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GABRIELLA VAZ-MEDICINA UFR DESCONFORTO RESPIRATÓRIO NO RN OBJETIVOS 1-Estudar a doença da membrana hialina. 2-Compreender os diagnósticos diferenciais (pneumonia, aspiração de mecônio, taquipneia transitória). 3-Entender o boletim de Silverman-Anderson. SINDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO= DOENÇA DA MEMBRANA HIALINA O estabelecimento bem-sucedido da função pulmonar adequada no nascimento depende da permeabilidade das vias aéreas, desenvolvimento funcional pulmonar e maturidade do controle respiratório. O fluido pulmonar fetal deve ser removido e substituído por gás, de modo que esse processo é iniciado antes do nascimento quando ocorre o transporte ativo de sódio da luz para o interstício e posteriormente absorvido pela vasculatura. O aumento dos níveis de catecolaminas circulantes, vasopressina, prolactina e glicocorticoides melhora a absorção do fluido pulmonar e desencadeia a alteração no epitélio pulmonar, de um modo secretor de cloreto para uma forma que reabsorva o sódio. Durante o trabalho de parto, a compressão intermitente do tórax facilita a remoção do fluido pulmonar. A entrada de ar nos pulmões na primeira respiração também auxilia na remoção desse líquido e as pressões mais elevadas necessárias para iniciar a respiração são exigidas para superar as forças opostas da tensão superficial (daí a importância do surfactante) e a viscosidade do líquido. A pressão necessária para abrir a unidade pulmonar está relacionada com raio de curvatura e tensão de superfície do fluido no espaço aéreo levado para a unidade pulmonar • A principal causa é a deficiência na produção ou secreção de surfactante, os quais possuem uma composição de fosfolipídeo com proteínas, sintetizados pelos pneumócitos do tipo 2. Esses agentes de superfície ativos são liberados nos alvéolos, onde reduzem a tensão superficial e auxiliam a manter a estabilidade alveolar evitando o colapso de pequenos espaços aéreos no final da expiração. Níveis maduros de surfactante pulmonar estão presentes normalmente após 35 semanas de gestação. Também pode ter como causa os distúrbios genéticos, relacionados com genes das proteínas constituintes os dos transportadores do surfactante. • A síndrome do desconforto respiratório (SDR) ocorre principalmente nas crianças prematuras; FATORES DE RISCO • O diabetes materno (uma vez que a insulina dificulta a síntese de surfactante), gestação múltipla, parto por cesariana, parto acelerado, asfixia, estresse causado pelo frio e um histórico materno de crianças previamente afetadas. RN prematuros com peso menor que 1.500g FISIOPATOLOGIA • Alvéolos com pouco surfactante tendem a entrar em colapso, levando a atelectasia, alteração da relação V/Q, hipoxemia e acidose respiratória • A reabertura repetitiva do alvéolo e o colapso pode danificar a arquitetura pulmonar e alterar a permeabilidade das membranas (membrana hialina), permitindo um acúmulo do líquido pulmonar MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Aparecem geralmente nos primeiros minutos do nascimento; • Alguns pacientes exigem reanimação no nascimento devido a asfixia intraparto ou desconforto respiratório grave (especialmente com um peso < 1.000 g) • De modo geral são observadas especificamente taquipneia, gemência acentuada (com frequência audível) e cianose. GABRIELLA VAZ-MEDICINA UFR • O murmúrio vesicular pode ser normal ou apresentar crepitações finas. Ausculta diminuída pela baixa entrada de ar. • E se não tratado, ocorre um agravamento da cianose e dispneia, acidose mista respiratória- metabólica, edema, oligúria. • A morte pode resultar do grave comprometimento de troca gasosa, escape de ar alveolar (enfisema intersticial, pneumotórax), hemorragia pulmonar ou hemorragia intraventricular (IVH) • Exame físico: esforço respiratório, cianose, avaliação clínica do desconforto respiratório com boletim de siverman-andersen, sinais cardíacos e sinais gerais • boletim de Silverman‐Andersen: notas acima de 4 expressam dificuldade respiratória de moderada a grave DIAGNÓSTICO • História materna, condições de nascimento e identificação dos fatores de risco como prematuridade e baixo peso. • Radiologicamente, observa-se aspecto reticulogranular de intensidade variada: leve (grau I); moderado (grau II); grave (grau III) e opacidade total (grau IV). • Radiografia de tórax = infiltrado granular difuso com aspecto de vidro moído e aumento de líquido pulmonar • Avaliação das trocas gasosas e dos distúrbios acidobásicos na gasometria sanguínea • Pulmões apresentam uma granularidade reticular