Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 6° fase Medicina Farmacologia UCXVIII Antidiabéticos Principais Alvos terapêuticos: fígado, pâncreas e tecidos periféricos (1) Receptores GLUT1 e GLUT2 na célula beta pancreática Glicose entra por meio de GLUT1/2 → é transformada em ATP pela cadeia mitocondrial (ciclo de Krebs) → ↑ ATP causa o bloqueio de canais de potássio K → potássio acumula na célula (+) → despolarização → abre canais de cálcio Ca → cálcio entra e estimula as vesículas com insulina → liberação/secreção de insulina É o alvo terapêutico mais efetivo (bloqueio canal K+) (2) Receptores muscarínicos (acetilcolina e colecistocinina) Ligam-se a receptores muscarínicos M1 e M3 → estimula DAG e IP3 o DAG → PKC → secreção de insulina pelas vesículas o IP3 → retículo endoplasmático → secreção de insulina pelas vesículas Estímulo vagal (exemplo: mastigação) → secreção de HCl e insulina o Se bloqueio (exemplo: antipsicóticos) → DM (3) Via do GLP1/GIP Glucagon GLP1 e GIP → secretados pelo intestino na digestão Atuam proliferando as células beta pancreáticas e estimulando a secreção de insulina IMPORTANTE: os 2 fatores principais que levam à elevação dos níveis séricos de glicose são: Resistência tissular à insulina (obesidade – DM2) Deficiência na produção de insulina (autoimune – DM1) *Se não tratado, DM2 pode evoluir para falha na produção de insulina, assim como o DM1 Diabetes mellitus Diabetes Mellitus (DM), de acordo com a OMS, é o termo que descreve a desordem metabólica de etiologia múltipla, caracterizada por hiperglicemia crônica e distúrbios no metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas resultantes da deficiência na produção, secreção de insulina, na ação da insulina ou em ambos. A hiperglicemia persistente está associada a complicações crônicas micro e macrovasculares, aumento de morbidade, redução da qualidade de vida e elevação da taxa de mortalidade. O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) corresponde a 90 a 95% de todos os casos de DM. Possui etiologia complexa e multifatorial, envolvendo componentes genético e ambiental. Fatores de risco: história familiar da doença, idade, obesidade, sedentarismo, diagnóstico prévio de pré- diabetes ou diabetes mellitus gestacional (DMG) e presença de componentes da síndrome metabólica, tais como hipertensão arterial e dislipidemia Manifestações clínicas: Hiperglicemia, Glicosúri, Polidipsia (sede), Diurese, Poliúria (urina abundante); Polifagia (fome); Cansaço, Emagrecimento em alguns casos; Complicações: retinopatia, DAC, IAM, AVC, diarreia, constipação intestinal, disfunção erétil, neuropatia, úlceras e risco de amputação, doença vascular periférica (causa uma oxigenação pobre em locais já com capilares pequenos) Critérios diagnósticos: HBA1C >= 6,5% Glicemia de jejum >= 1126mg/dL TOTG 75g de glicose 2h: >=200mg/dL Glicemia ao acaso >=200mg/dL Tratamento: educação + medicamentos + mudança de estilo de vida/dieta/exercícios + tratamento das condições associadas (DLP, HAS, obesidade) + rastreamento das complicações do SM (retinopatia, neuropatia, nefropatia, DCV, etc) Importante: envolver equipe interdisciplinar Metas: HBA1C 7% (adultos), 7,5-8,5% (idosos), <6,5% (gestante) Glicemia de jejum <100-130mg/dL Glicemia pré-prandial 100-130mg/Dl Glicemia pós-prandial <160-180mg/dL Maria Eduarda Zen Biz | ATM 2025.1 6° fase Medicina | 2022.1 Maria Eduarda Zen Biz | ATM 2025.1 6° fase Medicina | 2022.1 Automonitorização da glicemia capilar - AMGC Atualmente, a AMGC e preconizada a pacientes com todos os tipos de diabetes. Nesses indivíduos, o