Prévia do material em texto
QUESTÕES SOBRE A AULA Questões sobre a aula2 3 QUESTÕES SOBRE A AULA FORMAS DE EXTINÇÃO DO ATO 1. Ano: 2003 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-RR Prova: CESPE / CEBRASPE - 2003 - PC- -RR - Agente Carcerário Por erro da administração pública, foi expedido ato administrativo concedendo gratificação a servidor público que a ela não tinha direito. Um ano depois da concessão, a administração descobriu o erro. Em face dessa situação hipotética, julgue o item a seguir. No caso, cabe revogação pela administração pública. Certo ( ) Errado ( ) 2. Ano: 2003 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-RR Prova: CESPE / CEBRASPE - 2003 - PC- -RR - Agente Carcerário Por erro da administração pública, foi expedido ato administrativo concedendo gratificação a servidor público que a ela não tinha direito. Um ano depois da concessão, a administração descobriu o erro. Em face dessa situação hipotética, julgue o item a seguir. O ato pode ser anulado judicialmente. Certo ( ) Errado ( ) 3. Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE / CEBRASPE - 2015 - PRF - Policial Rodoviário Federal - Curso de Formação - 2ª Turma - 1ª Prova No que tange ao direito administrativo, julgue o item que se segue. É permitido à administração pública alterar unilateralmente seus atos administrativos ilícitos ou inoportunos, amparada pelo princípio da autotutela. Certo ( ) Errado ( ) 4. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: CESPE - 2018 - PC-SE - Delegado de Polícia A respeito da extinção de atos administrativos, julgue o próximo item. Tanto a anulação como a revogação retiram do mundo jurídico atos com defeitos e produzem efeitos prospectivos. Certo ( ) Errado ( ) 5. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia Federal - Escrivão de Polícia Federal Um servidor público federal determinou a nomeação de seu irmão para ocupar cargo de con- fiança no órgão público onde trabalha. Questionado por outros servidores, o departamento jurídico do órgão emitiu parecer indicando que o ato de nomeação é ilegal. Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir. Sob o fundamento da ilegalidade, a administração pública deverá revogar o ato de nomeação, com a garantia de que sejam observados os princípios do devido processo legal e da ampla defesa. Certo ( ) Errado ( ) 6. Ano: 2018 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: UFOB Provas: INSTITUTO AOCP - 2018 - UFOB - Técnico em Contabilidade Respeitados os direitos adquiridos, a Administração Pública pode revogar os seus próprios atos por motivo de conveniência e oportunidade. Ainda, a Administração Pública tem o dever de anular seus próprios atos quando estes forem eivados de vício de legalidade. Certo ( ) Errado ( ) 7. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRA-PR Prova: Quadrix - 2019 - CRA-PR - Auxiliar Admi- nistrativo I No que concerne às formas de extinção dos atos administrativos, julgue o item. A caducidade dá-se quando o objeto ou o sujeito destinatário do ato administrativo, não sendo o direito transmissível, desaparece. Certo ( ) Errado ( ) 8. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPU Prova: CESPE - 2018 - MPU - Técnico do MPU - Administração No que se refere ao controle da administração pública, julgue o item seguinte. A administração pública pode revogar ato próprio discricionário, ainda que perfeitamente legal, simplesmente pelo fato de não mais o considerar conveniente ou oportuno. Certo ( ) Errado ( ) 9. Ano: 2018 Banca: Quadrix Órgão: CREF - 13ª Região (BA-SE) Prova: Quadrix - 2018 - CREF - 13ª Região (BA-SE) - Assistente Administrativo Acerca dos atos administrativos, julgue o item que se segue. A anulação do ato administrativo só poderá ocorrer judicialmente. Certo ( ) Errado ( ) 10. Ano: 2018 Banca: Quadrix Órgão: CRESS-PR Prova: Quadrix - 2018 - CRESS-PR - Assistente Administrativo Quanto à Administração Pública, julgue o próximo item. A Administração Pública, ao verificar ilegalidade na edição de um ato, pode revogá-lo. Certo ( ) Errado ( ) 11. Ano: 2018 Banca: FUNDATEC Órgão: AL-RS Provas: FUNDATEC - 2018 - AL-RS - Analista Legislativo - Arquiteto A Súmula nº 473 do Supremo Tribunal Federal estabelece que a administração pública poderá __________ seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem _________, porque deles não se originam direitos; ou _________ por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. Questões sobre a aula4 5 Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima. a) revogar – ilegais – anulá-los. b) anular – ilegais – revogá-los. c) revogar – inconvenientes – anulá-los. d) anular – inconvenientes – revogá-los. e) anular – inoportunos – revogá-los. 12. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SEFAZ-RS Prova: CESPE - 2018 - SEFAZ-RS - Auditor do Estado - Bloco II Determinado prefeito exarou ato administrativo autorizando o uso de bem público em favor de um particular. Pouco tempo depois, lei municipal alterou o plano diretor, no que tange à ocu- pação do espaço urbano, tendo proibido a destinação de tal bem público à atividade particular. Nessa situação hipotética, o referido ato administrativo de autorização de uso de bem público extingue-se por: a) revogação. b) anulação. c) contraposição. d) caducidade. e) cassação. 13. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: PGE-AP Prova: FCC - 2018 - PGE-AP - Procurador do Estado O ex-governador Sérgio Cabral terá que devolver o colar do mérito que recebeu do Ministério Público estadual do Rio de Janeiro. A decisão foi tomada no início da tarde desta sexta-feira (21) pelo Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça. De acordo com os procuradores, o ex-governador, preso desde novembro do ano passado, tem ainda que entregar à instituição a medalha e diploma que tenha recebido. (Adaptado de: Notícia do site G1, publicada em 21/07/2017) A propósito da notícia acima mencionada, o ato administrativo relatado é um exemplo de: a) anulação. b) revogação. c) contraposição. d) cassação. e) interdição. 14. Ano: 2018 Banca: Dédalus Concursos Órgão: CORE-BA Prova: Dédalus Concursos - 2018 - CORE-BA - Auxiliar Administrativo III A extinção de um ato administrativo em razão da prática de outro ato em sentido contrário ao inicial é denominada: a) Extinção natural. b) Caducidade. c) Contraposição. d) Conversão. 15. Ano: 2018 Banca: MS CONCURSOS Órgão: Câmara de Cabixi - RO Provas: MS CONCURSOS - 2018 - Câmara de Cabixi - RO - Procurador Jurídico Quanto às formas de extinção dos atos administrativos, marque entre os parênteses com C para as certas ou E para as erradas; em seguida, marque a alternativa correta: ( ) Anulação ( ) Revogação ( ) Caducidade ( ) Renúncia a) C – E – C – E. b) C – C – E – C. c) E – C – C – C. d) C – C – C – C. 16. Ano: 2020 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Cariacica - ES Prova: IBADE - 2020 - Prefeitura de Cariacica - ES - Guarda Municipal I O ato administrativo pode ser extinto se surgir uma nova legislação contrária àquela que fundamentava a prática do ato. Nesse caso, diz-se que o ato administrativo foi extinto por: a) causa natural. b) causa subjetiva. c) causa objetiva. d) caducidade. e) cassação. 17. Ano: 2016 Banca: Gestão Concurso Órgão: CRO-MG Prova: Gestão Concurso - 2016 - CRO- -MG - Fiscal Um determinado ato administrativo é anulado pela Administração Pública. Na hipótese, é correto afirmar que a anulação: a) é irregular, porque a competência para anulação de atos administrativos é privativa do Poder Judiciário. b) produz efeitos retroativos. c) se deu, necessariamente, por razões de conveniência e oportunidade. d) só pode ter incidido sobre ato vinculado, uma vez que atos discricionários nãosão passíveis de anulação. 18. Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-BA Prova: CESPE - 2019 - TJ-BA - Conciliador Caso a administração pública entenda que determinado ato administrativo, ainda que em consonância com todas as prescrições legais, não atende adequadamente ao interesse público de fato, caberá ao órgão ou à autoridade pública competente extinguir esse ato por: Questões Comentadas6 7 a) decadência. b) invalidação. c) anulação. d) cassação. e) revogação. 19. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: Câmara de Salvador - BA Prova: FGV - 2018 - Câmara de Salvador - BA - Analista Legislativo Municipal - Mesa Diretora (Ouvidoria) Márcia obteve do Município de Salvador licença para funcionamento de uma pousada. Ocorre que, durante o prazo de validade da licença, Márcia modificou a finalidade do empreendimento, que passou a funcionar como uma casa de festas, sem comunicação, ciência e autorização do poder público. Após regular processo administrativo, a autoridade municipal competente extinguiu o ato administrativo de licença, mediante sua: a) cassação, eis que houve ilegalidade superveniente praticada por Márcia, que deixou de cumprir os requisitos de quando teve o ato deferido. b) caducidade, eis que Márcia deixou de cumprir os requisitos legais para manutenção da eficácia do ato administrativo. c) revogação, eis que ocorreu ilegalidade superveniente praticada por Márcia, que de- veria cumprir as condicionantes da licença. d) anulação, eis que o ato deixou de ser conveniente e oportuno, diante da conduta ilícita praticada por Márcia. e) convalidação, eis que Márcia inobservou os requisitos de validade e eficácia do ato administrativo que originariamente a favoreceu. 