fina do parênquima e broncogramas aéreos, os quais com frequência são mais visíveis inicialmente no lobo inferior esquerdo devido à sobreposição da sombra cardíaca??? • No diagóstico diferencial, a sepse precoce pode ser indistinguível da SDR, mas pode ter seu diagnóstico indicado com a colonização materna por estreptococos do grupo B e a identificação de organismos de coloração gram em aspirados traqueais e gástricos. • A radiografia pode ser idêntica à pneumonia • A taquipneia transitória pode ser diferenciada por sua evolução clínica mais curta e branda e é caracterizada por uma baixa suplementação de oxigênio ou por não necessitar dessa suplementação. PREVENÇÃO • Evitar o parto por cesariana sem indicação ou antecipado de forma insatisfatória ou a indução precoce do parto. • A administração de corticosteroides no período pré-natal às mulheres antes de 34 semanas de gestação reduz acentuadamente a incidência e a mortalidade da SDR, bem como a mortalidade neonatal geral- reduz a necessidade e a duração de suporte ventilatório e internações em UTI. • Um ciclo completo consiste em duas doses de betametasona (12 mg IM) separadas por intervalo de 24 horas ou quatro doses de dexametasona (6 mg IM), a intervalos de 12 horas. • A administração de esteroides é recomendada para todas as mulheres em trabalho de parto prematuro com probabilidade de nascimento do feto dentro do período de uma semana • A CPAP (pressão positiva contínua nas vias aéreas) iniciada no nascimento é tão eficaz quanto a administração profilática ou precoce do surfactante e é a abordagem de escolha para o manejo na sala de parto de um recém- nascido prematuro em risco para a SDR. TRATAMENTO • O defeito básico que exige tratamento na SDR é a troca pulmonar inadequada de oxigênio e GABRIELLA VAZ-MEDICINA UFR dióxido de carbono, tendo como complicações secundárias a acidose metabólica e insuficiência circulatória • A terapia exige monitorização cuidadosa e constante das frequências cardíaca e respiratória, de saturação de oxigênio, Pao2, Paco2, pH, bicarbonato sérico, eletrólitos, glicose, hematócritos, pressão arterial e temperatura. • Manutenção adequada da temperatura corporal, entre 36,5 e 37,5 de prematuros na admissão da uti • Oxigênio umidificado e aquecido deve ser fornecido em uma concentração suficiente no início para manter a pressão de oxigênio arterial entre 50 e 70 mmHg (91-95% de saturação) no intuito de preservar a oxigenação normal dos tecidos, enquanto minimiza o risco de toxicidade do oxigênio. • Utilização de CPAP (pressão positiva contínua nas vias respiratórias) está associada a menor necessidade de ventilação e menor necessidade de surfactante exógeno no período neonatal. É uma modalidade de ventilação não invasiva exerce importante ação fisiológica, por meio do aumento da capacidade residual funcional e promoção do crescimento pulmonar prematuro, reduz a resistência das vias aéreas, mantendo-as sempre abertas. • Para casos graves de insuficiência respiratória, com hipóxia acentuada e acidose grave PCO2> 60 mmHg, apesar do uso do CPAP, a ventilação mecânica deve ser indicada • O objetivo da ventilaçãomecânica é melhorar a oxigenação e a eliminação de dióxido de carbono sem causar lesão pulmonar ou toxicidade de oxigênio • Em recém nascidos com SDR não responsivos ao CPAP, o tratamento com surfactante endotraqueal. Os efeitos imediatos da terapia de reposição de surfactante incluem a melhoria dos gradientes alvéolo-arterial de oxigênio, redução na necessidade do suporte ventilatório, aumento da complacência pulmonar e melhora da imagem radiológica. • A eficácia da terapia está associada a técnica de administração. • As complicações da terapia com surfactante incluem hipóxia transitória, hipercapnia, bradicardia e hipotensão, obstrução do tubo endotraqueal e hemorragia pulmonar e por isso deve ser realizado por um médico qualificado em manejo respiratório. • Diversas preparações de surfactante estão disponíveis, incluindo os surfactantes sintéticos e os surfactantes naturais derivados de fontes de origem animal • Os corticosteroides sistêmicos têm sido usados para o tratamento de crianças com SDR, para tratar seletivamente crianças que necessitam de suporte respiratório contínuo e para o tratamento de crianças nas quais ocorreu o desenvolvimento de DBP. TAQUIPENEIA TRANSITÓRIA DO RECÉM-NASCIDO • É a causa mais comum de dificuldade respiratória neonatal. • É mais comum após o parto por cesariana a termo • Caracterizada pelo início precoce da taquipneia que pode ser acompanhada de retração e gemência respiratória • A síndrome ocorre secundariamente