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DISCIPLINA LOGÍSTICA INTERNACIONAL PROFESSOR CONTEUDISTA PROFª GIOVANA GAVIOLI RIBEIRO DA SILVA E-book 1 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Compreender os conceitos e importância do gerenciamento estratégico da logística. Da mesma maneira, conhecer a cadeia de suprimentos de forma a usá-la como estratégia competitiva, agregando valor ao cliente; Aprender a importância da gestão estratégica dos estoques, armazenagem e compras internacionais; Compreender como a gestão mercadológica é atrelada à estratégia logística e como fazer o uso de Business Intelligence para ampliar resultados; Conhecer algumas estratégias para internacionalização de empresas. 1. Introdução Este módulo foi pensado e escrito para que você tenha base para entender a evolução da logística para a cadeia de suprimentos internacional. Nós começamos discutindo a evolução do conceito de logística até os dias de hoje e sua definição e fluxos. Aprofundaremos essa definição, entendendo como a logística passou a fazer parte da cadeia de suprimentos e como a sua gestão é identificada dentro da cadeia de valor da empresa. Uma vez abordados esses temas, passaremos a discuti-los em um contexto internacional, diferenciando da logística da cadeia de suprimentos nacional, e detalhando a sua complexidade de atividades, informações e decisões. Uma delas é a própria decisão de internacionalização. A unidade discute suas principais vantagens, o grau de envolvimento que a empresa deseja ter, os principais desafios de padronização e adaptação de produtos e serviços e a busca de mercados. Finalizamos com uma discussão sobre a ferramenta de Business Intelligence (BI) e como ela pode auxiliar nas decisões de logística internacional a serem tomadas pela empresa. Bons estudos! 2 2. Introdução à logística A logística sempre foi parte integrante da vida humana. Ora, se olharmos algumas das construções antigas, como as pirâmides do Egito ou as estátuas da Ilha de Páscoa, percebemos monumentos que foram construídos antes da invenção de ferramentas mecânicas, como guindastes, ou mesmo as carroças para transportar o material. Ainda nos é um mistério definir exatamente como eles foram construídos, mas é certo que o planejamento da movimentação de materiais e de pessoas teve um papel importante para que eles fossem concluídos com sucesso. Figuras 1 e 2. Pirâmides do Egito e estátuas da Ilha de Páscoa. Fonte: www.pexels.com As expedições e navegações que resultaram no descobrimento de novos territórios também têm uma história logística para contar. Planejar novas rotas que levavam às especiarias da Índia demandaram dos desbravadores planejamento de suprimentos para abastecer a tripulação pelo tempo em que eles estivessem fora. Água e comida eram itens essenciais. Paradas em portos já existentes tinham de ser agendadas ao longo da viagem para reabastecer. Até mesmo os piratas precisavam de um planejamento logístico! As revoluções industriais também exerceram um papel importante no planejamento do abastecimento. A migração das pessoas do campo para as cidades exigiu um planejamento de como movimentar a produção agrícola. Nascimento (2001) destaca um texto publicado em 1901 sobre os custos de distribuição agrícola, analisando a movimentação dos produtos para as áreas urbanas, que se tornavam mais distantes dos mercados de consumo. A grande contribuição para que a logística se tornasse uma disciplina, passível de estudos científicos e até mesmo de teorias, foi a área militar. Você já imaginou, 3 durante as guerras, como eram organizados o abastecimento de armas e de comida e até mesmo os recursos humanos (soldados)? E os tanques de guerra e os demais itens que compunham seus equipamentos? E as rotas para alcançar o inimigo? Segundo Cano e Silva (2017, p. 8), a logística como teoria teve o início de suas ações na área militar. O rei Luís XIV criou um cargo no exército francês chamado de General de Lógis. Derivado da palavra francesa loger que significa alojar, daí a origem do nome LOGÍSTICA. Esse general era responsável por planejar todo o suprimento e transporte de material bélico que abastecesse as batalhas do exército. Para Cano e Silva, muitos teóricos apresentam em suas pesquisas a análise das atividades de logística na organização militar, mais propriamente na Primeira Guerra Mundial, evidenciando a maneira com que os recursos eram destinados ao local certo, na hora certa, com o objetivo de vencer batalhas. (CANO; SILVA, 2017, p. 8) A Segunda Guerra Mundial fortaleceu ainda mais o conceito, com diversos teóricos escrevendo e estudando os objetivos, ferramentas e componentes estratégicos, táticos e operacionais da logística. SAIBA