente relação consumerista e de 
adesão, assim como já pacificado pelos Tribunais nos contratos do SFH e do SFI, 
especialmente, desde já, seja deferido e aplicado o princípio da inversão do ônus 
da prova, tendo em vista ser a parte requerente mais fraca, vulnerável e 
hipossuficiente perante a poderosa instituição financeira requerida e os argumentos 
acima expostos, bem como verossímil suas alegações, conforme estipula a regra 
disposta no artigo 6, inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor; 
13. Seja deferida perícia contábil e, caso constatadas as diferenças e 
irregularidades pelo Digno juízo, que sejam condenados a devolver tudo que lhes 
cobrou indevidamente a mais, com os consectários legais, e, especialmente, que seja 
em dobro, consoante o disposto no artigo 42 do Código de Defesa do Consumidor e 
do artigo 23 da Lei n.º 8.004/90, mediante em espécie; 
14. Requer-se seja determinada a EXIBIÇÃO COMPLETA e integral de todos 
os documentos bem como, a planilha do débitos e demais documentos a 
demonstrar a integralidade do negócio jurídico, tudo com fulcro nos artigos 396 e 
seguintes do NCPC, diante das patentes recusas ou dificuldades de obtenção 
de tais provas, indispensáveis à pretensão da parte requerente e à elucidação do 
caso, sob pena de serem reputados como verdadeiros todos os fatos alegados na 
presente, a serem evidenciados pela respectiva entrega dos documentos: 
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14.1 Seja intimado o banco requerido para trazer aos autos a planilha evolutiva das 
dívidas - desde a original e conexos (se houver); extratos das contas bancárias; 
contratos; aditivos; comprovações das cobranças obrigatórias, bem como Cópia 
integral de todos os documentos que compões o contrato 
15.Seja determinada a CITAÇÃO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL., na pessoa 
de seu representante legal, no endereço inicialmente declinado, para, querendo, 
contestar a ação, procedendo a defesa das argumentações expendidas, sob pena 
dos efeitos da revelia; 
16. Caso haja descumprimento da obrigação de fazer pelos Requeridos, 
contrariando decisão ou sentença a ser proferida pelo r. Juízo, que sejam 
condenados ao pagamento de uma pena pecuniária a ser arbitrada por Vossa 
Excelência, por cada dia de atraso; 
17. Requer a concessão de prazo para juntada dos documentos indispensáveis 
a propositura da presente objetivando demonstar a vericidade das alegações, 
tendo em vista que em virtude da urgência da presente medida não foi possível a 
reunião de referidos documentos; 
18. Finalmente, protesta-se em provar o alegado por todos os meios de 
provas em direito admitidas; 
19. Requer a condenação dos Requeridos aos consectários legais da sucumbência 
em 20% sobre o valor da causa; 
20. Ante a faculdade prevista no inciso VII do artigo 319 do NCPC, o autor opta pela 
não realização da audiência conciliatória prévia, podendo a Caixa, se desejar, 
oferecer proposta de conciliação nos próprios autos. 
 
Dá-se a causa o valor de R$ 470.000,00 (quatrocentos e setenta mil reais) a título 
de efeitos fiscais. 
 
Nestes termos, 
P. E. Deferimento, 
 
Mossoró/RN, 07 de fevereiro de 2022 
. 
Lauriano Silveira 
OAB/RN 7.892 
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Niederland Tavares Lemos 
OAB/RN 18.965 
 
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22020715193637300000010839694
Processo: 0800145-92.2022.4.05.8401
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LAURIANO VASCO DA SILVEIRA - Advogado
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PROCURAÇÃO “AD JUDICIA ET EXTRA” 
 
OUTORGANTE: CARLOS ROBERTO FERDEBEZ, brasileiro, divorciado, inscrito no CPF sob o nº 
360.547.983-91, titular do FS 205202 DPF/RN, residente e domiciliada na Av Custódio Dantas da Silva, 119, 
Bairro Abolição I, Mossoró/RN. 
OUTORGADO: LAURIANO VASCO DA SILVEIRA, brasileiro, casado, advogado, OAB/RN 7.892; 
NIEDERLAND TAVARES LEMOS, brasileiro, divorciado, advogado, OAB/RN 18.965 com escritório à 
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PODERES: Pelo presente instrumento de procuração, o outorgante acima nomeia e constitui suas 
procuradoras as advogadas aqui outorgadas, a quem confere amplos poderes para o foro em geral, com a 
cláusula “ad judicia et extra”, em qualquer juízo, instância ou tribunal, bem como em qualquer entidade ou 
órgão da Administração Pública direta, indireta, fundacional ou autárquica, nas esferas federal, estadual ou 
municipal, podendo propor contra quem de direito as ações competentes e defendê-lo nas contrárias, 
seguindo umas e outras, até final decisão, usando dos recursos legais e acompanhando-os, bem assim 
representar perante órgãos correcionais e análogos por morosidade, ou qualquer ato que configure infração 
disciplinar. Conferindo-lhe, ainda, PODERES ESPECIAIS para arguir suspeição, confessar, desistir, 
reconhecer a procedência do pedido, e a autenticidade de cópias juntadas aos autos da firma dos outorgantes, 
participar de assembleia ou reunião em que o outorgante tenha que se fazer presente podendo fazer, usar da 
palavra e voto, requerer gratuidade da justiça, podendo para tanto, assinar declaração para obtenção desse 
benefício, renunciar direitos, transigir, firmar compromissos ou acordos, estando ainda, autorizado a fazer a 
imputação contra terceiro de fato definido com crime, receber e dar quitação, podendo também reiterar atos 
processuais anteriormente praticados antes da exibição desta, podendo ainda substabelecer esta para outrem, 
com ou sem reservas de iguais, em especial para as defesas e interesses do Outorgante devidamente 
identificado, e abaixo assinado, de acordo com o Estatuto da Advocacia, dando tudo por bom, firme e 
valioso. 
HONORÁRIOS: 
Concomitante com os poderes acima outorgados, o(a) outorgante acede em pagar aos advogados 
contratados, honorários correspondentes a 5% (cinco por cento) do total bruto da ação, da seguinte forma: 
30% (trinta por cento) sendo favorável decisão liminar, 30% (trinta por cento) com sentença procedente e 
40% (quarenta) por cento com o trânsito em julgado da ação, com as devidas atualizações apuradas em 
procedimento de execução, até final pagamento. Caberá a parte contratante o pagamento das custas e 
despesas que forem necessárias ao bom e rápido andamento da ação, bem como fornecer os documentos 
que os advogados ora contratados lhe solicitar. Havendo desistência, após ajuizado o feito, ou composição 
amigável entre autor(a) e ré(u), os honorários continuarão devidos no mesmo percentual (5%), neste caso, 
respectivamente, sobre o valor da causa ou sobre o valor bruto pactuado na composição amigável. 
Mossoró/RN, 19 de janeiro de 2021. 
 
 
__________________________________________________ 
CARLOS ROBERTO FERDEBEZ 
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22020715262460000000010839673
Processo: 0800145-92.2022.4.05.8401
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Processo: 0800145-92.2022.4.05.8401
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MENSAGEM DO SENHOR MINISTRO 
MINISTERIO DO TRABALHO 
stCRETARIA DE EMP ARIO Criada em 1952, a Carte ira de Trabalho e Previ. 
dencia Social resistiu 8o passar dos anos, assim 
ando com muita presteza as profundas modificaçbes 
que se registraram, nestas décadas, na composição, 
distribuição e qualiticaçao da nossa torç de tra 
balho. 
CARTEIRA DE TRABALHOREMIAERNK SOEA 
RE Pr 
Sem nenhum exagero, pode-se afirmar que este 
documehto, por muitos ainda hoje conhecido como 
"carteira profissional", converteu-se num dos mais 
Importantes instrumentos à disposição do trabalha 
dor, fazendo às vezes de cédula de identidade 
titulo de crédito, atestado de antecedentes, de boa 
conduta e de residència, para citar apenas algumes 
das suas maltiplas utilidades. 
Em sua simplicidade, a CTPS reflete a carreira 
do trabalhador e sua evolução profissional. Cabe-ine 
pois, proteg�-la atenta e cuidadosamente, porque 
enquanto pelos seus aspectos externos ess e 
revela traços importantes da personalidade e ga 
formação do seu possuidor, os registros internos, 
habitualmente insupst eo da efetivação meihores garantias a PNv 
00s Seus direitos trabalhistas e previdenciários. 
Polesar Direito 
Almir Pazzianotto Pinto 
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aUALIPICAGAO CIVIL 
plap olmh.. ALTERAÇ8 DE TOENTOADE (Com relgo nom, ot C" d Nome 
o ******************************************* *************** Loe. Na Ma.u 
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********************************************* 
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22020715265094900000010839706
Processo: 0800145-92.2022.4.05.8401
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Å Caixa Econômica federal, 
Prezados Senhores: lo PiA 
Ref.: Contrato 1.4444.0585732-5 
Pelo presente, solicitamos a V.Sas., que nos torneçamo PROCESSO DE 
EXECUÇÃO EXTRAJUDICIAL referente ao Contrato 1.4444.0585732-5, 
firmado entre esta instituição e o St. CARLOS ROBERTO FERDEBEZ, 
brasileiro, divorciado, inscrito no CPF sob o n° 360.547.983-91. 
Certos da atenção que V. Sas. irão dispensar a esse pedido, da urgència que o 
mesmo requer, antecipamos nossos agradecimentos. 
Atenciosamente, 
Mossoró (RN), 21 dejaneiro de 2022 
Lauriano Vasco da Silveira 
Advogado - OAB/RN 7.892 
Gerente Geral Mat.: 083.078-2 
Ag. Mosserd- CEF 
NONDINELY 
DE 
SOUZÁ 
MAIA 
21/ot2 
Rua Juvenal Lamartine, n° 300, Centro, AKS Empresarial, Sala 02, Mossoró/ RN 
E-mail: laurianosilveira@hotmail.com/(84)98798-5555 
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22020715270087500000010839707
Processo: 0800145-92.2022.4.05.8401
Assinado eletronicamente por: 
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22020715284881400000010839708
Processo: 0800145-92.2022.4.05.8401
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Processo: 0800145-92.2022.4.05.8401
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Processo: 0800145-92.2022.4.05.8401
Assinado eletronicamente por: 
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 TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5ª REGIÃO
 10ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
PROCESSO Nº: 0800145-92.2022.4.05.8401
CLASSE: EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA DO SISTEMA FINANCEIRO DA HABITAÇÃO
ADVOGADO: LAURIANO VASCO DA SILVEIRA
EXEQUENTE: CARLOS ROBERTO FERDEBEZ
ADVOGADO: NIEDERLAND TAVARES LEMOS
EXECUTADO: CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Certidão de Distribuição
 Sorteio. Tipo da Distribuição:
 8ª VARA FEDERAL, 10ª VARA FEDERAL. Concorreu(ram):
 - Impedido(s):
 10ª VARA FEDERAL. Distribuído para:
1/1
Processo: 0800145-92.2022.4.05.8401
Data e hora da inclusão: 07/02/2022 15:35:41
Identificador: 4058401.10808691
 
 0800145-92.2022.4.05.8401 PROCESSO Nº: - EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA DO SISTEMA
F I N A N C E I R O D A H A B I T A Ç Ã O
 C A R L O S R O B E R T O F E R D E B E ZE X E Q U E N T E :
 L a u r i a n o V a s c o D a S i l v e i r aA D V O G A D O :
 N i e d e r l a n d T a v a r e s L e m o sA D V O G A D O :
 C A I X A E C O N O M I C A F E D E R A LE X E C U T A D O :
 (JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO)10ª VARA FEDERAL - RN
 
DECISÃO
CARLOS ROBERTO FERDEBEZ ajuizou ação de procedimento comum, com pedido de antecipação
dos efeitos da tutela, em face da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF.
Aduz o autor, em síntese, que: a) em 30.04.2014 celebrou com o banco requerido o contrato nº
1.4444.0585732-5, sob espécie de adesão, empréstimo no valor de R$ 470.000,00, dando em garantia
imóvel residencial, destinado à moradia; b) no transcorrer da vigência do contrato de empréstimo bancário
verificou que os encargos mensais não estavam guardando relação de proporcionalidade e razoabilidade
ao transcrito originalmente, concluindo que além de não respeitar a Planilha Teórica da evolução da
dívida, o valor da parcela estava excessivamente onerosa; c) ficou inadimplente quanto ao pagamento das
parcelas do empréstimo; d) quando soube que poderia vir a ter seu imóvel consolidado se socorreu do
banco requerido no intuito de renegociar e repactuar as respectivas parcelas em atraso, contudo, o
imóvel já havia sido consolidado e consequentemente levado à praça de leilão; e) em nenhum momento
foi intimado/notificado acerca do leilão do imóvel, em afronta ao art. 26 da Lei 9.514/97; f) informa que
possuía valores para purgar a respectiva mora em atraso das parcelas; g) ficou sabendo por terceiros
sobre a ocorrência do leilão extrajudicial do seu imóvel; h) faz-se necessário que a instituição 
financeira requerida entregue em juízo todos os contratos, notificações extrajudiciais e extratos à
elucidação e suficientes das operações em rede contratual a partir da conta corrente e contratos.
Requer a concessão de tutela antecipada para que sejam obstados os demais atos expropriatórios,
suspendendo/sustando os efeitos expropriatórios do processo de execução extrajudicial promovidos pelo
demandado, garantindo a posse do autor no bem, bem como que seja deferido o pedido de 
consignação em pagamento referente as parcelas do contrato de financiamento imobiliário em comento,
mediante autorização liminar do depósito judicial para a purgação da mora por via da consignação e,
pagamento, como garantia do juízo e contratual, referente as parcelas vencidas.
Decido
No caso, não verifico, neste exame inicial, presente os requisitos para concessão da medida liminar
pleiteada, uma vez que não ficara demonstrada a probabilidade do direito autoral.
Embora o autor alegue que o banco promovido deu início a procedimento de execução extrajudicial,
referente a inadimplência do contrato nº 1.4444.0585732-5, assim como que este não promoveu sua
intimação/notificação acerca do suposto leilão do imóvel, em afronta ao art. 26 da Lei 9.514/97, não
consta no feito qualquer indicativo que comprove suas alegações.
Além de não constar qualquer informação sobre a data do possível leilão, ao mesmo tempo o autor
informa que não possui osmencionados documentos/informações, em razão da inobservância do tramite
da Lei 9.514/97. Assim, não há prova, mínima que seja, acerca da procedência de suas alegações.
Outro ponto a ser considerado também é o de que o autor alega na inicial que encontra-se inadimplente,
contudo, este não informa desde quando está inadimplente e nem sequer especifica o montante devido.
1/2
Não se encontrando evidenciada a probabilidade do direito invocado, desnecessária a análise dos
requisitos remanescentes para a concessão da medida .
Ante o exposto, o pedido de medida liminar.indefiro
 o pedido de justiça gratuita.Defiro
Considerando que a matéria não comporta autocomposição, o(a) demandado(a) para apresentarcite-se
contestação no prazo de 15 dias.
Em sendo deduzida, na contestação, preliminar e/ou fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito
alegado na inicial, intime-se a autora para se manifestar no prazo e 15 dias.
Altere-se a classe processual para "Procedimento Comum Cível".
Intimem-se.
2/2
22020814405752700000010846711
Processo: 0800145-92.2022.4.05.8401
Assinado eletronicamente por: 
LAURO HENRIQUE LOBO BANDEIRA - Magistrado
Data e hora da assinatura: 08/02/2022 15:16:34
Identificador: 4058401.10815599
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
 
