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1 Ciência geográfica 1A GeografiaAula 01 Evolução do pensamento geográfico Na França, a partir da segunda metade do século XIX, a linha de pensamento possibilista ganhou força. Os possibilistas, da Escola Geográfica Francesa, notadamente Paul Vidal De La Blache, acreditavam ser o homem hóspede do meio em que vive. Na visão dos possibilistas, as sociedades interagem com a natureza, podendo mudar a realidade em que vivem. A necessidade de conhecermos o lugar onde vivemos, interagindo socialmente e sofrendo as influências da natu- reza, é bastante antiga. Diferentes motivos, como a busca por sucesso em safras agrícolas ou caçadas, o cumprimento de rituais sagrados e a defesa territorial, levaram muitas civilizações ao estudo e compreensão dos fenômenos naturais e das atividades humanas. Na Grécia antiga, pensadores como Estrabão (século I) realizavam viagens e estabeleciam comparações entre povos e lugares, especulavam sobre as estrelas e a forma da Terra. O Império Romano usou, para fins expansionistas, os “conhecimentos geográficos” acumulados. Além das informações sobre o terreno, os romanos observavam as di- ferentes culturas para melhor e mais rapidamente dominá- -las. Eram cuidadosos no traçado das vias de comunicação e na construção das cidades. Entretanto, até o século XIX, a Geografia não havia se estruturado como ciência. Os avanços obtidos nos estudos sociais e no entendimento sobre os fenômenos da natureza encontravam-se dispersos, e a análise das relações homem versus meio ambiente era prejudicada pela ausência de cri- térios que contribuíssem na obtenção de bons resultados. A Revolução Industrial impulsionou as ciências e os interesses geopolíticos. A exigência crescente de matérias- -primas e a busca por novos mercados levou os europeus a organizar informações geográficas, montando estratégias para a conquista de territórios e estudos sobre inimigos em potencial. Nesse contexto nasceu a Escola Geográfica Alemã no século XIX. A Escola Geográfica Alemã era determinista: julgava o homem “fruto do meio natural” em que vivia. Para os deter- ministas, as características de uma população eram ditadas pela natureza, que estabelecia o grau de desenvolvimento e de entendimento acerca do mundo. Os deterministas alemães influenciaram a primeira metade do século XIX. Destacaram-se os trabalhos de Alexander Von Humboldt, Karl Ritter e Friedrich Ratzel. Busto em homenagem a Alexander Von Humboldt no Central Park (Nova York-EUA) P.I m ag en s/ Al ex an dr e D et ze l 2 Extensivo Terceirão Deterministas e possibilistas construíram os princípios metodológicos que estruturam a ciência geográfica. Deterministas e possibilistas, no século XIX, muitas vezes justificaram ações imperialistas das nações a que serviam. Por manter um caráter descritivo, a geografia trabalhada por alemães e franceses dessa época foi rotulada de geografia tradicional. O século XX, principalmente depois da Segunda Guerra Mundial, registrou mudanças significativas na ci- ência geográfica. Diversos fatores, como a urbanização, as agressões ao meio ambiente, os questionamentos sobre o nível de desenvolvimento aferido pelas nações, as melhorias nos transportes e nos meios de comunica- ção – que promoveram o encurtamento das distâncias relativas entre os lugares – levaram estudiosos a refletir sobre o objeto da geografia: o espaço geográfico. Espaço produzido pelo homem Espaço Geográfico Transformações feitas pelo homem (ações antrópicas) no meio natural, ao longo do processo histórico, de acordo com nível sócioeconômico- -tecnológico. Durante longo tempo, a geografia tradicional consi- derou nos estudos do espaço geográfico simplesmente os fenômenos da natureza e a descrição e quantificação dos fenômenos humanos (geografia quantitativa). Geó- grafos a partir da segunda metade do séc. XX, apoiados nas vertentes do pensamento possibilista, iniciaram uma geografia mais crítica, muitos sob influências marxistas, que valorizasse as relações homem versus meio, causas e consequências. Nasceu a geografia crítica. Para os defensores da geografia crítica (também chamada de nova geografia), o espaço geográfico é formado por várias paisagens onde interagem aspectos físicos (clima, relevo, vegetação, etc.) e aspectos huma- nos (economia, política, cultura, migrações, etc.) que produzem e modificam, por intermédio do trabalho contínuo, a realidade. O pensamento crítico-possibilista passou a influenciar a maioria dos trabalhos a partir da década de 1950 e, na atualidade, pode-se afirmar ser a visão dominante entre os geógrafos. No Brasil, o pensamento crítico da Geografia foi estabelecido com maior lentidão. A condição de subdesenvolvimento e o regime ditatorial militar cerce- aram recursos financeiros e oportunidades de debate. Durante boa parte do século XX, a geografia brasileira permaneceu tradicionalista e quantitativa. Somente na década de 1980 a Geografia no Brasil assume uma postura claramente crítica e empenhada tanto no entendimento dos problemas como na proposta de soluções que respeitem a realidade nacional. Trabalhos desenvolvidos por Aziz Ab’Saber, Jurandyr Ross e destacadamente Milton Santos – todos geógrafos críticos – influenciaram novas gerações de geógrafos e são reconhecidos internacionalmente. O Prof. Milton Santos (1926 - 2001) recebeu em 1994 um prêmio proporcional ao Nobel. Ab ril Im ag en s/ Cl au di o Ro ss i Escalas geográficas A concepção de escala geográfica relaciona-se com o tamanho, área de abrangência ou extensão de um fenômeno (ou conjunto de fenômenos) naturais ou humanos. Assim, a escala geográfica será diretamente proporcional ao espaço afetado pelo fenômeno ou ao interesse de um estudo (podendo ser limitado a uma porção menor do espaço, chamado de recorte, ou ter alcance global). Para orientar o emprego das escalas geográficas, são usadas as categorias geográficas, representadas pelos conceitos de espaço geográfico, lugar, paisagem, região e território. Princípios metodológicos da Geografia • Princípio da extensão: deve ser efetuada a loca- lização e a delimitação espacial do fato estudado. • Princípio da analogia (ou da geografia geral): realizar comparações com outras ciências ou fa- tos/regiões anteriormente estudados. • Princípio da causalidade: apurar as causas de um fenômeno e avaliar suas consequências. • Princípio da conexidade (ou interação): reco- nhecer que os fatores naturais e humanos intera- gem na produção da paisagem. • Princípio da atividade: avaliar as condições pretéritas e futuras que envolvem a realidade, reconhecendo as constantes transformações do espaço geográfico. Aula 01 3Geografia 1A Categorias geográficas Espaço geográfico “É o palco das ações humanas.” Engloba elementos físicos estudados pela Geografia e as ações dos grupos humanos. Podemos considerar toda a Terra como es- paço geográfico ou delimitar espaços, como o “espaço amazônico” e o “espaço urbano”. Lugar Pode ser aceito como local ou localidade. São por- ções menores do espaço e relacionadas às atividades cotidianas e/ou específicas. São “lugares”, por exemplo: o Vaticano; as Cataratas do rio Iguaçu; o Largo da Ordem (em Curitiba). O conceito de lugar implica uma impor- tância singular que pode ser determinada por diversos fatores, como natural, econômico ou religioso. O Largo da Ordem em Curitiba (PR) durante a famosa feira aos domingos. “Lugar” com relevância histórica e cultural. N at ur ez a Br as ile ira /Z ig K oc h Paisagem É o estrato visível do espaço geográfico. Envolve aspectos naturais e humanos. São paisagens naturais aquelas que não sofreram intervenções humanas. As paisagens criadas pelo trabalho humano são ditas pai- sagens modificadas, artificiais ou organizadas. Excursionistas apreciam a “paisagem” do Grand Canyon nos EUA (até onde a vista alcança). © iS to ck ph ot o. co m /J im -K ru ge r Região Porção do espaçogeográfico que agrupa diferentes lugares e paisagens interligadas por fatores naturais ou humanos. Uma região se individualiza dentro de espa- ços maiores e mantém traços de homogeneidade. São exemplos de regiões: o sertão nordestino; as unidades da federação que compõem o “sul do Brasil”; o Caribe. Ta lit a Ka th y Bo ra O sul do Brasil possui unidades da federação brasilei- ra com traços naturais, históricos e econômicos asse- melhados, compondo uma “região”. Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro, 2012. Adaptação. Região Sul 4 Extensivo Terceirão Território Área demarcada, delimitada ou definida onde agen- tes naturais ou humanos imprimem e alteram a paisa- gem. O conceito de território envolve a noção de poder/ dominação. Assim, nas paisagens naturais surgem, por exemplo, o território de caça dos leões. Nas paisagens modificadas, o espaço é dividido em porções, criando territórios sob a influência de estados-nações, multina- cionais e domínios religiosos (caso do mar territorial ou do território brasileiro). Diversos ramos científicos auxiliam a geografia física, por exemplo: • biogeografia (estuda a distribuição espacial dos seres vivos); • cartografia (produção de mapas); • climatografia (estuda os climas e manifestações meteorológicas); • fitogeografia (estuda os domínios vegetais); • hidrologia (estudo das águas); • geomorfologia (estuda a origem e evolução dos relevos); • oceanologia (estuda os oceanos); • paleogeografia (estuda o passado geológico); • pedologia (estuda os solos). Geografia Humana Estuda os aspectos das relações das sociedades humanas com a natureza, a evolução e a distribuição das populações, os avanços tecnológicos e o trabalho contínuo de construção das paisagens, agressões ao meio ambiente, etc. A geografia humana é auxiliada por outros ramos de estudo e sofre subdivisões, por exemplo: • demografia (estuda as populações humanas, distri- buição, qualidade de vida...); • estatística (coleta, organiza e interpreta dados); • geografia cultural (estuda os traços étnicos, religio- sos, históricos...); • geografia econômica (estuda os modos de produção, infraestruturas, a agricultura...); • geografia urbana (estuda as cidades); • geopolítica (estuda as relações de poder entre as nações, influências, tendências...). Ramos da Geografia Geografia Física Estuda e descreve os aspectos naturais das paisa- gens (clima, relevo, vegetação...) e os fatores determi- nantes. Como o comportamento climático, hidrológico, geológico, etc. O muro da fronteira dos EUA com o México, erguido para impe- dir a entrada de imigrantes ilegais no “território” estadunidense. Gl ow im ag es /Im ag eb ro ke r Testes Assimilação 01.01. (UFPE) – Num relatório de trabalho de campo, re- alizado por um grupo de alunos encarregados de estudar geograficamente uma determinada área do Brasil, foi dito o seguinte: “A área investigada, situada na Zona da Mata pernam- bucana, apresenta um relevo dominantemente compos- to por colinas de perfil convexo, em áreas cristalinas. Os solos são bem desenvolvidos e, nas várzeas, são excelentes para o desenvolvimento de atividades agrí- colas. Essa área apresenta semelhanças notáveis com alguns trechos da região Sudeste do país, especialmente no que se refere às condições de umidade atmosférica, pedológicas e cobertura vegetal. Contudo o uso do solo e o processo de ocupação do espaço exibem grandes diferenças quando comparadas com essa macrorregião brasileira mencionada”. Que princípio da análise geográfica foi utilizado nesse texto? a) Princípio da Analogia b) Princípio do Atualismo c) Princípio da Atividade d) Princípio do Determinismo e) Princípio da Causalidade Aula 01 5Geografia 1A 01.02. (MACK – SP) – “O SONHO OBRIGA O HO- MEM A PENSAR” (Milton Santos) Milton Santos nasceu em 3 de maio de 1926 em Brotas de Macaúbas, Bahia. Embora formado em Direi- to, sempre lecionou geografia nas escolas de ensino médio da Bahia. Em 1958, concluiu um doutorado em geografia, na Universidade de Strasbourg, França. Foi colabora- dor dos jornais A Tarde, de Salva- dor e da Folha de S. Paulo. Esteve sempre envolvido com a política; em 1960 participou do governo, mas em 1964 foi preso em decorrência do golpe militar. Após sua saída da prisão trabalhou em universidades da França, Ca- nadá, Estados Unidos, Venezuela e Tanzânia, na África. Retornou ao Brasil em 1977, pois queria que seu segundo filho nascesse na Bahia. Em 1978, iniciou sua carreira na Universidade de São Paulo, lecio- nando na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e posteriormente na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ao voltar para São Paulo tornou-se professor da Faculdade de Geografia da USP. Recebeu títulos de Doutor Honoris Causa nas universidades de Toulouse, Buenos Aires, Madri e Barcelona e outros no Brasil, destacando o de Professor Emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Huma- nas da USP. Fonte: /www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/ cultura/bibliotecas/bibliotecas_bairro/ bibliotecas_m_z/miltonsantos/index.php?p=3781 Identifique, dentre as alternativas abaixo, a Escola Geográfica que o reno- mado geógrafo representava no Brasil. a) Geografia Teorética Quantitativa. b) Geografia Determinista. c) Geografia Crítica. d) Geografia Possibilista. e) Geografia da Percepção. 01.03. (UEPG – PR) – Sobre conceitos e categorias fundamentais da Geografia, assinale o que for correto. 01) O conceito de paisagem está relacionado apenas a elementos da natureza, sem qualquer relação com elementos culturais ou humanos. 02) A área que possui relações de posse ou poder com leis ou regras pode ser considerada um território. 04) O espaço geográfico está relacionado com a transformação em um local que o ser humano faz com o seu trabalho. 08) Pode ser considerado região todo espaço que possui alguma característica em comum com outro. A cidade de Ponta Grossa, no Paraná, não faz parte de nenhuma região no Brasil. 01.04. (ACAFE – SC) – Observe as atitudes e palavras expressas pelo personagem Calvin nos quadrinhos abaixo, e assinale a alternativa correta. (Criação do cartunista Bill Watterson/Jornal O Estado de São Paulo) a) Os seres humanos exercem um controle absoluto sobre todos os fenômenos naturais do planeta. b) Todas as plantas necessitam de solo rico em matéria orgânica e devem ser regadas diariamente. c) Não há relação alguma entre os elementos do clima e o desenvolvimento das formações vegetais. d) A ambição humana de controlar os elementos naturais ainda está acima de sua real capacidade de intervenção. e) As forças da natureza, atualmente, são previsíveis e seus reflexos negativos podem ser anulados. Aperfeiçoamento 01.05. (UEPB) – A charge mostra diferentes formas de ver e ensinar geografia. De acordo com a charge, é correto afirmar que: 6 Extensivo Terceirão a) na figura 3, a abordagem do professor é tipicamente tradicional, utilizando-se de aula expositiva e do quadro de giz, trabalha a aparência das paisagens. b) na figura 2, a abordagem crítica do professor é evidente na reflexão do espaço, através da cientificidade matemática. c) na figura 3, o professor é influenciado pela abordagem comportamental que busca entender o espaço a partir da maneira como as pessoas sentem, vivem e se relacionam com o lugar. d) na figura 1, utilizando-se de uma metodologia da geogra- fia clássica, o professor trabalha o conhecimento geográ- fico através de blocos, dá ênfase aos aspectos físicos da geografia para mostrar a produção do espaço por meio do trabalho, interesses e necessidades dos grupos e dos conflitos da sociedade de classe. e) na figura 1, temos um professor tradicional cuja metodo- logia baseia-se na descrição e memorização dos acidentes geográficos. 01.06. (UEPB) – sua sobrevivência, transformando o meio natural para atender suas necessidades. 16) Espaço também pode ser entendido como paisagemnas situações em que não oferece as mínimas condi- ções de aproveitamento econômico. 01.08. (UEM – PR) – Região, paisagem, território, lugar e espaço constituem termos muito utilizados em Geografia. Sobre o significado dessas palavras, nesse campo de conhe- cimento, assinale o que for correto. 01) Paisagem é, em determinada porção do espaço, o re- sultado da combinação dinâmica de elementos físicos e biológicos e de elementos relativos à ação do ho- mem. 02) Região significa a fração do espaço de um país em por- ções rigorosamente delimitadas por fatores físicos (rios, montanhas, vales profundos). 04) Território corresponde a uma área delimitada por fron- teiras políticas (exemplo: o território paranaense). Cor- responde também a uma porção do espaço definida por relações de poder (exemplos: territórios do tráfico, da prostituição). 08) Espaço, território e paisagem têm o mesmo significado. Indicam situações em que nenhuma modificação ocor- re no ambiente. 16) Lugar pode ser entendido como a parte do espaço ade- quado para a vida dos seres humanos. Trata-se de local reconhecido por fazer parte da identidade dos seus ha- bitantes (exemplos: o bairro, o povoado, a vila). 01.09. (UFRR) – A identidade cultural – de base étnica, religiosa e linguística – forjada muitas vezes no isolamento dos povos, tem estado na origem dos conflitos que opõem a solidariedade do “nós” à desconfiança dos “outros”. No entanto, há regiões geograficamente estratégicas que pos- sibilitaram a existência de uma grande diversidade cultural. Estas regiões estão localizadas: a) em regiões montanhosas, o que sempre favorece a inte- gração cultural; b) nas áreas de climas frios, favoráveis à solidariedade social; c) em arquipélagos que facilitam intercâmbios culturais e miscigenação; d) em rotas terrestres ou marítimas, historicamente subme- tidas ao domínio de diferentes povos; e) ao longo de fronteiras extensas que favorecem a integra- ção entre culturas diversificadas. 01.10. (PUC – SP) – Brasileiro ficou conhecido por ser o primeiro a ganhar o “Nobel de Geografia”. Por G1 01/10/2018 10h31 <https://g1.globo.com/educacao/noticia/2018/10/01/geografo- -milton-santos-e- homenageado-por-doodle-do-google.ghtml> “A paisagem existe, através de suas formas, cria- das em momentos históricos diferentes, porém coexistindo no momento atual”. (SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: técnica e tempo: razão e emoção. 2ª ed. São Paulo: Hucitec, 1997, p. 84) A partir da afirmativa do autor acima citado, é correto afirmar: a) Espaço e paisagem se diferenciam porque o espaço é uma produção social, enquanto que na paisagem predominam os elementos da dinâmica natural. b) Na paisagem podemos observar elementos naturais e culturais, bem como formas novas e antigas, que nos revelam sucessivos passados. c) A paisagem é forma estática, por isso jamais pode revelar as relações sociais do passado que produziram as formas geográficas do presente. d) A paisagem tem significado apenas panorâmico, pois é destituída de conteúdo social, o que nos permite con- templar as formas, mas jamais analisar a sua essência. e) A paisagem assim como o território são delimitados pelo alcance visual de quem os observa; são, portanto, espaços delimitados pelas relações de poder, cuja escala varia conforme a posição do observador. 01.07. (UEM – PR) – Considerando que a apropriação do espa- ço e sua transformação ou organização pelo homem constitui objeto de estudo da Geografia, assinale o que for correto. 01) A ação do homem sobre a natureza transforma o espa- ço natural em espaço geográfico. 02) Entende-se por espaço natural o espaço criado pela na- tureza e que nunca foi modificado pelo homem. 04) Espaço sideral corresponde a todo componente físico existente na crosta terrestre e que pode gerar explora- ção econômica. 