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Farmacologia - Diabetes Mellitus

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Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 
6° fase Medicina 
Farmacologia 
UCXVIII 
Antidiabéticos
Principais Alvos terapêuticos: fígado, pâncreas 
e tecidos periféricos 
(1) Receptores GLUT1 e GLUT2 na célula beta pancreática 
 Glicose entra por meio de GLUT1/2 → é transformada 
em ATP pela cadeia mitocondrial (ciclo de Krebs) → ↑ 
ATP causa o bloqueio de canais de potássio K → potássio 
acumula na célula (+) → despolarização → abre canais 
de cálcio Ca → cálcio entra e estimula as vesículas com 
insulina → liberação/secreção de insulina 
 É o alvo terapêutico mais efetivo (bloqueio canal K+) 
(2) Receptores muscarínicos (acetilcolina e colecistocinina) 
 Ligam-se a receptores muscarínicos M1 e M3 → 
estimula DAG e IP3 
o DAG → PKC → secreção de insulina pelas vesículas 
o IP3 → retículo endoplasmático → secreção de 
insulina pelas vesículas 
 Estímulo vagal (exemplo: mastigação) → secreção de 
HCl e insulina 
o Se bloqueio (exemplo: antipsicóticos) → DM 
(3) Via do GLP1/GIP Glucagon 
 GLP1 e GIP → secretados pelo intestino na digestão 
 Atuam proliferando as células beta pancreáticas e 
estimulando a secreção de insulina 
IMPORTANTE: os 2 fatores principais que levam à elevação 
dos níveis séricos de glicose são: 
 Resistência tissular à insulina (obesidade – DM2) 
 Deficiência na produção de insulina (autoimune – DM1) 
*Se não tratado, DM2 pode evoluir para falha na produção 
de insulina, assim como o DM1 
Diabetes mellitus 
Diabetes Mellitus (DM), de acordo com a OMS, é o termo 
que descreve a desordem metabólica de etiologia múltipla, 
caracterizada por hiperglicemia crônica e distúrbios no 
metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas 
resultantes da deficiência na produção, secreção de insulina, 
na ação da insulina ou em ambos. A hiperglicemia 
persistente está associada a complicações crônicas micro e 
macrovasculares, aumento de morbidade, redução da 
qualidade de vida e elevação da taxa de mortalidade. 
O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) corresponde a 90 a 95% de 
todos os casos de DM. Possui etiologia complexa e 
multifatorial, envolvendo componentes genético e 
ambiental. 
Fatores de risco: história familiar da doença, idade, 
obesidade, sedentarismo, diagnóstico prévio de pré-
diabetes ou diabetes mellitus gestacional (DMG) e presença 
de componentes da síndrome metabólica, tais como 
hipertensão arterial e dislipidemia 
Manifestações clínicas: Hiperglicemia, Glicosúri, Polidipsia 
(sede), Diurese, Poliúria (urina abundante); Polifagia (fome); 
Cansaço, Emagrecimento em alguns casos; 
Complicações: retinopatia, DAC, IAM, AVC, diarreia, 
constipação intestinal, disfunção erétil, neuropatia, úlceras 
e risco de amputação, doença vascular periférica (causa uma 
oxigenação pobre em locais já com capilares pequenos) 
Critérios diagnósticos: 
 HBA1C >= 6,5% 
 Glicemia de jejum >= 1126mg/dL 
 TOTG 75g de glicose 2h: >=200mg/dL 
 Glicemia ao acaso >=200mg/dL 
Tratamento: educação + medicamentos + mudança de estilo 
de vida/dieta/exercícios + tratamento das condições 
associadas (DLP, HAS, obesidade) + rastreamento das 
complicações do SM (retinopatia, neuropatia, nefropatia, 
DCV, etc) 
 Importante: envolver equipe interdisciplinar 
Metas: 
 HBA1C 7% (adultos), 7,5-8,5% (idosos), <6,5% (gestante) 
 Glicemia de jejum <100-130mg/dL 
 Glicemia pré-prandial 100-130mg/Dl 
 Glicemia pós-prandial <160-180mg/dL 
Maria Eduarda Zen Biz | ATM 2025.1 
6° fase Medicina | 2022.1 
Maria Eduarda Zen Biz | ATM 2025.1 
6° fase Medicina | 2022.1 
Automonitorização da glicemia capilar - AMGC 
Atualmente, a AMGC e preconizada a pacientes com todos 
os tipos de diabetes. Nesses indivíduos, o uso do método 
promove a redução do risco de hipoglicemias e amplia a 
compreensão sobre o efeito dos diversos alimentos, do 
estresse, das emoções e dos exercícios sobre a glicemia. 