uso do método promove a redução do risco de hipoglicemias e amplia a compreensão sobre o efeito dos diversos alimentos, do estresse, das emoções e dos exercícios sobre a glicemia. AMGC pode ser útil na tomada de decisões sobre a dose de insulina a ser administrada em tempo real. Permite, ainda, ajustes de insulina de maneira retrospectiva, nas consultas médicas, com base nos resultados obtidos ao longo de semanas e meses. Esses resultados podem ser registrados manualmente pelo paciente durante esse período ou transferidos diretamente para um computador com programas informatizados específicos. Insulinas Facilita a captação celular de glicose Cérebro, fígado, mucosa intestinal, hemácias não necessitam de insulina para captação de glicose. ↑ glicogênese e glicólise (catabolismo da glicose) ↑ captação de aminoácidos e síntese de proteínas ↓ utilização de ácidos graxos A insulina promove a síntese (a partir de nutrientes circulantes) e o armazenamento de glicogênio, triglicerídeos e proteínas em seus principais tecidos-alvo: o fígado, o tecido adiposo e o músculo. A liberação de insulina pelo pâncreas é estimulada por níveis aumentados de glicose, incretinas e estimulação nervosa vagal e outros fatores A estratégia de reposição de insulina, para pessoas com DM1, deve mimetizar a secreção fisiológica de insulina. Assume-se 50% da secreção como componente basal, ao longo de todo o dia, e os 50% restantes como componente prandial, em resposta às refeições. As necessidades diárias de insulina no DM1 podem ser estimadas a partir do peso corporal, tipicamente variando entre 0,4 U/kg/dia a 1,0 U/kg/dia Insulinas ultrarrápidas: lispro, asparte, glulisina (usadas apenas após a dosagem de glicemia capilar) o Ação em 15-30min o SEMPRE PRESCRITAS PARA DM1 Insulinas rápidas: regular (SUS) o Ação em 1h Insulinas basais: NPH (SUS) o Ação em 4h A insulina age sinalizando para que o GLUT4 que está no citosol migre para a membrana celular, a fim de transportar glicose para o meio intracelular. Entretanto, nos obesos esses receptores estão pouco expressos (precisamos de muita insulina para ativá-los) → fármacos que reduzem a resistência tissular (metformina) Indicações clínicas: tratamento do diabetes do tipo I (Imprescindível) e tratamento do diabetes do tipo II; Gravidez (diabetes gestacional); Casos agudos de hiperglicemia (IAM, sepse). Efeitos adversos: hipoglicemia, lipodistrofia (lipoatrofia e lipo-hipertrofia), ganho de peso *Pode ser aplicada por meio de canetas ou via inalatória A melhor estratégia de reposição de insulina está embasada na preferência e na experiência do clínico, no estado evolutivo da reserva funcional das células-β, na adesão dos pacientes às orientações educacionais e, fundamentalmente, na análise crítica dos resultados do controle metabólico obtidos por meio da monitorização e dos riscos de complicações micro e macrovasculares ao longo do seguimento. As dosagens diárias de insulina dependem de muitas variáveis, entre elas as mais importantes ou as mais comuns são a idade, o peso, a duração da doença, o comportamento nutricional e psicológico, as doenças intercorrentes clínicas ou cirúrgicas e os estágios da puberdade. Dose: 0,2-0,5 UI/kg de peso. Dividir a dose em: 2/3 da dose pela manhã e 1/3 da dose à noite. É evidente que, na prática clínica, a ocorrência de hipo ou hiperglicemias frequentes e as estratégias terapêuticas de reposição de insulina devem ser cuidadosamente reavaliadas Análogos de insulina e insulina NPH Em 2008 a entidade The Cochrane Collaboration publicou uma revisão sobre o papel dos análogos