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1 1 AS AÇÕES ÚTEIS NA VISÃO MISSIONÁRIA 2018 OS ÚLTIMOS TEMPOS A BÍBLIA E A EVANGELIZAÇÃO MISSIONÁRIA NO TEMPO DA GRAÇA Valdeci Fidelis Visão e Missão da Igreja PRÓLOGO Como parte das exigências para a obtenção do conhecimento teórico e prático em Teologia dos últimos séculos da Doutrina de Jesus Cristo. “Um líder convence outras pessoas a segui-lo porque tem respostas e soluções. Ele sabe o caminho a seguir ou, pelo menos, convence seus seguidores de que é competente. Pouca ou nenhuma vantagem pode ser obtida pela elevação de alguém a uma posição de autoridade, se essa pessoa é nitidamente incapaz de convencer o grupo de que pode resolver seus problemas” Shedd, Russel. Presidente Prudente 20 de maio de 2018. Este trabalho foi realizado em pesquisas.Elaborado pelo próprio autor anos de 2013/2018. O material foi cedido gratuitamente pelas pesquisas.De sites e livros digitais. Com a colaboração de estudos realizados para pastores, obreiros, evangelistas, Teologia internacional, Bacharelado e Mestrado em Teologia. FIDELIS, Valdeci. Matéria com citação da fonte. Autorizado a reprodução por qualquer meio-impresso, fotográfico, eletrônico, xerográfico, gravação etc. 2 2 INTRODUÇÃO A VISÃO DA IGREJA EVANGÉLICA DE MISSÃO CRISTÃ E A BÍBLIA. Um assunto introdutório que auxilia todas as Escrituras Sagradas. Melhor explanação da teologia histórica e abrangência por parte de quem o ler. Como também é chamado Isagoge nos cursos superiores de Teologia, nos Seminários Maiores ou nas Universidades. Este livro tem como objetivo o auxilio da compreensão da Bíblia manifestar-se como ela chegou até nós mortais comum. Um ponto relevante e saliente é a história da Bíblia como uma Teologia histórica, como estudo divinal, sendo a Bíblia um livro divino, veio á nós por meio carnais comuns de seres humanos, tornando-se assim divinal – humano e Palavra Viva – Cristo Jesus, que se tornou divino –(João 1.1; Ap 19.13). Através da Bíblia Deus fala em linguagem humana, para que o homem possa compreender, e por esta razão, faz alusão a tudo que é terreno e humano, mencionando: rios, montes, montanhas, mares, desertos, solos climas, plantas, produtos, estradas, os minerais, dinheiros, comércios, raças, línguas, usos, costumes, culturas, e muito mais, tudo isso vem de Deus. Para nós compreendermos tudo isso ele vestiu a Bíblia com nossa linguagem, do nosso modo de perceber, que através da Bíblia ao modo humano com uma linguagem concebida que o Espirito Santo coloca no coração de quem receber a Deus. Deus se revela homem na Bíblia, Deus é descrito na Bíblia por DESARTE, o autor da Bíblia é mesmo Deus, e os escritores foram homens. Numa linguagem concebida dos Salmos e das outras Bíblias, Deus mesmo age como fosse homem. A Bíblia chega a esse para que o homem compreenda os sermões e textos bíblicos melhor, o que Deus quer dizer com isso, também várias vezes tem dificuldades e aparentes contradições nos últimos tempos da graça. Que esperamos a sua revinda. “O crescimento implica numa correta associação de verdade e amor, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo... para edificação de si mesmo em amor” (Efésios 4.15a, 16b) SUMÁRIO 3. A BIBLIA DE LUTERO OU A TORÁ DOS DIAS ATUAIS...................................8 4. LEITURA DA BÍBLIA.…..……………………………….……………….…..............9 5. SÍNTESEDAFÉE DO CREDO DE NICEIA.......................................................11 6. PORQUE O CREDO DE NICÉIA...……………………………….......................14 3 3 7. O GRANDE CISMA 1?……………………….....................…………….…........16 8. PROFISSÃO DE FÉ……………................................………..………….…......17 9. OS CREDOS DA IGREJA………………………………..………....…..........…..20 10. DOIS MIL ANOS DEPOIS DE CRISTO………..……………….......................23 11. REGENERADOS PELO BATISMO.....................................…….......….........24 12. SÔIS SACERDOTE UNIVERSAL………...…...……………………...…………29 13. PODERES SOBRE AS AUTORIDADES DE DEUS NO ESTADO….....….....29 14. JESUS NO PASSADO E NO PRESENTE…………………...……....………...30 15. QUANDO FALAR DEUS...........................................................................…..32 16. QUANDO FALAR DEUS……………………………......……………………......33 17. EU SOU O QUE SOU....................................................................................35 2.A IMPORTÂNCIA DOS TEXTOS PAULINO NA ORDENAÇÃO DE MULHERES AO MINISTÉRIO PASTORAL.........................................................................................39 2.1 GÁLATAS 3.26-29.........................................................................................39 2.2 I CORÍNTIOS 11-14.......................................................................................42 2.3 1 TEMOTEO 2.8-15........................................................................................47 3. SUGESTÃO A TEOLOGIA PAULINA PARA ORDENAÇÃO DE MULHERES AO MINISTÉRIO PASTORAL.....................................................................................50 3.1 A TEOLOGIA PAULINA DAS DUAS ERAS...................................................50 3.2 A EXISTÊNCIA DA IGREJA AS DUAS ERAS..............................................52 3.3 AESPERANÇA DA MULHER NA ORDENAÇÃO AO MINISTÉRIO.............59 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................66 4 4 1. AS HISTORIAS QUE NÃO SABEMOS............................................................61 2. LIVROS SAGRADOS DA BIBLIA.....................................................................69 1. OSÉIAS............................................................................................................72 2. NÚMEROS.......................................................................................................73 3. JOÃO................................................................................................................74 4. TITO.................................................................................................................76 5. TIAGO...............................................................................................................77 