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UNIVERSIDADE TIRADENTES PSICOLOGIA GEISE KARINE DOS SANTOS YASMIN RODRIGUES FERREIRA ESTÁGIO BÁSICO I RELATO DE EXPERIÊNCIA ARACAJU, SE 2019 GEISE KARINE DOS SANTOS YASMIN RODRIGUES FERREIRA ESTÁGIO BÁSICO I RELATO DE EXPERIÊNCIA Relato de experiência apresentada ao curso de Psicologia, sob orientação da Prof. Juliana Andrade Passos Padro, como um dos pré- requisitos para a avaliação da disciplina de Estágio Básico I. ARACAJU, SE 2019 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 2. OBJETIVOS 2.1. OBJETIVO GERAL 2.2. OBJETIVO ESPECÍFICO 3. JUSTIFICATIVA 4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 5. HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO 6. METODOLOGIA 7. PÚBLICO ALVO 8. RECURSOS (HUMANOS E MATERIAIS) 9. ORÇAMENTO 10. CRONOGRAMA REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. INTRODUÇÃO A saúde mental infantil é uma temática recorrente na sociedade, porém, esse assunto foi explorado de forma tardia. Na atualidade tem-se uma necessidade de explora-lo de forma mais aprofundada Quando se fala de transtorno psicológico na infância, é necessário ter cautela, nessa fase dificilmente se fecha diagnostico, sabe-se que a criança está passando pelo período de desenvolvimento. O suporte familiar na vida da criança é de extrema importância, pois, pode garantir uma melhor qualidade de vida. O CAPSi exerce um papel importante na orientação dessas famílias, pois, é o serviço que dá a orientação de como criar um ambiente favorável para que esse usuário tenha um suporte específico. A função do CAPSi é garantir para o usuário uma maior qualidade de vida afim de minimizar o sofrimento e trazer estabilidade emocional para esse sujeito. Para que isso aconteça é necessário que as famílias estejam estruturadas emocionalmente para lidar com a situação. A participação familiar se traduz como a continuidade do cuidado que é ofertado pelo CAPSi. (ARAUJO,2015). Ter um olhar voltado para as famílias, traz uma garantia de que essas crianças sejam cuidadas de forma adequada, pois a forma que a família conduz o processo irá trazer consequências no desenvolvimento saudável desse paciente. O objetivo desse trabalho é promover para essas famílias uma auto- reflexão sobre os papeis que elas exercem na sociedade, valorizando o autocuidado, a autoestima e promovendo saúde mental para elas. O estado emocional dessas famílias reflete no ambiente e atinge todo o corpo familiar, uma família bem cuidada poderá proporcionar um ambiente favorável para as crianças. A disciplina Estágio Básico em Psicologia é composta de 120 horas com a orientação da preceptora Juliana Andrade Passos Prado e com a psicóloga do local, Valéria Abreu Ferreira, o estágio acontece no Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSi) Dona Ivone Lara que fica situado na Rua Permínio de Souza, Bairro Cirurgia. O estágio é realizado por duas discentes uma vez por semana no período de quatro horas, no horário de 08h00h às 12:00h todas as segundas-feiras. 2. OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Propor um plano de intervenção com as famílias que acompanham os usuários do serviço, promovendo bem-estar e saúde mental para essas famílias. 2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO • Ampliar as condutas, encaminhamentos e conhecimentos terapêuticos do tratamento clínico proposto pelo serviço; • Valorizar e trabalhar a autoestima dos responsáveis. • Promover interação entres as famílias e compartilhamento de experiências. 3. JUSTIFICATIVA O CAPSi é importante para a manutenção da saúde-mental das crianças que sofrem transtorno em quadro grave. Tem como objetivo: acolher de forma humanizada para minimizar e estabilizar o sofrimento do indivíduo, através de escuta qualificada, dinâmicas, projetos terapêuticos, atendimento individuais e em grupo afim de ofertar um melhor cuidado tanto para o usuário como também para a família que o acompanha. Desta forma, o presente trabalho justifica-se com a utilização de atividades voltadas para o grupo de famílias, promovendo saúde e bem-estar para as famílias que cuida dessas crianças diariamente. Esse trabalho foi desenvolvido a partir das observações realizadas e percebeu-se que as famílias demostram uma carência em ser acompanhadas com maior frequência, para que suas necessidades sejam atendidas. 