08) A organização do espaço pode ser entendida como as diferentes formas pelas quais as sociedades asseguram Aula 01 7Geografia 1A No dia 1.o de outubro de 2018, a Google, gigante do ramo de tecnologia da informação, homenageou, através do doodle (modificação no logo original de busca) em sua plataforma.br, o professor Milton Santos, que ganhou em 1994, no mesmo dia 1º. de outubro, o prêmio Valtrin Lud, considerado o “Nobel da Geografia”. Muitos intelectuais consideram o professor como maior expoente da geografia brasileira. Dentre as várias contribuições que Milton Santos deixou, assinale a alternativa que evidencia um dos trabalhos mais importantes realizados por ele, em uma carreira acadêmica de mais de 50 anos. a) Ao estudar os aspectos naturais do território brasileiro, o professor elaborou, na década de 1970, uma nova classifi- cação física, dividindo o Brasil em seis domínios morfocli- máticos: Amazônico, Caatinga, Cerrado, Araucárias, Mares de Morros e Pradarias, com áreas de transição entre eles. b) O professor que, durante boa parte de sua vida foi mi- litante político e exerceu vários cargos administrativos, sobretudo na área de geografia urbana, atuou em dife- rentes governos, tanto na esfera municipal, estadual e federal, colocando em prática seus estudos relacionados ao planejamento urbano. c) As estudar o fenômeno da globalização, o professor apresentou três formas distintas de compreendê-la: a globalização como fábula (aquela que nos é mostrada e oferecida); a globalização como perversidade (considera- da real e perversa); e a globalização como possibilidade (uma outra globalização, mais humana). d) Seus estudos, na área de população, são referência mun- dial. Sua teoria, baseada na “sujeição moral” que defende a ideia de privação voluntária, para tentar diminuir o avanço da população mundial é motivo de críticas. Mas muitos governos a defendem, sobretudo aqueles mais fragilizados no aspecto social. Aprofundamento 01.11. (UEM – PR) – O espaço geográfico é analisado levan- do em conta os lugares, as regiões, os territórios e as paisa- gens. Considerando o exposto, assinale o que for correto. 01) O espaço estudado pela Geografia é constituído pelas for- mas naturais e pelas formas criadas pelo trabalho Humano 02) Território nacional é aquele controlado por um país ou por um Estado. Dentro dos limites desse território, vi- goram leis próprias e outras normas que deixam de ter validade fora de seus limites estabelecidos pelas fron- teiras político-administrativas. 04) O principal objeto de estudo da Geografia são os es- paços naturais construídos pelo homem, a partir do domínio de técnicas de organização espacial. 08) Entende-se por paisagem o conjunto de formas que, num dado momento, exprimem as heranças que re- presentam as sucessivas relações localizadas entre o homem e a natureza. 16) Lugar é a porção do espaço onde se desenrolam as relações cotidianas. É a porção do espaço apropriável para a vida: o bairro, a praça, a rua. 01.12. (SEC – BA) – A Geografia é uma ciência que tem como objeto de estudo a sociedade. Esse estudo se dá por meio de suas características de análise, entre as quais, o espaço, o territó- rio e a paisagem. Sobre a produção do espaço, é correto afirmar: a) A produção do território antecede a produção do espaço, sendo esse processo denominado territorialização do espaço. b) A maior parte do espaço geográfico brasileiro é ocupado pela agropecuária, sendo que as lavouras temporárias, voltadas para exportação, por oferecerem apenas uma safra anual, utilizam todos os solos aproveitáveis econo- micamente. c) O processo de produção do espaço se faz condicionado ao capitalismo, tendo em vista que as relações de trabalho são subordinadas a esse modo de produção. d) O espaço produzido pelas sociedades anteriores à Revolução Industrial, embora a essência da aparência fosse ditada pelo caráter histórico, não apresentava contradições nem desigualdades nas paisagens de um mesmo território. e) A produção do espaço industrial brasileiro, enquanto política de Estado, iniciou com o “Plano de Metas”, na RegiãoNordeste, em razão da sua posição estratégica ao longo do litoral. 01.13. (UESPI) – Atualmente quase todas as paisagens na- turais da Terra apresentam influência das sociedades e dada às transformações que nestas ocorrem é correto afirmar: a) nas paisagens diferentes elementos interagem, tais como o relevo que afeta o clima, e este influi nas formas de vegetação, sendo preciso preservar e conservar seus recursos naturais. b) as paisagens rurais apresentam grau mais alto de trans- formação em função do uso agrícola. c) nas cidades as paisagens são valorizadas devido às transformações culturais que apresentam por fatores de caráter econômico (estradas, ferrovias, minas e indústrias). d) as paisagens possuem recursos naturais que não são passíveis de utilização pela sociedade devido seu caráter não renovável. e) os recursos naturais existentes nas paisagens dependem do emprego de tecnologias para sua utilização. 01.14. (UEPB) – “EIXO TEMÁTICO: redes e escalas en- tre pontos e movimentos A globalização, que implica necessariamente uma relação dialética entre o local e o global, passando por uma ampla gama de estados inter- mediários (o regional, o nacional etc.), põe em destaque a importância do conceito de escala na Geografia.” (Adaptado de FONT, J. N.; RUFFÍ, J. V. Geopolítica, identidade e globalização. São Paulo:Annablume, 2006, p. 41). O fragmento do texto acima faz referência ao conceito de escala: a) CARTOGRÁFICA, entendida como a relação numérica e de proporcionalidade entre a realidade e a sua represen- tação nos mapas. 8 Extensivo Terceirão b) GEOGRÁFICA, mais ampla e global que a escala cartográ- fica, é entendida como uma hierarquia de níveis e âmbitos em cada um dos quais se manifestam fenômenos espe- cíficos e dinâmicas territoriais próprias, que interagem entre si em todos os níveis espaciais inferiores e superiores. c) ECONÔMICA, entendida como economias externas de escala ou economias de aglomeração (efeitos econômicos sobre as empresas que derivam de fatores que lhes são externos e que têm relação com a concentração urbana). d) TEMPORAL, entendida como organização cronológica e linear da sucessão de acontecimentos e conjunturas, que considera o tempo como contínuo e desconsidera as relações entre os acontecimentos e as conjunturas com o espaço geográfico. e) GEOLÓGICA, que, através do estudo das rochas e dos fósseis, possibilita estabelecer uma divisão cronológica da evolução do planeta Terra (as eras geológicas). 01.15. (PUC – SP) – Uma propaganda da empresa aérea Delta Air Lines (Veja São Paulo, 15/10/2003, p. 39) trazia uma chamada incomum sobre a geografia mundial: “A distância que separa você de qualquer lugar do mundo está em apenas uma cidade: Atlanta.” Em Atlanta se localiza o aeroporto mais movimentado do mundo e não é a cidade a responsável por essa demanda. Esse aeroporto é o primeiro do mundo a operar como um centro distribuidor de vôos. Daí uma frase que se criou: “... ao morrer, antes de chegar ao céu, sua alma terá que fazer conexão em Atlanta”. Tendo em vista a organização do espaço geográfico nas sociedades modernas é incorreto afirmar que a) o espaço geográfico é desigual quanto à densidade e à distribuição dos transportes, portanto medir os desloca- mentos considerando apenas a superfície terrestre em si, é algo insuficiente. b) as redes de transporte definem a distância do desloca- mento que se realiza de acordo com sua organização, o que pode tornar mais próximas as cidades mais distantes. c) Atlanta, independentemente de sua localização conven- cional, por ser um nó importante da rede, com conexões múltiplas, transformou-se numa referência para a medição da distância real dos deslocamentos. d) como as distâncias reais, que devem de fato ser trans- postas, dependem das redes, pode-se afirmar que essas redes modelam o espaço geográfico e não apenas se localizam nele. e) as redes de transportes seguem a lógica técnica, mas também a lógica das localizações na superfície, e por isso Atlanta, que está no centro dos EUA, virou núcleo de conexões. 01.16. (UFCE) – Sobre a Geografia, seus métodos, seus procedimentos, suas abordagens, assinale V para o que for verdadeiro e F para o que for falso. ( ) A Geografia Tradicional tem por base metodológica a teoria marxista. ( ) O Determinismo Geográfico de Ratzel, surge como res- posta ao Possibilismo de Vidal de la Blache. ( ) O espaço geográfico tem uma dimensão histórica e, portanto, devemos considerá-lo na sua relação tem- poral. ( ) A Geografia ao longo de sua trajetória tem vivenciado avanços e recuos. Hoje, pode-se dizer que a Geografia apresenta grandes avanços metodológicos permitin- do compreender a dinâmica e as contradições sociais do espaço geográfico. ( ) A sala onde você está se anasilando este exercício con- tém natureza transformada pelo trabalho social. Olhe para as paredes, carteiras e demais objetos ao seu re- dor e perceberá isto. Quase tudo que nos cerca é o re- sultado do trabalho social sobre a natureza, inclusive o espaço geográfico, objeto de estudo da Geografia. a) F, F, F, F e V b) V, F, V, F e V c) F, F, V, F e F d) F, F, V, V e V e) V, V, V, F e V 01.17. (PUC – SC) – A observação da paisagem depende da posição do observador. Conforme seja a sua posição, ele terá uma visão diferente dos elementos que compõem a paisa- gem. O texto a seguir apresenta uma descrição de paisagem: “Eles desceram por uma avenida ladeira em curra, ao sopé de um morro à esquerda. Passando em frente à San- ta casa, o carro prosseguiu através das ruas tortuosas, es- treitas, calçadas com pedras iguais às da praça da rodovi- ária. (...) Lilia não parava de admirar as casas, quase todas geminadas, os sobrados, de portas altas, janelões, grades, telhados pesados e escuros, calhas, tufos de avencas