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Desenvolvimento embrionário: Notocorda e Mesoderma

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Notocorda
As células migram do nó primitivo para o eixo cranial. Esse processo ocorre junto com a regressão da linha primitiva. Essa migração de células para o eixo cranial forma um tubo oco, que cresce em comprimento na medida que as células do nó são adicionadas à extremidade. 
A notocorda quando já possui o comprimento necessário se fecha, formando um tubo oco que entrará em contado com endoderma, se fusionando. Esse fusionamento é responsável pelo preenchimento do tubo. Após o tudo estar preenchido ele se separa do endoderma. Por volta do 22° dia a notocorda já está completamente formada. A notocorda, também chamada de mesoderma axial, não contribui para a formação dos elementos ósseos da coluna vertebral. Mais que isso, a notocorda desempenha importantes papéis indutores e de padronização no início do desenvolvimento e também está envolvida na indução dos corpos vertebrais. Após o nascimento há a degeneração da notocorda.
Mesoderma
A notocorda possui como papel a diferenciação do mesoderma. A região do mesoderma paraxial é formado pelas células que migraram que parte medial da linha primitiva e cerca a notocorda (ou mesoderma axial). O mesoderma paraxial se divide em dois: o mesoderma que originará que cabeça, que é uma região não segmentada, e os somitos. Os somitos se entendem em toda futura região do tronco e são formados 3 a 4 somitos por dia, chegando a 44 pares de somitos no final na formação, mas os somitos da região caudal desaparecem, restando apenas 37 pares. A formação desses somitos ocorre junto com o fechamento do tubo neural.
Dão origem ao esqueleto axial, incluindo a coluna vertebral e ao osso occiptal da base do crânio, musculatura esquelética do corpo, do pescoço e dos membros, e a derme do pescoço. Os quatro primeiros pares de somitos se formam na região occipital. Esses somitos, juntos com a crista neural, contribuem para o desenvolvimento da parte occipital do crânio, dos ossos que se formam em torno do nariz, olhos e ouvido interno; dos músculos oculares extrínsecos e dos músculos da língua. Os próximos oito pares de somitos formam‑se na futura região cervical. Os somitos mais craniais da região cervical também contribuem para a formação do osso occipital, e os outros formam as vértebras cervicais e sua musculatura associada, como também parte da derme do pescoço. Os próximos 12 pares, os somitos torácicos, formam as vértebras torácicas, a musculatura e os ossos da parede torácica, a derme torácica e parte da parede abdominal. Caudalmente aos somitos torácicos, os cinco somitos lombares formam a derme abdominal, os músculos abdominais e as vértebras lombares, e os cinco somitos sacrais formam o sacro, com sua derme e musculatura associadas. Finalmente, os três somitos remanescentes, os somitos coccígeos, permanecem após a degeneração dos somitos mais caudais e formam o cóccix.
A notocorda e o tubo neural também influenciam a diferenciação dos somitos.
Quando há o amadurecimento dos somitos, há a divisão em três grupos:
1. Somito esclerótomo, que é responsável pela formação de ossos e das cartilagens 
2. Somito dermátomo, que formará a derme
3. Somito miótomo que formará os músculos esqueléticos
· Genes Hox: são genes responsáveis pela organização do corpo tanto de humanos, quantos de outros animais e insetos. Pequenas alterações em genes controladores tão poderosos ou alterações nos genes que são ligados por eles, podem representar uma enorme fonte de mudanças evolutivas. Vitaminas, como a vitamina A, podem gerar a expressões de genes Hox no lugar errado, ou a não expressão.
O Shh secretado pela notocorda e pelo assoalho do tubo neural induza expressão de Pax1 na região ventral dos somitos, que por sua vez se diferencia em esclerótomo. Já BMP e Wnt secretado pelo ectoderma e pelo teto do tubo neural induz a expressão de Pax3 e MyoD na região dorsal dos somitos, e estes se diferenciam em dermomiótomo (dermátomo e miótomo).
O mesoderma intermediário e lateral são formados apenas na região do tronco. O mesoderma intermediário se localiza ao lado dos somitos e dará origem ao sistema urinário e ao sistema genital do embrião. Já o mesoderma lateral se dividirá em duas partes: esplancnopleura, que permanece ligado ao endoderma e dará origem ao mesotélio que reveste as víceras e aos hemangioblastos, e o somatopleura, que fica associado ao ectoderma e formará parte da derme, a camada interna da parede do corpo e os membros.
O mesoderma cardiogênico se origina da porção medial da linha primitiva e migra para região acima da membrana orofaríngea. O motivo de se migrarem para região é que quando há o fechamento do embrião essa parte acaba se localizando ao centro do feto.
Neurulação e derivados do ectoderma
A formação da placa neural ocorre na terceira semana e é induzida pelo nó primitivo. Como resultado da indução neural, as células ectodérmicas diferenciam‑se em uma espessa placa de células neuroepiteliais do tipo colunares pseudoestratificada. A placa neural forma‑se primeiro na extremidade cefálica do embrião e então diferencia‑se na direção craniocaudal. Ao longo do seu desenvolvimento a placa neural foram uma depressão na região do meio, que auxilia na hora do fechamento dessa placa para a formação do tubo neural. 