4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A preocupação com as necessidades infantis saiu do campo acadêmico no século XX e foram concretizadas através de iniciativas que deram origem as instituições voltadas para cuidados específicos com a infância. Falar sobre a criança brasileira no início do século XX implica em falar sobre o médico Artur Morcovo filho, que foi o fundador do Instituto de proteção e assistência a infância em 1899. Esse instituto estava ligado a cuidados do maternal ao infantil, onde vários médicos de diversas especialidades atuavam eles se organizavam como associação e congregou 600 membros associados. Morcovo também faz uma crítica as autoridades, em sua crítica ele aborda o descaso com a infância no Brasil e faz apelos ao governo para criar instrumentos de assistência infantil para defender a legislação direcionada a cuidados com crianças. (RIBEIRO, 2006) Surge então novo campo de pesquisa científica voltada que estudar a vida psíquica infantil, analisando distúrbios de condutas, esse interesse por estudar a temática estava ligado também ao aparecimento da demanda do juizado de menores e do movimento de higiene mental, esse seria os marcos que haveria de transformar o século XX Foi nesse século que o olhar da saúde mental se volta mais para as questões Infantis. (RIBEIRO, 2006) Vários movimentos foram surgindo com o passar do tempo, vale destacar a reforma psiquiátrica, a luta antimanicomial e a criação de centros de atenção psicossociais (CFP, 2013). Na medida que esses movimentos vão ganhado espaço social, da mesma forma, as questões infantis são apresentadas como uma problemática que deveria ser discutida. Atualmente o CAPSi é um dos setores que cuida dessas demandas infantis. A inclusão de políticas de saúde para saúde mental infantil ocorreu de forma tardia, isso pode ser atribuído a muitos fatores, alguns deles é a falta de clareza nos diagnósticos, por se tratar de uma fase do desenvolvimento; alguns transtorno dão sinais na infância, mas, só se manifestam na adolescência; a avaliação é mais especifica, pois, não incluem somente a crianças e adolescentes, é necessário obter os demais recursos como fonte de informação, como familiares, cuidadores, professores, entre outros. (COUTO et al,2008). Os CAPS são integrados à rede de serviços abertos, vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS), são modelos estruturados em redes descentralizadas, hospitalar e municipalizada, cujo objetivo é a reversão do antigo modelo hospitalar, possibilitando serviços de caráter multidisciplinar e multiprofissional, promovendo saúde e integração familiar e social dos usuários. A função do CAPS é de oferecer atendimento clínico e cuidados diários aos pacientes em situação de sofrimento psíquico, na tentativa de promover a reabilitação e reinserção deste na comunidade, ajudando-o a exercer seus direitos como cidadão. Araújo et al (2015) Os Centros/Núcleos de Atenção Psicossocial (CAPS/NAPS) são serviços da rede pública de saúde que visam, como parte de uma rede comunitária, à substituição dos hospitais psiquiátricos - antigos hospícios ou manicômios - e de seus métodos para cuidar de transtornos mentais. Foram instituídos por meio da Portaria/SNAS Nº 224 - 29 de Janeiro de 1992 (BRASIL, 2001). A estruturação e a implementação desde então é um processo dinâmico e permanente. Concomitante a este processo, impulsionada pelo Movimentode Luta Antimanicomial, foi implementada uma nova política de Saúde Mental, com o foco prioritário na construção de uma rede substitutiva aos Hospitais Psiquiátricos. (CFP, p.45, 2013) Entre os tipos de CAPS que existe no Brasil, o Centro de Atenção Psicossocial