AMGC pode ser útil na tomada de decisões sobre a dose de 
insulina a ser administrada em tempo real. Permite, ainda, 
ajustes de insulina de maneira retrospectiva, nas consultas 
médicas, com base nos resultados obtidos ao longo de 
semanas e meses. Esses resultados podem ser registrados 
manualmente pelo paciente durante esse período ou 
transferidos diretamente para um computador com 
programas informatizados específicos. 
Insulinas 
 Facilita a captação celular de glicose 
 Cérebro, fígado, mucosa intestinal, hemácias não 
necessitam de insulina para captação de glicose. 
 ↑ glicogênese e glicólise (catabolismo da glicose) 
 ↑ captação de aminoácidos e síntese de proteínas 
 ↓ utilização de ácidos graxos 
A insulina promove a síntese (a partir de nutrientes 
circulantes) e o armazenamento de glicogênio, triglicerídeos 
e proteínas em seus principais tecidos-alvo: o fígado, o 
tecido adiposo e o músculo. A liberação de insulina pelo 
pâncreas é estimulada por níveis aumentados de glicose, 
incretinas e estimulação nervosa vagal e outros fatores 
 
A estratégia de reposição de insulina, para pessoas com 
DM1, deve mimetizar a secreção fisiológica de insulina. 
Assume-se 50% da secreção como componente basal, ao 
longo de todo o dia, e os 50% restantes como componente 
prandial, em resposta às refeições. As necessidades 
diárias de insulina no DM1 podem ser estimadas a 
partir do peso corporal, tipicamente variando entre 
0,4 U/kg/dia a 1,0 U/kg/dia 
 Insulinas ultrarrápidas: lispro, asparte, glulisina 
(usadas apenas após a dosagem de glicemia 
capilar) 
o Ação em 15-30min 
o SEMPRE PRESCRITAS PARA DM1 
 Insulinas rápidas: regular (SUS) 
o Ação em 1h 
 Insulinas basais: NPH (SUS) 
o Ação em 4h 
A insulina age sinalizando para que o GLUT4 que 
está no citosol migre para a membrana celular, a 
fim de transportar glicose para o meio intracelular. 
Entretanto, nos obesos esses receptores estão 
pouco expressos (precisamos de muita insulina para 
ativá-los) → fármacos que reduzem a resistência 
tissular (metformina) 
Indicações clínicas: tratamento do diabetes do tipo I 
(Imprescindível) e tratamento do diabetes do tipo II; 
Gravidez (diabetes gestacional); Casos agudos de 
hiperglicemia (IAM, sepse). 
Efeitos adversos: hipoglicemia, lipodistrofia (lipoatrofia e 
lipo-hipertrofia), ganho de peso 
*Pode ser aplicada por meio de canetas ou via inalatória 
A melhor estratégia de reposição de insulina está embasada 
na preferência e na experiência do clínico, no estado 
evolutivo da reserva funcional das células-β, na adesão dos 
pacientes às orientações educacionais e, 
fundamentalmente, na análise crítica dos resultados do 
controle metabólico obtidos por meio da monitorização e 
dos riscos de complicações micro e macrovasculares ao 
longo do seguimento. 
