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1 3A Geografia 09 Aula Geologia I – Eras geológicas e rochas Introdução A idade da Terra é calculada em 4,6 bilhões de anos, e, entre os seres vivos, a espécie humana foi a últi- ma a surgir. Isso dificulta o estudo do processo evolutivo terrestre, porém, por meio dos fósseis e das rochas, é possível deduzir tal processo. A datação dos fósseis e das rochas é importante para o estudo da evolução da Terra (Geocronologia), permitindo conhecimentos acerca da dinâmica dos climas e dos seres vivos. A idade da Terra é dividida em dois grandes gru- pos, chamados éons. Os éons são subdivididos em eras, períodos, épocas e idades. An ge la G ise li. 2 00 4. D ig ita l. Éon Era Período Época Idade IDADE DA TERRA Classificação do tempo geológico A classificação do tempo geológico mais utilizada é de Kulp (1960). John Laurence Kulp (1921–2006) foi um des- tacado geoquímico estadunidense que divulgou, por meio de estudos físicos e químicos em rochas e fósseis, a organi- zação do tempo geológico em éons, eras, períodos, épocas e idades. Ainda hoje, no meio científico existem divergências quanto a nomes e datações, estando sob responsabilidade da Comissão Internacional sobre Estratigrafia (International Commission on Stratigraphy – ICS), uma das divisões da União Internacional de Ciências Geológicas (IUGS), apresen- tar a versão considerada oficial acerca do tempo geológico. Pré-Cambriano Denominado também de Primitivo ou Criptozoico, o superéon Pré-Cambriano é o mais extenso, com mais de 87% da idade da Terra, ou seja, quase 4,1 bilhões de anos, sendo subdividido em Éon Arqueano e Éon Proterozoico. Apresentou predomínio da formação de rochas como o granito e o gnaisse e poucos indícios de vida. Presume-se que tenham existido animais e plantas rudimentares. Arqueano Também denominado Arqueozoico, o Arqueano apresentou rochas graníticas, solos de fertilidade media- na e pobreza de recursos minerais. Foi também a etapa de formação dos oceanos e da atmosfera. Serra do Mar no trecho situado na estrada da Graciosa no Paraná. A Serra do Mar é constituída principalmente de granitos e gnais- ses pré-cambrianos do período Arqueozoico. As serras do Mar, da Mantiqueira e grande parte dos planaltos residuais Norte-Amazônicos (planalto das Guianas) são constituídos de terrenos arqueozoicos. P. im ag es /H am ilt on B et te s J r. 2 Extensivo Terceirão Proterozoico Também denominado Algonquiano, o Proterozoico foi rico em minérios (ferro, cobre, chumbo, ouro, prata, etc.). No Proterozoico, a vida obteve alguns progressos, com o surgimento de algas e de crustáceos. Extração de minério de ferro na Serra do Espinhaço, no municí- pio de Congonhas do Campo (MG), integrante do Quadrilátero Ferrífero. A serra do Espinhaço, onde se localiza o Quadrilátero Ferrífero (MG), é constituída de terrenos algonquianos, assim como a serra dos Carajás (PA), o maciço de Urucum (MS) e a chapada Diamantina (BA). Hadeano O Hadeano ou Azoico corresponde à idade de início da formação da Terra, quando havia uma atmosfera den- sa e a superfície era caracterizada por um mar de rochas em ebulição. O éon Hadeano não é formalmente aceito pela Comissão Internacional sobre Estratigrafia, mas é amplamente usado no meio científico. Fanerozoico O éon Fanerozoico reúne os últimos 542 milhões de anos da Terra, portanto, diante dos 4,6 bilhões de anos do planeta, as ocorrências mais recentes. É caracteriza- do pela abundância de vida. Do Fanerozoico fazem parte as eras Paleozoica, Mesozoica e Cenozoica. Era Paleozoica Também denominada Era Primária, a Paleozoica teve duração de aproximadamente 300 milhões de anos e subdivide-se em seis períodos: Cambriano, Ordovicia- no, Siluriano, Devoniano, Carbonífero e Permeano. P. im ag es /H am ilt on B et te s J r. Denomina-se Paleozoico Inferior ao conjunto dos três primeiros períodos: Cambriano, Ordoviciano e Silu- riano; e Paleozoico Superior ao conjunto dos três últimos períodos: Devoniano, Carbonífero e Permeano. A formação de Vila Velha, situada no município de Ponta Grossa (PR), ocorreu na Era Paleozoica. A Era Paleozoica caracterizou-se por intensos proces- sos de sedimentação, que deram origem a várias rochas sedimentares e metamórficas, e surgimento de várias formas de vida animal e vegetal, principalmente nos ambientes marinhos. No Paleozoico Superior, ocorreram as últimas glaciações no território brasileiro. Rio dos Papagaios, situado no município de Palmeira (PR), corre em área onde ocorreu a última glaciação brasileira. Observe, na foto, o vale em forma de “U”, tipicamente de atividade glacial. Entre as formas de vida animal, surgiram no Paleo- zoico os peixes, os anfíbios e alguns poucos répteis. Na Era Paleozoica, ocorreu, no território brasileiro, intensa sedimentação em várias regiões, o que determi- nou a formação de vários planaltos, o início da planície Amazônica e a depressão da Amazônia Ocidental. © Sh ut te rs to ck /J os e M ar qu es L op es P. im ag es /H am ilt on B et te s J r. Aula 09 3Geografia 3A Pangeia Durante o Éon Pré-Cambriano e a Era Paleozoica, os continentes apresentavam configuração dife- rente da atual e estavam unidos, formando um gigante continente denominado Pangeia, envolvido por um grande oceano chamado de Pantalassa. Na Era Mesozoica (no Triássico), o continente Pangeia foi dividido, formando Gondwana ao sul (que correspondia ao território atual da África, América do Sul, Aus- trália, Antártica e Índia) e Laurásia ao norte (atual América do Norte, Ásia, Europa e Groenlândia). 225 milhões de anos atrás 135 milhões de anos atrás 65 milhões de anos atrás Hoje Laurásia Pangaea Gondwana Laurásia Gondwana Ásia Europa África Índia Austrália Antártica América do Sul América do Norte Placa Eurasiana Placa da África Placa da América Placa da Antártica Placa Indo-Autraliana DISTRIBUIÇÃO DOS CONTINENTES Era Mesozoica Também denominada Era Secundária, a Mesozoica teve duração de aproximadamente 180 milhões de anos e divide-se em três períodos: Triássico, Jurássico e Cretáceo. Nessa era, ocorreram intensos e prolongados proces- sos de erosão e sedimentação, enquanto imensas e exu- berantes florestas alimentavam uma crescente e variada fauna de gigantescos lagartos: os sáurios (dinossauros). Também surgem as aves e os primeiros mamíferos. A iguana é um réptil de origem mesozoica. A separação de Gondwana determinou o surgimento de fossas tectônicas na África e, no Centro-Sul do Brasil, fendas enormes e numerosas denominadas diastrofismo rético. Através do diastrofismo rético (com abertura de fendas na crosta terrestre), ocorreu o maior derrame de lavas vulcânicas do planeta, recobrindo as bacias © Sh ut te rs to ck /S er ge y Ur ya dn ik ov sedimentares paleozoicas desde o sul de Minas Gerais até o Uruguai. As lavas vulcânicas, decompondo-se em climas tropicais úmidos, originaram a terra-roxa, de grande fertilidade. Esse derrame basáltico iniciou-se no fim do Triássico e prolongou-se até o Cretáceo e pode ser denominado de Derrame de Trapp. VULCANISMO NO BRASIL Ta lit a Ka th y Bo ra 4 Extensivo Terceirão Era Cenozoica Com cerca de 70 milhões de anos de duração, a Cenozoica apresenta três períodos: Heogeno e Paleogeno (reunidos no Terciário) e Quaternário. Nessa era, ocorreu o predomínio dos mamíferos e os continentes tomaram a forma atual. Período Terciário Teve a duração de 63 milhões de anos, sendo dividido em cinco épocas: Paleoceno, Eoceno, Oligoceno, Mioceno e Plioceno. Nesse período, ocorreram as formações das maiores cadeias monta- nhosas: Himalaia, Andes, Cáucaso, Montanhas Rochosas, Alpes e outras. No território brasileiro, verificou-se a sedimentação de grande parte do litoral e a formação de 90% das terras firmes da Amazônia. Pela classificação da Comissão Internacional sobre Estratigrafia, o termo Terciário é considerado em desuso,sendo reconhecidos em seu lugar os períodos Paleogeno e Neogeno. Período Quaternário O Quaternário estende-se da atualidade até 2,5 milhões de anos. Esse período abrange duas épocas: Pleistoceno e Holoceno, verificando- -se no Pleistoceno a ocorrência das últimas glaciações: Gunz, Mundel, Russ e Wurn. No Brasil, houve a sedimentação final do Pantanal e a formação do litoral do Rio Grande do Sul e da Bacia Sedimentar de Curitiba. Apesar das várias divergências entre antropólogos, o ser humano surgiu no fim do Pleistoceno entre 2,5 a 1 milhão de anos. O Pantanal Mato-Grossense é uma das áreas mais recentes do Brasil, sendo constituído de sedimentação quaternária. Se co m -M T/ M ar co s V er gu ei ro Antropoceno O termo antropoceno, é apontado pelos estudiosos como o mais adequado para demonstrar a época do tempo geológico em que o homem tem efetuado grandes trans- formações na Terra. Criado pelo biólogo esta- dunidense Eugene F. Stoer- mer (1934–2012) e populari- zado pelo químico holandês Paul Crutzen (Prêmio Nobel de Química de 1995), o antro- poceno (anthropo = humano + ceno = novo) corresponde a “época do tempo geológi- co” a partir do qual a humani- dade passou a desempenhar ações significativamente im- pactantes ao meio natural, como a queima de combus- tíveis fósseis, urbanização, explosão demográfica, al- terações nos cursos fluviais, grandes aterros e extinções de espécies. Embora não haja consenso, a Revolução Industrial é con- siderada o início do antropo- ceno. Para alguns estudio- sos, no lugar do antropo- ceno, na escala do tempo geológico deverá ocorrer a introdução do período “quinário” ou “tecnógeno”. O tecnógeno foi sugerido pelo geólogo russo Ter Ste- paniam, na década de 1980, e deverá reunir os últimos 10 ou 12 mil anos e registrar as habilidades e alterações humanas na Terra. Aula 09 5Geografia 3A TABELA DAS ERAS GEOLÓGICAS At ua lid ad e ÉONS ERAS / CRONOLOGIA PERÍODOS ÉPOCAS CARACTERÍSTICAS (DESTAQUES) FA