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Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas MATERIAL DIDÁTICO URGÊNCIAS, EMERGÊNCIAS CLÍNICAS E SAÚDE MENTAL SUMÁRIO U N I V E R S I DA D E CANDIDO MENDES CREDENCIADA JUNTO AO MEC PELA PORTARIA Nº 1.282 DO DIA 26/10/2010 Impressão e Editoração 0800 283 8380 www.ucamprominas.com.br Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas SUMÁRIO UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO ................................................................................. 03 UNIDADE 2 – ENFERMAGEM EM SITUAÇÕES DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NA CLÍNICA .................................................................................. 04 2.1 Situações de emergência e urgência ................................................................ 04 2.2 As implicações psicossociais do cuidado .......................................................... 05 2.3 O controle da infecção....................................................................................... 05 UNIDADE 3 – REANIMAÇÃO E MONITORAÇÃO ................................................. 08 3.1 Reanimação ...................................................................................................... 08 3.2 Ventilação mecânica ......................................................................................... 09 3.3 Monitoração hemodinâmica, da pressão intracraniana e cardíaca contínua ..... 10 3.4 Manejo da dor ................................................................................................... 12 UNIDADE 4 – EMERGÊNCIAS CARDIOVASCULARES ....................................... 21 4.1 Angina e Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) ....................................................... 21 4.2 Diagnosticando o enfarto................................................................................... 23 4.3 Hipertensão Arterial (HAS) ................................................................................ 25 4.4 Edema Agudo de Pulmão (EAP) ....................................................................... 27 UNIDADE 5 – AGRAVOS RENAIS ........................................................................ 29 UNIDADE 6 – OUTROS DISTÚRBIOS ................................................................... 35 6.1 Glicêmicos ......................................................................................................... 35 6.2 Hidroeletrolítico ................................................................................................. 39 6.3 Crise Tireotóxica ............................................................................................... 45 6.4 Convulsões ........................................................................................................ 47 6.5 Coma ................................................................................................................. 50 6.6 Arritmia cardíaca na urgência ............................................................................ 53 UNIDADE 7 – ATENÇÃO AO PACIENTE CRÍTICO/GRAVEMENTE ENFERMO – FOCO NA FAIXA ETÁRIA INFANTIL ............................................... 56 UNIDADE 8 – SAÚDE MENTAL ............................................................................. 61 8.1 Transtornos mentais e estresse ........................................................................ 62 8.2 As portas de urgência e emergências para saúde mental ................................ 64 8.3. Intervenção em crise ........................................................................................ 66 8.3.1 Pacientes com tentativa e ideação suicida ..................................................... 66 8.3.2 Pacientes com transtornos psicóticos ............................................................ 68 8.3.3 Pacientes com agitação psicomotora e agressividade ................................... 69 8.3.4 Pacientes com intoxicação e abstinência por álcool e outras drogas psicoativas............................................................................................................... 70 8.3.5 Pacientes com quadro de confusão mental .................................................... 72 8.3.6 Pacientes com transtornos de ansiedade....................................................... 73 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 75 3 Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO Até o momento do curso introduzimos conceitos básicos de anatomia e fisiologia humana, base de sustentação para o trabalho em urgência e emergência; contextualizamos esse setor no âmbito do SUS; situamos também o atendimento pré-hospitalar que envolve o suporte básico de vida (SBV) e o suporte avançado de vida, bem como o transporte com foco no aerotransporte e claro, acolhimento e classificação de risco atendendo à Política Nacional de Humanização. Veremos neste módulo, situações de emergências, cuidados intensivos, as implicações psicossociais do cuidado, o suporte nutricional e o controle de infecção na primeira unidade. Na sequência, reanimação e monitoração; emergências cardiovasculares; emergências respiratórias e outros distúrbios. Um momento especial foi dedicado para pacientes críticos e/gravemente enfermos. Por fim, veremos alguns dos vários transtornos mentais que chegam às portas das urgências e emergências, igualmente esses pacientes precisam ser vistos em sua integralidade, ou seja, o profissional da enfermagem não pode vê-lo somente como um ser biológico e atender suas necessidades físicas. Paes (2009) nos lembra que o cuidado de enfermagem deve estar focado no relacionamento interpessoal, a fim de formar o vínculo profissional-paciente para intervir na situação manifestada. Ressaltamos em primeiro lugar que embora a escrita acadêmica tenha como premissa ser científica, baseada em normas e padrões da academia, fugiremos um pouco às regras para nos aproximarmos de vocês e para que os temas abordados cheguem de maneira clara e objetiva, mas não menos científicos. Em segundo lugar, deixamos claro que este módulo é uma compilação das ideias de vários autores, incluindo aqueles que consideramos clássicos, não se tratando, portanto, de uma redação original e tendo em vista o caráter didático da obra, não serão expressas opiniões pessoais. Ao final do módulo, além da lista de referências básicas, encontram-se outras que foram ora utilizadas, ora somente consultadas, mas que, de todo modo, podem servir para sanar lacunas que por ventura venham a surgir ao longo dos estudos. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 4 UNIDADE 2 – ENFERMAGEM EM SITUAÇÕES DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NA CLÍNICA 2.1 Situações de emergência e urgência A enfermagem em situações de emergência aborda as respostas humanas a qualquer traumatismo ou condição súbitaque requer intervenções que vão do cuidado primário até a implementação das medidas de suporte à vida. O atendimento em situações de emergência é prestado em qualquer local a pessoas de todas as idades com alterações reais ou percebidas na saúde, embora inicialmente os clientes podem não ter um diagnóstico clínico. Quando confirmado, é feita a triagem, momento que requer o julgamento rápido e efetivo de dados objetivos e subjetivos para se determinar o tipo de prioridade. As situações de emergência são um risco potencial à vida; incluem condições como angústia ou parada respiratória, parada cardíaca, dor torácica intensa, convulsões, hemorragia, traumatismo grave que resulta em tórax aberto ou feridas abdominais, choque, envenenamentos, superdosagem de fármacos e de drogas, temperatura acima de 40°C, parto de emergência e complicações no parto. Situações de urgência são sérias, mas não põem em risco a vida. O tratamento deve ser implementado tão logo seja possível. Incluem condições, tais como dor torácica sem angústia respiratória, fraturas de grande porte, queimaduras, nível. Cabe ao profissional da enfermagem seguir as diretrizes, lembrando as implicações éticas do atendimento ao cliente em emergência, que envolvem os aspectos culturais e religiosos (os quais muitas vezes limitam as opções de tratamento); alocar os recursos para cuidados de emergência que podem limitar a admissões ou promover altas precoces da unidade. Em última análise, a enfermagem em cuidados intensivos e a enfermagem em emergência, em parceria com a equipe multiprofissional, têm um objetivo comum de restabelecer a estabilidade hemodinâmica do cliente criticamente doente (HUDDLESTON; FERGUSON, 2006). Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 5 .2.2 As implicações psicossociais do cuidado Os clientes na unidade de emergência ou na UTI experimentam problemas psicossociais por medo, depressão, impotência, privação do sono ou ansiedade. Comumente apresentam dificuldade de expressar seus medos, sua ansiedade ou sua dor; tal dificuldade agrava sua condição já comprometida e tanto eles quanto suas famílias sofrem o impacto dos ambientes de cuidados intensivos e da emergência. Cabe à enfermagem, dentre outras atribuições, focando os aspectos psicossociais, dar respostas ao cliente e família, promover sua segurança, privacidade, autonomia, autoidentidade; saber lidar com os sintomas, desconforto e limitações da doença ou lesão; administrar o estresse dos tratamentos e da hospitalização; desenvolver e manter relações com os membros da equipe de saúde; manter um autoconceito positivo e um senso de capacidade; lidar com os sentimentos evocados pelo processo de adoecimento ou tratamento; manter relações com a família e com pessoas significativas, apesar das mudanças nos papéis; preparar para um futuro incerto. Durante a doença grave ou nas situações de emergência, muitos clientes buscam a esperança e espiritualidade e outras maneiras de criar novas percepções para suas vidas, nesse sentido, a necessidade universal das famílias que enfrentam o adoecimento do familiar é a esperança; a comunicação efetiva entre o cliente, a família e a enfermeira é essencial e pode ajudar a reduzir a ansiedade, identificar necessidades de saúde, esclarecer conceitos errados e desenvolver uma relação de ajuda. Lembre-se que a resposta emocional, juntamente com o aumento da resposta do sistema nervoso simpático, aumentam o consumo de oxigênio do miocárdio; portanto, deve-se estar atento a essa resposta para reduzir a possibilidade de dano tecidual resultante de hipóxia. 2.3 O controle da infecção Os clientes criticamente doentes, comumente são imunocomprometidos e/ou debilitados. Associado a isso, os clientes muito jovens e os clientes idosos estão em risco maior para infecção. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 6 A lavagem das mãos é a primeira medida para se evitar a disseminação da infecção. A terapia profilática com antibióticos e o uso abusivo de antibióticos no meio hospitalar contribuíram para o desenvolvimento de microrganismos resistentes. Técnicas assépticas, a identificação correta dos microrganismos patogênicos e terapia medicamentosa específica são elementos cruciais para se evitar e tratar a disseminação da infecção (HUDDLESTON, FERGUSON, 2006). No Brasil, a Lei federal 6.431, de 6/1/1997, instituiu a obrigatoriedade da existência da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e de um Programa de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH). A Portaria nº 2.616/98 de 12/5/1998 do Ministério da Saúde fornece as diretrizes para o controle de infecções nosocomiais. Cabe aos profissionais: identificar o cliente que está em risco; evitar a disseminação da infecção; tratar a infecção identificada. Como possíveis diagnósticos de enfermagem para um cliente que apresenta infecção, temos a perfusão tecidual alterada; isolamento social e déficit de conhecimento. São estratégias para o controle de infecções: 1. Monitorar os resultados dos estudos diagnósticos para identificar a fonte da infecção. 2. Administrar fármacos, segundo prescrição. 3. Implementar as Medidas de Precauções recomendadas; calçar luvas sempre que houver probabilidade de a pele ou a membrana mucosa entrar em contato com sangue ou outros líquidos corporais; vestir avental protetor ou máscara, se necessário. 4. Lavar as mãos, usando fricção vigorosa, sob água corrente com sabão por um mínimo de 10 s; esta é a primeira medida de prevenção de transmissão da infecção. 5. Implementar rigorosamente os protocolos para inserção de cateter e estar atenta para eliminar o risco de sepse relacionada com a manipulação do cateter. 6. Minimizar os riscos de infecção fazendo com que a equipe de saúde agregue às diretrizes estabelecidas. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 7 7. Cuidar dos locais de infecção de maneira apropriada, como por exemplo: os curativos devem ser trocados tão frequentemente quanto necessário para manter o local limpo e seco; registrar sempre a evolução da ferida; evitar a contaminação cruzada dos locais, cobrindo-se cada área com um curativo separadamente. Cada curativo deve ser realizado individualmente. 8. Evitar transmissão de infecção seguindo as recomendações de medidas de precaução para controle de infecção e isolamento. 9. Conscientizar-se de que a imunização ativa contra hepatite B (vacinação) é recomendada para o profissional em cuidados de saúde que tem contato direto com pessoas já infectadas e cujo risco de infecção com hepatite B é alto. 10. Implementar medidas de precaução relacionadas com os clientes que têm diagnóstico de infecção, se possível, separando-os de outros clientes na unidade de cuidados intensivos para evitar contaminação cruzada (HUDDLESTON; FERGUSON, 2006). Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 8 UNIDADE 3 – REANIMAÇÃO E MONITORAÇÃO 3.1 Reanimação A reanimação cardiopulmonar é indicada para parada cardíaca desencadeada por qualquer evento. A American Heart Association define o suporte básico de vida em cardiologia (SBVC) como retorno darespiração, desobstrução da via respiratória e compressões rítmicas torácicas. O suporte avançado de vida é definido como o SBVC mais terapias adjuvantes para sustentar a circulação e a ventilação; essas terapias podem incluir administração de líquidos e fármacos IV, desfibrilação e monitoramento cardíaco e intubação orotraqueal para suporte das vias respiratórias. O COFEN, em resolução nº 300/2005, dispõe sobre a atuação do profissional de enfermagem no atendimento pré-hospitalar e inter-hospitalar. A RCP é indicada nos casos de parada cardíaca, entendida quando o coração para de bater (assístole) ou quando contrações são inadequadas para manter o débito cardíaco, como na taquicardia ventricular ou na fibrilação. A parada cardíaca pode ser desencadeada por infarto do miocárdio (mais comum), insuficiência cardíaca, choque, desequilíbrio eletrolítico grave, desequilíbrio ácido- básico, afogamento, descarga elétrica, superdosagem de fármacos ou de drogas (HUDDLESTON; FERGUSON, 2006). A desfibrilação precoce é hoje considerada um fator crítico e decisivo na sobrevida das vítimas de parada cardíaca súbita. Isto se deve aos seguintes fatos: a fibrilação ventricular é o ritmo de parada mais frequente nas paradas cardíacas súbitas; o tratamento da fibrilação ventricular é a desfibrilação; o tempo é fundamental. Para cada minuto transcorrido entre o colapso e a desfibrilação as taxas de sobrevida nas vítimas em FV são reduzidas em 7 a 10%. a fibrilação ventricular pode evoluir para a assistolia em poucos minutos. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 9 O DAE é um aparelho portátil, computadorizado, que pode ser operado por todos que tenham recebido treinamento específico. Seu principal objetivo é o tratamento da fibrilação ventricular e da taquicardia ventricular sem pulso. O DAE avalia o ritmo cardíaco da vítima para determinar se está presente um ritmo “chocável” (fibrilação ventricular e taquicardia ventricular sem pulso) e por meio de comandos de voz guia e orienta o operador nas ações a serem executadas, bem como fornece o choque, se esse for indicado. É recomendável que se utilize o DAE para todas as faixas etárias. Para lactentes prefira desfibrilador manual e em caso de não existência deste prefira um DAE equipado com atenuador de carga pediátrico e com pás pediátricas. Se nenhum destes estiver disponível, use um DAE sem atenuador de carga pediátrico e as pás de adultos. Lembre-se: você pode usar pás de adultos e carga de adulto em crianças, mas não pode usar pás pediátricas e carga de crianças em adultos (FORTES et al., 2010. 3.2 Ventilação mecânica A ventilação mecânica controla ou sustenta a respiração artificialmente. Os respiradores funcionam criando alterações de pressão que fazem o ar mover-se para dentro e para fora dos pulmões. Critérios diagnósticos específicos ajudam a identificar os clientes que requerem ventilação mecânica. Uma variedade de tipos de respiradores, modos de ventilação e auxílios de ventilação estão disponíveis para atender às necessidades individuais do cliente para suporte ventilatório. Os respiradores com pressão positiva ciclados a volume, o tipo mais comumente utilizado em clientes adultos, distribuem um volume específico de ar a cada ventilação ciclada. As técnicas de desmame enfocam o aumento gradualmente crescente do uso pelo cliente dos músculos respiratórios e a certificação de que ele pode respirar sem assistência antes de a ventilação mecânica ser retirada. Dentre os tipos de respiradores temos: Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 10 pressão negativa – exerce pressão negativa no tórax externo (pulmão de aço ou couraça); não requer intubação; raramente é utilizado nos dias de hoje; ciclado à pressão com pressão positiva – exerce pressão positiva na via respiratória; uma pressão predeterminada encerra a inspiração e pode proibir a distribuição de volume corrente; com pressão positiva ciclada a tempo – exerce pressão positiva na via respiratória; distribui um volume de gás durante tempo predeterminado; com pressão positiva ciclada a volume – exerce pressão positiva na via respiratória; distribui um volume predeterminado de gás e possibilita que sejam estabelecidos limites para a pressão e o tempo; é o tipo de respirador mais comumente utilizado; ventilação com pressão positiva – exerce pressão positiva na via respiratória; distribui volumes pequenos de gás a frequências muito altas. 