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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO PENAL 
MILITAR
Crimes contra o Serviço Militar e o Dever 
Militar
Livro Eletrônico
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Crimes contra o Serviço Militar e o Dever Militar
DIREITO PENAL MILITAR
Douglas Vargas
Sumário
Introdução ........................................................................................................................................ 4
1. Capítulo I - Da Insubmissão ...................................................................................................... 4
1.1. Art. 183: Insubmissão ............................................................................................................... 4
1.2. Criação ou Simulação de Incapacidade Física ................................................................... 7
1.3. Substituição de Convocado .................................................................................................... 7
1.4. Favorecimento a Convocado ................................................................................................. 8
2. Capítulo II - Da Deserção ........................................................................................................... 8
2.1. Deserção .................................................................................................................................... 8
2.2. Casos Assimilados ................................................................................................................. 10
2.3. Atenuantes e Agravantes ..................................................................................................... 11
2.4. Deserção Especial ..................................................................................................................12
2.5. Concerto para Deserção ........................................................................................................13
2.6. Deserção por Evasão ou Fuga ............................................................................................. 14
2.7. Favorecimento a Desertor ....................................................................................................15
2.8. Omissão de Oficial ..................................................................................................................15
3. Capítulo III - Do Abandono de Posto e de Outros Crimes em Serviço .............................16
3.1. Abandono de Posto .................................................................................................................16
3.2. Descumprimento de Missão ................................................................................................16
3.3. Retenção Indevida .................................................................................................................. 17
3.4. Omissão de Eficiência da Força .......................................................................................... 18
3.5. Omissão de Providências para Evitar Danos ....................................................................19
3.6. Omissão de Providências para Salvar Comandados ......................................................20
3.7. Omissão de Socorro ................................................................................................................21
3.8. Embriaguez em Serviço .........................................................................................................21
3.9. Dormir em Serviço ................................................................................................................. 22
4. Capítulo IV - Do Exercício de Comércio ................................................................................ 23
4.1. Exercício de Comércio por Oficial ....................................................................................... 23
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5. Mini “Gran-Legis” ......................................................................................................................24
5.1. Integralidade do Texto Legal para Leitura e Revisão .....................................................24
Resumo ............................................................................................................................................ 29
Questões de Concurso ................................................................................................................. 39
Gabarito ...........................................................................................................................................44
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Introdução
Saudações, futuro(a) servidor(a)!!
Nessa aula, iremos estudar os crimes contra o serviço militar e o dever militar, previstos 
no Título III do Código Penal Militar.
Nesse momento, uma orientação se faz muito importante: estamos ingressando numa par-
te muito menos “palatável” de nosso curso. Isso não ocorre por maldade do seu professor, mas 
apenas por dois motivos:
• estamos diante de crimes que possuem muito menos jurisprudência, bibliografia e 
questões anteriores, diferentemente do que ocorre com os crimes previstos no Direito 
Penal comum;
• historicamente, as bancas examinadoras elaboram questões que usualmente se limi-
tam tão somente à literalidade do CPM.
Nesse ponto, infelizmente estudar o Código Penal Militar é mais maçante e “mecânico” do 
que estudar o Código Penal comum. No entanto, faremos o possível para apresentar os crimes 
de uma forma eficiente, objetiva, e tão didática quanto possível.
Dito isso, espero que compreendam a diferença de tom entre a aula que está em suas mãos 
e as demais aulas do curso. Lembrando sempre que nosso objetivo principal sempre será o de 
apresentar o conteúdo da forma mais eficaz para fins de resolução de questões, ainda que isso 
signifique uma abordagem mais literal da disciplina.
Bons estudos!
Prof. Douglas.
1. Capítulo I - da InsubmIssão
1.1. art. 183: InsubmIssão
Insubmissão
Art. 183. Deixar de apresentar-se o convocado à incorporação, dentro do prazo que lhe foi marcado, 
ou, apresentando-se, ausentar-se antes do ato oficial de incorporação:
Pena – impedimento, de três meses a um ano.
Caso assimilado
§ 1º Na mesma pena incorre quem, dispensado temporariamente da incorporação, deixa de se apre-
sentar, decorrido o prazo de licenciamento.
Diminuição da pena
§ 2º A pena é diminuída de um terço:
a) pela ignorância ou a errada compreensão dos atos da convocação militar, quando escusáveis;
b) pela apresentação voluntária dentro do prazo de um ano, contado do último dia marcado para a 
apresentação.
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O delito de insubmissão é curioso, pois é, para parcela da doutrina, é crime propriamente 
militar que pode ser praticado por civil.
Afinal de contas, estamos diante do indivíduo quecompletou 18 anos, foi convocado para 
incorporar-se às Forças Armadas, e deixou de fazê-lo (ou apresentou-se e se ausentou antes 
de ser efetivamente incorporado):
Insubmissão
Art. 183. Deixar de apresentar-se o convocado à incorporação, dentro do prazo que lhe foi marcado, 
ou, apresentando-se, ausentar-se antes do ato oficial de incorporação:
Pena – impedimento, de três meses a um ano.
É sabido que em nosso país é dever do jovem, ao completar 18 anos, se alistar e se colocar 
à disposição para servir às forças armadas quando atingir os 19 anos. Nesse sentido, aquele 
que, não dispensado do serviço obrigatório, deixar de apresentar-se (conduta omissiva) ou 
se apresentar, mas se ausentar antes da incorporação (conduta comissiva), incidirá no crime 
em estudo.
Lembre-se de que a Justiça Militar da União possui competência para julgar civis.
A conduta admite apenas a forma dolosa.
Note, ainda, que há uma conduta equiparada (daquele que, temporariamente dispensado, 
deixa de se apresentar após o decurso do prazo), e que a lei prevê duas hipóteses de diminui-
ção de pena, com quantum de 1/3, para aquele que:
• incorre em erro (ignorância ou errada compreensão dos atos de convocação militar);
• se apresenta, voluntariamente, no prazo de um ano, contado do último dia marcado para 
a apresentação.
O exemplo da primeira hipótese que nos é apresentado pela doutrina está no trabalhador 
rural que não tem instrução e desconhece a obrigação referente ao serviço militar.
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Fique atento(a) ainda ao enunciado da seguinte Súmula do STM, a qual esclarece análise 
específica sobre situação em que o conscrito (aquele que foi convocado ao serviço militar 
obrigatório) toma ciência, de maneira inequívoca, do local e data de sua apresentação para 
incorporação:
Súmula n. 7 STM – O crime de insubmissão, capitulado no art. 183 do CPM, caracteri-
za-se quando provado de maneira inconteste o conhecimento pelo conscrito da data e 
local de sua apresentação para incorporação, através de documento hábil constante dos 
autos. A confissão do indigitado insubmisso deverá ser considerada no quadro do con-
junto probatório.
Por fim, vejamos um exemplo de cobrança do referido delito em provas de concursos:
001. (CEBRASPE/CÂMARA/ANALISTA LEGISLATIVO) O brasileiro convocado à incorpora-
ção que não se apresentar no prazo estipulado se sujeita à penalidade, prevista no Código 
Penal Militar, por crime de insubmissão.
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Exatamente. Conforme sempre deixamos claro ao longo de nossas aulas, boa parte das ques-
tões sobre os crimes militares se limitará a identificar qual o tipo penal praticado, sem adicio-
nar muito sobre o tema.
Certo.
1.2. CrIação ou sImulação de InCapaCIdade FísICa
Criação ou simulação de incapacidade física
Art. 184. Criar ou simular incapacidade física, que inabilite o convocado para o serviço militar:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Outro delito interessante, o art. 184 do CPM prevê a conduta daquele que cria ou simula 
incapacidade física que o inabilite para o serviço militar.