bro- tando tímidas entre vãos de pedras, portões, batentes lar- gos, o branco de cal contrastando com o azul-marinho, o verde- folha, o marrom-café das madeiras pintadas a óleo. [...] As construções subiam e desciam ladeiras [...] Fonte: A ladeira da saudade. José Ganymédes. Avalie as afirmativas sobre a posição da personagem (Lilia) ao observar a paisagem: I. A personagem tem um ponto de vista da paisagem a partir da observação horizontal, no nível do chão, com os elementos dispondo-se à sua frente. II. A personagem observa a paisagem do alto de uma torre, a partir de um ângulo oblíquo. III. Observação vertical – a visão que a personagem tem da paisagem acontece de cima para baixo, sob uma perspectiva panorâmica da totalidade. Marque a alternativa correta. a) Apenas a afirmativa II é verdadeira. b) Apenas a afirmativa III é verdadeira. c) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras. d) Apenas a afirmativa I é verdadeira. e) Todas as afirmativas são falsas. Aula 01 9Geografia 1A 01.18. (UFMA) – As assertivas abaixo estão relacionadas às diversas etapas de evolução dos estudos geográficos. I. Durante a Idade Média a Geografia alcançou grande desenvolvimento enquanto ciência, sendo impulsionada por objetivos militares de expansão dos comércios árabe e muçulmano que aperfeiçoaram técnicas de navegação e instrumentos geográficos como a bússola. II. Cientistas, naturalistas e botânicos compunham grupos de estudiosos que participavam destas expedições cientí- ficas com o objetivo de inventariar os recursos naturais e estudar as possibilidades produtivas de novos territórios. III. Os séculos XV e XVI são marcados por grandes explo- rações e conquistas que possibilitaram a ampliação dos horizontes geográficos dos viajantes, permitindo o aperfeiçoamento de embarcações e de instrumentos de navegação como o astrolábio e o ecobatímetro. IV. A Geografia somente inicia o seu processo de estrutu- ração como ciência na Alemanha, onde cientistas como Humboldt e Ritter, procuram desenvolver métodos de análise, que tentam estabelecer as relações entre os fenô- menos que ocorrem em diversas superfícies doplaneta. Estão corretas as assertivas: a) III e IV b) I e IV c) II e III d) I e III e) II e IV Desafio 01.19. (ACAFE – SC) – “...Encontramo-nos num momen- to único e especial da história da humanidade. É a pri- meira vez que o planeta, em sua totalidade, apresenta-se aos nossos olhos de forma simultânea. O ser humano adquiriu a possibilidade de conhecer o conjunto dos recursos naturais e de acompanhar as transformações em todos os territórios quase no mesmo instante em que elas estão acontecendo”. Jaime Oliva e Roberto Giansanti, Espaço e modernidade: Temas de geografia do Brasil. O texto aponta para o avanço nas tecnologias de informação. Sobre esse meio técnico-científico-informacional e suas consequências, é FALSO afirmar: a) O conhecimento global do planeta, na atualidade, vem acompanhado da globalização e de um extraordinário aumento da escala geográfica das relações humanas. b) Os satélites e o domínio de técnicas interpretativas das imagens obtidas apresentam, para certos países e em- presas, a visão global da Terra, no chamado tempo real. c) Os avanços nas tecnologias de informação têm benefi- ciado a todos os países, sobretudo os subdesenvolvidos, ajudando-os a erradicar os laços de dependência. d) O espaço geográfico organiza-se com grande conteúdo técnico-científico, possibilitando a emissão e o recebi- mento de informações estratégicas de todo o tipo. e) A organização espacial é modificada pelo aumento da tecnologia, a ponto de provocar a sensação de que o espaço terrestre estaria “diminuindo”. 01.20. (UFCE) – Sobre as grandes questões teóricometo- dológicas da Geografia e as relações entre a sociedade e a natureza, é possível afirmar, de modo correto, que: a) a discussão sobre a influência da natureza na sociedade esteve sempre ausente na geografia, eclodindo na atua- lidade graças à exaustão dos recursos naturais que expõe a humanidade ao risco de extinção. b) a escola ratzeliana da geografia, conhecida como deter- minista, defendia a teoria do domínio da sociedade sobre a natureza, através do uso da ciência e da tecnologia adaptadas aos gêneros de vida das civilizações. c) a teoria possibilista de La Blache, defendendo a capaci- dade de controle da natureza pela sociedade, contribuiu para o desenvolvimento e a independência política das colônias europeias na África e Ásia, no início do século XX. d) o conhecimento geográfico da natureza e da sociedade e o desenvolvimento tecnológico, colocados a serviço das minorias, asseguraram a eliminação dos contrastes econômicos, sociais e espaciais no mundo desenvolvido. e) a construção e o desenvolvimento da ciência geográfica resultaram da necessidade de a sociedade conhecer e comandar sua existência e mobilidade, no tempo e no espaço, asseguradas pelo uso dos recursos da natureza. 01.21. (UEPB) – Analise as proposições que seguem: I. O Espaço Geográfico é um produto da sociedade, cuja apropriação está associada ao poder de compra dos indivíduos. II. Na produção do Espaço no modelo capitalista industrial, tudo é transformado em mercadoria, até mesmo a natu- reza e os seres humanos. III. No sistema capitalista, os bens naturais transformam-se em artigos de luxo: ar puro, áreas verdes, água limpa, belas paisagens, que têm seu valor de compra relacionado às leis do mercado. Quanto mais escassos forem, mais seleto será o grupo de acesso aos mesmos. IV. O Espaço urbano de uma grande cidade é, hoje, a soma de várias outras cidades, que apresentam realidades diversas e sem articulação entre si. Estão corretas: a) Todas as proposições b) Apenas as proposições I e II c) Apenas as proposições II e III d) Apenas as proposições I e IV e) Apenas as proposições I, II e III 10 Extensivo Terceirão 01.01. a 01.02. c 01.03. 06 (02 + 04) 01.04. d 01.05. e 01.06. b 01.07. 11 (01 + 02 + 08) 01.08. 20 (04 + 16) 01.09. d 01.10. c 01.11. 27 (01 + 02 + 08 + 16) 01.12. c 01.13. a 01.14. b 01.15. e 01.16. d 01.17. d 01.18. e 01.19. c 01.20. c 01.21. e 01.22. A paisagem geográfica corresponde aos mais variados aspectos vistos numa dada porção do espaço, e correspondem ao al- cance visual do observador. A observação “geográfica” de uma paisagem denuncia a existência de aspectos naturais (clima, re- velo, vegetação...) e sua apropriação e uso pelas sociedades humanas (cidades, indús- trias, centrais de energia...). Gabarito 01.22. “A paisagem é uma marca, pois expressa uma civilização, mas é também uma matriz porque participa dos esquemas de percepção, de concepção e de ação – ou seja, da cultura – que canaliza, em um certo sentido, a relação de uma sociedade com o espaço e com a natureza e, portanto, a paisagem do ecúmeno.” Disponível em: www.dge.uem.br. Acesso em: 10.08.2019 Considere o trecho acima e conceitue “paisagem geográfica”. Astronomia Aula 02 Geografia 11Geografia 1A 1B 1ATerra no espaço A Terra, terceiro planeta em ordem de afastamento do Sol, é considerada um geoide – representado pela figura do elipsoide. Os números abaixo, de acordo com o Elipsoide Internacional de Referência, comprovam que a Terra não é uma esfera perfeita. Diâmetro (km) Equatorial 12 756 Polar 12 713 Diferença 43 Circunferência (km) Equatorial 40 076 Polar 40 009 Diferença 67 Movimentos A Terra apresenta indícios de vários movimentos, considerando todos aqueles que ocorrem em seu interior, na sua superfície e no espaço, como movimentos tectônicos, marés, correntes marítimas, ventos, rotação, translação e precessão dos equinócios, entre outros. Entre os movimentos que a Terra apresenta no espaço, destacam-se: rotação e translação. Rotação Corresponde ao movimento que a Terra faz girando ao redor de seu próprio eixo. • Sentido: oeste para leste. • Duração: cerca de 24 horas (23 h 56 min). • Velocidade tangencial: aproximadamente 1 669,33 km/h na altura da Linha do Equador e nula nos polos. • Consequência principal: sucessão (repetição) dos dias e das noites. Polo Norte Polo Sul Raios Solares SolEquador Círculo de iluminação A rotação determina a repetição dos dias e das noites (figura sem escala). D iv an zi r P ad ilh a. 2 00 5. D ig ita l. N AS A/ NO AA /G OE S P ro jet o 1A 12 Extensivo Terceirão A rotação também determinou o abaulamento (dilatação) equatorial. Influencia nos fusos horários (adiantados para leste e atrasados para oeste), e no Movimento Aparente do Sol – MAS (que acontece do Leste para o Oeste). A rotação terrestre interfere ainda nos movimentos das correntes atmosféricas e marítimas (sendo movimentos horários no hemisfério Norte e anti-horários no hemisfério Sul). Translação Movimento que a Terra executa, girando ao redor do Sol, em órbita elíptica, de acordo com a lei das órbitas de Kepler, que afirma que “os planetas descrevem órbitas elípticas das quais o Sol ocupa um dos focos”. • Sentido: oeste para leste (Considerado anti-horário). • Duração: aproximadamente 365 dias e 6 horas (365 dias, 5 h e 40 min). • Velocidade: aproximadamente 104 000 km/h (29,8 km/s). • Consequência: duração do ano e estações do ano. Distância Sol - Terra A distância entre o Sol e a Terra varia no decorrer do ano em função da órbita terrestre, determinando: • Afélio terrestre: 152 milhões de km em 1.o de julho. • Periélio terrestre: 147 milhões de km em 31 de dezembro. • Distância média: 150 milhões de km. D iv o. 2 01 4. D ig ita l. Dezembro (periélio) Julho (afélio) 152 milhões de km 147 milhões de km Figura sem escala • Plano da órbita: plano em que a Terra orbita em torno do Sol. O plano de órbita da Terra é perpendicular ao eixo solar. Quando a Lua, em sua órbita ao redor da Terra, cruza plano da órbita da Terra ao redor do Sol ocorrem eclipses, por isso o plano de órbita terrestre também é denominado plano da eclíptica. • Obliquidade da