As dosagens diárias de insulina dependem de muitas 
variáveis, entre elas as mais importantes ou as mais comuns 
são a idade, o peso, a duração da doença, o comportamento 
nutricional e psicológico, as doenças intercorrentes clínicas 
ou cirúrgicas e os estágios da puberdade. 
 Dose: 0,2-0,5 UI/kg de peso. 
 Dividir a dose em: 2/3 da dose pela manhã e 1/3 da 
dose à noite. 
É evidente que, na prática clínica, a ocorrência de hipo ou 
hiperglicemias frequentes e as estratégias terapêuticas de 
reposição de insulina devem ser cuidadosamente 
reavaliadas 
Análogos de insulina e insulina NPH 
Em 2008 a entidade The Cochrane Collaboration publicou 
uma revisão sobre o papel dos análogos de insulina de longa 
duração (glargina, detemir) no tratamento DM1 em 
comparação com a insulina NPH. 
Maria Eduarda Zen Biz | ATM 2025.1 
6° fase Medicina | 2022.1 
 Eficácia similar na redução da hemoglobina glicada 
(A1C) 
 Análogos de insulina mostraram-se superiores a NPH 
em seus efeitos noturnos: redução de glicemia de jejum 
e redução de episódios de hipoglicemia noturna. 
Por serem bem mais previsíveis em sua ação do que a 
insulina NPH, tornam-se indicados para pacientes com DM1 
(e DM2 em fases mais avançadas, insulinopênicas) que 
apresentem oscilações importantes de suas glicemias 
diárias,com alternância de episódios de hipo e 
hiperglicemias, já que essas oscilações, além dos riscos 
inerentes associados, são importantes fatores de diminuição 
da qualidade de vida. Pacientes que apresentem episódios 
de hipoglicemia noturna, que são causa de grande estresse 
para o paciente e seus familiares 
Locais de aplicação: abdômen (periumbilical e flancos), 
coxas (região vasto lateral) e braços (região lateral) 
Hipoglicemia 
Sintomas: dormência na língua, tremores, sudorese, 
confusão mental, taquicardia, nervosismo etc) 
Causas: aumento da dose de insulina; exercícios 
prolongados ou inadequados, ingestão de álcool sem 
alimento; refeições e lanches inadequados e/ou atrasados. 
Tratamento: Carboidrato (imediatamente quando paciente 
estiver consciente) → suco, açúcar ou mel, aguardar 15mim, 
reavaliar a glicemia → retroceder ao tratamento em caso de 
glicemia abaixo de 70mg/dl. 
 Em pacientes inconscientes: testar a glicemia e tratar 
com GLUCAGON (1mg/Kg SC/IV) → esperar a 
consciência, reavaliar e tratar com glicose. 
Todos os indivíduos com DM devem ser orientados a 
identificar, tratar e prevenir a hipoglicemia. O tratamento 
nutricional da hipoglicemia quando o indivíduo está 
consciente, recomenda o consumo de 15g de glicose a partir 
de 01 sachet de glicose ou de alimentos fontes de 
carboidratos: 01 colher (sopa) de açúcar branco ou 03 balas 
macias ou 150 mL suco laranja ou refrigerante comum por 
conterem glicose prontamente disponível. 
Parece que a resposta glicêmica aguda se correlaciona 
melhor com o teor de glicose do que com o conteúdo de 
carboidrato do alimento. Parte-se do princípio que 15g deste 
nutriente elevam aproximadamente 50mg/dL da glicemia. 
Após 15 minutos da ingestão do carboidrato, o indivíduo 
deverá monitorar a glicemia, para confirmar a elevação dos 
níveis glicêmicos ou repetir a operação, se necessário. 
Insulina inalatória 
Afrezza® - para pacientes com DM1 e DM2. 