Segundo a doutrina, trata-se de crime cujo sujeito ativo é o civil, o qual pratica a conduta 
para inabilitar-se ao serviço militar.
Note que é irrelevante, diante do bem jurídico tutelado pela norma, se a incapacidade é real 
ou fictícia, pois o que o agente busca é evitar o cumprimento de seu dever de serviço.
É preciso tomar cuidado para não interpretar o delito no sentido de que há a punição da 
autolesão de forma autônoma, mas de uma modalidade de autolesão (se o crime for praticado 
com a efetiva criação da incapacidade) que é punível por prejudicar terceiro.
O delito é doloso, eivado de dolo específico (na figura da intenção de evitar o serviço militar).
1.3. substItuIção de ConvoCado
Substituição de convocado
Art. 185. Substituir-se o convocado por outrem na apresentação ou na inspeção de saúde.
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem substitui o convocado.
Mais um crime militar cujo sujeito ativo é o civil, o art. 185 também tem como objetivo bási-
co do indivíduo em se esquivar do serviço militar, substituindo-se por terceiro na apresentação 
ou no ato de inspeção de saúde.
Segundo a doutrina, mesmo que o indivíduo envie um terceiro em seu lugar para a inspe-
ção médica, e este seja aprovado na referida inspeção, o delito não deixará de se configurar (o 
crime é formal).
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Cabe ressaltar que o delito admite apenas a forma dolosa, e que também segundo a doutri-
na, a previsão do parágrafo único é desnecessária, pois o art. 53 do CPM já garante a respon-
sabilização do terceiro que participa da prática do crime.1
1.4. FavoreCImento a ConvoCado
Favorecimento a convocado
Art. 186. Dar asilo a convocado, ou tomá-lo a seu serviço, ou proporcionar-lhe ou facilitar-lhe trans-
porte ou meio que obste ou dificulte a incorporação, sabendo ou tendo razão para saber que come-
teu qualquer dos crimes previstos neste capítulo:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
Isenção de pena
Parágrafo único. Se o favorecedor é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica 
isento de pena.
O delito de favorecimento a convocado tem como sujeito ativo qualquer indivíduo que pra-
tique as condutas previstas no tipo penal.
O foco da referida tipificação está em alcançar aquele que presta auxílio ao convocado 
para que este consiga se subtrair de sua obrigação.
É preciso ressaltar dois pontos importantes previstos na bibliografia sobre o tema:
• a palavra “asilo” tem um sentido muito pesado – segundo a doutrina, asilo guarda rela-
ção com perseguição injusta, sendo que nesse caso, não há nenhuma;
• a figura típica cria um tipo específico para aquele que auxilia. Se o delito não constasse 
no Código Penal Militar, a referida pessoa incorreria, em tese, como partícipe do delito 
de insubmissão (teoria monista).
Por fim, é preciso apontar para a existência de escusa absolutória específica para o art. 
186, concedendo imunidade absoluta para o favorecedor que é ascendente, descendente, côn-
juge ou irmão do convocado que está tentando obstar sua incorporação.
2. Capítulo II - da deserção
2.1. deserção
Deserção
Art. 187. Ausentar-se o militar, sem licença, da unidade em que serve, ou do lugar em que deve per-
manecer, por mais de oito dias:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos; se oficial, a pena é agravada.
Casos assimilados
Art. 188. Na mesma pena incorre o militar que:
I – não se apresenta no lugar designado, dentro de oito dias, findo o prazo de trânsito ou férias;
1 NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Militar Comentado. 2019, p. 294.
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II – deixa de se apresentar a autoridade competente, dentro do prazo de oito dias, contados daquele 
em que termina ou é cassada a licença ou agregação ou em que é declarado o estado de sítio ou 
de guerra;
III – tendo cumprido a pena, deixa de se apresentar, dentro do prazo de oito dias;
IV – consegue exclusão do serviço ativo ou situação de inatividade, criando ou simulando incapa-
cidade.
Art. 189. Nos crimes dos arts. 187 e 188, ns. I, II e III:
Atenuante especial
I – se o agente se apresenta voluntariamente dentro em oito dias após a consumação do crime, a 
pena é diminuída de metade; e de um terço, se de mais de oito dias e até sessenta;
Agravante especial
II – se a deserção ocorre em unidade estacionada em fronteira ou país estrangeiro, a pena é agra-
vada de um terço.
Em um primeiro momento de nossos estudos, analisamos os crimes do capítulo I, os quais 
guardam bastante relação com sujeitos ativos civis, os quais ainda não ingressaram nas forças 
militares (não foram incorporados) e estão tentando evadir-se do dever legal.
O delito de deserção, por sua vez, tem como sujeito ativo o militar, que já incorporado, se 
ausenta, sem licença, por mais de oito dias, da unidade em que serve ou do lugar em que deve 
permanecer.
Deserção
Art. 187. Ausentar-se o militar, sem licença, da unidade em que serve, ou do lugar em que deve per-
manecer, por mais de oito dias:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos; se oficial, a pena é agravada.
Estamos diante de delito que não admite a tentativa, classificado como condicionado pela 
doutrina. Em outras palavras: ou por bem ocorre o decurso do prazo (oito dias) e o delito se 
consuma, ou não ocorre, e a conduta se torna um irrelevante penal.
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O STM entende que não é possível aplicar a Lei n. 9.099/1995 ao delito em estudo.
Ademais, cabe ressaltar que o delito possui apenas a forma dolosa, e que caso o agente 
seja oficial, sua deserção será considerada mais grave, como prevê a parte final do preceito 
secundário do delito.
2.2. Casos assImIlados
Devemos, ainda, fazer a análise do art. 188, o qual apresenta as condutas equiparadas ou 
similares à deserção, as quais podem ser comissivas (consistindo em uma ação) ou omissi-
vas (consistindo em omissões):
• não se apresentar no lugar designado, dentro de 8 dias, findo prazo de trânsito ou férias;
• deixar de se apresentar à autoridade competente, dentro do prazo de oito dias, contados 
daquele em que termina ou é cassada a licença ou agregação ou em que é declarado o 
estado de sítio ou de guerra;
• tendo cumprido a pena, deixar de se apresentar, dentro do prazo de oito dias;
• conseguir exclusão do serviço ativo ou situação de inatividade, cirando ou simulado 
incapacidade.
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002. (VUNESP/PM-SP/OFICIAL/ADAPTADA) Pratica o crime militar de deserção o militar 
que consegue exclusão do serviço ativo ou situação de inatividade, criando ou simulando in-
capacidade.
É muito comum que o examinador tente te confundir misturando os nomes dos crimes e afir-
mando que uma conduta ilícita, na verdade, é outra conduta. No caso em tela, no entanto, 
a esperança do examinador está em induzir em erro o candidato que se lembra do art. 187 
(deserção) mas não se lembra das condutas equiparadas do art. 188, as quais também serão 
rotuladas como deserção.
Certo.
2.3. atenuantes e agravantes
Por fim, cabe ressaltar que o art. 189 prevê uma atenuante especial e uma agravante es-
pecial, aplicáveis aos crimes dos artigos 187 e 188, incisos I, II e III (note que não há previsão 
expressa sobre a aplicabilidade ao inciso IV do art. 188):
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2.4. deserção espeCIal
Deserção especial
Art. 190. Deixar o militar de apresentar-se no momento da partida do navio ou aeronave, de que é 
tripulante, ou do deslocamento da unidade ou força em que serve: (Redação dada pela Lei n. 9.764, 
de 18.12.1998)
Pena – detenção, até três meses, se após a partida ou deslocamento se apresentar, dentro de vin-
te e quatro horas, à autoridade militar do lugar, ou, na falta desta, à autoridade policial, para ser 
comunicada a apresentação ao comando militar competente. (Redação dada pela Lei n. 9.764, de 
18.12.1998)
§ 1º Se a apresentação se der dentro de prazo superior a vinte e quatro horas e não excedente a 
cinco dias:
Pena – detenção, de dois a oito meses.
