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Relatorio parcial do CAPS-IVONE 1 (2)

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UNIVERSIDADE TIRADENTES 
PSICOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
GEISE KARINE DOS SANTOS 
YASMIN RODRIGUES FERREIRA 
 
 
 
ESTÁGIO BÁSICO I 
RELATO DE EXPERIÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
ARACAJU, SE 
2019 
 
GEISE KARINE DOS SANTOS 
YASMIN RODRIGUES FERREIRA 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO BÁSICO I 
RELATO DE EXPERIÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
Relato de experiência apresentada 
ao curso de Psicologia, sob 
orientação da Prof. Juliana Andrade 
Passos Padro, como um dos pré-
requisitos para a avaliação da 
disciplina de Estágio Básico I. 
 
 
 
 
 
 
ARACAJU, SE 
2019 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO 
2. OBJETIVOS 
 2.1. OBJETIVO GERAL 
 2.2. OBJETIVO ESPECÍFICO 
3. JUSTIFICATIVA 
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
5. HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO 
6. METODOLOGIA 
7. PÚBLICO ALVO 
8. RECURSOS (HUMANOS E MATERIAIS) 
9. ORÇAMENTO 
10. CRONOGRAMA 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A saúde mental infantil é uma temática recorrente na sociedade, porém, esse 
assunto foi explorado de forma tardia. Na atualidade tem-se uma necessidade de 
explora-lo de forma mais aprofundada Quando se fala de transtorno psicológico na 
infância, é necessário ter cautela, nessa fase dificilmente se fecha diagnostico, 
sabe-se que a criança está passando pelo período de desenvolvimento. O suporte 
familiar na vida da criança é de extrema importância, pois, pode garantir uma melhor 
qualidade de vida. O CAPSi exerce um papel importante na orientação dessas 
famílias, pois, é o serviço que dá a orientação de como criar um ambiente favorável 
para que esse usuário tenha um suporte específico. A função do CAPSi é garantir 
para o usuário uma maior qualidade de vida afim de minimizar o sofrimento e trazer 
estabilidade emocional para esse sujeito. Para que isso aconteça é necessário que 
as famílias estejam estruturadas emocionalmente para lidar com a situação. A 
participação familiar se traduz como a continuidade do cuidado que é ofertado pelo 
CAPSi. (ARAUJO,2015). Ter um olhar voltado para as famílias, traz uma garantia de 
que essas crianças sejam cuidadas de forma adequada, pois a forma que a família 
conduz o processo irá trazer consequências no desenvolvimento saudável desse 
paciente. O objetivo desse trabalho é promover para essas famílias uma auto-
reflexão sobre os papeis que elas exercem na sociedade, valorizando o 
autocuidado, a autoestima e promovendo saúde mental para elas. O estado 
emocional dessas famílias reflete no ambiente e atinge todo o corpo familiar, uma 
família bem cuidada poderá proporcionar um ambiente favorável para as crianças. 
A disciplina Estágio Básico em Psicologia é composta de 120 horas com a 
orientação da preceptora Juliana Andrade Passos Prado e com a psicóloga do local, 
Valéria Abreu Ferreira, o estágio acontece no Centro de Atenção Psicossocial 
Infantil (CAPSi) Dona Ivone Lara que fica situado na Rua Permínio de Souza, Bairro 
Cirurgia. 
 O estágio é realizado por duas discentes uma vez por semana no período de 
quatro horas, no horário de 08h00h às 12:00h todas as segundas-feiras. 
 
 
2. OBJETIVOS 
2.1 OBJETIVO GERAL 
Propor um plano de intervenção com as famílias que acompanham os 
usuários do serviço, promovendo bem-estar e saúde mental para essas famílias. 
2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO 
• Ampliar as condutas, encaminhamentos e conhecimentos 
terapêuticos do tratamento clínico proposto pelo serviço; 
• Valorizar e trabalhar a autoestima dos responsáveis. 
• Promover interação entres as famílias e compartilhamento de 
experiências. 
 
