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DISCIPLINA 
LOGÍSTICA INTERNACIONAL 
PROFESSOR CONTEUDISTA 
PROFª GIOVANA GAVIOLI RIBEIRO DA SILVA 
 
 
 E-book 1 
 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
 Compreender os conceitos e importância do gerenciamento estratégico da 
logística. Da mesma maneira, conhecer a cadeia de suprimentos de forma 
a usá-la como estratégia competitiva, agregando valor ao cliente; 
 Aprender a importância da gestão estratégica dos estoques, armazenagem 
e compras internacionais; 
 Compreender como a gestão mercadológica é atrelada à estratégia 
logística e como fazer o uso de Business Intelligence para ampliar 
resultados; 
 Conhecer algumas estratégias para internacionalização de empresas. 
 
 
1. Introdução 
 
Este módulo foi pensado e escrito para que você tenha base para entender a 
evolução da logística para a cadeia de suprimentos internacional. Nós começamos 
discutindo a evolução do conceito de logística até os dias de hoje e sua definição e 
fluxos. Aprofundaremos essa definição, entendendo como a logística passou a fazer 
parte da cadeia de suprimentos e como a sua gestão é identificada dentro da cadeia 
de valor da empresa. Uma vez abordados esses temas, passaremos a discuti-los em 
um contexto internacional, diferenciando da logística da cadeia de suprimentos 
nacional, e detalhando a sua complexidade de atividades, informações e decisões. 
Uma delas é a própria decisão de internacionalização. A unidade discute suas 
principais vantagens, o grau de envolvimento que a empresa deseja ter, os principais 
desafios de padronização e adaptação de produtos e serviços e a busca de mercados. 
Finalizamos com uma discussão sobre a ferramenta de Business Intelligence 
(BI) e como ela pode auxiliar nas decisões de logística internacional a serem tomadas 
pela empresa. 
Bons estudos! 
 
 
2 
 
2. Introdução à logística 
 
A logística sempre foi parte integrante da vida humana. Ora, se olharmos 
algumas das construções antigas, como as pirâmides do Egito ou as estátuas da Ilha 
de Páscoa, percebemos monumentos que foram construídos antes da invenção de 
ferramentas mecânicas, como guindastes, ou mesmo as carroças para transportar o 
material. Ainda nos é um mistério definir exatamente como eles foram construídos, 
mas é certo que o planejamento da movimentação de materiais e de pessoas teve um 
papel importante para que eles fossem concluídos com sucesso. 
 
Figuras 1 e 2. Pirâmides do Egito e estátuas da Ilha de Páscoa. 
Fonte: www.pexels.com 
 
As expedições e navegações que resultaram no descobrimento de novos 
territórios também têm uma história logística para contar. Planejar novas rotas que 
levavam às especiarias da Índia demandaram dos desbravadores planejamento de 
suprimentos para abastecer a tripulação pelo tempo em que eles estivessem fora. 
Água e comida eram itens essenciais. Paradas em portos já existentes tinham de ser 
agendadas ao longo da viagem para reabastecer. Até mesmo os piratas precisavam 
de um planejamento logístico! 
As revoluções industriais também exerceram um papel importante no 
planejamento do abastecimento. A migração das pessoas do campo para as cidades 
exigiu um planejamento de como movimentar a produção agrícola. Nascimento (2001) 
destaca um texto publicado em 1901 sobre os custos de distribuição agrícola, 
analisando a movimentação dos produtos para as áreas urbanas, que se tornavam 
mais distantes dos mercados de consumo. 
A grande contribuição para que a logística se tornasse uma disciplina, passível 
de estudos científicos e até mesmo de teorias, foi a área militar. Você já imaginou, 
 
3 
 
durante as guerras, como eram organizados o abastecimento de armas e de comida 
e até mesmo os recursos humanos (soldados)? E os tanques de guerra e os demais 
itens que compunham seus equipamentos? E as rotas para alcançar o inimigo? 
Segundo Cano e Silva (2017, p. 8), a logística como teoria teve o início de suas 
ações na área militar. O rei Luís XIV criou um cargo no exército francês chamado de 
General de Lógis. Derivado da palavra francesa loger que significa alojar, daí a origem 
do nome LOGÍSTICA. Esse general era responsável por planejar todo o suprimento e 
transporte de material bélico que abastecesse as batalhas do exército. 
Para Cano e Silva, 
muitos teóricos apresentam em suas pesquisas a análise das 
atividades de logística na organização militar, mais propriamente na 
Primeira Guerra Mundial, evidenciando a maneira com que os recursos 
eram destinados ao local certo, na hora certa, com o objetivo de vencer 
batalhas. (CANO; SILVA, 2017, p. 8) 
 
A Segunda Guerra Mundial fortaleceu ainda mais o conceito, com diversos 
teóricos escrevendo e estudando os objetivos, ferramentas e componentes 
estratégicos, táticos e operacionais da logística. 
 
