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Equações Básicas para um volume de Controle 4.1 Conceitos de sistema e volume de controle Como já mencionando anteriormente a abordagem para o estudo de escoamento de fluidos pode ser feita segundo dois métodos distintos: o método de Lagrange e o método de Euler. Estes dois métodos são relacionados aos conceitos de sistema e volume de controle. O método de Lagrange baseia-se no conceito de sistema de controle. Por definição, um sistema é uma certa quantidade de material com identidade fixa (composto sempre pelas mesmas partículas de fluido) que pode se mover, escoar e interagir com o meio.Este método consiste em isolar o sistema e estudar o comportamento de uma partícula, isoladamente, do fluido e, por final, estimar o comportamento do todo. O método de Euler por outro lado, baseia-se no conceito de volume de controle (VC). Um volume de controle é um volume no espaço (uma entidade geométrica e independente da massa) através do qual o fluido pode escoar. Neste método Euler definiu que o escoamento pode ser modelado utilizando um volume de controle. Usaremos a formulação de volume de controle, por dois motivos, como o sistema pode sofrer distorção e deformação continua, é, na maioria das vezes, extremamente difícil identificar e acompanhar uma mesma massa do fluido durante todo o tempo. Em segundo lugar, na maioria dos casos não nos interessa o movimento de uma dada massa de fluido, e sim o efeito do movimento do fluido com um todo sobre certo objeto ou estrutura. Assim é mais conveniente aplicar as leis básicas a um volume fixo no espaço, ou seja, analisar pelo volume de controle. Qualquer volume pode ser considerado como um volume de controle. O volume de controle pode ser finito ou infinitesimal e a escolha do tamanho e formato depende do tipo de análise que pretendemos realizar. Nós utilizaremos, na maioria das vezes, volumes de controle fixos e indeformáveis, mas, em algumas situações, vamos considerar volumes de controle que se deslocam com velocidade constante. É muito importante gastar um certo tempo na escolha do volume de controle que iremos utilizar a escolha do volume de controle apropriado na mecânica dos fluidos é muito parecida com a escolha do diagrama de corpo livre na mecânica dos sólidos. Na dinâmica dos sólidos nós isolamos o corpo em que estamos interessados, representamos o objeto num diagrama de corpo livre e aplicamos as leis pertinentes ao corpo. A facilidade de resolver os problemas de dinâmica depende muito do modo como nós escolhemos o diagrama de corpo livre. De modo análogo, a facilidade de resolver um problema de mecânica dos fluidos depende da escolha do volume de controle. A escolha do melhor volume de controle decorre da experiência pessoal. Nenhum volume de controle está errado mais alguns deles são mais adequados que outros. 4.2 Equação de Transformação de Reynolds Nesta seção iremos relacionar o conjunto de variáveis extensivas existentes em um sistema fluido em uma formulação considerando o volume de controle. Para tanto iremos considerar uma variável extensiva qualquer do sistema, N (diretamente proporcional à quantidade de matéria), e sua correspondente propriedade intensiva (propriedade extensiva por unidade de massa e, portanto, independe da massa) será definida como . Desta forma, qualquer uma das propriedades extensivas poderá ser representada por N. A quantidade de uma propriedade extensiva que um sistema apresenta num dado instante, Nsistema, pode ser determinada pela somatória da quantidade associada a cada partícula fluida que compõem o sistema. Para uma partícula fluida infinitesimal com tamanho d V e massa d V esta somatória (no limite em que d V0) toma a forma de uma integração sobre todas as partículas no sistema e pode ser escrita como sistemai iii V sistema VdVN lim 4.1 Os limites de integração cobrem todo o sistema – usualmente um volume móvel. Nós utilizamos o fato de que a quantidade de N numa partícula de massa dV é dada, em função de , por N = d V . A maioria das leis que descrevem o movimento dos fluidos envolve a taxa