Infanto-juvenil (CAPSi) é um serviço para atendimento de crianças e adolescentes em intenso sofrimento psíquico e incapazes de manter ou criar laços sociais, os quais não se adequam em uma sociedade que imagina o que seria uma infância dita como “normal”. São crianças e adolescentes angustiados, angustiados, que se mutilam, agridem-se e recusam contato ou carinho, permanecendo, muitas vezes, em intenso silêncio ou comunicando-se com uma linguagem incompreensível, demonstrando uma parente falta de sentido. (FRANZOI, 2016) O CAPSi é uma instituição que faz atendimentos a crianças e adolescentes com transtornos mentais que incluem prejuízos severos e persistentes. Os CAPSi foram propostos a partir de 2002, baseados nos mesmos princípios que regem os demais CAPS no país, que é promover atenção em saúde mental baseado na integralidade do cuidado. É composto por equipes multidisciplinares e contem psiquiatra, enfermeiro, psicólogo, assistente social, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, pedagogo, e profissionais de nível médio. (COUTO, 2008). É responsável por acompanhamentos regulares com número limitado de paciente que atende pacientes e as famílias que o acompanham, em regimes diferenciados de tratamento, levando em consideração cada caso, observando a necessidade de cada sujeito. Também desenvolve ações para conhecimento e ordenação das diferentes demandas referente a suade mental infantil, dentro do território sobre sua responsabilidade. (COUTO et al, 2008). Segundo Araújo (2015), alguns dados do Ministério da Saúde fazem alerta sobre o cuidado a população infanto-juvenil, pois revela que o Brasil tem cerca de 10% a 20% da população em sofrimento psíquico e dentre esse percentual, 3% a 4% necessitam de cuidado integral de regime intensivo. Os profissionais de saúde, diante desses dados preocupantes, tem buscado compreender que de forma promover saúde mental a esse público, muitos recorrem a formulação de políticas públicas efetivas, sabendo que a criança precisa estar resguardada pois é um direito reconhecido pelo estatuto das crianças e adolescente. Art. 3º A criança e ao adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. (Eca, p.7, 2010) Quando se trata de saúde mental infantil as queixas mais relatadas são: dificuldades de aprendizagem, agressividade, baixa tolerância a frustação ou até mesmo controle de impulsos, dificuldade nos relacionamentos sociais, agitação, nervosismo/irritabilidade, rebeldia/desobediência, desinteresse pela escola, introversão/inibição, comportamentos de depressão e tentativa de suicídio. (SANTOS, 2006). Alguns trabalhos já discutiram que o problema da alta demanda infantil nos serviços de saúde seja consequência das falhas de instituições onde crianças e adolescentes estão inseridos (em especial a escola e a família) ou serviços onde eles são atendidos, sabe-se que muitas dessas crianças que precisam de ajuda deve obter ajuda especializada. (SANTOS, 2006) A influência genética e ambiental também é determinante na manifestação do comportamento infantil. A autora cita que a ansiedade, por exemplo, tem sido associada à imprevisibilidade e incontrolabilidade do ambiente. Da mesma forma, a falta de condições financeiras tem sido associada ao acúmulo de situações estressoras que aumenta a probabilidade de um comportamento desajustado. (FERRIOLLI et al, 2007) Os problemas de saúde mental da infância podem comprometer o desenvolvimento da criança, podendo desencadear transtornos psicossociais na vida adulta. O transtorno de conduta, de atenção, imperatividade e emocionais são muito frequentes. O fator familiar se manifesta como um dos principais desencadeadores que podem minimizar ou potencializar a depender do que aquele ambiente oferece para a criança ou adolescente. A intensificação desses problemas se dá a partir de alguns fatores. A autora irá citar algumas demandas como: separação dos pais, problemas conjugais, desvantagens socioeconômicas, criminalidade na família e transtorno mental nos pais. (FERRIOLLI et