SAIBA MAIS 
Assista ao vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=ahfyIxLlbGA e conheça o 
importante papel da logística militar de Alexandre, O Grande, com várias práticas ainda 
utilizadas nos dias de hoje, principalmente no transporte de cargas. 
 
O desabastecimento mundial que foi criado pela Segunda Guerra evidenciou a 
importância que a logística teria em levar os produtos para o mercado, sedento por 
consumir. A partir de 1950 a logística surge como área de estudo na Universidade de 
Harvard, dentro das áreas de Engenharia e Administração de Empresas. 
Com o fim da guerra, diversas outras áreas se desenvolveram sobremaneira, 
como o marketing, que foi responsável pela ampla instauração do ideal de vida 
americano, que era apoiado no extenso consumo de eletrodomésticos e 
eletroportáteis, além de outros itens de lazer, como bicicletas, piscinas, churrasqueiras 
e alimentos industrializados. Esse conceito de consumo por produtos e alimentos 
desenvolveu as indústrias americanas e europeias, o que demandou novas formas de 
fazer com que eles chegassem ao consumidor em grandes quantidades. Diversos 
outros países adotaram o mesmo padrão – o Brasil foi um deles. 
https://www.youtube.com/watch?v=ahfyIxLlbGA
 
4 
 
Por aqui, de acordo com Cano e Silva (2017), o conceito de logística apareceu 
nos anos 1970, por meio da distribuição física (interna e externa). Segundo as autoras 
“Inicialmente, no Brasil, o termo “logística” foi associado diretamente a transportes, 
depósitos regionais e atividades ligadas a vendas”. (CANO e SILVA, 2017, p. 9) 
A abertura econômica, iniciada no início da década de 1990 com a redução dos 
impostos de importação, no governo Collor, e a instalação do Plano Real em 1994, 
atraíram diversas empresas multinacionais para o país, que trouxeram consigo um 
conceito mais estratégico e integrado da logística. Essa abertura econômica e a 
evolução das telecomunicações iniciou a globalização e a atração de mais empresas 
para o Brasil, acirrando a competição e demandando uma atualização das indústrias 
nacionais, assim como o seu jeito de tratar o planejamento, operação e controle do 
fluxo de mercadorias e informação, partindo desde o fornecedor até o consumidor final 
– seja de produto ou de serviço. 
Dessa forma, a logística brasileira toma outros rumos de modo a integrar-se a 
um campo maior de estratégia, considerando não somente a administração interna na 
empresa mas, também, ultrapassando as suas barreiras, chegando até o consumidor 
final. 
O Conselho de Profissionais de Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos – 
CSCMP (Council of Supply Chain Management Professionals – www.cscmp.org) dá a 
seguinte definição para Logística: 
Logística é o processo de planejar, implementar e controlar os 
procedimentos para um eficiente e efetivo transporte e armazenagem 
de produtos, incluindo os serviços e informações relativas do ponte de 
origem até o ponto de consumo com o propósito de atender aos 
requisitos do consumidor. Esta definição inclui a logística de entrada, 
saída e os movimentos internos e externos. (CSCMP Glossário. 
Agosto/2013) 
 
Já para Razzolini Filho, 
a logística pode ser definidacomo parte do processo de gestão da 
cadeia de suprimentos que objetiva planejar, implementar e controlar, 
de maneira eficiente e eficaz, o fluxo físico e de informações, bem como 
o armazenamento de bens e serviços, da origem ao ponto de consumo, 
sempre tendo em mente os objetivos da empresa e dos clientes. 
(RAZZOLINI FILHO, 2010, p. 20) 
 
A logística acontece em qualquer organização, seja ela uma indústria 
manufatureira grande, um pequeno comércio ou uma empresa prestadora de serviços. 
Ela pode ser de responsabilidade de uma única pessoa ou subdividida por mais 
setores e mais responsáveis. Contudo, o diferencial, assim como em qualquer 
 
5 
 
atividade exercida em uma empresa, é a forma como é planejada, direcionada e 
executada. 
Para Christopher (2011, p. 13), “a missão da gestão de logística é planejar e 
coordenar todas as atividades necessárias para se atingir os níveis desejados de 
serviços prestados e qualidade ao menor custo possível”. 
Cano e Silva (2017, p. 50) afirmam que a logística serve, portanto: “como um 
elo que une desde a gestão de matérias-primas até a entrega do produto final, 
abrangendo atividades de aquisição, operações e distribuição”. Observe um exemplo 
desses fluxos na figura 3: 
 
Figura 3. Fluxos logísticos. 
Fonte: Christopher (2011, p. 14) 
 
