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O PÂNCREAS Produz insulina a partir das células beta-pancreáticas, nas ilhotas de Langerhans - A principal função da insulina é permitir a entrada de glicose na célula, pois aumenta a expressão de transportadores de glicose (GLUT), aumentando, dessa forma, a permeabilidade da célula à glicose - A insulina também contribui pra captura do potássio na célula. Nesse sentido, a deficiência de insulina pode levar ao aumento do potássio sérico (hiperpotassemia) - A deficiência da insulina também pode comprometer os níveis de fosfato, levando a hiperfosfatemia - Liberação de Insulina O pâncreas libera a insulina a partir do momento que a glicose sérica aumenta - Através dos GLUT2 (transportadores de glicose), a glicose entra na célula pancreática e passa pela via glicolítica - A partir do metabolismo da glicose, há o aumento de ATP, causando a diminuição de magnésio e ADP - Ocorre a saída do potássio da célula, gerando uma diferença de potencial de membrana, fazendo com que a célula fique mais negativa. Isso estimula uma modificação estrutural nas proteínas que transportam cálcio, que se abrem (proteínas de canal), permitindo a entrada de cálcio na célula - A partir do momento que o cálcio entra, ele promove a migração das vesículas que estão preenchidas com insulina, elas se fundem com a membrana e são liberadas pela célula pancreática - - Controle da Glicemia Hiperglicemia: quando há aumento da glicose sanguínea, o pâncreas libera a insulina, que permite a entrada de glicose nas células. Ao entrar na célula hepática, a glicose estimula a formação do glicogênio, a partir da glicogênese, ficando então armazenada. Por estar sendo aproveitada pelas células, há diminuição da quantidade de glicose na corrente sanguínea. - Hipoglicemia: o pâncreas é estimulado a liberar o glucagon, que estimula a quebra do glicogênio hepático, levando a liberação de moléculas de glicose e aumentando a concentração dessa molécula no sangue. - - Produção de Insulina Antes da insulina ser produzida, ela é processada porque é formada como uma molécula maior, a pré-pró-insulina e apresenta em sua estrutura o peptídeo C, que promove estabilidade a estrutura. - Para molécula de insulina ficar ativa, é necessário que o peptídeo C seja clivado da cadeia. - Dosagem da Insulina O objetivo de dosar insulina é avaliar a função pancreática- Muita insulina no corpo gera hipoglicemia - Pouca insulina no corpo gera hiperglicemia- Poderia dosar glicose para avaliar indiretamente os níveis de insulina e a função pancreática, contudo não é o mais indicado, porque existem diabetes que o problema não é pancreático e sim devido a uma resistência à insulina (defeito no receptor de insulina - Diabetes tipo II). - Ao dosar a glicose, não tem como saber se o problema é de resistência ou no pâncreas. - A vantagem de dosar a insulina é saber que, se ela está baixa, o problema é pancreático e não resistência. (Diabetes tipo I) - - - Valor de referência da glicose: 70 a 99mg/dL Aula 03 - Avaliação da Glicemia terça-feira, 15 de fevereiro de 2022 09:13 pancreático e não resistência. (Diabetes tipo I) Um ponto negativo de dosar insulina é que os anticorpos de pacientes que recebem insulina exógena pode interferir na dosagem - Dosagem de Peptídeo C Passa mais tempo íntegro na corrente sanguínea do que a insulina- Produzido na mesma proporção que a insulina- Ao dosar peptídeo C, é possível ter noção da quantidade de insulina que o paciente produz e não da que ele está recebendo (exógena) - É o melhor marcador pancreático para avaliar função pancreática em termos de glicemia - - DIABETES Descontrole glicêmico que leva a glicose dos pacientes para além dos valores de referência - É decorrente de uma anormalidade na produção (produção deficiente pelas células beta do pâncreas ou liberação anormal) ou na utilização da insulina (disfunção de receptores celulares levando à resistência à insulina) - Síndrome de Cushing: distúrbio endócrino que o indivíduo tem