Adere e microencapsula a insulina de ação rápida e assim a 
transporta pelo pulmão. Quando inaladas, as partículas de 
insulina dissolvem-se no pulmão e entram na camada 
mucosa dos alvéolos, onde são rapidamente absorvidas pela 
circulação 
Tem rápido início de ação, caracterizado por um aumento 
acentuado nas concentrações séricas, atingindo níveis 
máximos após 12 a 15 minutos. Sua duração de ação é curta 
e desaparece em aproximadamente 160 a 180 minutos. 
Cada unidade de insulina rápida subcutânea corresponde a 
cerca de 1,5 unidade de insulina Afrezza 
Os candidatos ao uso de TI são pacientes com hipoglicemias 
frequentes, enquanto usam insulina subcutânea de curta 
ação, particularmente hipoglicemia pós-prandial tardia, 
pacientes com fobia por agulha e aqueles que não toleram 
insulina subcutânea devido a reações de pele. 
Contraindicada a pacientes com doenças pulmonares (como 
asma e doença pulmonar obstrutiva crônica), além de 
tabagistas. 
Sulfoniureias (agonistas SUR-1) 
Fármacos: 
 Gliclazida XR (Diamicron MR®) 30-120 mg 1x/dia (SUS) 
o Indicada para quem tem hipoglicemia 
 Glimepirida (Amaryl®, Betes®)1-4 mg 1x/dia 
o Sulfoniureia de 3° geração 
 Glibenclamida (Daonil®) 2,5-20 mg 1-2x/dia (SUS: 5mg 
2x/dia – em doses maiores apenas EA) 
o Sulfoniureia de 2° geração 
o Geralmente é a 1° opção para terapia dupla com 
metformina 
Farmacocinética: Administração VO, alta fixação à proteínas 
plasmáticas, metabolização no fígado (CYP450) e excreção 
renal e biliar. 
 Interações medicamentosas: proteínas plasmáticas → 
aumenta a fração livre e efeito imediato → hipoglicemia 
o Exemplo: fluoxetina 
 Metabolizado pelas CYPs: se administrado com fármaco 
que inibe as CYPs → bioacumulação → hipoglicemia 
 Glibenclamida 50% biliar: indicada para pacientes DRC 
 Outras 70% renal: contraindicada para pacientes DRC 
Contraindicações: insuficiência renal e hepática, gravidez 
(hipoglicemia grave ao nascimento). 
Efeitos adversos: hipoglicemia, ganho de peso, distúrbios GI, 
prurido, náuseas, reações hematológicas (anemia, 
leucopenia), retenção hídrica, hiponatremia. 
 Ganho de peso: pp glibenclamida (↑apetite) 
 Outras não interferem tanto no peso 
Mecanismo de ação: Sulfonilureias ligam-se aos receptores 
(agonistas) SUR-1, em células beta pancreáticas funcionais. 
Ocorre o fechamento dos canais de potássio ATP-sensíveis, 
diminuindo a saída de potássio. Ocorre a despolarização. 
Canais de cálcio voltagem-dependentes abrem e aumentam 
o influxo de cálcio, causando translocação e exocitose dos 
grânulos de secreção de insulina 
 Pode ser associado à insulina 
 Redução de glicemia de jejum: 60-70 mg/dL e HbA1c: 
1,5%-2,0% 
Maria Eduarda Zen Biz | ATM 2025.1 
6° fase Medicina | 2022.1 
 Redução do risco de complicações microvasculares 
 Baixo custo 
Glinidas (Agonistas SUR-1) 
INDICADAS SE PACIENTE COM HIPERSENSIBILIDADE ÀS 
SULFONIUREIAS OU DRC 
 Repaglinida (Prandin®, Posprand®) 0,5-16 mg 3x/dia 
(SUS/AC) 
 Nateglinida (Starlix®) 120-360 mg 3x/dia 
Mecanismo de ação: Estimulam a liberação de insulina das 
células -pancreáticas dependente da concentração de 
glicose plasmática. Promovem o fechamento dos canais de 
K+, ocorrendo a despolarização da célula, consequente 
abertura de canais de cálcio e secreção de insulina. 