al, 2007) O diagnóstico também pode trazer consequências a essa adaptação da criança no contexto social se ele for feito de forma inadequada. Se tratando de criança, fazer uma avaliação em saúde mental pode se tornar difícil devido a imprecisão do diagnóstico e na manifestação clínica dos transtornos, pois a criança está na fase do desenvolvimento. Avaliação de transtornos na infância é um trabalho complexo. Isso se dá principalmente pela dificuldade de expressão verbal e o reconhecimento das suas próprias emoções e das ações avaliadas na criança. Em parte, esse problema é resolvido com a presença dos pais na equipe da avaliação porque eles têm maior chance de observar comportamentos desse paciente. Entretanto o diagnóstico na infância adolescência ainda bastante criticado pela sua imprecisão. (GAUY E GUIMARÃES, 2006) Quando a criança passa pelo processo de desenvolvimento saudável bem- sucedido, elas tornam-se adultos saudáveis, com competências para responder de modo satisfatório as demandas do seu ambiente social, familiar, profissional e emocional, entretanto, se houver variações nesse processo de desenvolvimento saudável dessa criança e adolescente, haverá consequências na sua resposta adaptativa podendo gerar comportamentos mal adaptativos no seu desenvolvimento e levar a quadros clínicos diversos tornando a criança portadora de problemas na saúde mental e posteriormente se tornando um adulto com seu desenvolvimento saudável comprometido. (GAUY E GUIMARÃES, 2006) A família pode ser considerada o sistema mais poderoso de socialização que influência no desenvolvimento e na construção da identidade de uma criança. A grande maioria das crianças experencia com a família as primeiras situações de aprendizagem, normas, valores e introjeção de padrões, portanto, se a família não estiver funcionando adequadamente, as interações, principalmente pais/filhos e com a sociedade, serão prejudicadas. (SILVA et al, 2008) A autora afirma que Nas interações familiares “padrões de comportamentos, hábitos, atitudes e linguagens, usos, valores e costumes são transmitidos” e “as bases da subjetividade, da personalidade e da identidade são desenvolvidas” (SILVA et al, p.216, 2008) A participação familiar no acompanhamento dos usuários do CAPSi é extremamente necessária. Para Bastos, a instituição familiar é percebida como peça fundamental ao portador de transtorno mental, que precisa de atenção e apoio. No modelo da reabilitação psicossocial o tratamento tem como objetivo ampliar a autonomia do paciente. entende-se que existem vantagens no envolvimento dos familiares, pois, os mesmos, ao compreenderem a terapêutica e consentirem em colaborar com ela, esses têm uma maior tendência a cuidar de forma adequada. Bastos (2015) Sabe-se que existe dois fatores que é importante observar no processo de tratamento da saúde mental infantil: Fatores de risco e de proteção. Os fatores de risco podem ser descritos como características da criança, da família e do ambiente que diminuem a probabilidade de a criança tornar-se competente e ter senso de bem-estar, aumentando a probabilidade de ocorrência de resultados negativos e indesejáveis. Já os chamados fatores de proteção, criam uma barreira contra o impacto dos fatores de riscoe aumentam as possibilidades da criança se tornar competente e ter senso de bem-estar. Dentre esses fatores de proteção, o apoio social tem sido visto como um dos mais importantes recursos contra efeitos estressores que promove a recuperação de crises situacionais ou desenvolvimentais que as famílias enfrentam. (SILVA et al, 2008) Da mesma forma, conhecer quais fatores de risco operam na diminuição da probabilidade de a criança se tornar competente e ter senso de bem estar e, portanto, no aumento da probabilidade de ocorrência de resultados negativos e indesejáveis é parte do processo de conhecimento da família e do desenvolvimento das crianças. E parte disso, é a descrição dos fatores de proteção que têm servido ou podem vir a servir como barreira contra o impacto