 0800145-92.2022.4.05.8401 PROCESSO Nº: - EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA DO SISTEMA
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 (JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO)10ª VARA FEDERAL - RN
 
DECISÃO
CARLOS ROBERTO FERDEBEZ ajuizou ação de procedimento comum, com pedido de antecipação
dos efeitos da tutela, em face da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF.
Aduz o autor, em síntese, que: a) em 30.04.2014 celebrou com o banco requerido o contrato nº
1.4444.0585732-5, sob espécie de adesão, empréstimo no valor de R$ 470.000,00, dando em garantia
imóvel residencial, destinado à moradia; b) no transcorrer da vigência do contrato de empréstimo bancário
verificou que os encargos mensais não estavam guardando relação de proporcionalidade e razoabilidade
ao transcrito originalmente, concluindo que além de não respeitar a Planilha Teórica da evolução da
dívida, o valor da parcela estava excessivamente onerosa; c) ficou inadimplente quanto ao pagamento das
parcelas do empréstimo; d) quando soube que poderia vir a ter seu imóvel consolidado se socorreu do
banco requerido no intuito de renegociar e repactuar as respectivas parcelas em atraso, contudo, o
imóvel já havia sido consolidado e consequentemente levado à praça de leilão; e) em nenhum momento
foi intimado/notificado acerca do leilão do imóvel, em afronta ao art. 26 da Lei 9.514/97; f) informa que
possuía valores para purgar a respectiva mora em atraso das parcelas; g) ficou sabendo por terceiros
sobre a ocorrência do leilão extrajudicial do seu imóvel; h) faz-se necessário que a instituição 
financeira requerida entregue em juízo todos os contratos, notificações extrajudiciais e extratos à
elucidação e suficientes das operações em rede contratual a partir da conta corrente e contratos.
Requer a concessão de tutela antecipada para que sejam obstados os demais atos expropriatórios,
suspendendo/sustando os efeitos expropriatórios do processo de execução extrajudicial promovidos pelo
demandado, garantindo a posse do autor no bem, bem como que seja deferido o pedido de 
consignação em pagamento referente as parcelas do contrato de financiamento imobiliário em comento,
mediante autorização liminar do depósito judicial para a purgação da mora por via da consignação e,
pagamento, como garantia do juízo e contratual, referente as parcelas vencidas.
Decido
No caso, não verifico, neste exame inicial, presente os requisitos para concessão da medida liminar
pleiteada, uma vez que não ficara demonstrada a probabilidade do direito autoral.
Embora o autor alegue que o banco promovido deu início a procedimento de execução extrajudicial,
referente a inadimplência do contrato nº 1.4444.0585732-5, assim como que este não promoveu sua
intimação/notificação acerca do suposto leilão do imóvel, em afronta ao art. 26 da Lei 9.514/97, não
consta no feito qualquer indicativo que comprove suas alegações.
Além de não constar qualquer informação sobre a data do possível leilão, ao mesmo tempo o autor
informa que não possui os mencionados documentos/informações, em razão da inobservância do tramite
da Lei 9.514/97. Assim, não há prova, mínima que seja, acerca da procedência de suas alegações.
Outro ponto a ser considerado também é o de que o autor alega na inicial que encontra-se inadimplente,
contudo, este não informa desde quando está inadimplente e nem sequer especifica o montante devido.
1/2
Não se encontrando evidenciada a probabilidade do direito invocado, desnecessária a análise dos
requisitos remanescentes para a concessão da medida .
Ante o exposto, o pedido de medida liminar.indefiro
 o pedido de justiça gratuita.Defiro
Considerando que a matéria não comporta autocomposição, o(a) demandado(a) para apresentarcite-se
contestação no prazo de 15 dias.
Em sendo deduzida, na contestação, preliminar e/ou fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito
alegado na inicial, intime-se a autora para se manifestar no prazo e 15 dias.
Altere-se a classe processual para "Procedimento Comum Cível".
Intimem-se.
2/2
22020815163513900000010846962
Processo: 0800145-92.2022.4.05.8401
Assinado eletronicamente por: 
LAURO HENRIQUE LOBO BANDEIRA - Magistrado
Data e hora da assinatura: 08/02/2022 15:16:35
Identificador: 4058401.10815850
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
 
 0800145-92.2022.4.05.8401 PROCESSO Nº: - EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA DO SISTEMA
F I N A N C E I R O D A H A B I T A Ç Ã O
 C A R L O S R O B E R T O F E R D E B E ZE X E Q U E N T E :
 L a u r i a n o V a s c o D a S i l v e i r aA D V O G A D O :
 N i e d e r l a n d T a v a r e s L e m o sA D V O G A D O :
 C A I X A E C O N O M I C A F E D E R A LE X E C U T A D O :
 (JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO)10ª VARA FEDERAL - RN
 
DECISÃO
CARLOS ROBERTO FERDEBEZ ajuizou ação de procedimento comum, com pedido de antecipação
dos efeitos da tutela, em face da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF.
Aduz o autor, em síntese, que: a) em 30.04.2014 celebrou com o banco requerido o contrato nº
1.4444.0585732-5, sob espécie de adesão, empréstimo no valor de R$ 470.000,00, dando em garantia
imóvel residencial, destinado à moradia; b) no transcorrer da vigência do contrato de empréstimo bancário
verificou que os encargos mensais não estavam guardando relação de proporcionalidade e razoabilidade
ao transcrito originalmente, concluindo que além de não respeitar a Planilha Teórica da evolução da
dívida, o valor da parcela estava excessivamente onerosa; c) ficou inadimplente quanto ao pagamento das
parcelas do empréstimo; d) quando soube que poderia vir a ter seu imóvel consolidado se socorreu do
banco requerido no intuito de renegociar e repactuar as respectivas parcelas em atraso, contudo, o
imóvel já havia sido consolidado e consequentemente levado à praça de leilão; e) em nenhum momento
foi intimado/notificado acerca do leilão do imóvel, em afronta ao art. 26 da Lei 9.514/97; f) informa que
possuía valores para purgar a respectiva mora em atraso das parcelas; g) ficou sabendo por terceiros
sobre a ocorrência do leilão extrajudicial do seu imóvel; h) faz-se necessário que a instituição 
financeira requerida entregue em juízo todos os contratos, notificações extrajudiciaise extratos à
elucidação e suficientes das operações em rede contratual a partir da conta corrente e contratos.
Requer a concessão de tutela antecipada para que sejam obstados os demais atos expropriatórios,
suspendendo/sustando os efeitos expropriatórios do processo de execução extrajudicial promovidos pelo
demandado, garantindo a posse do autor no bem, bem como que seja deferido o pedido de 
consignação em pagamento referente as parcelas do contrato de financiamento imobiliário em comento,
mediante autorização liminar do depósito judicial para a purgação da mora por via da consignação e,
pagamento, como garantia do juízo e contratual, referente as parcelas vencidas.
Decido
No caso, não verifico, neste exame inicial, presente os requisitos para concessão da medida liminar
pleiteada, uma vez que não ficara demonstrada a probabilidade do direito autoral.
Embora o autor alegue que o banco promovido deu início a procedimento de execução extrajudicial,
referente a inadimplência do contrato nº 1.4444.0585732-5, assim como que este não promoveu sua
intimação/notificação acerca do suposto leilão do imóvel, em afronta ao art. 26 da Lei 9.514/97, não
consta no feito qualquer indicativo que comprove suas alegações.
Além de não constar qualquer informação sobre a data do possível leilão, ao mesmo tempo o autor
informa que não possui os mencionados documentos/informações, em razão da inobservância do tramite
da Lei 9.514/97. Assim, não há prova, mínima que seja, acerca da procedência de suas alegações.
Outro ponto a ser considerado também é o de que o autor alega na inicial que encontra-se inadimplente,
contudo, este não informa desde quando está inadimplente e nem sequer especifica o montante devido.
1/2
Não se encontrando evidenciada a probabilidade do direito invocado, desnecessária a análise dos
requisitos remanescentes para a concessão da medida .
Ante o exposto, o pedido de medida liminar.indefiro
 o pedido de justiça gratuita.Defiro
Considerando que a matéria não comporta autocomposição, o(a) demandado(a) para apresentarcite-se
contestação no prazo de 15 dias.
Em sendo deduzida, na contestação, preliminar e/ou fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito
alegado na inicial, intime-se a autora para se manifestar no prazo e 15 dias.
Altere-se a classe processual para "Procedimento Comum Cível".
Intimem-se.
2/2
22020815163557800000010846963
Processo: 0800145-92.2022.4.05.8401
Assinado eletronicamente por: 
LAURO HENRIQUE LOBO BANDEIRA - Magistrado
Data e hora da assinatura: 08/02/2022 15:16:35
Identificador: 4058401.10815851
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
 
 0800145-92.2022.4.05.8401 PROCESSO Nº: - EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA DO SISTEMA
F I N A N C E I R O D A H A B I T A Ç Ã O
 C A R L O S R O B E R T O F E R D E B E ZE X E Q U E N T E :
 L a u r i a n o V a s c o D a S i l v e i r aA D V O G A D O :
 N i e d e r l a n d T a v a r e s L e m o sA D V O G A D O :
 C A I X A E C O N O M I C A F E D E R A LE X E C U T A D O :
 (JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO)10ª VARA FEDERAL - RN
 
DECISÃO
CARLOS ROBERTO FERDEBEZ ajuizou ação de procedimento comum, com pedido de antecipação
dos efeitos da tutela, em face da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF.
Aduz o autor, em síntese, que: a) em 30.04.2014 celebrou com o banco requerido o contrato nº
1.4444.0585732-5, sob espécie de adesão, empréstimo no valor de R$ 470.000,00, dando em garantia
imóvel residencial, destinado à moradia; b) no transcorrer da vigência do contrato de empréstimo bancário
verificou que os encargos mensais não estavam guardando relação de proporcionalidade e razoabilidade
ao transcrito originalmente, concluindo que além de não respeitar a Planilha Teórica da evolução da
dívida, o valor da parcela estava excessivamente onerosa; c) ficou inadimplente quanto ao pagamento das
parcelas do empréstimo; d) quando soube que poderia vir a ter seu imóvel consolidado se socorreu do
banco requerido no intuito de renegociar e repactuar as respectivas parcelas em atraso, contudo, o
imóvel já havia sido consolidado e consequentemente levado à praça de leilão; e) em nenhum momento
foi intimado/notificado acerca do leilão do imóvel, em afronta ao art. 26 da Lei 9.514/97; f) informa que
possuía valores para purgar a respectiva mora em atraso das parcelas; g) ficou sabendo por terceiros
sobre a ocorrência do leilão extrajudicial do seu imóvel; h) faz-se necessário que a instituição 
financeira requerida entregue em juízo todos os contratos, notificações extrajudiciais e extratos à
elucidação e suficientes das operações em rede contratual a partir da conta corrente e contratos.
Requer a concessão de tutela antecipada para que sejam obstados os demais atos expropriatórios,
suspendendo/sustando os efeitos expropriatórios do processo de execução extrajudicial promovidos pelo
demandado, garantindo a posse do autor no bem, bem como que seja deferido o pedido de 
consignação em pagamento referente as parcelas do contrato de financiamento imobiliário em comento,
mediante autorização liminar do depósito judicial para a purgação da mora por via da consignação e,
pagamento, como garantia do juízo e contratual, referente as parcelas vencidas.
Decido
No caso, não verifico, neste exame inicial, presente os requisitos para concessão da medida liminar
pleiteada, uma vez que não ficara demonstrada a probabilidade do direito autoral.
Embora o autor alegue que o banco promovido deu início a procedimento de execução extrajudicial,
referente a inadimplência do contrato nº 1.4444.0585732-5, assim como que este não promoveu sua
intimação/notificação acerca do suposto leilão do imóvel, em afronta ao art. 26 da Lei 9.514/97, não
consta no feito qualquer indicativo que comprove suas alegações.
Além de não constar qualquer informação sobre a data do possível leilão, ao mesmo tempo o autor
informa que não possui os mencionados documentos/informações, em razão da inobservância do tramite
da Lei 9.514/97. Assim, não há prova, mínima que seja, acerca da procedência de suas alegações.
Outro ponto a ser considerado também é o de que o autor alega na inicial que encontra-se inadimplente,
contudo, este não informa desde quando está inadimplente e nem sequer especifica o montante devido.
1/2
Não se encontrando evidenciada a probabilidade do direito invocado, desnecessária a análise dos
requisitos remanescentes para a concessão da medida .
Ante o exposto, o pedido de medida liminar.indefiro
 o pedido de justiça gratuita.Defiro
Considerando que a matéria não comporta autocomposição, o(a) demandado(a) para apresentarcite-se
contestação no prazo de 15 dias.
Em sendo deduzida, na contestação, preliminar e/ou fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito
alegado na inicial, intime-se a autora para se manifestar no prazo e 15 dias.
Altere-se a classe processual para "Procedimento Comum Cível".
Intimem-se.
2/2
22020815163591800000010846964
Processo: 0800145-92.2022.4.05.8401
Assinado eletronicamente por: 
LAURO HENRIQUE LOBO BANDEIRA - Magistrado
Data e hora da assinatura: 08/02/2022 15:16:36
Identificador: 4058401.10815852
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
 