N ER O ZO IC O CENOZOICA “Vida Recente” Do presente até 66 milhões de anos. Quaternário Holoceno • Evolução dos humanos. • Última Era do Gelo. • Formação dos dobramentos modernos (Alpes, Andes e Himalaias). • Configuração atual dos continentes e oceanos. • No Brasil: formação das bacias sedi- mentares da Amazônia e do Pantanal sul-mato-grossense. Pleistoceno Te rc iá rio Neogeno Plioceno Mioceno Paleogeno Oligoceno TE M PO G EO LÓ G IC O Eoceno Paleoceno MESOZOICA “Vida Intermediária” De 66 até 250 milhões de anos. S ec un dá rio Cretáceo • Dinossauros. • Divisão do continente. • Primeiros mamíferos. • Grandes vulcanismos. • Aparecimento das coníferas. • Divisão do continente Pangeia e, poste- riormente, Gondwana. • Formação de grandes bacias petrolíferas. • No Brasil: derrames vulcânicos (Trapp). Jurássico Triássico PALEOZOICA “Vida Antiga” De 250 até 542 milhões de anos. Pr im ár io Permeano • Origem das florestas, peixes e anfíbios. • Formação de grandes reservas de carvão mineral. • Consolidação do continente Pangeia. • No Brasil: formação das bacias sedimen- tar Paranaica e dos depósitos de carvão mineral da região Sul. Carbonífero Devoniano Siluriano Ordoviciano Cambriano PR É- CA M BR IA N O (P RI M IT IV O o u CR IP TO ZO IC O ) PROTEROZOICA “Vida Elementar” De 542 milhões até 2,5 bilhões de anos. • Formação das primeiras rochas sedimen- tares. • Aparecimento de crustáceos e algas. • Formação das jazidas de minérios metáli- cos (como o ferro). • No Brasil: formação do escudo brasileiro (base geológica antiga e rígida). ARQUEOZOICA “Vida Arcaica” De 2,5 até 4 bilhões de anos. • Consolidação da crosta terrestre, da atmosfera e dos oceanos. • Primeira glaciação. • Aparecimento da vida (rudimentar). • No Brasil: formação da Serra do Mar. O rig em da Te rr a HADEANO “Hades = inferno” AZOICA “Sem vida” De 4 até 4,6 bilhões de anos. Fontes: ADAS, Melhen e ADAS, Sergio. Panorama Geográfico do Brasil, S. Paulo: Moderna, 1998. LEINZ, Viktor e AMARAL, Sérgio E. do. Geologia geral. São Paulo: Cia. Ed. Nacional, 2001. www.stratigraphy.org (Acesso: 20.03.2016) Ta be la o rg an iz ad a pe lo a ut or . 6 Extensivo Terceirão Minerais e rochas Definições • Minerais: substâncias inorgânicas encontradas na natureza, com propriedades físicas e químicas definidas. Os principais minerais são: feldspato, anfibólios, piroxênios, quartzo e mica. • Rochas: agregados de dois ou mais minerais. • Pedra: designação popular para as rochas. O termo pedra também é usado para fragmentos de rochas. • Minério: mineral ou rocha com aproveitamento econômico (exemplo: minério de ferro). • Jazida: localidade com grande concentração de mi- nérios. As jazidas também são chamadas de bancos, depósitos, reservas, minas e campos. Classificação das rochas De acordo com a origem (gênese), as rochas podem ser classificadas em: • magmáticas; • sedimentares; • metamórficas. Rochas magmáticas Denominadas também de rochas ígneas (igneus = do fogo), são formadas pelo magma, podendo ser solidifica- das na superfície ou abaixo dela. As rochas magmáticas podem ser subdivididas em intrusivas e extrusivas. Magmáticas intrusivas Podem ser chamadas de rochas infusivas, plutôni- cas ou abissais e correspondem àquelas que se solidifi- cam nas maiores profundidades, como, por exemplo, o granito, que é a rocha mais comum de todas. Amostra de granito © Sh ut te rs to ck /G yv af ot o No Brasil, a serra da Mantiqueira, a serra do Mar e as várias serras que constituem o planalto Residual Norte- -Amazônico (planalto das Guianas) são constituídas de rochas magmáticas e metamórficas. Magmáticas extrusivas Podem ser denominadas de efusivas ou vulcânicas e correspondem àquelas que se solidificam na superfí- cie, como, por exemplo, o basalto, que é a mais comum das efusivas. Amostra de basalto do derrame de Trapp (bacia do Paraná) con- tendo cristal e filamento ferroso. Rochas sedimentares São formadas de sedimentos oriundos de outras rochas ou de materiais orgânicos. Como os sedimentos são transportados pelos ventos e águas e depositados na horizontal nas áreas de sedimentação (de depósito dos sedimentos), as camadas mais profundas são as mais antigas, e as superficiais, as mais recentes. As rochas sedimentares podem ser divididas em detríticas, orgânicas e químicas. • Detríticas: são denominadas também de clásticas, sendo formadas por sedimentos oriundos de rochas preexistentes. Exemplos: arenito, argilito (argila), conglomerado, tilito, etc. Os sedimentos finos transportados pelas geleiras denominam-se till e, posteriormente consolidados, originam o tilito, que é uma rocha sedimentar clástica. • Orgânicas: são formadas por sedimentos de ori- gem biológica (biogênicas), ou seja, sedimentos provenientes de vegetais ou de animais. Exemplos: calcário, carvão mineral, petróleo, etc. Lu ísa D . D et ze l Aula 09 7Geografia 3A A Câmara do Tesouro na cidade de Petra (Jordânia). Esse edifício foi esculpido em rochas calcárias. • Químicas: são oriundas de processos químicos, como, por exemplo, o sal-gema, que corresponde a jazidas de sais nos continentes. O processo de transformação de sedimentos em rochas sólidas é denominado litificação ou diagênese. São as rochas sedimentares que guardam a maior parte dos fósseis, representados por restos animais e vegetais preservados em meio aos sedimentos durante os processos de sedimentação e litificação. Fósseis de um peixe em calcário numulítico (rocha sedimentar proveniente do acúmulo de conchas). Rochas metamórficas São aquelas que sofreram profundas modificações estruturais pelo calor ou pressão. Exemplos: quartzita (do arenito), mármore (do calcário), gnaisse (sedimentos de rochas ígneas como o granito), etc. © Sh ut te rs to ck /N ic ko la y V in ok ur ov © Sh ut te rs to ck /B ro ok eBe ck er A pedra do Pão de Açúcar (RJ) é de gnaisse proveniente da me- tamorfose do granito. Rochas cristalinas As rochas cristalinas correspondem àquelas formadas por cristais solidificados, podendo ser ígneas ou metamórficas. Formadas principal- mente durante o Pré-Cambriano e o Paleozoico, constituem estruturas rígidas. Quando as rochas cristalinas afloram em vas- tas áreas, formam os escudos cristalinos, que se caracterizam por serem constituídos de estrutu- ras rígidas e antigas, nas quais não se verificam dobramentos modernos. Entre os principais es- cudos destacam-se o Escudo Canadense, o Es- cudo Sul-Africano, o Escudo Báltico e o Escudo Brasileiro. No Brasil, as rochas cristalinas afloram em cerca de 36% do território nacional. © Sh ut te rs to ck /N au m ov a M ar in a 8 Extensivo Terceirão Ciclo das rochas Devido à exposição da crosta terrestre à desagregação/decomposição (o intemperismo), aos processos de erosão e deposição e à dinâmica das placas tectônicas, as rochas passam por um ciclo natural de formação/destruição – é o ciclo das rochas ou petrológico. D iv o Pa di lh a. 2 01 0. D ig ita l. Afloramento Rocha metamórfica CICLO DAS ROCHAS Rocha magmática Arrefecimento Erosão Rocha sedimentar Fusão Sedimentos Pressão e temperatu ra Magna Pressão e temperatura Testes Assimilação 09.01. (FMJ – SP) – Relevo cárstico é um tipo de formação geológica caracterizado pela dissolução química (corrosão) das rochas, o que leva, por exemplo, à formação de cavernas. Predominante nesses ambientes, o calcário é uma rocha do tipo a) vulcânica. b) ígnea. c) magmática. d) metamórfica. e) sedimentar. 09.02. (SLM – SP) – Leia o texto. Segundo estudiosos, dos anos 1950 para cá, as atividades humanas teriam causado alterações nos processos geológicos da Terra, muito mais intensas do que as que ocorrem naturalmente. Uma característi- ca marcante desse novo estágio na história da Terra, chamada de Antropoceno, seria a presença cada vez mais abundante de um sedimento artificial, formado por lama e areia misturadas com grãos de materiais sintéticos, em especial o plástico, vindos do lixo pro- duzido pelo ser humano. (...) as principais evidências levantadas vêm sendo divulgadas e discutidas há al- gum tempo. Revista Fapesp n. 243. Publicada em maio de 2016. Adaptado. Disponível: http://revistapesquisa.fapesp.br/2016/05/19/a-era-humana/. Acesso: 18 jun. 2017. A teoria do Antropoceno, descrita no texto, é considerada a) polêmica, pois não leva em conta a importância dos avanços tecnológicos. b) promissora, na medida em que valoriza as tecnologias de produção. c) duvidosa, já que está baseada mais em especulação do que em dados. d) recente, e os estudiosos a relacionam à produção in- dustrial. e) sustentável, mesclando aspectos de produção com meio ambiente. Aula 09 9Geografia 3A 09.03. (UEMG) – Sabemos que ao lon- go de bilhões de anos, a Terra passou por diferentes transformações que vão desde o resfriamento e solidificação das camadas até os resultados das transformações antrópicas. Nesse contexto, assinale V para as afir- mativas verdadeiras e F para as falsas. ( ) A Era Pré-Cambriana caracterizou- -se pela inexistência da vida no planeta e pela constituição das primeiras rochas magmáticas. ( ) A Era Paleozoica caracterizou-se pela formação das grandes ca- deias de montanha, tais como os Andes e os Alpes. ( ) A Era Mesozoica foi marcada pela fragmentação do continente Gondwana, que resultou na for- mação dos continentes africano e sul-americano e do oceano Atlântico. ( ) A Era Cenozoica foi marcada pelo grande soterramento de florestas em diversas partes do globo, que resultou na formação da jazidas de carvão mineral. 