É possível perceber que o sistema logístico se inicia a partir dos requisitos do 
fluxo de informações que partem do cliente, ou seja, da direita para a esquerda, uma 
vez que ele comunica a sua necessidade por produtos ou por serviços. 
Cano e Silva (2017) afirmam que, a partir do fluxo de informações, a empresa 
então iniciará o fluxo de materiais que, ao contrário do fluxo anterior, segue da 
esquerda para a direita, considerando as atividades de suprimentos, estoque, 
planejamento, programação e controle da produção (PPCP), distribuição e gestão da 
informação. 
Entendemos, até este momento, o quanto a logística esteve e está presente 
nas operações e, também, em nosso dia a dia. A logística passa a ser entendida como 
cadeia de suprimentos (supply chain) a partir do seguinte contexto (CANO e SILVA, 
2017, p. 11): 
 
 Os mercados foram abertos, ou seja, a globalização de fato começou a ser 
observada nas operações cotidianas das empresas; 
 O market share (fatia de mercado/nichos) não era mais disputado somente 
entre empresas nacionais; 
 
6 
 
 A concorrência, a rapidez de atendimento, a tecnologia e a inovação de 
produtos aconteciam com velocidade maior e com artefatos pouco conhecidos; 
 Surgiu a exigência de uma nova forma de atuação das empresas, em que o 
fator principal é agregar valor, diminuindo o custo ou criando diferenciais para 
assim se manter no mercado. 
 
Ballou afirma que a evolução do conceito passa de uma atividade operacional 
para uma atividade mais ligada à gestão e estratégia, como pode ser observado na 
figura 4: 
 
 
Figura 4. A evolução da logística para a cadeia de suprimentos. 
Fonte: Ballou (2006, p. 30) 
 
3. Cadeia de suprimentos 
 
Ballou (2006) afirma que a cadeia de suprimentos pode ser definida como um 
conjunto de atividades que se repetem ao longo do canal pelo qual matérias-primas 
são convertidas em produtos e serviços, que agregam valor. 
Christopher (2011, p. 48) define a cadeia de suprimentos como: “uma rede de 
organizações conectadas e interdependentes, trabalhando conjuntamente, em regime 
de cooperação mútua, para controlar, gerenciar e aperfeiçoar o fluxo de matérias-
primas e informações dos fornecedores para os clientes finais”. 
 
 
7 
 
Vamos facilitar o entendimento da complexidade estratégica da cadeia de suprimentos 
com um exemplo prático? Observe, na figura abaixo, os diversos níveis de 
fornecedores e consumidores da empresa de Cupcakes da Leia: 
 
Figura 5. Exemplo de cadeia de suprimentos. 
Fonte: Slack (2018) 
 
 
A cadeia de valor definida por Porter (apud CHRISTOPHER, 2011) representa 
a forma pela qual as atividades, que tenham alguma relevância estratégica, separadas 
das demais pela empresa, de forma a atribuir corretamente seus custos, assim como 
as vantagens competitivas que cada uma gera. Observe a figura 6: 
 
8 
 
 
Figura 6. Cadeia de valor. 
Fonte: Porter (apud CHRISTOPHER, 2011, p. 13) 
 
 
Christopher (2011) divide a cadeia de valor em dois grupos de atividades: 
 
 Atividades de apoio: que comportam a infraestrutura da empresa, 
gestão de recursos humanos, desenvolvimento tecnológico e aquisição. 
 Atividades primárias ou atividades-chave: que incluem os processos 
de logística de entrada, operações, logística de saída, marketing e 
vendas e serviço. 
 
As atividades primárias ou atividades de apoio são aquelas que estão 
diretamente ligadas aos objetivos de desempenho desejados pelo consumidor, 
geralmente ligados aos próprios objetivos da gestão da cadeia de suprimentos, que 
são: custos mais baixos, maior qualidade, mais flexibilidade e tempos de resposta 
mais rápidos. 
Qualquer atividade que contribua para que se alcancem esses objetivos poderá 
ser classificada como uma atividade que agrega valor e, portanto, é uma atividade 
primária ou atividade-chave. 
 
FIQUE ATENTO 
A definição de valor, segundo Porter (apud Christopher 2011, p. 15) é aquilo que os 
compradores estão dispostos a pagar pelo que a empresa lhe oferece, ou seja, cada 
 
9 
 
indivíduo estabelece o valor do produto ou serviço adquirido em função do benefício 
agregado por este produto ou serviço. 
 