20. Ano: 2017 Banca: COPEVE-UFAL Órgão: Prefeitura de São Miguel dos Campos - AL Prova: COPEVE-UFAL - 2017 - Prefeitura de São Miguel dos Campos - AL - Controlador Um município, no ano de 2016, expediu um ato administrativo a fim de conceder um desconto no pagamento antecipado do IPTU, conforme possibilidade prevista na legislação municipal. Porém, por motivo da crise econômica, o ato de concessão do desconto não pôde ser man- tido. Nesse caso, o modo correto de extinção do ato administrativo pelo poder público será a: a) anulação. b) revogação. c) invalidação. d) repristinação. e) convalidação. GABARITO 1. E 2. C 3. C 4. E 5. E 6. C 7. E 8. C 9. E 10. E 11. B 12. D 13. D 14. C 15. D 16. D 17. B 18. E 19. A 20. B QUESTÕES COMENTADAS 1. Ano: 2003 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-RR Prova: CESPE / CEBRASPE - 2003 - PC- -RR - Agente Carcerário Por erro da administração pública, foi expedido ato administrativo concedendo gratificação a servidor público que a ela não tinha direito. Um ano depois da concessão, a administração descobriu o erro. Em face dessa situação hipotética, julgue o item a seguir. No caso, cabe revogação pela administração pública. Certo ( ) Errado ( ) Resolução Rápida: A questão versa sobre as formas de extinção do ato administrativo. As hipóteses mais cobradas de extinção são: Revogação e Anulação. Diante disso, vejamos a seguir o pre- sente resumo sobre as duas modalidades: Questões Comentadas8 9 → Revogação: 1) Realização por motivo de Oportunidade e Conveniência (Mérito Administrativo). 2) Só pode ser realizada pela Administração Pública (pelo judiciário não!) 3) Possui efeito “Ex Nunc”. → Anulação: 1) Ocorre por motivo de Ilegalidade 2) Podes ser realizada pela Administração ou pelo judiciário. 3) Efeitos “Ex Tunc”. Assim, como o ato produzido era ilegal, não caberá revogação, mas anulação. Resolução Completa: A questão versa sobre as formas de extinção do ato administrativo. Antes de adentrarmos especificamente sobre a questão, vejamos a seguir as formas de extinção do ato: → Cumprimento do efeito (extinção natural): Trata-se do desfazimento do ato pelo mero cumprimento de seu efeito. → Perda de sujeito: desaparecimento do sujeito detentor do benefício do ato (Ex: morte). → Perda de Objeto: Vejamos a definição nas palavras do professor Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino: “a extinção objetiva ocorre quando desaparece o próprio objeto do ato praticado. Em razão de fato superveniente, o ato fica sem objeto, desfazendo-se. Por exemplo, o ato de interdição de um estabelecimento é desfeito se este vem a ser extinto pela empresa de que ele fazia parte” → Renúncia do destinatário: ocorre quando o próprio beneficiário abre mão da vantagem que tinha com o ato administrativo. → Cassação: Trata-se da infringência de critérios legais estabelecidos. O ato começa válido, mas com o decorrer do tempo o beneficiário deixa de cumprir os requisitos estabelecidos. Sobre o tema, destacamos as palavras do professor Alexandre Mazza: “é a modalidade de extinção do ato administrativo que ocorrer quando o administrado deixa de preencher condição necessária para permanência da vantagem” (MAZZA, 2013). → Caducidade: O ato administrativo se torna incompatível com a norma posterior válida. Dessa forma, podemos concluir que a norma jurídica posterior torne ilegal a situação jurídica antes autorizada. Sobre o tema, destaca- mos as palavras do professor Matheus Carvalho: “significa a perda de efeitos jurídicos em virtude de norma jurídica superveniente contrária àquela que respaldava a prática do ato. O ato, que passa a ficar em antagonismo com a nova norma, extingue-se” (CARVALHO, 2015). → Contraposição (Derrubada): Ocorre quando se edita um ato administrativo com efeitos divergentes ao ato válido, ocorrendo assim a sua extinção. (nomeação – exoneração). → Revogação: Vejamos a seguir a definição do professor Matheus Carvalhos (2015): “a revogação é ato discri- cionário e refere-se ao mérito administrativo. Como o ato é legal e todos os efeitos já produzidos o foram licitamente, a revogação não retroage, impedindo somente a produção de efeitos futuros do ato”(ex nunc). Cabe ressaltar no que tange a revogação: 1) Realização por motivo de Oportunidade e Conveniência (Mérito Administrativo). 2) Só pode ser realizada pela Administração Pública (pelo judiciário não!) 3) Possui efeito “Ex Nunc”. → Anulação: Vejamos a seguir a conceituação apresentada pelo professor Matheus Carvalho: “é a retirada do ato administrativo por motivo de ilegalidade, ou seja, o ato é extinto por conter vício. A anulação opera efeitos ex tunc (retroage à data de origem do ato, aniquilando todos os efeitos produzidos, ressalvados os direitos adquiridos de terceiros de boa-fé” Cabe ressaltar no que tange a anulação: 1) Ocorre por motivo de Ilegalidade 2) Podes ser realizada pela Administração ou pelo judiciário. 3) Efeitos “Ex Tunc” Para complementar nosso estudo, vale a pena destacar as seguintes súmulas: SÚMULA 346 do STF: A Administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos. SÚMULA 473 do STF: A Administração pode anular seus próprios atos quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. Especificamente sobre a questão, podemos verificar que o ato produzido é viciado, logo ilegal. Dessa forma, é possível concluir que a forma de extinção do ato não poderá ser a “revogação”, uma vez que a forma espe- cífica em caso de ilegalidade é a “anulação”. GABARITO: ERRADO. 2. Ano: 2003 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-RR Prova: CESPE / CEBRASPE - 2003 - PC- -RR - Agente Carcerário Por erro da administração pública, foi expedido ato administrativo concedendo gratificação a servidor público que a ela não tinha direito. Um ano depois da concessão, a administração descobriu o erro. Em face dessa situação hipotética, julgue o item a seguir. O ato pode ser anulado judicialmente. Certo ( ) Errado ( ) Resolução Rápida: A questão versa sobre as formas de extinção do ato administrativo. As hipóteses mais cobradasde extinção são: Revogação e Anulação. Diante disso, vejamos a seguir o pre- sente resumo sobre as duas modalidades: → Revogação: 1) Realização por motivo de Oportunidade e Conveniência (Mérito Administrativo). 2) Só pode ser realizada pela Administração Pública (pelo judiciário não!) 3) Possui efeito “Ex Nunc”. → Anulação: Questões Comentadas10 11 1) Ocorre por motivo de Ilegalidade 2) Podes ser realizada pela Administração ou pelo judiciário. 3) Efeitos “Ex Tunc”. Resolução Completa: A questão versa sobre as formas de extinção do ato administrativo. Antes de adentrarmos especificamente sobre a questão, vejamos a seguir as formas de extinção do ato: → Cumprimento do efeito (extinção natural): Trata-se do desfazimento do ato pelo mero cumprimento de seu efeito. → Perda de sujeito: desaparecimento do sujeito detentor do benefício do ato (Ex: morte). → Perda de Objeto: Vejamos a definição nas palavras do professor Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino: “a extinção objetiva ocorre quando desaparece o próprio objeto do ato praticado. Em razão de fato superveniente, o ato fica sem objeto, desfazendo-se. Por exemplo, o ato de interdição de um estabelecimento é desfeito se este vem a ser extinto pela empresa de que ele fazia parte” → Renúncia do destinatário: ocorre quando o próprio beneficiário abre mão da vantagem que tinha com o ato administrativo. → Cassação: Trata-se da infringência de critérios legais estabelecidos. O ato começa válido, mas com o decorrer do tempo o beneficiário deixa de cumprir os requisitos estabelecidos. Sobre o tema, destacamos as palavras do professor Alexandre Mazza: “é a modalidade de extinção do ato administrativo que ocorrer quando o administrado deixa de preencher condição necessária para permanência da vantagem” (MAZZA, 2013). → Caducidade: O ato administrativo se torna incompatível com a norma posterior válida. Dessa forma, podemos concluir que a norma jurídica posterior torne ilegal a situação jurídica antes autorizada. Sobre o tema, destaca- mos as palavras do professor Matheus Carvalho: “significa a perda de efeitos jurídicos em virtude de norma jurídica superveniente contrária àquela que respaldava a prática do ato. O ato, que passa a ficar em antagonismo com a nova norma, extingue-se” (CARVALHO, 2015). → Contraposição (Derrubada): Ocorre quando se edita um ato administrativo com efeitos divergentes ao ato válido, ocorrendo assim a sua extinção. (nomeação – exoneração). → Revogação: Vejamos a seguir a definição do professor Matheus Carvalhos (2015): “a revogação é ato dis- cricionário e refere-se ao mérito administrativo. Como o ato é legal e todos os efeitos já produzidos o foram licitamente, a revogação não retroage, impedindo somente a produção de efeitos futuros do ato”(ex nunc). Cabe ressaltar no que tange a revogação: 1) Realização por motivo de Oportunidade e Conveniência (Mérito Administrativo). 