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO 
10º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE 
PROCESSO: - 0800145-92.2022.4.05.8401 EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA DO SISTEMA
 FINANCEIRO DA HABITAÇÃO
Polo ativo
NIEDERLAND TAVARES
LEMOS
ADVOGADO
CARLOS ROBERTO
FERDEBEZ
AUTOR
LAURIANO VASCO DA
SILVEIRA ADVOGADO
Polo passivo
CAIXA ECONOMICA FEDERAL RÉU
Outros participantes
Sem registros
CERTIDÃO
CERTIFICO que, em 08/02/2022 16:44, o(a) Sr(a) CARLOS ROBERTO FERDEBEZ foi intimado(a)
acerca de Decisão registrado em 08/02/2022 15:16 nos autos judiciaiseletrônicos especificados na
epígrafe.
1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe. 
2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço 
 , através do código de autenticaçãohttps://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
nº . 22020815163513900000010846962
3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 08/02/2022 16:44 - Seção Judiciária do Rio Grande do
Norte.
1/1
Processo: 0800145-92.2022.4.05.8401
Data e hora da inclusão: 08/02/2022 16:44:28
Identificador: 4058401.10816905
 
 TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
10° VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE 
PROCESSO: 0800145-92.2022.4.05.8401 - PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL
Polo ativo
NIEDERLAND TAVARES
LEMOS
ADVOGADO
CARLOS ROBERTO
FERDEBEZ
AUTOR
LAURIANO VASCO DA
SILVEIRA ADVOGADO
Polo passivo
CAIXA ECONOMICA FEDERAL RÉU
Outros participantes
Sem registros
CERTIDÃO DE RETIFICAÇÃO
Certifico que, em 08/02/2022, procedi à retificação de autuação deste processo para fazer constar: 
Data de
alteração
Item
Operação
realizada
Situação anterior Situação atual
Usuário
responsável
08/02/2022
16:11
Parte - Polo
Passivo Alteração
CAIXA
ECONOMICA
FEDERAL
(EXECUTADO)
CAIXA ECONOMICA
FEDERAL (RÉU)
ANA PAULA
PAIVA
RIBEIRO
08/02/2022
16:11
Parte - Polo
Ativo Alteração
CARLOS
ROBERTO
FERDEBEZ
(EXEQUENTE),
NIEDERLAND
TAVARES
LEMOS
(ADVOGADO),
LAURIANO
VASCO DA
SILVEIRA
(ADVOGADO)
CARLOS ROBERTO
FERDEBEZ (AUTOR),
NIEDERLAND TAVARES
LEMOS (ADVOGADO),
LAURIANO VASCO DA
SILVEIRA (ADVOGADO)
ANA PAULA
PAIVA
RIBEIRO
08/02/2022 Classe Alteração
1117:EXECUÇÃO
HIPOTECÁRIA
DO SISTEMA 7:PROCEDIMENTO
ANA PAULA
PAIVA
1/2
16:11 Judicial FINANCEIRO DA
HABITAÇÃO
COMUM CÍVEL RIBEIRO
08/02/2022
16:11
Processo
Referência Alteração 0800145-92.2022.4.05.8401
ANA PAULA
PAIVA
RIBEIRO
2/2
Processo: 0800145-92.2022.4.05.8401
Data e hora da inclusão: 09/02/2022 00:00:00
Identificador: 4058401.10818277
 
 Em anexo.
1/1
22021617035656600000010890788
Processo: 0800145-92.2022.4.05.8401
Assinado eletronicamente por: 
LAURIANO VASCO DA SILVEIRA - Advogado
Data e hora da assinatura: 16/02/2022 17:07:31
Identificador: 4058401.10859548
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
 
Rua Juvenal Lamartine, n° 300, Sala 02, Centro, Mossoró/RN 
(84)98798-5555/laurianosilveira@hotmail.com 
 
JUÍZO DA 10ª VARA FEDERAL DA COMARCA DE MOSSORÓ/RN 
 
PROCESSO Nº 0800145-92.2022.4.05.840 
 
PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO 
 
 
 
CARLOS ROBERTO FERDEBEZ, já qualificado nos autos do processo 
eletrônico, vem por seu advogado que esta subscreve a presença de Vossa 
Excelência, requerer a RECONSIDERAÇÃO DA DECISÃO de evento 
4058401.10815599 do processo eletrônico, pelos fundamentos a seguir 
expostos: 
 
Com o devido acatamento, o Autor requer a reconsideração do r. decisão 
que indeferiu o pedido de manutenção na posse do Autor porquanto, 
enquanto parte economicamente mais frágil, face o Código de Defesa do 
Consumidor, não dispõe do processo de execução extrajudicial que 
culminou com a expropriação pela Caixa Econômica Federal do referido 
imóvel descrito na inicial. 
 
Ademais, sobreveio decisão em sede da Justiça Estadual do Rio 
Grande do Norte Processo PJE nr. 0800959-45.2022.8.20.5106 
(anexo) contra parte ilegítima da presente discussão, uma vez que o 
verdadeiro possuidor é o Senhor Carlos Roberto Ferdebez, que discute a 
legalidade dos atos expropriatórios da execução. 
 
Foi interposto Agravo de Instrumento no TJRN com efeito suspensivo nesta 
data (anexo). 
 
 
1/2
Rua Juvenal Lamartine, n° 300, Sala 02, Centro, Mossoró/RN 
(84)98798-5555/laurianosilveira@hotmail.com 
 
 
PEDIDO 
 
Portanto, por cautela e razoabilidade, dado a hipossuficiência econômica 
do consumidor/autor que não dispõe dos documentos que estão de posse 
da Caixa, e face a danos irreparáveis que o Autor possa a vir sofrer, requer 
a reconsideração da liminar para manutenção do Senhor Carlos 
Roberto Ferdebez na posse do imóvel até, ao menos, a juntada do 
processo de execução extrajudicial pela Caixa, o que trará a 
verdade dos fatos alegados pelo Autor. 
 
Requer ainda que se oficie a 2ª Vara Cível da Comarca de Mossoró acerca 
da decisão, acaso reconsiderada, para que se sustem os efeitos de seu 
cumprimento. 
 
Pede deferimento. 
 
Mossoró/RN, 16 de fevereiro de 2022. 
 
Lauriano Silveira 
OAB/RN 7.892 
2/2
22021617045444500000010890789
Processo: 0800145-92.2022.4.05.8401
Assinado eletronicamente por: 
LAURIANO VASCO DA SILVEIRA - Advogado
Data e hora da assinatura: 16/02/2022 17:07:31
Identificador: 4058401.10859549
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
 
16/02/2022
Número: 0800959-45.2022.8.20.5106 
 
Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL 
 Órgão julgador: 2ª Vara Cível da Comarca de Mossoró 
 Última distribuição : 24/01/2022 
 Valor da causa: R$ 240.000,00 
 Assuntos: Imissão 
 Segredo de justiça? NÃO 
 Justiça gratuita? SIM 
 Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
 
TJRN
PJe - Processo Judicial Eletrônico
Partes Procurador/Terceiro vinculado
JULIO CESAR MORAIS DE SOUSA (AUTOR) THALES JOSE REGO DOS SANTOS (ADVOGADO)
JONY MORAIS DE FRANCA (REU)
Documentos
Id. Data da
Assinatura
Documento Tipo
77781
716
25/01/2022 11:25 Decisão Decisão
1/4
 
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE 
COMARCA DE MOSSORÓ 
JUÍZO DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL 
Alameda das Carnaubeiras, 355, 3º andar, Costa e Silva - 59625-410 - Mossoró/RN 
INFORMAÇÕES SOBRE ATENDIMENTO:
https://linktr.ee/SegundaCivelMossoro
0800959-45.2022.8.20.5106
D E C I S Ã O
Vistos etc.
, qualificado(a)(s), por intermédio de procurador judicial,JULIO CESAR MORAIS DE SOUSA
ajuizou(zaram) AÇÃO DE IMISSÃO NA POSSE C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS C/C PEDIDO DE TUTELA
DE URGÊNCIA, em face de , também identificado(a), aduzindo, em síntese, o que segue:JONY MORAIS DE FRANÇA
1- Adquiriu o imóvel objeto da ação, sendo ele uma casa situada na Rua Custódio Dantas da Silva, nº 119,
Bairro Santo Antônio, Mossoró/RN, CEP: 59.619-045, pagando a quantia de R$ 240.000,00 através de contrato de compra e
venda firmado com a Caixa Econômica Federal – CEF em 24 de dezembro de 2021;
2- Realizada a compra e efetuado o pagamento da entrada, com recursos próprios (R$ 68.135,00), e acordado o
pagamento do saldo integral por meio do seu FGTS (R$ 71.865,00), fez o registro do negócio no cartório competente;
3- Todavia, ao tentar realizar a mudança para a nova casa, foi impedido de adentrar em seu imóvel, pois a casa
está sendo ocupada de forma ilícita pelo demandado.
Ao final, afora a gratuidade judiciária, o autor requereu, a título de tutela liminar, a sua imissão na posse do
imóvel, afora a procedência do pedido, com a confirmação da ordem liminar, condenando-se o demandado ao ressarcimento dos
danos materiais eventualmente suportados.
Relatei. Decido.
À vista da justificativa apresentada, DEFIRO o pedido de gratuidade judiciária, que encontra lastro no art. 98 do
CPC.
Passando à apreciação do pedido liminar, convenço-me de que o mesmo, em verdade, envolve tutela específica
liminar, cuja previsão está nos arts. 497, 536 e 537 do Digesto Processual Civil, aplicando-se para a sua concessão, apesar da
Num. 77781716 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: CARLA VIRGINIA PORTELA DA SILVA ARAUJO - 25/01/2022 11:25:38
https://pje1g.tjrn.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22012511253604000000074058316
Número do documento: 22012511253604000000074058316
2/4
diferença terminológica, os mesmos requisitos para antecipação de tutela, previstos, genericamente, no art. 300, do C.P.C., quaissejam: a) elementos que evidenciem a probabilidade do direito (verossimilhança da alegação) e b) perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo (justificado receio de dano irreparável ou de difícil reparação).
Em verdade, tem-se decisão interlocutória de cunho satisfativo, que visa a antecipação do próprio provimento
jurisdicional ou de seus efeitos, sob a condição de que a demandante preencha esses requisitos legais, cumulativos, cujos
contornos se fazem presentes, como dito, nos arts. 497, 536 e 537, da Lei Instrumental Civil, que dispõe, :verbis
Art. 497. Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se
procedente o pedido, concederá a tutela específica ou determinará providências que assegurem
a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.
 
Art. 536. No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou
de não fazer, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento, para a efetivação da tutela específica
ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente, determinar as medidas necessárias à
satisfação do exequente.
 
Art. 537. A multa independe de requerimento da parte e poderá ser aplicada na fase de
conhecimento, em tutela provisória ou na sentença, ou na fase de execução, desde que seja
suficiente e compatível com a obrigação e que se determine prazo razoável para cumprimento
do preceito.
Na espécie, mesmo diante deste juízo de cognição sumária, observo que se encontram preenchidos os
requisitos para a concessão da medida antecipatória, admitindo estar presente a verossimilhança do direito, eis que se hospeda nos
autos o comprovante da aquisição do imóvel, consoante se observa do Contrato de Venda e Compra de Imóvel Residencial, Mútuo
e Alienação Fiduciária em Garantia no SFH – Sistema Financeiro de Habitação (ID de nº 77763868).
 In casu, tenho que o referido bem foi adquirido pela demandada mediante contrato com alineação
fiduciária com a Caixa Econômica Federal, sendo que, devido a sua mora, consolidou a propriedade em nome do agente
fiduciário.
 EX POSITIS, DEFIRO o pedido de antecipação parcial dos efeitos da tutela, para determinar a
 JULIO CESAR MORAIS DE SOUSA situado na Rua Custódio Dantasimediata imissão do autor na posse do imóvel residencial
da Silva, nº 119, Bairro Santo Antônio, Mossoró/RN, CEP: 59.619-045, devendo os dois oficiais de justiça encarregados da
diligência descreverem a situação do imóvel.
 CITE-SE a parte demandada, com as cautelas legais, devendo ser cientificada que o prazo de defesa possui
como termo a quo a data de audiência de conciliação, conforme estabelece o art. 335, I, do CPC/2015, devendo, contudo, ser
Num. 77781716 - Pág. 2Assinado eletronicamente por: CARLA VIRGINIA PORTELA DA SILVA ARAUJO - 25/01/2022 11:25:38
https://pje1g.tjrn.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22012511253604000000074058316
Número do documento: 22012511253604000000074058316
3/4
intimada a parte autora e no mandado citatório da ré, constar a determinação de indicarem, em 05 (cinco) dias, a possibilidade de
realização de audiência de conciliação por videoconferência no CEJUSC, informando a parte ré que, na hipótese negativa, o seu
prazo de defesa começará a contar da juntada do mandado citatório ou, na hipótese positiva, a partir da realização da audiência.
 Acaso as partes concordem com a realização, ao CEJUSC, para designar data, devendo serem as partes
novamente intimadas.Intimações necessárias.
 INTIMEM-SE. CUMPRA-SE.
 Mossoró/RN, 25 de janeiro de 2022.
CARLA VIRGINIA PORTELA DA SILVA ARAUJO
Juíza de Direito
Num. 77781716 - Pág. 3Assinado eletronicamente por: CARLA VIRGINIA PORTELA DA SILVA ARAUJO - 25/01/2022 11:25:38
https://pje1g.tjrn.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22012511253604000000074058316
Número do documento: 22012511253604000000074058316
4/4
22021617050202600000010890794
Processo: 0800145-92.2022.4.05.8401
Assinado eletronicamente por: 
LAURIANO VASCO DA SILVEIRA - Advogado
Data e hora da assinatura: 16/02/2022 17:07:31
Identificador: 4058401.10859554
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
 
16/02/2022
Número: 0800959-45.2022.8.20.5106 
 
Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL 
 Órgão julgador: 2ª Vara Cível da Comarca de Mossoró 
 Última distribuição : 24/01/2022 
 Valor da causa: R$ 240.000,00 
 Assuntos: Imissão 
 Segredo de justiça? NÃO 
 Justiça gratuita? SIM 
 Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
 
TJRN
PJe - Processo Judicial Eletrônico
Partes Procurador/Terceiro vinculado
JULIO CESAR MORAIS DE SOUSA (AUTOR) THALES JOSE REGO DOS SANTOS (ADVOGADO)
JONY MORAIS DE FRANCA (REU)
Documentos
Id. Data da
Assinatura
Documento Tipo
77781
716
25/01/2022 11:25 Decisão Decisão
77763
863
24/01/2022 17:23 Petição Inicial Petição Inicial
77763
865
24/01/2022 17:23 1 - Peticao inicial Petição
77763
866
24/01/2022 17:23 2 - Procuracao Procuração
77763
867
24/01/2022 17:23 3 - Documentos pessoais Documento de Identificação
77763
868
24/01/2022 17:23 4 - Contrato de compra - CEF Documento de Comprovação
77763
869
24/01/2022 17:23 5 - Certidao do imovel atualizada Documento de Comprovação
77763
878
24/01/2022 17:23 6 - Certidao do imovel antes da venda Documento de Comprovação
77763
870
24/01/2022 17:23 7 - Conta COSERN - demandado Documento de Comprovação
77763
871
24/01/2022 17:23 8 - Empresa demadado Documento de Comprovação
77763
872
24/01/2022 17:23 9 - Ficha de inscricao do imovel Documento de Comprovação
77763
873
24/01/2022 17:23 10 - Conversa whatsapp com demandado Documento de Comprovação
77763
874
24/01/2022 17:23 11 - Proposta de compra e edital do leilao Documento de Comprovação
77763
875
24/01/2022 17:23 12 - Recibo - Cartorio Documento de Comprovação
77763
876
24/01/2022 17:23 13 - Contracheque - Julio Cesar Documento de Comprovação
1/72
 