Muitas empresas pensam que gerenciar a logística ou voltar esforços para 
aprimorar a sua cadeia de suprimentos é custo, contudo, a vantagem competitiva 
deriva de como as empresas organizam e executam essas atividades dentro da 
cadeia de valor. Isso significa que a execução de qualquer atividade que esteja 
alinhada com o que o consumidor considera como resultado importante, pode ser 
considerada como atividade de valor e, portanto, deve estar diretamente ligada à 
estratégia da empresa. 
Para Cano e Silva (2017, p. 50), a estratégia escolhida por uma empresa é que 
determina seu sucesso no atendimento de um mercado. Segundo as autoras, “as 
formas de trabalhar esses pontos essenciais na operação têm feito as empresas 
olharem cada vez mais para seus métodos de gerenciar o fluxo de materiais ao longo 
da cadeia produtiva, pois isso pode se tornar inclusive uma vantagem sobre seus 
concorrentes”. Nesse cenário, o consumidor poderá reconhecer na empresa uma 
característica ou valor específico – o que a diferenciará das demais. 
A estratégia da cadeia de suprimentos será baseada na exigência do 
consumidor, determinando qual o resultado a ser entregue e como ele pode ser feito 
de forma melhor que os resultados dos concorrentes. Desse modo, a empresa pode 
organizar as suas operações, pautada pelas atividades primárias e de apoio, assim 
como os objetivos de desempenho logístico exigidos. 
 
3.1 Atividades da cadeia de valor internacional 
 
Quando falamos sobre logística internacional, a complexidade das operações 
se torna exponencial. A logística internacional é definida por David (2016, p. 37) como: 
“o processo de planejar, implementar e controlar o fluxo e a armazenagem de 
mercadorias, serviços e informações a elas relacionadas, do ponto de origem ao ponto 
de consumo, localizado em outro país”. 
Ainda segundo o autor, a gestão da cadeia de suprimentos internacional tem 
uma característica essencialmente global, envolvendo relações de fornecedores e 
clientes estrangeiros, garantindo o fluxo de mercadorias entre as fronteiras. Observe 
a diferença na figura 7. 
 
10 
 
 
 
Figura 7. Logística, logística internacional e gestão da cadeia de suprimentos. 
Fonte: David (2016, p. 38) 
 
Algumas atividades da cadeia de suprimentos, quando pensadas no ambiente 
internacional, se tornam muito mais complexas. Segundo David: 
A logística internacional atua de modo paralelo para fornecedores e 
clientes estrangeiros.Ela inclui outras atividades, como liberação na 
alfândega, controle de documentos e embalagem internacional, porém 
sua principal função se concentra no movimento físico das 
mercadorias: dos fornecedores para a empresa e da empresa para os 
clientes. O fato de as mercadorias estarem em território internacional 
faz com que realizar essas atividades seja uma tarefa muito mais 
complexa. (DAVID, 2016, p. 38). 
 
Vamos conhecer algumas das atividades da logística internacional? 
 
3.2 Gestão de estoques e armazenagem 
 
Segundo Bertaglia (2009), o gerenciamento de estoque é um ramo da 
administração da empresa relacionado ao planejamento e ao controle de estoque de 
materiais ou produtos que são utilizados na produção ou comercialização de bens. Já 
para Neumann (2013), o estoque “é definido como a acumulação armazenada de 
recursos materiais em um sistema de transformação”. O autor ainda afirma que as 
causas e as consequências do estoque estão relacionadas a fatores como 
 
11 
 
superprodução, espera, transporte, processamento, movimentos desnecessários ou, 
ainda, a produtos defeituosos. 
No caso da armazenagem, Ballou (2006) a define como a área responsável 
pela guarda e preservação temporária de um produto, atendendo, assim, a requisitos 
que garantam sua integridade. E, para Rodrigues (2008), é a armazenagem que 
gerencia eficazmente o espaço tridimensional de um local adequado e seguro, 
promovendo uma movimentação rápida e fácil. 
O processo de armazenagem, apesar de parecer simples, exige uma série de 
conhecimentos, pois é por meio dele que se torna possível dimensionar o espaço de 
maneira adequada, efetuando a melhor alocação dos materiais e permitindo a 
circulação mais eficaz das mercadorias. 
Na logística internacional, um dos grandes desafio é definir quanto exatamente 
manter em estoque e onde localizar a sua armazenagem – um dilema, ao se 
considerar os modais de transporte. Dependendo do modal escolhido, é possível obter 
resultados menores de frete, trazendo quantidades menores de material, o que resulta 
em estoques menores, pedidos com maior frequência de entrega; porém, aumentando 
o custo de movimentação. 
Por outro lado, trazer cargas em grande quantidade – a fim de aproveitar ao 
máximo o custo de frete – representa aumento nos estoques e, caso a decisão não 
tenha considerado o efeito nos custos totais, a economia feita nos impostos pode não 
compensar o aumento no custo de estoque e armazenagem de grandes quantidades. 
O profissional de logística internacional deve, portanto, entender que suas 
decisões, por menores que sejam, possuem impactos no custo total e, 
consequentemente, na lucratividade global da empresa. 
 
3.3 Compras internacionais 
 
Além das implicações já existentes no desenvolvimento de fornecedores, a 
empresa que adquire produtos no mercado internacional lida com outros desafios a 
serem considerados como: 
 
 Tempos de trânsito: também chamados de lead time ou transit time, os 
tempos de trânsito da logística internacional são diferentes de uma aquisição 
 
12 
 
interna, isso por conta das diversas empresas envolvidas em uma operação 
internacional. 
 