de variação temporal de uma propriedade extensiva, a taxa com que a massa do sistema varia com o tempo, e assim por diante. Portanto, nós sempre encontraremos termos que apresentem a seguinte forma dt Vdd dt dN sistemasistema 4.2 Para formular estas leis na abordagem do volume de controle nós precisamos obter uma expressão para a taxa de variação da propriedade extensiva no volume de controle, NVC e não num sistema. Isto pode ser escrito do seguinte modo dt Vdd dt dN VCVC 4.3 onde os limites de integração, denotados por VC, cobrem o volume de controle em que estamos interessados. Apesar das equações 4.2 e 4.3 possam parecer similares, as interpretações físicas de cada uma delas é bastante diferente. Lembre que o VC é um volume no espaço (na maioria dos casos é estacionário, mas ele pode se mover e com um movimento que não é igual ao sistema). Por outro lado, o sistema é uma quantidade fixa de massa identificável que se move com o fluido (de fato, é uma porção especificada do fluido). As quantidades dNsistema/dt e dNVC/dt não precisam, necessariamente, ser iguais mesmo nos casos quando o sistema e o volume de controle momentaneamente são coincidentes. O teorema de transporte de Reynolds fornece uma relação entre a taxa de variação temporal de uma propriedade extensiva para um sistema e aquela para um volume de controle, ou seja a relação entre as equações 4.2 e 4.3. Na Figura 4.1 é representado um escoamento genérico por meio de linhas de corrente. Para facilitar o entendimento das grandezas estudadas, o escoamento é imaginado como interno a um tubo cilíndrico. Figura 4.1 Escoamento de uma grandeza N no espaço. No escoamento interno ao tubo é demarcado um volume neste espaço, que é exatamente a forma interna do tubo, como indicado na Fig. 4.2, que constitui o Volume de Controle (VC), a ser utilizado no estudo de conservação de uma grandeza extensiva qualquer N. Figura 4.2 Volume de controle adotado, interno ao tubo. No instante inicial t, a quantidade de matéria se encontra dentro do VC é individualizada para constituir o sistema de estudo, como indicado no esquema da Fig. 4.3. Figura 4.3 Individualização da matéria dentro do VC para constituir um sistema. A Fig. 4.4 ilustra três regiões com diferentes características no interior de um cilindro: a região 1, definida pelo espaço do volume de controle, que ficou sem partículas do sistema; a região 2, caracterizada pela parte do sistema que ainda se encontra dentro do VC; e a região 3, constituída pelos elementos do sistema que saíram do VC. Figura 4.4 Deslocamento do sistema em razão do escoamento. 4.2.1 Derivação do Teorema de Transporte de Reynolds Por definição, o sistema deve consistir das mesmas partículas fluidas e, conseqüentemente deve mover-se com o campo de escoamento. Na Fig 4.4 as fronteiras são t e t + ∆t. O objetivo é relacionar a taxa de variação de qualquer propriedade extensiva arbitrária do sistema (N) com as variações temporais dessa propriedade associada com o volume de controle. Da definição de derivada, a taxa de variação de N é dada por t NN dT dN ttt t Sistema 0 lim 4.4 Como em t as fronteiras são iguais e em t + ∆t o sistema ocupa a região 2 e 3 Portanto, na saída temos, ttttttt 3t1ttVC32tt NNNNNN 4.5 e na entrada, a quantidade de matéria coincide que entra no sistema no instante t, é a mesma contida no VC, conforme mostrado na Figura 4.3 e ratificado na equação 4.4 ttt 21VCt NNNN 4.6 Substituindo na derivada da equação 4.4, obtemos: t NNNN lim dt dN tVC31VC 0t tttttt 4.7 Comoo limite da soma é igual à soma dos limites: t N lim t N lim t NN lim dt dN tt1 0t tt3 0t tVCttVC 0t Sistema 4.8 Interpretando cada termo, temos: O primeiro termo do segundo membro da equação 4.8 caracteriza a definição da quantidade de N no VC. Quanto t tende a zero, o termo representa a derivada parcial da quantidade de N no VC, que pode ser obtida em função da grandeza intensiva correspondente por intermédio da integração de um elemento de volume no VC. VC VC tVCttVC 0t Vd t Vd tt NN lim 4.9 O segundo termo do lado direito da equação 4.8 representa a taxa com que o parâmetro extensivo