3. JUSTIFICATIVA 
O CAPSi é importante para a manutenção da saúde-mental das crianças que 
sofrem transtorno em quadro grave. Tem como objetivo: acolher de forma 
humanizada para minimizar e estabilizar o sofrimento do indivíduo, através de 
escuta qualificada, dinâmicas, projetos terapêuticos, atendimento individuais e em 
grupo afim de ofertar um melhor cuidado tanto para o usuário como também para a 
família que o acompanha. 
Desta forma, o presente trabalho justifica-se com a utilização de atividades 
voltadas para o grupo de famílias, promovendo saúde e bem-estar para as famílias 
que cuida dessas crianças diariamente. Esse trabalho foi desenvolvido a partir das 
observações realizadas e percebeu-se que as famílias demostram uma carência em 
ser acompanhadas com maior frequência, para que suas necessidades sejam 
atendidas. 
 
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
A preocupação com as necessidades infantis saiu do campo acadêmico no 
século XX e foram concretizadas através de iniciativas que deram origem as 
instituições voltadas para cuidados específicos com a infância. Falar sobre a criança 
brasileira no início do século XX implica em falar sobre o médico Artur Morcovo filho, 
que foi o fundador do Instituto de proteção e assistência a infância em 1899. Esse 
instituto estava ligado a cuidados do maternal ao infantil, onde vários médicos de 
diversas especialidades atuavam eles se organizavam como associação e 
congregou 600 membros associados. Morcovo também faz uma crítica as 
autoridades, em sua crítica ele aborda o descaso com a infância no Brasil e faz 
apelos ao governo para criar instrumentos de assistência infantil para defender a 
legislação direcionada a cuidados com crianças. (RIBEIRO, 2006) 
Surge então novo campo de pesquisa científica voltada que estudar a vida 
psíquica infantil, analisando distúrbios de condutas, esse interesse por estudar a 
temática estava ligado também ao aparecimento da demanda do juizado de 
menores e do movimento de higiene mental, esse seria os marcos que haveria de 
transformar o século XX Foi nesse século que o olhar da saúde mental se volta mais 
para as questões Infantis. (RIBEIRO, 2006) 
Vários movimentos foram surgindo com o passar do tempo, vale destacar a 
reforma psiquiátrica, a luta antimanicomial e a criação de centros de atenção 
psicossociais (CFP, 2013). Na medida que esses movimentos vão ganhado 
espaço social, da mesma forma, as questões infantis são apresentadas como uma 
problemática que deveria ser discutida. Atualmente o CAPSi é um dos setores que 
cuida dessas demandas infantis. 
A inclusão de políticas de saúde para saúde mental infantil ocorreu de forma 
tardia, isso pode ser atribuído a muitos fatores, alguns deles é a falta de clareza nos 
diagnósticos, por se tratar de uma fase do desenvolvimento; alguns transtorno dão 
sinais na infância, mas, só se manifestam na adolescência; a avaliação é mais 
especifica, pois, não incluem somente a crianças e adolescentes, é necessário obter 
os demais recursos como fonte de informação, como familiares, cuidadores, 
professores, entre outros. (COUTO et al,2008). 
Os CAPS são integrados à rede de serviços abertos, vinculados ao Sistema 
Único de Saúde (SUS), são modelos estruturados em redes descentralizadas, 
hospitalar e municipalizada, cujo objetivo é a reversão do antigo modelo hospitalar, 
possibilitando serviços de caráter multidisciplinar e multiprofissional, promovendo 
saúde e integração familiar e social dos usuários. A função do CAPS é de oferecer 
atendimento clínico e cuidados diários aos pacientes em situação de sofrimento 
psíquico, na tentativa de promover a reabilitação e reinserção deste na comunidade, 
ajudando-o a exercer seus direitos como cidadão. Araújo et al (2015) 
 