FIQUE ATENTO 
Silva (2008, p. 134) define o transit time como o tempo decorrido desde o embarque 
internacional da mercadoria até o desembarque em outro país. Em alguns casos, esse 
transit time apresenta certa velocidade, entretanto, o processo de entrar ou sair de um 
novo território aduaneiro faz com que o fator tempo seja ampliado. 
 
 Procedimentos aduaneiros: cada país possui procedimentos aduaneiros 
diferenciados, que podem trazer variáveis para toda cadeia. Silva (2008) afirma 
que os trâmites de exportação ou importação podem prejudicar o fluxo do 
material, impactando na competitividade dos produtos. 
 Movimentação: é necessário também considerar o processo e os custos de 
movimentação nas compras internacionais. Segundo Silva (2008, p. 135), 
“verificar os custos e o tempo médio para movimentação da carga é vital para 
que as empresas escolham, para cada operação, onde deverão ser 
movimentadas as mercadorias”. 
 Confiabilidade: assim como na compra nacional, a confiabilidade deve ser um 
fator a ser considerado como importante nas compras internacionais. Deve ser 
checada a veracidade das informações dos fornecedores, envolvendo 
basicamente três fatores: preço, qualidade e confiabilidade. Conhecer a fundo 
o fornecedor e seus produtos – seja por intermédio de uma feira internacional, 
com pesquisa em outros compradores, consultas a federações de indústria e 
câmaras de comércio, solicitar envio de certificados e outros documentos – é 
uma prática essencial para quem deseja realizar compras de um fornecedor 
localizado em outro país. 
 
SAIBA MAIS 
Você conhece alguém que já teve alguma experiência ruim com compras de sites de 
venda da China? Conheça essas histórias tristes, porém, engraçadas: 
https://www.tecmundo.com.br/bizarro/106826-11-compras-feitas-internet-deram-
errado.htm 
https://www.tecmundo.com.br/bizarro/106826-11-compras-feitas-internet-deram-errado.htm
https://www.tecmundo.com.br/bizarro/106826-11-compras-feitas-internet-deram-errado.htm
 
13 
 
 
3.4 Administração de materiais 
 
É função da administração de materiais controlar os tempos e movimentos da 
logística internacional, a fim de que a empresa possa produzir seus produtos ou 
prestar seus serviços dentro das condições de desempenho esperadas pelo 
consumidor final. Nesse cenário, a empresa pode optar por duas formas de 
administrar seus materiais, no atendimento da demanda, segundo Cano e Silva (2017, 
p. 62): 
 
 Push (empurrar): nesse processo, a fábrica compra matéria-prima e 
confecciona seus produtos, antes da compra pelo consumidor final. Isso faz 
com que as operações sejam realizadas antes dos pedidos dos clientes, 
gerando um estoque de produtos ao longo da cadeia produtiva, até que o 
cliente decida efetuar a compra. 
 Pull (puxar): nesse processo, a cadeia produtiva somente tem início quando o 
cliente faz seu pedido, ou seja, o pedido é o fator iniciador da cadeia, que 
trabalhará de forma ágil para atender esse cliente no menor tempo e custo 
possíveis, sem necessidade de estoques. 
 
REFLITA 
Cano e Silva (2017, p. 63) dão dois exemplos para entender como as empresas 
trabalham nos dois sistemas: Uma empresa que trabalha com o sistema empurrado 
deve possuir boa previsão e demanda, já que os produtos são feitos antes que o cliente 
envie seu pedido. Portanto, é necessário que a empresa reduza sua margem de erro, 
do contrário, ela poderá sofrer com excesso de estoque ou não entregar produtos por 
falta – ambos os casos implicando diversos custos. Exemplo: a fabricação de sabão 
em pó acontece por meio da previsão de demanda, baseada nos valores de aquisição 
dos clientes nos pontos de venda. A partir da previsão, a empresa fabrica o produto e 
mantém estoque de produtos acabados, disponibilizando-o o mais próximo do cliente 
para facilitar a compra e caracterizando a produção empurrada (push). 
Já uma empresa que trabalha com o sistema puxado deve possuir um bom sistema 
de informação, integrando todas as atividades logísticas e retornando à cadeia logística 
 
14 
 
o pedido do cliente – feito para o varejista, por exemplo – o mais rápido possível, já 
que esse pedido irá iniciar a produção. Além disso, a empresa também deve possuir 
estoque de insumos suficientes para que a produção tenha início imediato ou uma 
ótima disponibilidade e relacionamento com seus fornecedores. Exemplo: a compra de 
um carro “0 km” caracteriza uma demanda puxada (pull), uma vez que é a partir do 
pedido do cliente que a empresa irá efetuar a fabricação do produto, já contando com 
os opcionais solicitados. Para realizar essa entrega o mais rápido possível, a maioria 
das montadoras mantém uma relação bastante próxima com seus fornecedores. Em 
ambos os casos, a empresa deveconsiderar as implicações de custos de estoque e 
tempo de entrega, relacionados à logística internacional e que estudamos nos tópicos 
anteriores. 
 