eclíptica: inclinação do Equador terrestre em relação ao plano da órbita, correspondendo a um ângulo agudo de 23° 27’ 30”. Podeser medida também a partir da inclinação do eixo terrestre em relação ao plano da órbita, correspondendo a um ângulo agudo de 66° 32’ 30”. Esses valores são considerados constantes astronômicas adotadas pela União Astronômica Internacional em 1964. A obliquidade da eclíptica, que se mantém constante no decorrer do ano, e o movimento de translação são responsáveis pelo mecanismo das estações do ano. A forma da Terra e a maneira pela qual os raios solares incidem sobre ela justificam a existência das zonas de iluminação. Glossário Dia sideral: passagem duas vezes consecutivas de um astro qualquer sobre um determinado ponto da superfície terrestre (ou por um mesmo meridiano). Dia solar: passagem duas vezes consecutivas do Sol sobre um determinado ponto da superfície terrestre (ou por um mesmo meridiano). Dia civil: dia cujas horas são contadas de 0 a 24. Círculo de iluminação: corresponde ao limite máximo que separa, na Terra, o lado iluminado (pelo Sol) – o dia do lado escuro (não iluminado pelo Sol) – a noite. Movimento Aparente do Sol (MAS): é o movimento que o Sol aparenta realizar diariamente, deslocando-se de Leste para Oeste (Oeste Leste), devido ao movimento de rotação da Terra. Zênite: é o ponto mais alto do MAS e corresponde às 12 horas (meio-dia). Aula 02 13Geografia 1A 90° 66°32’30” 23°27’30” 90° 23°27’30” 66°32’30” Inclinação do eixo da Terra Inclinação da linha do Equador Eixo da Terra Linha do Equador Eixo do Sol Plano de órbita ou eclíptica Linha do Equador Eixo do Sol Eixo da Terra Eixo do Sol Eixo do Sol Plano de órbita ou eclíptica Estações do ano Considerando a obliquidade da eclíptica e o movimento de translação, pode-se observar que os raios solares não incidem de maneira igual em toda a superfície terrestre no decorrer do ano, ou seja, incidem com maior ou menor intensidade, determinando as diferenças de aquecimento. Trópicos Primavera Verão Outono Inverno 21 junho 21 março21 dezembro 23 setembro Trópico d e Câ nce r Equad or Trópico de Cap ricó rn io SOL Entre 21 de dezembro e 21 de março, os raios solares incidem com maior intensidade sobre o hemisfério Sul, ocasionando o verão, e com menor incidência no hemisfério Norte, ocasionando o inverno. Entre 21 de março e 21 de junho, os raios solares incidem com maior intensidade na altura do Equador, tendo como consequência o outono no hemisfério Sul e a primavera no hemisfério Norte. Entre 21 de junho e 23 de setembro, há menor incidência de raios solares sobre o hemisfério Sul, ocasionando o inverno, e maior incidência no hemisfério Norte, propiciando o verão. Ja ck A rt . 2 01 2. D ig ita l. Ja ck A rt . 2 01 2. D ig ita l. Highlight 14 Extensivo Terceirão Entre 23 de setembro e 21 de dezembro, os raios solares incidem com maior intensidade na altura do Equador, resultando na primavera para o hemisfério Sul e outono para o hemisfério Norte. Portanto, as estações do ano são opostas em relação aos hemisférios. Como o movimento de translação da Terra é contínuo, a mudança das estações do ano não ocorre de maneira brusca mas, sim, gradativamente. Durante o verão, as temperaturas são mais elevadas e os dias são cada vez mais longos à medida que ocorre maior afastamento do Equador. No inverno, as temperaturas são mais baixas e as noites são cada vez mais longas à medida que ocorre maior afastamento do Equador. No início da primavera, os dias e as noites apresentam a mesma duração, ficando cada vez mais longos conforme o verão se aproxima. Da mesma maneira ocorre com o aquecimento, ou seja, as temperaturas tendem a se elevar. Ao iniciar o outono, os dias e as noites apresentam a mesma duração; porém, à medida que o inverno se aproxima, as temperaturas declinam e as noites vão se tornando mais longas. Solstício Momento em que os raios solares incidem perpendicularmente sobre um dos trópicos. Nos solstícios, verificam- -se as maiores diferenças de duração entre os dias e as noites. Os solstícios ocorrem em 21 de dezembro – solstício de verão no hemisfério Sul (maior dia e menor noite do ano) – e 21 de junho – solstício de inverno no hemisfério Sul (menor dia e maior noite do ano). Equinócio Momento em que os raios solares incidem perpendicularmente sobre a Linha do Equador. Os equinócios ocor- rem durante as entradas do outono e da primavera, em 21 de março e 23 de setembro, respectivamente, no hemisfério Sul. Nos equinócios, os dias e as noites têm a mesma duração em toda a Terra. TRANSLAÇÃO + OBLIQUIDADE DA ECLÍPTICA SOLSTÍCIOS (verões e invernos) E EQUINÓCIOS (primaveras e outonos) ESTAÇÕES DO ANO É bom saber Duração das estações do ano Cada estação do ano tem duração “média” de três meses (ou 90 dias); porém, na órbita elíptica realizada pela Terra ao redor do Sol, além das variações da distância Terra-Sol, ocorrem variações de velocidade, que implicam diferenças na duração das estações. Por exemplo, para o hemisfério Sul, os verões acontecem no periélio e são mais curtos, os invernos – no afélio, são mais longos. Em 2015, no hemisfério Sul, foram: 87,98 dias de verão; 93,68 dias de inverno; 89,85 dias de primavera; e 92,74 dias de outono. Ano bissexto Como o tempo necessário para a Terra dar a volta ao Sol não é exato em número de dias, a cada ano ficamos 6 horas atrasados (o calendário regularmente tem 365 dias e a Terra necessita de 365 dias e 6 horas para realizar a translação). Para evitar o descompasso nas datas para o início e fim das estações do ano, foi elaborado o ano bissexto, colocando-se a cada quatro anos (6 horas x 4 anos = 24 horas) mais um dia no mês de fevereiro, o 29.o dia, ficando esse ano com 366 dias – o ano bissexto. Aula 02 15Geografia 1A Zênite solar A ocorrência do Sol no zênite, ou seja, incidência solar perpendicularmente a um determinado ponto na superfície, condição verificada ao meio-dia, com a ausência de projeção de sombra dos objetos e corpos nas direções cardeais – sol a pino –, só ocorre na faixa intertropical. Ao longo de um ano, a maior distância da incidência solar direta na superfície em relação à linha equatorial é verificada nos solstícios, quando o zênite se dá nos trópicos de Câncer e de Capricórnio. Assim, o movimento aparente anual do Sol determina dois zênites ao longo de um ano na zona intertropical sobre cada localidade. Zonas de iluminação A variação da incidência dos raios solares no decorrer do ano na superfície da Terra determina, além das estações do ano, as zonas de iluminação, também denominadas zonas térmicas ou climáticas, que são: • Zona Intertropical: situa-se entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio. • Zona Temperada do Sul: situa-se entre o Trópico de Capricórnio, situado a 23° 27’ S, e o Círculo Polar Antártico, situado a 66° 32’ S. • Zona Temperada do Norte: entre o Trópico de Câncer, situado a 23° 27’ N, e o Círculo Polar Ártico, situado a 66° 32’ N. • Zona Glacial Antártica: entre o Círculo Polar Antártico e a extremidade sul do eixo de rotação terrestre. • Zona Glacial Ártica: entre o Círculo Polar Ártico e a extremidade norte do eixo de rotação terrestre. 21 de junho – Solstício 21 de dezembro – Solstício Trópico de Capricórnio Linha do Equador Trópico de Câncer 0o M ovim ento aparentem ente anual do Sol NA ZONA INTERTROPICAL: OCORRÊNCIA DO SOL NO ZÊNITE (A PINO) CÍRCULO POLAR ÁRTICO CÍRCULO POLAR ANTÁRTI CO 66°33‘ 23°27‘ 23°27‘ 66°33‘ SOL SOL SOL 21 de março e 23 de setembro – Equinócio A rotação determina a repetição dos dias e das noites (figura sem escala). D iv o. 2 01 6. D ig ita l. Teoricamente, as estações do ano são opostas em relação à Linha do Equador. Porém, na prática, apresen- tam as características acima apenas nas regiões temperadas. Na região intertropical, a incidência não apresenta grandes variações durante o ano, portanto as temperaturas médias são constantes e elevadas durante o ano todo, o que dificulta a identificação das estações. Nas regiões polares, ocorregrande variação de incidência de raios solares, além de o aumento e a diminuição se verificarem de maneira mais rápida. Nessas regiões, na prática, verifica-se um inverno longo e rigoroso e um verão de temperaturas maiores (de até 10°C aproximadamente), porém curto. As estações primavera e outono são curtas e apenas no início os dias e noites têm a mesma duração. Gl ow im ag es /Z ac ha ry M ill er Incidência do Sol no zênite (meio-dia ou sol a pino) – ausência de sombras nas direções cardeais. 