Os Centros/Núcleos de Atenção Psicossocial (CAPS/NAPS) são serviços 
da rede pública de saúde que visam, como parte de uma rede comunitária, 
à substituição dos hospitais psiquiátricos - antigos hospícios ou manicômios 
- e de seus métodos para cuidar de transtornos mentais. Foram instituídos 
por meio da Portaria/SNAS Nº 224 - 29 de Janeiro de 1992 (BRASIL, 2001). 
A estruturação e a implementação desde então é um processo dinâmico e 
permanente. Concomitante a este processo, impulsionada pelo Movimentode Luta Antimanicomial, foi implementada uma nova política de Saúde 
Mental, com o foco prioritário na construção de uma rede substitutiva aos 
Hospitais Psiquiátricos. (CFP, p.45, 2013) 
 
Entre os tipos de CAPS que existe no Brasil, o Centro de Atenção 
Psicossocial Infanto-juvenil (CAPSi) é um serviço para atendimento de crianças e 
adolescentes em intenso sofrimento psíquico e incapazes de manter ou criar laços 
sociais, os quais não se adequam em uma sociedade que imagina o que seria uma 
infância dita como “normal”. São crianças e adolescentes angustiados, angustiados, 
que se mutilam, agridem-se e recusam contato ou carinho, permanecendo, muitas 
vezes, em intenso silêncio ou comunicando-se com uma linguagem 
incompreensível, demonstrando uma parente falta de sentido. (FRANZOI, 2016) 
O CAPSi é uma instituição que faz atendimentos a crianças e adolescentes 
com transtornos mentais que incluem prejuízos severos e persistentes. Os CAPSi 
foram propostos a partir de 2002, baseados nos mesmos princípios que regem os 
demais CAPS no país, que é promover atenção em saúde mental baseado na 
integralidade do cuidado. É composto por equipes multidisciplinares e contem 
psiquiatra, enfermeiro, psicólogo, assistente social, fonoaudiólogo, terapeuta 
ocupacional, pedagogo, e profissionais de nível médio. (COUTO, 2008). 
É responsável por acompanhamentos regulares com número limitado de 
paciente que atende pacientes e as famílias que o acompanham, em regimes 
diferenciados de tratamento, levando em consideração cada caso, observando a 
necessidade de cada sujeito. Também desenvolve ações para conhecimento e 
ordenação das diferentes demandas referente a suade mental infantil, dentro do 
território sobre sua responsabilidade. (COUTO et al, 2008). 
Segundo Araújo (2015), alguns dados do Ministério da Saúde fazem alerta 
sobre o cuidado a população infanto-juvenil, pois revela que o Brasil tem cerca de 
10% a 20% da população em sofrimento psíquico e dentre esse percentual, 3% a 
4% necessitam de cuidado integral de regime intensivo. Os profissionais de saúde, 
diante desses dados preocupantes, tem buscado compreender que de forma 
promover saúde mental a esse público, muitos recorrem a formulação de políticas 
públicas efetivas, sabendo que a criança precisa estar resguardada pois é um direito 
reconhecido pelo estatuto das crianças e adolescente. 
Art. 3º A criança e ao adolescente gozam de todos os direitos fundamentais 
inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata 
esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as 
oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, 
mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de 
dignidade. (Eca, p.7, 2010) 
 