MAIS Assista ao vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=ahfyIxLlbGA e conheça o importante papel da logística militar de Alexandre, O Grande, com várias práticas ainda utilizadas nos dias de hoje, principalmente no transporte de cargas. O desabastecimento mundial que foi criado pela Segunda Guerra evidenciou a importância que a logística teria em levar os produtos para o mercado, sedento por consumir. A partir de 1950 a logística surge como área de estudo na Universidade de Harvard, dentro das áreas de Engenharia e Administração de Empresas. Com o fim da guerra, diversas outras áreas se desenvolveram sobremaneira, como o marketing, que foi responsável pela ampla instauração do ideal de vida americano, que era apoiado no extenso consumo de eletrodomésticos e eletroportáteis, além de outros itens de lazer, como bicicletas, piscinas, churrasqueiras e alimentos industrializados. Esse conceito de consumo por produtos e alimentos desenvolveu as indústrias americanas e europeias, o que demandou novas formas de fazer com que eles chegassem ao consumidor em grandes quantidades. Diversos outros países adotaram o mesmo padrão – o Brasil foi um deles. https://www.youtube.com/watch?v=ahfyIxLlbGA 4 Por aqui, de acordo com Cano e Silva (2017), o conceito de logística apareceu nos anos 1970, por meio da distribuição física (interna e externa). Segundo as autoras “Inicialmente, no Brasil, o termo “logística” foi associado diretamente a transportes, depósitos regionais e atividades ligadas a vendas”. (CANO e SILVA, 2017, p. 9) A abertura econômica, iniciada no início da década de 1990 com a redução dos impostos de importação, no governo Collor, e a instalação do Plano Real em 1994, atraíram diversas empresas multinacionais para o país, que trouxeram consigo um conceito mais estratégico e integrado da logística. Essa abertura econômica e a evolução das telecomunicações iniciou a globalização e a atração de mais empresas para o Brasil, acirrando a competição e demandando uma atualização das indústrias nacionais, assim como o seu jeito de tratar o planejamento, operação e controle do fluxo de mercadorias e informação, partindo desde o fornecedor até o consumidor final – seja de produto ou de serviço. Dessa forma, a logística brasileira toma outros rumos de modo a integrar-se a um campo maior de estratégia, considerando não somente a administração interna na empresa mas, também, ultrapassando as suas barreiras, chegando até o consumidor final. O Conselho de Profissionais de Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos – CSCMP (Council of Supply Chain Management Professionals – www.cscmp.org) dá a seguinte definição para Logística: Logística é o processo de planejar, implementar e controlar os procedimentos para um eficiente e efetivo transporte e armazenagem de produtos, incluindo os serviços e informações relativas do ponte de origem até o ponto de consumo com o propósito de atender aos requisitos do consumidor. Esta definição inclui a logística de entrada, saída e os movimentos internos e externos. (CSCMP Glossário. Agosto/2013) Já para Razzolini Filho, a logística pode ser definidacomo parte do processo de gestão da cadeia de suprimentos que objetiva planejar, implementar e controlar, de maneira eficiente e eficaz, o fluxo físico e de informações, bem como o armazenamento de bens e serviços, da origem ao ponto de consumo, sempre tendo em mente os objetivos da empresa e dos clientes. (RAZZOLINI FILHO, 2010, p. 20) A logística acontece em qualquer organização, seja ela uma indústria manufatureira grande, um pequeno comércio ou uma empresa prestadora de serviços. Ela pode ser de responsabilidade de uma única pessoa ou subdividida por mais setores e mais responsáveis. Contudo, o diferencial, assim como em qualquer 5 atividade exercida em uma empresa, é a forma como é planejada, direcionada e executada. Para Christopher (2011, p. 13), “a missão da gestão de logística é planejar e coordenar todas as atividades necessárias para se atingir os níveis desejados de serviços prestados e qualidade ao menor custo possível”. Cano e Silva (2017, p. 50) afirmam que a logística serve, portanto: “como um elo que une desde a gestão de matérias-primas até a entrega do produto final, abrangendo atividades de aquisição, operações e distribuição”. Observe um exemplo desses fluxos na figura 3: Figura 3. Fluxos logísticos. Fonte: Christopher (2011, p. 14) É possível perceber que o sistema logístico se inicia a partir dos requisitos do fluxo de informações que partem do cliente, ou seja, da direita para a esquerda, uma vez que ele comunica a sua necessidade por produtos ou por serviços. Cano e Silva (2017) afirmam que, a partir do fluxo de