§ 2º Se superior a cinco dias e não excedente a oito dias: (Redação dada pela Lei n. 9.764, de 
18.12.1998)
Pena – detenção, de três meses a um ano.
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§ 2º-A. Se superior a oito dias: (Incluído pela Lei n. 9.764, de 18.12.1998)
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Aumento de pena
§ 3º A pena é aumentada de um terço, se se tratar de sargento, subtenente ou suboficial, e de meta-
de, se oficial. (Redação dada pela Lei n. 9.764, de 18.12.1998)
O delito em estudo é crime praticado por militar, o qual, no caso concreto, não abandona o 
serviço militar em si, mas o seu posto.
Para a doutrina, é crime permanente, que possui forma omissiva e, portanto, não admite a 
tentativa. Possui, assim como o delito anterior, apenas a forma dolosa.
Cabe apontar, ainda, para a gradação das penas quão maior é o prazo decorrido:
Por fim, é necessário salientar que se aumenta a pena de 1/3 caso o autor da conduta seja 
sargento subtenente ou suboficial, e de 1/2 se for oficial.
2.5. ConCerto para deserção
Concerto para deserção
Art. 191. Concertarem-se militares para a prática da deserção:
I – se a deserção não chega a consumar-se:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
Modalidade complexa
II – se consumada a deserção:
Pena – reclusão, de dois a quatro anos.
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O concerto para deserção,segundo a doutrina, consiste na punição dos atos preparatórios 
do crime deserção, envolvendo por tanto a combinação ou ajuste de militares para a execução 
da deserção propriamente dita.
Nesse sentido, é importantíssimo ressaltar a previsão da bibliografia de que o crime é plu-
rissubjetivo, exigindo dois ou mais militares para sua configuração.
O delito não admite forma culposa.
Uma última curiosidade está nos incisos I e II. Se a deserção não chega a consumar-se, a 
pena é mais branda (detenção de três meses a um ano).
Por outro lado, a consumação da deserção resulta em forma qualificada do delito, notavel-
mente mais gravosa (reclusão de dois a quatro anos).
Vejamos como o assunto já foi cobrado anteriormente:
003. (VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE/ADAPTADA) É correto afirmar que o simples concerto 
para deserção não é crime militar.
Como sempre observamos, a maioria das questões ou itens de questões múltipla escolha 
se subsume tão somente ao conhecimento da existência do delito e do texto legal. Aqui o 
examinador testa, de forma direta, se o candidato conhece a existência do tipo penal do art. 
191 do CPM.
Errado.
2.6. deserção por evasão ou Fuga
Deserção por evasão ou fuga
Art. 192. Evadir-se o militar do poder da escolta, ou de recinto de detenção ou de prisão, ou fugir em 
seguida à prática de crime para evitar prisão, permanecendo ausente por mais de oito dias:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
O art. 192 prevê a conduta de sujeito ativo militar, o qual está sendo escoltado, se encontra 
em recinto de detenção ou prisão ou acabou de praticar um crime e foge para evitar a prisão, 
permanecendo ausente por mais de oito dias.
Parte da doutrina defende o tipo penal não tenha sido recepcionado pela Constituição Fe-
deral em razão da presunção de inocência e do direito ao silêncio, dentre outras justificativas, 
no entanto, é entendimento que dificilmente será objeto de provas de concursos. Cabe ressal-
tar que, em sede de Direito Penal Militar, o texto legal é o campeão absoluto em questões.
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2.7. FavoreCImento a desertor
Favorecimento a desertor
Art. 193. Dar asilo a desertor, ou tomá-lo a seu serviço, ou proporcionar-lhe ou facilitar-lhe transporte 
ou meio de ocultação, sabendo ou tendo razão para saber que cometeu qualquer dos crimes previs-
tos neste capítulo:
Pena – detenção, de quatro meses a um ano.
Isenção de pena
Parágrafo único. Se o favorecedor é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica 
isento de pena.
Eis que nos deparamos com crime cujo sujeito ativo pode ser qualquer pessoa que favore-
ça o desertor. Segundo a doutrina, a utilização da expressão asilo é um pouco exagerada, haja 
vista que o termo asilo pressupõe uma perseguição injusta que não se consubstancia quando 
o delito é praticado.2
De todo modo, o delito se configura quando o indivíduo concede abrigo ou proteção (dar 
asilo), toma em serviço ou proporciona ou facilita o transporte ou meio de ocultação ao deser-
tor, sabendo ou ao menos possuindo razão para saber que este último cometeu qualquer dos 
crimes previstos no capítulo em estudo.
Por fim, é preciso apontar para a existência de escusa absolutória específica para o art. 
193, semelhante àquela prevista no art. 186 do CPM, concedendo imunidade absoluta para o 
favorecedor que é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do convocado que está tentan-
do obstar sua incorporação.
2.8. omIssão de oFICIal
Omissão de oficial
Art. 194. Deixar o oficial de proceder contra desertor, sabendo, ou devendo saber encontrar-se entre 
os seus comandados:
Pena – detenção, de seis meses a um ano.
Crime específico do oficial (e não de qualquer militar), a conduta do art. 194 é omissiva, 
posto que o oficial deve zelar pela disciplina e seus subordinados.
Assim, aquele que deixa de proceder deixa de tomar as providências contra o desertor, uma 
vez que saiba ou que tenha o dever de saber que este se encontra entre seus subordinados.
2 NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Militar Comentado. 2019, p. 302.
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3. Capítulo III - do abandono de posto e de outros CrImes em servIço
3.1. abandono de posto
Abandono de posto
Art. 195. Abandonar, sem ordem superior, o posto ou lugar de serviço que lhe tenha sido designado, 
ou o serviço que lhe cumpria, antes de terminá-lo:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
O abandono de posto ocorre quando qualquer militar, sem a devida ordem superior, aban-
dona o posto ou local de serviço que lhe foi designado, ou abandona o serviço que lhe era 
cabível antes do término.
Estamos de norma que, assim como outras em estudo neste capítulo, exterioriza o rigor 
da disciplina militar, ao criminalizar uma conduta que, no âmbito de outras instituições, seria 
punida com a utilização de outros tipos de sanções fora da seara penal.
É interessante notar ainda que a ordem legal de superior está muito mais relacionada com 
a ilicitude do que com a tipicidade propriamente dita, mas que em razão da postura do legisla-
dor, passou a se integrar no próprio tipo formal. Assim, se o militar abandona o posto ou o lugar 
de serviço por ordem superior, sua conduta consistirá em fato atípico por falta do elemento 
normativo.
Resta ainda observar que o delito é classificado pela doutrina como formal, consumando-
-se com o mero abandono, ainda que sem alguma outra consequência no mundo naturalístico.
Também segundo a doutrina, o delito não admite a tentativa.
3.2. desCumprImento de mIssão
Descumprimento de missão
Art. 196. Deixar o militar de desempenhar a missão que lhe foi confiada:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave.
§ 1º Se é oficial o agente, a pena é aumentada de um terço.
§ 2º Se o agente exercia função de comando, a pena é aumentada de metade.