descontrole na produção de cortisol, estimulando um hormônio hiperglicemiante - Diabetes Insipidus: problema à nível de hipófise em relação ao controle da produção de hormônios antidiuréticos, o paciente urina muito e há uma hemoconcentração - Diabetes Melitus tipo I Quando o pâncreas não consegue produzir insulina adequadamente- Mais comum em crianças e jovens- Se manifesta no início da vida- É utilizada aplicação de insulina exógena - - Diabetes Melitus tipo II Quando o paciente tem defeito no receptor de insulina- Mais comum em pessoas mais velhas - Utilização de drogas que bloqueiam a síntese de insulina - - Mecanismos fisiológicos de defesa: sede, aumento da frequência urinária (quando a glicose está sendo liberada na urina é porque ultrapassou o limiar renal da glicose de 170mg/dL) - A glicose alta no sangue começa a glicar (ligar-se) a diversas estruturas, principalmente proteínas, comprometendo a função delas - A diabetes não controlada pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares porque a glicose liga-se com a proteína LDL, levando à rápida oxidação e criando facilmente placas ateromatosas, que podem se romper, levando ao infarto agudo do miocárdio ou AVC - CETOACOACIDOSE DIABETICA Diante da falta de glicose, o fígado transforma acetil CoA em corpos cetônicos e libera no sangue - Os corpos cetônicos são importantes para o funcionamento dos neurônios e das fibras musculares - Os corpos cetônicos alteram o pH do sangue (7.35 até 7.45), alterando o funcionamento normal das células - Interpretação da imagem: Quando há deficiência/resistência à insulina, o fígado aumenta a lipólise (oxidação de ácidos graxos), levando a uma hipertrigliceridemia (por isso também a diabetes não tratada pode contribuir para alterar o perfil lipídico do sangue, fazendo com que o indivíduo tenha risco maior de ter doenças cardiovasculares). A oxidação dos ácidos graxos produz cetonas, gerando acidose no sangue. Como defesa, há o - - ácidos graxos produz cetonas, gerando acidose no sangue. Como defesa, há o vômito, colorando ácido clorídrico para fora. O vômito leva a uma desidratação, que pode levar a hipotensão e choque. A diabetes faz com que diminua a incorporação de glicose na célula, gerando uma hiperglicemia, quando a glicose aumenta muito no sangue, ultrapassando o limiar renal, ela aparece na urina, causando o aumento da frequência urinária como mecanismo de defesa para eliminar o máximo de glicose possível, consequentemente causando a perda de líquido que pode gerar desidratação e em casos mais graves, hipotensão e choque - DIABETES TIPO I É mais comum acontecer cetoacidose na diabetes tipo I- O pâncreas não consegue produzir insulina direito e o glucagon passa a agir sem oposição - No tecido adiposo, o glucagon fica livre pra quebrar os triglicerídeos, liberando ácidos graxos que vão se acumulando no sangue, gerando a uma hipertrigliceridemia - A VLDL transforma-se em LDL e liga-se a glicose, que facilita sua oxidação e entrada na camada íntima do vaso, fazendo com que possa ser gerado um ateroma - Há o aumento do catabolismo proteico, porque a glicose não está sendo bem utilizada, aumentando a sobrecarga do aminoácido alanina pro fígado, contribuindo pra produção de glicose - DETERMINAÇÃO DA GLICEMIA Tipos de Amostra Soro separado das hemácias (gel separador ➝ impedir o consumo da glicose) - Sangue total com fluoreto (plasma) ➝maior estabilidade Sangue arterial (glicosímetro) e venoso apresentam mesmos valores no jejum - Após o desjejum, as amostras obtidas com sangue arterial apresentam valores mais elevados - - - Métodos de determinação da glicemia É uma medida indireta para avaliar a função pancreática - Métodos Enzimáticos São os métodos mais utilizados- Realizados no laboratório ou através de glicosímetro- É vista a leitura da absorbância ➝ quanto mais vermelha a solução, maior a concentraçãode glicose - - Sistemas eletroquímicos (glicosímetro) Existem 3 eletrodos: o eletrodo teste (onde a reação vai acontecer), eletrodo de referência