à absorção lenta do líquido pulmonar fetal, resultando na redução da complacência pulmonar e do volume corrente e no aumento do espaço morto. A frequência respiratória pode chegar a 100-129 por minuto • Fatores de risco: diabetes materna, cesariana sem trabalho de parto, asfixia, idade gestacional entre 34-37 semanas, sexo masculino, macrossomia. • QUADRO CLÍNICO: O líquido nas vias aéreas causa colapso bronquiolar, com consequente aprisionamento de ar e hiperinsuflação. Também há redução da complacência pulmonar. Sinais de insuficiência respiratória leve ou moderada, com duração de 3-5 dias. • Diâmetro AP do tórax aumentado • DIAGNÓSTICO: de exclusão!!! • A ausculta geralmente é limpa e sem crepitações ou sibilos • Radiografia: • O quadro radiológico: hiperinsuflação pulmonar, infiltrado difuso, presença de líquido nas fissuras interlobares, marcas proeminentes da vasculatura pulmonar TRATAMENTO GABRIELLA VAZ-MEDICINA UFR • O tratamento é de suporte com oxigenoterapia (manter saturação de O2 entre 90-92 %) • Avaliar a necessidade de CPAP nasal e de ventilação mecânica. • É uma condição comum, benigna e autolimitada SINDROME DE ASPIRAÇÃO FETAL • Em aproximadamente 10% a 20% das gestações pode-se observar líquido amniótico meconial, e 5% desses conceptos apresentará a SAM. • Os mecanismos que levam o mecônio a ser eliminado para o líquido amniótico permanecem controversos. • Em decorrência do sofrimento fetal, as crianças pode iniciar movimentos respiratórios vigorosos no útero, devido a alteração no suprimento de oxigênio através da placenta e assim pode aspirar líquido amniótico contendo vérnix caseoso, mecônio, sangue, ou material do canal vaginal, o que pode bloquear as vias aéreas menores e interferir com as trocas gasosas. • O líquido amniótico tinto de mecônio é encontrado em 10-15% dos nascimentos e ocorre geralmente nas crianças nascidas a termo ou pós-termo, sendo esse o principal fator de risco, junto com sofrimento fetal. • De um modo geral, mas não obrigatoriamente, o sofrimento fetal e a hipóxia ocorrem antes da passagem do mecônio para o líquido amniótico. Os RN estão sujos de mecônio e podem nascer deprimidos exigindo reanimação na sala de parto • FISIOPATOLOGIA: A aspiração pode ocorrer intraútero, ou, na maioria dos casos, durante os primeiros movimentos respiratórios. O mecônio pode provocar alterações obstrutivas e inflamatórias. As vias aéreas obstruídas podem evoluir para atelectasia, provocando hipóxia e acidose. Nos locais com obstrução parcial, observa-se um mecanismo valvular em que o ar entra, mas tem dificuldade para sair, ocasionando áreas hiperinsufladas, facilitando o escape de ar. A ação inflamatória local do mecônio resulta em pneumonia química e necrose celular • O mecônio pode alterar a função do surfactante existente nos alvéolos e provocar mais atelectasias • QUADRO CLÍNICO: Todos esses processos resultam em múltiplas áreas de atelectasias alternadas com áreas de hiperinsuflação, além do quadro de hipertensão pulmonar, que levam a alterações profundas da relação ventilação/perfusão, com aparecimento de hipoxemia, hipercapnia e acidose. • O quadro de desconforto respiratório é precoce, mas de intensidade variável, com sintomas de depressão respiratória e neurológica • DIAGNÓTICO: • A radiografia torácica típica consiste de áreas de atelectasia com aspecto granular grosseiro alternado com áreas de hiperinsuflação em ambos os campos pulmonares • O risco de aspiração de mecônio pode ser reduzido pela identificação rápida do sofrimento fetal e pelo início imediato do parto na presença da desaceleração tardia da frequência cardíaca fetal ou da variabilidade insatisfatória na frequência dos batimentos cardíacos fetais • O tratamento da SAM inclui medidas de suporte e tratamento padrão para o desconforto respiratório • A taxa de mortalidade dos RN com líquido tinto de mecônio é consideravelmente mais elevada do que das crianças com líquido amniótico claro • Pode variar de formas leves até quadros de insuficiência respiratória grave, com hipertensão pulmonar persistente. Risco de enfisema pelo aprisionamento de ar, podendo ocorrer escape com pneumotórax GABRIELLA VAZ-MEDICINA UFR • Entubação e aspiração de bebes que nascem banhados de mecônio, mas vigorosos, não resultam em redução na incidência de SAM • Casos de respiração irregular/ausente e/ou hipotonia e/ ou FC < 100 bpm: colocar em calor radiante, e sob visualização direta da laringoscopia: aspirar boca e hipofaringe com sonda traqueal número 10 e aspirar traqueia com cânula endotraqueal. • Dependendo da necessidade de FiO2 desse