16 Extensivo Terceirão Casas e sombras A construção de moradias deve respeitar o movimento aparente solar, nas suas variações diárias e anuais. Para manter os cômodos salubres (saudáveis, bem iluminados e secos) é providencial que as aberturas, como janelas e varandas, sejam voltadas para o lado de onde vêm os raios solares. Como a incidência direta do Sol se dá entre os trópicos, na zona intertropical é aconselhado o direcionamento das faces (fachadas/frentes e/ou principais aberturas) das moradias para o Leste, buscando aproveitar o Sol nascente durante o ano todo. Na zona temperada do hemisfério Sul, as moradias devem ter suas faces para o Norte; já as moradias da zona temperada do hemisfério Norte devem ter suas faces para o Sul. As sombras dos corpos e objetos produzidas pelo Sol também apre- sentam variação com os movimen- tos aparentes diários e anuais. De modo significativo, é interessante notar que: 1) quanto maior o distan- ciamento da linha equatorial (com o aumento das latitudes), maior será o comprimento das sombras, visto que a incidência direta do Sol acontece na faixa intertropical; 2) no nascer solar, com o Sol no Leste, as sombras se projetam para o Oeste, têm o menor comprimento ao meio- -dia; e no pôr do sol, com o Sol no Oeste, as sombras se projetam para o Leste; 3) na zona temperada do Sul, não há sombras para o Norte, e, na zona temperada do Norte, não há sombra para o Sul; 4) nas regiões polares, no inverno, ocorre a noite polar – portanto sem a existência de sombras. Direcionamento da fachada das moradias nas diferentes zonas de iluminação. ZONAS TÉRMICAS INTERTROPICAL TEMPERADAS POLARES NORTE SUL SOLOESTE CASA COM FACE PARA O NORTE CASA COM FACE PARA O LESTE CASA COM FACE PARA O SUL 66°33’ 66°33’ 23°27’ 23°27’ 0° SOL SOL LESTE CÍRCULO POLAR ÁRTICO CÍRCULO POLAR ANTÁRTI CO 21 de junho 21 de março e 23 de setembro 21 de dezembroTrópico de Capricórnio Equador Trópico de Câncer Comportamento das sombras de uma estaca nas zonas temperadas. ESCADA COM 1 METRO O O L L S N S N MOVIMENTO APARENTE DIÁRIO DO SOL 21/12 21/03 e 21/09 21/12 DESLOCAMENTO DAS SO MB RA S DE SL OC AME NTO DAS SOMBRAS D iv o. 2 01 6. D ig ita l. D iv o. 2 01 6. D ig ita l. Aula 02 17Geografia 1A Nutação Considerando as dimensões da Terra, a nutação corresponde a diminutas trepidações percebidas no eixo de rotação, com ciclos de 18,6 anos. Precessão dos equinócios Movimento lento, semelhante ao balançar de um pião, que ocasiona a variação da inclinação do eixo terrestre. Para com- pletar um círculo, são necessários 25.800 anos, ocasionando o deslocamento dos pontos equinociais. Ao longo de milhares de anos, modifica os momentos em que ocorrem os equinócios e os solstícios. D iv an zi r P ad ilh a. 2 01 0. D ig ita l. P = movimento de precessão. N = movimento de nutação. R = movimento de rotação. R N P Testes Assimilação 02.01. (UNISC – RS) – “Apesar do final de semana de clima nada atraente, com chuva, vale o registro de que a primavera começa às 17h44min deste domingo (22/09/2013). Após um inverno com três ocorrências de neve e temperatura abaixo da média, a próxima estação chega com características mais amenas, típicas de um período de transição entre épocas de extremos no ano. Em outubro, as mínimas devem ficar acima do normal.” Adaptado de http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/noticia/2013/09/cinco-coisas-que- -voce-deve-saber-sobre-a-primavera-quecomeca-neste-domingo-4276702.html Podemos dizer, de forma correta, que a partir do início da pri- mavera temos a ocorrência do , onde, ficam cada vez mais e mais . A sequência correta de preenchimento das lacunas, respec- tivamente, é: a) solstício, as noites, longas, os dias, curtos. b) equinócio, as noites, curtas, os dias, longos. c) solstício, os dias, curtos, as noites, longas. d) equinócio, os dias, longos, as noites, curtas. e) solstício, as noites, curtas, os dias, longos. 02.02. (UFAL) – Vários estudantes viajaram para o hemisfério Norte, mais especificamente para a Europa Ocidental. Passa- ram alguns meses, em grupo, estudando numa determinada universidade europeia, e constataram que naquela parte do planeta a duração dos dias e das noites era muito diferente da que se observava em Alagoas. O que justifica essa diferença? a) O hemisfério Norte recebe sempre mais insolação que o hemisfério Sul. b) O hemisfério Sul, onde se situa o Estado de Alagoas, possui mais águas do que continentes. c) A Europa tem relevo mais elevado do que as terras do hemisfério Sul. d) O movimento de translação da Terra e a inclinação do eixo terrestre justificam a desigualdade de duração dos dias e das noites. e) A desigualdade de duração dos dias e das noites é mais pronunciada durante os equinócios; o grupo de estudan- tes chegou àquele continente numa época equinocial. 02.03. (UNIFRA – RS) – Em 2017, o solstício de inverno terá início a 01h24min (horário de Brasília) no dia 21 de junho. Nessa data... I. o hemisfério Norte terá a noite mais longa. II. em ambos os hemisférios (Norte e Sul), o dia e a noite terão a mesma duração. III. ocorrerá o dia mais curto no hemisfério Sul. Está(ão) correta(s) a) apenas III. b) apenas I e II. c) apenas I e III. d) apenas II e III. e) I, II e III. 02.04. (UCS – RS) – Quando observamos o céu, temos a impressão de que nosso planeta está parado e que os outros astros é que se movem. Entretanto, a Terra realiza diversos movimentos, que afetam nossas vidas. O movimento de translação e a inclinação do eixo terrestre, por exemplo, determinam a desigualdade na distribuição de luminosidade e calor na Terra, conforme os períodos do ano. Assinale a alternativa, no quadro abaixo, que apresenta corretamente os dados do movimento de translação com relação às es- tações do ano. 18 Extensivo Terceirão Posição da Terra Estação no Hemisfério Sul Estação no Hemisfério Norte a) Equinócio Inverno Outono b) Solstício Verão Inverno c) Equinócio Outono Verão d) Solstício Primavera Outono e) Equinócio Inverno Verão Aperfeiçoamento 02.05. (UFPR) – Considere as seguintes figuras que representam as posições do Sol em sua aparente trajetória em torno do planeta Terra. Trópico de Câncer Trópico de Câncer Trópico de Câncer Trópico de Câncer Equador Equador Equador Equador Sentido do deslocamento aparente do Sol Trópico de Capricórnio Trópico de Capricórnio Trópico de Capricórnio Trópico de Capricórnio Sentido do deslocamento aparente do Sol Sentido do deslocamento aparente do Sol 1 2 3 4 Sobre o significado dessas representações, é correto afirmar: a) A figura 1 representa o solstício de primavera no hemisfério Sul. b) A distância em graus na superfície terrestre que está representada nas quatro figuras pelas sucessivas linhas tracejadas é de 90°. c) Os trópicos de Câncer e de Capricórnio estabelecem o limite para o norte e para o sul, além do qual os raios solares são inclinados o ano todo. d) O solstício só ocorre uma vez a cada ano no planeta Terra. e) A figura 4 indica que é verão no hemisfério Sul. 02.06. Considerando duas cidades, uma localizada a 35° de latitude Sul e a outra a 20° de latitude Norte, é correto concluir que: a) ambas estariam na mesma zona térmica da Terra. b) a cidade que está a 35° Sul terá, ao meio-dia, horário solar, a sua sombra voltada para o Norte. c) a cidade localizadaa 20° Norte terá o Sol no zênite duas vezes ao ano. d) na cidade localizada no hemisfério Sul, o Sol nascente sempre estará no ponto Leste da Rosa dos Ventos. e) o ângulo de incidência do Sol ao meio-dia, horário civil, será sempre igual nas duas cidades. 02.07. (UPF – RS) – Em relação ao movimento de translação da Terra, assinale a alternativa correta. a) No equinócio, os raios solares incidem perpendicularmente ao Equador e os dias e as noites têm duração praticamente iguais. b) No hemisfério Norte, o verão tem início entre 21 e 23 de dezembro, quando acontece o equinócio de verão. c) No solstício de inverno, os dias são mais longos do que as noites, pois há maior incidência de raios solares na zona dos trópicos. d) Nas regiões polares, os dias e as noites têm duração alternada de 24 horas, devido à sua baixa latitude. e) O solstício de verão, no hemisfério Sul, ocorre entre 21 e 23 de março, e, nesse dia, ocorrem o dia mais longo e a noite mais curta do ano. 02.08. (UFRGS) – Observe o quadro abaixo. DATA NASCER DO SOL PÔR DO SOL 16-jul 7:23 17:38 16-ago 7:01 17:57 16-set 6:24 18:15 Fonte: <http://www.inf.ufrgs.br/~cabral/ NascerPor- SolAno.html> Acesso em: 18 set. 2017. Assinale a alternativa que preenche cor- retamente a lacuna do enunciado abaixo. Examinando os horários de nascer e pôr do Sol em Porto Alegre, constata- -se que o dia aumenta em número de minutos. Isso acontecerá até o dia , quando então começará a decrescer. a) 10 de fevereiro b) 21 de março c) 21 de junho d) 23 de setembro e) 21 de dezembro 02.09. (UFPel – RS) – O movimento de translação é a órbita que a Terra percorre ao redor do Sol. Essa trajetória é realizada em 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 48 segundos, a uma velocidade média de 29,9 km/s. Devido à inclinação do eixo da Terra em relação ao plano de sua órbita, o planeta é iluminado de maneira diferente pelo Sol, em determinadas e diferentes épocas do ano, o que ocasiona as quatro estações do ano. Com relação ao movimento de translação da Terra, é correto afirmar que: a) as ocorrências dos solstícios se dão nos momentos em que o Sol, a partir da Terra, se encontra o mais distante possível do “Equador celes- te”, para Norte ou para o Sul. b) os momentos em que a Terra está no periélio coincidem com o início dos solstícios de inverno e de verão. c) os momentos em que a Terra está no afélio coincidem com o início dos equi- nócios de primavera e do de outono. d) a incidência da luz do Sol de manei- ra igual sobre os dois hemisférios, em determinada época do ano, caracteriza os solstícios. e) a maior incidência da luz do Sol em uma época do ano sobre o hemisfé- rio Norte, e em outra sobre o hemis- fério Sul, caracteriza os equinócios. Aula 02 19Geografia 1A 02.10. (UFES) – FONTE: SENE, E.; MOREIRA, J. C., 1998 (adaptação). Trópico de Câncer Equador Trópico de Capricórnio N S Trópico de câncer Equador Trópico de Capricórnio N S Tropico de Câncer EquadorTrópico de Capricórnio N S Tropico de câncer EquadorTropico de capricórnio N S Tropico de Câncer EquadorTrópico de Capricórnio N S A B C D Ra io s s ol ar es Ra io s s ol ar es Ra io s s ol ar es Ra io s s ol ar es A distribuição de energia solar, ou insolação, depende dos movimentos de rotação e translação da Terra. Esses movimentos são os responsáveis pela recepção do calor e, consequentemente, pela distribuição da vida em torno do globo. Considerando a importância da insolação e observando a figura anterior, NÃO se pode dizer que: a) o item A da figura demonstra o equinócio de primavera no hemisfério Norte ou o equinócio de Outono no hemisfério Sul. b) o item B da figura demonstra o solstício de verão no hemisfério Norte ou o solstício de Inverno no hemisfério Sul, que ocorrem por volta de 21 de junho. c) a inclinação do eixo de rotação da Terra, em relação à sua trajetória em torno do Sol, é um dos fatos que