As bordas laterais da placa neural também dão origem a uma importante porção de células, as células da crista neural, que se destacam durante a formação do tubo neural e migram para dentro do embrião para formar uma variedade de estruturas. A placa neural é mais larga cranialmente e mais afilada caudalmente. A porção cranial expandida dá origem ao cérebro. Mesmo nesse estágio muito inicial de diferenciação, o futuro cérebro é visivelmente dividido em três regiões: prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. A porção caudal mais estreitada da placa neural forma a medula espinal. Ao fim, esta seção do sistema nervoso em desenvolvimento será ladeada pelos somitos. A notocorda localiza‑se na linha média, bem abaixo da placa neural. A placa neural se fecha quando os somitos começam a aparecer. Esse fechamento ocorre quando as extremidades ao lado da região das cristas neurais se juntas, formando um sulco neural e por fim um tubo neural que se encontra acima da notocorda e circundada pelo mesoderma. Acima do tubo neural, há uma camada de células, que é a crista neural, que sofrem transição epitelio-mesenquima e migram para outra região do embrião.
Defeitos no tubo neural pode gerar: 
· espinha bífida, que é quando há o fechamento incompleto da coluna vertebral.
· hidrocefalia, que ocorre quando há um acumulo de LCR no interior da cavidade craniana, que por sua vez, faz aumentar a pressão intracraniana sobre o cérebro, podendo vir a causar lesões no tecido cerebral, havendo o aumento e inchaço do crânio
· anencefalia, que é uma má formação rara do tubo neural, caracterizada pela ausência parcial do encéfalo e da calota craniana, proveniente de defeito de fechamento do tubo neural nas primeiras semanas da formação embrionária
· microcefalia, que é uma condição em que a cabeça e o cérebro da criança são menores que os normais.
A suplementação de ácido fólico reduz o risco de ocorrência para os defeitos do tubo neural em cerca de 50 a 70%.
As células das cristas neurais podem ser dividas em cefálicas e truncais. As células cefálicas dão origem aos melanócitos, neurônios, cartilagens faciais, ossos faciais e nervos cranianos; As células das cristas neurais da região cefálica migram para cada um dos arcos branquiais. A crista neural truncal formará o sistema nervoso periférico e sua migração ocorre em segmentos.
As células do tubo neural e da crista neurais são formadas por células do ectoderma, além dessas diferenciações o ectoderma pode formar também: Epitélio sensorial da orelha, nariz e olhos, pele, incluindo pelos, cabelos e unhas e glândulas hipófise, mamárias e sudoríparas. 
Fechamento do embrião
O fechamento do embrião ocorre em duas etapas, que são concomitantes. E para esse fechamento acontecer o embrião precisa estar posicionado corretamente, que seria com a cavidadeamniótica na parte superior.
· Dobramento lateral:
O dobramento lateral ocorre quando cada folheto embrionário se conecta. Ao longo do fechamento a somatopleura forma uma cavidade chamada celoma intraembrionário, que futuramente se dividirá em cavidade pericárdica, cavidade pleurais e cavidade peritoneal. Esse dobramento também faz com que aja o estreitamento do vaco vitelino; o embrião se fecha em todas as partes, menos onde há o saco vitelino e o pedículo embrionário, região onde haverá o cordão umbilical. A cavidade amniótica também se fissiona e circunda todo embrião. 
· Dobramento cranio-caudal:
A notocorda, o tubo neural e os somitos “enrijecem” o eixo dorsal do embrião. A cavidade amniótica recobre todo o embrião e o saco vitelino se restringe a região medial do ventre do embrião. A membrana orofaríngea passa a se localizar na região da futura boca. 
1. Dobramento do cranio: A área cardiogênica e o septo transverso, que separa a cavidade abdominal da cavidade torácica e dá origem a parte do diafragma, estão na região mais anterior do disco trilaminar, mas após o dobramento cranial, essas estruturas se localizarão na região torácica.
2. Dobramento da cauda: Pedículo do embrião é carregado em direção anterior e entra em contato com o saco vitelino
Endoderma
Epitélios que revestem o sistema respiratórios, digestório, bexiga, uretra e as glândulas, como fígado, pâncreas, timo, tireóide. O tubo de endoderma é chamado de intestino primitivo e é dividido em: intestino anterior, intestino médio e intestino Posterior
Malformações congênitas
O período da organogênese, que ocorre entre a terceira semana e a oitava semana, é a época mais sensível na formação do embrião, pois nessa época há uma maior chance de teratógenos afetarem o desenvolvimento. Cada sistema do corpo apresenta um período crítico mais especifico, ou seja, quando haver o contato do teratógeno com embrião, não afetará todos os órgãos, mas só aqueles que estiverem em seu período de formação. 
Teratógenos são agentes capaz de produzir anomalias congênitas ou aumentar a incidência.

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