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Plaquetas: • São derivadas da medula óssea • São fragmentos de uma célula do citoplasma chamada megacariócito REGULADOR DE SÍNTESE PLAQUETÁRIA: TROMBOPOETINA (TPO) • Produzida em maior quantidade no fígado e é liberada conforme a necessidade (diminuição ou aumento de plaquetas) • Aumentada em casos de trombocitopenia ➜ redução das plaquetas • Reduzidas em trombocitose ➜ aumento da concentração plaquetária FUNÇÃO PLAQUETÁRIA: Sua função está relacionada a formação de um tampão mecânico As plaquetas passam por diversas etapas para que ocorra a formação do tampão, tais como: adesão, agregação, liberação e amplificação. Adesão: Interações plaqueta-plaqueta e plaqueta-parede celular, ambas são mediadas pelo fator de von Willebrand (FvW) FvW: permite a adesão do endotélio com a plaqueta (adesão) e interação plaqueta-plaqueta (agregação) Agregação: Caracteriza-se pelas ligações cruzadas que ocorrem entre as plaquetas por meio das pontes de fibrinogênio e receptores GP IIb/IIIa.. Alguns fatores como tromboxano A2 e ADP aumentam a agregação. Promovem sustentação e contração do musculo vascular liso diminuindo o fluxo de sangue do vaso lesado Caracteriza o aumento da atividade plaquetária. Liberação: Liberação de proteínas dos grânulos plaquetários como ADP e serotonina que estimulam e recrutam plaquetas adicionais Amplificação: Intensificação da geração de trombina. Na fase de amplificação, a adesão plaquetária é coordenada pelo receptor de colágeno plaquetário-específico (glicoproteína lb/IIa) e o fator de von Willebrand; a pequena quantidade de trombina formada na fase de iniciação amplifica o processo, promovendo mais adesão plaquetária e ativação dos fatores V, VIII e XI. HEMOSTASIA PRIMÁRIA: Quando o endotélio é lesado ocorre adesão ao colágeno exposto, inicia uma serie de reações químicas que resultam em ativação plaquetária Essa ativação plaquetária resulta numa liberação de mediadores químicos como as moléculas sinalizadoras (ADP, TX, A2, serotonina, fator de ativação plaquetária e trombina) Essas substâncias ativam inúmeros receptores, que faz com que mais plaquetas sejam ativadas HEMOSTASIA SECUNDÁRIA: processo no qual o tampão plaquetário inicialmente gerado na hemostasia primária é reforçado, através da conversão do fibrinogênio para fibrina Classes dos Fármacos: Anticoagulantes: inibem a coagulação (varfarina, heparina) Antiplaquetários: inibem agregação plaquetária (ASS, Clopidogrel) Trombolíticos: dissolução de coágulos (alteplase, estreptoquinase) Anti-hemorrágicos: controle de sangramentos (sulfato de protamina, vitamina K) Antiplaquetários • São os inibidores plaquetários • Diminuem a formação de um coágulo rico em plaquetas ou diminuem a ação dos sinais químicos que promovem agregação plaquetária. • Bloqueiam os receptores GP llb/lla ou ADP interferindo na agregação plaquetária ÀCIDO ACETILSALICÍLICO (AAS): Mecanismo de ação: Inibe a síntese do tromboxano A2, por meio da inibição da COX-1, deste modo, inativando irreversivelmente a enzima. Isso impede a aglutinação/agregação plaquetária. OBSERVAÇÃO: • A supressão da aglutinação persiste por toda vida da plaqueta que é de 7 a 10 dias aproximadamente. A administração repetida do AAS tem efeito acumulativo na função plaquetária. • O AAS é o único fármaco que inibe irreversivelmente a função das plaquetas. Uso terapêutico: utilizado no tratamento de isquemia cerebral transitória, reduz incidência de IAM. A dose recomendada vai de 50 a 325mg/dia. Farmacocinética: administrado via oral e hidrolisado e biotranformado no fígado Efeitos adversos: Dosagens mais altas de AAS aumentam sua toxicidade, bem como a probabilidade de inibir também a produção de prostaciclina. O tempo de sangramento é alongado com o tratamento com AAS, causando complicações que incluem aumento da incidência de acidente cerebral hemorrágico e sangramento gastrintestinal (GI), especialmente com dosagens mais elevadas TICLOPIDINA, CLOPIDOGREL, PRASUGREL E TICAGRELOR Mecanismo de ação: Inibem a ligação do ADP aos seus receptores nas plaquetas e assim, inibem a ativação dos receptores GP llb/lla necessários para que as plaquetas se liguem ao fibrinogênio e umas às outras (agregação/aglutinação) Uso terapêutico: aprovado para a prevenção de eventos ateroscleróticos em pacientes com IAM ou acidente vascular encefálico (AVE) Farmacocinética: sofrem biotransformação hepática. A eliminação dos fármacos e seus metabólitos ocorrem por via renal e fecal. Alimentos interferem com a absorção da ticlopidina, mas não com os demais. Efeitos adversos: podem prolongar o tempo de sangramento ABCIXIMABE, EPTIFIBATIDA E TIROFIBANA Mecanismo de ação: inibe o complexo receptor de GP llb/lla. Quando se liga ao GP llb/lla, bloqueia a ligação do fibrinogênio com o FvW e não ocorre aglutinação/agregação plaquetária. Uso terapêutico: prevenção de complicações cardíacas isquêmicas. Esses fármacos são administrados por via IV, junto com heparina e AAS. Farmacocinética: A eptifibatida e seus metabólitos são excretados pelos rins. A tirofibana é excretada, principalmente inalterada, pelos rins e nas fezes. O abciximabe é administrado em bólus intravenoso (IV), seguido de infusão IV, alcançando o pico de inibição das plaquetas em 30 minutos. Efeitos adversos: podem prolongar o tempo de sangramento Anticoagulantes: • Inibem a ação dos fatores de coagulação (heparina) ou interferem na síntese de coagulação (antagonistas da vitamina K como a varfarina) HEPARINA E HEPARINA DE BAIXO PESO MOLECULAR • É um anticoagulante injetável de ação rápida, usado com frequência para atuar na formação de trombos. Mecanismo de ação: ambas as heparinas se ligam à antitrombina mudando o formato do seu sítio de ligação. Desta forma, a heparina: na atua aumentando a interação entre o fator Xa e a trombina, catalisando a inibição da trombina cerca de mil vezes e permitindo a ligação da trombina com antitrombina e da antitrombina com o fator Xa.. Já a heparina de baixo peso molecular é curta demais para ligar a antitrombina com a trombina; mas ela possui maior capacidade de potencializar a inibição do fator Xa OBSERVAÇÃO: • Ambas as heparinas se ligam à antitrombina e ambas alteram o formato do sítio de ligação Farmacocinética: pode ser administrada por via subcutânea pois não atravessa as membranas com facilidade. É excretada pela urina. Efeitos adversos: o principal é o sangramento, mas também ocorre hipersensibilidade e trombocitopenia ETEXILATO DE DABIGATRANA: • É um pró fármaco, inibidor direto de trombina, e de uso oral Mecanismo de ação: inibe diretamente a trombina, impedindo a conversão do fibrinogênio em fibrina e impedindo a coagulação. Uso terapêutico: prevenção de AVE e embolismo sistêmico em pacientes que possuem fibrilação atrial não valvar. Farmacocinética: é administrado por via oral. Eliminada via renal. Efeitos adversos: o principal efeito adverso é a hemorragia, como com outros anticoagulantes. RIVAROXABANA E APIXABANA Mecanismo de ação: inibidor do fator Xa, impedindo-o de converter protrombina em trombina. Uso terapêutico: prevenção e tratamento da trombose venosa profunda (TVP) do embolismo pulmonar e acidente vascular em fibrilação atrial não valvar. Farmacocinética: são absorvidos por via oral. Cerca de 1/3 do fármaco é excretado na urina e nas fezes. Efeitos adversos: O sangramento é o efeito adverso mais grave dos inibidores do fator Xa. Não há antídoto disponível para reverter a hemorragia causada por rivaroxabana ou apixabana.. VARFARINA: Relacionada aos fatores II, VII, IX e X Ocorre carboxilação ➜ CO, O2 e VIT. K reduzida, a qual é consumida e se transforma em VIT. K oxidada. A VKOR transformaVIT. K oxidada em reduzida. Mecanismo de ação: inibe a VKOR impedindo a transformação de VIT. K oxidada em reduzida. Impedindo assim a interação entre os fatores de coagulação e a membrana das plaquetas. OBSERVAÇÃO SOBRE ANTICOAGULANTES: • VARFARINA: inibe VKOR • HEPARINA: inibe indiretamente a trombina • ETEXALATO DE DABIEGRATANA: inibe diretamente trombina Uso terapêutico: prevenção e tratamento de TVP e EP, além de prevenir AVE na condição de fibrilação ventricular ou valvas cardíacas prostéticas. Farmacocinética: a varfarina é rapidamente absorvida, administrada por via oral. É ligada a albumina, o que evita sua difusão para o líquido cerebrospinal, urina e leite materno. Porém atravessa facilmente a placenta. Metabolitos são excretados na urina e nas fezes. Efeitos Adversos: o principal é a hemorragia, por isso é necessário sempre ajustar a dosagem do fármaco Referências: • WHALEN, K.; FINKEL, R.; PANAVELIL, T. A. Farmacologia ilustrada. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.
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