N escoa do volume de controle durante o intervalo de tempo t, através da superfície de controle. Neste ponto iremos fazer algumas considerações sobre a quantidade da grandeza dN contida no elemento de fluido, de massa dm, que pode ser calculada por (seguindo-se a notação apresentada na Fig. 4.4): dxdAdmdN 4.10 onde , neste caso é apenas uma variável adimensional relacionada a N. Como estamos relacionando a taxa com que N escoa no VC, podemos escrever que: dt dN DN 4.11 Substituindo a equação 4.10 na equação 4.11, temos dt dxdA dDN 4.12 O termo dx/dt representa a componente a velocidade com que o fluido escoa através da área de saída, Asai, considerando a notação vetorial, passamos a escrever a equação 4.12, assim AdVdDN 4.13 Assim, a taxa de variação temporal do parâmetro extensivo N, pode ser obtida integrando-se a equação 4.13 sobre a área de escoamento Asai. saiA N AdVD 4.14 Feito estas considerações poderemos voltar ao segundo termo da equação 4.8, no qual percebe-se que o conceito taxa de variação temporal do parâmetro extensivo da grandeza N pode ser aplicado, considerando uma determinada quantidade de matéria saindo pela SC, desta forma temos, sai sai A A N tt3 0t AdVAdVD t N lim 4.15 Aplicando-se o mesmo raciocínio utilizado para relacionar o segundo termo da equação 4.8, podemos verificar que o terceiro mesmo desta mesma equação é ligado à taxa de variação temporal do parâmetro extensivo da grandeza N existente na região 1 da Fig. 4.4, e representa quanto de N foi introduzido no VC durante o intervalo de tempo t, atravessando a área de entrada Aent do VC. Assim sendo podemos escrever, ent ent A A N tt1 0t AdVAdVD t N lim 4.16 Substituindo-se os três termos dados pelas equações 4.9, 4.15 e 4.16 na equação 4.8, obtém-se: entsai AAVCsistema AdVAdVVd tdt dN 4.17 Comparando-se a equação 4.17 com as equações 4.8, observa-se que o segundo termo do segundo membro da equação 4.17 teve seu sinal corrigido imposto pelo produto escalar, já que na área de entrada a velocidade tem sentido contrário ao do versor da área, dando resultado negativo. A equação 4.17 pode ser compactada um pouco mais, observando que as duas integrações nas áreas de entrada e saída têm o mesmo integrando e, portanto, podem ser agrupadas sob o mesmo sinal de integral, somando-se os limites de integração. Assim como a soma das áreas de entrada e saída, mais as áreas que não são atravessadas por escoamento (portanto, com integral nula), compõe a superfície total do volume de controle, SC, a equação 4.17 reduz-se a: 4.18 SCVCsistema AdVVd tdt dN Também pode ser escrita assim, Ad.Vdvol tdt dN SCVCsistema 4.19 Esta é a relação fundamental entre a taxa de variação de uma propriedade extensiva arbitrária de um sistema e as variações dessa propriedade associada com um volume. Também conhecida como teorema de Transporte de Reynolds. 4.2.2 Conservação de Massa Quando iniciamos a dedução da equação da Transformação de Reynolds a primeira consideração que fizemos foi que N poderia ser qualquer variável extensiva com influência em um sistema de fluidos. Partindo-se deste pressuposto, podemos considerar que N poderia assumir estas dimensões: N = M, = 1 N = P , = V N = E, = e N = S, = s Onde M é a massa, P é a quantidade de movimento, E é a energia e S a entropia. Assim sendo, da Transformação de Reynolds permite a demonstração da conservação de massa de um sistema, uma vez que M é uma grandeza extensiva que pode ter sua correspondente grandeza intensiva dividindo-a pela massa, portanto = 1. Então, como um sistema tem massa constante e individualizada, a aplicação da Transformação de Reynolds para a massa m fornece: 0Ad.VVd tdt dM SCVC 4.20 Portanto, ao considerarmos o escoamento através de um volume de controle, percebemos que, se durante um intervalo de tempo a quantidade de massa escoando para dentro do volume de controle não for a mesma que a quantidade de massa escoando para fora do volume de controle, haverá um mudança na quantidade de massa no volume de controle. Se o escoamento para fora for maior do que o escoamento para dentro, haverá um decréscimo na quantidade