09.04. (IFPR) – No caminho da escola para casa, um estudante encontra uma pedra brilhante e transparente, e imagina que seria um diamante. Para tentar comprovar que seria mesmo um diamante, ele consegue riscar uma garrafa de vidro com a pedra e se anima com a descoberta. Porém, ao chegar à sua casa, percebe que a pedra encontrada não consegue riscar o topázio do anel da sua mãe. A partir das informações contidas no texto, assinale a alternativa correta: a) A pedra é realmente um diamante, porque sua dureza é menor que a do vidro. b) A pedra não é um diamante, porque sua dureza, apesar de ser maior que a do vidro, é menor que a do topázio. c) A pedra é realmente um diamante, porque é transparente, mesmo não conseguindo riscar o topázio. d) A pedra não é um diamante, porque sua dureza, apesar de ser menor que a do vidro, é maior que a do topázio. e) A pedra é um diamante, porque este é facilmente encontrado em várias estradas. Aperfeiçoamento 09.05. (UPF – RS) – Observe o infográfico sobre o ciclo das rochas e, com base nas informações e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas que seguem. (Fonte: TERRA; ARAUJO; GUIMARÃES. Conexões Plus. São Paulo: Moderna, 2015, p. 312) I. As rochas magmáticas podem se formar lentamente no interior da crosta ter- restre pela solidificação do magma, sendo chamadas de rochas magmáticas intrusivas ou plutônicas ou abissais. II. O conjunto de processos que transforma sedimentos inconsolidados em rocha sedimentar é conhecido como diagênese. III. São exemplos de rochas metamórficas o arenito, o mármore e o granito. IV. O ciclo das rochas é ininterrupto e ocorre com os movimentos da crosta ter- restre, com o vulcanismo, com o intemperismo ou com a erosão, por exemplo. É correto apenas o que se afirma em: a) I e IV. d) I, II e IV. b) III e IV. e) II, III e IV. c) I, II e III. 09.06. (UEPG – PR) – Sobre os tipos de rochas e minerais e seu processo de for- mação, assinale o que for correto. 01) As rochas ígneas plutônicas também podem ser chamadas de magmáticas intrusivas. São formadas em profundidade, quando o magma proveniente do manto da Terra solidifica-se na crosta terrestre, formando cristais. 02) Rochas metamórficas são aquelas que em seu processo de formação sofrem pressão interna e temperatura elevada, modificando sua estrutura interna. Um dos seus processos de gênese está relacionado a recristalização de cal- cário, areia, entre outros. 04) No fundo de lagos, mares e outras regiões de bacias sedimentares acumu- lam-se diversos tipos de sedimentos do processo de intemperismo de outras rochas preexistentes. Se houver o processo de compactação desse material surge uma rocha sedimentar. 08) Quando o magma proveniente do interior da Terra chega à superfície e há o processo de solidificação formam-se rochas ígneas extrusivas. Um exemplo desse tipo de rocha é o basalto, encontrado no Terceiro Planalto Paranaense. 16) A ametista, mineral da família do quartzo de coloração violeta, pode formar- -se no interior de geodos em derrames basálticos. 10 Extensivo Terceirão 09.07. (UFRGS) – Com base nos estudos dos fósseis e da dinâmica terrestre, os geocientistas procuram compreender as transformações do ambiente, organizadas em uma ordem cronológica expressa na escala de tempo geológico. Associe adequadamente as características apresentadas no bloco infe- rior com os intervalos de tempo geológico do bloco superior. 1. Mesozoico 2. Paleozoico 3. Cenozoico 4. Pré-Cambriano ( ) Surgimento das primeiras formas de vida. ( ) Formação das cadeias de montanhas atuais, como os Alpes, o Himalaia e os Andes. ( ) Início da fragmentação do continente primitivo (Pan- geia), dando origem a duas massas continentais: Gon- dwana e Laurásia. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: a) 4 – 1 – 3. d) 3 – 4 – 1. b) 4 – 3 – 1. e) 1 – 2 – 4. c) 2 – 4 – 3. 09.08. (UFU – MG) – Disponível em: <http://www.mineropar.pr.gov.br/modules/conteudo/con- teudo.php?conteudo=37> Acesso: 10 fev. 2013. As rochas são consideradas como um agregado natural, resul- tantes da união de um ou mais minerais. A figura acima, que ilustra o ciclo dasrochas, representa as várias possibilidades de transformação do magma em rocha e um tipo de rocha em outra, dentre elas a) a chegada do magma quente à superfície, representada na figura pelo vulcanismo, cuja solidificação forma, de maneira lenta, o granito, uma das rochas mais comuns e resistentes no planeta. b) o intemperismo que, juntamente com os processos erosivos representados na figura pelo transporte e deposição, é o principal mecanismo responsável, na superfície, pela conti- nuidade no ciclo das rochas. c) as rochas metamórficas resultam da transformação de uma rocha preexistente, causada, principalmente, pelo aumento da pressão e (ou) temperatura sobre a rocha, formando o basalto, conhecido popularmente como brita. d) as rochas sedimentares são formadas no vulcanismo, que, após a erupção, sedimenta a lava e a cinza no entorno das crateras vulcânica. 09.09. (PUCPR) – Leia com atenção o texto abaixo. “Um projeto do Ceará foi aprovado na semana pas- sada pela UNESCO para ser o primeiro a receber o selo de geoparque no hemisfério Sul. Isso significa uma área de proteção especial a riquezas geológicas e paleonto- lógicas, como reconhecimento internacional.(...) O ge- oparque cearense será sediado na chapada do Araripe, no sul do Estado, onde há mais de um terço de todos os pterossauros (répteis alados) descritos no planeta e mais de 20 ordens diferentes de insetos fossilizados, com idade estimada entre 70 milhões e 120 milhões de anos. (...)Os fósseis da chapada do Araripe reconstroem a quebra do supercontinente de Gonduana (que unia todas as terras emersas do Sul), completada há cerca de 120 milhões de anos. Fósseis do peixe Dastilbe, encon- trados tanto na África quanto no Ceará, são tidos como uma prova de que ambos os continentes eram unidos. Além dos pterossauros, foram descritos na região pelo menos dois dinossauros, o Santanaraptor e o Irritator.” (FERMANDES, K. Chapada do Araripe vira parque geológico in Folha de São Paulo, 26 de setembro de 2006.) A respeito das informações apresentadas no texto jornalístico, pode-se constatar que as afirmações apresentadas nas alter- nativas abaixo estão corretas, exceto uma delas. Assinale a alternativa que apresenta-se INCORRETA: a) A presença de fósseis de grandes répteis, os dinossauros, na chapada do Araripe, revelam que esses depósitos rochosos correspondem na tabela geológica à última Era, a Cenozoica ou Terciária, que se estende até a atualidade. b) A grande quantidade de fósseis presentes nas rochas da chapada do Araripe sugere que a estrutura geológica local é de bacia sedimentar. c) O supercontinente de Gondwana (ou Gonduana, como apresentado no texto), originou-se a partir da divisão da massa continental denominada pelos geólogos de Pangeia. d) A Chapada do Araripe, situada no sul do Ceará, bem como a da Diamantina, na Bahia e o Planalto da Borborema, em Pernambuco e Paraíba, constituem importantes formações geomorfológicas do Planalto Nordestino. e) Da mesma forma que as importantes descobertas arqueológicas da Serra da Capivara abriram uma nova opção econômica para a região de São Raimundo Nonato, no sul do Piauí, focada no turismo cultural, a criação do primeiro parque geológico do país, com seu rico acervo paleontológico, pode também oferecer uma alternativa econômica sustentável para a região da Chapada do Araripe. 09.10. (UFPR) – Na lista das novas sete maravilhas do mun- do, a Cidade de Petra na Jordânia aparece como a segunda maravilha mais votada. Ela se constitui em um conjunto de construções esculpidas pelos Nabateus, no século IV a.C., sobre rochas calcárias cor-de-rosa, carmesim e púrpura. Com base no texto e nos conhecimentos de Geografia Física, considere Aula 09 11Geografia 3A as afirmativas abaixo, sobre a relação entre os calcários de Petra e os arenitos de Vila Velha no Paraná/Brasil. 1. Os calcários de Petra são produtos do metamorfismo causado pela ação das altas temperaturas do clima desértico da Jordânia, enquanto os arenitos de Vila Velha são produtos da compactação de areias em função do clima úmido do Paraná. 2. Os calcários de Petra e os arenitos de Vila Velha são exemplos de rochas sedi- mentares de origem orgânica e detrítica, respectivamente. 3. Os calcários de Petra tiveram origem no acúmulo das conchas de crustáceos que viveram nos antigos oceanos, enquanto os arenitos de Vila Velha originaram-se do metamorfismo de areias de um antigo oceano que cobriu o Paraná. 4. Os processos erosivos predominantes ainda hoje em Petra são os provocados pelos ventos, enquanto em Vila Velha são os provocados pelas águas pluviais. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. b) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras. c) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras. d) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras. e) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras. Aprofundamento 09.11. (UFSC) – A partir da conversa de Calvin e Haroldo, numa ilustração de Bill Waterson, assinale a(s) proposição(ões) correta(s). MOREIRA, João Carlos. Geografia. São Paulo: Scipione, 2008. p. 119, v. 1, ensino médio. 01) Quando o magma se solidifica no interior da crosta terrestre, formam-se as ro- chas magmáticas plutônicas. 02) A acumulação de restos de rochas e de detritos orgânicos recebe o nome de sedimentação. 04) A litosfera corresponde à crosta continental que é formada pelos minerais mais densos. 08) Abalos sísmicos e atividades vulcânicas são considerados agentes externos do relevo. 16) A ação eólica é responsável pelo aplainamento das formações geomorfológicas em todas as áreas de baixas latitudes. 09.12. (UEM – PR) – Sobre o planeta Terra, sua idade e evolução, assinale o que for correto. 01) A Terra se originou há, aproximadamente, 9,6 bilhões de anos, juntamente com o início da formação do Universo. As primeiras formas de vida na Terra surgiram na Era Mesozoica. Atualmente, nos encontramos na Era Paleozoica, no período Cretáceo. 