Quando se trata de saúde mental infantil as queixas mais relatadas são: 
dificuldades de aprendizagem, agressividade, baixa tolerância a frustação ou até 
mesmo controle de impulsos, dificuldade nos relacionamentos sociais, agitação, 
nervosismo/irritabilidade, rebeldia/desobediência, desinteresse pela escola, 
introversão/inibição, comportamentos de depressão e tentativa de suicídio. 
(SANTOS, 2006). 
Alguns trabalhos já discutiram que o problema da alta demanda infantil nos 
serviços de saúde seja consequência das falhas de instituições onde crianças e 
adolescentes estão inseridos (em especial a escola e a família) ou serviços onde 
eles são atendidos, sabe-se que muitas dessas crianças que precisam de ajuda 
deve obter ajuda especializada. (SANTOS, 2006) A influência genética e ambiental 
também é determinante na manifestação do comportamento infantil. A autora cita 
que a ansiedade, por exemplo, tem sido associada à imprevisibilidade e 
incontrolabilidade do ambiente. Da mesma forma, a falta de condições financeiras 
tem sido associada ao acúmulo de situações estressoras que aumenta a 
probabilidade de um comportamento desajustado. (FERRIOLLI et al, 2007) 
Os problemas de saúde mental da infância podem comprometer o 
desenvolvimento da criança, podendo desencadear transtornos psicossociais na 
vida adulta. O transtorno de conduta, de atenção, imperatividade e emocionais são 
muito frequentes. O fator familiar se manifesta como um dos principais 
desencadeadores que podem minimizar ou potencializar a depender do que aquele 
ambiente oferece para a criança ou adolescente. A intensificação desses problemas 
se dá a partir de alguns fatores. A autora irá citar algumas demandas como: 
separação dos pais, problemas conjugais, desvantagens socioeconômicas, 
criminalidade na família e transtorno mental nos pais. (FERRIOLLI et al, 2007) 
O diagnóstico também pode trazer consequências a essa adaptação da 
criança no contexto social se ele for feito de forma inadequada. Se tratando de 
criança, fazer uma avaliação em saúde mental pode se tornar difícil devido a 
imprecisão do diagnóstico e na manifestação clínica dos transtornos, pois a criança 
está na fase do desenvolvimento. Avaliação de transtornos na infância é um 
trabalho complexo. Isso se dá principalmente pela dificuldade de expressão verbal e 
o reconhecimento das suas próprias emoções e das ações avaliadas na criança. Em 
parte, esse problema é resolvido com a presença dos pais na equipe da avaliação 
porque eles têm maior chance de observar comportamentos desse paciente. 
Entretanto o diagnóstico na infância adolescência ainda bastante criticado pela sua 
imprecisão. (GAUY E GUIMARÃES, 2006) 
Quando a criança passa pelo processo de desenvolvimento saudável bem-
sucedido, elas tornam-se adultos saudáveis, com competências para responder de 
modo satisfatório as demandas do seu ambiente social, familiar, profissional e 
emocional, entretanto, se houver variações nesse processo de desenvolvimento 
saudável dessa criança e adolescente, haverá consequências na sua resposta 
adaptativa podendo gerar comportamentos mal adaptativos no seu 
desenvolvimento e levar a quadros clínicos diversos tornando a criança portadora 
de problemas na saúde mental e posteriormente se tornando um adulto com seu 
desenvolvimento saudável comprometido. (GAUY E GUIMARÃES, 2006) 
A família pode ser considerada o sistema mais poderoso de socialização que 
influência no desenvolvimento e na construção da identidade de uma criança. A 
grande maioria das crianças experencia com a família as primeiras situações de 
aprendizagem, normas, valores e introjeção de padrões, portanto, se a família não 
estiver funcionando adequadamente, as interações, principalmente pais/filhos e com 
a sociedade, serão prejudicadas. (SILVA et al, 2008) 
A autora afirma que Nas interações familiares “padrões de comportamentos, 
hábitos, atitudes e linguagens, usos, valores e costumes são transmitidos” e “as 
bases da subjetividade, da personalidade e da identidade são desenvolvidas” 
(SILVA et al, p.216, 2008) 
A participação familiar no acompanhamento dos usuários do CAPSi é 
extremamente necessária. Para Bastos, a instituição familiar é percebida como peça 
fundamental ao portador de transtorno mental, que precisa de atenção e apoio. No 
modelo da reabilitação psicossocial o tratamento tem como objetivo ampliar a 
autonomia do paciente. entende-se que existem vantagens no envolvimento dos 
familiares, pois, os mesmos, ao compreenderem a terapêutica e consentirem em 
colaborar com ela, esses têm uma maior tendência a cuidar de forma adequada. 
Bastos (2015) 
Sabe-se que existe dois fatores que é importante observar no processo de 
tratamento da saúde mental infantil: Fatores de risco e de proteção. 
Os fatores de risco podem ser descritos como características da criança, da 
família e do ambiente que diminuem a probabilidade de a criança tornar-se 
competente e ter senso de bem-estar, aumentando a probabilidade de ocorrência de 
resultados negativos e indesejáveis. Já os chamados fatores de proteção, criam 
uma barreira contra o impacto dos fatores de riscoe aumentam as possibilidades da 
criança se tornar competente e ter senso de bem-estar. Dentre esses fatores de 
proteção, o apoio social tem sido visto como um dos mais importantes recursos 
contra efeitos estressores que promove a recuperação de crises situacionais ou 
desenvolvimentais que as famílias enfrentam. (SILVA et al, 2008) 
Da mesma forma, conhecer quais fatores de risco operam na diminuição da 
probabilidade de a criança se tornar competente e ter senso de bem estar 
e, portanto, no aumento da probabilidade de ocorrência de resultados 
negativos e indesejáveis é parte do processo de conhecimento da família e 
do desenvolvimento das crianças. E parte disso, é a descrição dos fatores 
de proteção que têm servido ou podem vir a servir como barreira contra o 
impacto dos fatores de risco e aumentar as possibilidades da criança 
tornar-se competente e ter senso de bem estar. (SILVA et al, p. 225, 2008) 
 