de insulina de longa duração (glargina, detemir) no tratamento DM1 em comparação com a insulina NPH. Maria Eduarda Zen Biz | ATM 2025.1 6° fase Medicina | 2022.1 Eficácia similar na redução da hemoglobina glicada (A1C) Análogos de insulina mostraram-se superiores a NPH em seus efeitos noturnos: redução de glicemia de jejum e redução de episódios de hipoglicemia noturna. Por serem bem mais previsíveis em sua ação do que a insulina NPH, tornam-se indicados para pacientes com DM1 (e DM2 em fases mais avançadas, insulinopênicas) que apresentem oscilações importantes de suas glicemias diárias,com alternância de episódios de hipo e hiperglicemias, já que essas oscilações, além dos riscos inerentes associados, são importantes fatores de diminuição da qualidade de vida. Pacientes que apresentem episódios de hipoglicemia noturna, que são causa de grande estresse para o paciente e seus familiares Locais de aplicação: abdômen (periumbilical e flancos), coxas (região vasto lateral) e braços (região lateral) Hipoglicemia Sintomas: dormência na língua, tremores, sudorese, confusão mental, taquicardia, nervosismo etc) Causas: aumento da dose de insulina; exercícios prolongados ou inadequados, ingestão de álcool sem alimento; refeições e lanches inadequados e/ou atrasados. Tratamento: Carboidrato (imediatamente quando paciente estiver consciente) → suco, açúcar ou mel, aguardar 15mim, reavaliar a glicemia → retroceder ao tratamento em caso de glicemia abaixo de 70mg/dl. Em pacientes inconscientes: testar a glicemia e tratar com GLUCAGON (1mg/Kg SC/IV) → esperar a consciência, reavaliar e tratar com glicose. Todos os indivíduos com DM devem ser orientados a identificar, tratar e prevenir a hipoglicemia. O tratamento nutricional da hipoglicemia quando o indivíduo está consciente, recomenda o consumo de 15g de glicose a partir de 01 sachet de glicose ou de alimentos fontes de carboidratos: 01 colher (sopa) de açúcar branco ou 03 balas macias ou 150 mL suco laranja ou refrigerante comum por conterem glicose prontamente disponível. Parece que a resposta glicêmica aguda se correlaciona melhor com o teor de glicose do que com o conteúdo de carboidrato do alimento. Parte-se do princípio que 15g deste nutriente elevam aproximadamente 50mg/dL da glicemia. Após 15 minutos da ingestão do carboidrato, o indivíduo deverá monitorar a glicemia, para confirmar a elevação dos níveis glicêmicos ou repetir a operação, se necessário. Insulina inalatória Afrezza® - para pacientes com DM1 e DM2. Adere e microencapsula a insulina de ação rápida e assim a transporta pelo pulmão. Quando inaladas, as partículas de insulina dissolvem-se no pulmão e entram na camada mucosa dos alvéolos, onde são rapidamente absorvidas pela circulação Tem rápido início de ação, caracterizado por um aumento acentuado nas concentrações séricas, atingindo níveis máximos após 12 a 15 minutos. Sua duração de ação é curta e desaparece em aproximadamente 160 a 180 minutos. Cada unidade de insulina rápida subcutânea corresponde a cerca de 1,5 unidade de insulina Afrezza Os candidatos ao uso de TI são pacientes com hipoglicemias frequentes, enquanto usam insulina subcutânea de curta ação, particularmente hipoglicemia pós-prandial tardia, pacientes com fobia por agulha e aqueles que não toleram insulina subcutânea devido a reações de pele. Contraindicada a pacientes com doenças pulmonares (como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica), além de tabagistas. Sulfoniureias (agonistas SUR-1) Fármacos: Gliclazida XR (Diamicron MR®) 30-120 mg 1x/dia (SUS) o Indicada para quem tem