baby, pode-se optar pelo uso de capacete ou de CPAP nasal • Na prática, é recomendado que se inicie antibioticoterapia para as crianças com SAM que evoluem com distúrbio respiratório e radiografia muito alterada, sendo o tempo de tratamento determinado pela evolução clínica e radiológica • A administração de surfactante em crianças a termo pode reduzir a gravidade da doença, uma vez que a atividade surfactante endógena pode ser inibida pelo mecônio. PNEUMONIA • Inflamação do parênquima pulmonar por algum agente infeccioso • É o sítio mais comum de sepse neonatal • A presença de taquipneia, cianose ou outros sinais de desconforto respiratório sugerem o quadro pulmonar • ETIOLOGIA: • Pneumonia bacteriana congênita: precoce, antes de 48 h de vida, adquirida antes do nascimento e causada por uma infecção congênita como TORCH ou durante o nascimento, associada a infecção ascendente do trato genital; valorizar rotura de membranas por mais de 18h. • Estreptococos B é o patógeno mais importante na pneumonia neonatal. Ele é adquirido no trato genital, durante o trabalho de parto, na ausência de profilaxia adequada, desenvolvendo bacteremia principalmente em prematuros • Pneumonia adquirida- relacionada à assistência em saúde em cada unidade neonatal com tempo de mais que 48h por bactérias gram-negativas, staphylococcus aureus, fungos. • DIAGNÓSTICO: RN com desconforto respiratório e fatores de risco para sepse neonatal; triagem laboratorial positiva para sepse; alterações radiológicas persistentes por mais de 48h, com infiltradonodular, consolidação, edema pulmonar. O exame radiológico pode ser bastante diversificado, mostrando desde áreas de opacificação uni ou bilateral, até́ um padrão retículogranular difuso com broncogramas aéreos, indistinguível do quadro de DMH • TRATAMENTO: antibioticoterapia com ampicilina associada a um aminoglicosídeo, suporte hídrico, nutricional e ventilatório. HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE • ´´ persistência da circulação fetal`` • Desordem do processo de transição circulatória da vida fetal para a neonatal GABRIELLA VAZ-MEDICINA UFR caracterizada por manutenção de uma resistência vascular periférica alta e resistência vascular sistêmica diminuída. Isso leva a um shunt extrapulmonar, ocasionando hipoxemia. Pode ser secundária a doenças de parênquima pulmonar, como SDR, SAM, com desenvolvimento alterado da vascularização pulmonar • A ventilação ao nascimento leva ao aumento da concentração alveolar de oxigênio, de forma que o fluxo sanguíneo pulmonar aumenta, o que eleva a pressão no átrio esquerdo e fecha o forame oval. • Do ponto de vista fisiopatológico, existem duas formas, uma funcional, em que o aumento da RVP é decorrente somente da vasoconstrição arteriolar pulmonar, pela presença de fatores que aumentam a sensibilidade dessas arteríolas aos estímulos vasoconstritores, sendo a maior parte dos casos associados a asfixia e sepse, ou SAM. Já na forma orgânica, a vasoconstrição é causada por alterações estruturais no leito vascular pulmonar, assim, temos uma hipertrofia da parede muscular arteriolar pulmonar secundária a eventos patológicos na gravidez, como hipóxia crônica, ou fechamento intraútero do canal arterial, pelo uso de fármacos como indometacina • Sempre que houver uma hipoxemia desproporcional à gravidade da doença primária pulmonar, deve‐se considerar o diagnóstico de HPPRN. • A ecocardiografia com Doppler é considerada o padrão‐ouro para o diagnóstico de HPPRN e para afastar a possibilidade de cardiopatia congênita. O estudo de fluxo pelo Doppler de‐ monstra a direção do fluxo através do forame oval • A severidade da doença pode variar de hipoxemia leve com discreto desconforto respiratório, até hipoxemia grave, com instabilidade cardio-respiratória • Pode-se considerar o uso de óxido nítrico inalado. • CPAP: modalidade de ventilação não invasiva, que garante uma pressão suficiente para manter o alvéolo aberto • Diversos agentes, como a insulina e fator de transformação de crescimento-β, tendem a bloquear a maturação pulmonar e andrógenos retardam a maturação. Por isso dos fatores de risco com mães diabéticas • Com o uso do surfactante: . A inflação subsequente é mais uniforme conforme mais unidades abrem a pressões menores, resultando em menor lesão epitelial e superdistensão da abertura das unidades.. REFERENCIAS • Atenção à saúde do recém-nascido- guia para os profissionais de saúde- volume 3, 2012 • Tratado de pediatria do nelson- 20ed • Tratado de pediatria da sociedade brasileira de pediatria, volume 2, 4 ed
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