Diante dessas situações que influenciam o processo de tratamento, Araújo 
relata que considera a família essencial para a realização eficaz do projeto 
terapêutico individual em serviços de atenção psicossocial pois a mesma é uma 
fonte de apoio para a criança em situação de sofrimento psíquico, de modo a 
contribuir significativamente no cuidado, disponibilizando atenção, amor, carinho e 
isso facilitará a adesão ao tratamento. Araújo et al (2015) 
Bastos (2009) afirma que, 
Grande parte dos entrevistados reconhece o valor da contribuição da 
família na recuperação de seus parentes acometidos pelo transtorno 
mental. Como fonte de ajuda, foram citados, sobretudo, o pai e a mãe, 
membros da família nuclear. (Bastos, p.137, 2009) 
 
Segundo Bastos (2015) A doença mental exerce um grande impacto sobre a 
vida familiar. Seu diagnóstico é acompanhado por momentos de dúvida e 
perplexidade. Conforme o grau de parentesco, ter uma pessoa com transtorno 
mental na família é vivenciar sentimento de tristeza, vergonha, impotência, 
ansiedade e raiva. 
As famílias estão suscetíveis a desgaste e sobrecarga emocional que 
permeia a rotina dos cuidadores, possibilitando o risco de adoecimento psíquico. 
assim, justifica-se a realização de um trabalho conjunto, promovendo integralidade 
entre a equipe, o usuário e os familiares. Araújo et al (2015) 
É importante que os recursos do ambiente domiciliar das famílias dessas 
crianças sejam aperfeiçoados. As intervenções programadas podem ser eficazes 
em aprimorar práticas educativas parentais e expandir a rede social de famílias, a 
fim de tornar-se um fator protetivo diante do surgimento de problemas no 
comportamento infantil. (SILVA, 2008) 
 
5. HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO 
O Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSi) Dona Ivone Lara está 
situado na Rua Permínio de Souza, Bairro Cirurgia, nº 1150, no município de 
Aracaju, Sergipe. 
O CAPS infantil Dona Ivone Lara foi o nome escolhido para o antigo CAPS 
Arthur Bispo do Rosário, nome escolhido pelos próprios usuários e profissionais. Em 
10 de maio de 2018, teve uma mudança no convênio estabelecido com o Centro de 
Integração Raio de Sol (CIRAS), até o presente momento, existe um projeto de 
divisão dos usuários por distrito pelo antigo fato do antigo CAPS Arthur ter uma 
demanda muito grande. 
O Centro de Integração Raio de Sol – CIRAS, é uma instituição não 
governamental que assumiu os programas e usuários da extinta Rosa Azul, criada 
em 1979. Fundada por Carolyn Carvalho, americana e formada em Terapia 
Ocupacional, hoje, desenvolve programas de Assistência Social, Atendimento em 
Reabilitação e Ações Complementares em Educação para jovens e adultos com 
deficiência física e, em especial, com o autismo e deficiência intelectual. O CIRAS é 
uma organização reconhecida de Utilidade Pública Municipal, Estadual e Federal, 
com registro no Conselho Nacional de Assistência Social e com Certificado de 
Entidade Beneficente de Assistência Social. 
Dona Ivone Lara nasceu em 13 de abril de 1922, na rua Voluntários da 
Pátria, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro. Foi a primeira filha da união entre 
a costureira Emerentina Bento da Silva e João da Silva Lara, foi cantora e 
compositora conhecida como “rainha e grande dama do samba”. Formada em 
enfermagem e serviço social, com especialização em terapia ocupacional. Prestou 
concurso público para o Ministério da Saúde em 1942, antes de ingressar na 
Colônia Juliano Moreira, onde atuou por mais de três décadas com pacientes 
afetados por graves transtornos mentais. Fazia plantões de 24/48 horas que, 
segundo ela, eram desgastantes, mas, ao mesmo tempo, muito gratificantes já que 
ajudavam a diminuir o sofrimento dos que procuram as unidades públicas de saúde. 
Atuou com Nise da Silveira, psiquiatra brasileira que se rebelou contra a lobotomia, 
eletrochoques e outros métodos agressivo de tratamento de Saúde Mental, 
defendendo um tratamento humanizado da loucura. Com Nise, especializou-se em 
terapia ocupacional. (ASCOM, COFEN, 2018) 
Os serviços do CAPSi contam com os seguintes profissionais: psiquiatra, 
psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, enfermeiro, pedagogas, 
educador físico e oficineiros. Sua estrutura é de uma casa que contém: refeitório, 
brinquedoteca, sala de acolhimento, recepção, cozinha, banheiros e espaços para 
desenvolver atividades. 
 
6. METODOLOGIA 
A metodologia do projeto de extensão se desenvolve a partir das seguintes 
etapas: (1) o processo terá início com um aquecimento para preparação do diálogo: 
será aplicada uma técnica da psicologia positiva, seguida pela apresentação de 
cada integrante envolvido na atividade. (2) Após a apresentação dos integrantes do 
grupo, trabalharemos com rodas de conversar com temáticas que envolve 
autoestima e promoção de saúde. A roda de conversa é um instrumento que 
permite compartilhamento de experiências e o desenvolvimento de reflexões sobre 
os questionamentos interno dos sujeitos, em um processo mediado pela interação 
com os pares, através do diálogo. É um instrumento científico em que o objetivo é 
compreender o objeto de estudo e a partir dos resultados se utilizar de um recurso 
que venha favorecer bons resultados. (3) nessa etapa, irá ser trabalhado o 
compartilhamento de informações com um profissional capacitado, a fim de 
esclarecer dúvidas sobre os assuntos abordado. (4) fazer trabalhos usando a arte. 
Esse trabalho terá como objetivo trabalhar a autoestima, a autoimagem e 
autopercepção. 
 
7. PÚBLICO ALVO 
Acompanhantes responsáveis pelos internos do CAPSi. 
 
8. RECURSOS (HUMANOS E MATERIAIS) 
 
Discentes do curso de Psicologia, 7º período, orientadas e acompanhadas da 
preceptora, de uma psicóloga residente do CAPSi, da assistente social, técnicos de 
enfermagem e oficineiras. 
Materiais de artesanato (cola branca, papel A4, giz de cera, massa de 
modelar e lápis de cor). 
 