hipoglicemia Glimepirida (Amaryl®, Betes®)1-4 mg 1x/dia o Sulfoniureia de 3° geração Glibenclamida (Daonil®) 2,5-20 mg 1-2x/dia (SUS: 5mg 2x/dia – em doses maiores apenas EA) o Sulfoniureia de 2° geração o Geralmente é a 1° opção para terapia dupla com metformina Farmacocinética: Administração VO, alta fixação à proteínas plasmáticas, metabolização no fígado (CYP450) e excreção renal e biliar. Interações medicamentosas: proteínas plasmáticas → aumenta a fração livre e efeito imediato → hipoglicemia o Exemplo: fluoxetina Metabolizado pelas CYPs: se administrado com fármaco que inibe as CYPs → bioacumulação → hipoglicemia Glibenclamida 50% biliar: indicada para pacientes DRC Outras 70% renal: contraindicada para pacientes DRC Contraindicações: insuficiência renal e hepática, gravidez (hipoglicemia grave ao nascimento). Efeitos adversos: hipoglicemia, ganho de peso, distúrbios GI, prurido, náuseas, reações hematológicas (anemia, leucopenia), retenção hídrica, hiponatremia. Ganho de peso: pp glibenclamida (↑apetite) Outras não interferem tanto no peso Mecanismo de ação: Sulfonilureias ligam-se aos receptores (agonistas) SUR-1, em células beta pancreáticas funcionais. Ocorre o fechamento dos canais de potássio ATP-sensíveis, diminuindo a saída de potássio. Ocorre a despolarização. Canais de cálcio voltagem-dependentes abrem e aumentam o influxo de cálcio, causando translocação e exocitose dos grânulos de secreção de insulina Pode ser associado à insulina Redução de glicemia de jejum: 60-70 mg/dL e HbA1c: 1,5%-2,0% Maria Eduarda Zen Biz | ATM 2025.1 6° fase Medicina | 2022.1 Redução do risco de complicações microvasculares Baixo custo Glinidas (Agonistas SUR-1) INDICADAS SE PACIENTE COM HIPERSENSIBILIDADE ÀS SULFONIUREIAS OU DRC Repaglinida (Prandin®, Posprand®) 0,5-16 mg 3x/dia (SUS/AC) Nateglinida (Starlix®) 120-360 mg 3x/dia Mecanismo de ação: Estimulam a liberação de insulina das células -pancreáticas dependente da concentração de glicose plasmática. Promovem o fechamento dos canais de K+, ocorrendo a despolarização da célula, consequente abertura de canais de cálcio e secreção de insulina. Restauram primeira fase de secreção de insulina Farmacocinética: Absorção rápida: 15 min pós-administração Pico de ação: 0,5-2,0 h Duração da ação: curta: 3-4h (tomar várias vezes ao dia) A Repaglinida (SUS/AC) tem secreção e eliminação via biliar, portanto, é recomendada aos pacientes com DM os quais estão evoluindo para DRC Redução de GJ: 20-30 mg/dL e HbA1c: 1,0%-1,5% Redução da variabilidade da glicose pós-prandial Flexibilidade de dose Metabolizadas pelas CYPs – risco de interação Efeitos adversos: Hipoglicemia e Ganho de peso Repaglinida (SUS/AC): secreção, eliminação toda via biliar. Importante pra pacientes DM que estão evoluindo pra DRC Metformina 1° LINHA DM VO (PRIVADO E SUS) Glifage®, Glifage XR®, Glucoformin® Posologia: 500 a 2.000 mg, 1-3x/dia (SUS: 500-850mg ou SUS/AC XR 500-1000mg)) Redução GJ: 60-70 mg/dL e HbA1c 1,5-2,0% Previne progressão para DM2 e melhora perfil lipídico. Farmacocinética: Biodisponibilidade 80%, pico em 2h (LI), excretada inalterada via renal. Ingerir com a refeição reduz a sensibilidade visceral (TGI). Contraindicada em DRC ou hepatopatas graves TFG <30mL/min/1,73m3 Efeitos adversos: Sintomas gastrointestinais (diarreia, náuseas, anorexia, distúrbios de paladar), perda de peso, Deficiência de vitamina B12, Acidose lática (rara – IR ou IC). Interfere na digestão do amido → fermentação → gases, cólica Formulações de liberação prolongada: 1-2x/dia o Metformina XR: VO – iniciar a noite, no jantar. Após