de massa no volume de controle; inversamente, haverá um aumento de massa no volume de controle se o escoamento para dentro for maior do que o escoamento para fora. Assim, em termos puramente físicos, podemos fornecer um enunciado para escoamento de massa: 0= - + Como a diferença entre a taxa de escoamento de massa para fora e a taxa de escoamento de massa para dentro é igual a taxa de massa resultante (para fora) através do volume de controle, o enunciado acima para a conservação da massa poderia ser escrito assim: 0 = + Taxa de escoamento de massa para fora do volume de controle Taxa de escoamento de massa para dentro do volume de controle Taxa de variação de massa no volume de controle Taxa de fluxo de massa resultante (para fora) através do volume de controle Taxa de variação de massa para dentro do volume de controle A equação 4.20 também conhecida como Equação da Continuidade e representa extrema importância na resolução de problemas, como por exemplo, os de medidores de vazão, nos quais alia-se à Equação de Bernoulli. Exemplo Considere o escoamento de um fluido incompressível em regime permanente, interno a uma tubulação, atravessando um acessório convergente utilizado para ligar um tubo de maior dimensão a um tubo menor. A Fig. E.4.1.1 é usada para ilustrar o escoamento comentado. Utilize a equação da continuidade para caracterizar a velocidade em cada região do escoamento e defina o tipo de aceleração existente em cada uma. Faça as hipóteses que julgarem necessárias. Figura E.4.1.1 Escoamento através de uma convergência. Exemplo 4.2 Na junção de duas tubulações, como indicado na Fig. E.4.2.1, são misturados dois fluidos. Na tubulação (1) escoa um fluido de massa específica 1, submetido a uma vazão Q1. Na tubulação (2) escoa um fluido de massa específica 2 submetido a uma vazão Q2. Sabendo que a vazão na tubulação (3) é Q3, calcule a massa específica do produto obtido na mistura. Figura E.4.2.1 Reator de mistura e volume de controle VC. Exemplo 4.3 Considere o escoamento permanente de água através do dispositivo mostrado na Fig. E.4.3.1. As áreas são: A1 = 0,2 ft 2 , A2 =0,5ft 2 e A3 = A4 = 0,4 ft 2 . A vazão em massa através da seção (3) é dada como 3,88 slug/s. A vazão em volume entrando pela seção (4) é dada como 1 ft 3 /s, e î10V1 ft/s. Se as propriedades forem consideradas uniformes através de todas as entradas e saídas de fluxo, determine a velocidade do escoamento na seção 2. Figura E.4.3.1 Escoamento atravésde vários dispositivos com múltiplas entradas e saídas. Exempo 4.1 (Fox) pág. 83 Exemplo 3.1 (Roma) pág.57 Exempro 3.2 (Roma) pág 58 Exemplo: 4.4 Um fluido incompressível se escoa de modo estacionário através de um duto com duas saídas. O escoamento é unidimensional nas seções (1) e (2), porém o perfil de velocidades é parabólicos na seção (3). Calcule a velocidade V1. Figura E.4.4.1 Escoamento através de um tubo com ramificação. Solução: Uma vez que o escoamento é permanente: cs dAV 0. E.4.4.1 onde a integral representa a superfície de controle inteira, isto é: 0..... 4321 dAVdAVdAVdAVdAVcs E.4.4.2 e a integral sobre a superfície 4 é zero, uma vez que α = π/2, fornecendo cós α = 0 A densidade ρ pode ser cancelada, considerando-se que o fluido é incompressível, fornecendo 0... 321 dAVdAVdAV E.4.4.3 Na seção (1), α = π, porém α = 0 nas seções (2) e (3), já que α é o ângulo que a normal exterior faz com o vetor velocidade. E, como o escoamento é unidimensional em 1 e 2, ).2(. . . 3 3 3 2 2 2 1 1 1 drrVdAV AVdAV AVdAV E.4.4.4 Usando estas relações simplificadas, obtemos: sftAV RV R rr V dr R r rAVAV R / 3 4 )1( 3 2 )1(23 0 42 823 0.8 31 2 1 2 42 1 0 2 3 2211 E.4.4.5 4.3 Conservação da Quantidade de Movimento Uma grande parte dos problemas da mecânica dos fluidos pode ser analisada com um volume de controle fixo e indeformável. Assim, nossa dedução para a equação da continuidade será restrita a esta condição, qual seja um VC fixo no espaço em relação a um sistema de coordenadas xyz que não está acelerando em relação a um referencial estacionário em XYZ. Por tratar-se também de uma grandeza extensiva, a equação