6. ROMANOS.......................................................................................................78 7. MARCOS..........................................................................................................80 8. MATEUS...........................................................................................................81 9. LUCAS..............................................................................................................82 10. JUDAS............................................................................................................84 11. II TIMÓTEO.....................................................................................................85 12. II TESSALÔNICENSES..................................................................................86 13. II JOÃO...........................................................................................................87 14. I TIMÓTEO......................................................................................................88 15. II CORINTIOS.................................................................................................90 16. I PEDRO.........................................................................................................92 17. I CORINTIOS..................................................................................................92 18. HEBREUS.......................................................................................................94 19. GÁLATAS.......................................................................................................9620. FELIPENSES.................................................................................................97 21. FILEMON........................................................................................................98 5 5 22. ÉFESIOS........................................................................................................98 23. ATOS DOS APOSTOLOS..............................................................................99 24. APOCALIPSES...............................................................................................99 25. GENESIS......................................................................................................100 26. III JOÃO........................................................................................................102 27. I JOÃO..........................................................................................................103 28. 1 PEDRO......................................................................................................104 29. AGEU............................................................................................................105 30. AMÓS...........................................................................................................106 31. CANTARES.................................................................................................107 32. DANIEL.........................................................................................................107 33.ECLESIASTES.............................................................................................108 34.DEUTERONOMIO.........................................................................................109 35. ESDRA.........................................................................................................110 36. ESTER.........................................................................................................111 37. EXODO.........................................................................................................112 38. EZEQUIEL....................................................................................................113 39.GENESIS.......................................................................................................115 40.AGEU............................................................................................................116 41. HEBREUS.....................................................................................................117 42. 1CRONICAS.................................................................................................118 43. I REIS............................................................................................................119 44. 1 SAMUEL....................................................................................................121 6 6 45.2 CRONICAS.................................................................................................122 46. 2 REIS..........................................................................................................123 47.2 SAMUEL.....................................................................................................124 48. ISAIAS..........................................................................................................126 49. JEREMÍAS....................................................................................................127 50. JERICÓ.........................................................................................................129 51. LIVRO DE JÓ...............................................................................................130 52. JOEL.............................................................................................................131 53. JONAS..........................................................................................................133 54. JOSUÉ..........................................................................................................134 55. JUÍZES..........................................................................................................134 56. LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS.................................................................135 