dos fatores de risco e aumentar as possibilidades da criança tornar-se competente e ter senso de bem estar. (SILVA et al, p. 225, 2008) Diante dessas situações que influenciam o processo de tratamento, Araújo relata que considera a família essencial para a realização eficaz do projeto terapêutico individual em serviços de atenção psicossocial pois a mesma é uma fonte de apoio para a criança em situação de sofrimento psíquico, de modo a contribuir significativamente no cuidado, disponibilizando atenção, amor, carinho e isso facilitará a adesão ao tratamento. Araújo et al (2015) Bastos (2009) afirma que, Grande parte dos entrevistados reconhece o valor da contribuição da família na recuperação de seus parentes acometidos pelo transtorno mental. Como fonte de ajuda, foram citados, sobretudo, o pai e a mãe, membros da família nuclear. (Bastos, p.137, 2009) Segundo Bastos (2015) A doença mental exerce um grande impacto sobre a vida familiar. Seu diagnóstico é acompanhado por momentos de dúvida e perplexidade. Conforme o grau de parentesco, ter uma pessoa com transtorno mental na família é vivenciar sentimento de tristeza, vergonha, impotência, ansiedade e raiva. As famílias estão suscetíveis a desgaste e sobrecarga emocional que permeia a rotina dos cuidadores, possibilitando o risco de adoecimento psíquico. assim, justifica-se a realização de um trabalho conjunto, promovendo integralidade entre a equipe, o usuário e os familiares. Araújo et al (2015) É importante que os recursos do ambiente domiciliar das famílias dessas crianças sejam aperfeiçoados. As intervenções programadas podem ser eficazes em aprimorar práticas educativas parentais e expandir a rede social de famílias, a fim de tornar-se um fator protetivo diante do surgimento de problemas no comportamento infantil. (SILVA, 2008) 5. HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO O Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSi) Dona Ivone Lara está situado na Rua Permínio de Souza, Bairro Cirurgia, nº 1150, no município de Aracaju, Sergipe. O CAPS infantil Dona Ivone Lara foi o nome escolhido para o antigo CAPS Arthur Bispo do Rosário, nome escolhido pelos próprios usuários e profissionais. Em 10 de maio de 2018, teve uma mudança no convênio estabelecido com o Centro de Integração Raio de Sol (CIRAS), até o presente momento, existe um projeto de divisão dos usuários por distrito pelo antigo fato do antigo CAPS Arthur ter uma demanda muito grande. O Centro de Integração Raio de Sol – CIRAS, é uma instituição não governamental que assumiu os programas e usuários da extinta Rosa Azul, criada em 1979. Fundada por Carolyn Carvalho, americana e formada em Terapia Ocupacional, hoje, desenvolve programas de Assistência Social, Atendimento em Reabilitação e Ações Complementares em Educação para jovens e adultos com deficiência física e, em especial, com o autismo e deficiência intelectual. O CIRAS é uma organização reconhecida de Utilidade Pública Municipal, Estadual e Federal, com registro no Conselho Nacional de Assistência Social e com Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social. Dona Ivone Lara nasceu em 13 de abril de 1922, na rua Voluntários da Pátria, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro. Foi a primeira filha da união entre a costureira Emerentina Bento da Silva e João da Silva Lara, foi cantora e compositora conhecida como “rainha e grande dama do samba”. Formada em enfermagem e serviço social, com especialização em terapia ocupacional. Prestou concurso público para o Ministério da Saúde em 1942, antes de ingressar na Colônia Juliano Moreira, onde atuou por mais de três décadas com pacientes afetados por graves transtornos mentais. Fazia plantões de 24/48 horas que, segundo ela, eram desgastantes, mas, ao mesmo tempo, muito gratificantes já que ajudavam a diminuir o sofrimento dos que procuram as unidades públicas de saúde. Atuou com Nise da Silveira, psiquiatra brasileira que se rebelou contra a lobotomia, eletrochoques e outros métodos agressivo de tratamento de Saúde Mental, defendendo um tratamento humanizado da loucura. Com Nise, especializou-se em terapia ocupacional. (ASCOM, COFEN, 2018) Os serviços do CAPSi contam com os seguintes profissionais: psiquiatra, psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, enfermeiro, pedagogas, educador físico e oficineiros. Sua estrutura é de uma casa que contém: refeitório, brinquedoteca, sala de acolhimento, recepção, cozinha, banheiros e espaços para desenvolver atividades. 