e eletrodo auxiliar (para retirar as correntes de ruído do sistema eletroquímico) - A quantidade de corrente gerada é comparada com a quantidade de reação detectada pelo eletrodo de referência - É utilizado um polímero para imobilizar a enzima glicose oxidase- A glicose oxidase oxida a glicose, que perde elétrons. Esses elétrons alteram a corrente elétrica do circuito, gerando uma variação de corrente, que é proporcional aos níveis de glicose - Também precisa ser calibrado- - Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG) Paciente recebe uma sobrecarga de glicose Ingestão de pelo menos 100g de carboidratos/dia durante 3 dias antes do teste - Jejum de pelo menos 10h- Administração de 75g ou 100g (gestantes) de dextrose em 300ml de água ingerida em 5min - O teste inicia-se quando o paciente começa a ingerir- - A dosagem de glicose é realizada inicialmente a cada 30min até o tempo total de 2h - O pico (concentração mais alta de glicose) é atingida geralmente entre 15min e 1h - O valor normal de glicose em jejum é obtido em 2h- Pode haver uma pequena queda na glicemia depois que retorna aos valores de jejum, porque o pâncreas pode ser super estimulado, liberando muita insulina - O teste pode ser influenciado por obesidade, febre, variação diurna, estresse, infarto agudo do miocárdio, traumatismos, queimaduras, idade, medicamentos, etc (baixa reprodutibilidade) - - - A diabete tipo I pode ser causada por medicamentos e até mesmo pelo abuso de álcool, não é apenas autoimune A hipoglicemia no final da curva pode ocorrer no diabetes leve- Pico achatado: quando a glicose não sobe muito, significa que o pâncreas produziu insulina demais quando foi estimulado. Isso pode ocorrer em pessoas normais, ou pessoas com problemas intestinais (má absorção de carboidrato) - Alterações: Anormalidades dos hormônios supra-renais (adrenalina, cortisol), tiroxina, insuficiência renal - Reprodutibilidade baixa (50-66%)- - Testes de Triagem (TOTG incompleto) Faz o teste em jejum e a glicose deve dar abaixo de 99mg/dL- Refaz o teste novamente após 2h da ingestão de dextrosol e a glicose deve dar abaixo de 200mg/dL - Glicose pós-prandial Em pacientes já diagnósticados- Após refeições, geralmente almoço - Verificar se a glicose está acima de 200mg/dL- - - Dosagem de auto-anticorpos Ajuda o diagnóstico da diabetes tipo I quando é autoimune - Anticorpos ➝ anti-insulina, anti ilhota, anti descarboxilase do ác. Glutâmico- Diabetes Autoimune Latente do Adulto (LADA)- - Uma glicemia ≥200mg/dL, colhida a qualquer hora do dia, desde que na presença de sintomas de diabetes, também é suficiente para o diagnóstico de diabetes mellitus - Sintomas Clássicos Aumento da frequência urinária- Cetúria ➝ perder corpos cetônicos na urina (cetoacidose)- Perda de peso (diabetes tipo I)- Ganho de peso (diabetes tipo II)- - Glicose em jejum > 126mg/dL em mais de uma ocasião é compatível com Diabetes- É importante observar o aumento da glicose do paciente ao longo dos anos - DIABETES MELLITUS GESTACIONAL TESTE DE INTOLERÂNCIA À LACTOSE A lactose é um dissacarídeo que apresenta em sua estrutura galactose e glicose - Ele sofre ação da lactase, que quebra a lactose, liberando galactose e glicose- A deficiência da lactase pode ocorrer por deficiência da produção (nas pontas das vilosidades intestinais) ou por alguma patologia que desgaste as pontas das vilosidades, pode ser genético também - A lactose, não degradada, permanece no intestino grosso e as bactérias passam a consumir, aumento a produção do gás hidrogênio - Curva de tolerância à lactose Após jejum de 10h, colher amostra basal 30 a 60 minutos após ingestão de lactose- A glicose precisa se elevar de 20 a 25mg/dL na glicemia após a administração da lactose para ele não ser intolerante a lactose - - HEMOGLOBINA GLICADA Dosagem utilizada no monitoramento de pacientes diabéticos- A hemoglobina se liga à glicose. Se tem muita glicose no sangue, tem maior quantidade de hemoglobina glicada - A hemoglobina A pode ser glicada (ligada a um