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Diabetes Melito (DM) consiste em uma doença crônica, que promove dano microvascular (retinopatia, nefropatia e neuropatia),diminuindo a qualidade de vida, levando a maiores riscos para desenvolvimento de complicações macro vasculares, como cardiopatia isquêmica, doença cerebrovascular e doença vascular periférica. Insulina: produzida pelas células beta das ilhotas de Langherans (60 a 80%) – hipoglicemiante Glucagon: produzido pelas células alfa (15 a 20%) – hiperglicemiante Somatostatina: Produzida pelas células ômega (5 a 10%) – inibe a liberação de insulina e outros hormônios contrarreguladores. Os sintomas clássicos da DM sao: poliúria, polidpsia e perda de peso. Para o diagnóstico de DM é utilizado o teste de glicemia, quando não há marcadores biológicos específicos disponíveis., ou é realizado o teste de hemoglobina glicada. DescriçaoDescriçao Classificação Tipo 1:também conhecida como Diabetes Insulinodependente é resultado da destruição autoimune das células beta (β) pancreática, caracterizada pela deficiência na produção da Insulina. Tipo 2: também conhecida como a Diabetes não insulinodependente, é resultado do uso ineficiente de insulina pelo organismo (resistência à ação da insulina). Está associada com a obesidade e com o sedentarismo. Gestacional: é resultado do aumento glicêmico causado pela ação placentária. As células beta (β) do pâncreas não conseguem produzir uma quantidade de insulina suficiente para cumprir a demanda de glicose. Retinopatia - irreversível, podendo levar à cegueira Nefropatia - pode gerar insuficiência renal e até levar o paciente a óbito; Neuropatia - com relação ao sistema nervoso periférico, há alterações na sensibilidade sensitivo-motoras distais (perde sensibilidade tátil, de temperatura e etc, mas é mais sensível à dor). Vasculopatia - problema especialmente na vasculopatia periférica, com a mobilização de lipídeos para circulação que pode causar tromboses na microcirculação e isquemia. Cetoacidose diabética - ausência de insulina → glicose não entra na célula → fígado começa a usar ácido graxo como fonte de energia → produz corpos cetônicos → no sangue vão virar ácidos → queda do pH e acidose; Complicações Insulina Lispro ( ACAO ULTRA RAPIDA): Início de ação 5-15 min / Pico de ação em 30-60 min / Duração de ação 4-6h / Quando administrar? imediatamente antes ou depois das refeições - Reversão emergencial de estado hiperglicêmico Regular ( ACAO RAPIDA): Início de ação 30-60 min / Pico de ação em 2-3h / Duração de ação 6-10h / Estrutura mais próxima da insulina humana / Quando administrar? 30 min antes das refeições - Reversão emergencial de estado hiperglicêmico. Nph ou lenta ( ACAO INTERMEDIARIA): Início de ação 2-4h / Pico de ação em 4-8h / Duração de ação 12-16h Quando administrar? 1-2x ao dia, antes das principais refeições / Contraindicação Situações emergenciais Ultralenta ( AÇAO PROLONGADA): Início de ação 2-4h / Não tem pico de ação, e sim atuação por platô / Duração de ação 20-24h. Insulina Glargina : Análoga a humana com duração prolongada de ação, quando comparada com a insulina humana nph, proporciona uma liberação de insulina constante e isenta de picos. Insulina Detemir: Ao ser injetado liga-se a albumina, prolongando sua duração. Seu uso esta associado a menor variabilidade de ação e menor aumento de peso quando comparado a nph. Insulina Degludeca: Insulina de uso diario com duraçao superior a 42h. Adm subcutanea 1x ao dia. Menos risco de hipoglicemia durante a noite. O tratamento para diabetes deve sempre passar pelo tratamento não farmacológico, com adequação da dieta, exercícios e hábitos de vida. No entanto, pode ser necessário o uso de fármacos. No caso da Diabetes tipo II, o tratamento é feito com hipoglicemiantes (e não diretamente com insulina, como DMI), e a principal droga usada é a metformina. Sulfaniluréias Aceto-hexamida, clorpropamida,tolazamida e tolbutamida, gliburida (glibenclamida), glipizida e glimeperida. Mecanismo de Ação: estimulam a liberação de insulina pelas células beta do pâncreas. As sulfoniluréias ligam-se a um receptor de sulfoniluréia de alta afinidade, que está associado a um canal de potássio sensível ao ATP retificador interno da célula beta. A ligação de uma sulfoniluréia inibe o efluxo de íons potássio através do canal, com consequente despolarização, que abre um canal de cálcio regulado por voltagem, resultando no influxo de cálcio e liberação de insulina pré-formada. São utilizadas em pacientes diabéticos que ainda possuem massa de células beta funcionantes. Contra indicação: pacientes com DM1, obesos que poderiam ser tratados com dieta, disfunção renal e hepática. Reação Adversa: Hipoglicemia , náuseas, vômitos e agranulocitose. Associação de sulfonilureia + insulina só acontece em pacientes com glicemia muito alta, sem controle só com hipoglicemiantes orais. Interações farmacológicas : Álcool: aumento dos acetaldeídos, promovendo “efeito dissulfiram” AINEs, IMAO, cimetidina: potencialização do efeito do fármaco, com maior risco de hipoglicemia Betabloqueadores: redução do efeito do fármaco