uma dose oral de 500mg a absorção da metformina é significativamente retardada (Tmax de 7h) em comparação com o comprimido de liberação imediata (Tmax de 2,5h) Formulações de liberação imediata: 3x/dia Mecanismo de ação: potencializa a sensibilidade à insulina pelo fígado e tecidos periféricos (músculo), permitindo o aumento da captação de glicose. Ativação da proteína- cinase dependente de AMP (AMPK) pela metformina, promove a estimulação da oxidação de ácidos graxos, a captação de glicose, e metabolismo não oxidativo da glicose e redução da lipogênese e da gliconeogênese no fígado + redução dos níveis plasmáticos de glucagon; OU SEJA: a Metformina diminui resistência tissular da insulina + diminui lipogênese + diminui gliconeogênese A redução da glicemia deve-se as ações hepáticas e musculares que apresentam efeito sensibilizador da insulina. No hepatócito, provoca inibição da gliconeogênese e da glicogenólise, e estimulação da glicogênese enquanto, nos tecidos periféricos insulino-dependentes, principalmente na musculatura esquelética, aumenta a captação de glicose provocando rápida redução da glicemia plasmática. Causa redução do pesocorpóreo, em contrapartida aos outros fármacos anti-diabéticos Pode ser utilizado em mulheres com SOP pela alta probabilidades de desenvolver síndrome metabólica NÃO ESTIMULA A LIBERAÇÃO DE INSULINA, OU SEJA, NÃO CAUSA HIPOGLICEMIA Inibidores da alfa-glicosidase Acarbose (Aglucose®, Glucobay®) 50-300 mg com as refeições Ação: Inibidor da alfa glicosidase (enzima presente no TGI) levando ao retardo da absorção de carboidratos. Efeitos Adversos: flatulência, diarreias, distensão abdominal, dor abdominal. Redução de GJ: 20-30 g/dL e HbA1c: 0,5%-0,8% Reduz peso Realizar dieta pobre em amido Glitazonas Pioglitazona (Gliozac®, Piotaz®, Pioglit®, Actos®, Stanglit®) 15, 30 ou 45 mg – 1x/dia Atuam aumentando e sensibilizando a ação da insulina no fígado, músculos e adipócitos. Ativam os receptores nucleares (PPAR-) – regulam a expressão de genes que afetam o metabolismo glicídico e lipídico, responsáveis pela captação de glicose mediada por insulina nos tecidos periféricos e pela diferenciação de pré-adipócitos em adipócitos. Aumentam a expressão dos transportadores de glicose (GLUT4), da lipoproteína lipase e reduzem a expressão da leptina e do TNF-alfa. Aumento da sensibilidade da insulina nos tecidos periféricos (músculo, adipócitos, hepatócitos) e inibe gliconeogênese hepática Maria Eduarda Zen Biz | ATM 2025.1 6° fase Medicina | 2022.1 Redução de GJ: 35-65 mg/dL e HbA1c 0,5%-1,4% Reduz resistência à insulina o Geralmente para os pacientes que já estão em uso de metformina e glibenclamida o Insulina normal + Hiperglicemia = Resistência Prevenção de DM2. Reduz o espessamento médio-intimal carotídeo. Melhora o perfil lipídico com redução de triglicérides. Redução da gordura hepática. Raramente causa hipoglicemia. Usa por um período de tempo – 6 meses a 1 ano Efeitos adversos: Retenção hídrica, ganho de peso, sinusite, cefaleia, distúrbios dentários. As glitazonas estão associadas a alguns tipos de cânceres (bexiga) e fraturas ósseas. Fraturas: estimula osteoclastos e ↑reabsorção óssea Contraindicações: Insuficiência Cardíaca e Insuficiência hepática Inibidores da DPP-4 Sitagliptina (Januvia®) 50 a 100 mg – 1-2x/dia Vildagliptina (Galvus®) 50 mg – 2x/dia Linagliptina (Trayenta®) 5 mg – 1x/dia Alogliptina (Nesina®) 6,25 ou 12,5 ou 25 mg – 1x/dia Saxagliptina (Onglyza®) 2,5 ou 5 mg – 1x/dia Mecanismo de ação: aumentam as concentrações e meia- vida do GLP-1 endógeno pela inibição da degradação enzimática