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Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho MAD II Tolerância imunológica e autoimunidade ➛ Uma das propriedades do sistema imune normal é que ele pode reagir com uma enorme variedade de microrganismos, mas não reage contra os antígenos próprios (autoantigenos ou tolerógenos) do indivíduo ✓ Autoantigenos - todos os antígenos próprios ✓ Tolerógenos - todos os antígenos não próprios mas que o organismo não pode reagir ➛ A falta de resposta para autoantigenos é chamada de tolerância imunológica ➛ Existem mecanismos que impedem as respostas imunes aos autoantigenos - capacidade de discriminar entre os antígenos próprios e não próprios (geralmente microbianos) ✓ Se esses mecanismos falham, o sistema imune pode atacar as células e os tecidos do próprio indivíduo - essas reações são chamadas de autoimunidade, e as doenças que elas causam são chamadas de doenças autoimunes Eági de maturação d linfócit: ✓ Maturação - ocorre nos órgãos linfóides primários ✓ A maturação dos linfócitos T ocorre no Timo e dos linfócitos B na medula óssea ✓ Linfócito T e Linfócito B se diferenciam pelos seus receptores -> Receptor TCR e Receptor BCR, respectivamente ✓ Todo antígeno próprio apresentado pelo macrófago via MHC-1 faz o TCR se diferenciar em TCD8 e o MHC-2 se diferencia em TCD4 ✓ Após a maturação eles vão para os linfócitos secundários, sendo ativados apenas lá ➛ Linfócitos podem ser ativados para proliferar e se diferenciar em células efetoras e de memória ➛ Os linfócitos podem ser funcionalmente não responsivos (anérgicos) ou mortos, resultando em tolerância ➛ Em algumas situações, os linfócitos específicos para o antígeno podem não reagir de forma alguma - este fenômeno tem sido chamado de ignorância imunológica ➛ A tolerância pode ser induzida em: ✓ Tolerância central -> induzida quando os linfócitos em desenvolvimento (imaturos) encontram estes antígenos nos órgãos linfoides geradores - medula óssea e timo Introdução: Tolerância imunológica: Maturação do TCD4: • Macrófago apresenta o antígeno próprio • Se for antígeno próprio - deve ser tolerante, deve fazer apenas uma ligação - houve a ligação de TCR e MHC-2 -> linfócito vira tolerante - houve a ligação TCR e MHC-2 e CD28 e B7 -> linfócito morre (apoptose) • Se for antígeno não próprio (ex: bactéria patogênica) - deve ser efetor, deve existir as duas ligações - houve apenas a ligação TCR e MHC -> apoptose - houve ligação TCR e MHC-2 e CD28 e B7 -> linfócito efetor Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho MAD II ✓ Tolerância periférica -> tolerância imunológica desenvolvida após as células T e B terem amadurecido e se movimentem para a periferia, onde reconhecem os antígenos próprios (órgãos linfoides periféricos - baço, linfonodo, adenóides, tonsilas, GALT) Tolerância central de linfócit T: ➛ Se no timo um linfócito T interage fortemente (B7-CD28 e TCR-MHC) com um antígeno próprio apresentado via MHC este linfócito recebe sinais que o estimulam a apoptose ➛ Os principais mecanismos de tolerância central em células T são a morte de células T imaturas e a geração de células TCD4 reguladoras ➛ Seleção negativa - a eliminação de linfócitos que interagem fortemente com o antígeno próprio Suprsão Imune pelas Células T Reguladoras: ➛ As células T reguladoras desenvolvam-se no timo e agem nos tecidos periféricos com o reconhecimento de autoantigenos e suprimem a ativação dos linfócitos potencialmente prejudiciais específicos para estes autoantigenos ➛ Linfócito T Regulador (TREG) - Linfócito tolerante que tem a função de suprimir a resposta imune caso ela esteja acontecendo de forma errada -> é o tolerante ✓ Marcador CD4 ✓ Alta expressão CD25 ✓ FOX-P3 (fator de transcrição nuclear) ✓ Produzem IL-19 e TGF-beta (citocina supressoras da resposta imune) ✓ Agem na resposta imune central e periférica ✓ Mantém a autotolerância imunológica ➛ Este processo de diferenciação depende da presença do fator de transcrição FOX-P3 - a ativação da FOX-P3 ativa o gene que produz CD25 ➛ Estás células reguladoras inibem a ativação de células T imaturas por mecanismos dependentes de contato ou por citocina secretoras que inibem as respostas imunológicas: IL-10 e TGF- beta ➛ As células T reguladoras podem suprimir as respostas imunes por vários mecanismos: ✓ Produção de citocina supressoras: IL-10 e TGF-beta -> CD4 libera e TCD8 realiza a apoptose da célula ✓ Redução da coestimulação pelas APCs: ligação do CTLA-4 da célula TREG na molécula B7 