informações, a empresa então iniciará o fluxo de materiais que, ao contrário do fluxo anterior, segue da esquerda para a direita, considerando as atividades de suprimentos, estoque, planejamento, programação e controle da produção (PPCP), distribuição e gestão da informação. Entendemos, até este momento, o quanto a logística esteve e está presente nas operações e, também, em nosso dia a dia. A logística passa a ser entendida como cadeia de suprimentos (supply chain) a partir do seguinte contexto (CANO e SILVA, 2017, p. 11): Os mercados foram abertos, ou seja, a globalização de fato começou a ser observada nas operações cotidianas das empresas; O market share (fatia de mercado/nichos) não era mais disputado somente entre empresas nacionais; 6 A concorrência, a rapidez de atendimento, a tecnologia e a inovação de produtos aconteciam com velocidade maior e com artefatos pouco conhecidos; Surgiu a exigência de uma nova forma de atuação das empresas, em que o fator principal é agregar valor, diminuindo o custo ou criando diferenciais para assim se manter no mercado. Ballou afirma que a evolução do conceito passa de uma atividade operacional para uma atividade mais ligada à gestão e estratégia, como pode ser observado na figura 4: Figura 4. A evolução da logística para a cadeia de suprimentos. Fonte: Ballou (2006, p. 30) 3. Cadeia de suprimentos Ballou (2006) afirma que a cadeia de suprimentos pode ser definida como um conjunto de atividades que se repetem ao longo do canal pelo qual matérias-primas são convertidas em produtos e serviços, que agregam valor. Christopher (2011, p. 48) define a cadeia de suprimentos como: “uma rede de organizações conectadas e interdependentes, trabalhando conjuntamente, em regime de cooperação mútua, para controlar, gerenciar e aperfeiçoar o fluxo de matérias- primas e informações dos fornecedores para os clientes finais”. 7 Vamos facilitar o entendimento da complexidade estratégica da cadeia de suprimentos com um exemplo prático? Observe, na figura abaixo, os diversos níveis de fornecedores e consumidores da empresa de Cupcakes da Leia: Figura 5. Exemplo de cadeia de suprimentos. Fonte: Slack (2018) A cadeia de valor definida por Porter (apud CHRISTOPHER, 2011) representa a forma pela qual as atividades, que tenham alguma relevância estratégica, separadas das demais pela empresa, de forma a atribuir corretamente seus custos, assim como as vantagens competitivas que cada uma gera. Observe a figura 6: 8 Figura 6. Cadeia de valor. Fonte: Porter (apud CHRISTOPHER, 2011, p. 13) Christopher (2011) divide a cadeia de valor em dois grupos de atividades: Atividades de apoio: que comportam a infraestrutura da empresa, gestão de recursos humanos, desenvolvimento tecnológico e aquisição. Atividades primárias ou atividades-chave: que incluem os processos de logística de entrada, operações, logística de saída, marketing e vendas e serviço. As atividades primárias ou atividades de apoio são aquelas que estão diretamente ligadas aos objetivos de desempenho desejados pelo consumidor, geralmente ligados aos próprios objetivos da gestão da cadeia de suprimentos, que são: custos mais baixos, maior qualidade, mais flexibilidade e tempos de resposta mais rápidos. Qualquer atividade que contribua para que se alcancem esses objetivos poderá ser classificada como uma atividade que agrega valor e, portanto, é uma atividade primária ou atividade-chave. FIQUE ATENTO A definição de valor, segundo Porter (apud Christopher 2011, p. 15) é aquilo que os compradores estão dispostos a pagar pelo que a empresa lhe oferece, ou seja, cada 9 indivíduo estabelece o valor do produto ou serviço adquirido em função do benefício agregado por este produto ou serviço. Muitas empresas pensam que gerenciar a logística ou voltar esforços para aprimorar a sua cadeia de suprimentos é custo, contudo, a vantagem competitiva deriva de como as empresas organizam e executam essas atividades dentro da cadeia de valor. Isso significa que a execução de qualquer atividade que esteja alinhada com o que o consumidor considera como resultado importante, pode ser considerada como atividade de valor e, portanto, deve estar diretamente ligada à estratégia da empresa. Para Cano e Silva (2017, p. 50), a estratégia escolhida por uma empresa é que determina seu sucesso no atendimento de um mercado. Segundo as autoras, “as formas de trabalhar esses pontos essenciais na operação têm feito as empresas olharem cada vez mais para seus métodos de gerenciar o fluxo de materiais ao longo da cadeia produtiva, pois isso pode se tornar inclusive uma vantagem sobre seus concorrentes”. Nesse cenário, o consumidor poderá reconhecer na empresa uma característica ou valor específico – o que a diferenciará das demais. A estratégia da cadeia de suprimentos será baseada na exigência do consumidor, determinando qual o resultado a ser entregue e como ele pode ser feito de forma melhor que os resultados dos concorrentes. Desse modo, a empresa pode organizar as suas operações, pautada pelas atividades primárias e de apoio, assim como os objetivos de desempenho logístico exigidos. 