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE 
COMARCA DE MOSSORÓ 
JUÍZO DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL 
Alameda das Carnaubeiras, 355, 3º andar, Costa e Silva - 59625-410 - Mossoró/RN 
INFORMAÇÕES SOBRE ATENDIMENTO:
https://linktr.ee/SegundaCivelMossoro
0800959-45.2022.8.20.5106
D E C I S Ã O
Vistos etc.
, qualificado(a)(s), por intermédio de procurador judicial,JULIO CESAR MORAIS DE SOUSA
ajuizou(zaram) AÇÃO DE IMISSÃO NA POSSE C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS C/C PEDIDO DE TUTELA
DE URGÊNCIA, em face de , também identificado(a), aduzindo, em síntese, o que segue:JONY MORAIS DE FRANÇA
1- Adquiriu o imóvel objeto da ação, sendo ele uma casa situada na Rua Custódio Dantas da Silva, nº 119,
Bairro Santo Antônio, Mossoró/RN, CEP: 59.619-045, pagando a quantia de R$ 240.000,00 através de contrato de compra e
venda firmado com a Caixa Econômica Federal – CEF em 24 de dezembro de 2021;
2- Realizada a compra e efetuado o pagamento da entrada, com recursos próprios (R$ 68.135,00), e acordado o
pagamento do saldo integral por meio do seu FGTS (R$ 71.865,00), fez o registro do negócio no cartório competente;
3- Todavia, ao tentar realizar a mudança para a nova casa, foi impedido de adentrar em seu imóvel, pois a casa
está sendo ocupada de forma ilícita pelo demandado.
Ao final, afora a gratuidade judiciária, o autor requereu, a título de tutela liminar, a sua imissão na posse do
imóvel, afora a procedência do pedido, com a confirmação da ordem liminar, condenando-se o demandado ao ressarcimento dos
danos materiais eventualmente suportados.
Relatei. Decido.
À vista da justificativa apresentada, DEFIRO o pedido de gratuidade judiciária, que encontra lastro no art. 98 do
CPC.
Passando à apreciação do pedido liminar, convenço-me de que o mesmo, em verdade, envolve tutela específica
liminar, cuja previsão está nos arts. 497, 536 e 537 do Digesto Processual Civil, aplicando-separa a sua concessão, apesar da
Num. 77781716 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: CARLA VIRGINIA PORTELA DA SILVA ARAUJO - 25/01/2022 11:25:38
https://pje1g.tjrn.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22012511253604000000074058316
Número do documento: 22012511253604000000074058316
2/72
diferença terminológica, os mesmos requisitos para antecipação de tutela, previstos, genericamente, no art. 300, do C.P.C., quais
sejam: a) elementos que evidenciem a probabilidade do direito (verossimilhança da alegação) e b) perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo (justificado receio de dano irreparável ou de difícil reparação).
Em verdade, tem-se decisão interlocutória de cunho satisfativo, que visa a antecipação do próprio provimento
jurisdicional ou de seus efeitos, sob a condição de que a demandante preencha esses requisitos legais, cumulativos, cujos
contornos se fazem presentes, como dito, nos arts. 497, 536 e 537, da Lei Instrumental Civil, que dispõe, :verbis
Art. 497. Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se
procedente o pedido, concederá a tutela específica ou determinará providências que assegurem
a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.
 
Art. 536. No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou
de não fazer, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento, para a efetivação da tutela específica
ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente, determinar as medidas necessárias à
satisfação do exequente.
 
Art. 537. A multa independe de requerimento da parte e poderá ser aplicada na fase de
conhecimento, em tutela provisória ou na sentença, ou na fase de execução, desde que seja
suficiente e compatível com a obrigação e que se determine prazo razoável para cumprimento
do preceito.
Na espécie, mesmo diante deste juízo de cognição sumária, observo que se encontram preenchidos os
requisitos para a concessão da medida antecipatória, admitindo estar presente a verossimilhança do direito, eis que se hospeda nos
autos o comprovante da aquisição do imóvel, consoante se observa do Contrato de Venda e Compra de Imóvel Residencial, Mútuo
e Alienação Fiduciária em Garantia no SFH – Sistema Financeiro de Habitação (ID de nº 77763868).
 In casu, tenho que o referido bem foi adquirido pela demandada mediante contrato com alineação
fiduciária com a Caixa Econômica Federal, sendo que, devido a sua mora, consolidou a propriedade em nome do agente
fiduciário.
 EX POSITIS, DEFIRO o pedido de antecipação parcial dos efeitos da tutela, para determinar a
 JULIO CESAR MORAIS DE SOUSA situado na Rua Custódio Dantasimediata imissão do autor na posse do imóvel residencial
da Silva, nº 119, Bairro Santo Antônio, Mossoró/RN, CEP: 59.619-045, devendo os dois oficiais de justiça encarregados da
diligência descreverem a situação do imóvel.
 CITE-SE a parte demandada, com as cautelas legais, devendo ser cientificada que o prazo de defesa possui
como termo a quo a data de audiência de conciliação, conforme estabelece o art. 335, I, do CPC/2015, devendo, contudo, ser
Num. 77781716 - Pág. 2Assinado eletronicamente por: CARLA VIRGINIA PORTELA DA SILVA ARAUJO - 25/01/2022 11:25:38
https://pje1g.tjrn.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22012511253604000000074058316
Número do documento: 22012511253604000000074058316
3/72
intimada a parte autora e no mandado citatório da ré, constar a determinação de indicarem, em 05 (cinco) dias, a possibilidade de
realização de audiência de conciliação por videoconferência no CEJUSC, informando a parte ré que, na hipótese negativa, o seu
prazo de defesa começará a contar da juntada do mandado citatório ou, na hipótese positiva, a partir da realização da audiência.
 Acaso as partes concordem com a realização, ao CEJUSC, para designar data, devendo serem as partes
novamente intimadas.Intimações necessárias.
 INTIMEM-SE. CUMPRA-SE.
 Mossoró/RN, 25 de janeiro de 2022.
CARLA VIRGINIA PORTELA DA SILVA ARAUJO
Juíza de Direito
Num. 77781716 - Pág. 3Assinado eletronicamente por: CARLA VIRGINIA PORTELA DA SILVA ARAUJO - 25/01/2022 11:25:38
https://pje1g.tjrn.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22012511253604000000074058316
Número do documento: 22012511253604000000074058316
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Petição e documentos anexos.
Num. 77763863 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: THALES JOSE REGO DOS SANTOS - 24/01/2022 17:23:28
https://pje1g.tjrn.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22012417232815600000074041725
Número do documento: 22012417232815600000074041725
5/72
 
 
 
§ Mossoró (Sede): Rua Dona Mariinha Mendes, 23, Alto de São Manoel, Mossoró/RN, CEP: 59.631-220, Fone: (84) 3316-2537 
§ http://www.juridicaadvocacia.com.br 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (ÍZA) DE DIREITO DE 
UMA DAS VARAS CÍVEIS DA COMARCA DE MOSSORÓ/RN 
 
 
 
 
 
JULIO CESAR MORAIS DE SOUSA, brasileiro, solteiro, bancário, CPF nº 
021.409.814-13, RG nº 001.543.216, residente e domiciliado à Rua Sebastião Saraiva, nº 
332, Aeroporto, Mossoró/RN, CEP: 59.607-300, por seus procuradores e advogados, 
legalmente habilitados, constituído nos moldes do instrumento de mandato acostado, com 
endereço profissional no rodapé, vem perante Vossa Excelência, promover a presente: 
 
AÇÃO DE IMISSÃO NA POSSE C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS 
MATERIAIS C/C PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA 
 
em desfavor de JONY MORAIS DE FRANÇA, CPF nº 761.326.334-72, RG e profissão 
desconhecidos; residente na Rua Custódio Dantas da Silva, nº 119, Bairro Santo Antônio, 
Mossoró/RN, CEP: 59.619-045; e/ou demais ocupantes do imóvel, tendo em vista os fatos 
e os fundamentos jurídicos expostos a seguir: 
 
I – DOS FATOS: 
 
A parte autora adquiriu o imóvel objeto da ação – uma casa situada na Rua Custódio 
Dantas da Silva, nº 119, Bairro Santo Antônio, Mossoró/RN, CEP: 59.619-045 – pela 
quantia de R$ 240.000,00 através de contrato de compra e venda firmado com a Caixa 
Econômica Federal – CEF em 24 de dezembro de 2021 (doc. Anexo): 
Num. 77763865 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: THALES JOSE REGO DOS SANTOS - 24/01/2022 17:23:28
https://pje1g.tjrn.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22012417232830800000074041727
Número do documento: 22012417232830800000074041727
6/72
 
 
§ Mossoró (Sede): Rua Dona Mariinha Mendes, 23, Alto de São Manoel, Mossoró/RN, CEP: 59.631-220, Fone: (84) 3316-2537 
§ http://www.juridicaadvocacia.com.br 
 
 
 
 
Realizada a compra e efetuado o pagamento da entrada com recursos próprios 
(R$ 68.135,00) e o saldo integral do seu FGTS (R$ 71.865,00), o demandante fez o 
registro no cartório competente (doc. Anexo). 
Todavia, ao tentar realizar a mudança para a nova casa, o autor foi impedido de 
adentrar em seu imóvel, pois a casa está sendo ocupada de forma ilícita pelo demandado 
(Sr. Jony Morais De França, CPF nº 761.326.334-72). 
Num. 77763865 - Pág. 2Assinado eletronicamente por: THALES JOSE REGO DOS SANTOS - 24/01/2022 17:23:28
https://pje1g.tjrn.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22012417232830800000074041727
Número do documento: 22012417232830800000074041727
7/72
 
 
§ Mossoró (Sede): Rua Dona Mariinha Mendes, 23, Alto de São Manoel, Mossoró/RN, CEP: 59.631-220, Fone: (84) 3316-2537 
§ http://www.juridicaadvocacia.com.br 
 
 
 
Nesse prisma, importante esclarecer que, em contato com o demandado (documentos 
anexos – conversas de whatsapp), esse informou que estava ocupando a casa com autorização 
do antigo proprietário, o Sr. Carlos Roberto Ferdebez (CPF nº 360.547.983-91). 
Ocorre, Excelência, que o antigo proprietário já tinha conhecimento de que a 
propriedade, em razão da ausência de pagamento do financiamento, tinha se 
consolidadoem nome da credora fiduciária (Caixa Econômica Federal) desde 2016, 
como se percebe da Certidão de Inteiro Teor do Imóvel (doc. Anexo): 
 
Diante de tais fatos, a parte autora tentou diversas vezes entrar em acordo com o 
demandado para que se retirasse do local, contudo, não obteve êxito (doc. Anexo). 
Vale salientar que o atual ocupante deixou claro que o antigo proprietário iria 
criar embaraços para que o autor ocupasse o imóvel, afirmando que o Sr. Carlos 
Num. 77763865 - Pág. 3Assinado eletronicamente por: THALES JOSE REGO DOS SANTOS - 24/01/2022 17:23:28
https://pje1g.tjrn.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22012417232830800000074041727
Número do documento: 22012417232830800000074041727
8/72
 
 
§ Mossoró (Sede): Rua Dona Mariinha Mendes, 23, Alto de São Manoel, Mossoró/RN, CEP: 59.631-220, Fone: (84) 3316-2537 
§ http://www.juridicaadvocacia.com.br 
 
 
 
Ferdebez entraria com ações para anular a venda e estava enviando o filho para ocupar 
o imóvel (doc. anexo – conversas de whatsapp). 
Sublinhe-se, ainda, que a ocupação do imóvel pelo demandado é inequívoca. 
Inclusive, ainda há o consumo de energia no imóvel – como se percebe pela conta da 
COSERN em seu nome –, bem como a empresa do demandado tem endereço no próprio 
imóvel: 
 
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§ Mossoró (Sede): Rua Dona Mariinha Mendes, 23, Alto de São Manoel, Mossoró/RN, CEP: 59.631-220, Fone: (84) 3316-2537 
§ http://www.juridicaadvocacia.com.br 
 
 
 
 
 
Vê-se, portanto, que a ocupação ilícita do imóvel pelo requerido é inequívoca, 
servindo não apenas para residência, mas, também, como domicílio de uma empresa. 
E o que é pior, Excelência, em razão do financiamento para aquisição do imóvel, o 
autor passou a pagar o valor de R$ 1.531,63 mensais como parcela pela compra do 
imóvel, além das despesas com o imóvel em que está residindo enquanto aguarda a 
desocupação do imóvel adquirido. 
Sendo assim, outra saída não resta senão socorrer-se ao Judiciário valendo-se do 
presente procedimento. 
 
 
II – DO DIREITO: 
II.1 – DOS FUNDAMENTOS PARA IMISSÃO NA POSSE 
 
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§ Mossoró (Sede): Rua Dona Mariinha Mendes, 23, Alto de São Manoel, Mossoró/RN, CEP: 59.631-220, Fone: (84) 3316-2537 
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A ação de imissão de posse é o meio processual através do qual o adquirente, após a 
translação do direito de propriedade, em razão de resistência do alienante ou terceiros, pode 
obter a justa posse do bem, com amparo no que dispõe o Código Civil: 
 Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da 
coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente 
a possua ou detenha. 
 