57. LÉVITICO......................................................................................................136 58. MALAQUIAS.................................................................................................138 59. MIQUEIAS... ................................................................................................139 5. REFERÊNCIAS .............................................................................................139 FIDELIS, Valdeci. Ordenação de mulheres ao Ministério Pastoral na última era. 7 7 DECLARAÇÃO DE PROFISSÃO DE FÉ DA IGRJA DE JESUS CRISTO o conosco, saibam que Agradeço a todos, obrigado na paz do Nosso Senhor Jesus Cristo. Porque cremos que a Bíblia Sagrada é a Palavra de Deus (2 Pe 1.21); na Santíssima Trindade Pai,Filho e Espirito Santo (Cl 1.16); que o homem foi criado a imagem de Deus, mas pela desobediência e transgressão caiu da pureza e inocências nas profundezas do pecado e iniquidade (Gl 11.27; Rm 5.19; Rm 5.12; Sl 51.5). Depois de termos sido purificado pelo precioso sangue de Jesus Cristo, recebido o testemunho do Espirito Santo na conversão e participantes de sua Santidade que é o que Deus deseja para nós seres humanos (Fp 1.6; Ef 6.13; Lc 22.18). Que somos batizados por imersão nas águas, e que é efetuada a mudança no coração e na vida através do novo nascimento, (Jo 15.19; 3.7; 2 Co 5.17)e no mandamento sagrado de Nosso Senhor Jesus Cristo que é um sagrado sinal exterior de uma obra interior (Mt 28.19; Rm 6.4), que a fé cristã é baseada em manifestação do Espirito Santo a todos que crê em Jesus Cristo. Creio que a moderação do crente deve ser notória a todos os homens e jamais devem ser levadas a extremos fanáticos ou de escândalos, murmurações e calunia que sua sóbria vida cristã seja de retidão, humildade, sensatez, moderado em seu falar, vestir, andar, conforme Cristo o fez que creia na cura divina e no poder de Jesus Cristo, para curar os enfermos e aflitos em nome do Senhor Salvador Nosso Jesus Cristo, aqueles que creem e oram conforme (Mt 8.17; Mc 16.17;Tg 5.15). Cremos na necessidade dos pais num ato de compromisso empenhar na educação dos filhos e apresentarem a Mesa do Senhor conforme dizem (1Tm 1.5 e18; Lc 2.22-23), que tendo aceitado o Senhor Jesus Cristo como salvador pessoal e rei, e tendo quando esteja em seu poder identificar-se com a Igreja visível de Cristo sobre a terra e trabalhar com grande entusiasmo e fidelidade pela a edificação do Reino de Deus (Mt 3.16-17; Rm12.5; At 2.47; 15.5; Hb 10.24-25; Sl111.1). Na volta de Jesus Cristo, onde Ele descerá dos céus nas nuvens de gloria, com seus arcanjos e trombetas de Deus, que esta hora que ninguém sabe antecipadamente, os mortos em Cristo se levantarão e os remidos que estiverem vivos serão levados juntos com ele nas nuvens a encontrar com o Senhor (Lc 12.35-37; Mt 24.36-42-44; 1 Tess 4.16-17; Tt 2.12-13) 8 8 3. BIBLIA DE LUTERO OU A TORÁ DOS DIAS ATUAIS Vinculativo para todas as Igrejas cristãs. Livros do Antigo Testamento na Bíblia de Lutero, usada nas áreas germanófonas, o Antigo Testamento é subdividido em três grupos: Livros Históricos, Livros Sapienciais e Livros Proféticos. Os 17 Livros Históricos são os seguintes: Os cinco Livros de Moisés (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio) O Livro de Josué O Livro dos Juízes O Livro de Ruth Os dois Livros de Samuel. Os dois Livros dos Reis. Os dois Livros das Crônicas. O Livro de Esdras.O Livro de Neemias. O Livro de Ester. Os 5 (cinco) Livros Sapienciais são os seguintes: O Livro de Jó. O Livro dos Salmos. O Livro de Provérbios. O Livro de Eclesiastes. O Livro de Cantares de Salomão. Os 17 Livros Proféticos são os seguintes: Isaías, Jeremias, Lamentações de Jeremias, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós Obadias, Jonas Miquéias, Naúm Habacuc, Sofonias, Ageu Zacarias e Malaquias. Escrituras veterotestamentárias (A.T) tardias. As Escrituras testamentárias da antiguidade tardia, contida em muitas edições da Bíblia, também são designadas de "livros apócrifos" (“livros secretos"). Trata-se de Escrituras judaicas editadas entre os séculos III e I a.C. Que representam um elo extraordinário entre o Antigo Testamento e o Novo Testamento. Nestas Escrituras, são organizadas as persuasões de fé neotestamentárias as Escrituras veterotestamentárias tardias são vinculativas para a fé e doutrina como as outras Escrituras veterotestamentárias canônicas. Lutero, estas Escrituras encontram-se entre o Antigo e o Novo Testamento. Os 14 Livros Apócrifos são os seguintes o Livro de Judite o Livro da Sabedoria, o Livro de Tobite, o Livro de Ben Sira, o Livro de Baruc; os dois Livros dos Macabeus; adições em Ester, adições em Daniel História de Susana, Daniel e os sacerdotes de Bel Daniel lançado aos leões, Cântico de Azarias, Cântico dos três jovens, oração de Manassés citação da Bíblia da Difusora Bíblica. O Novo Testamento contém os registros legados alusivo ao envio e à ação de Jesus e dos seus apóstolos nos Evangelhos e no Livro dos Atos.As cartas dos apóstolos às comunidades e as pessoas dão uma visão sobre a vida comunitária e a atividade missionária no tempo do cristianismo primitivo da época. Estas cartas também fornecem informações sobre a doutrina que os apóstolos ensinavam e que Paulo veio e proclamava mandado do seu enviado. No "Apocalipse de João", o livro profético do Novo Testamento, Jesus Cristo adverte a Sua Igreja de várias formas, aliviar com a promessa da sua revinda e aponta para passagens futuros. Criação do cânone neotestamentário(A.T) para a Igreja Primitiva Cristã, o atual Antigo Testamento era a verdadeira Bíblia. (Além disso, as “palavras do Senhor” 9 9 (logias) legado dar início por ganhar uma estimação particular). Primeiramente, as logias eram comunicadas de boca-em-boca. Ainda antes de serem registados por escrito qualquer dos relatos da ação de Jesus, já continham elas nas comunidades de igrejas confissões de fé e hinos nos quais já professavam a morte e a ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. As profissões de fé também ficaram incluídas nos registros escritos dos apóstolos. As escrituras