Vamos entender, agora, como a logística internacional influencia na gestão 
mercadológica da empresa. 
 
4. Gestão mercadológica 
 
Participar do mercado internacional já não é mais uma opção para a empresa, 
mas sim uma necessidade. Seja por questões pessoais ou por uma escolha de 
mercado, é inegável que a globalização trouxe infinitas possibilidades de lucro para 
as empresas, ao optar por oferecer seus produtos e serviços no exterior. Essa opção, 
contudo, traz inúmeros desafios; um deles é a logística internacional, muito mais 
desafiadora e com complexidade sem igual. 
Ao ingressar no mercado internacional, a empresa poderá obter as seguintes 
vantagens: 
 Melhora no seu fluxo de caixa, por meio da escolha de formas de pagamento 
antecipadas, existentes no comércio internacional; 
 Percepção de status do consumidor mais positiva para empresas que vendem 
internacionalmente. Há um senso comum de que empresas que exportam 
possuem mais qualidade e processos melhores do que empresas que vendem 
nacionalmente; dessa forma, empresas que participam do mercado 
internacional conseguem efetivar uma campanha indireta de marketing para 
seus produtos e serviços; 
 
15 
 
 Melhoria efetiva de qualidade, uma vez que o mercado internacional pode ser 
mais exigente que o mercado nacional, requerendo melhores técnicas 
produtivas e de controle de qualidade que, para a empresa, acabam 
“provocando aumento em sua competitividade, produtividade e lucratividade” 
(CASTRO, 2007, p. 21); melhorando como um todo; 
 Redução da dependência exclusiva do mercado nacional e suas flutuações 
econômicas e políticas. Da mesma forma, a empresa também pode se proteger 
de alterações no mercado internacional, tendo o mercado interno como opção. 
 
Além dessas vantagens, o ingresso da empresa no mercado internacional 
também melhora sua qualificação e conhecimento internos. 
 
Sabendo dessas vantagens, a empresa precisa definir qual o grau de 
envolvimento ela manterá no comércio internacional. Ludovico (2018) destaca 
diferentes níveis de internacionalização, desde uma simples remessa até o 
estabelecimento de subsidiárias no país de destino das mercadorias. Observe a tabela 
1. 
 
Tabela 1: Graus de envolvimento no Comércio Internacional 
Envolvimento no Comércio 
Internacional 
Práticas 
Não Interessado 
A empresa manifesta interesse, mas prefere comprar e 
vender no mercado interno. 
Parcialmente interessado 
Atende pedidos externos e realiza compras de fornecedores 
internacionais, mas sem um planejamento estratégico para 
tal. 
Exportador/Importador 
experimental 
Realiza comércio apenas com países vizinhos e de cultura e 
normas técnicas similares. 
Exportador/Importador ativo 
Modifica e adapta seus produtos para atender os mercados 
internos e externos. A atividade passa a fazer parte da 
estratégia, dos planos e do orçamento da empresa. 
Fonte: Adaptado de Ludovico (2018, p. 32) 
 
 
16 
 
Alguns fatores são muito importantes para avaliar a estratégia de 
internacionalização a ser adotada pela empresa. 
 
Concordando com Ludovico (2018), a transição das atividades de uma empresa 
puramente nacional para uma empresa internacionalizada apresenta alguns aspectos 
básicos, como o estabelecimento de uma rede internacional de contatos; a criação de 
uma mentalidade internacional; a busca contínua de novos conhecimentos e o envio 
de gestores do departamento de comércio exterior para os países dos quais se 
pretende comprar ou para os quais se pretende vender. Essa prática, em especial, é 
essencial para que seja possível adquirir maior conhecimento da cultura e dos 
consumidores locais. 
Independentemente do grau de envolvimento desejado, a empresa pode optar 
por efetuar as atividades de comércio internacional tanto de forma direta como 
indireta. Na exportação, por exemplo, ela pode enviar seus produtos e serviços 
diretamente ao exterior, como contratar uma Empresa Comercial Exportadora (ECE) 
ou Trading Companies, que fazem esse serviço, inclusive para a importação. Agentes 
e distribuidores no exterior também podem auxiliar a empresa a encontrar 
consumidores ou fornecedores, assim como a definir a sua estratégia de padronização 
ou adaptação. 
Segundo Minervini (2008), a padronização pode ser definida como a projeção 
dos mesmos produtos e serviços vendidos no mercado nacional para o mercado 
externo. Nesse caso, todas as estratégias de produção, marketing e distribuição para 
outros países são as mesmas praticadas nacionalmente. 
Já no caso da adaptação, a produção, divulgação, vendas e distribuição são 
alinhadas com os países para os quais se deseja internacionalizar as operações. 
Alguns exemplos de adaptação são: 
 Design e embalagem devem levar em conta os costumes sociais ou religiosos 
do país importador; 
 Símbolos, sinais, cores, rotulagem, dizeres podem ser contrários ao modo de 
vida do país de destino; 
 Embalagem de transporte também deve ser modificada para proporcionar 
maior segurança contra roubos, furtos, violações, danos e avarias; 
 