2) Só pode ser realizada pela Administração Pública (pelo judiciário não!) 3) Possui efeito “Ex Nunc”. Anulação: Vejamos a seguir a conceituação apresentada pelo professor Matheus Carvalho: “é a retirada do ato administrativo por motivo de ilegalidade, ou seja, o ato é extinto por conter vício. A anulação opera efeitos ex tunc (retroage à data de origem do ato, aniquilando todos os efeitos produzidos, ressalvados os direitos adquiridos de terceiros de boa-fé” Cabe ressaltar no que tange a anulação: 1) Ocorre por motivo de Ilegalidade 2) Podes ser realizada pela Administração ou pelo Judiciário. 3) Efeitos “Ex Tunc”. Para complementar nosso estudo, vale a pena destacar as seguintes súmulas: SÚMULA 346 do STF: A Administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos. SÚMULA 473 do STF: A Administração pode anular seus próprios atos quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. Especificamente sobre a questão, podemos verificar que o ato produzido é viciado, logo ilegal. Dessa forma é possível verificar que a forma de extinção adequada será a anulação, a qual pode ser realizada tanto pela Admi- nistração Pública, como pelo Poder Judiciário. GABARITO: CERTO. 3. Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE / CEBRASPE - 2015 - PRF - Policial Rodoviário Federal - Curso de Formação - 2ª Turma - 1ª Prova No que tange ao direito administrativo, julgue o item que se segue. É permitido à administração pública alterar unilateralmente seus atos administrativos ilícitos ou inoportunos, amparada pelo princípio da autotutela. Certo ( ) Errado ( ) Resolução Rápida: A presente questão versa sobre o poder da autotutela, que nada mais é do que o poder da Administração de rever seus próprios atos, seja por conveniência ou oportunidade, seja por ilegalidade. Sobre o tema, cabe destacar o teor da Súmula n° 473 do STF. Vejamos: SÚMULA 473 do STF: A Administração pode anular seus próprios atos quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. Resolução Completa: A presente questão, ao me ver, encontra-se mal redigida, de modo que pode levar o candidato ao erro. Entre- tanto, como nem tudo é perfeito no mundo dos concursos, vejamos sua análise: O verbo “alterar” usado na assertiva da questão tem o intuito de “modificação no mundo jurídico”. Explico: um ato inoportuno ou inconveniente poderá ser revogado pela Administração, logo terá uma “alteração” de sua existên- cia no mundo jurídico. Da mesma forma, o ato ilegal será suprimido por meio de anulação, sendo sua existência no mundo jurídico “alterada”. Dessa forma, baseada no seu poder de autotutela, a Administração pública poderá alterar seus atos administrativos, estando correta a questão. Para complementar nosso estudo, vejamos a seguir o teor das seguintes súmulas: SÚMULA 346 do STF: Questões Comentadas12 13 A Administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos. SÚMULA 473 do STF: A Administração pode anular seus próprios atos quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. GABARITO: CERTO. 4. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: CESPE - 2018 - PC-SE - Delegado de Polícia A respeito da extinção de atos administrativos, julgue o próximo item. Tanto a anulação como a revogação retiram do mundo jurídico atos com defeitos e produzem efeitos prospectivos. Certo ( ) Errado ( ) Resolução Rápida: A questão versa sobre as formas de extinção do ato administrativo. As hipóteses mais cobradas de extinção são: Revogação e Anulação. Diante disso, vejamos a seguir o pre- sente resumo sobre as duas modalidades: → Revogação: 1) Realização por motivo de Oportunidade e Conveniência (Mérito Administrativo). 2) Só pode ser realizada pela Administração Pública (pelo judiciário não!) 3) Possui efeito “Ex Nunc”. → Anulação: 1) Ocorre por motivo de Ilegalidade 2) Podes ser realizada pela Administração ou pelo judiciário. 3) Efeitos “Ex Tunc”. Assim, podemos verificar que a questão está incorreta, pois apenas a revogação possui a capacidade de produzir efeitos prospectivos (Ex Nunc), tendo em vista que o ato sempre foi válido e legal, de modo a produzir efeitos até o momento de sua retirada. Por outro lado, a anulação produz efeitos retroativos (Ex Tunc), uma vez que o ato já “nasce” ilegal, assim a extinção do ato regressa no tempo à época de sua criação, de modo a reparar todos os efeitos ilegais por ele criado até o momento de sua retirada. Resolução Completa: Questão bastante interessanteque compara os institutos da “anulação” e “revogação”. Primeiramente, antes de adentramos a questão, vejamos a seguir a conceituação de cada instituto: → Revogação: Vejamos a seguir a definição do professor Matheus Carvalhos (2015): “a revogação é ato discri- cionário e refere-se ao mérito administrativo. Como o ato é legal e todos os efeitos já produzidos o foram licitamente, a revogação não retroage, impedindo somente a produção de efeitos futuros do ato”(ex nunc). Cabe ressaltar no que tange a revogação: 1) Realização por motivo de Oportunidade e Conveniência (Mérito Administrativo). 2) Só pode ser realizada pela Administração Pública (pelo judiciário não!) 3) Possui efeito “Ex Nunc”. → Anulação: Vejamos a seguir a conceituação apresentada pelo professor Matheus Carvalho: “é a retirada do ato administrativo por motivo de ilegalidade, ou seja, o ato é extinto por conter vício. A anulação opera efeitos ex tunc (retroage à data de origem do ato, aniquilando todos os efeitos produzidos, ressalvados os direitos adquiridos de terceiros de boa-fé” Cabe ressaltar no que tange a anulação: 1) Ocorre por motivo de Ilegalidade 2) Podes ser realizada pela Administração ou pelo Judiciário. 3) Efeitos “Ex Tunc”. Realizada a conceituação, podemos verificar que a questão está incorreta, tendo em vista que somente a anulação retira do mundo jurídico um ato com defeito (viciado). No caso da revogação, não há vício, o que ocorre é que o ato não é mais conveniente e oportuno para a Administração. Além disso, apenas a revogação produz efeitos prospectivos (futuros/ex nunc), uma vez que, até a efetivação da revogação, o ato era válido e produzia efeitos normalmente. Por outro lado, a anulação produz efeitos retroativos (alcança o passado/ ex tunc), pois como o ato já “nasce” viciado, a anulação ocorre de modo a restaurar a normalidade. GABARITO: ERRADO. 5. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia Federal - Escrivão de Polícia Federal Um servidor público federal determinou a nomeação de seu irmão para ocupar cargo de con- fiança no órgão público onde trabalha. Questionado por outros servidores, o departamento jurídico do órgão emitiu parecer indicando que o ato de nomeação é ilegal. Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir. Sob o fundamento da ilegalidade, a administração pública deverá revogar o ato de nomeação, com a garantia de que sejam observados os princípios do devido processo legal e da ampla defesa. Certo ( ) Errado ( ) Resolução Rápida: A questão versa sobre as formas de extinção do ato administrativo. As hipóteses mais cobradas de extinção são: Revogação e Anulação. Diante disso, vejamos a seguir o pre- sente resumo sobre as duas modalidades: → Revogação: 1) Realização por motivo de Oportunidade e Conveniência (Mérito Administrativo). 2) Só pode ser realizada pela Administração Pública (pelo judiciário não!) 3) Possui efeito “Ex Nunc”. → Anulação: 1) Ocorre por motivo de Ilegalidade 2) Podes ser realizada pela Administração ou pelo judiciário. Questões Comentadas14 15 3) Efeitos “Ex Tunc”. Assim, conforme afirma o enunciado, o ato administrativo está eivado de vício, logo sua extinção somente poderá ocorrer por meio de anulação, não podendo, desse modo, ser revogado. Resolução Completa: Questão bastante interessante que compara os institutos da “anulação” e “revogação”. Primeiramente, antes de adentramos a questão, vejamos a seguir a conceituação de cada instituto: → Revogação: Vejamos a seguir a definição do professor Matheus Carvalhos (2015): “a revogação é ato discri- cionário e refere-se ao mérito administrativo. Como o ato é legal e todos os efeitos já produzidos o foram licitamente, a revogação não retroage, impedindo somente a produção de efeitos futuros do ato”(ex nunc). Cabe ressaltar no que tange a revogação: 1) Realização por motivo de Oportunidade e Conveniência (Mérito Administrativo). 