carboidrato), chamada de hemoglobina A1 (HbA1) - A hemoglobina A1C é a hemoglobina ligada a glicose (HBA1c)- Reflete a glicemia até 3 meses que antecedem a coleta- Os níveis de A1C não retornam ao normal imediatamente após a normalização da glicose sanguínea. Para a avaliação da eficácia do tratamento, os níveis de A1C devem ser avaliados somente um ou dois meses após o início ou modificações na terapia - Laudo composto de três resultados: HbA1c mmol/mol, % e a glicose média em mg/dL- Não pode utilizar em pacientes com hemoglobinopatias - A metodologia mais utilizada é a cromatografia de afinidade (HPLC) - Não é necessário jejum, porém amostras decorrentes de hipertrigliceridemia interferem nos resultados. Ideal: coleta pelo menos 2h após a ingestão de alimentos. - Utilizar sangue venoso ou arterial em EDTA- Estudo DCCT Estudo feito para avaliar complicações e controle da diabetes em 1993- Esse estudo diz que, para cada 1% de redução de A1C, reduz:- - Esse estudo diz que, para cada 1% de redução de A1C, reduz: 14% da chance de Infarto Agudo do Miocárdio fatal ou não fatal - 43% de amputação ou óbito por doença vascular periférica- 37% das complicações microvasculares (complicações visuais, neuropatia diabética) - 21% diminuição de óbito relacionado à diabetes- 21% de qualquer desfecho relacionado a diabetes- - A hemoglobina glicada acima de 7% leva ao desenvolvimento de: Microalbuminúria ➝ alteração na concentração de proteína na urina - Neuropatia - Nefropatia ➝ glicação em proteínas do néfron, síntese de compostos tóxicos como o sorbitol - Retinopatia- - Cálculo da Glicemia Média Estimada Valor da glicose calculada a partir de valores da hemoglobina glicada- - Interferentes no teste de Hemoglobina Glicada A1C Redução do valor real de A1C: diminuição do número de eritrócitos, de hemoglobina e do hematócrito, níveis elevados de vitamina C e E - Elevação do valor real de A1C: uremia, aumento do número de glóbulos vermelhos, níveis elevados de ácido acetilsalicílico, álcool - - FRUTOSAMINA É uma opção de teste a ser feito quando não possível realizar a hemoglobina glicada, principalmente em pacientes com hemoglobinopatias Ex: pacientes com anemia hemolítica. Como a hemácia tem um tempo de meia vida menor nessa condição, o tempo de glicação também seria reduzido e portanto haveria menos hemoglobinas glicadas. Dessa forma, o resultado do teste não seria compatível com a glicemia do paciente. - - A frutosamina é qualquer proteína que interage com a glicose formando uma reação cetoamina, mas como a albumina é a proteína que está em maior quantidade no sangue, a frutosamina seria a glicose ligada à albumina. - É dosada no soro - A estabilidade da frutosamina depende do tempo que a albumina passa ativa no organismo, em torno de 1 mês - Pontos negativos Da ideia da glicemia de até 1 mês que antecede a coleta- Muitas coisas podem alterar nível de albumina, como processo inflamatório (falsa ideia de controle glicêmico), albumina elevada numa desidratação (falsa elevação da frutosamina) - A dieta rica ou pobre em proteínas pode influenciar nos níveis de frutosamina- Insuficiência renal (maior excreção de proteínas na urina)- - ANÁLISE DA URINA Glicose na Urina Limiar de reabsorção renal = 160 a 180 mg/dL- O aparecimento de glicose na urina (geralmente valores maiores de 180mg/dL) é sinal de hiperglicemia - - Corpos Cetônicos São produzidos em situações que a glicose está baixa dentro da célula (jejum prolongado e na diabetes não tratada) - Se tiver corpos cetônicos na urina e a glicose do paciente estiver baixa, é por conta do jejum prolongado, se a glicose estiver alta, é sinal de hiperglicemia - - Por definiçãoa própria hemoglobina glicada é uma frutosamina, porque forma uma reação cetoamina à medida que o aldeído da glicose liga-se com o grupamento amina da valina terminal da cadeia beta da hemoglobina, formando uma cetona. A diferença da glicose pra frutose, é que a glicose é uma aldose e a frutose é uma cetose Quando a glicose se liga com a hemoglobina