determinam a ocorrência das estações do ano. d) quanto mais nos afastamos do equador, maior a inclinação com que os raios solares incidem na superfície terrestre e maior, portanto, a área aquecida pela mesma quantidade de energia, o que torna as temperaturas mais baixas. e) no solstício de Verão, o dia é mais curto e a noite é mais longa; no solstício de Inverno, a noite é mais curta e o dia é mais longo. Aprofundamento 02.11. (UNEMAT – MT) – Os dois principais movimentos executados pelo planeta Terra são rotação e translação. O entendimento sobre seus mecanismos de funcio- namento é de extrema importância porque, na dinâmica de seus funcionamentos, estes provocam consequências que repercutem diretamente no modo como as socie- dades se organizam e produzem o seu espaço. Respectivamente, estes movimentos provocam as seguintes consequências diretas no espaço geográfico do Planeta Terra: a) Os diferentes fusos horários no planeta Terra, a alternância de dias e noites e as diferentes estações do ano; consequentemente, influenciam na distribuição de luz solar na Terra e nos seus diferentes tipos climáticos. b) O movimento das placas tectônicas, a alternância de diferentes latitudes e con- trolam a entrada e saída de energia solar no planeta Terra; consequentemente, atuam diretamente para o aumento do aquecimento global. c) Os diferentes fusos horários, a alternância de diferentes latitudes e controlam a emissão e propagação dos gases poluentes no planeta Terra; consequente- mente, influenciam diretamente no chamado “efeito estufa”. d) O movimento das placas tectônicas, as diferentes estações do ano e o controle das diferentes latitudes no planeta Terra; consequentemente, influenciam nos “abalos sísmicos” que ocorrem ao norte e ao sul do paralelo do Equador. e) As diferentes estações do ano, a alternância de diferentes latitudes e o controle da emissão e dispersão de gases poluentes no planeta Terra; consequentemente, influenciam diretamente no aumento do “efeito estufa” nas terras localizadas próximas ao paralelo do Equador. 02.12. (UEPG – PR) – Sobre as esta- ções do ano, assinale o que for correto. 01) A sucessão das estações e as de- sigualdades que as caracterizam dependem do movimento de translação e da inclinação do eixo da Terra estar em 23° 27’ (vinte e três graus e vinte e sete minutos) em relação ao seu plano de órbita ao redor do Sol. 02) Os invernos e os verões depen- dem, em ambos os hemisférios, da maior e da menor distância a que a Terra se encontra do Sol, posições chamadas, respectiva- mente, de afélio e periélio. 04) Em todos os lugares da Terra exce- to na linha do Equador, a duração dos dias e das noites se altera no transcorrer das estações do ano. 08) Estação do ano é o espaço de tem- po que o Sol, no seu movimento aparente, leva para passar de um solstício a um equinócio ou de um equinócio a um solstício. 16) No inverno, ao meio-dia, o Sol está na sua posição mais alta em relação ao horizonte de uma localidade. No verão, nesse mes- mo horário, ele está na sua po- sição mais baixa em relação ao horizonte. 02.13. (FEEVALE – RS) – O filme “Rio” mostra diferentes estações do ano, no Brasil e nos EUA. Sobre as estações do ano, é correto afirmar que: a) o movimento de rotação garante diferentes estações do ano, em cada hemisfério. b) em dezembro, inicia-se o inverno no hemisfério norte, fenômeno conhecido como equinócio de inverno. c) o verão caracteriza-se por ter dias e noites com a mesma duração, enquanto no inverno as noites são mais longas. d) no decorrer do movimento de translação, ocorre a inclinação do eixo da Terra em relação ao Sol, o que ocasiona as diferentes estações do ano. e) apenas no hemisfério sul ocorre, anualmente, um fenômeno conhe- cido como solstício de verão. 20 Extensivo Terceirão 02.14. (UFOP – MG) – A figura abaixo apresenta o movi- mento de translação da Terra. Com base na figura e em seus conhecimentos, assinale a opção INCORRETA: a) Cada hemisfério recebeo máximo de radiação solar durante seu solstício de verão. Nesse mesmo dia, o hemisfério oposto encontra-se no solstício de inverno e recebe o mínimo da sua radiação anual. b) Na figura, se o ponto 1 corresponde à primavera no hemisfério Norte e Outono no hemisfério Sul, o ponto 3 corresponderá exatamente ao inverso: Outono no hemis- fério Norte e Primavera no hemisfério Sul. c) O número de horas de sol que os hemisférios Norte e Sul recebem varia ao longo do ano. Essa variação determina as quatro estações e é responsável pelo dia durar seis meses nos polos e as noites durarem os demais seis meses. d) Por ser um planeta quase esférico, a quantidade de luz recebida pelas diferentes zonas da Terra, nas figuras de 1 a 4, será sempre a mesma. 02.15. (UFPE) – Sobre o tema Movimentos da Terra, é cor- reto afirmar o que segue. 01) A órbita da Terra é aproximadamente elíptica; há mo- mentos em que o planeta se encontra mais próximo do Sol (afélio) e outros em que está mais afastado (periélio). 02) O caminho aparente do Sol ao redor da Terra denomi- na-se eclíptica; o Sol passa sobre o Equador terrestre no início do outono e da primavera. 04) Além da rotação e da translação, a Terra executa ou- tros movimentos, como, por exemplo, a precessão dos equinócios e a nutação. 08) A Terra e a Lua giram juntas em uma órbita em torno do Sol; a excentricidade da órbita é, contudo, pequena. 16) O inverno e o verão, nos dois hemisférios terrestres, têm início durante os solstícios. 02.16. (UEM – PR) – A forma e os movimentos da Terra são temas que já causaram muitas reflexões e discussões entre os cientistas. Sobre esse assunto, assinale o que for correto. 01) Tornou-se possível visualizar a forma da Terra sob a perspectiva tridimensional a partir do desenvolvimen- to das imagens de satélite. 02) As estações do ano ocorrem devido ao movimento de rotação da Terra no sentido horário, o que promove uma interação com a energia emitida pelos raios lunares. 04) Equinócios designam os dias nos quais, nos dois hemis- férios, Norte e Sul, ocorrem diferenças no recebimento da luz solar e do calor. 08) O movimento de rotação da Terra é responsável pela circulação dos ventos e das correntes marítimas, além da alternância entre dias e noites. 16) Os quatro paralelos considerados marcos na determi- nação das zonas de iluminação do globo terrestre são os Círculos Polar Ártico e Antártico e os Trópicos de Câncer e de Capricórnio. 02.17. (UNICURITIBA – PR) – Tomando como referência a ilustração abaixo, representativa do mecanismo das estações do ano, avalie as afirmativas que se seguem. a) Quando o planeta estiver entre as posições “a” e “b”, o descon- gelamento de rios, lagos e mares passará a permitir a nave- gação no extremo norte da Eurásia e da América do Norte. b) Na posição “d”, os países do Sul e do Sudeste Asiático estarão iniciando a semeadura do arroz, alimento básico dos povos da Ásia das Monções. c) É possível observar o ressurgimento da vegetação de tundra, tanto no Ártico quanto na Antártida, quando a Terra se encontra nas posições “a” ou “c”. Nessas ocasiões, ambos os hemisférios encontram-se igualmente ilumi- nados e aquecidos pelo Sol. d) A posição “b” corresponde à época do ano mais favorá- vel para a prática do turismo ecológico nos chapadões do Brasil Central, pois essa é a estação das chuvas, e as cachoeiras estão em seu volume máximo. e) Os Estados Unidos, a Rússia e os países europeus tendem a elevar seus níveis de consumo de combustíveis fósseis, quando o planeta está na posição “d”. 02.18. (UENP – PR) – Analise as afirmativas abaixo. I. A energia solar é primordial para a existência da vida. Em diversas culturas, o Sol é exaltado e muitas vezes considerado sagrado. Além de ser cultuado por diversos povos, o Sol é objeto de estudos científicos que procu- ram desvendar a maneira como essa estrela interfere na natureza terrestre. Aula 02 21Geografia 1A II. Sem o Sol não haveria vida. Não existiriam nem o dia, nem o azul do céu, nem o arco-íris. III. O eixo de rotação da Terra é representado por uma reta que atravessa os dois polos. Apresenta uma incli- nação de 66º 32’ e 30’’ em relação ao plano da órbita do planeta. IV. A reflexão da energia solar ocorre quando os raios atingem as nuvens, a superfície dos continentes, as águas oceânicas, a vegetação, o próprio ar, retornando então, em parte, ao espaço. A maior parte da energia solar é absorvida por esses elementos, desencadeando fenômenos como o aquecimento do ar atmosférico, da água e dos solos, o ciclo da água e a fotossíntese das plantas, interferindo, assim, diretamente na inter- dependência entre as esferas terrestres. V. A forma e os movimentos da Terra, assim como os fe- nômenos de absorção e reflexão da energia solar pela superfície terrestre, estão entre os principais responsáveis pela existência da biosfera, com sua diversidade de am- bientes e formas de vida animal e vegetal. Estão corretas as afirmativas: a) todas as afirmativas c) apenas I, III e V e) apenas III, IV e V b) apenas I, II e III d) apenas II, III e IV Desafio 02.19. Na tabela estão as datas, os de início e a duração das esta- ções do ano em 2020. Essas informações deverão ser empregadas para julgar os itens com F – falso ou V – verdadeiro. ESTAÇÃO DO ANO DIA E HORA DE INÍCIO A 20 de março – 00h 50min B 20 de junho – 18h 44min C 22 de setembro – 10h 31min D 21 de dezembro – 07h 02min I. ( ) O início do verão e do inverno para o hemisfério boreal estão identificados na tabela, respectiva- mente, em “B” e “D”. II. ( ) As diferenças nas durações das estações decorrem da órbita terrestre em torno do Sol, que é executa de forma elíptica, estando o solstício “B” no afélio. III. ( ) Em “A” verificou-se um equinócio, momento de Sol a zênite na linha equatorial e igual fotoperíodo nos hemisférios setentrional e meridional. IV. ( ) Em “C” o Sol incidiu perpendicularmente sobre o Trópico de Câncer e as residências do hemisfério austral tiveram boa iluminação nas fachadas voltadas para a Antártica. V. ( ) As datas para o início das estações podem variar um pouco em função da velocidade do movimento rotacional terrestre. De cima para baixo, a ordem correta dos julgamentos é: a) V, V, F, F, V c) F, V, F, V, F e) V, F, V, F, F b) V, V, V, F, V d) V, V, V, F, F 02.20. Sobre o solstício de 21 de junho, responda: a) qual das linhas tropicais (Câncer ou Capricórnio) ocorre o zênite solar? b) quais as consequências desse solstício nas condições climáticas da zona temperada sul? 02.21. (FAVIP – PE) – Observe a figura a seguir. Com base na figura, é correto afirmar que: 1) durante o momento conhecido como equinócio, tem início o inverno no hemisfério norte, época em que as noites e os dias têm a mesma duração. 