Modalidade culposa
§ 3º Se a abstenção é culposa:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
Outro crime cujo sujeito ativo é o militar, estamos diante de tipo penal adequadamente 
classificado pela bibliografia como muito aberto. Sabemos que o Direito Penal (tanto o comum 
quanto o militar) deve ser regido pela taxatividade. Tipos penais não devem ser abertos e 
deixar dúvidas em sua interpretação, diferentemente do que ocorre com o art. 196, ao definir 
como crime a conduta de “deixar de desempenhar a missão”.
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É bastante difícil, nessa forma, definir estritamente qual é a conduta que resulta no des-
cumprimento da missão. É por esse motivo que parte da doutrina entende que este é outro 
delito que não teria sido recepcionado pela CF/1988. De todo modo, lembre-se mais uma vez 
da máxima do estudo do CPM para concursos: a via mais segura sempre será a do texto legal.
O delito admite tanto a forma dolosa quanto a culposa (§ 3º), sendo dotado de subsidiarie-dade expressa ou explícita (se o fato não constitui crime mais grave).
Cabe ressaltar, por fim, que há causa de aumento de pena para a prática por oficial (§ 1º) e 
também para aquele que exerce função de comando (§ 2º).
3.3. retenção IndevIda
Retenção indevida
Art. 197. Deixar o oficial de restituir, por ocasião da passagem de função, ou quando lhe é exigido, 
objeto, plano, carta, cifra, código ou documento que lhe haja sido confiado:
Pena – suspensão do exercício do posto, de três a seis meses, se o fato não constitui crime mais 
grave.
Parágrafo único. Se o objeto, plano, carta, cifra, código, ou documento envolve ou constitui segredo 
relativo à segurança nacional:
Pena – detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave.
Outro crime específico para oficiais, não sendo aplicado a qualquer dos militares, a reten-
ção indevida, segundo a doutrina, é forma específica – e privilegiada – do gênero apropriação 
indébita.3
Isso ocorre pois por vezes a passagem de função requer que o oficial que está de posse 
de algum objeto em razão da função ocupada faça sua devolução, ato em que sua omissão 
resultará na figura criminosa.
Veja que existem duas possibilidades da prática do referido delito (deixar de restituir o ob-
jeto por ocasião da passagem da função ou quando o objeto é exigido).
O delito não possui forma culposa, e mais uma vez é dotado de subsidiariedade expressa, 
como pode-se notar do preceito secundário.
Também subsidiária é a forma qualificada do delito, a qual se consubstancia se o referido 
objeto envolver ou constituir segredo relacionado à segurança nacional.
3 NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Militar Comentado. 2019, p. 305.
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3.4. omIssão de eFICIênCIa da Força
Omissão de eficiência da força
Art. 198. Deixar o comandante de manter a força sob seu comando em estado de eficiência:
Pena – suspensão do exercício do posto, de três meses a um ano.
É dever do comandante manter a força militar (seja ela do Corpo de Bombeiros, Polícia 
Militar ou das Forças Armadas) em estado de eficiência, pronta para atender às suas respon-
sabilidades e atribuições legais.
Se não o fizer, incorrerá no abstrato (porém necessário) delito omissivo previsto no art. 
198 do CPM:
Omissão de eficiência da força
Art. 198. Deixar o comandante de manter a força sob seu comando em estado de eficiência:
Pena – suspensão do exercício do posto, de três meses a um ano.
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É a existência dessa omissão que será apurada pelo Ministério Público no caso da repor-
tagem acima, em que o Corpo de Bombeiros do município de Castanhal foi acionado, mas não 
atendeu adequadamente ao chamado (de modo que houve necessidade de acionamento de 
equipes de municípios limítrofes).
Se o delito efetivamente ocorreu, ou não, só com a análise do caso concreto e com a con-
clusão do IPM é que se poderá dizer (haja vista que inúmeras situações podem justificar a fa-
lha narrada na reportagem). Mas o exemplo é excelente para um bom entendimento da norma!
Repare que o sujeito ativo do delito não é nenhum dos membros da força que não estava em 
estado de eficiência. O autor do delito é o comandante, e somente ele!
O delito admite apenas a forma dolosa.
A consumação ocorre quando o comandante deixa de providenciar a preparação de sua 
força para seu efetivo emprego. Curiosamente, note que na prática só é possível perceber que 
a força não está em estado de eficiência quando ela é demandada, na prática, a prestar seus 
serviços (ato em que o delito já consumou-se há muito).
A tentativa não é admissível para a parcela majoritária da doutrina, que classifica o delito 
como omissivo.
O delito é propriamente militar.
Há posição na doutrina pela não recepção do referido delito pela CF/1988, no entanto, mais 
uma vez observamos que não se trata de algo pacífico ou com grande probabilidade de ser 
considerado por examinadores na elaboração de questões.
3.5. omIssão de provIdênCIas para evItar danos
Omissão de providências para evitar danos
Art. 199. Deixar o comandante de empregar todos os meios ao seu alcance para evitar perda, des-
truição ou inutilização de instalações militares, navio, aeronave ou engenho de guerra motomecani-
zado em perigo:
Pena – reclusão, de dois a oito anos.
Modalidade culposa
Parágrafo único. Se a abstenção é culposa:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
Crime próprio do militar comandante, o art. 199 se consubstancia na conduta daquele que 
deixa de empregar todos os meios a seu alcança para evitar perda, destruição ou inutilização 
de instalações militares, navio, aeronave ou engenho de guerra motomecanizado em perigo.
O delito, assim como vários outros que estudamos nesse capítulo, é bastante autoexplica-
tivo, merecendo destaque apenas a existência da modalidade culposa.
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3.6. omIssão de provIdênCIas para salvar Comandados
Lembra-se da cena do filme Titanic, na qual, após o início do naufrágio, o comandante deci-
de ficar a bordo? Pois bem: Estamos diante de um delito que prevê algo muito parecido:
Omissão de providências para salvar comandados
Art. 200. Deixar o comandante, em ocasião de incêndio, naufrágio, encalhe, colisão, ou outro perigo 
semelhante, de tomar todas as providências adequadas para salvar os seus comandados e minorar 
as consequências do sinistro, não sendo o último a sair de bordo ou a deixar a aeronave ou o quartel 
ou sede militar sob seu comando:
Pena – reclusão, de dois a seis anos.
Modalidade culposa
Parágrafo único. Se a abstenção é culposa:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Se o art. 199 trata da omissão sobre danos relacionados a instalações militares, o art. 
200 também é delito com conduta parecida, própria do comandante militar, mas que se con-
substancia quando, em perigos como incêndios, naufrágios, encalhes, colisões ou outro perigo 
semelhante, deixa de tomar providências adequadas para salvar os comandados e minorar as 
consequências do sinistro.
Estamos diante de outro delito relativamente simples, o qual possui modalidade culposa 
prevista em seu parágrafo único.
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3.7. omIssão de soCorro
Omissão de socorro
Art. 201. Deixar o comandante de socorrer, sem justa causa, navio de guerra ou mercante, nacional 
ou estrangeiro, ou aeronave, em perigo, ou náufragos que hajam pedido socorro:
Pena – suspensão do exercício doposto, de um a três anos ou reforma.
Mais um crime próprio do militar comandante, estamos diante de forma específica do deli-
to de omissão de socorro, aplicável no âmbito militar quando o comandante deixa de socorrer, 
sem justa causa, navio de guerra ou mercante, nacional ou estrangeiro, ou aeronave, em perigo, 
ou náufragos que tenham pedido socorro.
Cabe observar, por fim, que o referido delito não possui forma culposa.
3.8. embrIaguez em servIço
Embriaguez em serviço
Art. 202. Embriagar-se o militar, quando em serviço, ou apresentar-se embriagado para prestá-lo:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Delito cujo sujeito ativo é o militar, possuindo duas formas distintas. Note, de forma geral, 
que o delito de embriaguez em serviço não se consubstancia somente quando o militar ingere 
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bebida alcoólica, mas quando este se embriaga com a utilização de qualquer substância de 
efeito análogo, estando em serviço.