2) Só pode ser realizada pela Administração Pública (pelo judiciário não!) 3) Possui efeito “Ex Nunc”. → Anulação: Vejamos a seguir a conceituação apresentada pelo professor Matheus Carvalho: “é a retirada do ato administrativo por motivo de ilegalidade, ou seja, o ato é extinto por conter vício. A anulação opera efeitos ex tunc (retroage à data de origem do ato, aniquilando todos os efeitos produzidos, ressalvados os direitos adquiridos de terceiros de boa-fé” Cabe ressaltar no que tange a anulação: 1) Ocorre por motivo de Ilegalidade 2) Podes ser realizada pela Administração ou pelo Judiciário. 3) Efeitos “Ex Tunc”. Sobre o tema, também é importante destacarmos o teor da seguinte súmula: SÚMULA 473 do STF: A Administração pode anular seus próprios atos quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. Assim, conforme podemos verificar no comando da questão, o ato é eivado de vício, portanto ilegal. Dessa forma, é importante que compreendamos que a ilegalidade só poderá ser sanada por meio de anulação, e não revogação como afirma a questão. Lembre-se: Ato Inoportuno/Inconveniente → Revogação Ato Ilegal → Anulação GABARITO: ERRADO. 6. Ano: 2018 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: UFOB Provas: INSTITUTO AOCP - 2018 - UFOB - Técnico em Contabilidade Respeitados os direitos adquiridos, a Administração Pública pode revogar os seus próprios atos por motivo de conveniência e oportunidade. Ainda, a Administração Pública tem o dever de anular seus próprios atos quando estes forem eivados de vício de legalidade. Certo ( ) Errado ( ) Resolução Rápida: Questão literal que cobra do candidato o conhecimento acerca do teor da Súmula n° 473 do STF. Vejamos a seguir sua redação: SÚMULA 473 do STF: A Administração pode anular seus próprios atos quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. Resolução Completa: Questão bastante teórica que cobra o conteúdo da súmula 473 do STF. Vejamos seu teor: “A Administração pode anular os seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos a apreciação judicial. ” Dessa forma, podemos verificar que a questão é quase uma paráfrase da literalidade da súmula 473 do STF, estando a questão correta GABARITO: CERTO. 7. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRA-PR Prova: Quadrix - 2019 - CRA-PR - Auxiliar Administrativo I No que concerne às formas de extinção dos atos administrativos, julgue o item. A caducidade dá-se quando o objeto ou o sujeito destinatário do ato administrativo, não sendo o direito transmissível, desaparece. Certo ( ) Errado ( ) Resolução Rápida: A questão versa sobre a forma de extinção do ato administrativo denominado “caduci- dade”, que pode ser assim definida: “significa a perda de efeitos jurídicos em virtude de norma jurídica superveniente con- trária àquela que respaldava a prática do ato. O ato, que passa a ficar em antagonismo com a nova norma, extingue-se” (CARVALHO, 2015). Repare que a definição apresenta em nada tem a ver com o descrito no enunciado da questão, já sendo suficiente para classificarmos a questão como incorreta. Para comple- mentar o assunto, o enunciado da questão mesclou outras duas formas de extinção do ato administrativo, sendo elas: “Perde de Sujeito” e “Perda de Objeto”. Resolução Completa: A presente questão está incorreta, tendo em vista que o enunciado nomeia uma forma de extinção do ato, mas conceitua outro instituto de extinção. Primeiramente, o comando da questão se dizversa sobre a “caducidade”, a qual pode ser assim definida: → Caducidade: O ato administrativo se torna incompatível com a norma posterior válida. Dessa forma, podemos concluir que a norma jurídica posterior torne ilegal a situação jurídica antes autorizada. Sobre o tema, destaca- mos as palavras do professor Matheus Carvalho: Questões Comentadas16 17 “significa a perda de efeitos jurídicos em virtude de norma jurídica superveniente contrária àquela que respal- dava a prática do ato. O ato, que passa a ficar em antagonismo com a nova norma, extingue-se” (CARVALHO, 2015). Repare que o conceito descrito não coaduna com definição acima descrita. Isso porque o conceito apresentado mescla duas formas de extinção: “perda do objeto” e “perda do sujeito”. Vejamos: → Perda de sujeito: desaparecimento do sujeito detentor do benefício do ato (Ex: morte). → Perda de Objeto: Vejamos a definição nas palavras do professor Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino: “a extinção objetiva ocorre quando desaparece o próprio objeto do ato praticado. Em razão de fato superveniente, o ato fica sem objeto, desfazendo-se. Por exemplo, o ato de interdição de um estabelecimento é desfeito se este vem a ser extinto pela empresa de que ele fazia parte” GABARITO: ERRADO. 8. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPU Prova: CESPE - 2018 - MPU - Técnico do MPU - Administração No que se refere ao controle da administração pública, julgue o item seguinte. A administração pública pode revogar ato próprio discricionário, ainda que perfeitamente legal, simplesmente pelo fato de não mais o considerar conveniente ou oportuno. Certo ( ) Errado ( ) Resolução Rápida: A questão versa sobre as formas de extinção do ato administrativo. As hipóteses mais cobradas de extinção são: Revogação e Anulação. Diante disso, vejamos a seguir o pre- sente resumo sobre as duas modalidades: → Revogação: 1) Realização por motivo de Oportunidade e Conveniência (Mérito Administrativo). 2) Só pode ser realizada pela Administração Pública (pelo judiciário não!) 3) Possui efeito “Ex Nunc”. → Anulação: 1) Ocorre por motivo de Ilegalidade 2) Podes ser realizada pela Administração ou pelo judiciário. 3) Efeitos “Ex Tunc”. A questão está correta, pois a Administração possui a prerrogativa de revogar seus atos por motivo de conveniência e oportunidade, de modo a fazer um julgamento da melhor condição para exercer a função pública. O ato revogado é um ato legal, sendo ele válido desde de sua origem, mas que com o passar do tempo, ao olhos da Administração, se tornou inoportuno ou inconveniente para o desempenho da função pública. Resolução Completa: A questão versa sobre a forma de extinção do ato denominada “revogação”. A revogação é a retirada do mundo jurídico de um ato administrativo legal, ou seja, que não possui nenhum vício de legalidade. A retirada é justificada pelo mérito administrativo, em que a Administração julga que o ato não é mais oportuno ou conveniente para o bom desempenho da função pública. A revogação só poderá ser realizada pela Administração Pública, tendo por característica os efeitos prospectivos (ex nunc). Vejamos a seguir a defi- nição dada pelo professor Matheus Carvalhos: “a revogação é ato discricionário e refere-se ao mérito administrativo. Como o ato é legal e todos os efeitos já produzidos o foram licitamente, a revogação não retroage, impedindo somente a produção de efeitos futuros do ato”(ex nunc). Cabe destacar o teor da súmula 473 do STF: “A Administração pode anular os seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos a apreciação judicial. ” GABARITO: CERTO. 9. Ano: 2018 Banca: Quadrix Órgão: CREF - 13ª Região (BA-SE) Prova: Quadrix - 2018 - CREF - 13ª Região (BA-SE) - Assistente Administrativo Acerca dos atos administrativos, julgue o item que se segue. A anulação do ato administrativo só poderá ocorrer judicialmente. Certo ( ) Errado ( ) Resolução Rápida: A questão versa sobre as formas de extinção do ato administrativo. As hipóteses mais cobradas de extinção são: Revogação e Anulação. Diante disso, vejamos a seguir o pre- sente resumo sobre as duas modalidades: → Revogação: 1) Realização por motivo de Oportunidade e Conveniência (Mérito Administrativo). 2) Só pode ser realizada pela Administração Pública (pelo judiciário não!) 3) Possui efeito “Ex Nunc”. → Anulação: 1) Ocorre por motivo de Ilegalidade 2) Podes ser realizada pela Administração ou pelo judiciário. 3) Efeitos “Ex Tunc”. Dessa forma, podemos verificar que a questão está incorreta, uma vez que a anulação dos atos administrativos poderão ocorrer tanto pela Administração Pública, como pelo Poder Judiciário. Resolução Completa: A questão versa sobre o instituto da “anulação”, o qual pode ser assim conceituado: Anulação: Vejamos a seguir a conceituação apresentada pelo professor Matheus Carvalho: “é a retirada do ato administrativo por motivo de ilegalidade, ou seja, o ato é extinto por conter vício. A anulação opera efeitos ex tunc (retroage à data de origem do ato, aniquilando todos os efeitos produzidos, ressalvados os direitos adquiridos de terceiros de boa-fé” Cabe ressaltar no que tange a anulação: 1) Ocorre por motivo de Ilegalidade Questões Comentadas18 19 2) Podes ser realizada pela Administração ou pelo Judiciário. 3) Efeitos “Ex Tunc”. Sobre o tema, também é importante destacarmos o teor da seguinte súmula: SÚMULA 473 do STF: A Administração pode anular seus próprios atos quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. O erro da questão é restringir a anulação do ato administrativo a esfera judicial. Conforme podemos verificar na definição apresentada e no teor da súmula 473 do STF, a Administração Pública, com base no poder de autotu- tela, poderá anular os seus próprios atos quando estiver diante de um vício de legalidade. GABARITO: ERRADO. 