Sincretismo processual

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CAMILA NASCIMENTO PEIXOTO
Sincretismo processual
Primordialmente entende-se o sincretismo processual como uma tradução de determinada tendência do direito processual, onde está relacionada a combinação de fórmulas e procedimentos, visto que, possibilita a obtenção de mais de uma tutela jurisdicional, de forma simples e de imediato juntamente no mesmo processo. Em outras palavras, o sincretismo processual é a junção entre o processo de conhecimento, execução, processo cautelar e as tutelas de urgência, ou seja, admite simultaneamente o processamento das fases de conhecimento e de execução. 
Anteriormente a Lei 11.232/05 o processo civil brasileiro apenas acolhia o cumprimento imediato das decisões relativas às obrigações de fazer, não fazer e dar coisa diversa de dinheiro, isto é, estas obrigações eram realizadas sem necessidade de abertura de um novo processo (fundamentado nos artigos 461 e 461-A, CPC).
Somente, a partir da Lei 11.232/05, tanto a liquidação quanto o cumprimento da sentença relativa às obrigações de pagar quantia passaram a constituir mera fase do processo de conhecimento. Cabe ainda salientar que uma das alterações mais marcante sobre a Lei 11.232/05, foi que alterou o conceito de sentença, de maneira que modificou o artigo 162, § 1º do Código de Processo Civil. Uma vez que o conceito formal do Código de 1973 não conseguiu abranger a criação das tutelas específicas, em que o processo não se encerrava com a prolação da sentença, que prosseguia até a efetivação do cumprimento da prestação imposta a uma das partes. 
Diante do exposto, a fase de cumprimento da sentença, indica a última fase do processo de conhecimento, isto é, a efetivação da sentença condenatória, outorgando ao demandante o bem que lhe foi declarado como direito. Portanto, o processo sincrético tem um grande índice de satisfação entre diversas demandas e consumidores do judiciário, visto que, houve redução na espera na execução do direito já adquirido com a sentença.