Restauram primeira fase de secreção de insulina 
Farmacocinética: 
 Absorção rápida: 15 min pós-administração 
 Pico de ação: 0,5-2,0 h 
 Duração da ação: curta: 3-4h (tomar várias vezes ao dia) 
A Repaglinida (SUS/AC) tem secreção e eliminação via biliar, 
portanto, é recomendada aos pacientes com DM os quais 
estão evoluindo para DRC 
 Redução de GJ: 20-30 mg/dL e HbA1c: 1,0%-1,5% 
 Redução da variabilidade da glicose pós-prandial 
 Flexibilidade de dose 
 Metabolizadas pelas CYPs – risco de interação 
Efeitos adversos: Hipoglicemia e Ganho de peso 
Repaglinida (SUS/AC): secreção, eliminação toda via biliar. 
Importante pra pacientes DM que estão evoluindo pra DRC 
Metformina 
1° LINHA DM VO (PRIVADO E SUS) 
Glifage®, Glifage XR®, Glucoformin® 
 Posologia: 500 a 2.000 mg, 1-3x/dia (SUS: 500-850mg 
ou SUS/AC XR 500-1000mg)) 
 Redução GJ: 60-70 mg/dL e HbA1c 1,5-2,0% 
 Previne progressão para DM2 e melhora perfil lipídico. 
Farmacocinética: Biodisponibilidade 80%, pico em 2h (LI), 
excretada inalterada via renal. Ingerir com a refeição reduz 
a sensibilidade visceral (TGI). 
 Contraindicada em DRC ou hepatopatas graves 
 TFG <30mL/min/1,73m3 
Efeitos adversos: Sintomas gastrointestinais (diarreia, 
náuseas, anorexia, distúrbios de paladar), perda de peso, 
Deficiência de vitamina B12, Acidose lática (rara – IR ou IC). 
 Interfere na digestão do amido → fermentação → gases, 
cólica 
 Formulações de liberação prolongada: 1-2x/dia 
o Metformina XR: VO – iniciar a noite, no jantar. 
Após uma dose oral de 500mg a absorção da 
metformina é significativamente retardada (Tmax 
de 7h) em comparação com o comprimido de 
liberação imediata (Tmax de 2,5h) 
 Formulações de liberação imediata: 3x/dia 
Mecanismo de ação: potencializa a sensibilidade à insulina 
pelo fígado e tecidos periféricos (músculo), permitindo o 
aumento da captação de glicose. Ativação da proteína-
cinase dependente de AMP (AMPK) pela metformina, 
promove a estimulação da oxidação de ácidos graxos, a 
captação de glicose, e metabolismo não oxidativo da glicose 
e redução da lipogênese e da gliconeogênese no fígado + 
redução dos níveis plasmáticos de glucagon; 
OU SEJA: a Metformina diminui resistência tissular da 
insulina + diminui lipogênese + diminui gliconeogênese 
A redução da glicemia deve-se as ações hepáticas e 
musculares que apresentam efeito sensibilizador da insulina. 
No hepatócito, provoca inibição da gliconeogênese e da 
glicogenólise, e estimulação da glicogênese enquanto, nos 
tecidos periféricos insulino-dependentes, principalmente na 
musculatura esquelética, aumenta a captação de glicose 
provocando rápida redução da glicemia plasmática. 
 Causa redução do pesocorpóreo, em contrapartida aos 
outros fármacos anti-diabéticos 
 Pode ser utilizado em mulheres com SOP pela alta 
probabilidades de desenvolver síndrome metabólica 
 NÃO ESTIMULA A LIBERAÇÃO DE INSULINA, OU SEJA, 
NÃO CAUSA HIPOGLICEMIA 
Inibidores da alfa-glicosidase 
Acarbose (Aglucose®, Glucobay®) 50-300 mg com as 
refeições 
Ação: Inibidor da alfa glicosidase (enzima presente no TGI) 
levando ao retardo da absorção de carboidratos. 