10. Ano: 2018 Banca: Quadrix Órgão: CRESS-PR Prova: Quadrix - 2018 - CRESS-PR - Assistente Administrativo Quanto à Administração Pública, julgue o próximo item. A Administração Pública, ao verificar ilegalidade na edição de um ato, pode revogá-lo. Certo ( ) Errado ( ) Resolução Rápida: A questão versa sobre as formas de extinção do ato administrativo. As hipóteses mais cobradas de extinção são: Revogação e Anulação. Diante disso, vejamos a seguir o pre- sente resumo sobre as duas modalidades: → Revogação: 1) Realização por motivo de Oportunidade e Conveniência (Mérito Administrativo). 2) Só pode ser realizada pela Administração Pública (pelo judiciário não!) 3) Possui efeito “Ex Nunc”. → Anulação: 1) Ocorre por motivo de Ilegalidade 2) Podes ser realizada pela Administração ou pelo judiciário. 3) Efeitos “Ex Tunc”. Assim, conforme afirma o enunciado, o ato administrativo está eivado de vício, logo sua extinção somente poderá ocorrer por meio de anulação, não podendo, desse modo, ser revogado. Resolução Completa: Questão bastante interessante que compara os institutos da “anulação” e “revogação”. Primeiramente, antes de adentramos a questão, vejamos a seguir a conceituação de cada instituto: → Revogação: Vejamos a seguir a definição do professor Matheus Carvalhos (2015): “a revogação é ato discri- cionário e refere-se ao mérito administrativo. Como o ato é legal e todos os efeitos já produzidos o foram licitamente, a revogação não retroage, impedindo somente a produção de efeitos futuros do ato”(ex nunc). Cabe ressaltar no que tange a revogação: 1) Realização por motivo de Oportunidade e Conveniência (Mérito Administrativo). 2) Só pode ser realizada pela Administração Pública(pelo judiciário não!) 3) Possui efeito “Ex Nunc”. → Anulação: Vejamos a seguir a conceituação apresentada pelo professor Matheus Carvalho: “é a retirada do ato administrativo por motivo de ilegalidade, ou seja, o ato é extinto por conter vício. A anulação opera efeitos ex tunc (retroage à data de origem do ato, aniquilando todos os efeitos produzidos, ressalvados os direitos adquiridos de terceiros de boa-fé” Cabe ressaltar no que tange a anulação: 1) Ocorre por motivo de Ilegalidade 2) Podes ser realizada pela Administração ou pelo Judiciário. 3) Efeitos “Ex Tunc”. Especificamente sobre a questão, por se tratar de um ato ilegal, a forma de extinção do ato não poderá ser a “revogação”, uma vez que a forma específica em caso de ilegalidade é a “anulação”. GABARITO: ERRADO. 11. Ano: 2018 Banca: FUNDATEC Órgão: AL-RS Provas: FUNDATEC - 2018 - AL-RS - Analista Legislativo - Arquiteto A Súmula nº 473 do Supremo Tribunal Federal estabelece que a administração pública poderá __________ seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem _________, porque deles não se originam direitos; ou _________ por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima. a) revogar – ilegais – anulá-los. b) anular – ilegais – revogá-los. c) revogar – inconvenientes – anulá-los. d) anular – inconvenientes – revogá-los. e) anular – inoportunos – revogá-los. Resolução Rápida: Questão literal que cobra do candidato o conhecimento acerca do teor da Súmula n° 473 do STF. Vejamos a seguir sua redação: SÚMULA 473 do STF: A Administração pode anular seus próprios atos quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. Resolução Completa: Questão literal sem maiores complicações. Para que possamos responder, é necessário que saibamos a literali- dade da súmula 473 do STF. Vejamos: Questões Comentadas20 21 SÚMULA 473 do STF: A Administração pode anular seus próprios atos quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. Dessa forma, podemos perceber que a única alternativa correta é a letra “B”. GABARITO: B. 12. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SEFAZ-RS Prova: CESPE - 2018 - SEFAZ-RS - Auditor do Estado - Bloco II Determinado prefeito exarou ato administrativo autorizando o uso de bem público em favor de um particular. Pouco tempo depois, lei municipal alterou o plano diretor, no que tange à ocu- pação do espaço urbano, tendo proibido a destinação de tal bem público à atividade particular. Nessa situação hipotética, o referido ato administrativo de autorização de uso de bem público extingue-se por: a) revogação. b) anulação. c) contraposição. d) caducidade. e) cassação. Resolução Rápida: A questão versa sobre a forma de extinção do ato administrativo denominado “caduci- dade”, que pode ser assim definida: “significa a perda de efeitos jurídicos em virtude de norma jurídica superveniente contrária àquela que respaldava a prática do ato. O ato, que passa a ficar em antagonismo com a nova norma, extingue-se” (CARVALHO, 2015). Resolução Completa: A questão versa sobre as formas de extinção do ato administrativo. Antes de adentrarmos especificamente sobre a questão, vejamos a seguir as formas de extinção do ato: → Cumprimento do efeito (extinção natural): Trata-se do desfazimento do ato pelo mero cumprimento de seu efeito. → Perda de sujeito: desaparecimento do sujeito detentor do benefício do ato (Ex: morte). → Perda de Objeto: Vejamos a definição nas palavras do professor Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino: “a extinção objetiva ocorre quando desaparece o próprio objeto do ato praticado. Em razão de fato superveniente, o ato fica sem objeto, desfazendo-se. Por exemplo, o ato de interdição de um estabelecimento é desfeito se este vem a ser extinto pela empresa de que ele fazia parte” → Renúncia do destinatário: ocorre quando o próprio beneficiário abre mão da vantagem que tinha com o ato administrativo. → Cassação: Trata-se da infringência de critérios legais estabelecidos. O ato começa válido, mas com o decorrer do tempo o beneficiário deixa de cumprir os requisitos estabelecidos. Sobre o tema, destacamos as palavras do professor Alexandre Mazza: “é a modalidade de extinção do ato administrativo que ocorrer quando o administrado deixa de preencher condi- ção necessária para permanência da vantagem” (MAZZA, 2013). → Caducidade: O ato administrativo se torna incompatível com a norma posterior válida. Dessa forma, podemos concluir que a norma jurídica posterior torne ilegal a situação jurídica antes autorizada. Sobre o tema, destaca- mos as palavras do professor Matheus Carvalho: “significa a perda de efeitos jurídicos em virtude de norma jurídica superveniente contrária àquela que respal- dava a prática do ato. O ato, que passa a ficar em antagonismo com a nova norma, extingue-se” (CARVALHO, 2015). → Contraposição (Derrubada): Ocorre quando se edita um ato administrativo com efeitos divergentes ao ato válido, ocorrendo assim a sua extinção. (Nomeação – exoneração). → Revogação: Vejamos a seguir a definição do professor Matheus Carvalhos (2015): “a revogação é ato discri- cionário e refere-se ao mérito administrativo. Como o ato é legal e todos os efeitos já produzidos o foram licitamente, a revogação não retroage, impedindo somente a produção de efeitos futuros do ato”(ex nunc). Cabe ressaltar no que tange a revogação: 1) Realização por motivo de Oportunidade e Conveniência (Mérito Administrativo). 2) Só pode ser realizada pela Administração Pública (pelo judiciário não!) 3) Possui efeito “Ex Nunc”. → Anulação: Vejamos a seguir a conceituação apresentada pelo professor Matheus Carvalho: “é a retirada do ato administrativo por motivo de ilegalidade, ou seja, o ato é extinto por conter vício. A anulação opera efeitos ex tunc (retroage à data de origem do ato, aniquilando todos os efeitos produzidos, ressalvados os direitos adquiridos de terceiros de boa-fé” Cabe ressaltar no que tange a anulação: 1) Ocorre por motivo de Ilegalidade 2) Podes ser realizada pela Administração ou pelo judiciário. 3) Efeitos “Ex Tunc”. Para complementar nosso estudo, vale a pena destacar as seguintes súmulas: SÚMULA 346 do STF: A Administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos. SÚMULA 473 do STF: A Administração pode anular seus próprios atos quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. Especificamente sobre a questão, podemos perceber que ouve a superveniência de uma norma, a qual retira a validade da norma que embasava o ato administrativo em vigor. Dessa forma, é possível concluir que a questão só pode estar se referindo ao instituto da “caducidade”. GABARITO: D. 13. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: PGE-AP Prova: FCC - 2018 - PGE-AP - Procurador do Estado O ex-governador Sérgio Cabral terá que devolver o colar do mérito que recebeu do Ministério Público estadual do Rio de Janeiro. A decisão foi tomada no início da tarde desta sexta-feira (21) Questões Comentadas22 23 pelo Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça. De acordo com os procuradores, o ex-governador, preso desde novembro do ano passado, tem ainda que entregar à instituição a medalha e diploma que tenha recebido (Adaptado de: Notícia do site G1, publicada em 21/07/2017) A propósito da notícia acima mencionada,o ato administrativo relatado é um exemplo de: a) anulação. b) revogação c) contraposição. d) cassação. e) interdição. Resolução Rápida: A questão versa sobre a forma de extinção do ato administrativo denominado “cassação”, que pode ser assim definida: → Cassação: Trata-se da infringência de critérios legais estabelecidos. O ato começa válido, mas com o decorrer do tempo o beneficiário deixa de cumprir os requisitos esta- belecidos. Sobre o tema, destacamos as palavras do professor Alexandre Mazza: “é a modalidade de extinção do ato administrativo que ocorrer quando o administrado deixa de preencher condição necessária para permanência da vantagem” (MAZZA, 2013). Resolução Completa: Excelente questão, a qual julgo ser uma das melhores sobre o tema extinção do ato administrativo. Antes de adentramos a análise da questão, vejamos a seguir as definições das modalidades de extinção: → Cumprimento do efeito (extinção natural): Trata-se do desfazimento do ato pelo mero cumprimento de seu efeito. → Perda de sujeito: desaparecimento do sujeito detentor do benefício do ato (Ex: morte). → Perda de Objeto: Vejamos a definição nas palavras do professor Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino: “a extinção objetiva ocorre quando desaparece o próprio objeto do ato praticado. Em razão de fato superveniente, o ato fica sem objeto, desfazendo-se. Por exemplo, o ato de interdição de um estabelecimento é desfeito se este vem a ser extinto pela empresa de que ele fazia parte” → Renúncia do destinatário: ocorre quando o próprio beneficiário abre mão da vantagem que tinha com o ato administrativo. → Cassação: Trata-se da infringência de critérios legais estabelecidos. O ato começa válido, mas com o decorrer do tempo o beneficiário deixa de cumprir os requisitos estabelecidos. Sobre o tema, destacamos as palavras do professor Alexandre Mazza: “é a modalidade de extinção do ato administrativo que ocorrer quando o administrado deixa de preencher condi- ção necessária para permanência da vantagem” (MAZZA, 2013). → Caducidade: O ato administrativo se torna incompatível com a norma posterior válida. Dessa forma, podemos concluir que a norma jurídica posterior torne ilegal a situação jurídica antes autorizada. Sobre o tema, destaca- mos as palavras do professor Matheus Carvalho: “significa a perda de efeitos jurídicos em virtude de norma jurídica superveniente contrária àquela que respal- dava a prática do ato. O ato, que passa a ficar em antagonismo com a nova norma, extingue-se” (CARVALHO, 2015). → Contraposição (Derrubada): Ocorre quando se edita um ato administrativo com efeitos divergentes ao ato válido, ocorrendo assim a sua extinção. (Nomeação – exoneração). → Revogação: Vejamos a seguir a definição do professor Matheus Carvalhos (2015): “a revogação é ato discri- cionário e refere-se ao mérito administrativo. Como o ato é legal e todos os efeitos já produzidos o foram licitamente, a revogação não retroage, impedindo somente a produção de efeitos futuros do ato”(ex nunc). Cabe ressaltar no que tange a revogação: 1) Realização por motivo de Oportunidade e Conveniência (Mérito Administrativo). 2) Só pode ser realizada pela Administração Pública (pelo judiciário não!) 3) Possui efeito “Ex Nunc”. → Anulação: Vejamos a seguir a conceituação apresentada pelo professor Matheus Carvalho: “é a retirada do ato administrativo por motivo de ilegalidade, ou seja, o ato é extinto por conter vício. A anulação opera efeitos ex tunc (retroage à data de origem do ato, aniquilando todos os efeitos produzidos, ressalvados os direitos adquiridos de terceiros de boa-fé” Cabe ressaltar no que tange a anulação: 1) Ocorre por motivo de Ilegalidade 2) Podes ser realizada pela Administração ou pelo judiciário. 3) Efeitos “Ex Tunc”. Reconhecido os institutos, podemos analisar a questão. Primeiramente, cabe destacar que a questão se refere ao ex-governador do Rio de Janeiro, o qual foi agraciado com denominado “colar do mérito”, comenda essa que necessita de conduta ilibada para ser concedida. Repare que o ex-governador foi preso, justamente por não ter conduta ilibada, de modo a DESCUMPRIR O REQUSITO NESSÁRIO PARA RECEBER A PREMIAÇÃO. Assim, o ato que determina a devolução da comenda pelo réu só poder intitulado como “cassação”, uma vez que é a modalidade de extinção do ato administrativo por descumprimento de requisitos legais. GABARITO: D. 14. Ano: 2018 Banca: Dédalus Concursos Órgão: CORE-BA Prova: Dédalus Concursos - 2018 - CORE-BA - Auxiliar Administrativo III A extinção de um ato administrativo em razão da prática de outro ato em sentido contrário ao inicial é denominada: a) Extinção natural. b) Caducidade. c) Contraposição. d) Conversão. Resolução Rápida: A questão versa sobre a forma de extinção do ato administrativo denominado “contra- posição”, que pode ser assim definida: Questões Comentadas24 25 → Contraposição (Derrubada): Ocorre quando se edita um ato administrativo com efeitos divergentes ao ato válido, ocorrendo assim a sua extinção. (nomeação – exoneração). Resolução Completa: A questão versa sobre as formas de extinção do ato administrativo. Antes de adentrarmos especificamente sobre a questão, vejamos a seguir as formas de extinção do ato: → Cumprimento do efeito (extinção natural): Trata-se do desfazimento do ato pelo mero cumprimento de seu efeito. → Perda de sujeito: desaparecimento do sujeito detentor do benefício do ato (Ex: morte). → Perda de Objeto: Vejamos a definição nas palavras do professor Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino: “a extinção objetiva ocorre quando desaparece o próprio objeto do ato praticado. Em razão de fato superveniente, o ato fica sem objeto, desfazendo-se. Por exemplo, o ato de interdição de um estabelecimento é desfeito se este vem a ser extinto pela empresa de que ele fazia parte” → Renúncia do destinatário: ocorre quando o próprio beneficiário abre mão da vantagem que tinha com o ato administrativo. → Cassação: Trata-se da infringência de critérios legais estabelecidos. O ato começa válido, mas com o decorrer do tempo o beneficiário deixa de cumprir os requisitos estabelecidos. Sobre o tema, destacamos as palavras do professor Alexandre Mazza: “é a modalidade de extinção do ato administrativo que ocorrer quando o administrado deixa de preencher condi- ção necessária para permanência da vantagem” (MAZZA, 2013). → Caducidade: O ato administrativo se torna incompatível com a norma posterior válida. Dessa forma, podemos concluir que a norma jurídica posterior torne ilegal a situação jurídica antes autorizada. Sobre o tema, destaca- mos as palavras do professor Matheus Carvalho: “significa a perda de efeitos jurídicos em virtude de norma jurídica superveniente contrária àquela que respal- dava a prática do ato. O ato, que passa a ficar em antagonismo com a nova norma, extingue-se” (CARVALHO, 2015). → Contraposição (Derrubada): Ocorre quando se edita um ato administrativo com efeitos divergentes ao ato válido, ocorrendo assim a sua extinção. (nomeação – exoneração). → Revogação: Vejamos a seguir a definição do professor Matheus Carvalhos (2015): “a revogação é ato discri- cionário e refere-se ao mérito administrativo. Como o ato é legal e todos os efeitos já produzidos o foram licitamente, a revogação não retroage, impedindo somente a produção de efeitos futuros do ato”(ex nunc). Cabe ressaltar no que tange a revogação: 1) Realização por motivo de Oportunidade e Conveniência (Mérito Administrativo). 2) Só pode ser realizada pela Administração Pública (pelo judiciário não!) 3) Possui efeito “Ex Nunc”. → Anulação: Vejamos a seguir a conceituação apresentada pelo professor Matheus Carvalho: “é a retirada do ato administrativo por motivo de ilegalidade, ou seja, o ato é extinto por conter vício. A anulação opera efeitos ex tunc (retroage à data de origem do ato, aniquilando todos os efeitos produzidos, ressalvados os direitos adquiridos de terceiros de boa-fé” Cabe ressaltar no que tange a anulação: 1) Ocorrepor motivo de Ilegalidade 2) Podes ser realizada pela Administração ou pelo judiciário. 