do GLP-1 mediada pelas enzimas DDP4 (essa enzima também inativa o GIP) → proliferação de células beta pancreáticas Redução de glicemia de jejum: 20 mg/dL e HbA1c: 0,6%- 0,8% (não é tão eficaz → começar com outros) Aumento da massa de células beta em modelos animais Segurança e tolerabilidade, mas $$ Raramente causa hipoglicemia NÃO altera o peso Farmacocinética: Os inibidores da DPP-4 são absorvidos efetivamente pelo intestino delgado. A alogliptina, a sitagliptina, a vildagliptina e a saxagliptina (CYP3A4), circulam principalmente na forma não ligada e são excretadas, em sua maior parte, de modo inalterado na urina; devem-se administrar doses mais baixas a pacientes com redução da função renal. Não permeia BHE Efeitos adversos: gastrintestinais, urticária, dermatite de contato, cefaleia, artralgias, infecções como nasofaringite e infecção urinária. Probabilidade de pancreatite aguda. Os inibidores de DPP4 podem ser utilizados em associação com metformina, sulfonilureias e tiazolidinediona. Tem como vantagens o uso por via oral em dose única diária, baixa frequência de efeitos gastrintestinais e de hipoglicemias e a ausência de ganho de peso. Entretanto, medicações de menor custo e maior segurança como a metformina, possuem maior eficácia no controle glicêmico em relação à vildagliptina. Agonistas dos receptores GLP-1 Liraglutida: (Victoza®, Saxenda®) 0,6-1,2-1,8mg/dia Dulaglutida: (Trulicity®) 0,75-1,5 mg 1x semana Semaglutida inj: (Ozempic®) 0,25-0,5-1mg 1x/semana Semaglutida oral: (Rybelsus®) 3-7-14mg 1x/dia Mecanismo de Ação: atum como agonistas de receptores de GLP-1 (é um análogo do hormônio GLP-1). Respostas observadas: Aumenta a secreção de insulina dependente de glicose; Reduz secreção de glucagon; Retarda o esvaziamento gástrico; Aumenta a saciedade. Redução GJ: 30 mg/dL e HbA1c em 0,8-1,5% (pouco, semelhante aos inibidores da DPP4) Redução do peso corporal. Raramente causa hipoglicemia. Redução de Albuminúria Uso privado¸ principalmente para tratamento da obesidade Efeitos adversos: Náuseas, vômitos, diarreia e constipação. Alteração paladar, tontura, hipoglicemia, dispepsia, insônia, cálculo biliar, reação no local da aplicação, aumento das enzimas pancreáticas. Pancreatite aguda (raro, observado apenas nos GLP 1-RA injetáveis). Faz proliferação celular Contraindicações: Hipersensibilidade. Pancreatite. Carcinoma medular de tireoide. Uso simultâneo de inibidores da DPP-IV. TFG <15 mL/min/1,73 m². Inibidores do SGLT2 Dapagliflozina (Forxiga®) 10 mg – 1x/dia Empagliflozina (Jardiance®) 10 a 25 mg – 1x/dia Canagliflozina (Invokana®) 100 a 300 mg – 1x/dia Mecanismo de Ação: Inibe a reabsorção de glicose e sódio no túbulo proximal por meio da inibição do transportador SGLT2, levando à glicosúria e natriurese. Redução GJ: 30 mg/dL e HbA1C: 0,5%-1,0% Redução da mortalidade em pessoas com diabetes e DCV Raramente causa hipoglicemia. Redução discreta de peso. Redução da Pressão arterial Farmacocinética: Possuem boa biodisponibilidade oral (60- 80%), que não é afetada pela presença de alimento, e alcançam níveis máximos 1 a 2 h após a sua ingestão. Cerca de 90% estão ligados às proteínas circulantes, com meias- vidas de cerca de 12 h - 1 dose 1 vez ao dia. Os compostos são metabolizados por glicuronidação, e eliminados dia renal. Efeitos adversos: elevação da creatinina sanguínea sérica (dano renal), infecções do trato urinário, aumento da frequência de fraturas ósseas (em pacientes com problemas renais), relatos de desidratação, hipovolemia, infecções genitais, hipoglicemia, câncer de bexiga e de mama
Compartilhar