Além disso, independentemente da modalidade de compra, realizada a 
translação/transferência no registro público, aquela se tem por perfeita, acabada e 
irretratável, devendo ser protegido o comprador de boa-fé. 
Como se sabe, para o ajuizamento da ação de imissão de posse se pressupõe a 
existência de um proprietário não possuidor, que age em desfavor de um possuidor não 
proprietário, devendo o autor, para obter êxito em sua pretensão, demonstrar 
inequivocamente seu domínio e a posse injusta do demandado. 
Destaque-se que, quanto ao pressuposto da posse injusta, basta a inexistência de 
título hábil do possuidor, mesmo de boa-fé. No caso dos autos, a parte Ré não possui 
qualquer título que fosse capaz de justificar sua posse ou mesmo considerá-la de boa-
fé, mormente quando consideramos que está ciente da intimação realizada pela CEF 
acerca da perda propriedade do antigo proprietário. 
Ainda que se pensasse, por esforço argumentativo, que a parte Ré tem a posse como 
de boa-fé, não teria ela, por si só, capacidade para excluir os direitos do adquirente à 
pretensão de imissão na posse, uma vez firmada no domínio. 
No caso em exame, restam preenchidos todos os requisitos para que a parte autora 
seja imitida na posse do imóvel, inclusive através da tutela de urgência pleiteada. 
Vejamos a posição da jurisprudência sobre o tema: 
EMENTA: CIVIL E PROCESSO CIVIL. AÇÃO DE IMISSÃO DE 
POSSE. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA. APELAÇÃO CÍVEL. 
DIREITO DA RECORRIDA À DEVOLUÇÃO DO BEM. 
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS DO ART. 1.228 DO 
CÓDIGO CIVIL. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. 
1. Sabendo-se que a autora/apelada detém o domínio sobre o 
imóvel em discussão, surge a seu favor a possibilidade de 
reclamar o juris possidendi, em detrimento do possuidor, a fim de 
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§ Mossoró (Sede): Rua Dona Mariinha Mendes, 23, Alto de São Manoel, Mossoró/RN, CEP: 59.631-220, Fone: (84) 3316-2537 
§ http://www.juridicaadvocacia.com.br 
 
 
 
exercer todos os direitos que lhe são assegurados por força do art. 
1.228 do Código Civil. 
2. Recurso conhecido e desprovido. 
(TJRN, Apelação Cível nº 2017.005284-3, Rel. Des. Virgílio 
Macêdo Jr., 2ª Câmara Cível, j. 09/11/2017). (destaques acrescidos) 
 
EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. IMISSÃO NA POSSE. 
ANTECIPAÇÃO DE TUTELA DEFERIDA PELO JUÍZO A QUO 
DETERMINANDO QUE A PARTE RÉ (AGRAVANTE) 
DESOCUPE O IMÓVEL OBJETO DA DEMANDA NO PRAZO 
DE 30 (TRINTA) DIAS. IMÓVEL ADQUIRIDO JUNTO A 
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. COMPROVAÇÃO DA 
ESCRITURAÇÃO E REGISTRO DO IMÓVEL PELA PARTE 
AGRAVADA. ALEGAÇÃO DE IRREGULARIDADE DO 
LEILÃO PROMOVIDO PELA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA 
BEM COMO INDÍCIOS DE VÍCIOS NA EXECUÇÃO 
EXTRAJUDICIAL. ARGUMENTOS DESCABIDOS EM SEDE 
DE AÇÃO DE IMISSÃO NA POSSE. PRESENÇA DOS 
REQUISITOS CONSTANTES DO ART. 273 DO CPC. 
MANUTENÇÃO DA DECISÃO. CONHECIMENTO E 
IMPROVIMENTO DO RECURSO. PRECEDENTES. 
- Estando presentes os requisitos necessários à concessão da 
tutela antecipada em Primeira Instância, impõe-se a manutenção 
da decisão recorrida. 
(TJRN, Ag n° 2014.004740-3, Rel. Des. João Rebouças, 3ª Câmara 
Cível, j. 04/11/2014) (grifou-se) 
 
EMENTA: CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL 
EM AÇÃO REIVINDICATÓRIA. SENTENÇA QUE 
RECONHECEU O PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS PARA 
A IMISSÃO NA POSSE. COMPROVAÇÃO DO DOMÍNIO E 
DA POSSE INJUSTA. DESOCUPAÇÃO DETERMINADA 
CORRETAMENTE PELO JUÍZO A QUO. INSURGÊNCIA 
RECURSAL INSUBSISTENTE. MANUTENÇÃO DA 
SENTENÇA QUE SE IMPÕE. PRECEDENTES DESTA CORTE. 
CONHECIMENTO E IMPROVIMENTO DO APELO 
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(TJRN, Apelação Cível nº 2016.001869-7, Relª. Desª. Judite Nunes, 
2ª Câmara Cível, j. 13/03/2018). (grifos acrescidos) 
 
EMENTA: CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. 
SENTENÇA QUE RECONHECEU O PREENCHIMENTO 
DOS REQUISITOS PARA A IMISSÃO NA POSSE POR 
PARTE DO AUTOR/RECORRIDO. NÃO COMPROVAÇÃO 
DE VÍCIOS NO PROCESSO DE LEILÃO E ARREMATAÇÃO 
DO IMÓVEL OBJETO DA LIDE. DEMONSTRAÇÃO 
SUFICIENTE DO DOMÍNIO E DA POSSE INJUSTA PELO 
RÉU/APELANTE.DESOCUPAÇÃO CORRETAMENTE 
DETERMINADA PELO JUÍZO A QUO. INSURGÊNCIA 
RECURSAL INSUBSISTENTE. PRECEDENTES. 
MANUTENÇÃO DA SENTENÇA. APELO CONHECIDO E 
DESPROVIDO. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes 
autos, em que são partes as acima identificadas, acordam os 
Desembargadores que integram a Terceira Câmara Cível deste 
Egrégio Tribunal de Justiça, em Turma, à unanimidade de votos, em 
conhecer e negar provimento ao recurso, mantendo a sentença em 
todos os seus termos, conforme voto do Relator. 
(TJRN, APELAÇÃO CÍVEL, 0845549-78.2015.8.20.5001, Dr. 
JOAO AFONSO MORAIS PORDEUS, Gab. da Vice-Presidência no 
Pleno, ASSINADO em 18/06/2019) 
 
 
II.2 – DOS DANOS MATERIAIS 
 
Em razão da ocupação ilícita, podem existir danos materiais ainda não conhecidos no 
que diz respeito ao estado de conservação do imóvel objeto da ação, que só serão conhecidos 
quando o autor puder ingressar na casa. 
Nesses termos, os danos materiais, caso existentes, serão adequadamente fixados no 
momento oportuno. 
 
III – DO PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA: 
 
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§ Mossoró (Sede): Rua Dona Mariinha Mendes, 23, Alto de São Manoel, Mossoró/RN, CEP: 59.631-220, Fone: (84) 3316-2537 
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Diante do exposto acima e constatando o total abuso por parte da demandada, a parte 
demandante requer a concessão da tutela de urgência, para compelir o réu a deixar o 
imóvel em prazo razoável a ser fixado por V. Exa., e, em caso de descumprimento da 
ordem de desocupação voluntária, seja expedido o competente mandado de imissão na 
posse autorizando-se o uso de força policial para o cumprimento da ordem. 
 
III.1 - DO FUMUS BONI IURIS 
 
De acordo com o que foi dito nesta peça, analisando os fatos narrados e as provas 
inequívocas anexadas, não resta a menor dúvida que é de direito da parte autora o que fora 
pedido. 
Constata-se que o autor é proprietário do imóvel, tendo o adquirido através de 
venda online direta pela CEF. Além disso, não há qualquer possibilidade de a Ré alegar 
que exerce a posse de forma justa ou com boa-fé, uma vez que é ciente da venda. 
Tendo em vista todo o conteúdo probatório anexado ao processo, analisando-o e 
inserindo-o no contexto exposto nesta peça inicial, verifica-se, sem dúvida, a verossimilhança 
existente na alegação. 
 
III.2 - DO PERICULUM IN MORA 
 
Como fora dito anteriormente, a parte autora não pode ficar à mercê da vontade da 
Ré, porquanto poderia estar residindo no imóvel objeto da presente ação, adquirido 
através compra e já registrado no Cartório competente. 
Além disso, não se pode esquecer que o imóvel pode ser deteriorado pelo uso 
indevido da parte Ré. 
Nessa esteira, quanto mais tempo demorar para que a parte autora seja imitida na 
posse, maior será o seu prejuízo. 
Portanto, para evitar riscos desnecessários à integridade física e psicológica da parte 
autora, faz-se necessária que, de imediato, a Ré cumpra a liminar a ser deferida por esse douto 
Juízo. 
 
IV – DA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA: 
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Tendo em vista que o valor da causa corresponde ao imóvel em disputa (R$ 
240.000,00), temos que as custas processuais correspondem ao total de R$ 3.941,44, sendo 
inviável que a parte autora possa pagar tal valor, razão pela qual requer a concessão do 
benefício da justiça gratuita. 
Com efeito, além de ter utilizado todas as suas economias para a entrada na compra 
do imóvel, o valor das custas corresponde a mais de 60% do salário líquido do autor 
(doc. Anexo - contracheque). 
Ainda, o demandante teve que pagar o valor de R$ 2.206,96 a título de custas 
cartoriais (doc. anexo), o que torna impossível o pagamento das custas no presente momento. 
Some-se a isso o fato de que agora tem uma parcela mensal de R$ 1.531,63 a título 
de prestação pela compra do imóvel (doc. anexo). 
Ou seja, caso fosse necessário o pagamento de custas processuais, o autor não teria 
praticamente nenhum valor disponível para custear suas despesas. 
 
V – DOS PEDIDOS: 
 
Ante o exposto, a parte autora requer que Vossa Excelência julgue procedentes 
os seguintes pedidos, para determinar: 
 
a) Seja concedida a tutela provisória de urgência, em caráter liminar, 
para compelir o réu a deixar o imóvel em prazo razoável a ser fixado 
por V. Exa., e, em caso de descumprimento da ordem de desocupação 
voluntária, seja expedido o competente mandado de imissão na posse 
autorizando-se o uso de força policial para o cumprimento da ordem; 
b) Que não seja realizada audiência de conciliação, nos termos do art. 319, 
VII do CPC; 
c) Determine a citação da parte Ré para, querendo, responder a presente 
demanda, sob pena de serem considerados verdadeiros os fatos alegados; 
d) A condenação da Ré ao ressarcimento dos danos materiais suportados pela 
autora, em valor a ser apurado na fase de liquidação, acrescidos dos juros 
e correção monetária cabíveis; 
e) Ao final, seja julgada procedente a presente demanda, confirmando-se a 
tutela provisória outrora deferida, tornando definitiva a desocupação do 
réu do imóvel de propriedade do autor. 
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§ http://www.juridicaadvocacia.com.br 
 
 
 
f) A condenação da Ré ao pagamento de honorários de sucumbência, nos 
termos do art. 85 do CPC; 
g) A concessão dos benefícios da justiça gratuita, nos termos previstos 
no item IV da petição. 
 
A parte requerente pretende provar o alegado por todos os meios em direito 
permitidos, sem exclusão de nenhum, e em especial pela juntada de documentos e 
depoimento das partes e de testemunhas, caso necessário. 
Dá-se à causa o valor de R$ 240.000,00. 
Nestes termos, pede e espera deferimento. 
 
Mossoró/RN, 24 de janeiro de 2022. 
 
THALES JOSÉ RÊGO DOS SANTOS 
Advogado – OAB/RN nº 11.500 
TATIANNE MONTEIRO DIAS RÊGO 
Advogado – OAB/RN nº 18.655
 
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PIS/COFINS Serviço de Telecom Alíquota 3,65% Base de Cálculo R$23,04 0,50
Reservado ao Fisco: EA81.533F.B9CC.F3BD.3197.0414.11BE.7373
Deficientes Auditivos e da Fala ligue, 0800 741 2580 via telefone fixo com TDD
Atendimento ao cliente TIM: *144 ou 1056
Na hora de completar suas ligações de longa distância você precisa digitar o código de uma operadora que preste este serviço na sua região. Conheça todos e faça sua escolha:
((41 TIM)) TIM - Todo o Brasil • *15 - Telefônica - Todo o Brasil • *21 - Claro - Todo o Brasil • *31 Oi - Todo o Brasil • *14 - Oi S.A. - SP, PR, SC, RS, MS, BA, SP, MG, 
GO, RJ • *75 - Vipway - Código nacional 43 • *12 - Algar - MG (setor 3), SP (setor 33), MS (setor 22), GO (setor 25) • *91 - IP CORP - Todo o Brasil • *85 - Telecom 65 - 
Código nacional 65 • *49 - Cambridge - SP (setor 31) • *26 - IDT Brasil - SP, RJ, MG, PR, RS • *PR-24 - Sercomtel • *61 - Vonex - RJ e SP
Bancos Conveniados: BASA - Banco da Amazônia • Banco do Nordeste • BANESTES – Banco do Estado do Espírito Santo • Santander 
• BANPARA – Banco do Estado do Pará • BANESE – Banco do Estado de Sergipe • BRB – Banco de Brasília • Banco INTER • 
UNIPRIME • CECRED • Bradesco • Itaú • Banco Mercantil • Banco Safra • Tribanco • BANSICRED • Bancoob • PagFácil • Banco do 
Brasil • Caixa Econômica Federal • Banrisul • Anatel 1331
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Consumo Ativo(kWh)-TUSD 275,0000000 0,40867741 112,38 
Consumo Ativo(kWh)-TE 275,0000000 0,32031755 88,08 
Acréscimo Bandeira AMARELA 50,92 
Contrib. Ilum. Pública Municipal 23,13 
Multa por atraso-NF 067010070 - 21/09/21 10,71 
Multa por atraso-NF 068583959 - 21/10/21 8,21 
Juros por atraso-NF 068583959 - 21/10/21 2,86 
Juros por atraso-NF 067010070 - 21/09/21 9,10 
Atualizacao IPCA-NF 067010070 - 21.09.21 8,09 
Atualizacao IPCA-NF 068583959 - 21.10.21 2,55 
DESCRIÇÃO DA NOTA FISCAL
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------DESTAQUE AQUI
NOTA FISCAL | FATURA | CONTA DE ENERGIA ELÉTRICA 
COMPANHIA ENERGÉTICA
DO RIO GRANDE DO NORTE
RUA MERMOZ, 150, BALDO,
NATAL, RIO GRANDE DO NORTE
CEP 59025-250
CNPJ 08.324.196/0001-81
INSCRIÇÃO ESTADUAL 20055199-0
Tarifa Social de Energia Elétrica - Lei 10.438, de 26/04/02
 TELEATENDIMENTO: 116 ou 0800 283 0800
 (Ligação gratuita de telefones fixos e móveis)
 Atendimento ao deficiente auditivo ou de fala: 0800 701 0155
 Ouvidoria: 0800 084 0404 | SMS Falta de energia: 28116
 Agência de Regulação dos Serviços Públicos do Rio Grande do
 Norte - ARSEP 0800 727 0167
 Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL 167
 (Ligação gratuita de telefones fixos e móveis)
 neoenergiacosern.com.br
DADOS DO CLIENTE
JONY MORAIS DE FRANCA
CPF: 761.326.334-72
 