mais remotas do cristianismo primitivo, que nos foram deixadas, são as cartas do apóstolo Paulo. Elas eram lidas nos ofícios divinos e também passadas para as comunidades vizinhas. As Cartas Paulinas, no Evangelho de Marcos é o testemunho escrito mais antigo da fé cristã o teor e a estrutura como foi conduzido dos Evangelhos de Mateus e Lucas eles estão muito envolvidos ao mais antigo dos Evangelhos, para preservação da tradição apostólica, poder transmiti-la e distingui-la das doutrinas falsas já na época preocupava, tornou-se necessário criar uma compilação de escrituras que fossem vinculativas para a Igreja dos últimos dias da graça.Uma das cartas festivas para a Páscoa do bispo Atanásio de Alexandria, datada do ano 367 d.C., enumera a vinculação de todas as 27 Escrituras do Novo Testamento, então, este cânone veio a receber aprovação pelos concílios da Igreja reunidos em Hippo Regius (393 d.C.) e Cartago (397 d.C.), estes cânone veterotestamentário e o cânone neotestamentário devem a sua origem não apenas a avaliações humanas, mas antes, e por sobre de tudo, à vontade divina. 4. BÍBLIA DE LUTERO Os Livros do Novo Testamento na Bíblia de Lutero, o Novo Testamento é subdividido nas próprias categorias que o Antigo Testamento, os cinco Livros históricos são os seguintes: O Evangelho de Mateus, Evangelho de Marcos, Evangelho de Lucas, Evangelho de João, os Atos dos Apóstolos de Lucas, os 21 Livros Sapienciais são os seguintes: A Epístola de Paulo aos Romanos; as duas Epístolas de Paulo aos Coríntios;Epístola de Paulo aos Gálatas; Epístola de Paulo aos Efésios; Epístola de Paulo aos Filipenses; Epístola de Paulo aos Colossenses; as duas Epístolas de Paulo aos Tessalonicenses; as duas Epístolas de Paulo a Timóteo; Epístola de Paulo a Tito; A Epístola de Paulo a Filemom; Epístola aos Hebreus; Epístola de Tiago; duas Epístolas de Pedro; três Epístolas de João; A Epístola de Judas; um Livro Profético que é o seguinte: O Apocalipse de João. SÍNTESE: O autor da Escritura Sagrada é Deus. Os seus redatores foram homens que foram inspirados pelo Espírito Santo. Na forma de edição e as formas de expressão destes livros bíblicos são distinguidas pela visão conceitual vivente na era dos respectivos redatores bíblico. A Escritura Sagrada dá testemunho da revelação divina, 10 1 0 mas não representa um relato integral de todos os atos de Deus. Sabemos que Bíblia, ou seja, a Escritura Sagrada é composta pelo Antigo Testamento e pelo Novo Testamento. As duas partes dão testemunho do plano de salvação de Deus em relação aos homens e, nesse sentido, estão interligadas. O cânone cristão do Antigo Testamento é baseado no cânone hebraico. O Antigo Testamento é composto por 17 Livros Históricos, 5 Livros Sapienciais e 17 Livros Proféticos; conteúdo dos 14 livros veterotestamentários morosos (livros apócrifos) representa um elo de união respeitável entre as escrituras veterotestamentárias e as escrituras neotestamentárias. Para a fé e a doutrina, estes livros são tão vinculativos como as demais escrituras canônicas do Antigo Testamento. Novo Testamento contém vários registros sobre o envio e o desempenho atuante de Jesus e dos seus apóstolos. Os 27 livros do Novo Testamento passaram a ser analisados como partes vinculativas (canônicos) no século IV. O Novo Testamento é composto por cinco Livros Históricos, 21 Livros Sapienciais e um Livro Profético, a significação da Escritura Sagrada para a doutrina e a fé a Escritura Sagrada é o embasamento para a doutrina da Igreja de Jesus Cristo. Por imediata, a divulgação da palavra nos serviços divinos também é baseada na Escritura Sagrada, pois ela é o ponto de partida e o fundamento para a prédica interpretação da Palavra através do Espírito Santo conseguir entender a Escritura Sagrada da forma certa, baseada na inspiração divina, só é possível através desse mesmo Espírito; estar na vontade de Deus e, por conseguinte, também a Escritura Sagrada dada por Ele, só são compreensíveis, em todo o seu alcance, por meio do efeito do Espírito Santo ”Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus...” (1Co 2,10-12). Enquanto ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus, “Ainda os homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros dos ministérios de Deus” (1Co 4,1), os apóstolos também estão na incumbência da interpretação da Escritura Sagrada, então só alcançam através do Espírito Santo, em nome de Jesus Cristo o centro da Escritura. Na interpretação cristã, o Antigo Testamento tem como função principal organizar a vinda do Messias e dar testemunho d'Ele; sendo o próprio Jesus a confirmá-lo (Jo 5.39; Lc 4.17-21; 24-27). “Ele explicou aos seus discípulos a Escritura aceitando por referência a sua atuação; e, nesse contexto, Ele fez uma observação: “Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos” (Lc 24.44)”. Assim sendo, o Antigo Testamento tem de ser interpretado a partir do Filho de Deus. A Antiga Aliança exerce a sua finalidade em Cristo, a encarnação do Filho de Deus é a automanifestação central de Deus e representa o núcleo da história de salvação, este fato é expresso pelas palavras: "JesusCristo é o centro da Escritura." a definição que as afirmativas feitas nos diferentes livros veterotestamentários ou nos livros veterotestamentários tardios têm para a fé e a doutrina, é acurado pelo grau de harmonia do seu conteúdo com aquilo que o Evangelho ensina. 