Outra modalidade se apresenta não no consumo em serviço, mas na mera apresentação 
do militar em condições de embriaguez para prestar serviço.
Trata-se de delito que não necessita de muitas observações. Apenas tome nota da existên-
cia do tipo penal.
Vejamos como o assunto foi cobrado:
004. (VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE/ADAPTADA) É correto afirmar que a ingestão de álcool 
pelo militar durante o serviço caracteriza o crime militar de embriaguez em serviço.
Item muito bem elaborado pela VUNESP, que pode acabar nos enganando se não estivermos 
atentos. Veja que não é a mera ingestão de álcool que consistirá no delito, mas a efetiva em-
briaguez, o que invalida o item.
Errado.
3.9. dormIr em servIço
Dormir em serviço
Art. 203. Dormir o militar, quando em serviço, como oficial de quarto ou de ronda, ou em situação 
equivalente, ou, não sendo oficial, em serviço de sentinela, vigia, plantão às máquinas, ao leme, de 
ronda ou em qualquer serviço de natureza semelhante:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
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Para alguns doutrinadores (como NUCCI) o delito do art. 203 aparenta, em um primeiro 
olhar, ser demasiado rigoroso, no seu entendimento incompatível com a intervenção mínima, 
princípio que sugere a utilização do Direito Penal (militar ou não) apenas para as condutas 
mais graves e na proteção dos bens jurídicos mais relevantes.
No entanto, observe-se que o contexto do CPM é bastante diferente em razão da disciplina 
militar. Além do mais, verifica-se que o tipo penal não se aplica a todos os casos, mas apenas 
naqueles que guardam alguma relação com a guarda e a segurança da unidade (segurança 
coletiva do local).
Outro ponto importante observado pela doutrina é que o delito é doloso. Ou seja: Não será 
considerada típica a conduta do militar que, com sono ou cansado, e sem conseguir resistir ao 
sono, acaba dormindo. O militar deve, propositalmente, decidir dormir nas condições narradas 
pelo art. 203.
Por fim, cabe ressaltar que o delito é compreendido por boa parte da jurisprudência como 
de mera conduta.
4. Capítulo Iv - do exerCíCIo de ComérCIo
4.1. exerCíCIo de ComérCIo por oFICIal
Exercício de comércio por oficial
Art. 204. Comerciar o oficial da ativa, ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade 
comercial, ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista ou cotista em sociedade anônima, 
ou por cotas de responsabilidade limitada:
Pena – suspensão do exercício do posto, de seis meses a dois anos, ou reforma.
Este delito é particularmente importante pois tutela o serviço militar em si, ao vedar 
que o Oficial possa comerciar, tendo em vista sua influência e ascendência sobre a tropa 
como um todo.
Exercício de comércio por oficial
Art. 204. Comerciar o oficial da ativa, ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade 
comercial, ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista ou cotista em sociedade anônima, 
ou por cotas de responsabilidade limitada:
Pena – suspensão do exercício do posto, de seis meses a dois anos, ou reforma.
O sujeito ativo do delito é o Oficial, seja ele federal ou dos Estados (como um Capitão do 
Exército ou da Polícia Militar, por exemplo).
Note ainda que o delito pode ser praticado de três formas:
• através da prática de comércio;
• tornando-se sócio ou participando de sociedade comercial, salvo como cotista;
• tomando parte em administração ou gerência de sociedade comercial.
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Resumindo: oficial não pode praticar comércio ou fazer parte de sociedade comercial de 
forma alguma, salvo como cotista e sem realizar atos de cunho administrativo.
O delito admite apenas a forma dolosa, e se consuma quando o autor vem a comerciar ou 
a tomar parte, na forma prevista no art. 204, de sociedade comercial.
Para a parcela majoritária da doutrina, o delito não admite a tentativa, e é classificado 
como propriamente militar.
5. mInI “gran-legIs”
5.1. IntegralIdade do texto legal para leItura e revIsão
TÍTULO III DOS CRIMES CONTRA O SERVIÇO
MILITAR E O DEVER MILITAR
CAPÍTULO I DA INSUBMISSÃO
Insubmissão
Art. 183. Deixar de apresentar-se o convocado à incorporação, dentro do prazo que lhe foi 
marcado, ou, apresentando-se, ausentar-se antes do ato oficial de incorporação:
Pena – impedimento, de três meses a um ano.
Caso assimilado
§ 1º Na mesma pena incorre quem, dispensado temporariamente da incorporação, deixa 
de se apresentar, decorrido o prazo de licenciamento.
Diminuição da pena
§ 2º A pena é diminuída de um terço:
a) pela ignorância ou a errada compreensão dos atos da convocação militar, quando 
escusáveis;
b) pela apresentação voluntária dentro do prazo de um ano, contado do último dia marcado 
para a apresentação.
Criação ou simulação de incapacidade física
Art. 184. Criar ou simular incapacidade física, que inabilite o convocado para o servi-
ço militar:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Substituição de convocado
Art. 185. Substituir-se o convocado por outrem na apresentação ou na inspeção de saúde.
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem substitui o convocado.
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Favorecimento a convocado
Art. 186. Dar asilo a convocado, ou tomá-lo a seu serviço, ou proporcionar-lhe ou facilitar-
-lhe transporte ou meio que obste ou dificulte a incorporação, sabendo ou tendo razão para 
saber que cometeu qualquer dos crimes previstos neste capítulo:Pena – detenção, de três meses a um ano.
Isenção de pena
Parágrafo único. Se o favorecedor é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do crimi-
noso, fica isento de pena.
CAPÍTULO II
DA DESERÇÃO
Deserção
Art. 187. Ausentar-se o militar, sem licença, da unidade em que serve, ou do lugar em que 
deve permanecer, por mais de oito dias:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos; se oficial, a pena é agravada.
Casos assimilados
Art. 188. Na mesma pena incorre o militar que:
I – não se apresenta no lugar designado, dentro de oito dias, findo o prazo de trânsito 
ou férias;
II – deixa de se apresentar a autoridade competente, dentro do prazo de oito dias, contados 
daquele em que termina ou é cassada a licença ou agregação ou em que é declarado o estado 
de sítio ou de guerra;
III – tendo cumprido a pena, deixa de se apresentar, dentro do prazo de oito dias;
IV – consegue exclusão do serviço ativo ou situação de inatividade, criando ou simulando 
incapacidade.
Art. 189. Nos crimes dos arts. 187 e 188, ns. I, II e III:
Atenuante especial
I – se o agente se apresenta voluntariamente dentro em oito dias após a consumação do 
crime, a pena é diminuída de metade; e de um terço, se de mais de oito dias e até sessenta;
Agravante especial
II – se a deserção ocorre em unidade estacionada em fronteira ou país estrangeiro, a pena 
é agravada de um terço.
Deserção especial
Art. 190. Deixar o militar de apresentar-se no momento da partida do navio ou aeronave, de 
que é tripulante, ou do deslocamento da unidade ou força em que serve: (Redação dada pela 
Lei n. 9.764, de 18.12.1998)
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Pena – detenção, até três meses, se após a partida ou deslocamento se apresentar, dentro 
de vinte e quatro horas, à autoridade militar do lugar, ou, na falta desta, à autoridade policial, 
para ser comunicada a apresentação ao comando militar competente. (Redação dada pela Lei 
n. 9.764, de 18.12.1998)
§ 1º Se a apresentação se der dentro de prazo superior a vinte e quatro horas e não exce-
dente a cinco dias:
Pena – detenção, de dois a oito meses.