3.1 Atividades da cadeia de valor internacional Quando falamos sobre logística internacional, a complexidade das operações se torna exponencial. A logística internacional é definida por David (2016, p. 37) como: “o processo de planejar, implementar e controlar o fluxo e a armazenagem de mercadorias, serviços e informações a elas relacionadas, do ponto de origem ao ponto de consumo, localizado em outro país”. Ainda segundo o autor, a gestão da cadeia de suprimentos internacional tem uma característica essencialmente global, envolvendo relações de fornecedores e clientes estrangeiros, garantindo o fluxo de mercadorias entre as fronteiras. Observe a diferença na figura 7. 10 Figura 7. Logística, logística internacional e gestão da cadeia de suprimentos. Fonte: David (2016, p. 38) Algumas atividades da cadeia de suprimentos, quando pensadas no ambiente internacional, se tornam muito mais complexas. Segundo David: A logística internacional atua de modo paralelo para fornecedores e clientes estrangeiros.Ela inclui outras atividades, como liberação na alfândega, controle de documentos e embalagem internacional, porém sua principal função se concentra no movimento físico das mercadorias: dos fornecedores para a empresa e da empresa para os clientes. O fato de as mercadorias estarem em território internacional faz com que realizar essas atividades seja uma tarefa muito mais complexa. (DAVID, 2016, p. 38). Vamos conhecer algumas das atividades da logística internacional? 3.2 Gestão de estoques e armazenagem Segundo Bertaglia (2009), o gerenciamento de estoque é um ramo da administração da empresa relacionado ao planejamento e ao controle de estoque de materiais ou produtos que são utilizados na produção ou comercialização de bens. Já para Neumann (2013), o estoque “é definido como a acumulação armazenada de recursos materiais em um sistema de transformação”. O autor ainda afirma que as causas e as consequências do estoque estão relacionadas a fatores como 11 superprodução, espera, transporte, processamento, movimentos desnecessários ou, ainda, a produtos defeituosos. No caso da armazenagem, Ballou (2006) a define como a área responsável pela guarda e preservação temporária de um produto, atendendo, assim, a requisitos que garantam sua integridade. E, para Rodrigues (2008), é a armazenagem que gerencia eficazmente o espaço tridimensional de um local adequado e seguro, promovendo uma movimentação rápida e fácil. O processo de armazenagem, apesar de parecer simples, exige uma série de conhecimentos, pois é por meio dele que se torna possível dimensionar o espaço de maneira adequada, efetuando a melhor alocação dos materiais e permitindo a circulação mais eficaz das mercadorias. Na logística internacional, um dos grandes desafio é definir quanto exatamente manter em estoque e onde localizar a sua armazenagem – um dilema, ao se considerar os modais de transporte. Dependendo do modal escolhido, é possível obter resultados menores de frete, trazendo quantidades menores de material, o que resulta em estoques menores, pedidos com maior frequência de entrega; porém, aumentando o custo de movimentação. Por outro lado, trazer cargas em grande quantidade – a fim de aproveitar ao máximo o custo de frete – representa aumento nos estoques e, caso a decisão não tenha considerado o efeito nos custos totais, a economia feita nos impostos pode não compensar o aumento no custo de estoque e armazenagem de grandes quantidades. O profissional de logística internacional deve, portanto, entender que suas decisões, por menores que sejam, possuem impactos no custo total e, consequentemente, na lucratividade global da empresa. 