Efeitos Adversos: flatulência, diarreias, distensão abdominal, 
dor abdominal. 
 Redução de GJ: 20-30 g/dL e HbA1c: 0,5%-0,8% 
 Reduz peso 
 Realizar dieta pobre em amido 
 
Glitazonas 
Pioglitazona (Gliozac®, Piotaz®, Pioglit®, Actos®, Stanglit®) 
15, 30 ou 45 mg – 1x/dia 
Atuam aumentando e sensibilizando a ação da insulina no 
fígado, músculos e adipócitos. Ativam os receptores 
nucleares (PPAR-) – regulam a expressão de genes que 
afetam o metabolismo glicídico e lipídico, responsáveis pela 
captação de glicose mediada por insulina nos tecidos 
periféricos e pela diferenciação de pré-adipócitos em 
adipócitos. Aumentam a expressão dos transportadores de 
glicose (GLUT4), da lipoproteína lipase e reduzem a 
expressão da leptina e do TNF-alfa. Aumento da 
sensibilidade da insulina nos tecidos periféricos (músculo, 
adipócitos, hepatócitos) e inibe gliconeogênese hepática 
Maria Eduarda Zen Biz | ATM 2025.1 
6° fase Medicina | 2022.1 
 Redução de GJ: 35-65 mg/dL e HbA1c 0,5%-1,4% 
 Reduz resistência à insulina 
o Geralmente para os pacientes que já estão em 
uso de metformina e glibenclamida 
o Insulina normal + Hiperglicemia = Resistência 
 Prevenção de DM2. 
 Reduz o espessamento médio-intimal carotídeo. 
 Melhora o perfil lipídico com redução de triglicérides. 
 Redução da gordura hepática. 
 Raramente causa hipoglicemia. 
 Usa por um período de tempo – 6 meses a 1 ano 
Efeitos adversos: Retenção hídrica, ganho de peso, sinusite, 
cefaleia, distúrbios dentários. As glitazonas estão associadas 
a alguns tipos de cânceres (bexiga) e fraturas ósseas. 
 Fraturas: estimula osteoclastos e ↑reabsorção óssea 
Contraindicações: Insuficiência Cardíaca e Insuficiência 
hepática 
Inibidores da DPP-4 
 Sitagliptina (Januvia®) 50 a 100 mg – 1-2x/dia 
 Vildagliptina (Galvus®) 50 mg – 2x/dia 
 Linagliptina (Trayenta®) 5 mg – 1x/dia 
 Alogliptina (Nesina®) 6,25 ou 12,5 ou 25 mg – 1x/dia 
 Saxagliptina (Onglyza®) 2,5 ou 5 mg – 1x/dia 
Mecanismo de ação: aumentam as concentrações e meia-
vida do GLP-1 endógeno pela inibição da degradação 
enzimática do GLP-1 mediada pelas enzimas DDP4 (essa 
enzima também inativa o GIP) → proliferação de células beta 
pancreáticas 
 Redução de glicemia de jejum: 20 mg/dL e HbA1c: 0,6%-
0,8% (não é tão eficaz → começar com outros) 
 Aumento da massa de células beta em modelos animais 
 Segurança e tolerabilidade, mas $$ 
 Raramente causa hipoglicemia 
 NÃO altera o peso 
Farmacocinética: Os inibidores da DPP-4 são absorvidos 
efetivamente pelo intestino delgado. A alogliptina, a 
sitagliptina, a vildagliptina e a saxagliptina (CYP3A4), 
circulam principalmente na forma não ligada e são 
excretadas, em sua maior parte, de modo inalterado na 
urina; devem-se administrar doses mais baixas a pacientes 
com redução da função renal. Não permeia BHE 
Efeitos adversos: gastrintestinais, urticária, dermatite de 
contato, cefaleia, artralgias, infecções como nasofaringite e 
infecção urinária. Probabilidade de pancreatite aguda. 