02) O método de datação realizado a partir do carbono quatorze (C14), que é um elemento radioativo absorvido pelos seres vivos, é muito utilizado para a inves- tigação da idade de achados arqueológicos mais recentes, de origem orgânica, pois sua meia-vida é de 5.700 anos. 04) O tempo geológico é dividido em Éons, Eras, Períodos e Épocas. A sua sistematização cronológica é conhecida como escala de tempo geológico. A partir dessa sistema- tização, foi possível estabelecer uma sucessão de eventos desde o presente até a formação da Terra. 08) A deriva dos continentes se iniciou na Era Cenozoica, por volta de 100 mil anos atrás, quando só existia um único continente chamado de Gondwana. Posteriormente, no Holoceno, este continente se divi- diu em cinco outros continentes, chegando à configuração atual. 16) Geocronologia são as diferentes formas de investigação da escala de tempo das rochas, da evolução da vida e da própria Terra. O mé- todo de datação mais utilizado na Geogronologia envolve a medição da quantidade de energia emitida pelos elementos radioativos pre- sentes nas rochas e minerais. 09.13. (UEPG – PR) – A história e a evolução da Terra são estudadas por meio das rochas e dos fósseis animais e vegetais. Sobre este assunto, que diz respeito ao ramo de conhecimento da Geologia, assinale o que for correto. 01) O aparecimento do homem se deu na Era Primitiva ou Pré-Cambriana, como atestam os fósseis nas ro- chas mais antigas do planeta. 02) A história da Terra é dividida em quatro Eras Geológicas, na seguin- te sequência: Era Primitiva ou Pré- -Cambriana, Era Primária ou Paleo- zoica, era secundária ou Mesozoica e Era Cenozoica. 04) A Era Primária ou paleozoica, da qual fazem parte os Períodos Triássico, Jurássico e Cretáceo, caracterizou-se por intensa ativi- dade vulcânica, com vestígios no Brasil Meridional, e também pela existência de grandes répteis (os dinossauros). 08) As rochas que compõem a litosferaterrestre podem ser ígneas (mag- máticas), sedimentares e meta- mórficas. 16) Do ponto de vista geológico, as maiores cadeias de montanhas da Terra, como os Andes, os Alpes, as Rochosas e o Himalaia, são muito antigas. Apareceram no começo da Era Primária ou Paleozoica, há mais de 400 milhões de anos. 12 Extensivo Terceirão 09.14. (UFRGS) – Considere as seguintes afirmações sobre o período geológico Quinário. I. No período que inicia após o Quaternário, as ações humanas na superfície terrestre implicam o reconheci- mento dos depósitos superficiais e das formas de relevo antropogênicas. II. No atual período geológico, o homem é um importante agente geológico no planeta e desencadeia processos geomorfológicos cujas intensidades superam muitos processos naturais. III. Diante das projeções da escassez dos recursos naturais não renováveis, a denominação de Quinário, para o atual período de reconhecimento do homem como agente geológico e geomorfológico, será proposta a partir do final do próximo século. Quais estão corretas? a) Apenas 1. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) I, II e III. 09.15. (UEM – PR) – “A vida na Terra, como a conhecemos hoje, “está intimamente ligada às características físicas, químicas e estruturais do planeta. Toda espécie de ser vivo está adaptada às condições do ambiente onde vive”. AMABIS, J. M.; MARTHO. G. R. Biologia das células. São Paulo: Moderna, 2009, p. 46. “Às diferentes formas de investigação da escala de tempo das rochas, da evolução da vida e da própria Terra dá-se o nome de geocronologia”. TERRA, L.; ARAÚJO, L; GUIMARÃES, R. B. Conexões: estudos de Geografia geral. São Paulo: Moderna, 2009, p. 131. A partir da relação entre os dois fragmentos citados, assinale o que for correto. 01) O limite entre a Era Pré-cambriana e a Paleozoica é de- finido por um aumento significativo no número de fós- seis. As rochas pré-cambrianas contêm poucos fósseis, enquanto as rochas paleozoicas são relativamente ricas em vestígios de organismos que viveram na época da formação dessas rochas. 02) Um passo importante na história da vida na Terra foi o aparecimento da fotossíntese, realizada por bactérias a partir de substâncias inorgânicas simples, como água (H2O) e gás carbônico (CO2), utilizando a luz solar como fonte de energia. 04) A grande quantidade de oxigênio (O2) produzida pelas bactérias primitivas alterou significativamente a com- posição da atmosfera terrestre, ampliando as possibili- dades de surgimento de novos seres vivos e, inclusive, dando origem ao gás ozônio (O3), que se acumulou principalmente na Estratosfera. 08) O processo de separação dos continentes, nas formas como conhecemos atualmente, teve início na Era Me- sozoica há aproximadamente 245 milhões de anos. Biologicamente, tal período coincide com o início da divisão dos seres multicelulares. 16) A análise e a reconstituição de vestígios de seres vivos impressos em rochas (os fósseis) são elementos im- portantes para o estudo sobre a evolução da vida no planeta e também para o entendimento do processo evolutivo das formas dos continentes. 09.16. (PUC – SP) – Assinale a alternativa abaixo que NÃO se refere a um aspecto utilizado para a demarcação da Época geológica denominada Antropoceno. a) Uma afirmação feita pelos pesquisadores é que o impacto das ações humanas sobre o planeta será visível em sedi- mentos e rochas daqui a milhões de anos. b) Uma variedade de processos antropogênicos, como agricultura, urbanização e aquecimento global foram levados em consideração para se pensar em uma nova Época geológica. c) A partir da primeira Revolução Industrial, o crescimento da população passa a se tornar um novo agente trans- formador do planeta que atuará junto com os demais agentes ambientais. d) A expansão da agricultura e a domesticação dos animais têm um impacto reduzido nas transformações do planeta. Dos processos considerados, aponta-se que a urbanização e a industrialização são os únicos responsáveis pelas mudanças. 09.17. (UEM – PR) – No que se refere ao ciclo das rochas e às suas implicações na dinâmica da Terra, assinale o que for correto. 01) Qualquer rocha exposta à ação do vento, da chuva e da temperatura passa a sofrer a ação do metamorfismo, o qual promove a desintegração das rochas e a alteração da paisagem. 02) O ciclo das rochas é um processo ininterrupto de for- mação de rochas magmáticas ou ígneas, metamórficas e sedimentares. Ele ocorre principalmente com os mo- vimentos da crosta terrestre, com o vulcanismo e com o intemperismo, afetando diretamente o modelado do terreno. 04) As áreas formadas por escudos cristalinos originam-se de rochas magmáticas ou metamórficas antigas. Em alguns locais, esses escudos cristalinos podem abrigar reservas minerais metálicas, que constituem importante matéria- -prima para as indústrias siderúrgica e metalúrgica. 08) É comum a presença de fósseis de animais e de ve- getais nas camadas estratificadas e superpostas das rochas magmáticas. 16) Nos primórdios da história geológica do planeta Terra, a crosta terrestre era formada por rochas magmáticas e metamórficas. Aula 09 13Geografia 3A 09.18. (UEL – PR) – A idade da Terra é estimada em 4,6 bilhões de anos. O tempo geológico, que compreende da origem da Terra aos dias atuais é dividido em intervalos conhecidos como eras geológicas e, estas, em períodos. A história da evolução da vida é inseparável da história geológi- ca da Terra e foi a interação entre elas que levou às condições e às formas de vida existentes na atualidade. I. Permiano II. Triássico III. Cambriano IV. Terciário V. Devoniano (A) Diversificação das plantas angiospermas. (B) Aparecimento dos mamíferos. (C) Diversificação dos répteis. (D) Aparecimento dos insetos. (E) Aparecimento dos primeiros animais dotados de esqueleto. Com base nos conhecimentos sobre os eventos biológicos durante o tempo geológico, relacione o período geológico, na coluna da esquerda, com os eventos biológicos, na coluna da direita. Assinale a alternativa que contém a associação correta. a) I-A, II-C, III-D, IV-B, V-E. b) I-B, II-A, III-E, IV-C, V-D. c) I-B, II-E, III-D, IV-A, V-C. d) I-C, II-A, III-B, IV-D, V-E. e) I-C, II-B, III-E, IV-A, V-D. Desafio 09.19. (FPP – PR) – Com base nas informações da notí- cia abaixo reproduzida, assinale a alternativa que elenca corretamente os efeitos da ação humana que embasam a proposta dos cientistas para criação de uma nova periodi- zação geológica. O QUE É O ANTROPOCENO, A ERA GEOLÓGICA MARCADA PELA AÇÃO HUMANA Se toda a história da Terra fosse condensada em apenas um dia, estaríamos nos últimos 20 segundos. Não se engane: não faz muito tempo que habita- mos este planeta! Mas o impacto que já deixamos por aqui é significativo. Por isso, os cientistas Paul Crutzen e Eugene F. Stoermer dizem acreditar que vivemos numa nova era geológica, que chamam de Antropoceno. BBC Brasil, 17/01/2019. Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/ internacional-46906076. Acesso em 05/03/2019. a) A extinção massiva de espécies animais e vegetais após a Revolução Industrial; a sintetização de novos elementos químicos, até então inexistentes na natureza, a partir da aceleração de partículas subatômicas; e a aceleração do movimento de rotação da Terra, causado pela detonação de artefatos atômicos no subsolo e superfície terrestres. b) Os registros geológicos da presença humana no globo, traduzida no acúmulo de determinados elementos químicos sobre a superfície do planeta; a crescente simi- laridade dos ecossistemas, resultado da introdução de espécies invasoras e da diminuição da biodiversidade; e as alterações climáticas, causadas primordialmente pelo uso de combustíveis fósseis. c) O esgotamento das reservas de petróleo e gás natural, fruto da exploração desenfreada; o colapso da camada de ozônio na troposfera, causador do aquecimento global; e o derretimento da calota polardo Ártico, responsável pelo aumento do nível dos oceanos. d) A virtual extinção de insetos polinizadores, eliminando as formas naturais de reprodução das plantas; a manipulação do código genético, condição para a criação de novas espécies; a disseminação das tecnologias de informação e comunicação, que uniformizaram os hábitos culturais por todo o globo. e) A expansão da atividade humana para além do Cinturão de Kuiper, por meio das sondas espaciais; a exploração completa das camadas inferiores da litosfera, desven- dando e prevendo eventos geológicos extremos como erupções e terremotos; e o uso da inteligência artificial, que possibilitou a criação de uma linguagem própria e exclusiva utilizadas pelas máquinas para a comunicação entre si. 09.20. (UNAERP – SP) – Observe a imagem. Disponível em: <http://www.ead.ufrpe.br/acervo-digital-eadtec/node/372>. Acesso em: mar. 2018. No que se refere à teoria da Tectônica de Placas e da Deriva Continental, assinale a opção correta. a) A teoria da Tectônica de Placas surgiu no final do século XIX, a partir dos estudos do cientista inglês Francis Ba- con, que passou vários anos de sua vida na Antártida realizando estudos que demonstravam que a Terra, em sua origem, era formada por um supercontinente deno- minado Pangeia. b) Segundo os estudos de Alfred Wegener, o processo de fragmentação da Pangeia teve início no período de- voniano da Era Paleozoica, há cerca de 410 milhões de anos. Assim, a partir dessa fragmentação, surgiram dois continentes: o austral, chamado Laurásia, e o setentrional, denominado Gondwana. 14 Extensivo Terceirão c) Em 1931, Alfred Wegener conseguiu comprovar a teoria da Deriva Continental junto à comunidade científica, a partir de evidências como a presença de fósseis de mesma origem na costa oriental do Brasil e ocidental da África. Em 1932, Wegener teve seu trabalho reconhecido através do Prêmio Nobel. d) A teoria da Tectônica de Placas parte do princípio de que a litosfera está fragmentada em diversas placas de tamanhos distintos que se movem sob um material quente e viscoso, o magma. Essas placas denominam-se placas tectônicas, e as zonas de contato entre elas são áreas geologicamente ativas. e) No ano de 2010 surgiu uma nova teoria, conhecida como Ciclo de Wilson, criada pelo geólogo J. T. Wilson. Essa teoria afirma que os continentes estão em um movimento de junção e que, nos próximos 300 anos, teremos um novo e único continente, o Pantalassa. Gabarito 09.01. e 09.02. d 09.03. F, F, V, F 09.04. b 09.05. d 09.06. 31 (01 + 02 + 04 + 08 + 16) *Geodo = cavidades existentes em ro- chas vulcânicas revestidas de cristais. 09.07. b 09.08. b 09.09. a 09.10. e 09.11. 03 (01 + 02) 09.12. 22 (02 + 04 + 16) 09.13. 10 (02 + 08) 09.14. d 09.15. 23 (01 + 02 + 04 +16) 09.16. d 09.17. 22 (02 + 04 + 16) 09.18. e 09.19. b 09.20. d 15 1BAula 10 Geologia II – Agentes formadores do relevo 3A Geografia Camadas da estrutura interna da Terra O interior da Terra é uma estrutura estratificada, constituída basicamente por três camadas: núcleo, manto e crosta. O estudo da estrutura interna é base- ado, principalmente, em observações indiretas, por meio de fenômenos sísmicos e comparações com meteoritos. Camadas Núcleo É a porção central da Terra, também denominada Nife, por ser constituída de principalmente de ferro e níquel. O núcleo terrestre corresponde a 1/3 da massa do planeta e possui pressões até 3,5 milhões de vezes maiores que a pressão da atmosfera – daí a denomina- ção barisfera (esfera pesada). Estima-se que as tempera- turas variem entre 6.900 °C no núcleo interno e 4.800 °C no núcleo externo. Pelo fato de o ponto de fusão dos minerais variar de acordo com a pressão e a temperatura, o núcleo interno é sólido e o núcleo externo é líquido, com fluidez maior que a do magma existente no manto. Manto É a camada intermediária entre o núcleo e a crosta, podendo ser subdividido em manto inferior, zona de transição, manto superior e astenosfera, no sentido do núcleo para a crosta. O manto detém 68,3% da massa da Terra (a crosta, 0,7, e o núcleo, 32,7%) e é formado predominantemente por material magmático (magma). O material magmá- tico do manto apresenta correntes de convecção, res- ponsáveis na astenosfera pelo deslocamento das placas que compõem a crosta – as placas tectônicas. Astenosfera Parte superior do manto onde ocorrem os movimen- tos que deslocam as placas tectônicas. Correntes de convecção Denominação dada ao deslocamento de materiais que ocorre na astenosfera, determinando o arrasto das placas a velocidades de 6 cm/ano. Grau Geotérmico Corresponde ao gradativo aumento de temperatura que é observado da litosfera em direção ao núcleo ter- restre. Equivale a 1°C para cada 30 metros. Corte esquemático das camadas da Terra, Geografia 3A Estrutura interna da Terra Descontinuidade de Mohorovicic MANTO NÚCLEO Descontinuidade de Gutenberg 6 370 km Núcleo Interno 5 000 km Núcleo Externo 2 900 km Manto Inferior Manto Superior 0 65 km gr au g eo té rm io = 1 °C /3 0m 16 Extensivo Terceirão Núcleo Fonte de calor Manto Dorsal meso-oceânica Fossa Litosfera oceânica Dorsal meso-oceânica Fossa Astenosfera Correntes de convecção do manto terrestre Fonte: Decifrando a Terra / TEIXEIRA, TOLEDO, FAIRCHILD e TAIOLI - São Paulo: Oficina de Textos, 2000. Núcleo Manto Fonte de calor Fonte de calor Dorsal meso-oceânica Fossa Astenosfera Dorsal meso-oceânica Fossa Litosfera oceânica Litosfe oceâni Modelo A Correntes de convecção ocorrem somente na astenosfera Modelo B Correntes de convecção envolvendo todo o manto Crosta A crosta terrestre ou litosfera é o envoltório externo da Terra, com espessura proporcionalmente semelhante à casca de uma maçã. Consiste em uma fina camada de rochas menos densas que o manto subjacente, do qual derivou por meio de um complexo processo que durou milhões de anos. Há dois tipos de crosta: a continental, que forma os continentes, e a oceânica, que constitui o assoalho dos oceanos. A crosta continental é mais antiga; com diversos ti- pos de rochosos; algumas partes têm mais de 3,5 bilhões de anos e espessura de até aproximadamente 100 km. A parte da crosta oceânica é mais recente; predominan- temente basáltica, com idades inferiores aos 200 milhões de anos e com espessura podendo ser inferior aos 10 km. A crosta pode ser subdividida em Sima (porção inferior) e Sial (porção superior). Sima Denominado dessa maneira devido aos seus prin- cipais elementos formadores – silicatos de magnésio e de ferro –, constitui a crosta inferior e apresenta espessura de até 100 km. Sial Denominado dessa maneira devido aos seus principais elementos formadores – silicatos de alumínio –, constitui a crosta superior e apresenta espessura de até 25 km. O Sial é constituído de solo e subsolo. Subsolo Corresponde às rochas não modificadas pelos agen- tes transformadores (chuva, variação de temperatura, ventos...) no interior do Sial. Solo É a parte superficial do Sial, apresentando rochas decompostas e em decomposição. Equilíbrio isostático (isostasia) Teoria que defende a compensação das pressões entre a crosta e o manto da Terra. Quando uma porção da crosta afunda no manto devido ao aumento de carga, outra em compensação será elevada. Também pela isostasia (isos = igual/stasis = equilíbrio) as porções mais espessas da Terra afundam mais no manto. crosta continental crosta oceânica litosfera manto astenosfera M ar ce lo B itt en co ur t. 20 16 . D ig ita l. Isostasia: os continentes – mais espessos – afundam mais no manto terrestre. Descontinuidades Entre as camadas que compõem o interior da Terra existem faixas com mudanças bruscas de densidade, chamadas de descontinuidades. Entre a crosta e o manto está a descontinuidade de Mohorovičić (ou Moho), nome que homenageia seu descobridor, o cientista croata Andrija Mohorovičić(1857-1936). A descontinuidade de Moho acompanha o perfil interno da crosta, estando mais profunda sob os continentes e menos sob os oceanos. A descontinuidade de Gutenberg (ou Wiechert- -Gutenberg), está entre o manto e o núcleo. O nome reverencia os cientistas alemães Emil Wiechert (1861- 1928) e Beno Gutenberg (1889-1960). Localiza-se a aproximadamente 2.900 km de profundidade, entre o manto inferior o núcleo superior. Aula 10 17Geografia 3A Agentes de relevo A Terra não apresenta superfície estável. Pelo contrário, está sempre se modificando, por meio de forças endógenas (internas ou estruturais) e exógenas (externas ou esculturais). Muitas vezes, as modificações são restritas a pequenas áreas e, em outras, continentes inteiros podem movimentar-se. Agentes internos Correspondem a forças que atuam no interior ou abaixo da crosta terrestre. Os agentes internos ou endó- genos são: vulcanismo, tectonismo e abalos sísmicos. Normalmente, estudam-se esses agentes de ma- neira isolada, mas não se pode ignorar o fato de que tais agentes são apenas manifestações da dinâmica interna e inter-relacionados intrinsecamente, através das movimentações das placas continentais. Teoria da Devida dos Continentes (ou de Wegener) As primeiras observações foram feitas pelo cientista e filósofo inglês Francis Bacon (1561-1626) e pelo geógrafo e cartógrafo Antonio Snider-Pelegrini (1802-1885) que defenderam a junção dos continen- tes no passado, apoiados no “en- caixe” dos continentes observável pelos seus respectivos contornos. O geógrafo, mineralogista e paleoclimatologista ale- mão Alfred Lothar Wegener (1880-1930), em 1912 com a obra “A Origem dos Continentes e Oceanos”, demons- trou de maneira clara que a similaridade dos contornos continentais não era apenas coincidência e, sim, fruto de forças internas que foram, durante anos, movimentando- -os e separando-os. Wegener apoiou sua teoria na cata- logação de rochas e fósseis semelhantes, em idade, tipo e origem, existentes em diferentes continentes. Wegener apresentou a Teoria da Devida dos Continentes, onde defendia