11 1 1 5. LEITURA DA BÍBLIA EM TUDO. A utilização pessoal da Escritura Sagrada é uma recomendação que cada crente leia regularmente trechos da Escritura Sagrada, “Bíblia” com muito cuidado porque existem outras literalmente chamamos de “A Bíblia Sagrada” a importância de sua leitura é oferecer conforto e aperfeiçoamento, dar orientação e advertência, e serve para enriquecer os conhecimentos que são edificantes. O mais importante é sempre a atitude no coração com a qual o leitor se dedica à leitura da Bíblia. O experimento de aumentar temor a Deus e santificação, seguida de uma oração sincera, solicitando a benesse do entendimento certo, é muito admirável para uma leitura útil da Bíblia. A leitura clara da Escritura Sagrada coopera para um melhor entrosamento do Evangelho. E isso faz desenvolver os conhecimentos e fortifica a segurança na fé. SÍNTESE A Escritura Sagrada é o fundamento da doutrina da Igreja conseguir entender da forma certa e em toda a sua profundidade, só é possível sob o efeito da atuação do Espírito Santo. Os apóstolos de Jesus também estão incumbidos de interpretar a Escritura Sagrada. E só o conseguem através do Espírito Santo. Jesus Cristo é o centro da Escritura. Sendo assim, a definição das escrituras veterotestamentárias também se define pela concordância com aquilo que o Evangelho ensina. Para o crente, a leitura da Escritura Sagrada como Bíblia sua leitura nos oferece cada momento consolação, edificação, orientação, advertência e aumento do reconhecimento sobre Deus. Manifestações atuais do Espírito Santo é uma recomendação inconfundível de que o Espírito Santo, depois de Jesus Cristo ter voltado para o lado do Seu Pai, e apareceria algo de novo, ou seja, algo que até àquela data era oculto, referida em João 16.12-14 “Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora”. Porém, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos conduzirá em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas falará tudo o que tiver ouvido, e vos propagará o que há de vir. Ele “me glorificará; porque há-de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar”. Foi com estas palavras que Jesus Cristo anunciou aos seus apóstolos que eles receberiam, pelo meio do Espírito Santo, mais conhecimentos sobre a natureza de Deus e o seu plano salvífico. Os apóstolos do cristianismo primitivo vivenciaram o agir do Espírito Santo da forma anunciada pelo Senhor. As cartas dos apóstolos confirmam que o Espírito Santo deu entrada a vastas informações sobre o Senhor (Fl 2.6-11; Cl 1.15-20) e episódios futuros (1Co 15.51-57). A ação e a declaração deles eram distinguidas por aquilo que o Espírito Santo lhes revelava (Ef 3.1-7).A oração dos apóstolos de Jesus do nosso tempo é motivada nas afirmações da Escritura Sagrada; no exercício da sua missão de ensinamento, eles são guiados pelo Espírito Santo desta forma, o compromisso do Filho de Deus acima referido também se cumpre atualmente: o Espírito Santo mantém viva a automanifestação divina em Jesus Cristo, confirmar e conduz os crentes em direção à revelação de Cristo na sua volta. Jesus se fez carnal, 12 1 2 viu a morte, a ressurreição e a vinda do Filho de Deus estão no centro da revelação atual. Além disso, o Espírito Santo comunica-se a igreja novos conhecimentos sobre a atuação de Deus e o seu plano e salvação, que, embora já referidos na Escritura Sagrada, ainda não foram revelados em toda a sua complexidade. Um exemplo importante disso é a doutrina da mediação salvífica para os falecidos (1Pe 3.18-20, 4.6; 1 Tm 2.4-6; Jo 3.16; 1Ts 4.16) Cabe ao apóstolo maior, pelo poder do ministério doutrinal em .que foi investido, proclamar tais conhecimentos inspirados no Espírito Santo e declará-los parte da doutrina vinculada a Igreja. Claro que não quero dizer que oramos para os falecidos como costumes ocidentais de dia de finados, mas aquele que em lutas pela obra em campo de batalha não tiveram o tempo de voltar a sua casa e tombaram pedindo que fizessem holocaustos em nome do Senhor todos poderoso porque reconhecia no inimigo uma forma divina que diferenciava da sua como sendo os judeus. SÍNTESE: Jesus Cristo prometeu aos Seus apóstolos que receberiam, através do Espírito Santo, mais conhecimentos sobre a natureza de Deus e o Seu plano de salvação. O Espírito Santo oferece ao apostolado novos reconhecimentos, sobre a atuação de Deus e o Seu plano de salvação, que são referidos subtilmente na Escritura Sagrada. A fé como resposta do homem às manifestações divinas a fé, ou o crer, faz parte das condições fundamentais da vida humana. Em primeiro plano, não se trata de uma determinada doutrina, ou de um determinado mundo de imaginação, mas antes de uma convicção mais ou menos fundamentada, uma suposição, que se distingue dos conhecimentos comprováveis. No seu sentido não religioso, a crença também determina a postura subjetiva de confiar em alguém. Qualquer ser humano crê independentemente do fato de professar ou não uma determinada doutrina religiosa. Na organização da sua vida, ele deixa-se guiar, quase integralmente, por aquilo que crê. Desse ponto de vista, a crença pessoal do Homem também forma a sua personalidade. A crença religiosa evidencia-se pelo fato de o Homem acreditar numa divindade ou num princípio divino. O fundamento e o conteúdo da fé cristã é o Deus Trino. A fé em Deus como Pai, Filho e Espírito Santo tornou-se aberto ao homem pelo meio de Jesus Cristo. Em Hebreus 11, vamos achar afirmações fundamentais sobre a fé: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem” (versículo 1). A fé é confirmada como sendo indispensável para se puder estar perto de Deus: “Ora, sem fé, é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam” (versículo 6). Entretanto continua a ser um ato da graça de Deus, quando o homem o consegue achar através da fé. 13 1 3 O crente deve reconhecer a fé como dádiva e realizá-la na sua vida Fé em Deus Pai a Bíblia prova que Deus se manifestou em todas as épocas e das mais variadas formas, através das quais Deus se torna inteligível ao homem, são em primeiro lugar, as obras da criação (Rm 1.18-20), exemplo nos Salmos; os crentes louvam essas obras, Deus ainda se manifesta ao homem através da sua palavra e interfere com toda a sua pujança na vida do ser humano. Deus exortou Abraão, para deixar a terra do seu pai. Ele obedeceu a Deus e seguiu a orientação d'Ele com uma confiança absoluta (Gn 12.1-4). Assim, confirmou que cria em Deus, sempre que Deus se manifesta, Ele exorta o homem a ter fé: a única forma de o homem responder adequadamente à abordagem de Deus consiste em crer, quer dizer, em acender a manifestação e em aceitá-la. Ademais, o crente conecta voluntária e incondicionalmente a Deus e esforça-se por conduzir a sua vida em dependência a Ele na antiga Aliança era a fé em Deus, o Criador, o Sustentador e o Libertador, que também já se manifestava como Pai pode ler sobre isso no livro do profeta Isaías: “Atenta, desde os céus, e olha, desde a tua santa e gloriosa habitação. [...] Mas tu és nosso Pai” (Is 63.15.16; Dt 32.6). 