3.3 Compras internacionais Além das implicações já existentes no desenvolvimento de fornecedores, a empresa que adquire produtos no mercado internacional lida com outros desafios a serem considerados como: Tempos de trânsito: também chamados de lead time ou transit time, os tempos de trânsito da logística internacional são diferentes de uma aquisição 12 interna, isso por conta das diversas empresas envolvidas em uma operação internacional. FIQUE ATENTO Silva (2008, p. 134) define o transit time como o tempo decorrido desde o embarque internacional da mercadoria até o desembarque em outro país. Em alguns casos, esse transit time apresenta certa velocidade, entretanto, o processo de entrar ou sair de um novo território aduaneiro faz com que o fator tempo seja ampliado. Procedimentos aduaneiros: cada país possui procedimentos aduaneiros diferenciados, que podem trazer variáveis para toda cadeia. Silva (2008) afirma que os trâmites de exportação ou importação podem prejudicar o fluxo do material, impactando na competitividade dos produtos. Movimentação: é necessário também considerar o processo e os custos de movimentação nas compras internacionais. Segundo Silva (2008, p. 135), “verificar os custos e o tempo médio para movimentação da carga é vital para que as empresas escolham, para cada operação, onde deverão ser movimentadas as mercadorias”. Confiabilidade: assim como na compra nacional, a confiabilidade deve ser um fator a ser considerado como importante nas compras internacionais. Deve ser checada a veracidade das informações dos fornecedores, envolvendo basicamente três fatores: preço, qualidade e confiabilidade. Conhecer a fundo o fornecedor e seus produtos – seja por intermédio de uma feira internacional, com pesquisa em outros compradores, consultas a federações de indústria e câmaras de comércio, solicitar envio de certificados e outros documentos – é uma prática essencial para quem deseja realizar compras de um fornecedor localizado em outro país. SAIBA MAIS Você conhece alguém que já teve alguma experiência ruim com compras de sites de venda da China? Conheça essas histórias tristes, porém, engraçadas: https://www.tecmundo.com.br/bizarro/106826-11-compras-feitas-internet-deram- errado.htm https://www.tecmundo.com.br/bizarro/106826-11-compras-feitas-internet-deram-errado.htm https://www.tecmundo.com.br/bizarro/106826-11-compras-feitas-internet-deram-errado.htm 13 3.4 Administração de materiais É função da administração de materiais controlar os tempos e movimentos da logística internacional, a fim de que a empresa possa produzir seus produtos ou prestar seus serviços dentro das condições de desempenho esperadas pelo consumidor final. Nesse cenário, a empresa pode optar por duas formas de administrar seus materiais, no atendimento da demanda, segundo Cano e Silva (2017, p. 62): Push (empurrar): nesse processo, a fábrica compra matéria-prima e confecciona seus produtos, antes da compra pelo consumidor final. Isso faz com que as operações sejam realizadas antes dos pedidos dos clientes, gerando um estoque de produtos ao longo da cadeia produtiva, até que o cliente decida efetuar a compra. Pull (puxar): nesse processo, a cadeia produtiva somente tem início quando o cliente faz seu pedido, ou seja, o pedido é o fator iniciador da cadeia, que trabalhará de forma ágil para atender esse cliente no menor tempo e custo possíveis, sem necessidade de estoques. REFLITA Cano e Silva (2017, p. 63) dão dois exemplos para entender como as empresas trabalham nos dois sistemas: Uma empresa que trabalha com o sistema empurrado deve possuir boa previsão e demanda, já que os produtos são feitos antes que o cliente envie seu pedido. Portanto, é necessário que a empresa reduza sua margem de erro, do contrário, ela poderá sofrer com excesso de estoque ou não entregar produtos por falta – ambos os casos implicando diversos custos. Exemplo: a fabricação de sabão em pó acontece por meio da previsão de demanda, baseada nos valores de aquisição dos clientes nos pontos de venda. A partir da previsão, a empresa fabrica o produto e mantém estoque de produtos acabados, disponibilizando-o o mais próximo do cliente para facilitar a compra e caracterizando a produção empurrada (push). Já uma empresa que trabalha com o sistema puxado deve possuir um bom sistema de informação, integrando todas as atividades logísticas e retornando à cadeia logística 14 o pedido do cliente – feito para o varejista, por exemplo – o mais rápido possível, já que esse pedido irá iniciar a produção. Além disso, a empresa também deve possuir estoque de insumos suficientes para que a produção tenha início imediato ou uma ótima disponibilidade e relacionamento com seus fornecedores. Exemplo: a compra de um carro “0 km” caracteriza uma demanda puxada (pull), uma vez que é a partir do pedido do cliente que a empresa irá efetuar a fabricação do produto, já contando com os opcionais solicitados. Para realizar essa entrega o mais rápido possível, a maioria das montadoras mantém uma relação bastante próxima com seus fornecedores. Em ambos os casos, a empresa deveconsiderar as implicações de custos de estoque e tempo de entrega, relacionados à logística internacional e que estudamos nos tópicos anteriores. Vamos entender, agora, como a logística internacional influencia na gestão mercadológica da empresa. 