que os continentes eram menos densos que o material formador do interior da Terra, e assim, os con- tinentes boiavam e modificavam de posição. A teoria de Wegener foi considerada controversa e foi rejeitava por parte do meio científico até a década de 1960, quando foi consolidada a Teoria das Placas Tectônicas. Segundo a Teoria de Wegener, até o início do Jurássico (na Era Mesozoica – aproximadamente 180 milhões de anos), as placas, que compõem a crosta, encontravam-se reunidas em um único continente denominado de Pan- geia, envolto por um único e irregular oceano, chamado de Pantalassa, que seria o esboço anterior do atual oceano Pacífico. No final do Jurássico, a Pangeia rompeu-se inicial- mente em dois: • Laurasia (ao norte): composto do que hoje são a América do Norte e a Eurásia; • Gondwana (ao sul): composto da América do Sul, África, Antártida, Austrália e Índia. A partir daí, o afastamento das placas foi evoluindo até a configuração atual. A migração dos continentes A B D C Permiano – 225 m.a. Cretáceo 65 m.a. Jurássico – 135 m.a. Cenozoico E Triássico – 200 m.a. Teoria das Placas Tectônicas (ou da Tectônica das Placas) A Teoria da Tectônica das Placas é recente e produto de um longo período de pesquisas para explicar a dinâ- mica interna da Terra. Foi em 1928 que o geólogo britânico Arthur Hol- mes (1890-1965) sugeriu a existência das correntes de convecção do magma no manto terrestre, e que estas movimentavam porções da litosfera. Contudo as observações de Holmes eram meras especulações. Somente em 1947, o estadunidense William Maurice Ewing (1906-1974) – conhecido como Maurice “Doc” Ewing, que durante muitos anos pesquisou e lecionou na Universidade Columbia, demonstrou que o fundo do oceano Atlântico é constituído de rochas vulcânicas basálticas, jovens e sem fósseis – indicando a sua lenta expansão em função da separação das placas americanas e africana/euroasiática. Na sequência, durante a década de 1960, cientistas estadunidenses como Marie Tharp (1920-2006) e Bruce C. Heezen (1904-1977) da Universidade de Princeton, e o geólogo canadense John Tuzo Wilson (1908-1993), apoiados em novos levantamentos geológicos nos oceanos e em mapas produzidos por sonares compro- varam os limites das placas litosféricas e suas movi- mentações causadas pelas correntes de convecção. © W ik im ed ia C om m on s/ E. Ku hl br od t Alfred L. Wegener 18 Extensivo Terceirão Movimento tectônico divergente M ar ce lo B itt en co ur t. 20 16 . D ig ita l. Crosta Manto As áreas de divergência são consideradas constru- tivas. No fundo dos oceanos existem áreas de divergên- cia onde o acúmulo de material magmático originou as cordilheiras meso-oceânicas ou dorsais. Dorsais oceânicas As dorsais oceânicas são grandes cadeias de montanhas submarinas que ocorrem nas áreas de divergência tectôni- ca. Essas concepções evidenciam que os fundos oceânicos são recentes e estão em constante processo de expansão. Por ocuparem áreas praticamente no centro das bacias oceânicas, as dorsais também são chamadas de cordilheiras meso-oceânicas. Dorsal mesoatlântica: grande cordilheira no fundo do oceano Atlântico formada por depósi- tos de lavas numa área de divergência tectônica. N at io na l G eo gr ap hi c Subducção Locais em que as placas se chocam, com a mais den- sa mergulhando sobre a menos densa até sofrer fusão e se incorporar ao material do manto. A subducção nor- malmente ocorre com o mergulho de uma placa oceâ- nica (mais densa) sob outra continental (menos densa). Tectonismo São movimentos internos verificados no interior da crosta terrestre que influenciam nas formas de relevo. Entre os movimentos tectônicos (ou diastróficos), distinguem-se dois tipos: epirogenéticos e orogenéticos. Os movimentos tectônicos epirogenéticos atin- gem áreas de dimensões continentais, motivados por forças verticais e não alteram as estruturas rochosas. Suas principais consequências são as regressões e as transgressões oceânicas. Tectônico = do latim tectonicus e do grego τεκτονικός, significa aquilo que constrói (são as mo- vimentações das placas tectônicas – o tectonismo – que formam os relevos da Terra. Os movimentos tectônicos orogenéticos apresen- tam amplitude restrita, porém atuam em todas as pla- cas, o que resulta em profundas deformações da crosta, originando montanhas pelo dobramento e falhamento. Ocorrem em breves e nítidos períodos, separados por longos espaços de estabilidade. Crosta oceânica Fossas Dobramento Crosta continental Litosfera Litosfera Astenosfera Astenosfera OROGENIA DE DOBRAMENTO Anticiclinal AnticiclinalSiclinal Horst Horst Graben OROGENIA DE FALHAMENTO Áreas de divergência Áreas de afastamento das placas onde ocorre inten- sa atividade vulcânica. Nessas áreas, o magma que está sob pressão no manto é constantemente expelido. Aula 10 19Geografia 3A As zonas de subducção são consideradas destrutivas. Movimento tectônico de subducção M ar ce lo B itt en co ur t. 20 16 . D ig ita l. Manto Crosta Nas áreas com subducção, ocorrem fortes terre- motos, dobramentos com a formação de cordilheiras, fossas oceânicas e vulcanismos. O Chile e o Japão são países localizados nas proximidades de bordas tectônicas e em áreas de subducção. Obducção Áreas em que uma parte da crosta oceânica é arras- tada para cima de uma porção da crosta continental. Também pode ocorrer no choque de duas placas continentais. Na obducção acontece o cavalgamento de uma placa sobre outra ou grandes enrugamentos na crosta – originando montanhas e terremotos. Nos casos de obducção não são verificadas abundantes áreas de vulcanismos, sendo a cordilheira do Himalaia o exemplo mais típico desse processo tectônico. Continente A + B Formação de montanhas Li to sf er a Li to sf er aAstenosfera Movimento tectônico de obducção Transcorrente No caso dos movimentos tectônicos transcorrentes, uma placa desliza lateral à outra. Também chamados de movimentos transformantes, nessas áreas, grosso modo, não há vulcanismo nem a formação de monta- nhas, por isso movimentos ditos conservativos. Porém, nas áreas com movimentos transcorrentes são comuns terremotos, muitos de grande magnitude. O exemplo mais forte de movimento transcorrente é o da falha de San Andreas, na Califórnia (EUA). Movimento tectônico transcorrente Crosta Placa A Crosta Placa B PLANISFÉRIO – VULCÕES E TERREMOTOS Ta lit a Ka th y Bo ra Ilu st ra çõ es : M ar ce lo B itt en co ur t. 20 16 . D ig ita l. 20 Extensivo Terceirão Vulcanismo Pontos de saída do magma em estado sólido, líquido ou gasoso, devido a gigantescas pressões que ocorrem no interior da crosta terrestre. Várias são as formas de vulcanismo: até a Era Mesozoica, predominou o vulcanismo de área, com gigan- tescos derrames que recobriam enormes superfícies, como aconteceu no Brasil (planalto Arenito-Basáltico); no início da Cenozoica, predominou o vulcanismo de fissura ou linear com as lavas fluindo de enormes fraturas, como se verificou na Islândia; e modernamente predomina o vulcanismo de cratera ou central, através de poucos pontos de saída da lava. Os indícios geológicos apontam para uma provável redução das atividades vulcânicas no Cenozoico. Na atualidade, existem aproximadamente 450 vulcões em atividade, concentrados principalmente nas bordas das placas tectônicas, em dobramentos terciários, e particularmente no Círculo de Fogo do Pacífico, que contorna o oceano de mesmo nome. Estruturas vulcânicas Diques: são formas alongadas, perpendiculares ou transversais originadas pela intromissão de magma em fendas da crosta. Batólitos: são grandes intromissões de magma em fendas da crosta; alguns possuem mais de 100 km2. Lacólitos: são intromissões de material magmático em fendas da crosta com grande desenvolvimento hori- zontal. Quando expostos pela erosão, constituem os “lagos de pedra”. Chaminé vulcânica Chaminé vulcânica com diques radicais Manto lávico BATÓLITO LACÓLITO DIQUEVulcão Escoada de lava Soleira Exemplo de estruturas vulcânicas Abalos sísmicos São vibrações da superfície provocadas por forças situadas no interior da Terra a profundidades variáveis. Denomina-se hipocentro o local no interior da crosta onde o sismo origina-se, e epicentro é o ponto na superfície localizado acima do hipocentro. Quando os terremotos ocorrem próximos ou no leito dos mares e oceanos, podem provocar ondas gigantes e destrutivas – os tsunamis ou maremotos. Magnitude sísmica É a energia total das vibrações emitidas pelo hipocentro. A escala de magnitude foi desenvolvida ini- cialmente pelo sismólogo estadunidense Charles Francis Richter (1900-1985) e é logarítmica; assim, por exemplo, um tremor de magnitude 5 produz vibrações de ampli- tude dez vezes maiores que as de um de magnitude 4. A escala Richter é “aberta”, sendo reconhecido como o maior tremor registrado até a atualidade o ocorrido em Valdivia (Chile) em 1960, com 9,6°. Os tremores até 2° são considerados fracos, de 2° até 5° médios ou moderados, e com mais de 5° fortes. No Brasil, o posi- cionamento na parte central da placa Sul-Americana determina relativa estabilidade geológica, ocorrendo, na maior parte dos casos, tremores pequenos e mode- rados. Países localizados na borda de placas, como o Japão, sofrem terremotos fortes, como o de 2011, que atingiu 9° na escala Richter. Intensidade sísmica É a classificação dos efeitos (ou estragos) cau- sados pelas vibrações de um terremoto. As maiores intensidades ocorrem próximo do epicentro. Para medir a intensidade dos sismos, existem várias escalas, sendo a mais conhecida a de Mercalli (Giusseppe Mercalli – 1850- 1914 – vulcanólogo e sismologista italiano), com doze graus, em que, por exemplo, um tremor de intensidade V é sentido pela maioria das pessoas e é capaz de acordar aquelas que estiverem dormindo. Aula 10 21Geografia 3A Testes Assimilação 10.01. (UNICHRISTUS – CE) – As correntes de convecção são correntes geradas pelo movimento do magma na Astenosfera, que se deve ao fato de seu material estar a altas temperaturas no estado pastoso e a uma grande pressão. Disponível em: <http://cienciasnaturais-ana.blogspot.com/2008/12/ correntes-de-conveco.html>. Acesso em: 20 ago. 2018. A imagem e o texto explicam a) os movimentos da crosta terrestre. b) o movimento descendente do magma. c) a gênese dos fenômenos de esculturação do relevo. d) a negação da Teoria de Wegener. b) o movimento descendente do magma. 