DATA DE VENCIMENTO
27/12/2021
TOTAL A PAGAR (R$)
 0,00 
DATA DA EMISSÃO DA NOTA FISCAL
20/12/2021
DATA DA APRESENTAÇÃO
20/12/2021
NÚMERO DA NOTA FISCAL
071686707 
Série: U
CONTA CONTRATO
7016225031
Nº DO CLIENTE
3000516494
Nº DA INSTALAÇÃO
570776
CLASSIFICAÇÃO
B3 COMERCIAL - OUTROS SERVIÇOS E OUTRAS ATIVIDADES
Conv. Monômia - Trifásico
ENDEREÇO DA UNIDADE CONSUMIDORA
RUA CUSTODIO DANTAS DA SILVA 119
SANTO ANTONIO/AREA URBANA
59619-045 MOSSORO RN
RESERVADO AO FISCO
56B4.2423.507B.F432.807E.6A36.D0A1.9058
DURAÇÃO E FREQUÊNCIA DAS INTERRUPÇÕES
DESCRIÇÃO CONJUNTO VALOR LIMITE LIMITE LIMITE
APURADO MENSAL TRIM. ANUAL
Todo Consumidor pode solicitar a apuração dos indicadores DIC, FIC, DMIC e DICRI a qualquer tempo.
ICMS PIS COFINS
BASE DE % VALOR DO BASE DE % VALOR DO BASE DE % VALOR DO
CALCULO IMPOSTO CALCULO IMPOSTO CALCULO IMPOSTO
DIC-Nº de horas sem Energia
 
FIC-Nº de vezes sem Energia
 
DMIC-Duração máxima de
interrupção contínua
 
DICRI-Duração de
Interrupção em dia críticoMOSSORÓ III
out/2021
 0,0000
 0,0000
 0,0000
 4,95
 3,17
 2,77
 9,91
 6,35
 0,00
 19,82
 12,70
 0,00
EUSD-Valor do Encargo de uso do sistema de distribuição = R$ 86,18
Limite DICRI: 12,22
DEMONSTRATIVO DE CONSUMO DESTA NOTA FISCAL
NÚMERO DO
MEDIDOR
TIPO DA
FUNÇÃO
ANTERIOR
DATA LEITURA
ATUAL
DATA LEITURA
Nº
DIAS CONSTANTE AJUSTE
CONSUMO
(kWh)
2190558676 CAT 19/11/2021 8.268,00 20/12/2021 8.543,00 31 1,00000 275,00 
DATA PREVISTA DA PRÓXIMA LEITURA: 19/01/2022
APÓS 04/01/2022, DÉBITOS EXISTENTES CAUSARÃO CORTE.
Vencto Dt reaviso Valor Vencto Dt reaviso Valor
 26/11/21 20/12/21 424,42
 
 
 
Este comunicado NÃO substitui aviso de débitos anteriores e NÃO
contempla débitos em discussão judicial. Caso a suspensão do fornecimento
persista por dois ciclos de faturamento, poderá ocorrer o encerramento
do contrato, podendo também existir cobrança conforme os critérios
definidos no Art. 99 REN 414/Aneel. Podem ocorrer ações de cobrança,
bem como inclusão nos registros de restrições de crédito SPC e SERASA.
Consumo Ativo(kWh)-TUSD 0,31340000
Consumo Ativo(kWh)-TE 0,24564000
Tarifas Aplicadas
COMPOSIÇÃO DO CONSUMO
Geração de Energia R$ 98,54 39,20%
Transmissão R$ 12,26 4,88%
Distribuição (Cosern) R$ 53,38 21,23%
Perdas de Energia R$ 12,24 4,87%
Encargos Setoriais R$ 16,37 6,51%
Tributos R$ 58,59 23,31%
Total R$ 251,38 100%
As condições gerais de fornecimento (Resolução ANEEL 414/2010), tarifas, produtos,
serviços prestados e tributos se encontram à disposição, para consulta em nossas
unidades de atendimento e no site neoenergiacosern.com.br
HISTÓRICO DO CONSUMO
kWh
DEZ 21 275
NOV 21 385
OUT 21 407
SET 21 522
AGO 21 560
JUL 21 563
JUN 21 577
MAI 21 492
ABR 21 544
MAR 21 432
FEV 21 495
JAN 21 548
DEZ 20 543
NÍVEIS DE TENSÃO
TENSÃO NOMINAL
(V)
LIMITE DE VARIAÇÃO(V)
MÍNIMO MÁXIMO
220
380
 202
 348
 231
 396
INFORMAÇÕES DE TRIBUTOS
 251,38 18,00 45,24 206,13 1,16 2,39 206,13 5,32 10,96 
AUTENTICAÇÃO MECÂNICA
INFORMAÇÕES IMPORTANTES
Na data da leitura a bandeira em vigor é a Escassez Hídrica de R$ 142/MWh, conforme Res. CREG 03/2021.
Sua meta de redução é: 36,90 kWh. Resultado acumulado até o mês:-84,77kWh. Sem direito ao bônus.
O cliente é compensado quando há violação na continuidade individual ou do nível de tensão de fornecimento.
O pagamento desta Nota Fiscal/Fatura deve ser feito somente em espécie.
Pagto. em atraso gera multa 2%(Res414/ANEEL), Juros 1%a.m(Lei 10.438/02) e atualização monetária no próx. mês
O Cliente é compensado quando há descumprimento do prazo definido para os padrões de atendimento comercial.
Em caso de suspensão de fornecimento, o encerramento do contrato poderá ocorrer após 2 ciclos de faturamento,
podendo também ser cobrado o custo de disponibilidade no ciclo em que ocorrer a suspensão.
Regras para cobrança da contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública (COSIP) estão à disposição no site
Informações Suplementares disponíveis no site www.neoenergiacosern.com.br, Agência Virtual ou Lojas de Atendimento.
CONTA CONTRATO
7016225031
MÊS/ANO
12/2021
TOTAL A PAGAR(R$)
 0,00 
VENCIMENTO
27/12/2021
TALÃO DE PAGAMENTO
Evite dobrar, perfurar ou rasurar.
Este canhoto será usado
em leitora ótica.
AUTENTICAÇÃO MECÂNICA
PAGAMENTO ATRAVÉS DE FICHA DE COMPENSAÇÃO
1/2
TOTAL DA FATURA 316,03 
QUANTIDADE PREÇO(R$) VALOR(R$)
Num. 77763870 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: THALES JOSE REGO DOS SANTOS - 24/01/2022 17:23:29
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AVISO IMPORTANTE!
Utilizar a opção "TÍTULO" quando for pagar em
terminais de Auto-Atendimento.
Este documento possibilita o pagamento em qualquer banco.
Para sua maior comodidade, cadastre sua conta em Débito Automático.
Dirija-se a uma das unidades de Atendimento da Cosern a ou ao seu banco.
Atenciosamente,
COMPANHIA ENERGÉTICA DO RIO GRANDE DO NORTE - COSERN
Comprovante do Cliente Autenticação Mecânica
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Destaque aqui AIDF 175900000102008 - PAIDF N° 390.872
Parecer/GECOT - 367/98 - 929/00 E 9876/04
Vencimento Agência/Cód. Beneficiário Espécie Quantidade Valor do Documento (-)Desconto/Abatimento
 0,00 
(-)Outras Deduções (+)Mora/Multa p/ dia de atraso (+)Outros Acréscimos
Nosso Número N° do Documento (=)Valor Cobrado
 0,00 
Destaque aqui
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Ficha do Caixa Autenticação Mecânica
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Local do Pagamento Vencimento
PAGÁVEL EM QUALQUER REDE BANCÁRIA 
Beneficiário Agência/Cód. Beneficiário
COMPANHIA ENERGÉTICA DO RIO GRANDE DO NORTE
Data Documento N° do Documento Espécie Aceite Data do Processamento Nosso Número
Uso Banco Carteira Moeda Quantidade Valor (=)Valor do Documento
R$ x 0,00 
(-)Desconto/Abatimento
(-)Outras Deduções
(+)Mora/Multa p/ dia de atraso
(+)Outros Acréscimos
(=)Valor Cobrado 0,00 
Instruções
Pagador
JONY MORAIS DE FRANCA 7016225031 O PAGAMENTO DESTA NOTA FISCAL/FATURA
761.326.334-72 DEVE SER FEITO SOMENTE EM ESPÉCIE
Sacador/Avalista
Ficha do Caixa Autenticação Mecânica
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Num. 77763870 - Pág. 2Assinado eletronicamente por: THALES JOSE REGO DOS SANTOS - 24/01/2022 17:23:29
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Número do documento: 22012417232967200000074041732
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12/01/2022 20:29
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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
 
 
 
CADASTRO NACIONAL DA PESSOA JURÍDICA
 
 
NÚMERO DE INSCRIÇÃO 
40.613.180/0001-00
MATRIZ 
COMPROVANTE DE INSCRIÇÃO E DE SITUAÇÃO
CADASTRAL
DATA DE ABERTURA 
28/01/2021 
 
NOME EMPRESARIAL 
JONY MORAIS DE FRANCA 76132633472 
 
TÍTULO DO ESTABELECIMENTO (NOME DE FANTASIA) 
JONNY VENDAS COMERCIO 
PORTE 
ME 
 
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA PRINCIPAL 
73.19-0-02 - Promoção de vendas 
 
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS SECUNDÁRIAS 
Não informada 
 
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA 
213-5 - Empresário (Individual) 
 
LOGRADOURO 
AV CUSTODIO DANTAS DA SILVA 
NÚMERO 
119 
COMPLEMENTO 
CASA 
 
CEP 
59.619-045 
BAIRRO/DISTRITO 
SANTO ANTONIO 
MUNICÍPIO 
MOSSORO 
UF 
RN 
 
ENDEREÇO ELETRÔNICO 
JONNY.MORAIS@HOTMAIL.COM 
TELEFONE 
(84) 9180-8975 
 
ENTE FEDERATIVO RESPONSÁVEL (EFR) 
***** 
 
SITUAÇÃO CADASTRAL 
ATIVA 
DATA DA SITUAÇÃO CADASTRAL 
28/01/2021 
 
MOTIVO DE SITUAÇÃO CADASTRAL 
 
 
SITUAÇÃO ESPECIAL 
******** 
DATA DA SITUAÇÃO ESPECIAL 
******** 
Aprovado pela Instrução Normativa RFB nº 1.863, de 27 de dezembro de 2018.
Emitido no dia 12/01/2022 às 20:34:26 (data e hora de Brasília). Página: 1/1
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Número do documento: 22012417233002900000074041734
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Número do documento: 22012417233040100000074041736
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Número do documento: 22012417233040100000074041736
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Número do documento: 22012417233040100000074041736
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Número do documento: 22012417233040100000074041736
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Número do documento: 22012417233040100000074041736
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Num. 77763874 - Pág. 9Assinado eletronicamente por: THALES JOSE REGO DOS SANTOS - 24/01/2022 17:23:30
https://pje1g.tjrn.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22012417233040100000074041736
Número do documento: 22012417233040100000074041736
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Num. 77763875 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: THALES JOSE REGO DOS SANTOS - 24/01/2022 17:23:30
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Número do documento: 22012417233061300000074041737
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Código de Lotação
DEMONSTRATIVO DE PAGAMENTO
Nome Matrícula
Conta de DepósitoAgência Operação
153 2380-3
098577-0
3064 001 00002653-6TECNICO BANCARIO NOVO
JULIO CESAR MORAIS DE SOUSA
Tipo / Discriminação da Rubrica Prazo Valor
Mês/Ano de Pagamento
OUTUBRO / 2021
CA/SR
RE - SR RIO GRANDE DO
Ref. Salarial
223
Competênci
Função de Confiança/Cargo em Comissão/Função Gratificada SF-CEFDep. PAI SF-INSS
00 00 00TESOUREIRO EXECUTIVO
Dep. IR
00
Unidade de Lotação Sigla
AG. TERRA DA LIBERDADE, RN PORTE: 4
Cargo
Data Admissão
09/06/2008
1057 AC MEDIA HORA EXTRA - REPOUSO REMUNERAD 41,9109/2021
1241 AC SERVICO EXTRAORDINARIO - JORNADA 8H 104,8809/2021
2002 SALARIO PADRAO 5.488,0010/2021
2057 MEDIA HORA EXTRA - REPOUSO REMUNERADO 219,1510/2021
2241 SERVICO EXTRAORDINARIO - JORNADA 8H 360,1310/2021
2275 FUNCAO GRATIFICADA EFETIVA 4.028,0010/2021
21006 QUEBRA DE CAIXA JUDICIAL S/ FUNCEF 1.764,0010/2021
33451 REP ADIANTAMENTO DE FERIAS 001 1.355,0405/2021
4313 INSS CONTRIBUICAO 001 751,9710/2021
4325 IMPOSTO DE RENDA 999 1.538,8510/2021
4346 FUNCEF - NOVO PLANO 999 1.141,9210/2021
4460 SAUDE CAIXA - MENSALIDADE 001 394,8010/2021
4461 SAUDE CAIXA - PARTICIPACAO 001 129,9110/2021
Salário Bruto Salário LíquidoValor Descontos
****12.006,07 ****5.312,49 ****6.693,58
Excesso de Débito
****965,15 ****965,15
****0,00
Dep. FGTS Mês
****1.009,18
Salário Contrib. INSS Base Cálculo Imposto RendaSal. Contrib. Prev. Privada
****6.433,57 ****9.516,00 ****8.757,14
Valor Remuneração Base
****11.280,00
****375,96
****6.587,16 ****106,42
Líquido Creditado em 20/10/2021 Líquido Creditado em 29/10/2021
Marg. Consignável 5% Marg. Consignável 35% Marg. Consignável 40%
Num. 77763876 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: THALES JOSE REGO DOS SANTOS - 24/01/2022 17:23:30
https://pje1g.tjrn.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22012417233077700000074041738
Número do documento: 22012417233077700000074041738
72/72
22021617051557900000010890800
Processo: 0800145-92.2022.4.05.8401
Assinado eletronicamente por: 
LAURIANO VASCO DA SILVEIRA - Advogado
Data e hora da assinatura: 16/02/2022 17:07:31
Identificador: 4058401.10859560
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
 
