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Contabilidade para Executivos 
 
 
MBA em Finanças, Auditoria e 
Controladoria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contabilidade Financeira 
 
 
 
 
Fabiano Simões Coelho 
fabiano@fabianocoelho.com.br 
http://www.fabianocoelho.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Realização 
Fundação Getulio Vargas 
FGV Management 
 
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
 
Todos os direitos em relação ao design deste material didático são reservados à 
Fundação Getulio Vargas. 
Todos os direitos quanto ao conteúdo deste material didático são reservados ao(s) 
autor(es). 
 
COELHO, Fabiano Simões. 
Contabilidade Financeira. 1ª Rio de Janeiro: FGV 
Management – Cursos de Educação Continuada. 
247 p. 
 
 
Bibliografia 
 
 
1. Contabilidade 
 
 
Coordenação Executiva do FGV Management: Prof. Ricardo Spinelli de Carvalho 
Coordenador Geral da Central de Qualidade: Prof. Carlos Longo 
Coordenadores de Área: 
Prof. Ernani Hickmann 
Prof. José Carlos Sardinha 
Prof. Marilson Gonçalves 
Prof. Ronaldo Andrade 
Profa. Sylvia Constant Vergara. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A sua opinião é muito importante para nós 
Fale Conosco! 
Central de Qualidade – FGV Management 
* ouvidoria@fgv.br 
 
 
 
 
 
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
 
 
 
Contabilidade para Executivos 
 
Sumário 
PROGRAMA DA DISCIPLINA........................................................................................ 1 
EMENTA ............................................................................................................................. 1 
CARGA HORÁRIA TOTAL..................................................................................................... 1 
OBJETIVOS......................................................................................................................... 1 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO.............................................................................................. 1 
METODOLOGIA .................................................................................................................. 2 
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ................................................................................................. 2 
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA .......................................................................................... 2 
CURRICULUM RESUMIDO DO PROFESSOR............................................................................ 3 
2 - MATERIAL COMPLEMENTAR................................................................................ 4 
INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 4 
OBJETIVOS DA CONTABILIDADE.................................................................................. 4 
SISTEMA DE INFORMAÇÕES.......................................................................................... 4 
USUÁRIOS DA CONTABILIDADE.................................................................................... 5 
CONCEITOS BÁSICOS...................................................................................................... 5 
DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS ........................................................................................ 14 
INTRODUÇÃO .................................................................................................................14 
BALANÇO PATRIMONIAL..............................................................................................14 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO....................................................16 
DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS E PREJUÍZOS ACUMULADOS.....................................17 
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO................................18 
DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS...............................18 
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA..................................................................19 
BALANÇO SOCIAL..........................................................................................................20 
BALANÇO PATRIMONIAL .................................................................................................. 26 
PATRIMÔNIO...................................................................................................................26 
BALANÇO PATRIMONIAL (BP)......................................................................................26 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ............................................................. 32 
CONCEITO DE RECEITAS...............................................................................................32 
CONCEITO DE GANHOS.................................................................................................32 
CONCEITO DE DESPESAS...............................................................................................32 
CONCEITO DE PERDA.....................................................................................................32 
OUTRAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ......................................................................... 41 
DEMONSTRAÇÃO DE ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS (DOAR) ...................41 
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA......................................................................53 
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNOO LÍQUIDO (DMPL) .................58 
INSTRUMENTOS DA ANÁLISE ECONÔMICA – FINANCEIRA................................. 60 
DEMONSTRATIVOS E INFORMAÇÕES ADICIONAIS....................................................60 
AJUSTES ..........................................................................................................................60 
RECLASSIFICAÇÃO DO BALANÇO................................................................................61 
INDICADORES ECONÔMICOS-FINANCEIROS.......................................................... 63 
ÍNDICES DE ESTRUTURA PATRIMONIAL.....................................................................65 
RELAÇÕES ENTRE AS FONTES DE RECURSOS (RFR)..................................................66 
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Contabilidade para Executivos 
ENDIVIDAMENTO GERAL (EG) .....................................................................................66 
COMPOSIÇÃO DAS EXIGIBILIDADES (CE) ...................................................................68 
IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (IPL)........................................................68 
PASSIVO ONEROSO SOBRE ATIVO (POSA) ..................................................................69 
ÍNDICES DE LIQUIDEZ....................................................................................................69 
LIQUIDEZ CORRENTE....................................................................................................70 
LIQUIDEZ SECA..............................................................................................................70 
LIQUIDEZ GERAL...........................................................................................................71 
ÍNDICES DE RENTABILIDADE.......................................................................................71 
RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (RPL)....................................................72 
MARGEM OPERACIONAL DE LUCRO (MOL)................................................................72 
MARGEM LÍQUIDA DE LUCRO (ML).............................................................................72 
ROTAÇÃO DO ATIVO (RA).............................................................................................73 
RENTABILIDADE DOS INVESTIMENTOS (RI)...............................................................73 
INDICADORES DE PRAZOS MÉDIOS .............................................................................74 
PRAZO MÉDIO DE COMPRAS (PMC) .............................................................................75 
PRAZO MÉDIO DE ESTOQUES (PME)............................................................................75 
PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTOS (PMR)...................................................................76 
CICLO OPERACIONAL (CO) ...........................................................................................76 
CICLO FINANCEIRO (CF)................................................................................................77 
CAPITAL DE GIRO (CDG) ...............................................................................................78 
NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO (NCG) OU INVESTIMENTO OPERACIONAL 
EM GIRO (IOG) ................................................................................................................78 
FONTES DE COBERTURA DA NCG................................................................................80 
EFEITO TESOURA...........................................................................................................82 
SALDO DE TESOURARIA ...............................................................................................82 
CAUSAS DO EFEITO TESOURA:.....................................................................................85 
ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL E ÍNDICES-PADRÃO.........................................87 
ANÁLISE VERTICAL.......................................................................................................87 
ANÁLISE HORIZONTAL.................................................................................................89 
ÍNDICES-PADRÃO...........................................................................................................91 
QUADRO-RESUMO DE ÍNDICES ECONÔMICO-FINANCEIROS....................................93 
PROCESSO ANALÍTICO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ............................................ 95 
RECLASSIFICAÇÃO DOS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS. .......................................95 
ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS..........................................................96 
AGRUPAMENTO TÉCNICO DAS CONTAS (FUNDAMENTAÇÃO).................................99 
PROCEDIMENTOS DE ADEQUAÇÃO DOS BALANÇOS À ANÁLISE...........................103 
3 - MATERIAL COMPLEMENTAR............................................................................ 125 
3.1 - EXERCÍCIOS........................................................................................................ 125 
3.1.1 - D.R.E. VERSUS FLUXO DE CAIXA......................................................................125 
3.2 - LEITURA COMPLEMENTAR ..................................................................................... 129 
3.2.1 - RETORNO SOBRE INVESTIMENTO E SUA VELOCIDADE................................129 
3.3.1 ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA.................................................................130 
3.3.3 - ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA - AMBEV........................................... 133 
3.4 EBITDA................................................................................................................... 140 
3.5 TRANSPARÊNCIAS............................................................................................... 157 
 
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Contabilidade para Executivos 
1 
Programa da disciplina 
 
 
EMENTA 
 
Contabilidade e o conjunto das demonstrações econômico-financeiras. Balanço: significado 
das contas do ativo, passivo e patrimônio líquido. Variações no patrimônio líquido: receita, 
despesa e resultado. Processo contábil: contas (plano de contas), registros no livro diário, 
razão geral, balancete de verificação. Tópicos especiais na determinação das demonstrações 
financeiras: contas a receber, contas a pagar, avaliação de estoques, ativo imobilizado e a 
depreciação ou amortização, operações financeiras, as contas do patrimônio líquido. DOAR e 
o fluxo de caixa. 
 
CARGA HORÁRIA TOTAL 
 
24 horas/aula 
 
OBJETIVOS 
O alunos deverá, ao final do módulo, ser capaz de: 
 
Ô Reconhecer o significado das informações constantes nos relatórios econômico-
financeiros, especialmente no Balanço Patrimonial (BP), nas Demonstrações de Resultado 
do exercício (DRE), de Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) e de Fluxo de Caixa 
(DFC); 
Ô Compreender o fluxo da informação contábil até os seus reflexos nas demonstrações 
contábeis; 
Ô Compreender os conceitos de Liquidez, Segurança e Rentabilidade para efeitos de 
avaliação econômico-financeira; 
Ô Executar uma análise elementar da saúde financeira da empresa com base em índices 
específicos; 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
Significado das informações dos relatório 
econômicos-financeiros: Balanço Patrimonial 
e Demonstrativo de Resultado do Exercício. 
As informações financeiras, seu 
significado e seus principais usuários. 
O processo contábil: o fluxo da informação 
financeira e seu registro no Balanço 
Patrimonial. 
Descrição do processo contábil e do 
fluxo da informação contábil. Os fatos 
geradores e seus reflexos no 
patrimônio da empresa. 
As informações do Balanço relacionadas com 
o Ativo e as com o Passivo: o retorno do ativo 
frente a demanda dos investidores. 
A estrutura do Balanço Patrimonial. 
Classificação das contas: Ativo, 
Passivo e Patrimônio Líquido. Grupos 
de contas. 
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Contabilidade para Executivos 
2 
A compreensão das informações do 
Demonstrativo de Resultado do Exercício 
para as várias empresas na economia. 
A estrutura da Demonstração do 
Resultado do Exercício. Receitas, 
Despesas e suas classificações. O 
lucro: bruto, operacional e líquido. 
Resultado não-operacional. 
A compreensão das informações da 
Demonstração de Origens e Aplicações de 
Recursos para as várias empresas na 
economia. 
A estrutura da Demonstração de 
Origens e Aplicações de Recursos. Os 
conceitos de Origem e Aplicação. O 
ajuste no Lucro Líquido. O significado 
da variação do Capital Circulante 
Líquido (CCL). 
A compreensão das informações da 
Demonstração do Fluxo de Caixa para as 
várias empresas na economia. 
A estrutura da Demonstração do Fluxo 
de Caixa. A relação da demonstração 
do fluxo de caixa com as outras 
demonstrações financeiras. Os métodos 
de elaboração. 
 
METODOLOGIA 
 
Aula expositiva com auxílio de microcomputador, projetor multimídia e quadro branco com 
marcadores. Aos alunos serão fornecidos os seguintes itens: apostila e transparências a serem 
utilizadas durante a exposição dos assuntos. Serão ministrados exercícios, estudos dirigidos e 
estudos de caso. 
 
 
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 
 
Deverá ser elaborada, pelos alunos, uma prova individual, que envolva os assuntos 
desenvolvidos no módulo. 
 
 
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 
 
BRASIL, Haroldo Vinagre, BRASIL, Haroldo Vinagre Filho. Gestão financeira das 
empresas – um modelo dinâmico. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1991. 
 
IUDÍCIBUS, S., MARTINS, Eliseu, GELBCKE, E. R.. Manual de contabilidade das 
sociedades por ações. São Paulo: Atlas, 1995. 
 
MARION, Josá Carlos. Contabilidade Empresarial. São Paulo: Atlas, 1990. 
 
MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços. São Paulo: Atlas, 1995. 
 
 
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Contabilidade para Executivos 
3 
CURRICULUM RESUMIDO DO PROFESSOR 
 
Fabiano Simões Coelho é Mestre em Ciências Contábeis pela FAF/UERJ – Faculdade de 
Administração e Finanças da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Pós graduado em Ciências 
Contábeis pela FGV/EPGE em 2000. Graduado em Ciências Contábeis pela UERJ em 1998. É 
professor e Coordenador do Programa de Cursos Conveniados da FGV Management, Professor da 
Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas e instrutor do Conselho 
Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro. Trabalha também como consultor de empresas e 
sócio proprietário do Instituto valor. Autor de trabalhos publicados em revistas especializadas 
no Brasil e no exterior.www.cliqueapostilas.com.br
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Contabilidade para Executivos 
4 
2 - Material Complementar 
 
INTRODUÇÃO 
OBJETIVOS DA CONTABILIDADE 
 
O FIPECAFI1 definiu objetivamente a Contabilidade como sendo “um sistema de 
informações e avaliação destinado a prover os seus usuários com demonstrações e análises 
de natureza econômica, financeira e de produtividade, com relação à entidade objeto de 
contabilização.” (1995, pg. 58). 
O AICPA, American Institute of Certified Public Accountants, publicou em 1973 que: 
“ ...a função fundamental da Contabilidade (...) tem permanecido 
inalterada desde os primórdios. Sua finalidade é prover os usuários dos 
demonstrativos financeiros com informações que os ajudarão a tomar 
decisões. Sem dúvida, tem havido mudanças substanciais nos tipos de 
usuários e nas formas de informação que têm procurado. Todavia, esta 
função dos demonstrativos financeiros é fundamental e profunda. O objetivo 
básico dos demonstrativos financeiros é prover informação útil para a 
tomada de decisões econômicas...” ( apud, Iudícibus, 1986, pg. 17) 
 
Ao analisarmos as duas definições acima, podemos deduzir sem maiores dificuldades, 
a definição resumida indicada por autores como Iudícibus, de que o objetivo da Contabilidade 
é fornecer informações para vários usuários, afim de auxiliar o processo de tomada de 
decisões. 
 
SISTEMA DE INFORMAÇÕES 
De acordo com Chiavenato, o conceito de informação significa, em poucas palavras, a 
busca pela redução da incerteza. Esta busca ganha importância quando tratamos da obtenção 
de conhecimento, para uso na orientação da ação a ser tomada no processo de tomada de 
decisão. 
Sistemas de Informações sob um ponto de vista contábil seria: 
 “ ...um conjunto articulado de dados, técnicas de acumulação, ajustes e editagens de 
relatórios que permite: 
 a) tratar as informações de natureza repetitiva com o máximo possível de 
relevância e o mínimo de custo; 
 b) dar condições para, através da utilização de informações primárias 
constantes do arquivo básico, juntamente com técnicas derivantes da própria Contabilidade 
 
1 Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras. 
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Contabilidade para Executivos 
5 
e/ou outras disciplinas, fornecer relatórios de exceção para finalidades específicas em 
oportunidades definidas ou não.” ( FIPECAFI, 1995, pg. 58). 
 
USUÁRIOS DA CONTABILIDADE 
O estudo do IPECAFI definiu usuários como “ ... toda pessoa física ou jurídica que 
tenha interesse na avaliação da situação e do progresso de determinada entidade, seja tal 
entidade empresa, ente de finalidades não lucrativas, ou mesmo patrimônio familiar.”( 1995, 
pg. 59). 
O quadro a seguir que resume quais seriam os usuários da Contabilidade: 
 
a. Diversificados X Concentrados 
b. Ativos X Passivos I – INVESTIDORES 
c. Profissionais X Amadores 
a. Analistas Financeiros 
b. Serviços de Aconselhamento II – INTERMEDIÁRIOS DE INFORMAÇÕES 
c. Corretoras de Valores 
a. IBRACON 
b. CFC, CRC’s 
c. CVM 
III – ÓRGÃOS REGULADORES E 
ASSOCIAÇÕES DE CLASSE 
d. Fisco 
a. Empresas grandes X pequenas 
IV – DIRETORES, ADMINISTRADORES 
b. Empresas abertas X fechadas 
 V – AUDITORES Empresas grandes X pequenas 
Fonte: MOST, Keneth S. Accounting Theory. Columbus. Grid. 1977. pag. 91, apud, 
adaptação de TOSTES, Fernando P. Evidenciação e Qualidade nas Demonstrações 
Financeiras. 
 
CONCEITOS BÁSICOS 
A Contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado a 
prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira e de 
produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização. 
A Contabilidade tem por fim fornecer informações, a diversos tipos de usuários, que 
subsidiem a tomada de decisão. Para o cliente interno, deve suprir as informações que 
auxiliem o planejamento e o controle. Para o cliente externo, deve informar a situação 
econômica e financeira da empresa. 
É a ciência que tem por funções: Registrar, controlar e analisar os atos e fatos 
administrativos de uma atividade econômica (Empresa). 
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Contabilidade para Executivos 
6 
Registro 
Linguagem contábil de nível elevado, identificando-se com profissionais da área 
contábil. 
Registros contábeis em livros próprios. 
Ex: Diário, Razão, Caixa etc. 
Controle 
Exerce praticamente os controles dos registros contábeis, principalmente dos bens 
patrimoniais. 
Análise 
Executa análise a qualquer tempo dos registros e dos controles patrimoniais. 
Ex: Compra de bens de venda. 
1- Registro contábil no livro Diário. 
 Estoques 
a Caixa / Fornecedores 
2- Controle 
Controle da existência física do estoque, cujo custeio se confrontará com o registro 
contábil. 
3- Análise 
Divergência dos inventários 
Estoque mínimo 
Tempo de permanência, etc. 
FAMILIARIZAÇÃO COM A MECÂNICA CONTÁBIL 
 
1º CASO: CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA 
 
Alexandre e Fernanda (pessoas físicas) resolveram constituir uma sociedade 
(pessoas jurídica) a que decidiram denominar Felicidade Com. & Ind. Ltda. Assinam um 
Contrato Social e disponibilizam à sociedade, cada um, o valor de $ 1.000, que passam a 
constituir o Capital Social da nova entidade. 
 
 � A pessoa jurídica Felicidade Com. & Ind. Ltda. deve ( é devedora da ) 
pessoa física Alexandre ⇒ $ 1.000 pessoa física Fernanda ⇒ $ 1.000 
 
 � A pessoa física Alexandre tem direito de receber da ( é credora da )pessoa 
jurídica Felicidade Com. & Ind. Ltda. ⇒ $ 1.000 
 
 � A pessoa física Fernanda tem direito de receber da ( é credora da ) pessoa 
jurídica Felicidade Com. & Ind. Ltda. ⇒ $ 1.000 
 
O patrimônio da sociedade Felicidade Com. & Ind. Ltda. será representado da 
seguinte forma: 
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Contabilidade para Executivos 
7 
 
PATRIMÔNIO 
 ( + )
 
 ( - ) 
BENS OBRIGAÇÕES 
Dinheiro 2.000 Capital Social 
 Alexandre 1.000 
 Fernanda 1.000 2.000 
TOTAL 2.000 TOTAL 2.000 
 
2º CASO: BEM - DIREITO 
 
Parte do dinheiro ( $ 1.500 ) é depositada numa Caderneta de Poupança. Nesta 
transação a empresa trocou Bem por Direito, isto é, saiu dinheiro (que é um Bem) e entrou o 
recibo de depósito na Caderneta de Poupança (que é um Direito). 
O patrimônio da sociedade Felicidade Com. & Ind. Ltda. passará a ser demonstrado da 
seguinte forma: 
 
PATRIMÔNIO 
 ( + )
 
 ( - ) 
BENS OBRIGAÇÕES 
Dinheiro 500 
 Capital Social 
Direitos Alexandre 1.000 
 Fernanda 1.000 2.000 
Caderneta de 
Poupança 
 
1.500 
 
 
 
TOTAL 2.000 TOTAL 2.000 
 
 
OBSERVAÇÕES 
 
1. A soma do lado positivo ( + ) é igual à soma do lado negativo ( - ) 
 
2. As somas dos lados ( + ) e ( - ) desta demonstração continuam sendo as mesmas da 
demonstração anterior ( $2.000 ). isto ocorre porque houve apenas uma troca de um bem por 
um direito. Assim, diminuiu o valor de bens e aumentou o valor de direitos. 
 
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Contabilidade para Executivos 
8 
3. No lado esquerdo ( + ) está indicado em que a empresa aplicou os recursos: manteve 
uma quantia em dinheiro ( $500 ) e o restante depositou na poupança ( $ 1.500 ); no lado 
direito está indicada a origem desses recursos: o capital social. 
 
 
3º CASO: BEM - OBRIGAÇÃO 
A empresa compra máquinas e equipamentos a prazo no valor de $ 500. O pagamento 
será efetuado após 60 dias. 
Neste fato administrativo, a empresa conseguiu adquirir duas coisas, sem incorrer em 
nenhuma troca: 
 � Equipamentos e 
 � uma dívida, por ter comprado a má quina a prazo. 
OCORRERIA TROCA SE A EMPRESA TIVESSE PAGO OS EQUIPAMENTOS À 
VISTA ( trocaria dinheiro pelos Equipamentos ) 
 
O patrimôniopassará a ser demonstrado da seguinte forma: 
 
PATRIMÔNIO 
 ( + ) ( - ) 
 BENS OBRIGAÇÕES 
Dinheiro 500 Fornecedor 500 
 
DIREITOS 
Depósito em 
Caderneta de 
Poupança 
 
 
1.500 
 
 CAPITAL 
SOCIAL 
 
 Alexandre 1.000 
Equipamentos 500 Fernanda 1.000 2.000 
 
TOTAL 2.500 TOTAL 2.500 
 
 
4º CASO: RECEITA 
 
No final do mês, o Banco pagou à sociedade juros no valor de $300, referentes ao 
dinheiro depositado em Caderneta de Poupança. 
 
Nesta transação, a empresa: 
� Não trocou nada; 
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Contabilidade para Executivos 
9 
� Não adquiriu nada; 
� Ganhou o direito de retirar da Poupança $1.800 em vez dos $1.500 que tinha 
depositado. 
 
Os juros correspondem, portanto, a um ganho que a empresa teve. Não é um Bem, não 
é um Direito, nem uma Obrigação. Trata-se de uma Receita. 
Receitas, em contabilidade, são valores que a empresa gera, produz, como fonte de 
recursos financeiros ( dinheiro ), para atender aos seus gastos e manter as suas atividades. 
 
Exemplos: Vendas de Mercadorias ou Produtos; 
 Juros da poupança; 
 Juros cobrados de Clientes por atraso no pagamento; 
 Aluguéis de imóveis de sua propriedade, etc... 
 
5º CASO: DESPESA 
 
Para comemorar e divulgar o início das suas atividades, a empresa ofereceu um 
coquetel que lhe custou $ 200. 
 
Nesta transação, a sociedade: 
 
Não trocou nada; 
Não adquiriu nada; 
Não ganhou nada; e 
Gastou parte do dinheiro que possuía. 
 
O coquetel corresponde a um gasto que a empresa teve. Não constitui um Bem, um 
Direito, uma Obrigação ou uma Receita. Trata-se de uma Despesa. 
 
Despesas, em contabilidade, são valores que a empresa necessariamente gasta para 
manter sua atividade e gerar receitas. 
 
Exemplos: Compras de Mercadorias; 
 Gastos com Refeições; 
 Publicidade; 
 Telefone; 
 Combustível; 
 Energia Elétrica, etc... 
 
Receitas e despesas são computadas em separado pela contabilidade, para depois 
serem incluídas no patrimônio. 
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Contabilidade para Executivos 
10 
 
Se a receita é maior que a despesa, a empresa gerou lucro. 
 
Se a despesa é maior que a receita, a empresa gerou prejuízo. 
 
Uma empresa tem lucro ou prejuízo independentemente do patrimônio que possui; 
 
As receitas e despesas não são demonstradas no gráfico patrimonial, mas num gráfico 
à parte, denominado resultado operacional 
 
RESULTADO OPERACIONAL 
+ - 
DESPESAS 200 RECEITAS 300 
 
As despesas são colocadas sempre do lado esquerdo ( + ), indicando em que foi 
aplicado ( gasto ) o dinheiro da empresa: em despesas com luz, água, produtos de limpeza, 
etc. 
 
As receitas são colocadas sempre do lado direito ( - ), indicando a origem dos ganhos 
da empresa: as vendas, as aplicações na poupança, etc. 
 
Um fato provoca pelo menos duas alterações no patrimônio ou no resultado 
operacional: 
 
uma delas se refere à aplicação de recursos 
a outra à sua origem 
Quando um fato representa uma despesa ou receita, ele poderá alterar ao mesmo 
tempo o gráfico do patrimônio e o do resultado operacional: 
 
FATO: JUROS GANHOS COM APLICAÇÃO NA POUPANÇA 
 
ALTERAÇÃO NO GRÁFICO DO 
PATRIMÔNIO 
ALTERAÇÃO NO GRÁFICO DO 
RESULTADO OPERACIONAL 
CADERNETA DE POUPANÇA $ 1.500 
+ 300 = $ 1.800 
JUROS DA POUPANÇA: $ 300 
 
APLICAÇÃO ORIGEM 
 
 
 
 
 
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11 
FATO: GASTOS COM A REALIZAÇÃO DO COQUETEL 
 
ALTERAÇÃO NO GRÁFICO DO 
RESULTADO OPERACIONAL 
ALTERAÇÃO NO GRÁFICO DO 
PATRIMÔNIO 
 
DESPESAS BENS 
 
GASTOS COM O COQUETEL: $ 200 
 
APLICAÇÃO 
 
DINHEIRO: $ 500 - 200 = $ 300 
 
ORIGEM 
 
Vamos ver quando e como o resultado das operações de uma empresa é integrado 
ao seu patrimônio. 
Chama-se de exercício ao período que a contabilidade toma como base para fazer um 
balanço geral de tudo aquilo que ela realizou, avaliando a situação do patrimônio e apurando 
o resultado operacional ( lucro ou prejuízo ). 
Portanto, exercício é o período decorrido entre um balanço e outro. 
ele tem , geralmente, a duração de 12 meses e coincide com o nosso ano civil, que 
começa em 1º de janeiro e termina em 31 de dezembro. 
Ao terminar o exercício, a contabilidade realiza o balanço da situação da empresa: o 
que tem / o que deve; o que ganhou / o que gastou, obtendo o resultado operacional, que é 
então integrado ao patrimônio. 
Resultado operacional é o resultado que a contabilidade de uma empresa apura no 
final do exercício, para saber se ela teve lucro ou prejuízo 
 
No nosso exemplo, temos: 
RECEITA ( maior que a Despesa ) 300 
DESPESA ( menor que a Receita ) 200 
LUCRO 100 
 
Extraímos as seguintes conclusões: 
todo lucro apurado por uma pj pertence aos seus donos. 
todo prejuízo apurado por uma pj é de responsabilidade dos seus proprietários. 
logo, tanto o lucro como o prejuízo apurados devem estar juntos do capital social, 
elevando-o, se houver lucro, ou diminuindo-o, se houver prejuízo. 
 
 
Vejamos, agora, como fica a demonstração do patrimônio: 
 
PATRIMÔNIO 
( + ) ( - ) 
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12 
BENS 
Dinheiro 300 
Equipamentos 500 
 800 
OBRIGAÇÕES 
Fornecedor Equipamentos 500 
DIREITOS 
Depósito em Cad. 
Poupança 1.800 
 
 
TOTAL 2.600 
CAPITAL SOCIAL 
Alexandre 1.000 
Fernanda 1.000 
Resultado Operacional 100 
 2.100 
TOTAL 
2.600 
 
A CONTABILIDADE, POR MEIO DE TÉCNICA PRÓPRIA, 
PROCURA DEMONSTRAR O QUE SE TEM E O QUE SE DEVE, O 
QUE SE GASTA E O QUE SE GANHA, A APLICAÇÃO DOS 
RECURSOS DA EMPRESA E A ORIGEM DESSES MESMOS 
RECURSOS 
 
6º CASO: PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
Vamos supor que Alexandre e Fernanda resolvam encerrar as atividades da empresa. 
naturalmente, cada um vai querer retirar do patrimônio o que é seu por direito. 
 
A EMPRESA TEM: 
 BENS. 800 
 DIREITOS 1.800 2.600 
 
A EMPRESA DEVE: 
 FORNECEDOR 500 
 CAPITAL 
SOCIAL 
2.000 
 LUCRO 100 2.600 
 
A empresa somente pode pagar o que deve com o que tem. o primeiro passo, portanto, 
é liquidar as dívidas que possui com terceiros, deixando por último a devolução do capital 
social aos sócios, acrescido dos lucros ou diminuído dos prejuízos. 
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13 
 
assim: 
 
BENS + DIREITOS - OBRIGAÇÕES = SITUAÇÃO LÍQUIDA OU 
 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
$ 800 $ 1.800 $ 500 $ 2.100 
 
Patrimônio líquido é um componente do patrimônio no qual são indicados os valores 
do capital social de todos os sócios, acrescido dos lucros ou diminuído dos prejuízos 
verificados em cada exercício. 
 
É separado das obrigações normais da empresa, tendo em vista que ele só será exigido 
se a empresa encerrar suas atividades ou se algum sócio se retirar da sociedade. 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO = BENS + DIREITOS - OBRIGAÇÕES 
 
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14 
 
DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS 
 
INTRODUÇÃO 
A Contabilidade enquanto sistema de informações destinadas a auxiliar o processo de 
planejamento e controle na empresa, fornece a esses usuários demonstrativos. 
As demonstrações financeiras obrigatórias, a periodicidade e a base para sua 
elaboração são determinadas pelo artigo 176 da Lei n0 6.404/76: 
"Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a Diretoria fará elaborar, com base na 
escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras,que deverão 
exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no 
exercício: 
a) balanço patrimonial; 
b) demonstração do resultado do exercício; 
c) demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados ( pode ser substituída pela 
demonstração das mutações do patrimônio líquido); e 
d) demonstração das origens e aplicações de recursos." 
Existem entretanto demonstrações não abrangidas (ainda) pela Lei. As mais comuns 
são a demonstração dos fluxos de caixa (DFC) e o Balanço Social. 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
 
O artigo 178 da Lei n0 6.404/76 determina a forma de classificação das contas no 
balanço patrimonial: 
"Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do 
patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da 
situação financeira da companhia." 
A NBC-T-3.2 _ Do Balanço Patrimonial aborda alguns aspectos específicos desta peça 
contábil. O subitem 3.2.1 estabelece o conceito do balanço patrimonial: 
"3.2.1.1 _ O balanço patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, 
quantitativa e qualitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da 
Entidade." 
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15 
BALANÇO PATRIMONIAL 
 
ATIVO PASSIVO 
Para ser Ativo é necessário preencher os quatro 
requisitos: 1. Bens ou Direitos; 2. De 
propriedade da empresa; 3. Mensurável 
monetariamente; 4. Representar benefícios 
presentes ou futuros. 
São as contas representativas de obrigação com 
terceiros, que quando de seu vencimento, serão 
reclamadas. São também mensuráveis 
monetariamente. 
Grupos: Grupos: 
- CIRCULANTE - CIRCULANTE 
São os Bens e os Direitos com vencimento até o 
término do exercício seguinte, ou ainda, com 
vencimento até 12 meses da data do último 
Balanço. 
São as Obrigações com vencimento até o término 
do exercício seguinte, ou ainda, com vencimento 
até 12 meses da data do último Balanço. 
- REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 
São os Direitos com vencimento após o término 
do exercício seguinte, ou ainda, com vencimento 
posterior a 12 meses da data do último Balanço. 
Considera-se também como Longo Prazo, as 
transações de empréstimos a Acionistas, 
Diretores, e outras pessoas a fins, independente 
do prazo de vencimento, desde que os 
empréstimos não façam parte das operações 
principais da empresa. 
- EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 
São as Obrigações com vencimento após o 
término do exercício seguinte, ou ainda, com 
vencimento posterior a 12 meses da data do 
último Balanço. 
Considera-se também como Longo Prazo, as 
transações de empréstimos de Acionistas, 
Diretores, e outras pessoas a fins, independente 
do prazo de vencimento. 
- PERMANENTE 
Bens e direitos de caráter fixo. Divide-se em: 
Investimentos, Imobilizado e Diferido. 
- RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS 
São as Receitas recebidas antes da prestação do 
serviço, desde que sejam líquidas e certas. 
 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
São as obrigações para com os Sócios. Tem como 
principais contas: Capital, Reservas de Capital, 
Reserva de Reavaliação, Reservas de Lucros, 
Lucro ou Prejuízos Acumulados e Ações em 
Tesouraria. 
 
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16 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
 
A composição da demonstração do resultado do exercício é determinada pelo artigo 
187 da Lei n0 6.404/76: 
"Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: 
I _ a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os 
impostos; 
II _ a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços 
vendidos e o lucro bruto; 
III _ as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as 
despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; 
IV _ o lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não operacionais e o saldo 
da conta de correção monetária (artigo 185, § 3º); 
V _ o resultado do exercício antes do imposto de renda e a provisão para o imposto; 
VI _ as participações de debêntures, empregados, administradores e partes 
beneficiárias e as contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de 
empregados; 
VII _ o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital 
social." 
 
O parágrafo 1º do artigo 187 impõe que sejam observados os princípios da 
competência e do confronto entre receitas e despesas na apuração do resultado do exercício: 
"§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados: 
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua 
realização em moeda; e 
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a 
essas receitas e rendimentos." 
A NBC-T-3.3 _ Da Demonstração do Resultado aborda alguns aspectos específicos 
desta peça contábil. O subitem 3.3.1 estabelece o conceito da demonstração do resultado: 
"3.3.1.1 _ A demonstração do resultado é a demonstração contábil destinada a 
evidenciar a composição do resultado formado num determinado período de operações da 
Entidade. 
3.3.1.2 _ A demonstração de resultado, observado o princípio de competência, 
evidenciará a formação dos vários níveis de resultados mediante confronto entre as receitas e 
os correspondentes custos e despesas." 
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17 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
 
RECEITA BRUTA 
(-) DEDUÇÕES 
 IPI 
 ICMS 
 Abatimentos 
RECEITA LÍQUIDA 
(-) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS 
LUCRO BRUTO 
(-) DESPESAS OPERACIONAIS 
 De Vendas 
 Administrativas 
 Financeiras - Receitas Financeiras 
 Variações monetárias 
LUCRO OPERACIONAL 
(+/-) DESPESAS/RECEITAS NÃO OPERACIONAIS 
 (-)PERDAS 
 (+)GANHOS 
LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 
(-) PROVISÃO PARA A CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 
(-) PROVISÃO PARA O IMPOSTO DE RENDA 
LUCRO DEPOIS DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 
PARTICIPAÇÕES NO LUCRO 
LUCRO LÍQUIDO 
 
DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS E PREJUÍZOS ACUMULADOS 
 
O conteúdo da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados é determinado pelo 
artigo 186 da Lei n0 6.404/76: 
"Art. 186. A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados discriminará: 
I _ O saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção 
monetária do saldo inicial; 
II _ as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício; 
III _ as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao 
capital e o saldo ao fim do período." 
A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deve indicar o montante do 
dividendo por ação do capital social e pode ser incluída na demonstração das mutações do 
patrimônio líquido (artigo 186, § 2º). 
A NBC-T-3.4 _ Da Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados aborda 
aspectos específicos desta demonstração. O subitem 3.4.1 estabelece o conceito: 
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18 
"3.4.1.1 _ A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados é a demonstração 
contábil destinada a evidenciar, num determinado período, as mutações nos resultados 
acumulados da Entidade." 
 
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
A NBC-T-3.5 _ Da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido aborda 
aspectos específicos desta demonstração. O subitem 3.5.1 apresenta seu conceito: 
"3.5.1.1 _ A demonstração das mutações do patrimônio líquido é a demonstração 
contábil destinada a evidenciar, num determinado período, a movimentação das contas que 
integram o patrimônio da Entidade." 
O subitem 3.5.2 trata do conteúdo e estrutura desta demonstração: 
"3.5.2.1 _ A demonstração das mutações do patrimônio líquido discriminará: 
a) os saldos no início do período; 
b) os ajustes de exercícios anteriores; 
c) as reversões e transferênciasde reservas e lucros; 
d) os aumentos de capital discriminando sua natureza; 
e) a redução de capital; 
f) as destinações do lucro líquido do período; 
g) as reavaliações de ativos e sua realização, líquida do efeito dos impostos 
correspondentes; 
h) o resultado líquido do período; 
i) as compensações de prejuízos; 
j) os lucros distribuídos; 
l) os saldos no final do período." 
A demonstração das mutações do patrimônio líquido, cuja elaboração e publicação é 
facultada pela Lei nº 6.404/76 (artigo 186, § 2º), passou a ser obrigatoriamente elaborada e 
publicada pelas companhias abertas, por força da Instrução CVM nº 59, de 22.12.86, que em 
seu artigo 1º dispõe: 
"Art. 1º As companhias abertas deverão elaborar e publicar, como parte integrante de 
suas demonstrações financeiras, a demonstração das mutações do patrimônio líquido, referida 
ao artigo 186, § 2º in fine da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976." 
 
DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS 
 
A demonstração das origens e aplicações de recursos, cuja finalidade é indicar as 
modificações na posição financeira da empresa, tem seu conteúdo determinado pelo artigo 
188 da Lei n0 6.404/76: 
"Art. 188. A demonstração das origens e aplicações de recursos indicará as 
modificações na posição financeira da companhia, discriminando: 
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19 
I _ as origens dos recursos, agrupadas em: 
a) lucro do exercício, acrescido de depreciação, amortização ou exaustão e 
ajustado pela variação nos resultados de exercícios futuros; 
b) realização do capital social e contribuições para reservas de capital; 
c) recursos de terceiros, originários do aumento do passivo exigível a longo 
prazo, da redução do ativo realizável a longo prazo e da alienação de investimentos e direitos 
do ativo imobilizado. 
II _ as aplicações de recursos, agrupadas em: 
a) dividendos distribuídos; 
b) aquisição de direitos do ativo imobilizado; 
c) aumento do ativo realizável a longo prazo, dos investimentos e do ativo 
diferido; 
d) redução do passivo exigível a longo prazo. 
III _ o excesso ou insuficiência das origens de recursos em relação às aplicações, 
representando aumento ou redução do capital circulante líquido; 
IV _ os saldos, no início e no fim do exercício, do ativo e passivo circulantes, 
montante do capital circulante líquido e o seu aumento ou redução durante o exercício." 
A NBC-T-3.6 _ Da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos aborda 
alguns aspectos específicos desta peça contábil. O subitem 3.6.1 apresenta o conceito: 
"3.6.1.1 _ A demonstração das origens e aplicações de recursos é a demonstração 
contábil destinada a evidenciar, num determinado período, as modificações que originaram as 
variações no capital circulante líquido da Entidade." 
 
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA 
 
A Demonstração das Modificações da Posição Financeira, que no Brasil é denominada 
Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos - DOAR, vem sendo substituída pela 
Demonstração do Fluxo de Caixa em alguns países. 
A Demonstração do Fluxo de Caixa apresenta a modificação ocorrida no saldo de 
disponibilidades da empresa durante determinado período, através dos fluxos de recebimentos 
e pagamentos. 
A diferença fundamental entre as duas demonstrações é que enquanto a DOAR é 
elaborada com base no conceito de capital circulante líquido, dentro do regime de 
competência, apresentando, portanto, a disponibilidade de médio prazo, a Demonstração do 
Fluxo de Caixa baseia-se no conceito de disponibilidade imediata, dentro do regime de caixa 
(recebimentos/pagamentos) puro. 
O entendimento do fluxo financeiro da empresa, notadamente, para o usuário não 
familiarizado com a Contabilidade, fica muito mais fácil de ser entendido através da 
Demonstração do Fluxo de Caixa. Por esta razão, sugere-se a substituição da DOAR pela 
Demonstração do Fluxo de Caixa, como meio de aprimorar a comunicação Contabilidade _ 
Usuário. 
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Contabilidade para Executivos 
20 
 
BALANÇO SOCIAL 
 
O Balanço Social tem por objetivo demonstrar o resultado da interação da empresa 
com o ambiente em que está inserida. Possui quatro amplitudes: 
a) Balanço ambiental – demonstra os esforços da empresa em preservação do meio 
ambiente; 
b) Balanço de recursos humanos – evidencia tanto o perfil da força de trabalho da 
empresa quanto a contribuição da empresa com o desenvolvimento da comunidade que a 
cerca; 
c) Demonstração do valor adicionado – discrimina a riqueza gerada pela empresa e 
sua destinação; e 
d) Contribuições à sociedade. 
 
Um dos elementos mais importantes e diretamente responsável pela produção 
econômica nacional, é a empresa. As empresas compõem o sistema de produção da economia 
nacional, produzindo os bens e serviços que atendem às necessidades de consumo e de 
acumulação da sociedade. 
Na Ciência Econômica, o conceito de valor adicionado é obtido em função da 
Produção e é utilizado para mensurar as atividades econômicas de uma nação através de 
definição do seu Produto Nacional. Na Ciência Contábil, em geral, utiliza-se o conceito das 
Vendas para obter-se o valor adicionado (riqueza criada) da empresa. 
O valor adicionado de uma empresa representa o quanto de valor ela agrega aos 
insumos que adquire num determinado período. Pode-se definir valor adicionado como sendo 
a diferença entre o valor da produção e os consumos intermediários (compras a outras 
empresas) num determinado período, ou seja, a mesma definição utilizada pela economia. 
Este valor será, ainda, igual à soma de toda a remuneração dos esforços consumidos nas 
atividades da empresa. 
Estreitamente relacionada com o conceito de responsabilidade social, a Demonstração 
do Valor Adicionado surgiu para atender às necessidades de informações dos usuários sobre o 
valor da riqueza criada pela empresa e sua utilização. 
Trata-se de uma visão diferente em termos de demonstrações contábeis. Em geral, as 
tradicionais demonstrações contábeis estão preocupadas em evidenciar para os investidores 
qual o lucro da empresa e como ele foi calculado. A demonstração do resultado do exercício, 
por exemplo, está mais voltada para um determinado tipo de usuário: o proprietário da 
empresa que quer conhecer o valor do seu lucro final. A demonstração do resultado do 
exercício avalia a parte da riqueza criada pela empresa (o valor adicionado) que se destina ao 
proprietário; é o enfoque do proprietário. E, para ele, os salários, juros, impostos etc. são 
tratados como despesas, pois na realidade representam reduções de sua parte da riqueza 
criada, ou seja, do seu lucro. A demonstração do valor adicionado vem evidenciar, além do 
lucro dos investidores, a quem pertence o restante da riqueza criada pela empresa. 
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21 
Isto não significa dizer que a demonstração do resultado do exercício é incorreta. A 
demonstração do resultado do exercício atende adequadamente ao seu principal objetivo, que 
é o de evidenciar o resultado da empresa aos seus investidores. Entretanto, devido a algumas 
transformações socioeconômicas, surgiram diferentes tipos de usuários de informações 
econômicas-financeiras, com diferentes tipos de necessidades, também. A demonstração do 
valor adicionado surgiu para evidenciar o quanto de valor a empresa adiciona aos insumos 
que adquire, bem como sua distribuição aos elementos que contribuíram para essa edição, 
atendendo a esses diferentes tipos de usuários. 
METODOLOGIA2 
 
VA = Receitas brutas – Insumos adquiridos de terceiros – depreciação/ amortização ± 
transferências 
 
 
onde: VA = Valor adicionado 
 
Definições sobre o cálculo do valor adicionado: 
 
o Receitas brutas = inclui vendas de mercadorias, produtos e serviços, provisão 
para devedores duvidosos (reversão/constituição)e receitas não operacionais; 
o Insumos adquiridos de terceiros = matérias-primas consumidas + custo das 
mercadorias e serviços vendidos + materiais, energia, serviços de terceiros + 
perda/recuperação de valores ativos (essa parcela inclui os impostos ICMS e 
IPI); 
o Retenções = depreciação, amortização e exaustão contabilizadas no período. 
o Transferências = resultado da equivalência patrimonial + receitas financeiras. 
Inclui valores recebidos como dividendos relativos a investimentos avaliados 
ao custo. 
 
Distribuição do valor adicionado 
 
o Remuneração do trabalho = Salários e honorários (férias, 13o salário e 
adicionais), encargos sociais compulsórios, encargos sociais voluntários e 
outros encargos gerais com pessoal; 
o Remuneração do governo = Impostos, taxas e contribuições (ICMS, Imposto 
de Renda, IPI, COFINS, Contribuição Social, Contribuição ao INSS, PIS, 
CPMF, ISS, IPTU, etc.). No caso do ICMS e do IPI foi considerado o valor 
devido ou já recolhido aos cofres públicos, representando a diferença entre os 
 
2 ABIQUIM – Associação Brasileira da Indústria Química, Valor Adicionado Setor Químico Brasileiro 1998. São Paulo, 
22/10/99. 
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22 
impostos incidentes sobre as vendas e os valores considerados dentro do item 
insumos adquiridos de terceiros. 
o Juros e aluguéis = Despesas financeiras e de juros relativas a quaisquer tipos 
de empréstimos e financiamentos junto à instituições financeiras. 
o Juros sobre o capital próprio e dividendos = Valores pagos aos acionistas. 
o Lucros retidos / Prejuízo do exercício = Lucros/prejuízos destinados às 
reservas. 
 
RESUMO 
 
Em relação a 1998, a receita bruta do setor evoluiu 25,3% em 1999, enquanto o valor 
adicionado bruto evoluiu 39,1%. O valor adicionado a distribuir aumentou 40,9% conforme 
discriminado a seguir: 
 
 
 
Unid.: R$ 1.000 
SETOR SIDERÚRGICO 
DISCRIMINAÇÃO 
1999 1998 
Receita Bruta 14.118.381 11.272.124 
Insumos Adquiridos de Terceiros 7.545.837 6.545.652 
Valor Adicionado Bruto 6.572.544 4.726.472 
Retenções 1.082.880 842.006 
Valor Adicionado Líquido 5.489.664 3.884.466 
Transferências 1.133.797 814.883 
Valor Adicionado a Distribuir 6.623.461 4.699.349 
 
Em 1999, o valor adicionado da amostra do setor siderúrgico representou 46,9% da receita 
bruta, contra 41,7% em 1998. A distribuição desse percentual pelos diferentes subsetores foi a 
seguinte: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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23 
VALOR ADICIONADO COMO % DA RECEITA BRUTA 
 
 
1999 
 
1998 
 
Valor Adicionado 
 
% da Receita 
 
Valor Adicionado 
 
% da Receita 
 
 
Subsetores 
R$ mil Bruta R$ mil Bruta 
 
Subsetor Planos 3.037.602 54,2 2.645.216 52,6 
 
Subsetor Longos 1.912.679 47,6 1.359.737 47,6 
 
Subsetor Aços Especiais 729.052 34,1 70.011 4,1 
 
Produtores Semi-Acabados 944.128 39,9 624.385 37,6 
 
Setor Siderúrgico 
6.623.461 46,9 4.699.349 41,7 
 
As distribuições no setor siderúrgico das parcelas específicas, em 1999 e 1998, estão 
indicadas a seguir. 
 
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO COMO % DA RECEITA BRUTA – 1999 
 Unid.: % 
 
Subsetor 
 
Subsetor 
 
Subsetor 
 
Produtores 
 
Setor 
Discriminação 
Planos Longos Aços Especiais Semi-Acabados Siderúrgico 
 
Valor Adicionado 54,2 47,6 34,1 39,9 46,9 
 
 
Remuneração do Trabalho 10,7 10,9 13,2 9,6 10,9 
 
Remuneração do Governo 16,2 16,0 10,6 (3,6) 12,0 
 
Juros e Aluguéis 15,9 13,2 46,4 57,3 26,7 
 
Juros s/ Capital Próprio e 
Dividendos 
4,3 2,5 - - 2,4 
 
Lucros / Prejuízos Retidos 7,1 5,0 (36,1) (23,4) (5,1) 
 
 
 
 
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24 
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO COMO % DA RECEITA BRUTA – 1998 
 
 Unid.: % 
 
Subsetor 
 
Subsetor 
 
Subsetor 
 
Produtores 
 
Setor 
Discriminação 
Planos Longos Aços Especiais Semi-Acabados Siderúrgico 
 
Valor Adicionado 52,6 47,6 4,1 37,6 41,7 
 
 
Remuneração do Trabalho 12,9 13,4 17,9 14,7 14,1 
 
Remuneração do Governo 15,0 16,9 10,6 7,0 13,6 
 
Juros e Aluguéis 8,7 8,5 25,8 18,2 12,7 
 
Juros s/ Capital Próprio e 
Dividendos 
4,9 2,7 - 2,3 3,2 
 
Lucros / Prejuízos Retidos 11,1 6,1 (50,2) (4,6) (1,9) 
 
 
A parcela “juros e aluguéis” apresentou a maior evo lução, de R$1,434 bilhão para R$3,763 
bilhões (163%). A COFINS (81%) e o ICMS (34%) apresentaram as evoluções de maior 
impacto. 
 
 Unid.: R$ 1.000 
SETOR SIDERÚRGICO 
 
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 
1999 1998 
REMUNERAÇÃO DO TRABALHO (Pessoal e Encargos) 1.547.981 1.583.875 
REMUNERAÇÃO DO GOVERNO 
(Impostos, Taxas e Contribuições) 
1.692.497 1.533.650 
- ICMS 939.549 701.735 
- Imposto de Renda (130.307) 10.758 
- IPI 352.554 340.266 
- COFINS 302.531 166.834 
- Contribuição ao INSS 153.264 161.405 
- Contribuição Social (62.520) 43.745 
- PIS 68.555 55.221 
- CPMF 39.863 27.420 
- ISS 4.060 2.345 
- IPTU 18.388 19.085 
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25 
- Outros 6.560 4.836 
JUROS E ALUGUÉIS 3.763.954 1.433.674 
JUROS SEM CAPITAL PRÓPRIO E DIVIDENDOS 340.937 361.454 
LUCROS RETIDOS / PREJUÍZO DO EXERCÍCIO (721.908) (213.304) 
TOTAL 6.623.461 4.699.349 
 
DISTRIBUIÇÃO DA REMUNERAÇÃO AO GOVERNO, PELOS DIFERENTES TIPOS DE 
IMPOSTOS, COMO % DO VALOR ADICIONADO E DA RECEITA BRUTA – 1999 
Unid.: % 
 
 
DISCRIMINAÇÃO 
 
EM RELAÇÃO AO VALOR 
ADICIONADO 
 
EM RELAÇÃO À RECEITA BRUTA 
 
 
1998 
 
1999 
 
1998 
 
1999 
Remuneração do Governo 32,5 25,6 13,6 12,0 
ICMS 45,8 55,5 6,2 6,6 
IR 0,7 (7,7) 0,1 (0,9) 
IPI 22,2 20,8 3,0 2,5 
Cofins 10,9 17,9 1,5 2,1 
INSS 10,5 9,1 1,4 1,1 
Contribuição Social 2,9 (3,7) 0,4 (0,4) 
PIS 3,6 4,0 0,5 0,5 
CPMF 1,8 2,4 0,2 0,3 
ISS 0,1 0,2 - - 
IPTU 1,2 1,1 0,2 0,1 
Outros 0,3 0,4 0,1 0,1 
TOTAL 100,0 100,0 13,6 12,0 
Disq.42/catia32/18.09.2000/jcs/cmc 
 
 
 
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26 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
 
PATRIMÔNIO 
 
Patrimônio é o conjunto de BENS, DIREITOS e OBRIGAÇÕES de uma empresa. Os 
bens e direitos constituem o ATIVO e as obrigações perante terceiros compõem o PASSIVO 
EXIGÍVEL. 
A parcela de patrimônio que pertence aos proprietários, denominada PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO ou CAPITAL PRÓPRIO, aparece no PASSIVO por representar uma "obrigação" 
da empresa para com seus titulares. 
O valor do PATRIMÔNIO LÍQUIDO pode ser apurado pela seguinte equação: 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO = BENS + DIREITOS - OBRIGAÇÕES 
 
Esta equação pode ter como resultado três situações possíveis: 
 
 
BENS 
OBRIGA-
ÇÕES 
 
BENS 
 
OBRIGA- 
 BENS + 
DIREITOS 
 
OBRIGA- 
+ 
DIREITOS 
SITUAÇÃO 
LÍQUIDA 
 + 
DIREITOS 
ÇÕES SITUAÇÃO 
LÍQUIDA 
NEGATIVA 
ÇÕES 
 
(B+D)>Obrigações 
PL positivo 
 (B+D)=Obrigações 
PL nulo 
 (B+D)<Obrigações 
Passivo a decoberto 
 
Normalmente, a soma dos BENS e DIREITOS é maior que a das OBRIGAÇÕES para 
com terceiros, resultando situação de PATRIMÔNIO LÍQUIDO positivo. 
Quando a soma dos BENS e DIREITOS for igual às OBRIGAÇÕES para com 
terceiros, ocorrerá PATRIMÔNIO LÍQUIDO nulo ou inexistente. 
 Finalmente, se a soma dos BENS e DIREITOS for menor que a das 
OBRIGAÇÕES, diz-se que o PATRIMÔNIO LÍQUIDO é negativo, comumente denominado 
PASSIVO A DESCOBERTO. 
 
BALANÇO PATRIMONIAL (BP) 
 
O Balanço Patrimonial é um demonstrativo estático padronizado, que discrimina de 
forma sintética e ordenada os saldos de todos os valores integrantes do patrimônio de uma 
empresa em determinada data. De um lado, são relacionadas às contas que refletem 
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27 
APLICAÇÃO de recursos - bens e direitos (ATIVO) - e, de outro, as que representam as 
FONTES de recursos (PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO). 
Na estruturação do Balanço Patrimonial, as contas são classificadas por grupos, de 
acordo com sua natureza. Por exemplo: os bens e direitos de curto prazo são representados 
pelo "Ativo Circulante" e as máquinas, móveis e imóveis são agrupados no "Ativo 
Permanente - Imobilizado". 
Os grupos de contas, por sua vez, são escalonados em ordem decrescente de liquidez, 
no ATIVO e de exigibilidade, no PASSIVO. 
Por isso, o Ativo inicia relacionando as disponibilidades (caixa e saldos bancários); 
depois seguem-se: direitos de curto prazo (clientes, duplicatas a receber), estoques e outros 
valores de curto prazo a receber, direitos realizáveis a longo prazo e bens permanentes. 
Resumindo, os bens que são mais líquidos (passíveis de se transformarem em dinheiro mais 
rapidamente) aparecem em primeiro lugar. 
No Passivo aparecem primeiro as contas de fornecedores e empréstimos bancários; a 
seguir: outras obrigações de curto prazo, obrigações de Longo Prazo e finalmente o 
Patrimônio Líquido. Assim, as obrigações com vencimentos mais próximos da data do 
Balanço aparecem em primeiro lugar. Os recursos dos sócios (PL), por não serem exigíveis, 
aparecem ao final do Passivo. 
 
 
ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO PASSIVO 
Circulante Circulante 
 
Realizável a Longo Prazo Exigível a Longo Prazo 
 
Permanente Resultado de Exercício Futuros 
- Investimentos 
- Imobilizado Patrimônio Líquido 
- Diferido 
 
ATIVO 
CIRCULANTE - disponibilidades, bens e direitos realizáveis no decorrer do 
exercício seguinte ao do balanço sob análise (até 360 dias). 
Exemplos: Disponibilidades, Duplicatas a Receber, Estoques, Despesas Antecipadas 
etc. 
 
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO - bens e direitos realizáveis após o 
encerramento do exercício seguinte (mais de 360 dias). Exemplos: Duplicatas a Receber, 
Empréstimos a Diretores, Empréstimos a Interligadas etc. 
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28 
 
PERMANENTE - valores aplicados com a intenção de permanência, subdividindo-se 
em: 
 
Investimentos : participações de natureza permanente em outras empresas e outros 
bens e direitos não destinados à manutenção da atividade da empresa. Exemplos: Ações e 
Participações, Imóveis para Aluguel etc. 
Imobilizado: bens e direitos necessários à manutenção das atividades da empresa. 
Exemplos: Imóveis de Uso, Máquinas e Equipamentos, Veículos, Marcas e Patentes etc. 
Diferido : gastos que beneficiarão vários exercícios futuros. Exemplos: Despesas de 
Reorganização, Despesas pré-operacionais etc. 
 
PASSIVO 
CIRCULANTE- dívidas vencíveis no decorrer do exercício seguinte (até 360 dias). 
Exemplos: Fornecedores, Salários e Encargos a Pagar, Impostos a Pagar, Empréstimos 
Bancários, Provisão para Imposto de Renda. 
 
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO - dívidas vencíveis após o encerramento do 
exercício seguinte (mais de 360 dias). Exemplos: Financiamentos, Empréstimos de Diretores, 
Empréstimos de Interligadas etc. 
 
RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS - receitas de competência de 
exercícios futuros, subtraídos os custos e despesas respectivas. Exemplos: Aluguel Recebido 
Antecipadamente etc. 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO - recursos pertencentes aos proprietários e que formam o 
capital próprio da empresa e que, portanto, não são exigíveis. Subdividem-se em: 
Capital Social (Capital Subscrito - Capital a Integralizar); 
Reservas de Capital ( Resultado de Correção Monetária, Doações recebidas); 
Reservas de Reavaliação (Contrapartida da Reavaliação de Imobilizados); 
Reservas de Lucros (Reserva Legal, Reservas Estatutárias, Reserva para 
Contingências); 
Lucros / Prejuízos Acumulados. 
 
Observação: 
No Balanço Patrimonial (BP) aparecem contas retificadoras, entre parênteses ou 
com sinal negativo, que diminuem o saldo da conta retificada. As principais são: 
 
No Ativo Circulante: Duplicatas Descontadas e Provisão para Devedores Duvidosos. 
No Ativo Permanente : Depreciação, Amortização e Exaustão Acumuladas. 
No Patrimônio Líquido : Capital a Realizar e Ações em Tesouraria. 
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29 
 
 
BALANÇO PATRIMONIAL DA SEARA 
 
 
ATIVO SEARA 
 
(Reais Mil) 
Código da Conta Descrição da Conta 31/12/02 
1 Ativo Total 1.539.951 
1.01 Ativo Circulante 630.350 
1.01.01 Disponibilidades 19.715 
1.01.01.01 Caixa E Bancos 16.469 
1.01.01.02 Aplicações Financeiras 3.246 
1.01.02 Créditos 365.860 
1.01.02.01 Clientes 326.162 
1.01.02.02 Impostos A Recuperar 29.573 
1.01.02.03 Outros Créditos A Receber 10.125 
1.01.03 Estoques 241.095 
1.01.03.01 Produtos Acabados 41.443 
1.01.03.02 Produtos Em Processo 650 
1.01.03.03 Animais Para Abate 137.816 
1.01.03.04 Matérias-primas 45.268 
1.01.03.05 
Materiais De Manutenção E 
Auxiliares 14.848 
1.01.03.06 Importação Em Andamento 1.070 
1.01.04 Outros 3.680 
1.01.04.01 Despesas Do Exercício Seguinte 3.680 
1.02 Ativo Realizável A Longo Prazo 502.802 
1.02.01 Créditos Diversos 0 
1.02.02 Créditos Com Pessoas Ligadas 454.231 
1.02.02.01 Com Coligadas 0 
1.02.02.02 Com Controladas 454.231 
Código da Conta Descrição da Conta 31/12/02 
 
1.02.02.03 Com Outras Pessoas Ligadas 0 
1.02.03 Outros 48.571 
1.02.03.01 
Bens Destinados A Venda, 
Líquidos 12.388 
1.02.03.02 Impostos A Recuperar 3.425 
 
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30 
1.02.03.03 Tributos Diferidos 17.316 
1.02.03.04 Depósitos Judiciais 12.405 
1.02.03.05 Outras Contas A Receber 3.037 
1.03 Ativo Permanente 406.799 
1.03.01 Investimentos 61.035 
1.03.01.01 Participações Em Coligadas 0 
1.03.01.02 Participações Em Controladas 60.829 
1.03.01.03 Outros Investimentos 206 
1.03.02 Imobilizado 345.721 
1.03.03 Diferido 43 
 
PASSIVO SEARA 
 
(Reais Mil) 
Código da Conta Descrição da Conta 31/12/02 
2 Passivo Total 1.539.951 
2.01 Passivo Circulante 594.634 
2.01.01 Empréstimos E Financiamentos 421.888 
2.01.02 Debêntures 0 
2.01.03 Fornecedores 72.021 
2.01.04 Impostos, Taxas E Contribuições 12.321 
2.01.05 Dividendos A Pagar 11.622 
2.01.06 Provisões 0 
2.01.07 Dívidas Com Pessoas Ligadas 34.712 
2.01.08 Outros 42.070 
2.01.08.01 Adiantamento Sobre Contrato De Câmbio 0 
2.01.08.02 Salários E Encargos Sociais 26.081 
2.01.08.03 Contas A Pagar Com Partes Relacionadas 0 
2.01.08.04 Outras Contas A Pagar 15.989 
2.02 Passivo Exigível A Longo Prazo 597.517 
2.02.01 Empréstimos E Financiamentos 92.336 
2.02.02 Debêntures 0 
2.02.03 Provisões 28.150 
2.02.03.01 Prov.contingências Fiscais e Trabalhista 28.150 
2.02.04 Dívidas Com Pessoas Ligadas 477.031 
2.02.05 Outros 0 
2.02.05.01 Tributos Diferidos 0 
2.03 Resultados De Exercícios Futuros 0 
2.05 Patrimônio Líquido 347.800 
2.05.01 Capital Social Realizado 202.658 
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31 
2.05.02 Reservas De Capital 33.933 
2.05.03 Reservas De Reavaliação 0 
2.05.03.01 Ativos Próprios 0 
Código da Conta Descrição da Conta 31/12/02 
 
2.05.03.02 Controladas/coligadas 0 
2.05.04 Reservas De Lucro 111.209 
2.05.04.01 Legal 8.207 
2.05.04.02 Estatutária 16.414 
2.05.04.03 Para Contingências 0 
2.05.04.04 De Lucros A Realizar 0 
2.05.04.05 Retenção De Lucros 86.588 
2.05.04.06 Especial P/ Dividendos Não Distribuídos 0 
2.05.04.07 Outras Reservas De Lucro 0 
2.05.05 Lucros/prejuízos Acumulados 0 
 
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Contabilidade para Executivos 
32 
 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
 
CONCEITO DE RECEITAS 
O IBRACON, no pronunciamento VII - Receitas e Despesas - Resultados, nos itens 5 
e 6, conceitua os desdobramentos do conceito de receita:“5. Receita Operacional - Corresponde ao evento econômico relacionado com a 
atividade ou atividades principais da empresa, independentemente de sua freqüência neste 
contexto, consequentemente. O conceito de receita é de elemento “bruto”, e não “líquido”, 
correspondendo, em última análise, ao valor pelo qual a empresa procura se ressarcir dos seus 
custos e despesas e auferir o crédito. 
6. Receita Não-Operacional - Corresponde aos eventos econômicos aditivos ao 
patrimônio líquido, não associados com a atividade ou atividades principais da empresa, 
independentemente, da sua freqüência. 
O conceito de receita não-operacional é de elemento líquido, ou seja, ela é considerada 
pelo líquido dos correspondentes custos. Como casos comuns desse tipo de receita temos os 
ganhos de capital, correspondentes a transações com imobilizados ou com investimentos de 
natureza permanente, desde que não relacionados com a atividade principal da empresa.”3 
 
CONCEITO DE GANHOS 
Para ganhos, Iudícibus 4 apresenta um outro conceito, segundo ele: “ganho representa 
um resultado líquido favorável, resultante de transações ou eventos não relacionados às 
operações normais do empreendimento.” 
 
CONCEITO DE DESPESAS 
Podemos entender por despesa todas as saídas de recursos da entidade que foram 
totalmente absorvidas no processo de gerar receitas. 
 
CONCEITO DE PERDA 
As perdas correspondem aos eventos diminutivos ao patrimônio líquido, não 
associados com atividades relacionadas ao objetivo principal da entidade. 
A maneira prática de diferenciar despesa de perda consiste em identificar a operação, 
se tratar-se de transação normal da empresa, objetivo de sua atividade, fica caracterizada a 
ocorrência de despesa. No entanto, se o evento possuir a característica extraordinária, ou seja, 
não se inclui nas atividades centrais da entidade, tem-se uma perda. 
 
3 FIPECAFI & ANDERSEN, Arthur. Normas e práticas no Brasil. Ed. Atlas: São Paulo, 1991. p. 413. 
4IUDÍCIBUS, Sergio de. Op. Citada. p. 126. 
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Contabilidade para Executivos 
33 
DEMONSTRAÇÃQO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
 
A Demonstração do Resultado do Exercício é a apresentação, em forma resumida, 
das operações realizadas pela empresa, durante o exercício social, demonstradas de forma 
a destacar o resultado líquido do período. 
O artigo 187 da Lei das S.A estabelece a ordem de apresentação das receitas, 
despesas e custos, nessa demonstração, para fins de publicação. 
Antes de abordar aspectos mais detalhados dos seus componentes, cabe destacar os 
princípios contábeis que devem nortear a contabilidade das empresas no reconhecimento 
contábil das receitas, custos e despesas, princípios esses expressos no parágrafo 1º do artigo 
187 da referida Lei: 
 
“§ 1º - Na determinação do resultado do exercício serão computados: 
as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente de sua realização 
em moeda; e 
os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas 
receitas e rendimentos.” 
 
OS GRUPOS DE CONTAS DA DRE 
 
RECEITAS DE VENDAS 
 
A Lei nº6404/76 estabelece que as empresas devem discriminar “a receita bruta das 
vendas e serviços, as deduções das vendas, dos abatimentos e dos impostos” e “a receita 
liquida das vendas e serviços”. 
Dessa forma, a contabilização das vendas deverá ser efetuada pelo seu valor bruto, 
sendo que o valor dos impostos, das devoluções e dos abatimentos deverão ser registradas em 
contas de natureza devedora específica, as quais serão classificadas como contas redutoras das 
vendas. 
A Instrução Normativa do SRF nº051, de 03/11/78, acrescentou que “na receita bruta 
não se incluem impostos não cumulativos, cobrados do comprados ou contratante (IPI) e do 
qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviços seja mero depositário”. 
Assim o ICMS faz parte das Receitas Brutas e o IPI não, para fins de cálculo do 
Imposto de Renda. Par atendimento a legislação societária, ambos fazem. A maneira de se 
conciliar o problema é utilizar a designação Faturamento Bruto para o somatório total e sem o 
IPI de Receita Bruta. 
 
1.1. DEDUÇÕES DAS VENDAS 
 
1.1.1. VENDAS CANCELADAS 
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Contabilidade para Executivos 
34 
As vendas canceladas devem ser lançadas em conta específica de devoluções e não 
deve ser deduzida diretamente das vendas. Este procedimento é útil para acompanhamento 
interno da administração, para verificar o volume de vendas posteriormente devolvidas. 
 
1.1.2. ABATIMENTOS 
A conta Abatimentos deve abrigar os descontos concedidos a clientes, posterior à 
entrega do produto, por defeito de qualidade apresentado ou por defeitos oriundos do 
transporte. Assim os abatimentos não referem-se a descontos financeiros por pagamentos 
antecipados ou descontos concedidos no momento da venda. 
 
1.1.3. IMPOSTOS INCIDENTES SOBRE VENDAS 
Os impostos incidentes sobre vendas devem ser deduzidos da receita bruta de vendas, 
que de ser registrada pelos valores totais incluindo os impostos sobre ela incidentes, os quais 
devem ser registrados em contas devedoras, apresentados como redução das vendas brutas. 
ISS (Imposto sobre Serviços) 
ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias) 
IVVC (Imposto sobre Venda a Varejo de Combustíveis Líquidos ou Gasosos) 
 
CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS OU DOS SERVIÇOS PRESTADOS 
O custo dos produtos vendidos ou dos serviços prestados devem corresponder ás 
receitas de vendas dos produtos e serviços reconhecidos no mesmo período. 
A apuração dos custos dos produtos vendidos está diretamente relacionada aos 
estoques da empresa, pois representa a baixa efetuada nas contas dos estoques por vendas 
realizadas no período. Ou seja: 
CPV = EI + C – EF 
onde: 
CPV -> Custo dos Produtos Vendidos 
EI -> Estoque Inicial 
EF -> Estoque Final 
C -> Compras 
No caso de empresas comerciais a equação é aplicada com simplicidade, pois as 
entradas são representadas apenas pelas compras de mercadorias destinadas à venda. No caso 
de empresas industriais, as entradas representam toda a produção completada no período. 
 
DESPESAS OPERACIONAIS 
As despesas operacionais constituem-se das despesas incorridas para vender produtos 
e administrar a empresa, sendo que , dentro do conceito da Lei nº6404/76, abrange também as 
despesas líquidas para financiar suas operações e o resultado liquido de atividades acessórias 
da empresa. 
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Contabilidade para Executivos 
35 
O artigo 187 da Lei das S/A estabelece, para chegarmos ao lucro operacional, a 
dedução das “despesas com vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as 
despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais”. São elas: 
o DE VENDAS 
o ADMINISTRATIVAS 
o ENCARGOS FINANCEIROS LÍQUIDOS 
o OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACCIONAIS 
o DESPESAS DE VENDAS E ADMINISTRATIVAS 
 
DESPESAS DE VENDAS 
As despesa de vendas representam gastos de promoção, colocação e distribuição dos 
produtos da empresas, bem como os riscos assumidos pela venda, constando dessa categoria 
despesas como: com o pessoal da área de vendas, marketing, distribuição, pessoal 
administrativo interno de vendas, comissões sobre vendas, propaganda e publicidade, gastos 
estimados com garantia de produtos vendidos, perdas estimadas dos valores a receber, 
provisão para devedores duvidosos etc. 
 
DESPESAS ADMINISTRATIVAS 
As despesas administrativas representam os gastos incorridos, para a direção ou gestão 
da empresa, se constituindo de várias atividades gerais que beneficiam todas as fases do 
negócio ou objeto social. Constam dessa categoria itens como honorários da administração, 
salários e encargos do pessoal administrativo, despesas legais e judiciais, material de 
escritório etc. 
 
EXEMPLO DE DESPESASDE VENDAS E ADMINISTRATIVAS 
 
DE VENDAS ADMINISTRATIVAS 
a)Despesa com o Pessoal a)Despesa com o Pessoal 
b)Comissão de Vendas b)Ocupação 
c)Ocupação c)Utilidades e Serviços 
d)Utilidades e Serviços d)Honorários 
e)Propaganda e Publicidade e)Despesas Gerais 
f)Despesas Gerais f)Impostos e Taxas 
g)Impostos e Taxas 
i)Provisão para Devedores 
Duvidosos 
 
 
DESPESAS COM PESSOAL 
No caso de despesa com o pessoal deve ser dividida por setor de atuação, incluído 
nesta conta todos os encargos trabalhistas do empregado (ordenados, gratificações, 
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Contabilidade para Executivos 
36 
indenizações, férias, 13º salário, IAPAS, FGTS, assistência médico-social, seguros, etc.), 
segregado em subcontas distintas. 
 
COMISSÕES DE VENDAS 
Aplica-se, logicamente, apenas as despesas de vendas e engloba todas as despesas com 
comissões devida sobre vendas incluindo os encargos sociais decorrentes destas. 
 
OCUPAÇÃO 
No subgrupo ocupação estarão registradas as despesas com a ocupação física dos 
imóveis e as instalações representadas por aluguéis e despesas de condomínio, quando o 
imóvel e os bens forem de terceiros. A apropriação destas despesas enter a produção, a 
administração e a venda depende da utilização de cada setor. No caso de bens próprios a conta 
utilizada seria a de “Depreciação e Amortização”. 
 
UTILIDADES E SERVIÇOS 
O subgrupo utilidades e serviços também deve ser rateada de acordo com a utilização 
de cada setor e compreende os gastos com: 
Energia Elétrica 
Água 
Telefone, Fax, Telex, Telegrama etc. 
Correio e Malotes 
Reprodução e impressão 
Seguros 
Transporte de Pessoal 
Outras 
 
PROPAGANDA E PUBLICIDADE 
È um subgrupo das despesas de vendas que em certas circunstâncias poderá fazer parte 
do grupo de despesas administrativas, como no caso de propagandas para melhoria da 
imagem da empresa, não vinculada a venda do produto. 
 
HONORÁRIOS 
As contas de honorários foram previstas somente no grupo de despesas administrativas 
e segregadas em: 
Diretoria 
Conselho Administrativo 
Conselho Fiscal 
 
DESPESAS GERAIS 
É outro subgrupo comum às despesas administrativas e de vendas, tendo o seguinte rol 
de contas classificáveis: 
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Viagens e Representações 
Material de Escritório 
Materiais Auxiliares e de Consumo 
Copa, Cozinha e Refeitório 
Conduções e Lanches 
Revistas e Publicações 
Donativos e Contribuições 
Legais e Judiciais 
Serviços Profissionais e Contratados 
Auditoria 
Consultoria 
Recrutamento e Seleção 
Segurança e Vigilância 
Treinamento de Pessoal 
 
IMPOSTOS E TAXAS 
São registrados impostos como IPTU, IPVA, a contribuição sindical, a contribuição 
para o PIS, a contribuição para o PASEP, etc. 
A Receita federal determinou que o PIS e o PASEP calculado sobre a receita bruta de 
vendas poderá ser considerada como redutora desta, na determinação de receita líquida, e a 
parcela calculada sobre as demais receitas poderá ser considerada como despesa operacional. 
 
PROVISÃO PARA DEVEDORES DUVIDOSOS 
O valor a ser contabilização em provisão para devedores duvidosos nas despesa de 
vendas é somente a diferença entre o saldo anterior da provisão, já deduzido as baixas de 
contas incobráveis, e o novo saldo. Para evitar dúvidas a conta é subdividida em duas 
outras: 
Constituição de Novo Saldo (conta devedora) 
Reversão do Saldo Anterior (conta credora) 
 
ENCARGOS FINANCEIROS LÍQUIDOS 
A Lei das S.A., no seu artigo 187, define a apresentação como despesas operacionais 
“as despesas financeiras deduzidas das receitas financeiras”. 
A Lei das S.A. não distingue as despesas financeiras das variações monetárias, como 
ocorre na legislação do Imposto de Renda, apesar disto procuramos harmonizar ambos os 
textos legais. 
 
RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS 
São incluídos aí os juros, o desconto e a atualização monetária prefixada, além de 
outros tipos de receitas ou despesas, como as oriundas de aplicações temporárias em títulos. 
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Como se verifica, nas despesas ou receitas financeiras, só se incluem os juros, mas não 
as atualizações monetárias ou variações cambiais de empréstimos as quais são registradas 
separadamente nas Variações Monetárias. 
Todavia quando se tratar de atualização prefixada, será considerada como despesa(ou 
receita) financeira e não como variação monetária. 
 
VARIAÇÕES MONETÁRIAS 
A Lei do Imposto de Renda, no artigo 253 e 254 do RIR, considera como “variações 
monetárias” as variações cambiais e as correções monetárias (exceto as prefixadas). 
A contabilização em contas segregadas das demais despesas ou receitas financeiras era 
necessária para fins fiscais para apurar o lucro inflacionário e conseqüente tributação do saldo 
credor da Correção Monetária do Balanço. 
Atualmente não é mais exigida esta segregação, mas nada impede a contabilidade de 
manter seus registros separadamente , o que facilita na divulgação clara das informações. 
 
OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS 
O conceito de lucro operacional é que engloba os resultados das atividades principais e 
acessórias, sendo que essas outras receitas e despesas operacionais são atividades acessórias 
do objeto da empresa. 
 
LUCRO E PREJUÍZO DE PARTICIPAÇÕES EM OUTRAS SOCIEDADES 
Serão registrados como operacionais os lucros ou prejuízos oriundos dos 
investimentos em outras empresas, normalmente de caráter permanente. 
A contabilização desta participação prevê as seguintes contas: 
Participação nos Resultados de Coligadas e Controladas pelo Método de Equivalência 
Patrimonial 
Os acréscimos (ou diminuições) na conta dos Investimentos avaliados pelo método da 
equivalência patrimonial, oriundos de lucros e prejuízos nas coligadas e controladas, são 
registrados nessa conta. Par fins de publicação, essa conta deverá sempre aparecer destacada 
na Demonstração do Resultado do Exercício 
Dividendos e Rendimentos de Outros Investimentos 
As receitas oriundas de outros investimentos, não avaliados pelo método da 
equivalência patrimonial, são aqui registradas. Originam-se dos dividendos recebidos. Essa 
receita de dividendos também poderá ser registrada na data do balanço, quando a investida 
contabilizar uma Provisão para Dividendos, sendo que a investidora registraria a parte 
correspondente à sua participação, debitando uma conta de realizável, Dividendos Propostos a 
Receber 
Amortização de Ágio ou Deságio de Investimentos 
Refere-se à parcela periodicamente registrada para amortização da conta de 
Ágio/Deságio de Investimentos 
 
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VENDAS DIVERSAS 
Outro tipo de resultado operacional poderia ser o oriundo de vendas esporádica de 
sucatas ou sobras de estoques, nesse caso, líquido do ICMS correspondente. Se todavia, as 
vendas forem de sucatas normais e inerentes ao processo produtivo, essa receita deve ser 
registrada como redução do custo de produção. 
 
RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS 
O grupo de contas do resultado não operacional limita-se a um pequeno número de 
operações. A Lei das S.A., na verdade não fornece detalhes do seu conteúdo, somente 
mencionando, no seu artigo 187, que após o resultado operacional devem aparecer “as receitas 
e despesas não operacionais”. 
Todavia, em face do conteúdo dos resultados operacionais, e considerando os 
conceitos complementares contidos na legislação do Imposto de Renda, somente farão parte 
dos resultados não operacionais os lucros ou prejuízos na venda ou baixa do Ativo 
Permanente. 
Portanto, farão parte dos resultados não operacionais o resultado das baixas ou 
alienações de Investimentos, de Ativo Imobilizado ou Ativo Diferido. A tais resultados a 
legislação fiscal da o nome de “Ganhos e Perdas de Capital”. 
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