3.3 Monitoração hemodinâmica, de pressão intracraniana e cardíaca contínua A monitoração hemodinâmica é uma técnica invasiva utilizada para medir pressões e valores dentro do coração, dos pulmões e do sistema circulatório. As leituras das pressões obtidas durante a monitoração hemodinâmica são comparadas com os valores basais do cliente, bem como com os valores normais. Realizada em unidades de cuidados intensivos e de emergência, a monitoração hemodinâmica requer da enfermeira treinamento específico (HUDDLESTON. FERGUSON, 2006). Durante a monitoração hemodinâmica, um cateter preenchido com líquido é inserido dentro da artéria ou de uma das câmaras cardíacas; o cateter preenchido com líquido transmite as leituras de pressão para o transdutor, que converte as leituras de pressão em um sinal elétrico representado pelas formas de onda em um monitor ao lado do leito. Um médico ou enfermeira lê as formas de onda hemodinâmicas no monitor ao lado do leito e compara os achados com os valores normais e com os valores basais dos clientes. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 11 As informações obtidas a partir da monitoração hemodinâmica auxiliam a avaliação da função e do desempenho do sistema circulatório do cliente. A pressão arterial pode ser medida indiretamente com o manguito de pressão arterial e estetoscópio, ou com um dispositivo de medição de pressão arterial automático. A medição direta intra-arterial pode ser feita após a inserção de uma cânula em uma artéria e conectando-se a cânula a um dispositivo de monitoração de pressão. A pressão venosa central (PVC) é medida por um manômetro conectado a um cateter central ou por um transdutor conectado ao lúmen proximal de um cateter da artéria pulmonar; o cateter estará localizado na veia cava superior ou no átrio direito. A PVC é medida em milímetros de mercúrio (mmHg) ou centímetros de água (cm H2O); para converter de uma para a outra, usa-se esta equivalência: 1 mmHg iguala-se a 1,36 cm H2O. Deve-se utilizar um manômetro de água para avaliar a PVC (método mais comum) que envolve a medição da altura de uma coluna de água em um manômetro de plástico ou de vidro com uma válvula reguladora de três vias conectadas ao cateter central e presa ao equipo IV. A PVC representa a pressão de enchimento ou pré-carga do ventrículo direito ou a pressão diastólica ventricular direita final. A pressão arterial pulmonar (PAP) é medida por um cateter inserido na artéria pulmonar (AP), sendo o cateter inserido pelo médico. Tem como objetivo monitorar pressões intercardíacas diretas, fornecendo informações sobre a capacidade vascular, o volume sanguíneo, a efetividade da bomba e a perfusão tecidual. A assistência efetiva aos clientes submetidos à monitoração da pressão intracraniana (PIC), requer uma compreensão consistemda fisiologia do cérebro. Pelo fato do cérebro se encontrar em abóbada craniana, alterações no volume de um dos componentes (tecido cerebral, líquido cerebrospinal ou volume sanguíneo) provocam um aumento da pressão total a menos que uma mudança recíproca ocorra em outro componente. Métodos diferentes de monitoração da PIC incluem Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 12 monitoração intraventricular, monitoração com parafuso subaracnóide e monitoração epidural. Cada método tem vantagens e desvantagens. Por fim, sendo um componente básico da assistência de enfermagem em unidades intensivas e emergência, a monitoração cardíaca contínua possibilita a observação contínua da atividade elétrica do coração. As habilidades essenciais para a monitoração cardíaca contínua incluem colocação correta do eletrodo no cliente, com base na derivação de monitoração selecionada e a capacidade de reconhecer um ritmo sinusal e a forma de onda característica do ciclo cardíaco normal. O ritmo sinusal fornece o padrão para se identificarem todos os outros ritmos (HUDDLESTON; FERGUSON, 2006). 3.4 Manejo da dor Sentir dor, além de ser um direito do paciente, deve ser manifestada, valorizada, monitorada e, evidentemente, cuidada pelos profissionais de saúde, de tal forma que o doente possa se sentir o mais confortável possível mesmo em situações adversas. Fortes (2010) chega a elaborar que: apesar de causar certo constrangimento, ignorar a dor e não tratá-la se configura em um ato iatrogênico. Para o adequado cuidado de enfermagem ao paciente com dor, é fundamental o conhecimento de sua fisiopatologia, sua classificação e as diversas possibilidades de tratamento. Antes disso, porém, é preciso saber, mesmo que rapidamente, como os conceitos de dor foram se formando histórica, social e culturalmente e fazer uma reflexão sobre seus próprios conceitos de dor. Nas sociedades antigas, a dor era vista como invasão do corpo por maus espíritos, sendo uma punição dos deuses. Na Grécia antiga, os filósofos diziam ser a dor uma paixão do espírito, uma emoção sentida no coração. Para o catolicismo e protestantismo, a dor também era vontade divina, considerada como evento do destino, associada à ideia de vingança. A dor foi considerada como sendo uma questão do espírito ou da alma durante mais de dois mil anos e talvez isto tenha retardado os estudos científicos sobre o assunto. Foi no século XVII que os fisiologistas começaram a estudar a dor e passaram a conceituá- la como uma sensação. Devemos lembrar que sensação é o processo pelo qual um Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 13 estímulo externo ou interno provoca uma reação específica, produzindo uma percepção (FORTES et al., 2010). O conceito de dor como sensação perdurou até o século XX, quando muitas dúvidas relacionadas à neurologia, fisiologia e fisiopatologia da dor foram elucidadas e os aspectos psicológicos ou reativos da dor voltaram a ser considerados. Em 1965, Melzack e Wall propuseram ser a dor uma sensação e uma emoção composta por fatores físicos, emocionais e cognitivos. Dessa forma, o modelo de dor proposto atualmente é o biopsicossocial, que considera a dor como um fenômeno multidimensional que inclui aspectos biológicos, cognitivos e socioculturais. Baseado neste modelo, a Associação Internacional para os Estudos da Dor (IASP), em 1986, propôs que a dor seja definida como sendo uma experiência sensorial e emocional desagradável associada à lesões teciduais reais ou potenciais ou descrita em termos de tais lesões. A dor é sempre subjetiva e cada indivíduo aprende a utilizar este termo através de suas experiências anteriores. Muitos de nós, ainda hoje, cuidamos de nossos pacientes baseados no modelo biomédico tradicional, que reconhece a presença de dor somente quando identifica uma lesão visível. A ausência ou limitação do tema dor nos currículos das escolas de formação em saúde leva os profissionais a manejá-la utilizando conceitos incompletos, ultrapassados, às vezes errôneos, adquiridos durante a educação familiar e educação básica, mantendo crenças inadequadas sobre dor e os métodos de controle e colaborando para a incompleta responsabilização dos profissionais na condução do tratamento (FORTES et al., 2010). No período pós-operatório, por exemplo, a dor pode ser tratada pelos profissionais como evento de menor importância. Muitos acham normal sentir dor após uma cirurgia, medicando o paciente somente em situação de dor intensa. Em oncologia, algumas barreiras parecem manter a dor e o sofrimento desses doentes, entre elas, o desconhecimento dos princípios do manejo da dor no câncer e da escada analgésica da Organização Mundial da Saúde (OMS), a aceitação da dor como fato que acompanha essa doença, a dificuldade em acreditar Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 14 na queixa de dor do doente e o sentimento de impotência diante da dor. A dor é uma das razões mais comuns de busca por cuidados médicos e se constitui em um problema socioeconômico de relevância. Há necessidade de ações de prevenção e intervenções terapêuticas nas questões de dor. A dor pode ser classificada em aguda e crônica, se considerarmos o tempo de duração. Esta diferenciação é muito importante para a definição do tratamento. A dor aguda tem a função biológica de alertar nosso organismo sobre a agressão; está relacionada a afecções