das APCs -> só é utilizado caso a liberação das citocina não seja suficiente para se soltarem Tolerância Periférica de Linfócit T: ➛ É induzida quando as células T maduras reconhecem autoantigenos nos tecidos periféricos ➛ O reconhecimento do antígeno, sem a coestimulacao adequada, resulta na alergia ou morte das células T, ou faz com que as células T se tornem sensíveis a supressão pelas células T reguladoras Regulação de rptas das células T por Receptor Inibitóri: ➛ O conceito de que respostas imunes são influenciadas por um equilíbrio entre os receptores de ativação (coestimulador) e inibitórios ➛ Nas células T, os receptores inibitórios mais bem definidos são CTLA-4 e o receptor de ativação CD28 Mutação do FOX-P3 -> não tem CD25 -> não forma células TREG -> doença autoimune - IPEX Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho MAD II Tolerância De Linfócit B: ➛ Os polissacarídeo próprios, lipídeos e ácidos nucleico são antígenos independentes da célula T ✓ Estes antígenos devem induzir a tolerância dos linfócitos B para evitar a produção dos autoanticorpos ➛ Tolerância central de células B: quando os linfócitos B imaturos interagem fortemente com os autoantigenos na medula óssea, as células B, ou se tornam anérgicos ou são mortos (supressão) ➛ Tolerância periférica de células B: os linfócitos B maduros que encontram os autoantigenos em tecidos linfoides periféricos tornam-se incapazes de responder a esse antígeno Tolerância a Microrganism Comensais n Inttin e Pele ➛ A microbiota dos seres humanos saudáveis consiste em cerca de 10 a 4ª bactérias ➛ Os linfócitos maduros nesses tecidos são capazes de reconhecer os organismos, mas não reagem contra eles ➛ No intestino, vários mecanismos contribuem para. a incapacidade do sistema imune saudável para reagir contra a microbiota ✓ Abundância de células T reguladoras produtoras de IL-10 - inibição de receptores do tipo Toll Tolerância a Antígen Fetais: ➛ Antígenos paternos expressos no feto, que são estranhos aos da mãe, tem de ser toleradas pelo sistema imune da mãe grávida ➛ Um mecanismo desta tolerância é a geração de células T reguladoras FOX-P3 periféricas específicas para estes antígenos paternos ➛ A placentária está fortemente correlacionada com a capacidade de gerar células T reguladoras periféricas estáveis Princípi e patogêne: ➛ Autoimunidade: resposta imunológica a antígenos próprios ➛ Doença autoimune: as doenças autoimunes assemelham- se as respostas imunes normais contra patógenos, só que neste caso o reconhecimento ocorre para antígenos próprios ✓ São heterogêneas e multifatoriais (vários motivos) ✓ Podem ser acusadas por Ac e/ou células auto reativas Mecanism de autoimunidade: 1) Migração de linfócitos da maturação, que deveriam ser eliminados na seleção negativa 2) Defeito no mecanismo de deleção clonar (ex: falha na apoptose por anormalidades no FAS ou FAS-L) 3) Reação cruzada entre antígenos próprios e microbianos 4) Falha do linfócito T regulador Falha na tolerância das células T -> Autoimunidade mediada por células -> doença autoimune Autoimunidade: Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho MAD II Fator de denvolvimento da autoimunidade: ➛ Falhana tolerância a antígenos próprios - defeitos em linfócitos T regulatórios ➛ Fatores genéticos - HLA ➛ Infecções ✓ Algumas doenças autoimunes são precedidas por infecções virais ou bacterianas ✓ Infecções teciduais provocam recrutamento de leucócitos para os tecidos (inclusive de linfócitos auto reativos) ✓ A infecção tecidual pode provocar ativação de células T que não são específicas para o micróbio Febre Reumática: ➛ Linhagens reumatogênicas ➛ Reações cruzadas contra proteínas próprias do hospedeiro ➛ Anticorpos são produzidos contra a proteína M de Streptococcus beta hemolítico e acabam reagindo de forma cruzada com proteínas celulares, levando a uma inflamação ✓ Coração, articulações, tecido celular subcutâneo e SNC Diabet Tipo 1: ➛ Destruição das células beta pancreáticas pelos linfócitos TCD8+, determinando deficiência de insulina ➛ A destruição das células beta é geralmente acusada por processo autoimune, o qual pode ser detectado pela presença de autoanticorpos circulantes no sangue periférico (anti-ilhotas) ➛ Fatores genéticos associados ✓ Mais de 13 loci diferentes de susceptibilidade genética foram reparados em seres humanos ✓ Receptor FAS -> ativador da apoptose pela via extrínseca ✓ Célula que tem o FAS-L e causa a apoptose -> LTCD8+
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