Protocolado por: LAURIANO VASCO DA SILVEIRA 
TJRN - 2º Grau - Processo Judicial Eletrônico
Tribunal de Justiça do Rio Grandedo Norte
Comprovante de protocolo
Processo
Número do processo: 0801351-74.2022.8.20.0000
Órgão julgador: Gab. Des. Vivaldo Pinheiro na Câmara Cível - Juíza Convocada Dra. Maria Neize deAndrade
Órgão julgador
Colegiado: Terceira Câmara Cível
Jurisdição: Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte
Classe: AGRAVO DE INSTRUMENTO (202)
Assunto principal: Imissão
Valor da causa: R$ 0,00
Medida de urgência: Sim
Prioridades: JUIZO 100 POR CENTO DIGITAL - RES. 22/2021-TJ
Partes: JONY MORAIS DE FRANCA (761.326.334-72)
JULIO CESAR MORAIS DE SOUSA (021.409.814-13)
Audiência
Documentos protocolados Tipo Tamanho (KB)
kfygWleGPRu48KJpWVEEoz4c.node04_04
0125512090115223-compactado(1).pdf
Documento de Comprovação 5755,10
0800959-45.2022.8.20.5106 (1) (1).pdf Documento de Comprovação 4438,70
Procuração e declaração de pobreza Jony
(1).pdf
Procuração 661,13
RG CPF Comprovante de residência Jony
(1).pdf
Documento de Identificação 379,00
Decisão (21).pdf Documento de Comprovação 32,04
Agravo de instrumento com efeito
suspensivo Jony.pdf
Outros documentos 252,00
Petição Inicial Petição Inicial 0,02
Assuntos Lei
DIREITO CIVIL (899) / Coisas (10432) / Posse (10444) / Imissão (10446 Lei 10.406/02
AUTORIDADE AUTORIDADE
LAURIANO VASCO DA SILVEIRA (Advogada)
JONY MORAIS DE FRANCA
NIEDERLAND TAVARES LEMOS (Advogado)
JULIO CESAR MORAIS DE SOUSA
Complemento Valor
Número do processo de origem 0800959-45.2022.8.20.5106
Magistrado(a) que proferiu o ato judicial CARLA VIRGINIA PORTELA DA SILVA
ARAUJO
Órgão julgador de origem 2a Vara Cível de Mossoró
Distribuído em: 16/02/2022 17:02
1/1
22021617061354200000010890807
Processo: 0800145-92.2022.4.05.8401
Assinado eletronicamente por: 
LAURIANO VASCO DA SILVEIRA - Advogado
Data e hora da assinatura: 16/02/2022 17:07:31
Identificador: 4058401.10859567
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
 
 
Rua Juvenal Lamartine, n° 300, Sala 02, Centro, Mossoró/RN 
(84)98798-5555/laurianosilveira@hotmail.com 
Página 1 de 9 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO 
NORTE 
 
URGENTE · URGENTE · URGENTE 
PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO (EXISTE PROCESSO EM ANDAMENTO 
DE N° 0800145-92.2022.4.05.8401 QUE TRAMITA NA 10ª VARA 
FEDERAL QUE DISCUTE A LEGALIDADE DO RITO DE EXPROPRIAÇÃO 
EXTRAJUDICIAL PELA CAIXA c/c ILEGITIMIDADE DA PARTE CUJA 
DECISÃO SE AGRAVA) 
 
Processo Originário: 
Autos de Imissão na Posse nº 0800959-45.2022.8.20.5106 
 
 
 
 
JONY MORAIS DE FRANÇA, vendedor autônomo, inscrito no CPF sob o nº 
761.326.334-72, titular do RG nº 980.100.996-39 SSP/CE, residente e 
domiciliada Rua Custodia Dantas da Silva, 119, Santo Antônio, Mossoró/RN, vêm 
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu 
advogado e bastante procurador que assina, com endereço profissional à R. 
Juvenal Lamartine, 300, Centro, Mossoró-RN, CEP59.600-155, onde recebe as 
comunicações e intimações processuais de praxe – instrumento de procuração 
em anexo, para com fulcro nos Artigos 522 e 527, III do Código de Processo Civil, 
no prazo de lei, para interpor o presente 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO 
COM PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO 
 
1/9
 
Rua Juvenal Lamartine, n° 300, Sala 02, Centro, Mossoró/RN 
(84)98798-5555/laurianosilveira@hotmail.com 
Página 2 de 9 
 
Contra decisão interlocutória proferida pela MM. Juízo da 2ª Vara Cível da 
Comarca de Mossoró nos Autos de Imissão na Posse nº 0800959-
45.2022.8.20.5106, a fim de evitar lesão grave e de difícil reparação, de acordo 
com as razões que seguem. 
 
Trata-se de concessão de liminar inaudita altera pars de imissão de posse, a ser 
cumprida a qualquer momento, com real possibilidade de retirar o Agravante do 
local onde reside, sem que tenha outro local, provisório ou permanente para 
habitar. Requer-se, portanto, que seja o presente Recurso recebido com EFEITO 
SUSPENSIVO, consoante o Art. 1.019, I do CPC, minuta anexa. 
 
Ademais, requer seu regular processamento e juntada de cópia dos documentos 
que o acompanham, indispensáveis à formação do instrumento e elucidação da 
matéria versada, os quais as subscritoras deste recurso declaram ser autênticos. 
 
Se esclarece, na oportunidade, no que toca aos documentos obrigatórios, a 
inexistência de contestação, tendo em vista o não exaurimento do prazo para 
sua apresentação, bem como o fato de tratar-se de agravo contra decisão liminar 
concedida inaudita altera pars, com prazo imediato para a desocupação 
 
Na oportunidade ressalta que o presente recurso é tempestivo, pois não consta 
no processo citação/intimação do requerido, ora Agravante, cuja decisão 
foi publicada no dia 26/01/2022. 
 
Por fim, requer o Agravante seja-lhe concedida as benesses da assistência 
judiciária gratuita, nos termos da declaração anexa, pelo que deixam de 
efetuar o preparo do recurso ora manejado, nos termos dos Artigos 82 e 98, § 
1o, inciso VIII do Código de Processo Civil. 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
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Mossoró, 16 de fevereiro de 2021. 
 
Lauriano Silveira 
OAB/RN 7.892 
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RAZÕES DE AGRAVO DE INSTRUMENTO 
Agravante: JONY MORAIS DE FRANÇA 
Agravado: JULIO CESAR MORAIS DE SOUSA 
Origem: 2ª Vara Cível da Comarca de Mossoró 
Autos de Imissão na Posse nº 0800959-45.2022.8.20.5106 
 
COLENDA CÂMARA JULGADORA, 
EMINENTE RELATOR 
 
O Agravante, inconformado com a decisão interlocutória de mov. 77781716 - do 
PJE-TJRN nos autos em Epígrafe (anexo), QUE CONCEDEU TUTELA LIMINAR 
INAUDITA ALTERA PARS em face do agravante sem que tivessem sido 
observadas questões essenciais à sua concessão, vem perante esse 
Egrégio Tribunal, pugnar por sua reforma, pelas razões de fato e de direito que 
passa a expor e ao final requerer. 
 
I. DA TEMPESTIVIDADE 
 
Conforme certidão anexa, cumpre-se o requisito da tempestividade. 
 
Isso porque, considerando que a decisão foi publicada dia 26/01/2022 e não 
consta nos autos citação/intimação, nos termos do Art. 239, § 1o, o prazo de 15 
dias para propositura do agravo de instrumento está longe de exaurir-se. 
 
II. FATOS E SÍNTESE PROCESSUAL 
 
II.1. ILEGITIMIDADE DE PARTE 
 
O Agravante é parte ilegítima na presente ação, que deveria correr 
contra o real possuidor e proprietário (discute-se a propriedade em ação na 
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justiça federal onde logo mais se explicará), o Senhor Carlos Roberto 
Ferdebez, cuja documentação segue em anexo. 
 
Conforme processo em anexo que tramita na 10ª Vara Federal de Mossoró 
(0800145-92.2022.4.05.8401), o Senhor Carlos Roberto Ferdebez é o real 
possuidor do imóvel e, por conta de sua atividade econômica (produção de 
eventos), permite que o agravante tome conta da residência quando este viaja 
para organizar algum show em outra cidade. 
 
Por esta razão caracterizada está a ilegitimidade passiva do Agravante para 
responder aos termos da ação proposta, porque o Agravante não exerce a posse 
definitiva do imóvel, e sim, precária, uma vez que o real possuidor e proprietário 
é o Senhor Carlos Roberto Ferdebez, conforme está provado pelos documentos 
anexados. Em razão de que, pede a cassação da liminar deferida. 
 
II.2. EXISTÊNCIA DE AÇÃO QUE TRAMITA NA 10ª VARA FEDERAL DE 
MOSSORÓ DE N° 0800145-92.2022.4.05.8401 ONDE O REAL 
POSSUIDOR E PROPRIETÁRIO DISCUTE A LEGALIDADE DO RITO DE 
ESPROPRIAÇÃO EXTRAJUDICIAL PELA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL 
 
Em 30 de abril de 2014, o Senhor Carlos RobertoFerdebez celebrou com o banco 
Caixa Econômica Federal contrato de CONTRATO nº 1.4444.0585732-5, sob 
espécie de adesão, empréstimo no valor de R$ 470.000,00 (quatrocentos 
e setenta mil reais), dando em garantia imóvel residencial, destinado à 
moradia. 
 
Desde então mantinha a posse mansa e pacífica do imóvel, até que soube 
por terceiros que a sua casa estava à venda em leilão. 
 
Ocorre que a Lei n. 9.514/97 que dispõe sobre o Sistema de Financiamento 
Imobiliário e institui a alienação fiduciária de coisa imóvel foi desrespeitada, 
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uma vez que o proprietário e possuidor CARLOS ALBERTO FERDEBEZ não foi 
notificado nenhuma vez nem da purgação da mora nem dos leilões. 
 
Foi ajuizada então Ação Anulatória na 10ª Vara Federal de Mossoró, de número 
0800145-92.2022.4.05.8401 visando anular a execução extrajudicial e purgar a 
mora, mantendo-se a propriedade e posse do imóvel. 
 
Porquanto o consumidor não dispõe dos documentos referentes ao 
processo de execução extrajudicial, é de bom alvitre que se mantenha a pose 
do Agravante para que novamente se aprecie a concessão da liminar pela Justiça 
Federal de manutenção na posse. O D. Juízo Federal expediu intimação para a 
Caixa apresentar o referido processo de execução extrajudicial e Conteste. 
 
É de se esperar que, pela razoabilidade se espere ao menos a chegada aos autos 
do processo de execução extrajudicial na ação anulatória apresentada na Justiça 
Federal para que se discuta sobre a imissão na posse, devendo a decisão 
desapropriatória ser a priori, cassada. 
 
II. DO CABIMENTO 
 
Trata-se de decisão interlocutória, a qual enseja a interposição de agravo, na 
modalidade de instrumento, nos termos do Artigo 1.015, do Código de Processo 
Civil. 
 
Isso porque, na hipótese dos autos, a decisão ora agravada é capaz de gerar ao 
Agravado, bem como às centenas de famílias residentes no imóvel, lesão grave 
e de difícil reparação. 
 
Da decisão tem-se: 
 
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“EX POSITIS, DEFIRO o pedido de antecipação parcial dos efeitos da tutela, para 
determinar a imediata imissão do autor JULIO CESAR MORAIS DE SOUSA 
na posse do imóvel residencial situado na Rua Custódio Dantas da Silva, nº 
119, Bairro Santo Antônio, Mossoró/RN, CEP: 59.619-045, devendo os dois 
oficiais de justiça encarregados da diligência descreverem a situação do imóvel.” 
(grifou-se). 
 
Em atenção ao princípio da razoabilidade, nem prazo foi dado ao agravante para 
que possa, caso cumprida a decisão, arranjar outra moradia. 
 
Saliente-se que da aplicação do artigo 1.019, I do CPC resulta a possibilidade do 
Relator, a requerimento da parte agravante, receber o agravo em seu efeito 
suspensivo, desde que preenchidos os requisitos legais, quais sejam, a 
relevante fundamentação e a possibilidade de lesão grave e de difícil reparação. 
 
No caso, resta evidente que tais requisitos estão presentes, o que autoriza a 
concessão da tutela recursal. 
 
III. DO DANO IRREPARÁVEL E NECESSÁRIA CONCESSÃO DO EFEITO 
SUSPENSIVO 
 
Na hipótese da presente demanda, resta claro que a decisão agravada gerará ao 
Agravante lesão grave e de difícil reparação, uma vez que, além de não se tratar 
de parte legítima, perderá a posse do seu lar, e o direito do acesso à moradia, 
mesmo estando o real possuidor discutindo em ação própria na Justiça Federal a 
legalidade do processo de expropriação pela Caixa. 
 
Assim, dado o caráter satisfativo da liminar de imissão de posse, que culminará 
com a situação fática de ver-se uma família desabrigada, tendo que colocar os 
móveis na rua acaso a decisão seja cumprida porque não foi dado prazo para 
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desocupação, é notório que se trata de liminar irreversível, razão pela qual não 
se pode prosperar. 
 
Assim, o Agravante requer seja concedido efeito suspensivo ao presente recurso 
a fim de SUSPENDER a ordem judicial de imissão na posse, posto que passível 
de causar um dano irreversível ao Agravante que tem seu direito à vida e à 
moradia adequada diretamente afetados. 
 
IV. GRATUIDADE DA JUSTIÇA 
 
Por fim, requer lhe seja concedido o benefício da Justiça Gratuita, visto que o 
requerido não possui condição financeira suficiente para suportar as despesas 
processuais, conforme declaração anexa, nos termos do artigo 5º, LXXIV, da 
Constituição Federal, da Lei nº1.060/50 e dos Artigos 98 e seguintes do Código 
de Processo Civil. 
 
VI. DO PEDIDO 
 
EX POSITIS, valendo-se de tudo o quanto foi exposto, requer: 
 
a) Seja recebido o presente agravo de instrumento e documentos que 
acompanham; 
b) A concessão do benefício da JUSTIÇA GRATUITA, nos termos da Lei 
nº1.060/50 e dos Artigos 98 e seguintes do Código de Processo Civil; 
c) A concessão imediata do efeito suspensivo ao presente agravo, nos 
termos do Art. 1.019, I, tendo em vista o risco de dano irreparável e 
irreversibilidade da medida liminar; 
d) Seja o agravado intimado para que, querendo, conteste ao presente agravo; 
e) Seja ao final dado provimento integral ao presente Agravo de Instrumento, 
para o fim revogar a decisão recorrida com imediato recolhimento ordem judicial, 
até ulterior sentença de mérito. 
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Nesses termos, 
Pede deferimento. 
Mossoró, 16 de fevereiro de 2021. 
 
Lauriano Silveira 
OAB/RN 7.892 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS: 
1. Petição Inicial 
2. Decisão Agravada 
3. Procuração e declaração de pobreza 
4. Documentos Pessoais do Agravante 
5. Cópia integral da ação originária de imissão na posse 
6. Cópia integral da ação anulatória movida pelo real proprietário e possuidor 
Carlos Alberto Ferdebez. 
 