§ 2º Se superior a cinco dias e não excedente a oito dias: (Redação dada pela Lei n. 9.764, 
de 18.12.1998)
Pena – detenção, de três meses a um ano.
§ 2º-A. Se superior a oito dias: (Incluído pela Lei n. 9.764, de 18.12.1998)
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Aumento de pena
§ 3º A pena é aumentada de um terço, se se tratar de sargento, subtenente ou suboficial, e 
de metade, se oficial. (Redação dada pela Lei n. 9.764, de 18.12.1998)
Concerto para deserção
Art. 191. Concertarem-se militares para a prática da deserção:
I – se a deserção não chega a consumar-se:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
Modalidade complexa
II – se consumada a deserção:
Pena – reclusão, de dois a quatro anos.
Deserção por evasão ou fuga
Art. 192. Evadir-se o militar do poder da escolta, ou de recinto de detenção ou de prisão, 
ou fugir em seguida à prática de crime para evitar prisão, permanecendo ausente por mais de 
oito dias:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Favorecimento a desertor
Art. 193. Dar asilo a desertor, ou tomá-lo a seu serviço, ou proporcionar-lhe ou facilitar-lhe 
transporte ou meio de ocultação, sabendo ou tendo razão para saber que cometeu qualquer 
dos crimes previstos neste capítulo:
Pena – detenção, de quatro meses a um ano.
Isenção de pena
Parágrafo único. Se o favorecedor é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do crimi-
noso, fica isento de pena.
Omissão de oficial
Art. 194. Deixar o oficial de proceder contra desertor, sabendo, ou devendo saber encon-
trar-se entre os seus comandados:
Pena – detenção, de seis meses a um ano.
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CAPÍTULO III
DO ABANDONO DE POSTO E DE OUTROS CRIMES EM SERVIÇO
Abandono de posto
Art. 195. Abandonar, sem ordem superior, o posto ou lugar de serviço que lhe tenha sido 
designado, ou o serviço que lhe cumpria, antes de terminá-lo:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
Descumprimento de missão
Art. 196. Deixar o militar de desempenhar a missão que lhe foi confiada:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave.
§ 1º Se é oficial o agente, a pena é aumentada de um terço.
§ 2º Se o agente exercia função de comando, a pena é aumentada de metade.
Modalidade culposa
§ 3º Se a abstenção é culposa:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
Retenção indevida
Art. 197. Deixar o oficial de restituir, por ocasião da passagem de função, ou quando lhe é 
exigido, objeto, plano, carta, cifra, código ou documento que lhe haja sido confiado:
Pena – suspensão do exercício do posto, de três a seis meses, se o fato não constitui crime 
mais grave.
Parágrafo único. Se o objeto, plano, carta, cifra, código, ou documento envolve ou constitui 
segredo relativo à segurança nacional:
Pena – detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave.
Omissão de eficiência da força
Art. 198. Deixar o comandante de manter a força sob seu comando em estado de eficiência:
Pena – suspensão do exercício do posto, de três meses a um ano.
Omissão de providências para evitar danos
Art. 199. Deixar o comandante de empregar todos os meios ao seu alcance para evitar per-
da, destruição ou inutilização de instalações militares, navio, aeronave ou engenho de guerra 
motomecanizado em perigo:
Pena – reclusão, de dois a oito anos.
Modalidade culposa
Parágrafo único. Se a abstenção é culposa:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
Omissão de providências para salvar comandados
Art. 200. Deixar o comandante, em ocasião de incêndio, naufrágio, encalhe, colisão, ou ou-
tro perigo semelhante, de tomar todas as providências adequadas para salvar os seus coman-
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dados e minorar as consequências do sinistro, não sendo o último a sair de bordo ou a deixar 
a aeronave ou o quartel ou sede militar sob seu comando:
Pena – reclusão, de dois a seis anos.
Modalidade culposa
Parágrafo único. Se a abstenção é culposa:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Omissão de socorro
Art. 201. Deixar o comandante de socorrer, sem justa causa, navio de guerra ou mercante, 
nacional ou estrangeiro, ou aeronave, em perigo, ou náufragos que hajam pedido socorro:
Pena – suspensão do exercício do posto, de um a três anos ou reforma.
Embriaguez em serviço
Art. 202. Embriagar-se o militar, quando em serviço, ou apresentar-se embriagado para 
prestá-lo:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Dormir em serviço
Art. 203. Dormir o militar, quando em serviço, como oficial de quarto ou de ronda, ou em 
situação equivalente, ou, não sendo oficial, em serviço de sentinela, vigia, plantão às máquinas, 
ao leme, de ronda ou em qualquer serviço de natureza semelhante:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
CAPÍTULO IV
DO EXERCÍCIO DE COMÉRCIOExercício de comércio por oficial
Art. 204. Comerciar o oficial da ativa, ou tomar parte na administração ou gerência de so-
ciedade comercial, ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista ou cotista em socie-
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RESUMO
Art. 183: Insubmissão
Insubmissão
Art. 183. Deixar de apresentar-se o convocado à incorporação, dentro do prazo que lhe foi marcado, 
ou, apresentando-se, ausentar-se antes do ato oficial de incorporação:
Pena – impedimento, de três meses a um ano.
Caso assimilado
§ 1º Na mesma pena incorre quem, dispensado temporariamente da incorporação, deixa de se apre-
sentar, decorrido o prazo de licenciamento.
Diminuição da pena
§ 2º A pena é diminuída de um terço:
a) pela ignorância ou a errada compreensão dos atos da convocação militar, quando escusáveis;
b) pela apresentação voluntária dentro do prazo de um ano, contado do último dia marcado para a 
apresentação.
Diminuição de Pena
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DIREITO PENAL MILITAR
Douglas Vargas
Súmula n. 7 STM – O crime de insubmissão, capitulado no art. 183 do CPM, caracteri-
za-se quando provado de maneira inconteste o conhecimento pelo conscrito da data e 
local de sua apresentação para incorporação, através de documento hábil constante dos 
autos. A confissão do indigitado insubmisso deverá ser considerada no quadro do con-
junto probatório.
Criação ou simulação de incapacidade física
Criação ou simulação de incapacidade física
Art. 184. Criar ou simular incapacidade física, que inabilite o convocado para o serviço militar:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Substituição de convocado
Substituição de convocado
Art. 185. Substituir-se o convocado por outrem na apresentação ou na inspeção de saúde.
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem substitui o convocado.
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Favorecimento a convocado
Favorecimento a convocado
Art. 186. Dar asilo a convocado, ou tomá-lo a seu serviço, ou proporcionar-lhe ou facilitar-lhe trans-
porte ou meio que obste ou dificulte a incorporação, sabendo ou tendo razão para saber que come-
teu qualquer dos crimes previstos neste capítulo:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
Isenção de pena
Parágrafo único. Se o favorecedor é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica 
isento de pena.
Deserção
Deserção
Art. 187. Ausentar-se o militar, sem licença, da unidade em que serve, ou do lugar em que deve per-
manecer, por mais de oito dias:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos; se oficial, a pena é agravada.
Casos assimilados
Art. 188. Na mesma pena incorre o militar que:
I – não se apresenta no lugar designado, dentro de oito dias, findo o prazo de trânsito ou férias;
II – deixa de se apresentar a autoridade competente, dentro do prazo de oito dias, contados daquele 
em que termina ou é cassada a licença ou agregação ou em que é declarado o estado de sítio ou 
de guerra;
III – tendo cumprido a pena, deixa de se apresentar, dentro do prazo de oito dias;
IV – consegue exclusão do serviço ativo ou situação de inatividade, criando ou simulando incapa-
cidade.