3) Efeitos “Ex Tunc”. Dessa forma, podemos concluir que a única alternativa que se enquadra no comando da questão é a letra “C”. GABARITO: C. 15. Ano: 2018 Banca: MS CONCURSOS Órgão: Câmara de Cabixi - RO Provas: MS CONCURSOS - 2018 - Câmara de Cabixi - RO - Procurador Jurídico Quanto às formas de extinção dos atos administrativos, marque entre os parênteses com C para as certas ou E para as erradas; em seguida, marque a alternativa correta: ( ) Anulação ( ) Revogação ( ) Caducidade ( ) Renúncia a) C – E – C – E. b) C – C – E – C. c) E – C – C – C. d) C – C – C – C. Resolução Rápida: São formas de extinção do ato administrativo: → Cumprimento do efeito (extinção natural) → Perda de sujeito → Perda de Objeto → Renúncia do destinatário → Cassação → Caducidade → Contraposição (Derrubada) → Revogação → Anulação Resolução Completa: A questão versa sobre as formas de extinção do ato administrativo. Sobre o tema, podemos destacar: → Cumprimento do efeito (extinção natural): Trata-se do desfazimento do ato pelo mero cumprimento de seu efeito. → Perda de sujeito: desaparecimento do sujeito detentor do benefício do ato (Ex: morte). → Perda de Objeto: Vejamos a definição nas palavras do professor Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino: “a extinção objetiva ocorre quando desaparece o próprio objeto do ato praticado. Em razão de fato superveniente, o ato fica sem objeto, desfazendo-se. Por exemplo, o ato de interdição de um estabelecimento é desfeito se este vem a ser extinto pela empresa de que ele fazia parte” → Renúncia do destinatário: ocorre quando o próprio beneficiário abre mão da vantagem que tinha com o ato administrativo. Questões Comentadas26 27 → Cassação: Trata-se da infringência de critérios legais estabelecidos. O ato começa válido, mas com o decorrer do tempo o beneficiário deixa de cumprir os requisitos estabelecidos. Sobre o tema, destacamos as palavras do professor Alexandre Mazza: “é a modalidade de extinção do ato administrativo que ocorrer quando o administrado deixa de preencher condi- ção necessária para permanência da vantagem” (MAZZA, 2013). → Caducidade: O ato administrativo se torna incompatível com a norma posterior válida. Dessa forma, podemos concluir que a norma jurídica posterior torne ilegal a situação jurídica antes autorizada. Sobre o tema, destaca- mos as palavras do professor Matheus Carvalho: “significa a perda de efeitos jurídicos em virtude de norma jurídica superveniente contrária àquela que respaldava a prática do ato. O ato, que passa a ficar em antagonismo com a nova norma, extingue-se” (CARVALHO, 2015). → Contraposição (Derrubada): Ocorre quando se edita um ato administrativo com efeitos divergentes ao ato válido, ocorrendo assim a sua extinção. (nomeação – exoneração). → Revogação: Vejamos a seguir a definição do professor Matheus Carvalhos (2015): “a revogação é ato discri- cionário e refere-se ao mérito administrativo. Como o ato é legal e todos os efeitos já produzidos o foram licitamente, a revogação não retroage, impedindo somente a produção de efeitos futuros do ato”(ex nunc). Cabe ressaltar no que tange a revogação: 1) Realização por motivo de Oportunidade e Conveniência (Mérito Administrativo). 2) Só pode ser realizada pela Administração Pública (pelo judiciário não!) 3) Possui efeito “Ex Nunc”. Anulação: Vejamos a seguir a conceituação apresentada pelo professor Matheus Carvalho: “é a retirada do ato administrativo por motivo de ilegalidade, ou seja, o ato é extinto por conter vício. A anulação opera efeitos ex tunc (retroage à data de origem do ato, aniquilando todos os efeitos produzidos, ressalvados os direitos adquiridos de terceiros de boa-fé” Cabe ressaltar no que tange a anulação: 1) Ocorre por motivo de Ilegalidade 2) Podes ser realizada pela Administração ou pelo judiciário. 3) Efeitos “Ex Tunc”. Assim, podemos verificar que todos os tipos apresentados na questão são institutos válidos para a extinção do ato administrativo. GABARITO: D. 16. Ano: 2020 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Cariacica - ES Prova: IBADE - 2020 - Prefeitura de Cariacica - ES - Guarda Municipal I O ato administrativo pode ser extinto se surgir uma nova legislação contrária àquela que fundamentava a prática do ato. Nesse caso, diz-se que o ato administrativo foi extinto por: a) causa natural. b) causa subjetiva. c) causa objetiva. d) caducidade. e) cassação. Resolução Rápida: A questão versa sobre a forma de extinção do ato administrativo denominado “caduci- dade”, que pode ser assim definida: “significa a perda de efeitos jurídicos em virtude de norma jurídica superveniente contrária àquela que respaldava a prática do ato. O ato, que passa a ficar em antagonismo com a nova norma, extingue-se” (CARVALHO, 2015). Resolução Completa: A questão versa sobre as formas de extinção do ato administrativo. Antes de adentrarmos especificamente sobre a questão, vejamos a seguir as formas de extinção do ato: → Cumprimento do efeito (extinção natural): Trata-se do desfazimento do ato pelo mero cumprimento de seu efeito. → Perda de sujeito: desaparecimento do sujeito detentor do benefício do ato (Ex: morte). → Perda de Objeto: Vejamos a definição nas palavras do professor Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino: “a extinção objetiva ocorre quando desaparece o próprio objeto do ato praticado. Em razão de fato superveniente, o ato fica sem objeto, desfazendo-se. Por exemplo, o ato de interdição de um estabelecimento é desfeito se este vem a ser extinto pela empresa de que ele fazia parte” → Renúncia do destinatário: ocorre quando o próprio beneficiário abre mão da vantagem que tinha com o ato administrativo. → Cassação: Trata-se da infringência de critérios legais estabelecidos. O ato começa válido, mas com o decorrer do tempo o beneficiário deixa de cumprir os requisitos estabelecidos. Sobre o tema, destacamos as palavras do professor Alexandre Mazza: “é a modalidade de extinção do ato administrativo que ocorrer quando o administrado deixa de preencher condi- ção necessária para permanência da vantagem” (MAZZA, 2013). → Caducidade: O ato administrativo se torna incompatível com a norma posterior válida. Dessa forma, podemos concluir que a norma jurídica posterior torne ilegal a situação jurídica antes autorizada. Sobre o tema, destaca- mos as palavras do professor Matheus Carvalho: “significa a perda de efeitos jurídicos em virtude de norma jurídica superveniente contrária àquela que respal- dava a prática do ato. O ato, que passa a ficar em antagonismo com a nova norma, extingue-se” (CARVALHO, 2015). → Contraposição (Derrubada): Ocorre quando se edita um ato administrativo com efeitos divergentes ao ato válido, ocorrendo assim a sua extinção. (nomeação – exoneração). → Revogação: Vejamos a seguir a definição do professor Matheus Carvalhos (2015): “a revogação é ato discri- cionário e refere-se ao mérito administrativo. Como o ato é legal e todos os efeitos já produzidos o foram licitamente, a revogação não retroage, impedindo somente a produção de efeitos futuros do ato”(ex nunc). Cabe ressaltar no que tange a revogação: 1) Realização por motivo de Oportunidade e Conveniência (Mérito Administrativo). 2) Só pode ser realizada pela Administração Pública (pelo judiciário não!) 3) Possui efeito “Ex Nunc”. → Anulação: Vejamos a seguir a conceituação apresentada pelo professor Matheus Carvalho: Questões Comentadas28 29 “é a retirada do ato administrativo por motivo de ilegalidade, ou seja, o ato é extinto por conter vício. A anulação opera efeitos ex tunc (retroage à data de origem do ato, aniquilando todos os efeitos produzidos, ressalvados os direitos adquiridos de terceiros de boa-fé” Cabe ressaltar no que tange a anulação: 1) Ocorre por motivo de Ilegalidade 2) Podes ser realizada pela Administração ou pelo judiciário. 3) Efeitos “Ex Tunc”. Para complementar nosso estudo, vale a pena destacaras seguintes súmulas: SÚMULA 346 do STF: A Administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos. SÚMULA 473 do STF: A Administração pode anular seus próprios atos quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. Especificamente sobre a questão, podemos perceber que “caducidade” é a entrada em vigor de norma contrária a norma vigente, de modo a extinguir o ato administrativo embasado pela lei superada. Dessa forma, é possível concluir que a questão só pode estar se referindo ao instituto da “caducidade”. GABARITO: D. 17. Ano: 2016 Banca: Gestão Concurso Órgão: CRO-MG Prova: Gestão Concurso - 2016 - CRO- -MG - Fiscal Um determinado ato administrativo é anulado pela Administração Pública. Na hipótese, é correto afirmar que a anulação: a) é irregular, porque a competência para anulação de atos administrativos é privativa do Poder Judiciário. b) produz efeitos retroativos. c) se deu, necessariamente, por razões de conveniência e oportunidade. d) só pode ter incidido sobre ato vinculado, uma vez que atos discricionários não são passíveis de anulação. Resolução Rápida: A questão versa sobre as formas de extinção do ato administrativo. As hipóteses mais cobradas de extinção são: Revogação e Anulação. Diante disso, vejamos a seguir o pre- sente resumo sobre as duas modalidades: → Revogação: 1) Realização por motivo de Oportunidade e Conveniência (Mérito Administrativo). 2) Só pode ser realizada pela Administração Pública (pelo judiciário não!) 3) Possui efeito “Ex Nunc”. → Anulação: 1) Ocorre por motivo de Ilegalidade 2) Podes ser realizada pela Administração ou pelo judiciário. 