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02 Sindrome da aspiracao meconial e doenca das membranas hialinas med_rabiscos

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Taise Terra @med_rabiscos 
 
 
 
 
 
 
SÍNDROME DA ASPIRAÇÃO MECONIAL 
• Eliminação de mecônio pelo feto no útero ou no canal do parto pode resultar em aspiração meconial 
• Mecônio: primeiras fezes do bebê; esverdeado (deglutição de líquido amniótico) 
• É eliminado espontaneamente no período neonatal, porém, em situação de sofrimento e estresse pode ser eliminado também ® exemplos 
de situações: no trabalho de parto, quando ocorre sofrimento fetal; fetos pós termos ou pré termos; ausência de oxigênio 
 
Manifestações 
• Sintomas respiratórios (dificuldade respiratória), atelectasia (radiografia), áreas de hiperdistensão 
pulmonar 
o Atelectasia = colapso completo ou parcial do pulmão ou lóbulo 
o Substâncias vão obstruir os brônquios, impedindo uma troca de gases efetiva 
o As vias respiratórias podem bloquear parcialmente, nesse caso, o ar alcança partes dos pulmões 
além do bloqueio, mas não é expirado (vai expandir; hiperinsuflação) ® rompimento; colapso 
pulmonar ® ar na cavidade torácica ® pneumotórax 
 
Histologia 
• Tampões de mecônio (escamas e corpúsculos meconiais) obstruindo as vias respiratórias ® 
ocupam espaços nos alvéolos que deveria ter ar 
• Áreas de atelectasia: expansão incompleta e colapso pulmonar; obstrução brônquica (atelectasia 
por reabsorção) 
• Áreas de hiperdistensão: aumento do tamanho dos alvéolos (podendo romper) ® pode levar a 
enfisema intersticial (extravasamento de ar para o interstício pulmonar) 
• Pode ser acompanhado de membranas hialinas e persistência de padrão fetal de circulação 
pulmonar 
 
Tratamento 
• Limpar vias aéreas 
• Oferecer suporte ventilatório ao feto 
• Se for em quantidades baixas, o feto irá drenar sozinho 
• O perigo está na quantidade de mecônio aspirado! 
 
 
DOENÇAS DAS MEMBRANAS HIALINAS 
• Expressão anatomopatológica 
• Síndrome da angústia respiratória do recém nascido (expressão empregada na clínica) 
• Mais comum em prematuros 
o Pulmões estrutural e bioquimicamente imaturos 
o Deficiência de surfactante (neonatos com menos de 37 semanas) 
o Agressão epitelial/endotelial (síndrome da angústia respiratória aguda ® adultos) 
 
Causas/Fatores de risco 
• Deficiência de surfactante (prematuridade) 
• Diabetes materno ® causa hiperinsulinismo do feto, porque o contato com a alta glicemia 
força a produção de insulina pelo feto 
• Cesariana 
• Retardo do crescimento intrauterino 
• Gestações múltiplas 
 
Sinais e sintomas 
• Aparecem logo após o nascimento 
• Respiração ruidosa, uso de músculos acessórios e batimento de asas de nariz 
 
Diagnóstico: clínico! O risco pré-natal pode ser avaliado com testes de maturidade pulmonar 
fetal 
 
Tratamento: surfactantes e cuidados de apoio. Pode ser administrado corticoide na mãe, que irá atingir a placenta e estimular produção de 
surfactante. 
 
 
 
 
síndrome da aspiração meconial 
e doença das membranas hialinas 
Taise Terra @med_rabiscos 
Taise Terra @med_rabiscos 
 
Surfactante 
• Constituído por lecitina e proteínas 
• Sintetizado por pneumócitos tipo II 
• Produção atinge níveis fisiológicos a partir da 35ª semana gestacional 
• Corticoides estimulam a produção de surfactante 
• Insulina inibe a produção de surfactante 
• Parto normal estimula a síntese (por causa do estresse) 
• A presença reduz a tensão superficial dos alvéolos, permitindo abertura eficaz após os primeiros movimentos respiratórios 
• A ausência leva a colapso alveolar após a inspiração, com repercussões na perfusão e na ventilação; exige maior esforço mecânico pra 
respiração 
• Hipóxia: surgem lesões em células epiteliais e endoteliais e passagem de macromoléculas para os alvéolos. Mistura de restos celulares com 
fibrina ® formam membranas hialinas (rosa) 
 
Membranas hialinas: substância que cobre os alvéolos e impede trocas gasosas, produzida durante estresse. 
 
Exame clínico 
• A criança apresenta aumento da frequência respiratória (taquipneia) 
• Esforço respiratório moderado a grave 
• Retração subcostal 
• Batimento da asa do nariz 
• Palidez cutânea 
• Gemência 
• Cianose 
• Evolução progressiva, com piora ocorrendo em geral nas primeiras 24h após o nascimento 
 
Exame macroscópico 
• Pulmões vinhosos e com consistência sólida 
• “hepatização”pulmonar 
 
Exame radiológico 
• Hipotransparência homogênea (aspectro vidro fosco; “embaçado”) 
• Microatelectasias (locais que fecham) 
• Edema intersticial (cinza) 
• Broncogramas aéreos principalmente em lobos superiores (mais ventilados) ® aparecem como buracos 
negros com cinza em volta, aspecto de peneira 
• Inicialmente a radiografia é normal, apresentando-se alterada por volta de 12h de vida 
 
Exame microscópico 
• Colapso dos espaços aéreos distais e necrose do epitélio dos bronquíolos terminais e dos ductos alveolares, que ficam delineados por densas 
membranas eosinofílicas (membranas hialinas) 
 
 
Tratamento 
• Surfactante 
• Técnicas adequadas de ventilação assistida 
• Na grande maioria dos pacientes que sobrevivem, os pulmões recuperam sua estrutura e função normal 
 
Prevenção 
• Administração antenatal de corticoides à mãe; induz a síntese de surfactante no feto

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