Os inibidores de DPP4 podem ser utilizados em associação 
com metformina, sulfonilureias e tiazolidinediona. Tem 
como vantagens o uso por via oral em dose única diária, 
baixa frequência de efeitos gastrintestinais e de 
hipoglicemias e a ausência de ganho de peso. Entretanto, 
medicações de menor custo e maior segurança como a 
metformina, possuem maior eficácia no controle glicêmico 
em relação à vildagliptina. 
Agonistas dos receptores GLP-1 
 Liraglutida: (Victoza®, Saxenda®) 0,6-1,2-1,8mg/dia 
 Dulaglutida: (Trulicity®) 0,75-1,5 mg 1x semana 
 Semaglutida inj: (Ozempic®) 0,25-0,5-1mg 1x/semana 
 Semaglutida oral: (Rybelsus®) 3-7-14mg 1x/dia 
Mecanismo de Ação: atum como agonistas de receptores de 
GLP-1 (é um análogo do hormônio GLP-1). Respostas 
observadas: Aumenta a secreção de insulina dependente de 
glicose; Reduz secreção de glucagon; Retarda o 
esvaziamento gástrico; Aumenta a saciedade. 
 Redução GJ: 30 mg/dL e HbA1c em 0,8-1,5% (pouco, 
semelhante aos inibidores da DPP4) 
 Redução do peso corporal. 
 Raramente causa hipoglicemia. 
 Redução de Albuminúria 
 Uso privado¸ principalmente para tratamento da 
obesidade 
Efeitos adversos: Náuseas, vômitos, diarreia e constipação. 
Alteração paladar, tontura, hipoglicemia, dispepsia, insônia, 
cálculo biliar, reação no local da aplicação, aumento das 
enzimas pancreáticas. Pancreatite aguda (raro, observado 
apenas nos GLP 1-RA injetáveis). Faz proliferação celular 
Contraindicações: 
 Hipersensibilidade. Pancreatite. 
 Carcinoma medular de tireoide. 
 Uso simultâneo de inibidores da DPP-IV. 
 TFG <15 mL/min/1,73 m². 
Inibidores do SGLT2 
 Dapagliflozina (Forxiga®) 10 mg – 1x/dia 
 Empagliflozina (Jardiance®) 10 a 25 mg – 1x/dia 
 Canagliflozina (Invokana®) 100 a 300 mg – 1x/dia 
Mecanismo de Ação: Inibe a reabsorção de glicose e sódio 
no túbulo proximal por meio da inibição do transportador 
SGLT2, levando à glicosúria e natriurese. 
 Redução GJ: 30 mg/dL e HbA1C: 0,5%-1,0% 
 Redução da mortalidade em pessoas com diabetes e 
DCV 
 Raramente causa hipoglicemia. 
 Redução discreta de peso. 
 Redução da Pressão arterial 
Farmacocinética: Possuem boa biodisponibilidade oral (60- 
80%), que não é afetada pela presença de alimento, e 
alcançam níveis máximos 1 a 2 h após a sua ingestão. Cerca 
de 90% estão ligados às proteínas circulantes, com meias-
vidas de cerca de 12 h - 1 dose 1 vez ao dia. Os compostos 
são metabolizados por glicuronidação, e eliminados dia 
renal. 
Efeitos adversos: elevação da creatinina sanguínea sérica 
(dano renal), infecções do trato urinário, aumento da 
frequência de fraturas ósseas (em pacientes com problemas 
renais), relatos de desidratação, hipovolemia, infecções 
genitais, hipoglicemia, câncer de bexiga e de mama

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