ela passa a ser uma frutose, por causa da ligação cetoamina EXAMES PARA DETECÇÃO DE COMPLICAÇÕES SECUNDÁRIAS AO DIABETES Microalbuminúria É uma taxa de excreção intermediária de proteína na urina, entre a normalidade (2,5 - 30mg/dia) e a macroalbuminúria (>300mg/dia) - É um sinal precoce e reversível de lesão renal, quando nem ureia nem creatinina estão elevados - Amostra de urina de 24h- - Perfil lipídico Dosagem de colesterol total (CT), LDL, HDL, triglicerídeos. Um perfil lipídico adverso, CT alto, LDL alto e HDL baixo são fatores de risco para formação de ateromas. Este aumento pode ser decorrente da lipólise aumentada na diabetes Principalmente na diabetes tipo II, o paciente tem pouca insulina e o glucagon age sem oposição, quebrando o glicogênio para gerar glicose e também estimulando a beta-oxidação e quebra dos triglicerídeos a partir da lipase, que quebra os três ácidos graxos ligados ao glicerol. Esses ácidos graxos são transportados pelo corpo, para serem aproveitados como fonte de energia e, no fígado, são utilizados para síntese de lipoproteínas, principalmente triglicerídeos, que podem se acumular na estrutura da VLDL. A VLDL posteriormente transforma-se em LDL, que pode ser glicada e sofrer oxidação mais facilmente. Isso pode levar a uma resposta inflamatória dentro da camada íntima do vaso e estimular a formação de um ateroma, gerando um trombo/vaso oclusão, fazendo com que o paciente tenha um AVC ou infarto - - - HIPOGLICEMIA Nível de glicose sanguínea abaixo de 45mg/dL- Sinais e Sintomas Sudorese- Taquicardia- Fraqueza- Tremores- Náuseas- - Diagnóstico Laboratorial Dosagem da glicose sanguínea ou da insulina plasmática ➝ a glicose pode estar baixa porque o organismo está liberando muita insulina que ajuda as células a capturarem a glicose - Insulinoma: tumor nas células beta que faz com que aumente a produção de insulina - A razão entre insulina e glicose tem valor normal até 0,3- Peptídeo C do plasma É mais seguro para ser dosado do que a insulina, que pode ter alguma reação cruzada, se o paciente receber insulina exógena. - Pode diferenciar entre a hipoglicemia devido ao insulinoma (peptídeo C alto) e aquela devida à insulina exógena (peptídeo C baixo) - - - Hipoglicemia em pacientes diabéticos insulino-depententes: Ingestão insuficiente de carboidratos- Excesso de insulina ou de sulfoniluréia (estimula frequência urinária) - Exercício vigoroso ➝ há muito consumo de glicose pelas fibras rápidas do músculo - Ingestão excessiva de álcool ➝ o álcool gera hipoglicemia. Quando o álcool vai ser metabolizado no organismo, ele é transformado em acetaldeído, que se transforma em acetoacetato. Essas duas reações dependem da ação da coenzima NAD+, que libera NADH quando é utilizada. A glicose é oxidada, gerando piruvato, que no músculo gera lactato, utilizando NADH. O lactato vai pra corrente sanguínea e no fígado precisa ser transformado em piruvato, utilizando NAD (ciclo de Cori). Mas no fígado, os NAD estão sendo utilizados para metabolizar o etanol, dessa forma, não tem NAD suficiente para metabolizar o lactato em piruvato, para que o piruvato passe pela gliconeogênese e gere glicose, gerando portanto uma hipoglicemia. - - Hipoglicemia do Jejum Insulinoma- Câncer (células cancerígenas consomem muita glicose para poder se multiplicar)- Doença hepática ➝ é onde ocorre a quebra no glicogênio para liberar glicose e também onde ocorre a gliconeogênese - Doença de Addison (deficiência de glicocorticóide)- Sepse ➝ resposta inflamatória generalizada no organismo que depende de um foco de infecção - - Hipoglicemia Reativa Medicamentos- - Medicamentos- Alimento (resposta exagerada à insulina)- Álcool - Hipoglicemia Neonatal Leva ao retardo de crescimento intra-uterino ➝ bebês muito pequenos podem conter reservas inadequadas de glicogênio, como também bebês prematuros - Pode ser causada por erros inatos do metabolismo, como galactosemia e a doença de armazenamento do glicogênio (quebra do glicogênio impedida) - Galactosemia A lactose é um