4. Gestão mercadológica Participar do mercado internacional já não é mais uma opção para a empresa, mas sim uma necessidade. Seja por questões pessoais ou por uma escolha de mercado, é inegável que a globalização trouxe infinitas possibilidades de lucro para as empresas, ao optar por oferecer seus produtos e serviços no exterior. Essa opção, contudo, traz inúmeros desafios; um deles é a logística internacional, muito mais desafiadora e com complexidade sem igual. Ao ingressar no mercado internacional, a empresa poderá obter as seguintes vantagens: Melhora no seu fluxo de caixa, por meio da escolha de formas de pagamento antecipadas, existentes no comércio internacional; Percepção de status do consumidor mais positiva para empresas que vendem internacionalmente. Há um senso comum de que empresas que exportam possuem mais qualidade e processos melhores do que empresas que vendem nacionalmente; dessa forma, empresas que participam do mercado internacional conseguem efetivar uma campanha indireta de marketing para seus produtos e serviços; 15 Melhoria efetiva de qualidade, uma vez que o mercado internacional pode ser mais exigente que o mercado nacional, requerendo melhores técnicas produtivas e de controle de qualidade que, para a empresa, acabam “provocando aumento em sua competitividade, produtividade e lucratividade” (CASTRO, 2007, p. 21); melhorando como um todo; Redução da dependência exclusiva do mercado nacional e suas flutuações econômicas e políticas. Da mesma forma, a empresa também pode se proteger de alterações no mercado internacional, tendo o mercado interno como opção. Além dessas vantagens, o ingresso da empresa no mercado internacional também melhora sua qualificação e conhecimento internos. Sabendo dessas vantagens, a empresa precisa definir qual o grau de envolvimento ela manterá no comércio internacional. Ludovico (2018) destaca diferentes níveis de internacionalização, desde uma simples remessa até o estabelecimento de subsidiárias no país de destino das mercadorias. Observe a tabela 1. Tabela 1: Graus de envolvimento no Comércio Internacional Envolvimento no Comércio Internacional Práticas Não Interessado A empresa manifesta interesse, mas prefere comprar e vender no mercado interno. Parcialmente interessado Atende pedidos externos e realiza compras de fornecedores internacionais, mas sem um planejamento estratégico para tal. Exportador/Importador experimental Realiza comércio apenas com países vizinhos e de cultura e normas técnicas similares. Exportador/Importador ativo Modifica e adapta seus produtos para atender os mercados internos e externos. A atividade passa a fazer parte da estratégia, dos planos e do orçamento da empresa. Fonte: Adaptado de Ludovico (2018, p. 32) 16 Alguns fatores são muito importantes para avaliar a estratégia de internacionalização a ser adotada pela empresa. Concordando com Ludovico (2018), a transição das atividades de uma empresa puramente nacional para uma empresa internacionalizada apresenta alguns aspectos básicos, como o estabelecimento de uma rede internacional de contatos; a criação de uma mentalidade internacional; a busca contínua de novos conhecimentos e o envio de gestores do departamento de comércio exterior para os países dos quais se pretende comprar ou para os quais se pretende vender. Essa prática, em especial, é essencial para que seja possível adquirir maior conhecimento da cultura e dos consumidores locais. Independentemente do grau de envolvimento desejado, a empresa pode optar por efetuar as atividades de comércio internacional tanto de forma direta como indireta. Na exportação, por exemplo, ela pode enviar seus produtos e serviços diretamente ao exterior, como contratar uma Empresa Comercial Exportadora (ECE) ou Trading Companies, que fazem esse serviço, inclusive para a importação. Agentes e distribuidores no exterior também podem auxiliar a empresa a encontrar consumidores ou fornecedores, assim como a definir a sua estratégia de padronização ou adaptação. Segundo Minervini (2008), a padronização pode ser definida como a projeção dos mesmos produtos e serviços vendidos no mercado nacional para o mercado externo. Nesse caso, todas as estratégias de produção, marketing e distribuição para outros países são as mesmas praticadas nacionalmente. Já no caso da adaptação, a produção, divulgação, vendas e distribuição são alinhadas com os países para os quais se deseja internacionalizar as operações. Alguns exemplos de adaptação são: Design e embalagem devem levar em conta os costumes sociais ou religiosos do país importador; Símbolos, sinais, cores, rotulagem, dizeres podem ser contrários ao modo de vida do país de destino; Embalagem de transporte também deve ser modificada para proporcionar maior