6. METODOLOGIA A metodologia do projeto de extensão se desenvolve a partir das seguintes etapas: (1) o processo terá início com um aquecimento para preparação do diálogo: será aplicada uma técnica da psicologia positiva, seguida pela apresentação de cada integrante envolvido na atividade. (2) Após a apresentação dos integrantes do grupo, trabalharemos com rodas de conversar com temáticas que envolve autoestima e promoção de saúde. A roda de conversa é um instrumento que permite compartilhamento de experiências e o desenvolvimento de reflexões sobre os questionamentos interno dos sujeitos, em um processo mediado pela interação com os pares, através do diálogo. É um instrumento científico em que o objetivo é compreender o objeto de estudo e a partir dos resultados se utilizar de um recurso que venha favorecer bons resultados. (3) nessa etapa, irá ser trabalhado o compartilhamento de informações com um profissional capacitado, a fim de esclarecer dúvidas sobre os assuntos abordado. (4) fazer trabalhos usando a arte. Esse trabalho terá como objetivo trabalhar a autoestima, a autoimagem e autopercepção. 7. PÚBLICO ALVO Acompanhantes responsáveis pelos internos do CAPSi. 8. RECURSOS (HUMANOS E MATERIAIS) Discentes do curso de Psicologia, 7º período, orientadas e acompanhadas da preceptora, de uma psicóloga residente do CAPSi, da assistente social, técnicos de enfermagem e oficineiras. Materiais de artesanato (cola branca, papel A4, giz de cera, massa de modelar e lápis de cor). 9. ORÇAMENTO ANEXO II MATERIAIS: QUANTIDADE: VALOR UNITÁRIO: VALOR TOTAL: CANETA 25 Não consta Não consta CAIXA DE SOM 1 Não consta Não consta CRONÔMETRO 1 Não consta Não consta RESMA DE PAPEL A4 1 Não consta Não consta MASSA DE MODELAR 1 Não consta Não consta LÁPIS DE COR 36 Não consta Não consta COLA BRANCA 1 Não consta Não consta PASTA CATÁLOGO 25 Não consta Não consta MICROFONE 1 Não consta Não consta DATASHOW 1 Não consta Não consta 10. CRONOGRAMA 1. Atividades mar abr mai jun jul ago set out 1°q 2°q 1°q 2°q 1°q 2°q 1°q 2°q 1°q 2°q 1°q 2°q 1°q 2°q 1°q 2°q Estudo Bibliográfico X x x Observação Participante X x x x x x X Definição dos Objetivos x Construção da metodologia x x Vinculação com o público alvo x x Realização do 1° encontro x Realização do 2° encontrox x Realização do 3° encontro x Realização do 4° encontro x Análise dos resultados x X Devolutiva x Conclusão e finalização do projeto x x REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ARAÚJO, H. Et al. Estratégias de cuidado desenvolvidas no CAPS infantil: concepções de familiares e Profissionais. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, vol. 7, dezembro, 2015, pp. 28-38. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. BASTOS VB. et al. Representações sociais das famílias e dos usuários sobre participação de pessoas com transtorno mental. Rev Esc Enferm USP, São Paulo, v. 42, n. 1, 2009, p. 42-135. Berlink, M. T., Magtaz, A. C., & Teixeira, M. (2008). A reforma psiquiátrica brasileira: perspectivas e problemas. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 11(1), 21-27. Böing, E., & Crepaldi, M.A. (2010). O psicologo na atenção básica: uma incursão pelas políticas públicas de saúde brasileiras. Psicologia, Ciência e Profissão, 30(3), 634-649. Borges, C. F., & Baptista, T. V. F. (2008). O modelo assistencial em saúde mental no Brasil: a trajetória da construção política de 1990 a 2004. Caderno de Saúde Pública, 24(2), 456-468. Brasil. Ministério da Saúde. (2002). 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