1.4.2 fé em Deus, o Filho com a encarnação de Deus, o Filho, cumpriram-se as promessas veterotestamentárias que assinalavam para a vinda do Messias. Jesus Cristo exorta: “Credes em Deus, crede, também, em mim” (Jo 14.1). Assim, ordenar a fé em Deus, que se manifesta no seu Filho, e não apenas a fé em Deus como o Criador onipotente do céu e da Terra, que fez uma aliança com o povo de Israel. A fé que agora se exigeexclui a seguimento das palavras de Jesus Cristo (Jo 8.51; 14.23). Na Antiga Aliança, "Deus, o Pai" explicava que Deus cuidava do seu povo, através de Jesus Cristo torna-se evidente: Deus é Pai do Filho unigênito desde toda a eternidade. Através da regeneração pela água e pelo espírito, isto é, pela recepção do Santo Batismo com Água e do Santo Selamento, Jesus Cristo dá ao homem acesso a filiação divina e a probabilidade do alcance dos direitos de primogenitura, ambos os dons não são fundamentados na descendência de Abraão, antes na fé no Redentor e na recepção de todos os sacramentos (Rm 3.22-30; Ef 2.11-18). A obtenção dos direitos de primogenitura exprime-se diretamente no arrebatamento para junto do Senhor aquando da Sua volta. A primícia recebe, para toda a eternidade, o direito à comunhão direta com Deus. Fé em Deus, o Espírito Santo já no Antigo Testamento existem provas da atuação do Espírito Santo: reis e profetas eram dirigidos pelo Espírito Santo (Sl 51.11; Ez 11.5 Daniel, Zacarias e outros). Segundo as palavras do Senhor, a atuação neotestamentária, isto é no Novo Testamentoo Espírito Santo é uma manifestação divina (Jo 14.16,17, 26). Também aqui, a única forma de o Homem responder adequadamente é com a fé: a fé no Espírito, que atualmente conduz em toda a verdade e manifesta a vontade de Deus. Fé e prédica e Jesus Cristo mostrou que a fé n'Ele e no Seu Evangelho é despertada pela recepção da palavra dos enviados, dos Seus apóstolos: “Assim como Tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo”. “E não rogo somente por estes, mas, também, por aqueles que, pela sua palavra, hão-de crer em mim” (Jo 17.18-20). A pregação do Evangelho gera a fé: “Portanto, a fé surge da pregação, e a 14 1 4 pregação surge pela palavra de Cristo” (Rm 10.17).O Ressuscitado incumbiu os Seus apóstolos de pregar o Evangelho no mundo inteiro e de guardar a Sua palavra (Mt 28.19-20). No que concerne à bem-aventurança, à salvação futura, é um requisito fundamental aceitar a prédica do Evangelho com fé; algo que encontramos no texto bíblico, em Mc 16.16 “Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado”. 6. SÍNTESEDA FÉ E O CREDO A fé, ou o crer, faz parte das qualidades que são fundamentais da vida humana, fundamento econteúdo da fé cristã é o Deus, e é embasado no Trino que Deus se aparece, Ele exorta o homem a buscar e ter fé, a fé é um ato que se manifesta da graça de Deus que o homem deve realizar com mutuo respeito na sua conduta de vida. A Antiga Aliança era a fé em Deus, o Pai, que também já se manifestava como Criador, Sustentador e Libertador. Com o advento da encarnação de Deus no Filho, Ele cumprira-se as promessas veterotestamentárias alusivas à vinda do Messias. Desde então, é ordenada a fé em Deus, que não é meramente o Criador, mas que se manifesta em seu Filho Jesus, Jesus Cristo concebe o acesso à filiação divina para o homem, pelo meio do arrependimento e o batismo por água e espírito, aceitando que ele alcance os direitos de primogenitura. A fé em Deus, o Espírito Santo, é a fé no espírito, que agora conduz toda a verdade e se manifesta a vontade de Deus. A prédica dos enviados de Jesus desperta a fé. Para ser salvo, é um mandamento aceitar a palavra de Deus comunicada através da oração. A fé resume os conteúdos essenciais de um ensinamento de fé, de quem a aceitar, está a atender um dos requisitos necessários para pertencer à respectiva que congregação religiosa: ele crê naquilo que também todos os restantes membros de uma motivada denominação religiosa seguem, desse ponto de vista, a designação religiosa decidir pela sua de fé e abalizar, assim, de outras igrejas e doutrinas. O ato de fé bíblicas na Antiga Aliança tinha as suas fórmulas de atos de fé: o ato da fé em Javé, como Deus de Israel, é associado ao ato salvífico histórico de Deus para com o seu povo: a salvação face ao jugo escravizador egípcio (Dt 26.5-9). A atitude de fé no Deus único implica a renúncia a outros deuses (Js 24.23). No fulcro do serviço divino nas sinagogas está o ato de fé "Ouve Israel" (em hebraico. "Schma Jisrael"), da qual consta, entre outros aspetos: “Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor” [...] “E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as intimarás aos teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa» (Dt 6.4-7). Nos atos ou prática de fé é expresso o ato salvação de Deus em Jesus Cristo, já antigamente havia fórmulas com as quais os cristãos expressavam a sua fé durante o batismo ou no serviço divino; um 15 1 5 exemplo dessas fórmulas é a expressão “Jesus é o Senhor” (Rm 10.9), afirmação importante nas práticas de fé da Igreja antiga é o anúncio da ressurreição do Senhor: “Ressuscitou verdadeiramente o Senhor” (Lc 24.34; 1Co 15.3-5). Ou “Maranata” (1Co 16.22) cuja tradução significa: "o Senhor vem!”, que mesmo pode ser interpretado como uma profissão de fé que começou a ser usada nas comunidades de expressão aramaica da Igreja Primitiva. Outras práticas de fé em Jesus Cristo, a sua natureza e a sua obra podemos achar nos hinos do cristianismo primitivo, como, por exemplo, em 1Tm 3.16: “Aquele que se manifestou em carne, foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, e recebido acima na glória” (Fl 2.6-11; Cl 1.15-20). 