dissacarídeo formado com galactose e glicose- Na galactosemia, a galactose não consegue ser transformada em glicose para uso energético - É um distúrbio genético raro transmitido com um caráter recessivo autossômico - Pode ser de três tipos, de acordo com o seu metabolismo Tipo 1: problema na enzima galactoquinase, podendo causar catarata juvenil - Tipo 2: problema na enzima galactose-1-fosfato uridil transferase, causando falha no desenvolvimento, retardo mental, icterícia, cirrose e catarata juvenil - Tipo 3: problema na enzima uridina difosfato (UDP) glicose-4-epimerase, é rara e relativamente assintomática - - - - Aula Prática - Dosagem de Glicose TESTE DE BANCADA Pode ser utilizada tanto a faixa UV quanto a visível- Se for utilizar comprimento de onda na faixa visível, pode utilizar cubetas de vidro- Ao trabalhar com a faixa UV, utiliza-se as cubetas de quartzo ➝ tem capacidade de detecção de pequenas alterações - Podem ser utilizadas cubetas descartáveis compostas por um polímero capaz de absorver luz em qualquer comprimento de onda, visível ou UV ➝ utiliza menor quantidade de reagente, cerca de 1mL - Na dosagem de glicose, o comprimento de onda é em torno de 505nm- Atenção para não sujar a superfície de leitura, segurar a cubeta pelo lado fosco- Preparar o branco (somente o reagente) para zerar a leitura do aparelho- Atenção ao volume requerido de cada cubeta, para evitar erros de leitura- A luz polarizada passa por um filtro de luz, o qual deixa passar apenas o feixe de comprimento de onda selecionado - A cor da reação é avermelhada, portanto é capaz de absorver a luz verde- Branco: 1mL de reagente de trabalho- Padrão: 1mL de reagente de trabalho + 10µL do padrão- Teste: 1mL de reagente + 10µL da amostra teste - Aquecer a 37°C por 10min- A temperatura ótima de 37°C acelera a reação de oxidação pela glicose-oxidase- A oxidação converte a glicose em peróxido de hidrogênio e ácido glucônico- O peróxido de hidrogênio é capturado pela peroxidase - Esse complexo, na presença do fenol e da aminoantipirina, forma um cromógeno de cor avermelhada - Antes de iniciar as leituras das amostras padrão e teste, primeiramente deve zerar a leitura do branco (reagente) Tecla 100%T = 0Abs. Transmitância e absorbância são inversamente proporcionais ➝ quanto menos luz é absorvida, mais luz é transmitida - - Ao zerar a absorbância com o branco você desconsidera a leitura da cor do reagente- Nunca descarte o branco ou amostras lidas, guarde-os até que se tenha lido todos, caso precise repetir as leituras - Sempre lave a cubeta com água destilada ou deionizada entre a leitura de cada amostra- Padrão é um reagente com a concentração conhecida de glicose ➝ [P] = 100mg/dL de glicose (serve de referencial) - [A] = AbsA x [P]/AbsP Exemplo: AbsA = 0.304- AbsP = 0.495- [P] = 100mg/dL- - - [P] = 100mg/dL- Calcular [A] ➝ [A] = 61,41mg/dL ➝ esse valor deve ser comparado com os limites aceitáveis de erro padrão de uma amostra controle. É necessário avaliar os desvios, as tendências e regras de Westgard. - TESTE RÁPIDO HGT ➝ Teste Rápido de Glicose (HemoGlicoTest)- São biossenssores (transdutores de sinal biológico para elétrico)- A calibração é realizada através de um "chip calibrador" que gera uma variação de corrente elétrica proporcional a uma concentração conhecida de glicose - A tira reativa possui a enzima glicose-oxidase imobilizada - A reação de oxidação libera elétrons que geram uma variação de correnteelétrica que é comparada com a do chip calibrador para um resultado em mg/dL de glicose - Os testes realizados no glicosímetro não servem para uso rotineiro em diagnóstico- BIOQUÍMICA DA URINA Leucócitos na urina de pacientes diabéticos é indicativo de infecções do trato renal- pH baixo da urina de pacientes diabéticos é indicativo da formação de corpos cetônicos pelo fígado ➝ A suspeita de formação de corpos cetônicos é indicativo do paciente diabético hiperglicêmico ou mesmo hipoglicêmico sob jejum prolongado. -
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