segurança contra roubos, furtos, violações, danos e avarias; 17 Os produtos, em sua composição, devem estar de acordo com as normas do país importador (segurança, fitossanitários etc.); Catálogos: língua e terminologia do país de destino; dados técnicos; voltagens; pesos; dimensões; Preço: conhecer os custos de produção detalhados mais frete, impostos, taxas do país de destino. REFLITA Minervini (2008) destaca alguns exemplos de alterações necessárias no produto, evidenciadas após a coleta de informações de mercado: - Um produtor italiano de válvulas, para vender seu produto no México, teve de mudar o tipo de rosca, pois as normas locais para roscas são diferentes daquelas utilizadas na Europa. - Um produtor brasileiro de biquínis teve de mudar completamente o tamanho das peças que produzia para vendê-las na Itália. - Um produtor de materiais elétricos teve de adaptar seus disjuntores, passando uma camada de verniz nas bobinas, por causa da diferença de clima e de umidade do país importador, “tropicalizando” o produto. - Um produtor de sofás teve de reduzir as dimensões dos assentos para poder vender no Sudoeste asiático, considerando que os apartamentos têm pouco espaço, naqueles países. - Um produtor de alarmes para automóveis teve de mudar a marca do seu produto porque, em alguns países, o nome transmitia uma imagem pouco séria para a cultura local. Da mesma forma que a empresa obtém vantagens em oferecer o seu produto ou serviço no exterior, também existem vantagens em trazer produtos e serviços de outros países. Primeiro, destaca-se que uma matéria-prima ou produto acabado podem simplesmente não existir no mercado nacional, ou não na qualidade necessária. Fatores de tecnologia, disponibilidade de recursos, clima e solo, disponibilidade de mão de obra, e muitos outros, podem fazer com que o produto importado seja mais atrativo que o produto nacional. 18 Paulesini (2010) afirma que alguns mercados são mundialmente reconhecidos por seus produtos. Observe alguns exemplos abaixo: - Café: Brasil e Colômbia - Calçados: Brasil e Itália - Componentes eletrônicos: Japão, Taiwan e EUA - Máquinas e equipamentos: Alemanha e Espanha Também é possível planejar sua estratégia mercadológica considerando os acordos econômicos que o Brasil possui como o Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) e o BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), além de diversos outros com outros países ou outros blocos econômicos. Esses acordos proporcionam redução de tarifa, tornando o preço dos produtos importados mais competitivos. Uma ferramenta de auxílio na gestão mercadológica internacional da empresa é o uso do Business Intelligence. 4.1 Business IntelligenceO Business Intelligence, também conhecido como BI, pode ser traduzido como “Inteligência de Negócios” ou inteligência empresarial, e abrange diversos setores da empresa, como o financeiro, operacional, comercial, marketing e a logística. Com o auxílio da Tecnologia de Informação, o BI é uma ferramenta que reúne metodologias, processos e tecnologias que agregam uma grande quantidade de dados e os transformam em informações que auxiliam na tomada de decisão estratégica da empresa. O BI também auxilia a empresa a medir o desempenho das estratégias escolhidas, monitorando os resultados e sinalizando correções a serem efetuadas. Observe na figura 8 a integração proporcionada pelo BI. 19 Figura 8. Integração do BI suprimentos. Fonte: https://www.siteware.com.br/gestao-estrategica/o-que-e-bi-business-intelligence O BI consiste em, basicamente, três passos: 1) Coleta de dados: as informações dos processos são coletadas e avaliadas; 2) Organização e análise: os dados são organizados de forma a facilitar sua visualização por meio de relatórios; 3) Ação e monitoramento: com base nas informações, as decisões estratégicas são tomadas e seus resultados são monitorados. 4.2 BI na logística internacional O dia a dia da logística internacional depende de inúmeras informações, que devem ser atualizadas em tempo real. Dados como: tempo de trânsito, fornecedores ativos, relação de pedidos em produção e expedidos, cargas em trânsito, modais de transporte, percentual de cargas danificadas, tempo total de entrega, ocupação de veículo, e muitos outros indicadores são utilizados pelo profissional da área. Ao utilizar uma ferramenta de tecnologia, como o BI, para obter as informações de forma a antecipar possíveis problemas, a empresa pode se diferenciar e obter vantagem frente aos seus competidores. As principais vantagens com o uso do BI na logística internacional são: Otimizar a tomada de decisão: tornar as decisões mais precisas ao utilizar dados consolidados de várias áreas da empresa, permitindo, por