2.2 aparecimento dos credos na Igreja antiga quando o Evangelho principiou a alastrar-se cada vez mais no Império Romano, muitos que se tornaram cristãos permaneceram em parte, apegados às suas anteriores crenças religiosas ou filosóficas. O encontro destes sistemas de ideias com a doutrina cristã germinou em doutrinas contrárias, o que aborreceu com uma grande insegurança entre os crentes especialmente a Trindade de Deus e a doutrina da natureza de Jesus Cristo, acenderam ampla polêmica e agitações, para evitar esta incerteza, fez-se um empenho para estabelecer a fé em Cristo, que tendiam ser um meio vinculativos para a fé da comunidade e, como tal, ainda para a fé de cada indivíduo. A referência para resolver se uma determinada declaração incluída com a natureza e os atos de Deus precisaria ou não ser contida nos princípios da era a sua harmonia com a doutrina de Cristo e dosseus apóstolos. Depois foram ordenados os seguintes credos religiosos: o Credo dos Apóstolos ("apostolicum"), o Credo Niceno-Constantinopolitano e o Credo de Atanásio. Credo dos Apóstolos. O Credo dos Apóstolos tem a sua genealogia no início da ocasião pós-apostólica. Alguma das principais afirmativas fundamenta-se na prédica que o apóstolo Pedro fez na casa do centurião Cornélio (At 10.37-43). Com base na fé dos Apóstolos que foi escrito no século II d.C., apresentando tendo levemente concluído no século IV d.C., sua redação é a seguinte: "Creio em Deus Pai, Todo-Poderoso, Criador do céu e da terra e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da virgem Maria; padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos Céus; está sentado à direita de Deus Pai Todo- Poderoso, de onde há-de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja de Cristo, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém”. Ainda que a Igreja Católica mantenha o Credo Niceno-Constantinopolitano do ano 325 d.C., o imperador Constantino solicitou o Concílio de Nicéia, cerca de duzentos e cinqüenta e trezentos bispos aceitaram o convite do imperador. 7. POR QUE O CREDO DE NICEIA? O monarca viu na grande divulgação da fé cristã uma forma de poder, que virtualmente poderia apoiar o Estado, dado que a adesão no cristianismo permanecia 16 1 6 em risco, devido a alguma discórdia sobre a natureza de Jesus Cristo ("A Controvérsia Ariana"), ele procurou empenhadamente que os bispos estabelecessem uma doutrinaexclusiva, resultando no mais importante deste Concílio foi o Credo de Nicéia. Foi preciso em outros concílios entre eles, o respeitável Concílio de Constantinopla (381 d.C.) que tiveram lugar até ao século VIII, e denominado "Credo Niceno- Constantinopolitano". Dois dos aspectos mais evidentes deste Credo, que vão muito além do Credo dos Apóstolos, são a decretação da profissão de fé na Trindade de Deus e a significação das características da Igreja. O Credo Niceno-Constantinopolitano tem a seguinte redação: “Creio em um só Deus, Pai Todo-Poderoso, Criador do Céu e da Terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis”. Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por Ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos Céus. E encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria. E se fez homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras; e subiu aos Céus, onde está sentado à direita do Pai. De novo há-de vir em sua glória para julgar os vivos e os mortos; e o seu Reino não terá fim. Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho, [2] e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: Ele que falou pelos Profetas. Creio na Igreja una santa, [universal, geral] e apostólica. Professo um só batismo para a remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há-de vir. “Amém.” Quando se declara uma dedicação na fé como pratica para si e para outros é chamada de profissão com declarações adequadas àquelas contidas no Credo Niceno- Constantinopolitano é o Credo de Atanásio, um Credo muito mais detalhado, presumivelmente redigido no séc. VI e tornado público durante um sínodo realizado em Autun (por volta de 670 d. C.). Com a afirmativa de que o Espírito Santo também "procede do Filho" ("filioque") não faz parte do texto original do Credo. Esta formulação passou a ser arraigada desde o século VIII dentro da Igreja Ocidental. Assim se aumentou uma discordância com a Igreja Oriental, que até hoje nunca chegou a receber este acrescento. 8. O GRANDE CISMA 1054 d.C 17 1 7 Com esta discordância foi um dos motivos da divisão da Igreja em Igreja Ocidental e Oriental (O Grande Cisma) no ano de 1054 d. C. Assim sendo Igreja Ocidental nasceu a Igreja Católica Romana, as Igrejas Vétero-Católicas, e as Igrejas da Reforma, enquanto da Igreja Oriental surgiram as Igrejas Nacionais Ortodoxas. Credos na Igreja antiga e seu sentido para a Igreja Apostólica que é baseada na Escritura Sagrada. Vemos que os Credos da Igreja antiga falam dos fundamentos da fé cristã, tal como são referidos no Antigo e Novo Testamento. A Igreja antiga não ultrapassa o que é definido na Escritura Sagrada, mas antes o resumem em palavras concisas e vinculativas. Nessa definição, os Credos suplantam quaisquer fronteiras confessionais e representam tal como o Santo Batismo com Água é um elo de união entre os cristãos. A Igreja embasada no Evangelho aceita as fórmulas contidas nestes dois Credos da Igreja antiga porque confessa crer no Deus Trino, em Jesus Cristo como verdadeiro Deus e verdadeiro homem, no Seu nascimento através da virgem Maria, não em adoração predominante, mas no envio do Espírito Santo, na Igreja, nos sacramentos, na espera da revinda de Cristo e na ressurreição dos mortos. SÍNTESE: Uma profissão de fé resume os conteúdos essenciais de uma doutrina de fé. É assim que uma denominação religiosa se define e se distingue de outras. Já na Antiga Aliança existiam fórmulas de profissão de fé, nas quais se interligavam a profissão de fé num único Deus e o Seu ato salvífico histórico, a salvação do Egito. Nas profissões de fé neotestamentárias é expresso o ato salvífico de Deus em Jesus Cristo. Quando se gerou a grande polêmica sobre a Trindade de Deus e a doutrina de Jesus