Art. 189. Nos crimes dos arts. 187 e 188, ns. I, II e III:
Atenuante especial
I – se o agente se apresenta voluntariamente dentro em oito dias após a consumação do crime, a 
pena é diminuída de metade; e de um terço, se de mais de oito dias e até sessenta;
Agravante especial
II – se a deserção ocorre em unidade estacionada em fronteira ou país estrangeiro, a pena é agra-
vada de um terço.
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O STM entende que não é possível aplicar a Lei 9.099/95 ao delito em estudo.
Casos assimilados
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Atenuantes e agravantes
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Deserção especial
Deserção especial
Art. 190. Deixar o militar de apresentar-se no momento da partida do navio ou aeronave, de que é 
tripulante, ou do deslocamento da unidade ou força em que serve: (Redação dada pela Lei n. 9.764, 
de 18.12.1998)
Pena – detenção, até três meses, se após a partida ou deslocamento se apresentar, dentro de vin-
te e quatro horas, à autoridade militar do lugar, ou, na falta desta, à autoridade policial, para ser 
comunicada a apresentação ao comando militar competente. (Redação dada pela Lei n. 9.764, de 
18.12.1998)
§ 1º Se a apresentação se der dentro de prazo superior a vinte e quatro horas e não excedente a 
cinco dias:
Pena – detenção, de dois a oito meses.
§ 2º Se superior a cinco dias e não excedente a oito dias: (Redação dada pela Lei n. 9.764, de 
18.12.1998)
Pena – detenção, de três meses a um ano.
§ 2º-A. Se superior a oito dias: (Incluído pela Lei n. 9.764, de 18.12.1998)
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Aumento de pena
§ 3º A pena é aumentada de um terço, se se tratar de sargento, subtenente ou suboficial, e de meta-
de, se oficial. (Redação dada pela Lei n. 9.764, de 18.12.1998)
Para a doutrina, é crime permanente, que possui forma omissiva e, portanto, não admite a 
tentativa.
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Concerto para deserção
Concerto para deserção
Art. 191. Concertarem-se militarespara a prática da deserção:
I – se a deserção não chega a consumar-se:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
Modalidade complexa
II – se consumada a deserção:
Pena – reclusão, de dois a quatro anos.
Deserção por evasão ou fuga
Deserção por evasão ou fuga
Art. 192. Evadir-se o militar do poder da escolta, ou de recinto de detenção ou de prisão, ou fugir em 
seguida à prática de crime para evitar prisão, permanecendo ausente por mais de oito dias:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Favorecimento a desertor
Favorecimento a desertor
Art. 193. Dar asilo a desertor, ou tomá-lo a seu serviço, ou proporcionar-lhe ou facilitar-lhe transporte 
ou meio de ocultação, sabendo ou tendo razão para saber que cometeu qualquer dos crimes previs-
tos neste capítulo:
Pena – detenção, de quatro meses a um ano.
Isenção de pena
Parágrafo único. Se o favorecedor é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica 
isento de pena.
Omissão de oficial
Omissão de oficial
Art. 194. Deixar o oficial de proceder contra desertor, sabendo, ou devendo saber encontrar-se entre 
os seus comandados:
Pena – detenção, de seis meses a um ano.
Abandono de posto
Abandono de posto
Art. 195. Abandonar, sem ordem superior, o posto ou lugar de serviço que lhe tenha sido designado, 
ou o serviço que lhe cumpria, antes de terminá-lo:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
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Descumprimento de missão
Descumprimento de missão
Art. 196. Deixar o militar de desempenhar a missão que lhe foi confiada:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave.
§ 1º Se é oficial o agente, a pena é aumentada de um terço.
§ 2º Se o agente exercia função de comando, a pena é aumentada de metade.
Modalidade culposa
§ 3º Se a abstenção é culposa:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
Retenção indevida
Retenção indevida
Art. 197. Deixar o oficial de restituir, por ocasião da passagem de função, ou quando lhe é exigido, 
objeto, plano, carta, cifra, código ou documento que lhe haja sido confiado:
Pena – suspensão do exercício do posto, de três a seis meses, se o fato não constitui crime mais 
grave.
Parágrafo único. Se o objeto, plano, carta, cifra, código, ou documento envolve ou constitui segredo 
relativo à segurança nacional:
Pena – detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave.
Omissão de eficiência da força
Omissão de eficiência da força
Art. 198. Deixar o comandante de manter a força sob seu comando em estado de eficiência:
Pena – suspensão do exercício do posto, de três meses a um ano.
O sujeito ativo do delito não é nenhum dos membros da força que não estava em estado de 
eficiência. O autor do delito é o comandante, e somente ele!
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Omissão de providências para evitar danos
Omissão de providências para evitar danos
Art. 199. Deixar o comandante de empregar todos os meios ao seu alcance para evitar perda, des-
truição ou inutilização de instalações militares, navio, aeronave ou engenho de guerra motomecani-
zado em perigo:
Pena – reclusão, de dois a oito anos.
Modalidade culposa
Parágrafo único. Se a abstenção é culposa:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
Omissão de providências para salvar comandados
Omissão de providências para salvar comandados
Art. 200. Deixar o comandante, em ocasião de incêndio, naufrágio, encalhe, colisão, ou outro perigo 
semelhante, de tomar todas as providências adequadas para salvar os seus comandados e minorar 
as consequências do sinistro, não sendo o último a sair de bordo ou a deixar a aeronave ou o quartel 
ou sede militar sob seu comando:
Pena – reclusão, de dois a seis anos.
Modalidade culposa
Parágrafo único. Se a abstenção é culposa:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Omissão de socorro
Omissão de socorro
Art. 201. Deixar o comandante de socorrer, sem justa causa, navio de guerra ou mercante, nacional 
ou estrangeiro, ou aeronave, em perigo, ou náufragos que hajam pedido socorro:
Pena – suspensão do exercício do posto, de um a três anos ou reforma.
Embriaguez em serviço
Embriaguez em serviço
Art. 202. Embriagar-se o militar, quando em serviço, ou apresentar-se embriagado para prestá-lo:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Dormir em serviço
Dormir em serviço
Art. 203. Dormir o militar, quando em serviço, como oficial de quarto ou de ronda, ou em situação 
equivalente, ou, não sendo oficial, em serviço de sentinela, vigia, plantão às máquinas, ao leme, de 
ronda ou em qualquer serviço de natureza semelhante:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
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Exercício de comércio por oficial
Exercício de comércio por oficial
Art. 204. Comerciar o oficial da ativa, ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade 
comercial, ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista ou cotista em sociedade anônima, 
ou por cotas de responsabilidade limitada:
Pena – suspensão do exercício do posto, de seis meses a dois anos, ou reforma.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (MARINHA/PRIMEIRO TENENTE/2017) De acordo com entendimento atual constante 
em Enunciado de Súmula do STM, a caracterização do crime de insubmissão, tipificado no art. 
183 do Código Penal Militar, ocorre quando
a) provado, de maneira inconteste, o conhecimento pelo conscrito da data e local de sua apre-
sentação para incorporação, através de documento hábil constante dos autos. A confissão do 
indigitado insubmisso deverá ser considerada no quadro do conjunto probatório.
b) provado, de maneira inconteste, o conhecimento, pelo conscrito, da data e local de sua apre-
sentação, para incorporação, seja através de documentos ou anotação hábil constante dos 
autos, seja através de sua própria confissão.
c) não houver a apresentação do convocado à incorporação, dentro do prazo que lhe foi marca-
do, independentemente de prova inconteste de que o conscrito tinha o conhecimento da data 
e local de sua apresentação.
d) não houver a apresentação do convocado à incorporação, dentro do prazo que lhe foi mar-
cado, e desde que demonstrado nos autos que o conscrito tinha o potencial conhecimento da 
data e local de apresentação para incorporação.
e) não houver a apresentação do convocado à incorporação, dentro do prazo que lhe foi mar-
cado, e o conscrito não provar, de maneira inconteste, que não tinha o conhecimento da data e 
local de sua apresentaçãopara incorporação.