2) ao longo do ano, no hemisfério norte, a insolação varia consideravelmente em função da translação da Terra em torno do Sol. 3) nas posições intermediárias entre o verão e o inverno, há um determinado momento em que a Terra assume uma posição na qual ambos os hemisférios são igualmente iluminados. 4) durante os solstícios, de acordo com o hemisfério consi- derado, a Terra entra no inverno ou no verão; em junho, o solstício é de inverno no hemisfério austral. Está(ão) correta(s): a) 1 apenas c) 2 e 4 apenas e) 1, 2, 3 e 4 b) 1 e 2 apenas d) 2, 3 e 4 apenas 22 Extensivo Terceirão 02.22. (UFBA) – Fundamentado na ilustração, nos conhecimentos relativos à questão da orientação sobre o espaço geográfico e na obser- vação das diferentes posições do Sol na linha do horizonte, em diferentes períodos do ano, sobre uma cidade localizada em latitudes médias: a) identifique em que hemisfério se localiza a cidade mostrada na ilustração, explicando o motivo pelo qual o Sol, ao meio dia, em 21 de junho, encontra-se posicionado no ponto mais alto da linha do horizonte. b) identifique, na cidade apresentada na figura, as estaçõesdo ano e os períodos de solstício ou equinócio em: – 21 de março: _____________________________ período: _________________________________ – 23 de setembro: ___________________________ período: _________________________________ c) cite duas consequências geográficas ligadas à trajetória da luz do Sol, na linha do horizonte, ao se deslocar no sentido de I para II. Aula 02 23Geografia 1A 02.01. d 02.02. d 02.03. a 02.04. b 02.05. c 02.06. c 02.07. a 02.08. e 02.09. a 02.10. e 02.11. a 02.12. 12 (04 + 08) 02.13. d 02.14. d 02.15. 30 (02 + 04 + 08 + 16) 02.16. 25 (01 + 08 + 16) 02.17. F, F, F, F, V 02.18. a 02.19. d 02.20. a) Em 21 de junho o zênite solar ocorre so- bre o trópico de Câncer. b) A partir do solstício de 21 de junho a zona temperada sul vive a estação do inverno, com menores temperaturas e noites mais longas. 02.21. d 02.22. É necessário fazer a observação cuidadosa das informações da figura. Nela o Sol mais “alto” no horizonte ocorre em 21 de junho e o mais “baixo” – ao sul – em 21 de dezem- bro, e não há zênite. Refletindo conclui-se que: a localidade está no hemisfério Norte e fora da zona tropical. a) A cidade da ilustração está no hemisfério Norte. O Sol em 21 de junho encontra- -se alto no horizonte porque nessa data ocorre o solstício de verão (início do ve- rão) para o hemisfério Norte. b) - 21 de março: “primavera” período: “equinócio” - 23 de setembro: “outono” período: “equinócio” c) São duas consequências geográficas da trajetória da luz entre o nascer e o pôr do Sol: influencia na duração dos dias e noites com as diferentes estações do ano; estabelecimentos dos fusos horários (também influencia no estabelecimento dos pontos cardeais - orientação, forma- ção das sombras e desenvolvimento das plantas). Gabarito 24 Extensivo Terceirão Geografia 1A Orientação Aula 03 Pontos cardeais Desde a Antiguidade, os seres humanos tiveram a necessidade de orientar-se, ou seja, saber uma determi- nada posição em relação a outra conhecida. Os principais pontos de orientação são chamados pontos cardeais (a palavra “cardeal” significa “principal”), sendo em número de quatro: • Norte (N) – extremidade superior do eixo terrestre. • Sul (S) – extremidade inferior do eixo terrestre. • Leste (L ou E) – local onde o Sol nasce. • Oeste (O ou W) – local onde o Sol se põe. Rosa dos ventos Formas de orientação A orientação pode ser efetuada por meio de astros e instrumentos. Astros Considerando o movimento de rotação da Terra, pode-se afirmar que os astros nascem no leste e se põem no oeste. Sabendo onde o Sol ou a Lua nascem, é possível deduzir os demais pontos cardeais. Além desses astros, no hemisfério Norte, a estrela Polar, da constelação de Ursa Menor, identifica o rumo norte. No hemisfério Sul, a orientação pode ser feita pela estrela de Magalhães, da Constelação do Cruzeiro do Sul, que identifica o rumo sul. Instrumentos Bússola Instrumento simples, em que uma agulha magnéti- ca é atraída pelo magnetismo terrestre. Por mais que se gire a bússola, sempre estará apontando para o Polo Sul magnético, que se situa nas proximidades do Polo Norte geográfico. Sabendo a declinação magnética (diferença angular entre o norte geográfico e rumo norte indicado pela bússola) de um local, é possível identificar com exatidão o rumo norte. Global Positioning System (GPS) Na atualidade, a bússola tem sido substituída pelo GPS, que identifica posições com maior rapidez e precisão. O GPS é um conjunto de satélites emissores de sinais eletromagnéticos que podem ser captados por antenas receptoras na Terra. Esses receptores de sinais dos satélites de posicionamento são geralmente chamados de GPS, que através de suas antenas recebem as ondas eletromagnéticas emitidas pelos satélites. Quando esses receptores obtêm uma combinação de no mínimo quatro satélites, é possível identificar qualquer posição na superfície terrestre. DIREÇÕES Pontos Cardeais Pontos Colaterais Pontos Subcolateriais N = Norte S = Sul L ou E = Leste O ou W = Oeste NO = Noroeste NE = Nordeste SE = Sudeste SO = Sudoeste NNO = Nor-Noroeste NNE = Nor-Nordeste SSE = Su-Sudeste SSO = Su-Sudoeste ENE = Es-Nordeste ESE = Es-Sudeste OSO = Oes-Sudoeste ONO = Oes-Noroeste ©iStockphoto.com/SanderStock O aparelho de GPS permite a localiza- ção imediata de qualquer local na su- perfície terrestre, por meio de triangu- lação com satélites. Vale a Pena Saber Sinônimos: norte pode ser substituído por se- tentrional ou boreal; sul, por meridional ou austral; leste, por oriente, levante ou nascente; e oeste, por ocidente, poente ou ocaso. An ge la G ise li. 2 01 0. V et or . N NNE NE ENE L ESE SE SSE S SSOSO OSO O ONO NO NNO mente chamados de as recebem as ondas s satélites. Quando mbinação de no l identificar rrestre. erStock aliza- a su- ngu- Aula 03 25Geografia 1A Coordenadas geográficas Um ponto na superfície terrestre é localizado por meio da latitude e da longitude, tendo como pontos de referência a Linha do Equador e o Meridiano de Greenwich (Meridiano Inicial ou Meridiano de Origem). Convencionou-se dividir a Terra em dois hemisférios a partir da Linha do Equador: Norte ou Setentrional e Sul ou Meridional. Como o hemisfério Sul apresenta maior superfície oceânica, pode ser também denominado de hemis- fério das Águas. Também se convencionou dividir a Terra em dois hemisférios, a partir do Meridiano de Greenwich: hemisfério Leste ou Oriental e hemisfério Oeste ou Ocidental. Latitude A latitude terrestre é a medida angular entre a Linha do Equador e qualquer ponto situado na superfície da Terra, no sentido norte ou sul. As latitudes terrestres variam de 0° a 90° de latitude norte ou sul, sendo que correspondem aos polos geográficos as latitudes de 90° N e 90° S. A identificação das latitudes pode ser realizada mediante paralelos com latitudes preestabelecidas nos mapas ou globos. As latitudes identificam qualquer ponto na superfície da Terra em relação à Linha do Equador. Ta lit a Ka th y Bo ra Os paralelos mais importantes são denominados paralelos notáveis e são o Equador (lat. 0°), Trópico de Capri- córnio (lat. 23° 27’ S), Trópico de Câncer (lat. 23° 27’ N), Círculo Polar Antártico (lat. 66° 32’ S) e Círculo Polar Ártico (lat. 66° 32’ N). As regiões intertropicais podem ser denominadas regiões de baixas latitudes; as zonas temperadas, regiões de médias latitudes; e as polares, regiões de altas latitudes. Zonas térmicas As linhas dos trópicos e os círculos polares definem as cinco zonas térmicas (climáticas ou de iluminação) da Terra. Zona Intertropical (tropical ou tórrida): situa-se entre os Tró- picos de Câncer e de Capricórnio (áreas de baixa latitudes), sendo atravessada ao centro pela linha equatorial. Constitui a zona mais quente do globo, onde não se observam as estações do ano. Zonas Temperadas: aparecem nas áreas de médias latitudes, a partir dos trópicos até os círculos polares. Nas zonas temperadas a ocorrência das quatro estações é bem observada. Zonas Polares (frígidas, frias ou glaciais): situam-se no interior dos círculos polares (áreas de grandes latitudes). Constituem as regiões mais frias do globo, quase que permanentemente cobertas de gelo. Círculo Polar Ártico ZONA TEMPERADA DO NORTE Trópico de Câncer Trópico de Capricórnio Equador ZONA TROPICAL ZONA TROPICAL ZONA TEMPERADA DO SUL Círculo Polar Antártico ZONA POLAR ÁRTICA ZONA POLAR ANTÁRTICA 26 Extensivo Terceirão Longitude Medida angular entre o Meridiano de Greenwich e qualquer ponto na superfície terrestre, no sentido leste ou oeste, variando 0° a 180°. Para facilitar a localização de qualquer longitude, são colocados nos mapas ou globos meridianos com longitudes preestabelecidas. Os principais meridianos traçados a cada 15° correspondem aos fusos horários. Na Linha do Equador, um grau de longitude corresponde aproximada- mente
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