9. ORÇAMENTO 
 
 ANEXO II 
MATERIAIS: QUANTIDADE: VALOR 
UNITÁRIO: 
VALOR TOTAL: 
CANETA 25 Não consta Não consta 
CAIXA DE SOM 1 Não consta Não consta 
CRONÔMETRO 1 Não consta Não consta 
RESMA DE PAPEL 
A4 
1 Não consta Não consta 
MASSA DE 
MODELAR 
1 Não consta Não consta 
LÁPIS DE COR 36 Não consta Não consta 
COLA BRANCA 1 Não consta Não consta 
PASTA CATÁLOGO 25 Não consta Não consta 
MICROFONE 1 Não consta Não consta 
DATASHOW 1 Não consta Não consta 
 
10. CRONOGRAMA 
 
 
 
 
 
 
 
1. Atividades 
mar abr mai jun jul ago set out 
1°q 2°q 1°q 2°q 1°q 2°q 1°q 2°q 1°q 2°q 1°q 2°q 1°q 2°q 1°q 2°q 
Estudo Bibliográfico X x x 
Observação 
Participante 
X x x x x x X 
Definição dos 
Objetivos 
 x 
Construção da 
metodologia 
 x x 
Vinculação com o 
público alvo 
 x x 
Realização do 1° 
encontro 
 x 
Realização do 2° 
encontrox x 
Realização do 3° 
encontro 
 x 
Realização do 4° 
encontro 
 x 
Análise dos resultados x X 
Devolutiva x 
Conclusão e 
finalização do projeto 
 x x 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
ARAÚJO, H. Et al. Estratégias de cuidado desenvolvidas no CAPS infantil: 
concepções de familiares e Profissionais. Revista de Pesquisa Cuidado é 
Fundamental Online, vol. 7, dezembro, 2015, pp. 28-38. Universidade Federal do 
Estado do Rio de Janeiro. 
 
BASTOS VB. et al. Representações sociais das famílias e dos usuários sobre 
participação de pessoas com transtorno mental. Rev Esc Enferm USP, São 
Paulo, v. 42, n. 1, 2009, p. 42-135. 
 
Berlink, M. T., Magtaz, A. C., & Teixeira, M. (2008). A reforma psiquiátrica 
brasileira: perspectivas e problemas. Revista Latinoamericana de Psicopatologia 
Fundamental, 11(1), 21-27. 
Böing, E., & Crepaldi, M.A. (2010). O psicologo na atenção básica: uma incursão 
pelas políticas públicas de saúde brasileiras. Psicologia, Ciência e Profissão, 
30(3), 634-649. 
Borges, C. F., & Baptista, T. V. F. (2008). O modelo assistencial em saúde mental 
no Brasil: a trajetória da construção política de 1990 a 2004. Caderno de Saúde 
Pública, 24(2), 456-468. 
Brasil. Ministério da Saúde. (2002). Portaria n.º 336/GM de 19 de fevereiro de 
2002. Disponível em 
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Portaria%20GM%20336-2002.pdf. 
Brasil. Ministério da Saúde. (2004). Saúde mental no SUS: os centros de atenção 
psicossocial. Brasília: Ministério da Saúde. Disponível em 
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_caps.pdf 
Brasil. Ministério da Saúde. (2009a). O SUS de A a Z : garantindo saúde nos 
municípios. Brasília: Ministério da Saúde. Disponível em 
http://dtr2001.saude.gov.br/editora/produtos/livros/pdf/05_0159_M.pdf. 
Brasil. Ministério da Saúde. (2009b). Política nacional de humanização da 
atenção e gestão do SUS. Redes de produção de saúde. Brasília: Ministério da 
Saúde. Disponível em 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/redes_producao_saude.pdf. 
Conselho Federal de Psicologia. Referências Técnicas para Atuação de 
Psicólogas(os) no CAPS - Centro de Atenção Psicossocial / Conselho Federal 
de Psicologia. - Brasília: CFP, 2013. 100 p. 
 
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ANEXOS 
http://www.conselhodacrianca.al.gov.br/sala-de-imprensa/publicacoes/ECA%20ATUALIZADO.pdf/view
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