exemplo, melhorar a previsão de estoque e reduzir custos. Relatórios em tempo real: os relatórios, também chamados de Dashboards, obtidos com o BI possibilitam identificar informações https://www.siteware.com.br/gestao-estrategica/o-que-e-bi-business-intelligence/ 20 atualizadas, permitindo prever problemas, como acúmulo de estoques ou movimentações acima da capacidade. Dessa forma, o gestor poderá antecipar as suas decisões com as informações mais recentes; Antecipação de problemas: o cruzamento de informações das mais diversas áreas, por meio da ferramenta, permite que o gestor possa obter dados de performance da cadeia de suprimentos, monitorando, por exemplo, prazos de entrega em cada etapa, proporcionando tempo hábil para agir antes que um atraso ao cliente final ocorra; Personalização de informações: o BI permite que os dados obtidos sejam personalizados para a necessidade do gestor naquela situação, evitando a análise de dados extensos e sem conexão com a estratégia traçada naquele momento. Observe, na figura 9, um exemplo de Dashboard com dados de logística internacional. Figura 9. Exemplo de Dashboard de Logística Internacional Fonte: https://www.slideteam.net/inventory-and-logistics-dashboard-ppt-powerpoint-presentation-file- templates.html https://www.slideteam.net/inventory-and-logistics-dashboard-ppt-powerpoint-presentation-file-templates.html https://www.slideteam.net/inventory-and-logistics-dashboard-ppt-powerpoint-presentation-file-templates.html 21 Na figura 9, podemos identificar indicadores de tempo médio de entrega, embarques por país, custos relacionados ao transporte, custos operacionais de armazenagem e distribuição, embarques no prazo, e quantidade de pedidos completos e no prazo. Verificamos que os resultados trazidos pelo Dashboard necessita de uma diversidade de dados, que são compilados pela ferramenta do BI. Essa é a grande vantagem em seu uso, a interpretação de vários dados é feita de forma fácil é prática, tornando, assim, a tomada de decisão também mais assertiva. Leite (2019) afirma que, mesmo com o uso do BI, algumas empresas cometem erros que as levam a não aproveitar toda a funcionalidade que ele traz. Segundo a autora, os erros se relacionam com a falta de planejamento na implementação da ferramenta; sua subutilização, solicitando informações incompletas, por exemplo; falha na inserção de dados na origem, com valores incorretos, erros de grafia ou mesmo de tradução, que podem impactar na interpretação das informações; falta de integração com outras ferramentas de logística, como o WMS (Warehouse Management System – gerencia as informações do armazém), o TMS (Transport Management System – gerencia as informações de transporte), o CRM (Customer Relationship Management – traz informações de demanda e comportamento dos consumidores). E esses são só alguns dos exemplos. Assim como o uso de qualquer ferramenta, a decisão, implantação e utilização do BI na logística demandará tempo e dedicação de todos os envolvidos, contudo, ela será compensada no médio e longo prazo, a partir das melhorias trazidas. 3 Considerações finais Neste módulo, entendemos a evolução da logística e da cadeia de suprimentos e como ambas foram adaptadas aos desafios da globalização, tornando a operação internacional, aumentando a sua complexidade e profundidade. Foi possível identificar as atividades da logística que são diretamente ligadas à geração de valor para o cliente final e como essas atividades podem ser adaptadas ao contexto internacional, a partir de processos específicos e complementares às operações nacionais. Nossos estudos também trouxeram conhecimentos de como a empresa pode internacionalizar as suas operações. Seja esporádica ou ativa, direta ou indireta, a 22 empresa que participa do mercado internacional tem inúmeras vantagens, como a melhoria de seu fluxo de caixa, a percepção de status positiva do consumidor nacional, a melhoria efetiva da qualidade e a redução da dependência do mercado interno. Com a complexidade da operação internacional, é certo que os dados gerados serão inúmeros e volumosos, por isso, verificamos que o gestor de logística internacional poderá utilizar ferramentas que o auxiliem na tomada de decisão, como o Business Intelligence, ou BI. Referências Bibliográficas & Consultadas BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: logística empresarial. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. BERTAGLIA, P. R. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. CANO, C. O.; SILVA, G. G. R., Introdução à logística empresarial. São Paulo, Senac, 2017. CASTRO, J. A. C. Exportação: aspectos práticos e operacionais. 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