3) Efeitos “Ex Tunc”. Dessa forma, podemos verificar que o gabarito só pode ser a letra “B”, uma vez que a anulação produzirá efeitos retroativos (Ex Tunc). Resolução Completa: Vejamos a seguir a resolução completa da questão: A) é irregular, porque a competência para anulação de atos administrativos é privativa do Poder Judiciário. Incorreto, pois com base na súmula 473 do STF, a Administração, por meio do poder de autotutela, poderá anular seus próprios atos. Vejamos: SÚMULA 473 do STF: A Administração pode anular seus próprios atos quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. B) produz efeitos retroativos Correto e é o nosso gabarito, pois o ato anulado produz efeitos ex tunc, ou seja, retroage a origem do ato, retirando todos os efeitos até então produzidos, estabelecendo a normalidade como se ato nunca tivesse existido. C) se deu, necessariamente, por razões de conveniência e oportunidade. Incorreto, pois a anulação ocorre por motivos de ilegalidade. A extinção por motivos de conveniência e oportuni- dade se dará por meio de “revogação”. D) só pode ter incidido sobre ato vinculado, uma vez que atos discricionários não são passíveis de anulação. Incorreto, pois tanto os atos vinculados, como os discricionários são passíveis de anulação. Entretanto, caberá um adento no que tange aos atos discricionário: esses poderão ser anulados no que desrespeitar a ilegalidade do ato, não podendo ser anulado com base no mérito administrativo. GABARITO: B. 18. Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-BA Prova: CESPE - 2019 - TJ-BA - Conciliador Caso a administração pública entenda que determinado ato administrativo, ainda que em consonância com todas as prescrições legais, não atende adequadamente ao interesse público de fato, caberá ao órgão ou à autoridade pública competente extinguir esse ato por: a) decadência. b) invalidação. c) anulação. d) cassação. e) revogação. Resolução Rápida: A questão versa sobre as formas de extinção do ato administrativo. As hipóteses mais cobradas de extinção são: Revogação e Anulação. Diante disso, vejamos a seguir o pre- sente resumo sobre as duas modalidades: Questões Comentadas30 31 → Revogação: 1) Realização por motivo de Oportunidade e Conveniência (Mérito Administrativo). 2) Só pode ser realizada pela Administração Pública (pelo judiciário não!) 3) Possui efeito “Ex Nunc”. → Anulação: 1) Ocorre por motivo de Ilegalidade 2) Podes ser realizada pela Administração ou pelo judiciário. 3) Efeitos “Ex Tunc”. Dessa forma, podemos verificar que ato administrativo legal, mas que é inoportuno ou inconveniente, só poderá ser retirado do mundo jurídico através do instituto da revogação. Resolução Completa: A questão versa sobre a forma de extinção do ato denominada “revogação”. A revogação é a retirada do mundo jurídico de um ato administrativo legal, ou seja, que não possui nenhum vício de legalidade. A retirada é justificada pelo mérito administrativo, em que a Administração julga que o ato não é mais oportuno ou conveniente para o bom desempenho da função pública. A revogação só poderá ser realizada pela Administração Pública, tendo por característica os efeitos prospectivos (ex nunc). Vejamos a seguir a defi- nição dada pelo professor Matheus Carvalhos: “a revogação é ato discricionário e refere-se ao mérito administrativo. Como o ato é legal e todos os efeitos já produzidos o foram licitamente, a revogação não retroage, impedindo somente a produção de efeitos futuros do ato”(ex nunc). Cabe destacar o teor da súmula 473 do STF: “A Administração pode anular os seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos a apreciação judicial. ” Dessa forma, podemos concluir que a questão versa sobre o instituto da revogação, uma vez que é esse o res- ponsável por extinguir um ato, que embora esteja em plena consonância com o ordenamento jurídico, não é mais conveniente ou oportuno aos olhos da Administração. GABARITO: E. 19. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: Câmara de Salvador - BA Prova: FGV - 2018 - Câmara de Salvador - BA - Analista Legislativo Municipal - Mesa Diretora (Ouvidoria) Márcia obteve do Município de Salvador licença para funcionamento de uma pousada. Ocorre que, durante o prazo de validade da licença, Márcia modificou a finalidade do empreendimento, que passou a funcionar como uma casa de festas, sem comunicação, ciência e autorização do poder público. Após regular processo administrativo, a autoridade municipal competente extinguiu o ato administrativo de licença, mediante sua: a) cassação, eis que houve ilegalidade superveniente praticada por Márcia, que deixou de cumprir os requisitos de quando teve o ato deferido. b) caducidade, eis que Márcia deixou de cumprir os requisitos legais para manutenção da eficácia do ato administrativo. c) revogação, eis que ocorreu ilegalidade superveniente praticada por Márcia, que de- veria cumprir as condicionantes da licença. d) anulação, eis que o ato deixou de ser conveniente e oportuno, diante da conduta ilícita praticada por Márcia. e) convalidação, eis que Márcia inobservou os requisitos de validade e eficácia do ato administrativo que originariamente a favoreceu. Resolução Rápida: A questão versa sobre a forma de extinção do ato administrativo denominado “cassação”, que pode ser assim definida: → Cassação: Trata-se da infringência de critérios legais estabelecidos. O ato começa válido, mas com o decorrer do tempo o beneficiário deixa de cumprir os requisitos esta- belecidos. Sobre o tema, destacamos as palavras do professor Alexandre Mazza: “é a modalidade de extinção do ato administrativo que ocorrer quando o administrado deixa de preencher condição necessária para permanência da vantagem” (MAZZA, 2013). Resolução Completa: Analisando o caso prático apresentado, podemos verificarque a licença concedida à Marcia possui uma finalidade específica e lícita, sendo assim considerada um ato válido. Entretanto, no decorrer da licença, Marcia mudou a finalidade do empreendimento, fato este que configura um descumprimento dos requisitos estabeleci- dos pela lei. Assim, conforme já estudamos, o descumprimento de requisitos legais acarretará a extinção do ato administrativo por meio da cassação. Vejamos: → Cassação: Trata-se da infringência de critérios legais estabelecidos. O ato começa válido, mas com o decorrer do tempo o beneficiário deixa de cumprir os requisitos estabelecidos. Sobre o tema, destacamos as palavras do professor Alexandre Mazza: “é a modalidade de extinção do ato administrativo que ocorrer quando o administrado deixa de preencher condi- ção necessária para permanência da vantagem” (MAZZA, 2013). GABARITO: A. 20. Ano: 2017 Banca: COPEVE-UFAL Órgão: Prefeitura de São Miguel dos Campos - AL Prova: COPEVE-UFAL - 2017 - Prefeitura de São Miguel dos Campos - AL - Controlador Um município, no ano de 2016, expediu um ato administrativo a fim de conceder um desconto no pagamento antecipado do IPTU, conforme possibilidade prevista na legislação municipal. Porém, por motivo da crise econômica, o ato de concessão do desconto não pôde ser man- tido. Nesse caso, o modo correto de extinção do ato administrativo pelo poder público será a: a) anulação. b) revogação. c) invalidação. d) repristinação. e) convalidação. Resolução Rápida: 32 A questão versa sobre as formas de extinção do ato administrativo. As hipóteses mais cobradas de extinção são: Revogação e Anulação. Diante disso, vejamos a seguir o pre- sente resumo sobre as duas modalidades: → Revogação: 1) Realização por motivo de Oportunidade e Conveniência (Mérito Administrativo). 2) Só pode ser realizada pela Administração Pública (pelo judiciário não!) 3) Possui efeito “Ex Nunc”. → Anulação: 1) Ocorre por motivo de Ilegalidade 2) Podes ser realizada pela Administração ou pelo judiciário. 3) Efeitos “Ex Tunc”. Dessa forma, podemos verificar que ato administrativo de concessão de benefício ainda é legal, entretanto se tornou inoportuno ou inconveniente devido a uma crise econômica. Diante disso, podemos concluir que a retirada desse ato do mundo jurídico só poderá ocorrer por meio de revogação. Resolução Completa: A questão versa sobre um caso concreto e que o município expediu um ato administrativo com o objetivo de conceder desconto no pagamento antecipado do IPTU. Repare que o ato foi expedido com base na legislação vigente, sendo o ato legal, não cabendo, portanto, a anulação. O real motivo para a extinção do ato se deu por uma crise econômica, fato esse que tornou o benefício conce- dido inoportuno e inconveniente para a Administração. Sendo assim, o correto é afirmar que o ato foi extinto por meio de revogação. Vejamos sua conceituação: → Revogação: Vejamos a seguir a definição do professor Matheus Carvalhos (2015): “a revogação é ato discri- cionário e refere-se ao mérito administrativo. Como o ato é legal e todos os efeitos já produzidos o foram licitamente, a revogação não retroage, impedindo somente a produção de efeitos futuros do ato”(ex nunc). Cabe ressaltar no que tange a revogação: 1) Realização por motivo de Oportunidade e Conveniência (Mérito Administrativo). 2) Só pode ser realizada pela Administração Pública (pelo judiciário não!) 3) Possui efeito “Ex Nunc”. GABARITO: B. Home: Página 2: Página 3: Página 4: Página 5: Página 6: Página 7: Página 8: Página 9: Página 10: Página 11: Página 12: Página 13: Página 14: Página 15: Página 16: Página 17: