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Claretiano - Centro Universitário EXPERIMENTO PARA OBSERVAÇÃO DA AÇÃO DO ETILENO SOBRE O AMADURECIMENTO DE FRUTOS CLIMATÉRICOS Disciplina: Fisiologia Animal e Vegetal Curso: Licenciatura em Ciências Biológicas Tutor: Solange Aparecida Bispo Dos Santos Aluno(a): Fernanda Baratieri Mota Röder RA: 8109929 Claretiano - Centro Universitário INTRODUÇÃO Os fitormônios são substâncias produzidas internamente nos vegetais que regulam seu crescimento e seu desenvolvimento. Existem cinco classes de hormônios que atuam no desenvolvimento vegetal: auxinas, citocininas, giberelinas, ácido abscísico e etileno. O etileno é um gás com uma estrutura química simples (C2H4). Ele foi primeiro identificado como um regulador de crescimento vegetal em 1901 por Dimitry Neljubov, quando demonstrou a capacidade de alterar o crescimento de plântulas de ervilha estioladas no laboratório. Subsequentemente, o etileno foi identificado como um produto natural sintetizado por tecidos vegetais. O etileno regula uma ampla gama de respostas em plantas, incluindo a germinação da semente e o crescimento da plântula, a expansão e a diferenciação celular, a senescência e a abscisão foliar e floral. O etileno pode ser produzido por quase todas as partes de plantas superiores, embora a taxa de produção dependa do tipo de tecido, do estágio de desenvolvimento e dos aportes ambientais. Por exemplo, certos frutos maduros passam por uma queima respiratória em resposta ao etileno, e os níveis desse hormônio aumentam nesses frutos no período do amadurecimento. O etileno é derivado do aminoácido metionina e do intermediário S- adenosilmetionina, que é gerado no ciclo de Yang. A primeira etapa envolvida na biossíntese, e geralmente limitante da taxa, é a conversão de S-adeno-silmetionina em ácido 1- aminociclopropano-1-carboxílico (ACC) pela enzima ACC-sintase. A seguir, o ACC é convertido em etileno pelas enzimas denominadas ACC-oxidases. Como o etileno é um hormônio gasoso, não há evidências de seu catabolismo em plantas, e ele se difunde rapidamente para fora dos tecidos vegetais quando a biossíntese é farmacologicamente interrompida. Tradicionalmente, os frutos carnosos têm sido colocados em dois grupos, definidos pela presença ou ausência de um aumento respiratório característico, denominado climatérico, no início do amadurecimento. Os frutos climatéricos mostram esse aumento respiratório e também um crescimento vertiginoso da produção de etileno imediatamente antes da elevação respiratória ou coincidente com ela. Maçã, banana, abacate e tomate são exemplos de frutos climatéricos. Frutos como os cítricos e a uva, ao contrário, não exibem essas mudanças grandes na respiração e na produção de etileno, sendo chamados de frutos não climatéricos. Claretiano - Centro Universitário Em plantas com frutos climatéricos, operam dois sistemas de produção de etileno, dependendo do estágio de desenvolvimento: • No Sistema 1, que atua no fruto climatérico imaturo, o etileno inibe sua própria biossíntese por retroalimentação negativa. • No Sistema 2, que ocorre no fruto climatérico maduro e em pétalas senescentes de algumas espécies, o etileno estimula sua própria biossíntese – ou seja, ele é autocatalítico. A alça de retroalimentação positiva para a biossíntese de etileno no Sistema 2 garante que o fruto inteiro amadureça de modo uniforme uma vez começado o amadurecimento. Objetivo O Objetivo deste experimento foi demonstrar que o etileno está relacionado com o amadurecimento dos frutos climatéricos. Os frutos climatéricos são os colhidos verdes, que amadurecem após a colheita, já os frutos não-climatéricos são aqueles que se colhidos verdes não amadurecem, pois depois da colheita sofrem apenas mudanças degradantes. Como exemplos de frutos climatéricos, podemos citar: tomate, caqui, pêssego, manga, melão, abacate, banana e maçã. Já em relação aos frutos não-climatéricos teríamos como exemplos: cereja, abacaxi, morango, uva, melancia e laranja. Metodologia A metodologia utilizada foi testar em ambiente natural, frutos climatéricos verdes (bananas) e frutos não climatéricos (laranjas) com maçãs maduras (fonte de produção do etileno). Na primeira etapa foram separadas e deixadas em temperatura ambiente três bananas e três laranjas. Na segunda etapa foram acondicionadas em embalagens plásticas, três bananas e uma maçã e três laranjas e uma maçã em embalagem plástica. Na terceira etapa foram adicionados a embalagens de papel três bananas e uma maçã; e três laranjas e uma maçã, respectivamente. As embalagens foram vedadas e mantidas em temperatura ambiente. Observou-se os resultados após quatro dias (anexo 1). Claretiano - Centro Universitário Resultados Observou-se que as bananas que foram colocadas em temperatura ambiente amadureceram mais rápido em relação as que foram colocadas na geladeira, devido a influência da temperatura no amadurecimento dos frutos climatéricos. A maçã madura libera grandes quantidades de etileno (fitormônio que estimula o amadurecimento da banana). Nas embalagens de papel esse fitormônio, que é gasoso, será disperso mais facilmente para a atmosfera o que não ocorrerá nas embalagens plásticas. Conclusão As bananas com as maçãs deixadas em temperatura ambiente em sacos plásticos amadurecerão mais rápido em relação ao controle e as colocadas em embalagens de papel. Em relação às laranjas o amadurecimento não deverá ter grandes variações, já que se trata de um fruto não-climatérico, portanto, não sofrerá o efeito do etileno liberado pela maçã. Claretiano - Centro Universitário ANEXOS Anexo 1. Embalagem de Papel na Geladeira Embalagem de Plástico na Geladeira Embalagem de Papel em temperatura ambiente Embalagem de plástico em temperatura ambiente Claretiano - Centro Universitário REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGUILA, Juan Saavedra del et al. Efeito de diferentes temperaturas de aplicação ou não de etileno exógeno sobre a qualidade da manga 'Tommy Atkins'. Rev. Bras. Frutic., Jaboticabal, v. 33, n. spe1, p. 298-305, Oct. 2011. LAROTONDA, Fábio Donato Soares et al . Study of banana (Musa aaa Cavendish cv Nanica) trigger ripening for small scale process. Braz. arch. biol. technol., Curitiba , v. 51, n. 5, p. 1033-1047, Oct. 2008 . TAIZ, Lincoln; ZEIGER, Eduardo; MØLLER, Ian Max; MURPHY, Angus. Fisiologia e Desenvolvimento Vegetal. 6 ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2017. .
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