Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
AULA 3 – INSTRUMENTAÇÃO EM MEDICINA NUCLEAR - PREPARO E MANIPULAÇÃO DE RADIOISÓTOPOS PREPARO E MANIPULAÇÃO DE RADIOISÓTOPOS • CONCEITOS • Na medicina nuclear, a sala onde se manipulam radioisótopos é chamada de sala quente. • É ali que serão feitas a manipulação e a transformação de radionuclídeos em radiofármacos, para serem administrados em pacientes. • Nessa sala se encontra o gerador de molibdênio (99Mo), em que serão feitas as ordenhas (eluições) para se adquirir o tecnécio 99mTc. • Essa sala deve contar ainda com uma bancada revestida com plástico grosso transparente, uma pia funda, um anteparo para manipulação de fontes radioativas, pinças, suporte de seringas vertical ou horizontal, lixeira radiológica blindada com chumbo (Pb), depósito (caixa em chumbo Pb) para rejeitos radioativos, suporte de seringa para aplicação (tungstênio), calibrador de dose, contador de Geiger Müller, protetor de frascos radioativos, entre outros que serão abordados nesta aula. PREPARO E MANIPULAÇÃO DE RADIOISÓTOPOS PREPARO E MANIPULAÇÃO DE RADIOISÓTOPOS • ANTEPARO TIPO CAPELA • O anteparo tipo capela tem a função de proteger o profissional de técnicas radiológicas durante a manipulação dos radionuclídeos. • É revestido em chumbo (Pb), e tem em sua base superior um vidro plumbífero (chumbo e bário), para que o profissional não precise levantar a fonte radioativa até a altura do cristalino. • Protege as regiões torácica e abdominal enquanto o profissional estiver manipulando os radionuclídeos. • Tem o formato em L, que permite colocar os membros superiores em suas laterais, ou pode ser encontrado em formato de caixa. PREPARO E MANIPULAÇÃO DE RADIOISÓTOPOS • GERADOR DE RADIONUCLÍDEOS (99Mo/99mTC) • O gerador de tecnécio deve ser colocado em um suporte revestido em chumbo, ou em poço revestido em argamassa baritada para melhor proteção das áreas ao redor. Esse é o equipamento do qual será́ extraído o 99mTc, a partir da desintegração do 99Mo (Pai), para o 99mTc (filho) de meia veida curta de 6,02 h, para que possa ser agregado a um fármaco de sensibilidade e melhor aceitação na realização de determinados exames diagnósticos. Gerador de 99mTC PREPARO E MANIPULAÇÃO DE RADIOISÓTOPOS • CALIBRADOR DE DOSE (CURIÔMETRO) • Definido como câmara de ionização, é um detector preenchido com gás inerte (argônio ou xenônio) que mede a atividade dos isótopos. • No meio da câmara há um pequeno cilindro, e a amostra radioativa é colocada no centro. A radiação (beta, gama ou Raio-x) interage com os átomos de gás, causando ionização. Calibrador de dose O calibrador de dose tem função-chave na medicina nuclear, pois é ele que faz o controle das atividades dos radionuclídeos e dos radiofármacos. Também, faz o controle das doses administradas e até mesmo o controle de qualidade. Para garantir a eficácia são realizados testes periódicos, com quatro medidas básicas: Acurácia, Linearidade, Precisão, Geometria. PREPARO E MANIPULAÇÃO DE RADIOISÓTOPOS • PROTETOR DE SERINGA • Essa atenuação diminui a dose absorvida nos membros superiores do profissional. • Esse protetor pode ser fabricado em chumbo ou em tungstênio. • O protetor de seringa tem a função de proteger e atenuar a radiação durante a administração na dose do radiofármaco por via endovenosa. PREPARO E MANIPULAÇÃO DE RADIOISÓTOPOS • CÁPSULA PORTA-FRASCOS (CASTELINHO) • A cápsula porta-frasco tem como função proteger o profissional da radiação que está sendo emitida pelo radionuclídeo, após a eluição ou até mesmo a transformação do radionuclídeo em radiofármaco. • O frasco contendo fonte radioativa não selada deve ser colocado dentro da cápsula porta-frasco, também conhecida como castelinho, para que o profissional não fique tanto tempo exposto à radiação, ou, caso tenha a necessidade de deslocar a fonte radioativa para outro ambiente dentro do laboratório, clinica ou até mesmo hospital, o transporte será́ eficiente. • É confeccionada em chumbo (Pb), com aproximadamente 10 mm de blindagem. Cápsula porta-frasco. PREPARO E MANIPULAÇÃO DE RADIOISÓTOPOS • CÁPSULA PORTA-FRASCOS PADRONIZADA (CASTELINHO) • A cápsula porta-frascos padronizada é um meio de melhor identificação e separação de radiofármacos. • Com a nova padronização, os castelinhos de chumbo estão coloridos e cada qual leva o nome do radiofármaco. • Sua espessura em chumbo continua a mesma. • 10 mm de blindagem (chumbo) PREPARO E MANIPULAÇÃO DE RADIOISÓTOPOS • PORTA-SERINGA PARA TRANSPORTE • Porta-seringa para transporte pode ser encontrada na horizontal ou na vertical, e ́ útil caso haja a necessidade de deslocar a fonte radioativa para outro ambiente dentro do laboratório, clinica ou hospital, tornando o transporte eficiente Porta-seringa para transporte na horizontal. Porta-seringa para transporte na vertical PREPARO E MANIPULAÇÃO DE RADIOISÓTOPOS • SALA DE ADMINISTRAÇÃO DO RADIOFÁRMACO • A sala de administração do radiofármaco é de total exclusividade do paciente e do profissional que vai administrar o radiofármaco. • O acompanhante permanece nessa sala até o esclarecimento da administração do radiofármaco e o procedimento do exame, devendo em seguida aguardar do lado de fora. PREPARO E MANIPULAÇÃO DE RADIOISÓTOPOS • CONTAMINAÇÃO • Ao manipular material radioativo, o profissional deve fazer uso dos EPIs, quando se manipula material radioativo (fontes não seladas), pode ser que o derramamento (acidente) aconteça. • Quando isso ocorre, as contaminações são classificadas em duas categorias, de menor e maior importância, dependendo do radionuclídeo e da quantidade derramada. • Os acidentes envolvendo menos de 1 mCi (milicurie) de atividade de 131I são considerados menores, enquanto aqueles acima desse nível são considerados maiores, devido ao seu tempo de meia-vida (T1/2vida). • Como 99mTc, 201Tl e 67Ga, o valor de referência é de 100 mCi, devido ao seu tempo de meia-vida. PREPARO E MANIPULAÇÃO DE RADIOISÓTOPOS • CONTAMINAÇÃO • Quando houver a contaminação, a área deve sofrer monitoração continua até que a leitura do Geiger-Müller volte aos níveis normais do ambiente. • As pessoas envolvidas também devem sofrer monitoração continua, incluindo mãos, pês e roupas. • Quando houver acidente, as instituições de controle e fiscalização devem ser comunicadas com relatos nos livros de ocorrências. • Todo material que foi envolvido na contaminação deve ser descartado em seu respectivo rejeito radioativo até que se espere o decaimento de 10T1/2 vida, para liberação ao órgão responsável. Decaimento radioativo ocorre quando isótopos instáveis têm seus núcleos rompidos (desintegração) em razão da instabilidade atômica. Tempo de Meia vida – é o tempo necessário para que metade (50%) dos átomos presentes em uma amostra radioativa desintegre-se. FIM
Compartilhar