Questão que cobra apenas a literalidade do enunciado da Súmula n. 7 do STM.
Letra a.
002. (CRS/PM-MG/ASPIRANTE/ADAPTADA) Marque a alternativa CORRETA. O Código Penal Mil-
itar prevê, dentre outros, os seguintes crimes militares que admitem a modalidade culposa:
a) Abandono de posto (art. 195 do CPM); descumprimento de missão (art. 196 do CPM).
b) Descumprimento de missão (art. 196 do CPM); dormir em serviço (art. 203 do CPM).
c) Descumprimento da missão (art. 196 do CPM); omissão de providência para evitar danos 
(art. 199 do CPM).
d) Descumprimento da missão (art. 196 do CPM); omissão de providência para evitar danos 
(art. 199 do CPM); Abandono de Posto (art. 195 do CPM).
Dentre os delitos narrados, a única assertiva que apresenta somente condutas que admitem a 
modalidade culposa é a “c” (art. 196 e 199 do CPM).
Letra c.
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Crimes contra o Serviço Militar e o Dever Militar
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003. (VUNESP/TJM-SP/ESCREVENTE/ADAPTADA) Assinale a alternativa que apresenta a 
assertiva correta.
a) Desrespeitar um superior hierárquico diante de um outro militar caracteriza o crime militar 
contra o serviço militar.
b) O despojamento, apenas por menosprezo, de uniforme militar por parte do militar caracteri-
za crime contra o dever militar.
c) Criar ou simular incapacidade física que inabilite o convocado para o serviço militar é crime 
contra o serviço militar e o dever militar.
d) Pratica o crime militar de deserção o militar que se ausenta, sem licença, da unidade em que 
serve, ou do lugar em que deve permanecer, por mais de dois dias.
Vejamos:
a) Errada. Na verdade, a referida conduta é crime contra a autoridade ou disciplina militar.
b) Errada. Na verdade, a referida conduta também é crime contra a autoridade ou discipli-
na militar.
c) Certa. Literalidade do art. 184 do CPM e correta classificação do delito.
d) Errada. O delito exige mais de oito dias, e não dois, como afirma o item.
Letra c.
004. (VUNESP/TJM-SP/ESCREVENTE/ADAPTADA) É correto afirmar que
a) o crime militar de dormir em serviço exige o dolo do autor para a sua caracterização.
b) a ingestão de álcool pelo militar durante o serviço caracteriza o crime militar de embriaguez 
em serviço.
c) o simples concerto para deserção não é crime militar.
d) pratica o crime militar de exercício de comércio a praça que toma parte na administração ou 
gerência de sociedade comercial.
Vejamos:
a) Certa. Exatamente conforme estudamos, não se admite a forma culposa do delito de dormir 
em serviço.
b) Errada. É necessária a embriaguez, não a mera ingestão de álcool para configuração do delito.
c) Errada. Há previsão no art. 191 do CPM.
d) Errada. Na verdade, o referido delito se configura com sua prática por oficial – não por praça.
Letra a.
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Crimes contra o Serviço Militar e o Dever Militar
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005. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA) O brasileiro convocado à incorpora-
ção que não se apresentar no prazo estipulado se sujeita à penalidade, prevista no Código 
Penal Militar, por crime de insubmissão.
Com certeza! Trata-se da figura delitiva prevista no art. 183 do CPM.
Letra d.
006. (IBFC/CBM-SE/SOLDADO/2018) Dentre os crimes militares abaixo enunciados, assinale 
aquele que admite conduta culposa:
a) Descumprimento de missão.
b) Omissão de eficiência da força.
c) Favorecimento a desertor.
d) Retenção indevida.
Questão que extrapola os crimes estudados na aula de hoje, mas a qual conseguiremos resol-
ver, haja vista que o delito de descumprimento de missão (art. 196 do CPM) possui modalidade 
culposa prevista em seu § 3º.
Letra a.
007. (VUNESP/PM-SP/OFICIAL) Ocorrerá o crime de deserção quando se ausentar o militar, 
sem licença, da unidade em que serve, ou do lugar em que deve permanecer, por mais de oito 
dias, cuja pena será de detenção de seis meses a dois anos e, se oficial, a pena é agravada. 
Além dessa hipótese, o Código Penal Militar traz outras formas similares à deserção. Assinale 
a alternativa que apresenta corretamente uma dessas outras formas.
a) Na mesma pena da deserção incorre o militar que deixa de se apresentar à autoridade com-
petente, dentro do prazo de cinco dias, contados daquele em que termina ou é cassada a licen-
ça ou agregação ou em que é declarado o estado de sítio ou de guerra.
b) Na mesma pena da deserção incorre o militar que não se apresenta no lugar designado, 
dentro de quarenta e oito horas, findo o prazo de trânsito ou férias.
c) Na mesma pena da deserção incorre o militar que, tendo cumprido a pena, deixa de se apre-
sentar, dentro do prazo de setenta e duas horas.
d) Na mesma pena da deserção incorre o militar que consegue exclusão do serviço ativo ou 
situação de inatividade, criando ou simulando incapacidade.
e) Na mesma pena da deserção incorre o militar que, dispensado temporariamente da incorpo-
ração, deixa de se apresentar, decorrido o prazo de licenciamento.
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Crimes contra o Serviço Militar e o Dever Militar
DIREITO PENAL MILITAR
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Questão integralmente baseada nas formas equiparadas da deserção, previstas no art. 188 
do CPM. Nesse sentido, está integralmente de acordo com as hipóteses do referido artigo a 
assertiva “d”.
Letra d.
008. (EXÉRCITO/ESFCEX/OFICIAL – DIREITO) Sobre os crimes contra o serviço e o dever 
militar, é correto afirmar que
a) dormir em serviço não é conduta tipificada como crime, podendo caracterizar transgressão 
ou contravenção disciplinar.
b) o crime de insubmissão (art.183 do CPM) pode ser praticado por militar reformado.
c) o crime de insubmissão (art. 183 do CPM) é o único crime do Código Penal Militar cuja pena 
é de impedimento.
d) o crime de insubmissão (art.183 do CPM) não pode ser praticado por civil.
e) o crime de deserção, em todas as suas modalidades, ocorre por ausência por mais de oito dias
Vejamos, caso a caso:
a) Errada. Conforme estudamos, há sim a conduta típica de dormir em serviço.
b) Errada. Insubmissão é delito praticado por civil – não por militares.
c) Certa. Curiosidade interessante, o delito de insubmissão de fato é o único ao qual é aplicada 
a referida pena em seu preceito secundário.
d) Errada. Conforme estudamos, trata-se de crime praticado por civis.
e) Errada. Não são todas as hipóteses. A hipótese equiparada do art. 188, IV (IV – consegue 
exclusão do serviço ativo ou situação de inatividade, criando ou simulando incapacidade.) não 
prevê prazo de 8 dias.
Letra c.
009. (FUNCAB/CBM-AC/SOLDADO) Caso o oficial deixe de restituir, por ocasião da passa-
gem de função, ou quando lhe é exigido, objeto, plano, carta, cifra, código ou documento que 
lhe haja sido confiado, incorrerá na prática do crime de:
a) omissão de eficiência da força.
b) omissão de providências para evitar danos.
c) descumprimento de missão.
d) omissão de oficial.
e) retenção indevida.
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