Metiglinidas Repaglinida, nateglinida Mecanismo de Ação: modulam a líberaçao de insulina pelas células beta ao regular o efluxo de potássio através dos canais de potássio. Administraçao Oral, Sofre biotransformaçao hepática e excreção renal.Podem promover aumento de peso, hipoglicemia e redução do condicionamento isquêmico. Atenção para pacientes com insuficiência hepática e renal. Contraindicado na gravidez. Metformina Mecanismo de Ação: inibem a gliconeogenese hepatica, aumentam os transportadores da glicose, aumentam a sensibilidade dos tecidos a insulina.A Metformina é o fármaco mais usado para tratamento de DM II. Outras indicações: redução do risco de doença macro e microvascular, prevenção de diabetes tipo II em pacientes obesos (não tão eficaz em pré-diabéticos magros). É o único tratamento que induz a perda de peso. Os efeitos adversos são gastrointestinais e transitórios. Como a Metformina bloqueia a gliconeogênese pela Metformina, o fármaco pode comprometer o metabolismo hepático do ácido láctico, e, especialmente em pacientes com insuficiência renal, aumentam o risco de acidose láctica, e esse é um efeito relacionado à dose. Biguanidas tiazolidinedionas Rosiglitazona, Pioglitazona Mecanismo de Ação: atuam ao diminuir a resistência à insulina. Sua ação primária consiste na regulação dos genes envolvidos no metabolismo da glicose e dos lipídios e na diferenciação dos adipócitos. Aumentam o HDL e diminuem o LDL; Diminuem níveis de triglicérides e ácidos graxos. As tiazolidinedionas também exercem efeitos sobre o endotélio vascular, o sistema imune, bem como os ovários e as células tumorais Embora os alimentos possam retardar a captação desses fármacos, a biodisponibilidade não é afetada. A pioglitazona afeta a terapia anticoncepcional com estrógeno, sendo recomendado uso de outro método contraceptivo. Possuem alta taxa de ligação à albumina. Sofrem metabolismo hepático e por isso podem causar hepatotoxicidade. Inibidores da alfa glicosidade Mecanismo de Ação: inibição de alfa- glicosidase que fica ligada no intestino, responsável pela hidrólise dos oligossacarídeos em glicose. A glicose é degradada de forma mais lenta, retardando a absorção de glicose e diminuindo a glicemia → menos glicose chega na corrente sanguínea (gradual). Efeitos adversos: flatulência, diarreia e dor abdominal se dão principalmente pela fermentação dos carboidratos não digeridos presentes no cólon. Como a Acarbose e o Miglitol são excretados pela via renal, esses medicamentos são contra indicados para pacientes com comprometimento renal. A Acarbose também tem sido associada a uma elevaçãoreversível das enzimas hepáticas e deve ser usada com cautela em pacientes com hepatopatia. Incretinomimeticos - GLP Mecanismo de Ação: Imita a ação do GLP-1 (Glucagon-like peptide-1), um hormônio produzido no intestino, na presença de alimentos. Entre outras funções, o GLP-1 estimula a produção e a secreção da insulina pelo pâncreas. Nos pacientes diabéticos tipo 2, a atividade do GLP-1 é insatisfatória, o que reduz as taxas de insulina e aumenta a glicemia – as duas principais características do diabetes. A princípio indicada associada a dois outros tipos de medicamento para o controle da doença: Metformina e Sulfoniluréias. Essa combinação de medicamentos é recomendada apenas para pacientes em estágio inicial ou moderado da doença. Quadros mais graves de diabetes exigem doses extras de insulina. A administração é pela via subcutânea, e pode ser aplicada no braço, abdome ou coxa. Se for administrada em conjunto de sulfoniluréias, pode ser necessário reduzir a dose do hipoglicemiante oral para evitar a ocorrência de hipoglicemia. Geralmente administrada associada a metformina ou glitazona. Efeitos adversos: náuseas, vômitos e diarréia Incretinomimeticos - DDP4 São inibidores de DDP-IV, a enzima que degrada a incretina e outras moléculas semelhantes ao GLP1. Mecanismo de Ação: Agem melhorando a capacidade de um sistema natural do organismo – o sistema de incretinas – a reduzir as taxas de glicose no sangue, de duas maneiras: 1) estimulando a liberação de insulina pelo pâncreas, quando o paciente se alimenta e, 2) sinalizando o fígado para que interrompa a produção de glicose. Sitagliptina (januvia), vilgagliptina (galvus), linagliptina e alogliptina; A dose deve ser reduzida em casos de insuficiência renal. Os episódios hipoglicêmicos foram raros, e o fármaco facilita a perda de peso corporal. A terapia pode ser associada com Metformina, sulfoniluréias e sensibilizadores de insulina. Efeitos adversos: geralmente bem tolerada, pode causar nasofaringite e cefaléia, infecções urinárias e náuseas. Inibidores de SGLT2 Mecanismo de Ação: Inibe a reabsorção tubular da glicose. Efeitos adversos: infecções genitais e de trato urinário, ação diurética secundária à glicosúria; Baixo risco de hipoglicemia. Promovem perda de peso e reduzem a pressão arterial sistêmica; Não dever ser utilizadas em pacientes com disfunção renal; Não é indicado para pacientes com diabetes tipo 1. Não deve ser utilizado para o tratamento de cetoacidose diabética.
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