9/9
22021617065899100000010890808
Processo: 0800145-92.2022.4.05.8401
Assinado eletronicamente por: 
LAURIANO VASCO DA SILVEIRA - Advogado
Data e hora da assinatura: 16/02/2022 17:07:31
Identificador: 4058401.10859568
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
 
 0800145-92.2022.4.05.8401 PROCESSO Nº: - PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL
 C A R L O S R O B E R T O F E R D E B E ZA U T O R :
 L a u r i a n o V a s c o D a S i l v e i r aA D V O G A D O :
 N i e d e r l a n d T a v a r e s L e m o sA D V O G A D O :
 C A I X A E C O N O M I C A F E D E R A LR É U :
 (JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO)10ª VARA FEDERAL - RN
DECISÃO
 
CARLOS ROBERTO FERDEBEZ formulou pedido de reconsideração à decisão de id. 10815599,
informando que não dispõe do processo de execução extrajudicial que culminou com a expropriação pela
Caixa Econômica Federal do referido imóvel descrito na inicial, contudo, apresenta decisão dada no
processo nº 0800959-45.2022.8.20.5106, que tramita na Justiça Estadual do Rio Grande do Norte, que
demonstra que o imóvel objeto da demanda encontra-se na posse de terceiros.
Decido.
Não há nada o que se reconsiderar na decisão de id. 10815599, pois, conforme já argumentado nesta, não
restara demonstrada a probabilidade do direito autoral, restando inviável a concessão da liminar, não
tendo o autor apresentado qualquer documento novo que provasse o contrário.
A demanda em tela, conforme até mesmo reconhecido pelo autor, quando informou que não dispõe do
processo de execução extrajudicial que culminou com a expropriação pela Caixa Econômica Federal do
imóvel, carece de provas mínimas que demonstrem alguma ilegalidade praticada pela ré, o que será
esclarecido no transcorrerda instrução processual.
Além disso, também não fora demonstrado o preenchimento do outro requisito para a concessão de uma
eventual liminar, o perigo da demora, uma vez que de acordo com as informações e documentos
apresentados pelo autor o imóvel indicado na inicial encontrava-se na posse de terceiro antes mesmo até
da alegada alienação pela Caixa, já que fora alienado pela Caixa a terceiro em 24.12.2021 e este mesmo
terceiro ajuizou ação de imissão na posse contra , que não o autor da demanda em tela.outro terceiro
Importa ser ressaltado que a concessão de liminar nos processos se trata de uma medida excepcional e
possui caráter de urgência, sendo indispensável o preenchimento cumulativo de seus requisitos.
Ante o exposto, o pedido formulado pelo autor no id. 10859549.indefiro
Intime-se.
 
 
1/1
22021816371580700000010903830
Processo: 0800145-92.2022.4.05.8401
Assinado eletronicamente por: 
LAURO HENRIQUE LOBO BANDEIRA - Magistrado
Data e hora da assinatura: 18/02/2022 16:57:36
Identificador: 4058401.10872566
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
 
 0800145-92.2022.4.05.8401 PROCESSO Nº: - PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL
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 (JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO)10ª VARA FEDERAL - RN
DECISÃO
 
CARLOS ROBERTO FERDEBEZ formulou pedido de reconsideração à decisão de id. 10815599,
informando que não dispõe do processo de execução extrajudicial que culminou com a expropriação pela
Caixa Econômica Federal do referido imóvel descrito na inicial, contudo, apresenta decisão dada no
processo nº 0800959-45.2022.8.20.5106, que tramita na Justiça Estadual do Rio Grande do Norte, que
demonstra que o imóvel objeto da demanda encontra-se na posse de terceiros.
Decido.
Não há nada o que se reconsiderar na decisão de id. 10815599, pois, conforme já argumentado nesta, não
restara demonstrada a probabilidade do direito autoral, restando inviável a concessão da liminar, não
tendo o autor apresentado qualquer documento novo que provasse o contrário.
A demanda em tela, conforme até mesmo reconhecido pelo autor, quando informou que não dispõe do
processo de execução extrajudicial que culminou com a expropriação pela Caixa Econômica Federal do
imóvel, carece de provas mínimas que demonstrem alguma ilegalidade praticada pela ré, o que será
esclarecido no transcorrer da instrução processual.
Além disso, também não fora demonstrado o preenchimento do outro requisito para a concessão de uma
eventual liminar, o perigo da demora, uma vez que de acordo com as informações e documentos
apresentados pelo autor o imóvel indicado na inicial encontrava-se na posse de terceiro antes mesmo até
da alegada alienação pela Caixa, já que fora alienado pela Caixa a terceiro em 24.12.2021 e este mesmo
terceiro ajuizou ação de imissão na posse contra , que não o autor da demanda em tela.outro terceiro
Importa ser ressaltado que a concessão de liminar nos processos se trata de uma medida excepcional e
possui caráter de urgência, sendo indispensável o preenchimento cumulativo de seus requisitos.
Ante o exposto, o pedido formulado pelo autor no id. 10859549.indefiro
Intime-se.
 
 
1/1
22021816573645400000010903918
Processo: 0800145-92.2022.4.05.8401
Assinado eletronicamente por: 
LAURO HENRIQUE LOBO BANDEIRA - Magistrado
Data e hora da assinatura: 18/02/2022 16:57:36
Identificador: 4058401.10872654
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
 
 0800145-92.2022.4.05.8401 PROCESSO Nº: - PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL
 C A R L O S R O B E R T O F E R D E B E ZA U T O R :
 L a u r i a n o V a s c o D a S i l v e i r aA D V O G A D O :
 N i e d e r l a n d T a v a r e s L e m o sA D V O G A D O :
 C A I X A E C O N O M I C A F E D E R A LR É U :
 (JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO)10ª VARA FEDERAL - RN
DECISÃO
 
CARLOS ROBERTO FERDEBEZ formulou pedido de reconsideração à decisão de id. 10815599,
informando que não dispõe do processo de execução extrajudicial que culminou com a expropriação pela
Caixa Econômica Federal do referido imóvel descrito na inicial, contudo, apresenta decisão dada no
processo nº 0800959-45.2022.8.20.5106, que tramita na Justiça Estadual do Rio Grande do Norte, que
demonstra que o imóvel objeto da demanda encontra-se na posse de terceiros.
Decido.
Não há nada o que se reconsiderar na decisão de id. 10815599, pois, conforme já argumentado nesta, não
restara demonstrada a probabilidade do direito autoral, restando inviável a concessão da liminar, não
tendo o autor apresentado qualquer documento novo que provasse o contrário.
A demanda em tela, conforme até mesmo reconhecido pelo autor, quando informou que não dispõe do
processo de execução extrajudicial que culminou com a expropriação pela Caixa Econômica Federal do
imóvel, carece de provas mínimas que demonstrem alguma ilegalidade praticada pela ré, o que será
esclarecido no transcorrer da instrução processual.
Além disso, também não fora demonstrado o preenchimento do outro requisito para a concessão de uma
eventual liminar, o perigo da demora, uma vez que de acordo com as informações e documentos
apresentados pelo autor o imóvel indicado na inicial encontrava-se na posse de terceiro antes mesmo até
da alegada alienação pela Caixa, já que fora alienado pela Caixa a terceiro em 24.12.2021 e este mesmo
terceiro ajuizou ação de imissão na posse contra , que não o autor da demanda em tela.outro terceiro
Importa ser ressaltado que a concessão de liminar nos processos se trata de uma medida excepcional e
possui caráter de urgência, sendo indispensável o preenchimento cumulativo de seus requisitos.
Ante o exposto, o pedido formulado pelo autor no id. 10859549.indefiro
Intime-se.
 
 
1/1
22021816573671600000010903919
Processo: 0800145-92.2022.4.05.8401
Assinado eletronicamente por: 
LAURO HENRIQUE LOBO BANDEIRA - Magistrado
Data e hora da assinatura: 18/02/2022 16:57:36
Identificador: 4058401.10872655
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
 
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO 
10º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE 
PROCESSO: - 0800145-92.2022.4.05.8401 EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA DO SISTEMA
 FINANCEIRO DA HABITAÇÃO
Polo ativo
NIEDERLAND TAVARES
LEMOS
ADVOGADO
CARLOS ROBERTO
FERDEBEZ
AUTOR
LAURIANO VASCO DA
SILVEIRA ADVOGADO
Polo passivo
CAIXA ECONOMICA FEDERAL RÉU
Outros participantes
Sem registros
CERTIDÃO
CERTIFICO que, em 18/02/2022 23:59, o(a) CAIXA ECONOMICA FEDERAL foi intimado(a) acerca
de Decisão registrado em 08/02/2022 15:16 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.
1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe. 
2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço 
 , através do código de autenticaçãohttps://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
nº . 22020815163591800000010846964
3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 19/02/2022 00:00 - Seção Judiciária do Rio Grande do
Norte.
1/1
Processo: 0800145-92.2022.4.05.8401
Data e hora da inclusão: 19/02/2022 00:00:36
Identificador: 4058401.10873956
 
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO 
10º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE 
PROCESSO: - 0800145-92.2022.4.05.8401 EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA DO SISTEMA
 FINANCEIRO DA HABITAÇÃO
Polo ativo
NIEDERLAND TAVARES
LEMOS
ADVOGADO
CARLOS ROBERTO
FERDEBEZ
AUTOR
LAURIANO VASCO DA
SILVEIRA ADVOGADO
Polopassivo
CAIXA ECONOMICA FEDERAL RÉU
Outros participantes
Sem registros
CERTIDÃO
CERTIFICO que, em 18/02/2022 23:59, o(a) Sr(a) NIEDERLAND TAVARES LEMOS foi intimado(a)
acerca de Decisão registrado em 08/02/2022 15:16 nos autos judiciais eletrônicos especificados na
epígrafe.
1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe. 
2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço 
 , através do código de autenticaçãohttps://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
nº . 22020815163557800000010846963
3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 19/02/2022 00:00 - Seção Judiciária do Rio Grande do
Norte.
1/1
Processo: 0800145-92.2022.4.05.8401
Data e hora da inclusão: 19/02/2022 00:00:36
Identificador: 4058401.10873957
 
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO 
10º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE 
PROCESSO: - 0800145-92.2022.4.05.8401 PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL
Polo ativo
NIEDERLAND TAVARES
LEMOS
ADVOGADO
CARLOS ROBERTO
FERDEBEZ
AUTOR
LAURIANO VASCO DA
SILVEIRA ADVOGADO
Polo passivo
CAIXA ECONOMICA FEDERAL RÉU
Outros participantes
Sem registros
CERTIDÃO
CERTIFICO que, em 28/02/2022 23:59, o(a) Sr(a) CARLOS ROBERTO FERDEBEZ foi intimado(a)
acerca de Decisão registrado em 18/02/2022 16:57 nos autos judiciais eletrônicos especificados na
epígrafe.
1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe. 
2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço 
 , através do código de autenticaçãohttps://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
nº . 22021816573671600000010903919
3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 01/03/2022 00:00 - Seção Judiciária do Rio Grande do
Norte.
1/1
Processo: 0800145-92.2022.4.05.8401
Data e hora da inclusão: 01/03/2022 00:00:14
Identificador: 4058401.10911820
 
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO 
10º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE 
PROCESSO: - 0800145-92.2022.4.05.8401 PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL
Polo ativo
NIEDERLAND TAVARES
LEMOS
ADVOGADO
CARLOS ROBERTO
FERDEBEZ
AUTOR
LAURIANO VASCO DA
SILVEIRA ADVOGADO
Polo passivo
CAIXA ECONOMICA FEDERAL RÉU
Outros participantes
Sem registros
CERTIDÃO
CERTIFICO que, em 28/02/2022 23:59, o(a) Sr(a) NIEDERLAND TAVARES LEMOS foi intimado(a)
acerca de Decisão registrado em 18/02/2022 16:57 nos autos judiciais eletrônicos especificados na
epígrafe.
1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe. 
2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço 
 , através do código de autenticaçãohttps://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
nº . 22021816573645400000010903918
3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 01/03/2022 00:00 - Seção Judiciária do Rio Grande do
Norte.
1/1
Processo: 0800145-92.2022.4.05.8401
Data e hora da inclusão: 01/03/2022 00:00:14
Identificador: 4058401.10911822
	Cabeçalho
	Índice
	Petição Inicial | NUM: 10808578 | 07/02/2022 15:18
	Documento de Comprovação | NUM: 10808600 | 07/02/2022 15:19
	Documento de Comprovação | NUM: 10808579 | 07/02/2022 15:26
	Documento de Comprovação | NUM: 10808603 | 07/02/2022 15:26
	Documento de Identificação | NUM: 10808612 | 07/02/2022 15:26
	Documento de Comprovação | NUM: 10808613 | 07/02/2022 15:27
	Documento de Comprovação | NUM: 10808614 | 07/02/2022 15:28
	Documento de Comprovação | NUM: 10808616 | 07/02/2022 15:29
	Documento de Comprovação | NUM: 10808626 | 07/02/2022 15:30
	Certidão | NUM: 10808691 | 07/02/2022 15:35
	Decisão | NUM: 10815599 | 08/02/2022 14:40
	Expediente | NUM: 10815850 | 08/02/2022 15:16
	Expediente | NUM: 10815851 | 08/02/2022 15:16
	Expediente | NUM: 10815852 | 08/02/2022 15:16
	Certidão de Intimação | NUM: 10816905 | 08/02/2022 16:44
	Certidão de retificação de autuação | NUM: 10818277 | 09/02/2022 00:00
	Pedido de reconsideração | NUM: 10859548 | 16/02/2022 17:03
	Documento de Comprovação | NUM: 10859549 | 16/02/2022 17:04
	Documento de Comprovação | NUM: 10859554 | 16/02/2022 17:05
	Documento de Comprovação | NUM: 10859560 | 16/02/2022 17:05
	Documento de Comprovação | NUM: 10859567 | 16/02/2022 17:06
	Documento de Comprovação | NUM: 10859568 | 16/02/2022 17:06
	Decisão | NUM: 10872566 | 18/02/2022 16:37
	Expediente | NUM: 10872654 | 18/02/2022 16:57
	Expediente | NUM: 10872655 | 18/02/2022 16:57
	Certidão de Intimação | NUM: 10873956 | 19/02/2022 00:00
	Certidão de Intimação | NUM: 10873957 | 19/02/2022 00:00
	Certidão de Intimação | NUM: 10911820 | 01/03/2022 00:00
	Certidão de Intimação | NUM: 10911822 | 01/03/2022 00:00

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