traumáticas, infecciosas ou inflamatórias. Possui caráter transitório e sua duração relaciona-se à cura da doença ou lesão. A dor aguda, em geral, está relacionada a dano tecidual e como defesa há respostas neurovegetativas associadas. A dor aguda relacionada ao pós-operatório é de intensidade e complexidade variáveis, dependendo do procedimento que a originou. É leve e de tratamento mais fácil nas cirurgias ambulatoriais e apresenta maior intensidade nas cirurgias do abdome superior, tórax, lombotomias, cirurgias ortopédicas e pélvicas, necessitando de tratamento e intervenções mais complexas. Outro aspecto importante da dor aguda pós-operatória é a diminuição da expansibilidade pulmonar pelo aumento do tônus muscular e menor expansibilidade da caixa torácica, maior dificuldade para a ventilação profunda e eliminação de secreções do trato respiratório, podendo levar à atelectasias e infecções respiratórias, o que pode aumentar a morbidade e mortalidade neste período. No sistema digestório, pode causar lentificação da atividade intestinal e do esvaziamento gástrico, que predispõe à ocorrência de íleo paralítico, náuseas e vômitos. No sistema musculo-esquelético, pode levar à redução da movimentação e da deambulação precoce, o que favorece o aparecimento de trombose venosa profunda, principalmente em pacientes idosos e naqueles submetidos a cirurgias extensas. Além disso, a dor interrompe o sono, resultando em maior desgaste físico, fadiga e menor motivação para cooperar (FORTES et al., 2010). Dor crônica é a dor constante ou intermitente, que persiste além do tempo previsto para a cura de uma lesão ou que está associada a processos patológicos crônicos e não pode ser atribuída a uma lesão ou causa específica. Arbitrariamente, Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 15 costuma-se atribuir um período de seis meses para diferenciar entre dor aguda e crônica. A dor crônica não tem mais a função biológica de alerta; geralmente não há respostas neurovegetativas associadas. Em geral, é de difícil tratamento, as respostas emocionais associadas ao quadro são ansiedade e depressão, e frequentemente resulta em incapacidade. As incapacidades podem variar desde a redução de atividades físicas e relações interpessoais até a impossibilidade de desenvolver ações da vida diária como vestir-se, alimentar-se e realizar a própria higiene. A presença constante ou intermitente e a duração prolongada da dor crônica, em geral, são muito perturbadoras para quem a sente, associando-se à baixa autoestima, distorções cognitivas, apreciação desesperançada da vida, reações familiares conflituosas, prejuízo no trabalho e no lazer. A dor no paciente oncológico pode estar relacionada à doença em si – metástases ósseas, compressão nervosa, distensão de vísceras. Pode também ser decorrente dos procedimentos terapêuticos e diagnósticos, como operações, quimioterapia, radioterapia, supressão de drogas ou resultar de exames complementares e aquelas relacionadas a outras causas. A dor é menos frequente nas fases iniciais da doença; é observada em 20% a 50% dos doentes no momento do diagnóstico, chegando a 70% a 90% nos doentes com doença avançada. Para que a dor seja tratada adequadamente, é necessário que esta seja primeiramente identificada. Vários relatos na literatura mostram que a dor é subidentificada e subtratada e indicam que de 45% a 75% dos pacientes hospitalizados têm dor de moderada a intensa. Consideram que essa situação possa decorrer de profissionais despreparados no conhecimento da fisiopatologia e tratamento da dor e também devido à ausência de políticas institucionais que estabeleçam padrões e critérios adequados a sua avaliação e controle (FORTES et al., 2010). A Sociedade Americana de Dor e a Agência Americana de Pesquisa e Qualidade em Saúde Pública, em 1992, criaram a expressão “dor: o quinto sinal vital” numa tentativa de elevar a consciência dos profissionais de saúde para a Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 16 avaliação da dor, considerando que se esta for avaliada com o mesmo zelo e responsabilidade que os quatro sinais vitais têm melhor chance de ser tratada corretamente. Em verdade, as estratégias visam sensibilizar a equipe de saúde para o fato de que o controle da dor é nossa responsabilidade e um direito do doente. A estratégia utilizada pela Joint Commission divulgou a prática da avaliação sistematizada da dor em todos os pacientes e transformou o controle da dor num indicador de qualidade da assistência prestada. No Brasil, o Ministério da Saúde criou, no ano de 2002, um programa nacional de assistência ao doente com dor e determinou a necessidade de profissionais de enfermagem na equipe multiprofissional dos ambulatórios de dor. Percebemos que o gerenciamento da dor evoluiu para um indicador de qualidade da assistência prestada. Para alcançar esta nova proposta, é essencial que a equipe de enfermagem estabeleça seu papel, abandonando a atitude de “um convívio cotidiano e passivo com a dor do outro” e desenvolva ações que permitam tornar a dor visível nas instituições, possibilitando seu alívio adequado. Como forma de alcançar essa proposta, a equipe de enfermagem pode avaliar a presença de dor, administrar analgésicos prescritos, aplicar técnicas não farmacológicas, verificar o alívio obtido e a ocorrência de efeitos colaterais. Ainda como forma de cuidado, realiza ações educativas com pacientes e familiares preparando-os de modo apropriado para o autocuidado. As avaliações devem ser sequenciais, determinadas pela instabilidade do quadro álgico, duração dos analgésicos prescritos e a realização de procedimentos dolorosos e invasivos, como punções, fisioterapia, curativos, etc. Esses instrumentos podem ser de autorrelato, de observação do comportamento e de medidas das respostas biológicas à dor. Devem ser ajustados à idade do paciente e à sua capacidade de compreensão e verbalização. Os instrumentos ajudam o doente a comunicar sua dor e orientar o tratamento, facilitam a comunicação entre a equipe, contribuem para aproximar o profissional do paciente, além de não permitir que o julgamento do profissional sobre dor dependa apenas de sua experiência e habilidade. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 17 Os doentes conscientes e comunicativos podem mensurar a intensidade da sua dor por meio da escala numérica de 0 a 10. Nesta escala, deve ser perguntado ao paciente quanto é a intensidade de sua dor, explicando que 0 significa sem dor e 10 significa a pior dor possível. Para os doentes que não conseguem compreender a escala numérica, podem ser utilizada escalas de representação gráfica não numérica (de faces proposta por Wong–Backer, entre outros), a escala de descritores verbais ou a escala visual analógica. Nessa escala, o doente indica com um traço na linha de 10 cm onde se encontra a sua dor; o profissional deve medir esta distância e considerar em centímetros o tamanho da dor do doente (FORTES et al., 2010). Para os que se encontram em coma, não responsivos, em sedação profunda ou com alterações cognitivas é importante considerar os equivalentes somáticos e fisiológicos da dor. Para isso, pode ser observada a expressão facial de sofrimento, resmungos, choro, agitação, movimentos de membros superiores, postura de proteção, ou seja, resistência à movimentação durante cuidados; esses sinais podem ser claros indicadores de dor. Observar também os sinais fisiológicos como taquicardia, hipertensão, taquipneia, desadaptação ao ventilador. Todos podem indicar a necessidade de administração ou aumento da dose de analgésicos. Os protocolos de avaliação devem conter também informações sobre a localização, qualidades, isto é, com que a dor se parece, por exemplo, pontada, fisgada, queimação, cólica; sobre as possíveis repercussões da dor sobre a função dos sistemas respiratório, cardiocirculatório, gastrointestinal, locomotor e psíquico; e também sobre a efetividade do tratamento. Os doentes devem ser avaliados em repouso, durante a movimentação no leito, à respiração profunda e tosse. Veja o quadro a seguir com exemplos de escalas que avaliam a intensidade da dor: Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 18 Fonte: Fortes et al. (2010, p. 111). Para o tratamento da dor é desejável intervenções múltiplas, de forma a interferir simultaneamente na geração do estímulo, nos processos de transmissão e de interpretação, assim como no sistema modulador da dor. Mas necessitamos também de políticas institucionais e de profissionais que possuam compromisso, responsabilidade, empatia e consideração com o sofrimento do outro. A orientação do doente e familiar é fundamental para a adesão ao tratamento. O médico é responsável pela prescrição de fármacos e o esquema medicamentoso adequado deve conter medicamentos em horário fixo e em esquema, se necessário. O esquema horário fixo é importante para manter concentrações séricas e prover melhor analgesia, além de evitar eventuais retardos entrea dor e o atendimento pela enfermagem; por sua vez, o esquema, se necessário, é importante para permitir o rápido alívio nos casos de piora do quadro. Após administrar o medicamento, é muito importante reavaliar se houve alívio total ou parcial, se a dor retorna antes do período previsto ou se o alívio se mantém até o horário das próximas medicações, sendo informações de extrema valia para o ajuste das doses dos analgésicos. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 19 Durante a realização de um procedimento diagnóstico ou terapêutico, é necessário prever um possível evento doloroso para que se possam programar medidas visando minimizar ou prevenir a ocorrência de dor. Segundo Pimenta (1999), a palavra-chave no controle da dor é a vigilância, papel que deve ser desempenhado com primor pela equipe de enfermagem, “profissionais da vigilância”, pois são eles que mais acompanham o paciente durante o seu processo de doença. Métodos como o uso do calor e frio superficiais, as massagens de conforto e os alongamentos suaves aliviam a dor, pois ativam o sistema modulador de dor. O calor e a massagem diminuem a isquemia por melhorar a irrigação local, a aplicação de frio diminui o edema e eleva o limiar à dor e todos resultam em relaxamento muscular. Cabe lembrar que toda vez que há dor ocorre contração muscular reflexa. A massagem de conforto, geralmente aplicada no dorso, traz sensação de relaxamento e bem-estar. Essas técnicas atuam como adjuvante ao tratamento farmacológico, mas não deve substituí-lo. Devem atender às necessidades dos pacientes e muitas vezes não eliminam a dor, mas contribuem para amenizar o sofrimento. Veja como podemos utilizar esses métodos: Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 20 Enfim, enquanto a aquisição da menor verdade científica exige enorme labor, a posse de uma certeza baseada no “crer” não exige nenhum trabalho. A aquisição de conhecimento é condição necessária para a modificação de crença, mas não é condição suficiente (FORTES et al., 2010). Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 21 UNIDADE 4 – EMERGÊNCIAS CARDIOVASCULARES Existem várias situações clínicas/patológicas do sistema cardiovascular, que mesmo sob tratamento, podem gerar uma urgência ou emergência. Em muitas dessas situações não podemos fazer nada, mas precisamos identificá-las e aguardar socorro médico para que a vítima sinta-se mais tranquila. Dentre essas patologias temos as doenças cardiovasculares que são a primeira causa de mortalidade constatada em nosso meio. Milhares de brasileiros morrem por ano em consequência dessas doenças, e entre elas destacamos o infarto agudo do miocárdio (IAM), parada cardiorrespiratória (PCR), insuficiência coronariana (angina) (SANTOS, 2010). É de extrema importância que o socorrista e profissionais da enfermagem saibam identificar os sinais e sintomas dessas urgências e definir o atendimento inicial. 4.1 Angina e Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) Angina de peito apresenta dor precordial, ou retroesternal, decorrente da deficiência de oxigenação para o miocárdio (músculo cardíaco). É uma forma com dor também chamada de angina estável; não causa a morte das células do miocárdio (RIZZO et al., 1998; SOARES et al., 1996; POTTER; PERRY, 2001; HOOD; DINCHER, 1995). Angina instável apresenta dor precordial, ou retroesternal, que pode ter irradiação para membros superiores, palidez, sudorese, dispneia e extremidades frias. É uma forma de dor que dura entre 20 e 30 minutos, também não causa a morte das células do miocárdio, porém seu quadro clínico é mais intenso, podendo responder ao uso de nitrato sublingual (RIZZO et al., 1998; SOARES et al., 1996; POTTER; PERRY, 2001; HOOD; DINCHER, 1995). Infarto: dor precordial retroesternal, de forte intensidade, com duração acima de 30 minutos, podendo irradiar para membros superiores ou braço esquerdo. Dor em forma de aperto ou queimação. Pode ter início como dor epigástrica, irradiando em seguida para o peito e braço. Apresenta inclusive náuseas, vômito, sudorese fria, Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 22 ansiedade, taquicardia. Como a deficiência de oxigenação é muito elevada, ocorre morte das células do miocárdio, provocando necrose do músculo cardíaco. (RIZZO et al., 1998; SOARES et al., 1996; POTTER; PERRY, 2001; HOOD; DINCHER, 1995). O atendimento pré-hospitalar (APH) requer as seguintes ações: observe que a diferença entre angina e infarto está praticamente definida nas características da dor que a vítima apresenta, sendo assim, é muito importante que o socorrista esteja preparado para diferenciar o tipo de dor e administrar sua conduta; colher as informações de quem socorreu primeiramente a vítima e fazer uma rápida avaliação do caso. Quando não se tratar de trauma, a dificuldade do socorrista é maior em identificar a causa; conversar com a vítima, identificar-se e identificar sua equipe de atendimento. Isso tranquiliza a vítima e o atendimento torna-se mais eficiente; manter a vítima em repouso com a cabeceira elevada; se ela já faz uso de nitrato e ainda não foi administrado, administrar um comprimido sublingual e anotar; verificar os sinais vitais; transportar a vítima para a ambulância, em condições próprias para o transporte; na ambulância, administrar oxigênio, monitorar e instalar oxímetro de pulso; evitar o uso das sirenes nesse tipo de transporte, pois aumenta a ansiedade da vítima. O socorrista também deve saber avaliar as condições de usar ou não as sirenes da ambulância; na vítima inconsciente, o atendimento deve ser mais rápido e ágil. Se for necessário, a ressuscitação cardiopulmonar deve ser feita (veja as manobras e indicação em outro capítulo à frente) (SANTOS, 2010). Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 23 Assistência de enfermagem na hospitalização: manter o paciente deitado, em decúbito dorsal, com a cabeceira ligeiramente elevada; manter vias aéreas superiores impermeáveis, ou seja, ventiladas, com uso de O2 sob cateter nasal até 4 litros/minuto; providenciar um eletrocardiograma (ECG); instalar o monitor cardíaco e oxímetro de pulso; verificar e anotar pulso e PA; seguir as orientações médicas quanto à infusão de medicamentos; puncionar veia para acesso venoso, de “calibre grosso”; já na punção, colher amostra de sangue para dosagem de enzimas e eletrólitos; ocorrendo sedação por parte médica, atenção especial aos sinais vitais e monitorização, pois o paciente permanecerá mais relaxado; deixar o desfibrilador montado para uma possível cardioversão elétrica; após estabilização do quadro, manter vigilância constante desse paciente, tranquilizá-lo; orientar o paciente quanto a tudo que houve, e como está no momento. Isso deve ser feito com acompanhamento médico; comunicar aos familiares; dar continuidade ao plano de cuidados elaborado pelasequipes de enfermagem e médica. 4.2 Diagnosticando o enfarto Existem alguns exames que diagnosticam o infarto, os quais a enfermagem deve saber interpretar. São eles, o ECG e alterações enzimáticas. No eletrocardiograma podem ocorrer: Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 24 inversão da onda T – mostra que ocorreu suboclusão do músculo cardíaco; sinal de isquemia (HOOD; DINCHER, 1995); supradesnivelamento do segmento ST – mostra que ocorreu oclusão do músculo do miocárdio (HOOD; DINCHER, 1995); deflexão negativa inicial da onda Q do complexo QRS – mostra que ocorreu necrose do músculo do miocárdio (HOOD; DINCHER, 1995). Alterações Enzimáticas: creatinofosfoquinase (CPK) – tem seus índices elevados em poucas horas após o início da dor, ou seja, do quadro clínico; CKMB – isoenzima encontrada no músculo cardíaco. Determina a quantidade de massa ventricular enfartada; transaminase Glutâmico-Oxalacética (TGO) – eleva-se entre 8 a 12 horas após o quadro clínico, normalizando-se até três dias após; desidrogenase Láctica (DHL) – é a última enzima a ser alterada e atinge seu pico entre 24 e 48 horas; troponinas – enzimas que determinam lesão cardíaca e específica. São cuidados de enfermagem na administração de trombolíticos: a) Conhecer o medicamento a ser administrado e principalmente a sua ação. No IAM com onda Q bem definida, ocorre obstrução trombótica da artéria coronária. Os medicamentos com substâncias trombolíticas têm a finalidade de dissolver os trombos. Geralmente estão indicados para casos com dor de duração acima de 30 minutos, que não cede ao uso de nitratos e apresente no ECG indicação para tal, porém estão contraindicados para qualquer sangramento interno, TCE e cirurgias intracranianas inferiores a seis meses, história de AVC hemorrágico, cirurgias de grande porte há menos de duas semanas (SANTOS, 2010). b) Devem ser diluídos em soro glicosado a 5%, não devendo ser agitados. c) Devem ser infundidos entre 30 e 60 minutos. d) Utilizar equipo microgota, ou bomba de infusão preferencialmente. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 25 e) Controlar atentamente o gotejamento. f) Manter a monitorização. g) Não fazer aplicações intramusculares (1M), pois o tempo de coagulação vai aumentar, o mesmo com punção venosa, por um período de 72 horas. h) Manter repouso absoluto durante a infusão. i) Observar presença de sangue nas fezes e na escovação dos dentes (SANTOS, 2010). 4.3 Hipertensão Arterial (HAS) A hipertensão arterial sistêmica (HAS) constitui um dos grandes problemas de saúde pública no Brasil e no mundo. Representa um dos mais importantes fatores de risco para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e renais, sendo responsável por pelo menos 40% das mortes por acidente vascular cerebral, por 25% das mortes por doença arterial coronariana e, em combinação com diabete, 50% dos casos de insuficiência renal terminal (BRASIL, 2006). Neste contexto, é importante que o profissional ao atuar nos serviços de urgência e emergência, compreenda os mecanismos fisiopatológicos da crise hipertensiva, colaborando com a equipe de saúde na assistência, diagnóstico, tratamento e orientação ao hipertenso, assegurando-lhe o controle adequado da pressão arterial (FORTES et al., 2010). A urgência hipertensiva é uma situação em que ocorre aumento da pressão arterial, atingindo valores na pressão arterial diastólica (PAD) >110 mmHg e sistólica (PAS) >180 mmHg, sem lesão aguda a órgãos-alvo, que são olhos, coração, rim e cérebro. Os níveis pressóricos podem ser reduzidos em até 24 horas. Ao contrário, a emergência hipertensiva é uma situação que requer redução rápida da PA, no período máximo de uma hora. Representa risco imediato à vida devido a lesões de órgão alvo com complicações do tipo encefalopatia, infarto, angina instável, edema agudo de pulmão, acidente vascular encefálico isquêmico (Avei), acidente vascular encefálico hemorrágico (Aveh), dissecção de aorta e Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 26 eclampsia. Geralmente, a PAD é maior que 130 mmHg e sintomas clínicos estão presentes, o que indica a necessidade de internação hospitalar, se possível em UTI, com início imediato de drogas anti-hipertensivas por via endovenosa. Faz-se necessário ressaltar que o nível absoluto da PA não deve ser o parâmetro mais importante de diagnóstico, mas sim a presença de lesões de órgão-alvo e as condições clínicas associadas. Nas emergências hipertensivas, ocorre injúria vascular em virtude da falha no sistema autorregulatório que, mediante níveis tensionais elevados, provoca a vasoconstrição O quadro clínico, principalmente nas emergências hipertensivas, geralmente está associado a níveis tensionais elevados, presentes em pacientes portadores de hipertensão maligna de difícil controle e portadores de hipertensão renovascular, caracterizada pelo estreitamento de uma ou mais artérias renais. O diagnóstico é fundamentado, documentando o aumento da pressão arterial, com sinais e sintomas relevantes que indicam ou não comprometimento de órgão alvo. A avaliação clínica minuciosa com busca de alterações dos sistemas neurológico, cardiovascular, pulmonares e vasculares é imprescindível. Exames de imagem, tais como eletrocardiograma, radiografia de tórax, fundoscopia (exame de fundo de olho) e exames laboratoriais (ureia, creatinina e demais eletrólitos, urina I) colaboram na investigação diagnóstica. Várias são as condições clínicas que podem desencadear a crise hipertensiva. Nas emergências hipertensivas, destacam-se edema agudo de pulmão, uremia de qualquer causa, hemorragia cerebral, epilepsia, encefalites, ansiedade com hiperventilação, ingestão excessiva de drogas, dissecção de aorta, infarto agudo do miocárdio (IAM), acidente vascular encefálico (AVE), feocromocitoma, eclampsia e algumas colagenoses. Para as urgências hipertensivas, destacam-se a hipertensão maligna, suspensão abrupta do tratamento com anti-hipertensivos, cirurgias com HAS grave no período pré, trans e pós-operatório de cirurgias gerais, e pós-transplante renal. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 27 O princípio para o tratamento da crise hipertensiva difere quanto à urgência e à emergência. O principal objetivo é o controle da pressão, evitando-se lesões orgânicas agudas com sequelas irreversíveis. Nas urgências hipertensivas são utilizadas drogas por via oral, de ação moderada, com intuito de reduzir a pressão arterial de forma gradual. Como orientação na alta, é feito o ajuste de dose da medicação ou para pacientes que não utilizam medicações, iniciar esquema medicamentoso com drogas de ação curta administradas por via oral em horários ao longo do dia. O paciente deve ser orientado a aferir a pressão arterial uma vez ao dia até o ajuste da dose (FORTES et al., 2010). 4.4 Edema Agudo de Pulmão (EAP) O edema agudo de pulmão (EAP) é um quadro clínico originado por outros agravos, que requer ação imediata da equipe multiprofissional em virtude de instabilidade hemodinâmica, podendo levar ao óbito.O EAP pode ser desencadeado por patologias cardiogênicas, como insuficiência cardíaca, principalmente a insuficiência cardíaca esquerda, coronariopatias, valvopatias, arritmias e crise hipertensiva; ou não cardiogênicas como a hipoxemia, afecções respiratórias em que haja diminuição da complacência pulmonar e alterações da relação ventilação perfusão. Caracterizam-se por acúmulo de líquidos, que extravasam dos capilares para o espaço intersticial e alveolar quando há saturação da drenagem linfática, resultando em prejuízo para hematose. O diagnóstico é eminentemente clínico, por meio do exame físico e da história pregressa do paciente. A radiografia de tórax e o eletrocardiograma podem elucidar a avaliação, evidenciando alterações do parênquima pulmonar característico de edema alveolar e da atividade elétrica do coração que aponta para as síndromes coronarianas ou, ainda, para as arritmias, respectivamente. O ecocardiograma auxilia na diferenciação das possíveis causas de EAP cardiogênico e do não cardiogênico. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 28 O resultado da gasometria arterial demonstra hipoxemia e hipocapnia, cursando para grave hipoxemia e hipercapnia quando o quadro clínico evolui. Reconhecer as manifestações clínicas que o paciente apresenta como dispneia, ortopneia, cianose de extremidades, sudorese, agitação, ansiedade e tosse com expectoração de aspecto róseo favorece as intervenções rápidas para melhor prognóstico. É importante que você se antecipe à prestação dos cuidados, posicionando o paciente em decúbito elevado, preferencialmente com as pernas pendentes, para diminuir o trabalho respiratório e o retorno venoso. Assegure a permeabilidade das vias aéreas realizando a aspiração de secreções e instalando cateter ou máscara de oxigênio ou, ainda, auxiliando a equipe multiprofissional a ofertar oxigênio por meio de outra modalidade. Em pacientes que apresentam o quadro de descompensação cardíaca evidenciados com o EAP, o suporte ventilatório não invasivo com pressão positiva por meio de máscara de CPAP ou Bipap apresenta benefício na melhora da dispneia e redução da necessidade de intubação orotraqueal e o uso de ventilador mecânico. Também é importante monitorar o paciente e instalar oximetria de pulso para facilitar a visualização dos níveis de saturação e lembrar-se que, na vigência de má perfusão periférica, a eficácia pode ficar prejudicada. Puncione o acesso venoso para coleta de exames laboratoriais, tais como dosagem de eletrólitos, função renal, marcadores cardíacos, hemograma e administração de medicamentos. Oriente o paciente em casos de internação (FORTES et al., 2010). Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 29 UNIDADE 5 – AGRAVOS RENAIS Existem agravos renais que necessitam de intervenção imediata, seja pela iminência da dor ou por possíveis complicações agudas e crônicas. Nesse contexto, destacam-se a litíase urinária e insuficiência renal. a) Litíase Renal: Estima-se que a incidência da cólica renal atinja de 1% a 10% da população mundial ao longo da vida, com cerca de, pelo menos, uma recidiva em 30% dos casos. A experiência vivida no pronto-socorro por um indivíduo apresentando cólica renal é bastante delicada devido à dor intensa, muitas vezes referida como uma sensação intolerável que se manifesta de maneira inespecífica, atingindo o flanco com irradiação para o dorso, região suprapúbica e genital. Essa dor, proveniente do trato urinário superior, é consequência de obstrução aguda em qualquer porção do ureter, desde a junção ureteropiélica (JUP) até o meato urinário. Comprometida e provoca a elevação da pressão pélvica com possibilidade de dilatação do ureter e dor aguda. A dor pode ser acompanhada de náuseas, vômitos, irritações vesicais e hematúria ou presença microscópica de sangue. Diversos são os fatores de risco para a nefrolitíase ou urolitíase. Dentre eles, destacam-se a predisposição genética, fatores epidemiológicos como clima quente, maior consumo de proteína animal e sal, e sedentarismo. A maior incidência é no sexo masculino e, principalmente, em pessoas que se encontram entre 30 e 40 anos de idade. Alguns fatores contribuem para o aparecimento da litíase renal como as alterações anatômicas do trato urinário, patologias endócrinas que interferem no metabolismo do cálcio, infecções urinárias, modificações do pH urinário, alguns fármacos por meio de seus metabólitos ou alterações metabólicas. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 30 Como urgência urológica, requer intervenção de toda a equipe multidisciplinar. A conduta será direcionada após a avaliação clínica e diagnóstica, com prioridade para a minimização da dor. São cuidados de enfermagem indispensáveis o acesso venoso de bom calibre para administração de analgésicos potentes, anti-inflamatórios, antiespasmódicos e o acompanhamento da evolução da dor. Na vigência de quadros álgicos, os diuréticos não são recomendados e, eventualmente, quando o paciente apresenta náuseas e vômitos, há necessidade do uso de antieméticos. A hidratação auxilia na eliminação do cálculo, mas é preciso certificar-se da conduta, pois há casos em que é indicada restrição hídrica devido a agravos pré-existentes como insuficiência cardíaca ou função renal comprometida (FORTES et al., 2010). Os resultados de exames laboratoriais de sangue e urina podem indicar a necessidade de associar outras condutas médicas como, por exemplo, a antibioticoterapia, caso constate infecção urinária. É importante que o profissional de enfermagem esteja atento às mudanças terapêuticas que vão ocorrendo durante a permanência do paciente no serviço de urgência, cuidando para que ele receba o tratamento sem perda desnecessária de tempo. A realização de exames de imagem, radiografia e ultrassonografia contribuem para diagnóstico. A persistência das crises álgicas pode levar à internação, porém, havendo melhora, há possibilidade de o paciente dar continuidade ao tratamento em ambulatório. Essas condutas dependem da condição clínica do paciente, da localização e do tamanho do cálculo. Considera-se também o conforto do paciente e o tempo de sua recuperação. As possibilidades terapêuticas incluem a saída de maneira espontânea do cálculo com acompanhamento médico, bem como medidas intervencionistas. Entre os procedimentos utilizados para eliminação de cálculos renais, ureterais ou ainda localizados na bexiga, citamos a litotripsia extracorpórea por ondas de choque. Considerando que uma das principais funções dos rins é eliminar substâncias tóxicas do organismo pela urina, a litíase renal pode comprometer esse Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 31 funcionamento e causar complicações como a insuficiência renal, a necessidade de diálise e até mesmo de transplante renal, modificando o ritmo e a qualidade de vida desse paciente. A enfermagem tem um papel fundamental nas ações educativas em saúde, promovendo a reeducação de hábitos alimentares que evitem a formação de novos cálculos. b) Insuficiência Renal Aguda: A maioria dos quadros de insuficiênciarenal aguda ou crônica poderia ser evitada com medidas de prevenção e controle das dislipidemias, da hipertensão arterial, do diabetes e de outras patologias previsíveis. Essas patologias, quando não tratadas adequadamente, podem provocar a perda da função renal levando à insuficiência renal. Esta se caracteriza por redução da filtração glomerular (RFG), levando à diminuição da diurese e retenção de ureia e creatinina. As funções renais incluem, além do equilíbrio de água e eletrólitos e da eliminação de toxinas, a liberação de eritropoetina, que estimula a medula óssea na produção de glóbulos vermelhos, a manutenção de ossos sadios com o equilíbrio de fósforo e cálcio e ajuda no controle da pressão arterial por meio da liberação de hormônios. A insuficiência renal pode se manifestar de forma aguda, situação mais comum nos serviços de urgência/emergência, em pacientes em situações críticas internados em UTI por patologias variadas, bem como na forma crônica, quando há perda total e irreversível da função renal, que se manifesta lenta e progressivamente. Em se tratando de urgência e emergência, vale ressaltar os seguintes aspectos: se caracteriza pela redução abrupta da filtração glomerular (RFG), variando de horas a dias, com retenção de escórias nitrogenadas resultantes do metabolismo. Corresponde a 5% das internações hospitalares e em torno de 30% das admissões nas unidades de terapia intensiva, com alto índice de mortalidade em virtude das injúrias associadas a causas renais e não renais. A mortalidade se mantém constante nas últimas décadas mesmo com o avanço tecnológico. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 32 Como causas, destacam-se o acréscimo da população idosa, as comorbidades e a utilização de medicamentos cada vez mais potentes que provocam nefrotoxicidade tais como imunossupressores, anti-inflamatórios não esteróides e antimicrobianos. De acordo com a etiologia, a insuficiência renal aguda (IRA) é classificada em pré-renal, renal e pós-renal. A IRA pré-renal é caracterizada quando há hipoperfusão renal de causas variadas, normalmente relacionadas à hipovolemia e corresponde a 50% - 60% dos casos. A IRA renal implica no acometimento dos néfrons, seja em vasos, glomérulos ou túbulos renais, comprometendo suas funções e sendo responsável por aproximadamente 35% dos casos. Na IRA pós-renal, há uma obstrução aguda em qualquer localização do sistema coletor, ureter ou bexiga em 5% dos casos, causando aumento da pressão nas vias urinária que acarreta na diminuição da RFG. Atinge indivíduos de todas as faixas etárias e pode evoluir para a insuficiência renal crônica. A história clínica do paciente pode dar indícios importantes para saber a causa da IRA como doenças crônicas, antecedentes familiares de doenças renais, uso recente ou contínuo de medicamentos tais como anti-inflamatórios, antibióticos, anestésicos, contrastes, diuréticos também podem alterar a função renal. É importante que se descarte a possibilidade de obstruções renais como tumores, litíase, uropatia obstrutiva, principalmente em idosos do sexo masculino e intoxicações acidentais ou intencionais por substâncias químicas. A conduta terapêutica é direcionada de acordo com o histórico, exame físico e dos resultados de exames laboratoriais e de imagem. Intervenções rápidas com a finalidade de evitar complicações e consequências irreversíveis são aplicadas desde o momento que o paciente procura o serviço de pronto-socorro. Por meio dos conhecimentos adquiridos, você pode dinamizar o atendimento a esse paciente. Controles dos parâmetros da pressão arterial e da pressão venosa central evidenciam a necessidade da reposição volêmica. A punção de acesso venoso calibroso facilita a expansão de fluidos, como nos casos de queimaduras, hemorragias, vômitos e diarreia. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 33 Muitas vezes, a reposição de volume por meio de soluções cristalóides, coloidais ou hemocomponentes restabelecem a função renal. Esteja atento à velocidade de infusão desses volumes para que não ocorra sobrecarga cardíaca. A monitoração cardíaca evidencia a possibilidade de arritmias cardíacas sugestivas de alterações bioquímicas como a hipocalemia ou hipercalemia, considerada como principal causa de morte em pacientes com IRA. Todavia, em casos onde a hipervolemia está presente como resultado da excreção inadequada de sódio e água ou há comprometimento dos glomérulos, a conduta será oposta. Há a possibilidade da restrição volêmica. É importante que você observe alterações da frequência respiratória pela possibilidade da congestão pulmonar e consequente aparecimento de edema agudo de pulmão (EAP), podendo levar a insuficiência respiratória aguda. Em casos de EAP, a ação emergencial é administrar, conforme conduta médica, diuréticos em bolus ou em infusão contínua para melhorar o quadro pulmonar. A associação de anti-hipertensivo se faz na presença de hipertensão. Dentre as intervenções possíveis, e de acordo com o resultado da gasometria, existe a possibilidade de oxigenoterapia por meio de dispositivos externos como cateter ou máscara ou por ventilação mecânica invasiva e não invasiva. Nesses casos, fique atento ao preparo do material de entubação orotraqueal (FORTES et al., 2010). A instalação de cateter vesical de demora (SVD) permite o controle do débito urinário e a realização do balanço hídrico. É necessário coletar e estar atento aos resultados dos exames laboratoriais. O intuito é avaliar possíveis alterações de ureia e creatinina, sódio e potássio, entre outros, e intervir para a estabilização do quadro clínico. Outro cuidado de enfermagem é a avaliação do nível de consciência, pois pode haver manifestações como estado de confusão mental, sonolência, convulsões e até coma, conhecida como síndrome urêmica. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 34 É fundamental orientar o paciente quanto aos ajustes de dose de medicamentos que porventura faça uso, ou daqueles que serão introduzidos, uma vez que os rins não estão realizando suas funções adequadamente. A repercussão desse agravo pode necessitar de métodos mais invasivos como a diálise peritoneal ou hemodiálise para a retirada das escórias e líquidos. Nesses casos, há a necessidade de internação ou transferência para unidade especializada para a realização do procedimento e prosseguimento ao tratamento. Após alta hospitalar, é imprescindível que esses pacientes realizem acompanhamento ambulatorial até normalização da função renal ou, dependendo da gravidade da disfunção renal, pode evoluir para IRC. A prevenção e a identificação precoce da IRA favorecem o prognóstico e minimizam os gastos devido ao alto custo do tratamento. Atingem pessoas portadoras de doenças cardiovasculares e hepáticas, diabetes, idosos e indivíduos que fazem uso indiscriminado de medicamentos reconhecidamente como nefrotóxicos. O atendimento à IRA ultrapassa os limites do pronto-socorro, sendo necessárias internações e envolvimento de vários setores de alta complexidade (FORTES et al., 2010). Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as18:00 horas 35 UNIDADE 6 – DISTÚRBIOS 6.1 Glicêmicos Os distúrbios glicêmicos agudos são causas frequentes de consulta de urgência em serviços de pronto-atendimento. As manifestações clínicas variam desde ausência de sintomas até ao coma. Em crianças de qualquer faixa etária, os sintomas podem ser mais acentuados do que nos adultos. Além do tratamento do episódio agudo, deve-se buscar o diagnóstico etiológico, no sentido de evitarem-se novos episódios. As manifestações mais comuns dos distúrbios glicêmicos agudos são: cetoacidose diabética, estado hiperosmolar hiperglicêmico, hipoglicemia em paciente com diabetes mellitus e hipoglicemia em paciente não-diabético (PENNA, 2009). Cetoacidose Diabética é uma emergência clínica caracterizada por hiperglicemia, cetonemia e acidose metabólica, cuja taxa de mortalidade é de 5%, sendo mais frequente nos extremos etários, podendo chegar a 50% em idosos acima de 80 anos. Os critérios diagnósticos para cetoacidose metabólica são: hiperglicemia, cetonemia e acidose metabólica. A glicemia está acima de 250 mg/dL, mas geralmente encontra-se entre 400 e 800 mg/dL. Na gasometria arterial, o bicarbonato está abaixo de 15 e o anion gap está aumentado. Em algumas crianças a glicemia pode estar normal. O médico deve estar ao lado do paciente todo o tempo, uma vez que modificações nas infusões de insulina e de fluidos, muitas vezes, não são previsíveis e devem ser tomadas medidas no momento em que ocorrem, não sendo, portanto, prudente deixar paciente com CAD com prescrição preestabelecida e transferir o controle para a equipe paramédica, uma vez que a detecção precoce de desvios metabólicos é fundamental para que se evitem complicações. A cetoacidose diabética geralmente é precedida em um dia por manifestações como poliúria, polidipsia, fraqueza, náusea e vômitos. Os sinais e sintomas são: sinais de hipovolemia devido ao déficit de água proporcionalmente ao peso corporal no adulto, caracterizados por desidratação (quando a perda é de Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 36 aproximadamente 10%), hipotensão (perda de 15%) e choque (perda de 20% de água corpórea); taquicardia; respiração rápida e profunda (respiração de “ Kussmaul”); hálito cetônico; dor abdominal; letargia, torpor e coma; diminuição do peristaltismo intestinal secundário à hipopotassemia. Numa avaliação inicial deve-se: • manter vias aéreas pérvias, avaliar respiração (frequência respiratória, profundidade) e circulação (frequência cardíaca, pressão arterial, perfusão capilar, pulsos), ou seja, o “ABC”; • avaliar nível de consciência – se estiver reduzido, recomenda-se suspensão da dieta e cateterismo gástrico, uma vez que a gastroparesia é frequente em pacientes com cetoacidose diabética; • avaliar se o hálito tem características de cetônico; • pesquisar sinais de infecção pulmonar, vias aéreas superiores, trato urinário, pele, dentes, genitália, entre outros locais; • completar todo o exame clínico; • realizar de imediato a glicemia capilar; • solicitar coleta imediata de sangue para exames laboratoriais em caráter de urgência, com ênfase a: glicemia, gasometria arterial, cetonemia, íons (Na”, K+,Mg, P), leucograma e a repetição desses exames, conforme a necessidade (Quadro 12.2). O estado hiperosmolar hiperglicêmico é uma emergência clínica frequente em idosos diabéticos, ocorrendo quase que exclusivamente nos pacientes com diabetes mellitus do tipo 2 e a taxa de mortalidade é de 15%-20%. Cursa com níveis Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 37 de glicemia entre 700 e 1.000 mg/dL, que são superiores aos encontrados na cetoacidose diabética, desidratação grave e sintomas neurológicos associados. Os critérios diagnósticos são: • glicemia acima de 600 mg/dL; • sódio sérico corrigido (Na + 1,6 x (glicemia - 100) / 100) normal ou elevado; • osmolaridade plasmática elevada (acima de 320 mOsm/kg H20), calculado pela fórmula - Posm = 2 Na + glicemia/18 + Ur/2,8; • ausência de cetonemia relevante; • ausência de acidose (bicarbonato acima de 15 mEq/L) (PENNA, 2009). Os fatores precipitantes são: infecções (pneumonia em 40-60%; infecção trato urinário em 5-16%), acidente vascular encefálico, infarto agudo do miocárdio, trauma, excesso de álcool, pancreatite, uso de medicamentos que interferem na ação da insulina (bloqueadores beta-adrenérgicos, fenitoína, corticosteroides, diazóxido), administração de líquido hiperosmolar (alimentos através de cateter, nutrição parenteral total, diálise peritoneal). Os idosos são um grupo de risco, pela incapacidade de ingerir líquidos de forma adequada ou de relatar sintomas precoces. O quadro, classicamente, ocorre em idosos ou pacientes com desidratação grave de instalação gradual. Podem estar presentes convulsões e/ou outras manifestações neurológicas. O exame inicia-se mediante verificação de vias aéreas pérvias, respiração e circulação, ou seja, o “ABC”. O nível de consciência e os sinais de infecção (pulmonar, vias aéreas superiores, infecção do trato urinário, pele, dentes, genitália) devem ser também avaliados. Devem ser solicitados exames laboratoriais de: glicemia, gasometria arterial, cetonemia, íons (Na, K, Mg, P), hemograma, função renal, exame de urina rotina, radiografia de tórax, eletrocardiograma, troponina, CKtotal e CK-MB e culturas. Os fatores precipitantes devem ser investigados e tratados. No idoso, o médico deve estar atento ao diagnóstico precoce do diabetes mellitus. O tratamento Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 38 consiste em monitorização glicêmica e hidroeletrolítica rigorosa, como na cetoacidose diabética, conforme esquema a seguir: 1 a 2 L cloreto de sódio a 0,9% nas primeiras duas horas; monitorar dados vitais e diurese. Repor glicose, quando glicemia estiver entre 200 e 250 mg/dL (PENNA, 2009). As principais complicações são: doença tromboembólica (considerar heparina profilática), distúrbios metabólicos e hidroeletrolíticos (hipoglicemia, hipocalemia e hiperglicemia) e edema cerebral, que é evitável com reposição gradual de água e declínio gradual da glicemia. Hipoglicemia em Paciente com Diabetes Mellitus: A definição de hipoglicemia em um paciente com diagnóstico prévio de diabetes mellitus não tem limite preciso. Alguns autores sugerem o valor abaixo de 50 mg/dL, entretanto, o mais apropriado para a definição é considerar os sinais e sintomas e o contexto do paciente em questão. Os sinais e sintomas são inespecíficos, ou seja, hiperatividade autonômica adrenérgica (taquicardia, tremores, ansiedade) e parassimpática (náuseas, vômitos, fome intensa); sintomas neuroglicopênicos (sonolência, confusão mental, torpor e coma). Nos pacientes em uso de medicamentos betabloqueadores, os sintomas adrenérgicos podem estar obscuros, exceto a sudorese. Além disso, os indivíduos com diabetes mellitus cronicamente descontrolado podem apresentar sintomas de hipoglicemia com glicemia dentro da faixa normal, devido ao fenômeno de down regulation dos receptores (PENNA, 2009). A avaliação inicial deve ser a sequência do “ABC”: manter vias aéreas pérvias, verificar respiração, circulação e o nível de consciência. Exames laboratoriais Os exames a serem solicitados são: glicemia, hemograma completo, ionograma,
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