da Conservação da Quantidade de Movimento será gerada a partir da Transformada de Reynolds, bem como da formulação da segunda lei de Newton a um sistema fluido, que coincide, naquele instante, com um volume de controle. Da 2ª lei de Newton temos que, a.mF e que VmP , ao derivamos a P aplicando a regra da cadeia, temos: dt Vd mV dt dm dt Pd 4.21 Analisando esta equação, se consideramos um sistema com massa fixa, teríamos o segundo termo do segundo membro da equação 4.21 igual a zero o que nos leva a, sistema dt Pd F 4.22 onde a quantidade de movimento, P , do sistema é dada por )sistema()sistema(M sistema dVdmVP 4.23 e a força resultante, F , inclui todas as forças de campo e de superfície atuando sobre o sistema, BS FFF 4.24 Para obter a formulação para volume de controle da segunda lei de Newton estabelecemos N= P e = V na equação 4.19. Assim, fornecemos a formulação da segunda lei de Newton para um volume de controle não submetido à aceleração AdVVdV t FFF SCVC BS 4.25 Essa equação estabelece que a soma de todas as forças atuando sobre um volume de controle não submetido à aceleração, é igual a soma da taxa de variação da quantidade de movimento no interior do volume de controle com a taxa líquida do fluxo de quantidade de movimento saindo da superfície de controle. Ao utilizar qualquer equação básica para uma análise de volume de controle, o primeiro passo deve ser desenhar as suas fronteiras e designar os sentidos apropriados do sistema de coordenadas. Na equação 4.25, a força, F , representa todas as forças atuando sobre o volume de controle. Inclui tanto as de superfície, SF , quanto as de campo, BF . Se denotarmos como B as forças de campo, podemos escrever, para uma unidade de massa VCB BdmBF 4.26 Quando a força da gravidade é a única força de campo atuante, então a força de campo por unidade de massa é g . A força de superfície decorrente da pressão é dada por AS ApdF 4.27 A natureza das forças que atuam sobre o volume de controle influenciará, indubitavelmente, na escolha das suas fronteiras. Todas as velocidades da equação 4.25, são medidas em relação ao volume de controle. O fluxo da quantidade de movimento AdVV , através de um elemento de área da superfície de controle, Ad , é um vetor. O sinal do produto escalar, AdV , dependerá do sentido do vetor velocidade, V , em relação ao vetor área, Ad . O sinal do vetor velocidade, V , depende do sistema de coordenadas escolhido. A equação da quantidade de movimento é vetorial. Como com todas as quantidades vetoriais, pode ser escrita na forma de três equações componentes escalares. Em relação a um sistema de coordenas xyz, as componentes escalares da equação 4.25 são SCVCBSx AdVuVdu t FFF xx 4.28a SCVCBySy AdVVd t FFF y 4.28b SCVCBSz AdVwVdw t FFF zz 4.28c É sugerido que se proceda em duas etapas para determinar o fluxo da quantidade de movimento através de uma porção qualquer de uma superfície de controle: 1- a primeira etapa é determinar o sinal de AdV Por convenção, nesta apostila a área, A , estará sempre apontando de dentro para fora do sistema, o sentido da velocidade será sempre determinado em relação ao eixo de coordenadas. 2-a segunda etapa é determinar o sinal de cada componente da velocidade,u, v e w. Exemplo: 4.5 Um recipiente de metal com 2 ft de altura, com uma seção reta interna de 1 ft 2 , pesa 5 lbf quando vazio. O recipiente é colocado sobre uma balança e a água escoa para dentro através de uma abertura no topo; e para fora, através de duas aberturas laterais, conforme mostrado na Fig. E.4.5.1. Sob condições de escoamento permanente, a altura da água no tanque é 1,9 ft.Determine a leitura da balança. Figura E.4.5.1 Força da Pressão Hidrostática. Exempo 4.5 (Fox) pág 91 Exemplo: 4.6 Água escoa em regime permanente através do cotovelo redutor de 90° mostrado na Fig. E.4.6.1. Na entrada do cotovelo, a pressão absoluta é 221 kPa e a seção reta tem 0,01 m 2 . Na saída, a seção reta tem 0,0025 m 2 e a velocidade é 16 m/s. A pressão de saída é a atmosférica. Determine a força necessária para manter o cotovelo no lugar. Figura E.4.6.1 Cotovelo redutor Exemplo 4.7 (Fox) pág 93 Exemplo: 4.7 Determine a força que o escoamento em regime permanente, interno a uma tubulação, exerce sobre a curva com redução de diâmetro mostrada na Fig. 4.7.1. O diâmetro da tubulação na seção a jusante da curva é d, o diâmetro a montante é D e o ângulo da curva, em relação ao eixo da tubulação a montante, é representado por . A vazão transportada pela tubulação é Q e o fluido escoando tem massa específica constante. Figura E.4.7.1 Volume de controle sugerido para solução. Figura E.4.7.2 Volume de controle isolado. Exemplo 6.1 (Roma) pág 136 Exemplo: 4.8 Determine a força necessária para imobilizar um bocal cônico instalado na seção de descarga de uma torneira de laboratório (veja a Fig. E.4.8.1) sabendo que a vazão de água na torneira é igual a 0,6 L/s. A massa do bocal é 0,1 kg e os diâmetros das seções de alimentação e descarga do bocal são, respectivamente, iguais a 16 mm e 5 mm. O eixo do bocal está na vertical e a distância axial entre as seções 91) e (2) é 30 mm. A pressão na seção (1) é 464 kPa. Figura E.4.8.1 Bocal cônico e volume de controle sugerido. Exemplo 5.10 (munson) pág. 209 Exemplo: 4.9 Água escoa na curva mostrada na Fig. E.4.9.1. A área da seção transversal da curva é constante e igual a 9,3 x 10 -3 m 2 . A velocidade é uniforme em todo o campo de escoamento e é igual a 15,2 m/s. A pressão absoluta nas seções de alimentação e descarga da curva são, respectivamente, iguais a 207 kPa e 165 kPa. Determine os componentes da força necessária para ancorara curva nas direções x e y. Exemplo 5.11 (munson) pág. 213 Exemplo: 4.10 Determinar a força dirigida na direção n pela descarga permanente de 300 lbm/min de ar do ventilador centrífugo, sabendo que a velocidade de descarga ue =40ft/s. Figura E.4.10.1 Ventilador centrífugo ilustrado a convenção de sinal para a equação da continuidade. A equação do momento linear AdVVdV t FFF SCVC BS 4.25 onde a variação do momento linear dentro do volume de controle é nula, porque o escoamento é permanente, logo, ))(())(( eeeee muAuueFx ,6 60 min 2,32 ² min)/300).(/40( slbmff lbfs lbmsftFx 22lb Esta é a força que atua sobre o volume de controle. Podemos imaginar que ela é a força necessária para manter o resultado fixo. Ex2. Um jato de água incide sobre uma ventoinha fixa. Encontre a força F exercida sobre a ventoinha. O escoamento são: )( )( cv cv VdAvFy VdAuFx As força de pressão do fluido e a s forças da ventoinha sobre o jato são submetidas pó Rx, Ry. Seja Av a área molhada projetada sobre a ventoinha. 2021010 AVAVAV i De acordo com a eq equação de continuidade: )(cos)()( 20201011 AVVAVVRApatmFx xxv )(²)( )1(cos²)( 0 01 WsenAVApatmRy AVApatmRx iy in Os componentes da força sobre a ventoinha são iguais e opostos, isto é, jRiRFv yx Caso a ventoinha esteja submetida à pressão atmosférica em todas as partes, a pressão atmosférica não entra nas eqs. Resultantes são: WsenVRy VRx ² )1²(cos 0 0 Exemplo: 4.11 A Fig. E.4.11.1 mostra uma aleta com ângulo de curvatura de 60º. Ela se move à velocidade constante V = 10 m/s e recebe um jato de água que deixa um bocal estacionário com velocidade V = 30 m/s. O bocal tem uma área de saída de 0,003 m 2 . Determine a força que deve ser aplicada para manter a velocidade da aleta constante. Figura E.4.11.1 Aleta movendo-se a velocidade constante. Solução: Equações básicas: SC xyzxyz VC xyzBS AdVVdV t FFF . SC xyz VC AdVd t .0 Hipóteses: (1) O escoamento é permanente em relação à aleta (2) A magnitude da velocidade relativa ao longo da aleta é constante UVVV 21 Encontramos a componente x da equação da quantidade de movimento, considerando que não há força líquida de pressão, obtemos: 222111 21 AVuAVuVdAuVdAuR AA X Da equação da continuidade: 2211 21 0 AVAVVdAVdA AA 2211 AVAV 1112 AVuuRX Todas as velocidades devem ser medidas em relação ao volume de controle, com isso obtemos: NRX 599 (para a esquerda) Escrevendo a componente y e denotando a massa VC como M, obtemos: kNRy 04,1 {para cima} Então a força líquida necessária para manter a velocidade constante da aleta é: kNjiR 04,1599,0
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