10.02. (UCS – RS) – A Terra não é um todo homogêneo, mas é formada de camadas que se diferenciam de acordo com a espessura, a temperatura, a densidade e os materiais que as compõem. Observe o desenho das camadas geológicas da Terra. Fonte: ALBUQUERQUE, Maria A. M.; PAGOTTO, Jose F.: VITELLO. Márcio A. Geografia: sociedade e cotidiano. Vol. 1, 2. ed. São Paulo: Escala, 2010. p. 100. (Adaptado) O número que corresponde, nas camadas da Terra, à Des- continuidade de Mohorovicic é a) 1. d) 4. b) 2. e) 5. c) 3. 10.03. (FUVEST – SP) – A Litosfera é fragmentada em placas que deslizam, convergem e se separam umas em relação às outras à medida que se movimentam sobre a Astenosfera. Essa dinâmica compõe a Tectônica de Placas, reconhecida inicialmente pelo cientista alemão Alfred Wegener, que elaborou a teoria da Deriva Continental no início do século XX, tal como demonstrado a seguir. Wegener, A. The Origin of Continents and Oceans. 1924. Adaptado. As bases da teoria de Wegener seguiram inúmeras evidências deixadas na superfície dos continentes ao longo do tempo geológico. Considerando as figuras e seus conhecimentos, indique o fator básico que influenciou o raciocínio de Wegener. a) As repartições internas atuais dos continentes no hemis- fério Norte. b) A continuidade dos sistemas fluviais entre América e África. c) As ligações atuais entre os continentes no hemisfério Sul. d) A semelhança entre os contornos da costa sul‐americana e africana. e) A distribuição das águas constituindo um só oceano. 10.04. (UERR) – No dia 28/09/2018, uma série de terremotos abalou a ilha indonésia de Sulawesi, o mais forte dos terre- motos, registrou magnitude 7,5 levando a formação de um tsunami (grande onda do mar). A região do Pacífico, onde se localiza Sulawesi, é conhecida como: a) Ponto frio do Pacífico. b) Anel de ilhas do Pacífico. c) Círculo de Fogo do Pacífico. d) Círculo de ilhas do Pacífico. e) Anel frio do Pacífico. 22 Extensivo Terceirão Aperfeiçoamento 10.05. (IFPE) – “Sidney (Austrália), 2 out 2009 – O número de mortos pelo tsunami que arrasou as costas das Ilhas Samoa e Tonga chega a quase duzentos, enquanto centenas ainda seguem desaparecidos” (site gl.globo.com) Os tsunamis são consequência dos agentes internos do relevo, mais precisamente dos abalos sísmicos (terremoto, maremoto). Analise as afirmativas abaixo, relacionadas a essa temática. I. Os efeitos dos terremotos podem ser de caráter social, econômico e geológico. II. O epicentro é o local de origem de um abalo sísmico. III. As causas de terremotos são: desmoronamentos inter- nos, vulcanismo e tectonismo. IV. Entende-se que o índice 5 na escala Richter libera 5 vezes mais energia que o 1. V. A escala Richter mede a quantidade de energia liberada em cada terremoto. Estão corretas, apenas: a) I, II e III c) I, III e IV e) II, IV e V b) I, II e IV d) I, III e V 10.06. (IFGO) – Modernas teorias, como a das placas tec- tônicas, procuram explicar fenômenos que ocorrem na su- perfície terrestre, como terremoto, vulcanismo e formação de cadeias montanhosas. De acordo com essa teoria, todas as alternativas estão corretas, EXCETO uma. Assinale-a. a) Parte da crosta oceânica é arrastada para baixo da crosta continental e absorvida pelo manto,ao longo do litoral ocidental da América do Sul, havendo convergência de placas tectônicas. b) O afastamento de duas placas em sentido contrário provoca a expansão dos fundos oceânicos e a formação de cadeias montanhosas submarinas. c) A posição de parte do território brasileiro sobre as bordas da placa sul-americana é responsável pelos tremores de terra que ocorrem no Rio Grande do Norte. d) Os limites das placas tectônicas são áreas de grande ins- tabilidade, onde ocorrem tremores de terra e fenômenos relacionados com o vulcanismo. e) A litosfera, ou parte sólida da Terra, apresenta-se frag- mentada em uma série de placas que se movem em vários sentidos. 10.07. (FUVEST – SP) – O vulcanismo é um dos processos da dinâmica terrestre que sempre encantou e amedrontou a humanidade, existindo diversos registros históricos refe- rentes a esse processo. Sabe-se que as atividades vulcânicas trazem novos materiais para locais próximos à superfície terrestre. A esse respeito, pode-se afirmar corretamente que o vulcanismo a) é um dos poucos processos de liberação de energia interna que continuará ocorrendo indefinidamente na história evolutiva da Terra. b) é um fenômeno tipicamente terrestre, sem paralelo em outros planetas, pelo que se conhece atualmente. c) traz para a atmosfera materiais nos estados líquido e gasoso, tendo em vista originarem-se de todas as ca- madas internas da Terra. d) ocorre, quando aberturas na crosta aliviam a pressão interna, permitindo a ascensão de novos materiais e mudanças em seus estados físicos. e) é o processo responsável pelo movimento das placas tectônicas, causando seu rompimento e o lançamento de materiais fluidos. 10.08. (UVV – ES) – No dia 20/04/2016, ocorreu um novo terremoto no Equador que disparou alerta de tsunami no oceano Pacífico. Leia trecho da matéria veiculada, a seguir: “Um alerta de tsunami foi lançado na manhã desta quarta-feira (20) no oceano Pacífico, depois de um novo tremor registrado na costa do Equador. O país ainda se recupera do forte terremoto de do- mingo (17), uma tragédia que matou mais de 500 pessoas. O tremor desta quarta (20) teve magnitude de 6.1. O epicentro foi a 70 km a oeste da cidade de Esmeraldas e fica bem perto do epicentro do pode- roso terremoto de domingo (17), que foi próximo de Muisne, outra cidade litorânea do Equador. O tremor de domingo, de 7.8 de magnitude, devastou a região. O governo calcula que a reconstrução vai custar US$ 3 bilhões de dólares e 1.700 pessoas ain- da estão desaparecidas. A busca por elas é uma cor- rida contra o tempo. [...] Muita gente correu para a rua assustada, com medo de desabamentos”. Disponível em: www: g1.globo.com. Acesso em: 03/07/2016. Uma boa parte dos fenômenos sísmicos estão relacionados aos movimentos de placas tectônicas. Identifique a opção que melhor caracteriza os tipos de movimentos de placas tectônicas: a) Limites de placas divergentes: as placas afastam-se uma da outra, e uma nova litosfera é criada (a área da placa aumenta). b) Limites convergentes: as placas juntam-se e uma delas é reciclada, retornando ao manto (área da placa perma- nece constante). c) Limites transformantes: as placas deslizam-se hori- zontalmente uma em relação à outra (a área da placa aumenta). d) Limites de placas divergentes: as placas afastam-se uma da outra, e uma nova litosfera é criada (a área da placa diminui). e) Limites convergentes: as placas juntam-se, e uma delas é reciclada, retornando ao manto (área da placa aumenta). Aula 10 23Geografia 3A 10.09. (PUC – RS) – Considere o texto e as afirmações a seguir, preenchendo os parênteses com V (verdadeiro) ou F (falso). No dia 24 de agosto de 2016, um forte terremoto com magnitude de 6,2 graus na escala Richter atingiu o centro da Itália, provocando mais de 300 mortes e muita destruição em cidades localizadas na região dos Montes Apeninos. Após o abalo de maior magnitude, foram sentidas mais de duas centenas de réplicas em áreas próximas ao epicentro do tremor. Considerando a estrutura geológica da crosta terrestre e a ocorrência de abalos sísmicos no planeta, podemos afirmar que ( ) os abalos sentidos na região central da Itália são resultado da ação erosiva sobre os dobramentos antigos que constituem os Montes Apeninos. ( ) o terremoto que atingiu a Península Itálica é resultado da tectônica de pla- cas envolvendo as placas Euroasiática e Africana. ( ) os tremores registrados na Itália estão vinculados à teoria da Isostasia. ( ) a região conhecida por anel de fogo do Pacífico é considerada uma das zonas mais propensas a terremotos no planeta. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é a) F – V – F – V d) V – F – V – F b) F – F – V – F e) V – V – F – V c) F – V – F – F 10.10. (UCPEL – RS) – De acordo com a teoria da “tectônica das placas”. Admite- -se que a litosfera é constituída por placas que se movimentam, provocando uma intensa atividade geológica que resulta, entre outros efeitos, em terremotos e vulcões, principalmente nos limites das placas. Sobre as placas tectônicas, leia as seguintes afirmativas e coloque (V) para as verdadeiras e (F) para as falsas. I. Os movimentos das placas são devidos às “correntes de convecção” que ocorrem na astenosfera (camada logo abaixo da litosfera): as correntes de convecção são causadas pelo movimento ascendente dos materiais mais quentes do manto (magma) em direção à litosfera, que, ao chegar à base da litosfera, tende a se movimentar lateralmente e perder calor por causa da resistência desta e depois descer novamente dando lugar a mais material aquecido. II. No meio dos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico existem cordilheiras que chegam a atingir até 4000 mil metros acima do assoalho oceânico cha- madas de cordilheiras “meso-oceânicas”. Estas cordilheiras se originam do afastamento das placas tectônicas nas chamadas “zonas de divergência”. São locais onde as correntes de convecção atuam em direções contrárias originando rupturas no assoalho oceânico pelas quais é expelido o magma da astenosfera. Dessa forma, ao esfriar, o magma (ou lava basáltica) causa a renovação do assoalho oceânico. III. Outro tipo de movimento das placas tectônicas acontece nas chamadas “zonas de convergência” onde as placas se movimentam em direção contrária uma da outra. Nesse caso, pode acontecer de uma placa afundar por sob a outra nas “zonas de divergência”. Isso aconte- ce entre uma placa oceânica e uma placa continental porque a placa oceânica tende a ser menos densa que a placa continental o que faz com que ela seja “engolida” por esta última. Um exemplo é a zona de divergência da placa de Nazca em colisão com a placa continental Sul-Americana e responsável pela formação da Cordilheira Andina. IV. Quando o movimento de diver- gência ocorre entre duas placas continentais de igual densidade, ocorre o soerguimento de cadeias montanhosas como o Himalaia, por exemplo, que está na zona de divergência das placas continentais Euroasiática e Arábica. A alternativa que contém a sequência correta de afirmativas verdadeiras (V) e falsas (F) é a) F, F, V e V. c) V, V, F e F. e) V, F, F e V. b) V, F, V e F. d) F, V, F e V. Aprofundamento 10.11. (UFPE) – Observe atentamente a figura a seguir. Sobre o assunto esquematicamente representado, analise as proposições abaixo. 