17 
 
 Os produtos, em sua composição, devem estar de acordo com as normas do 
país importador (segurança, fitossanitários etc.); 
 Catálogos: língua e terminologia do país de destino; dados técnicos; voltagens; 
pesos; dimensões; 
 Preço: conhecer os custos de produção detalhados mais frete, impostos, taxas 
do país de destino. 
 
REFLITA 
Minervini (2008) destaca alguns exemplos de alterações necessárias no produto, 
evidenciadas após a coleta de informações de mercado: 
- Um produtor italiano de válvulas, para vender seu produto no México, teve de mudar 
o tipo de rosca, pois as normas locais para roscas são diferentes daquelas utilizadas 
na Europa. 
- Um produtor brasileiro de biquínis teve de mudar completamente o tamanho das 
peças que produzia para vendê-las na Itália. 
- Um produtor de materiais elétricos teve de adaptar seus disjuntores, passando uma 
camada de verniz nas bobinas, por causa da diferença de clima e de umidade do país 
importador, “tropicalizando” o produto. 
- Um produtor de sofás teve de reduzir as dimensões dos assentos para poder vender 
no Sudoeste asiático, considerando que os apartamentos têm pouco espaço, naqueles 
países. 
- Um produtor de alarmes para automóveis teve de mudar a marca do seu produto 
porque, em alguns países, o nome transmitia uma imagem pouco séria para a cultura 
local. 
 
Da mesma forma que a empresa obtém vantagens em oferecer o seu produto 
ou serviço no exterior, também existem vantagens em trazer produtos e serviços de 
outros países. Primeiro, destaca-se que uma matéria-prima ou produto acabado 
podem simplesmente não existir no mercado nacional, ou não na qualidade 
necessária. Fatores de tecnologia, disponibilidade de recursos, clima e solo, 
disponibilidade de mão de obra, e muitos outros, podem fazer com que o produto 
importado seja mais atrativo que o produto nacional. 
 
18 
 
Paulesini (2010) afirma que alguns mercados são mundialmente reconhecidos 
por seus produtos. Observe alguns exemplos abaixo: 
- Café: Brasil e Colômbia 
- Calçados: Brasil e Itália 
- Componentes eletrônicos: Japão, Taiwan e EUA 
- Máquinas e equipamentos: Alemanha e Espanha 
 
Também é possível planejar sua estratégia mercadológica considerando os 
acordos econômicos que o Brasil possui como o Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai 
e Uruguai) e o BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), além de diversos 
outros com outros países ou outros blocos econômicos. Esses acordos proporcionam 
redução de tarifa, tornando o preço dos produtos importados mais competitivos. 
Uma ferramenta de auxílio na gestão mercadológica internacional da empresa 
é o uso do Business Intelligence. 
 
4.1 Business IntelligenceO Business Intelligence, também conhecido como BI, pode ser traduzido como 
“Inteligência de Negócios” ou inteligência empresarial, e abrange diversos setores da 
empresa, como o financeiro, operacional, comercial, marketing e a logística. 
Com o auxílio da Tecnologia de Informação, o BI é uma ferramenta que reúne 
metodologias, processos e tecnologias que agregam uma grande quantidade de 
dados e os transformam em informações que auxiliam na tomada de decisão 
estratégica da empresa. O BI também auxilia a empresa a medir o desempenho das 
estratégias escolhidas, monitorando os resultados e sinalizando correções a serem 
efetuadas. 
Observe na figura 8 a integração proporcionada pelo BI. 
 
 
19 
 
 
Figura 8. Integração do BI suprimentos. 
Fonte: https://www.siteware.com.br/gestao-estrategica/o-que-e-bi-business-intelligence 
 
O BI consiste em, basicamente, três passos: 
1) Coleta de dados: as informações dos processos são coletadas e avaliadas; 
2) Organização e análise: os dados são organizados de forma a facilitar sua 
visualização por meio de relatórios; 
3) Ação e monitoramento: com base nas informações, as decisões 
estratégicas são tomadas e seus resultados são monitorados. 
 
4.2 BI na logística internacional 
 
O dia a dia da logística internacional depende de inúmeras informações, que 
devem ser atualizadas em tempo real. Dados como: tempo de trânsito, fornecedores 
ativos, relação de pedidos em produção e expedidos, cargas em trânsito, modais de 
transporte, percentual de cargas danificadas, tempo total de entrega, ocupação de 
veículo, e muitos outros indicadores são utilizados pelo profissional da área. 
Ao utilizar uma ferramenta de tecnologia, como o BI, para obter as informações 
de forma a antecipar possíveis problemas, a empresa pode se diferenciar e obter 
vantagem frente aos seus competidores. As principais vantagens com o uso do BI na 
logística internacional são: 
 Otimizar a tomada de decisão: tornar as decisões mais precisas ao utilizar 
dados consolidados de várias áreas da empresa, permitindo, por exemplo, 
melhorar a previsão de estoque e reduzir custos. 
 Relatórios em tempo real: os relatórios, também chamados de 
Dashboards, obtidos com o BI possibilitam identificar informações 
https://www.siteware.com.br/gestao-estrategica/o-que-e-bi-business-intelligence/
 
20 
 
atualizadas, permitindo prever problemas, como acúmulo de estoques ou 
movimentações acima da capacidade. Dessa forma, o gestor poderá 
antecipar as suas decisões com as informações mais recentes; 
 Antecipação de problemas: o cruzamento de informações das mais 
diversas áreas, por meio da ferramenta, permite que o gestor possa obter 
dados de performance da cadeia de suprimentos, monitorando, por 
exemplo, prazos de entrega em cada etapa, proporcionando tempo hábil 
para agir antes que um atraso ao cliente final ocorra; 
 Personalização de informações: o BI permite que os dados obtidos sejam 
personalizados para a necessidade do gestor naquela situação, evitando a 
análise de dados extensos e sem conexão com a estratégia traçada 
naquele momento. 
 
Observe, na figura 9, um exemplo de Dashboard com dados de logística 
internacional. 
 
 
Figura 9. Exemplo de Dashboard de Logística Internacional 
Fonte: https://www.slideteam.net/inventory-and-logistics-dashboard-ppt-powerpoint-presentation-file-
templates.html 
 
https://www.slideteam.net/inventory-and-logistics-dashboard-ppt-powerpoint-presentation-file-templates.html
https://www.slideteam.net/inventory-and-logistics-dashboard-ppt-powerpoint-presentation-file-templates.html
 
21 
 
Na figura 9, podemos identificar indicadores de tempo médio de entrega, 
embarques por país, custos relacionados ao transporte, custos operacionais de 
armazenagem e distribuição, embarques no prazo, e quantidade de pedidos 
completos e no prazo. Verificamos que os resultados trazidos pelo Dashboard 
necessita de uma diversidade de dados, que são compilados pela ferramenta do BI. 
Essa é a grande vantagem em seu uso, a interpretação de vários dados é feita 
de forma fácil é prática, tornando, assim, a tomada de decisão também mais assertiva. 
 Leite (2019) afirma que, mesmo com o uso do BI, algumas empresas cometem 
erros que as levam a não aproveitar toda a funcionalidade que ele traz. Segundo a 
autora, os erros se relacionam com a falta de planejamento na implementação da 
ferramenta; sua subutilização, solicitando informações incompletas, por exemplo; 
falha na inserção de dados na origem, com valores incorretos, erros de grafia ou 
mesmo de tradução, que podem impactar na interpretação das informações; falta de 
integração com outras ferramentas de logística, como o WMS (Warehouse 
Management System – gerencia as informações do armazém), o TMS (Transport 
Management System – gerencia as informações de transporte), o CRM (Customer 
Relationship Management – traz informações de demanda e comportamento dos 
consumidores). E esses são só alguns dos exemplos. 
Assim como o uso de qualquer ferramenta, a decisão, implantação e utilização 
do BI na logística demandará tempo e dedicação de todos os envolvidos, contudo, ela 
será compensada no médio e longo prazo, a partir das melhorias trazidas. 
 
 
3 Considerações finais 
 
Neste módulo, entendemos a evolução da logística e da cadeia de suprimentos e 
como ambas foram adaptadas aos desafios da globalização, tornando a operação 
internacional, aumentando a sua complexidade e profundidade. 
Foi possível identificar as atividades da logística que são diretamente ligadas à 
geração de valor para o cliente final e como essas atividades podem ser adaptadas 
ao contexto internacional, a partir de processos específicos e complementares às 
operações nacionais. 
Nossos estudos também trouxeram conhecimentos de como a empresa pode 
internacionalizar as suas operações. Seja esporádica ou ativa, direta ou indireta, a 
 
22 
 
empresa que participa do mercado internacional tem inúmeras vantagens, como a 
melhoria de seu fluxo de caixa, a percepção de status positiva do consumidor nacional, 
a melhoria efetiva da qualidade e a redução da dependência do mercado interno. 
Com a complexidade da operação internacional, é certo que os dados gerados 
serão inúmeros e volumosos, por isso, verificamos que o gestor de logística 
internacional poderá utilizar ferramentas que o auxiliem na tomada de decisão, como 
o Business Intelligence, ou BI. 
 
 
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