01) As áreas mais intensamente afe- tadas pelo vulcanismo na super- fície terrestre são exatamente aquelas situadas em áreas cratô- nicas, inseridas em margens tec- tônicas estáveis. 24 Extensivo Terceirão 02) O vulcanismo resulta das características relacionadas a elevadas pressões e temperaturas existentes em áreas sub-superficiais da crosta terrestre. Algumas vezes, esse vulcanismo ocorre em áreas fissuradas dessa camada do planeta. 04) Os principais vulcões estabelecem-se em regiões em que uma placa litosférica entra em processo de subdução sob outra, mas há vulcanismo no interiorde placas litosféricas, relacionado a um “Ponto Quente”. 08) A inexistência de manifestações vulcânicas no interior do território continental brasileiro deve-se, sobretudo, ao fato de que a placa litosférica sul-americana encontra-se estável desde o final do Pré-Cambriano. 16) Sob as massas oceânicas, sobretudo no Atlântico, as ma- nifestações vulcânicas ocorrem em áreas em que há a ascensão das correntes de convecção do Manto e a diver- gência dessas correntes, ao longo de dorsais. 10.12. (ESPCEX – SP) – Numa sala de aula, um professor de Geografia apre- sentou o seguinte texto aos seus alunos: “Quase todo mundo conhece alguém que tem certeza de que o pouso da Apolo 11 na Lua, assim como os pequenos grandes passos de Neil Armstrong foram uma farsa. São pessoas que garantem que tudo foi uma produção de Hollywood (...). Agora mesmo estamos diante de gente que garante que a Terra, diferentemente de todos os outros planetas e satélites do nosso sistema solar, é na verdade plana. São os terraplanistas (...). Mas tem gente pior que os terrapla- nistas. Por exemplo, a sociedade que acredita – e divul- ga – que a Terra é oca. E habitada. Lá estariam vikings, nazistas e até uma raça superior que viveria num lugar chamado Agharta, iluminado por um sol interior”. Fonte: Paulo Pestana. A ficção na vida real. Jornal Correio Braziliense, 27 de janeiro de 2019. Após a leitura, o professor pediu aos seus alunos que, com base em evidências científicas, refutassem a ideia de que a Terra é oca. Três alunos apresentaram seus argumentos: João: “Essa ideia de que a Terra é oca é um absurdo do ponto de vista da Ciência. Por meio de sismógrafos, é possível medir a velocidade de propagação das ondas no interior da Terra. Esses estudos revelam que o interior do Planeta é formado por diversas camadas, com densidade e composição de materiais variados”. Carlos: “Impossível! As evidências científicas deixam claro que a maior parte do interior da Terra é composta por uma mistura Níquel e Ferro em estado líquido, onde a temperatura média está acima de 5.000°C.” José: “Como a Terra poderia ser oca se já sabemos que os terremotos e os vulcões, por exemplo, originam-se da pressão exercida pelo magma encontrado na astenosfera?” Considerando a estrutura da Terra, pode-se afirmar que são plausíveis apenas os argumentos apresentados por: a) João d) Carlos e João b) Carlos e) João e José c) José 10.13. (UEPG – PR) – Sobre a tectônica de placas da Terra, assinale o que for correto. 01) A subducção ocorre em áreas de convergência de placas tectônicas onde uma delas mergulha embaixo da outra, podendo causar sismos. 02) O Brasil está localizado em área mais centrada na placa sul-americana. Esta placa tem um deslocamento à oeste onde encontra-se em maior extensão neste lado com a placa de Nazca. 04) O anel de fogo do Pacífico localiza-se, basicamente, em áreas entre placas tectônicas. É a área do planeta com a maior incidência de terremotos. 08) O vulcanismo pode ser gerado em áreas divergentes das placas tectônicas. O vulcanismo também é um fator en- dógeno de formação do relevo. 16) O limite de placas tectônicas transformante ocorre quan- do as placas deslizam lateralmente. Um bom exemplo disso ocorre na falha de San Andreas, no estado da Ca- lifórnia, nos EUA. 10.14. (UP – PR) – Um terremoto de magnitude 7,1 na escala Richter atingiu o Peru no dia 24 de agosto de 2018. O abalo repercutiu também no território brasileiro: em Assis Brasil, cidade do Acre situada a 138 km de distância do epicentro, o terremoto foi sentido às 04h04min no horário do estado. A respeito do assunto, assinale a alternativa correta. a) Houve tumulto nas cidades peruanas, pois era grande o movimento de pessoas na saída de seus locais de trabalho. b) O Peru encontra-se localizado em região de dobramentos modernos, uma estrutura sujeita a instabilidade geológica. c) O Acre situa-se em uma placa tectônica sujeita a abalos sísmicos, diferentemente do restante do território do Brasil. d) Os riscos de danos a edificações humanas são tanto maiores quanto maior a profundidade do hipocentro. e) O epicentro de um terremoto é o ponto considerado como foco ou origem do tremor. 10.15. (UEM – PR) – Sobre os movimentos tectônicos, a teoria da tectônica de placas e as características das placas tectônicas, assinale o que for correto. 01) O fenômeno conhecido como subducção de placas tec- tônicas ocorre quando a placa oceânica, mais densa, mer- gulha sob a placa continental. 02) A teoria da tectônica de placas foi aprimorada, na comu- nidade científica, com o uso de sonares que mapearam o fundo oceânico. 04) Os topos das cadeias oceânicas que são formadas por tectonismo podem configurar um arquipélago como o do Havaí (EUA). 08) As rochas que compõem as placas tectônicas são forma- das pela mesma composição do núcleo da Terra, ou seja, pelo lítio e pelo bário. 16) Os movimentos verticais lentos, de subida ou de descida, em camadas rochosas rígidas e espessas, são chamados de epirogenéticos. Aula 10 25Geografia 3A 10.16. (UEM – PR) – Assinale o que for correto sobre a estru- tura interna da Terra e sobre suas características. 01) O conhecimento do interior da Terra ocorre por méto- dos indiretos de investigação, que auxiliam na identifi- cação de suas características físicas. 02) Entre as camadas dos materiais que formam o interior da Terra existem passagens graduais e harmônicas, conforme indicam estudos sismológicos. 04) O núcleo da Terra é dividido em duas partes, uma in- terna de consistência rígida e a outra externa de con- sistência pastosa. 08) No manto, encontram-se diversos elementos químicos que, em estado de fusão, formam os minerais. 16) A crosta, composta por ferro e níquel, é a camada in- termediária da estrutura interna da Terra, fornecendo a sustentação do planeta devido à sua constituição. 10.17. (UEPG – PR) – Sobre as camadas terrestres, assinale o que for correto. 01) A maior de todas as camadas terrestres, o manto, é composta de magma em estado líquido, com tempe- raturas médias de 2000° C. 02) O núcleo interno da Terra, composto principalmente de níquel e ferro, apesar de altíssimas temperaturas, é con- siderado sólido, devido à enorme pressão do interior do planeta. 04) Os sismos da Terra são formados por movimentos epi- rogenéticos, sobretudo do núcleo interno do planeta. 08) A menor e mais fria das camadas da Terra é a crosta. É a camada mais superficial do planeta, formando as massas continentais e o assoalho dos oceanos. 16) A crosta terrestre sofre pressão interna e racha em vá- rios pontos, formando as placas tectônicas. Nas bordas dessas placas formam-se vulcanismo, tsunâmis, terre- motos e furacões. 10.18. (UNIRG – TO) – No último dia 28 de setembro, um terremoto de magnitude 7,5 graus atingiu a cidade de Palu, capital da província de Celebes Central, na Indonésia, cau- sando o desmoronamento de residências, ondas na forma de tsunamis e, consequentemente, fazendo milhares de vítimas. No que se refere as causas, aos locais de ocorrência desses fenômenos e a suas consequências, analise os itens a seguir e assinale a alternativa correta. a) A ocorrência de terremotos e um fenômeno inerente à dinâmica interna da Terra, tendo em vista a constante geração de energia responsável pela dinâmica do nosso planeta; b) Os abalos sísmicos de grande abrangência e magnitude decorrem do acumulo de energia potencial elástica no li- mite entre duas placas tectônicas com limites divergentes; c) O lineamento de montanhas conhecido como cordilheira dos Andes fica no limite entre as placas tectônicas do Pacifico e Sul-Americana; d) A Terra e um corpo em processo de resfriamento, e uma das principais resultantes desse processo e a formação de imensos volumes rochosos situados no manto superior. Desafio 10.19. (FDSBC – SP) – RACHADURA QUILOMÉTRICA RECORDA QUE A ÁFRICA ESTÁ SE DIVIDINDO EM DUAS 4 ABR 2018 - 23:44 CEST “Por baixo há
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