Cristo, formularam-se profissões de fé para a Igreja. A base para a sua formulação foi o Novo Testamento, ou seja, a doutrina de Cristo e dos Seus apóstolos. Foram definidos o Credo dos Apóstolos ("apostolicum") e o Credo Niceno-Constantinopolitano. O fundamento do Credo dos Apóstolos foi redigido no século II, tendo sido ligeiramente complementado no século IV. O Credo Niceno-Constantinopolitano dá particular ênfase à Trindade de Deus. As profissões de fé da Igreja antiga resumem o testemunho dado na Escritura Sagrada de forma concisa e vinculativa. Assim sendo, estes credos ultrapassam quaisquer fronteiras confessionais e representam um elo de união entre os cristãos. (2.3) A Igreja Nova Evangelica professa a fé formulada nestes dois Credos da Igreja antiga. Profissão de fé apostólica a interpretação da Escritura Sagrada e dos Credos da Igreja antiga, de forma vinculativa para a fé, compete ao apostolado. Um dos resultados importantes é a profissão de fé em nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. É nela que se expressa de forma vinculativa à fé e a doutrina da Igreja noiva em Jesus Cristo Salvador porque nossas crenças são baseadas na Bíblia Sagrada, mas sintetizamos alguns pontos; conforme diz a ICEB: lº Cremos que há um só Deus na Sua essência, mas que subsiste em trêspessoas distintas, co-iguais em poder e em glória e co-eternas - Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, tendo os mesmos atributos e perfeições. Mt 3.16,17; 28.18,19; Jo 14.16,17; 16.12-15; 2 Co 13.13; Gl 4.6,7; Hb 9.14; I Jo 2.22,23; 5.6-12. 18 1 8 2º Cremos em Deus Pai, pessoal, espírito, eterno, infinito, imutável e insondável em seu Ser, criador, preservador e consumador de todas as coisas; o Qual Se revelou ao mundo pelo Filho e pelas Suas obras, dando-nos a conhecer a Si mesmo e tudo quanto requer para nossa conduta e procedimento aqui no mundo. Dt 33.24; Sl 9.2; 139.7-12; Is 40.28; Jr 10.10; 23.24; Mt 5.45-48; Mc 12.19-30; Lc 12.32; 24.39; Jo 1.18; 4:24; 5.37-39; 14.28; At 17.24-29; Rm 1.20; I Co 8.4-6; I Tm 1.17; Hb 11-4; 7.3; Tg 1.1- 18. 3º Cremos em Deus Filho, Jesus Cristo, o unigênito do Pai, concebido da Virgem Maria por Obra e graça do Espírito Santo, que viveu sem pecado, morreu para expiação de nossas culpas, ressuscitou para nossa justificação, ascendeu à destra do Pai para nossa mediação, de onde voltará para julgar os vivos e os mortos. Sl 2.1-8; Is 7.14; Mt 1.18-21; Jo 1.1-3; 8.56-58; 10.30; Rm 4.24,25; I Ts 2.5,6; Hb 4.14-16; I Pe 4.5; I Jo 4.8,9. 4º Cremos em Deus Espírito Santo, da mesma essência do Pai e do Filho, regenerador, santificador, consolador das nossas vidas, o qual habita no crente desde o momento da sua conversão a Jesus Cristo. Sl 4.6; Jo 14.16,17; 16.7-14; 2Co 3.16-18; Ef 2.17,18; 2 Ts 2.13; Tt 3.4,5; I Pe 1.3-12. Cremos no batismo com o Espírito Santo efetuado no momento da conversão a Jesus Cristo pelo qual o crente é introduzido no Corpo de Cristo.Cristo é a Igreja. Jo 1.33,34; 14.16,17; I Co 12.12,13; Gl 3.27; Ef 1.13. Cremos nos dons espirituais concedidos por Cristo, por intermédio do Espírito Santo, a todo crente, para edificação, aperfeiçoamento e unidade do Corpo de Cristo. Rm 12.6-8; I Co 12.4-11; Ef 4.7-12; I Pe 4.10,11. 5º Cremos na plena inspiração divina e na inerrância dos manuscritos originais das Escrituras Sagradas - Antigo e Novo Testamento, formados por sessenta e seis livros que foram escritos por homens santos e da parte de Deus. Aceitamo-las como única regra de fé suficiente e infalível da revelação de Deus em Seu propósito redentor e como norma para a nossa conduta aqui no mundo. A regra infalível de interpretação das Escrituras é a própria Escritura. Dt 4.2; Sl 119.112; Is 8.19,20; Dn 9.2; At 7.38; 2Tm 3.16; Hb 1.1; 2 Pd 1.19-21; Ap 22.18,19. 6º Cremos que houve rebelião no céu, chefiada por Lúcifer e seguida por seus anjos,cujo alvo, desde então, é destruir as obras de Deus, tornando-se, assim, o agente da maldade com hostes demoníacas e o principal responsável pela entrada do pecado no mundo e a infelicidade humana. Gn 3.1-7; Is 14.12-15; Ez 28.13-17; Mt 4.8,9; Jo 12.31; Ef 5.12; Jo 5.19. Reconhecemos que Lúcifer, também conhecido por Satanás ou diabo, é uma pessoa, autor do pecado e causador da queda do homem. Mt 4.1-11, 25-41; I Pe 5.8; Ap 20.10. 19 1 9 Reconhecemos a operação demoníaca de Satanás e seus anjos (demônios) ou espíritos maus, no sentido de impedir a conversão dos homens a Jesus Cristo e oprimir os crentes. Jó 1.1-12, Mc 9.37-43; Ef 6.11,12; I Pe 5. 8,9. 7º Cremos que o Homem foi criado por Deus, exatamente conforme a descrição de Gênesis, livre e responsável, com santidade positiva, em estado ideal de perfeição, porém, não guardou o seu estado original, sendo tentado por satanás, não resistiu, caiu em pecado e foi expulso da presença de Deus, passando a viver em miséria moral e espiritual, comprometendo todo o gênero humano. Gn 2.7-17; 9.24; Sl 51.5; Rm 3.24; 5.12-21. Art. 8º Cremos na imortalidade da alma, em sua existência perpétua e consciente, em estado de salvação e gozo no céu ou em estado de perdição e miséria no inferno. Gn 2.7; Ec 3.11; 12.7; Dn 12.2; Mt 25.31-46; Lc 16.22-31; 19.21; Ap 20.10- 14; 21.7-8. 9º Cremos na existência do inferno, lugar que Deus preparou para o diabo e seus anjos (demônios), mas que será também o destino eterno das almas que recusam a Jesus como Salvador e Senhor. Mt 25.41-46; Mc 9.43-48; Lc 16.22-23; Ap 20.10-14; 21.8. 10º Cremos na salvação eterna somente pela graça de Deus mediante a fé no sacrifício expiatório de Nosso Senhor Jesus Cristo, consumado na cruz, operada pela persuasão regeneradora do Espírito Santo, através do novo nascimento, selando-nos para o dia da redenção. Lc 19.10; Jo 16.7-11; At 4.12; Rm 4.24-25; 6.23; 2Co 5.17; 2Tm 2.19. 11º Cremos na Igreja como universal assembléia dos santos existindo em todas as partes da Terra em congregações locais, como unidade do povo de Deus, eleita e separada do mundo, instituída por Nosso Senhor Jesus Cristo, para o aperfeiçoamento e serviço dos santos. Mt 16.16-19; Jo 17.22-26; 2Co 11.2; Ef 4.10-16; 5. 22-27; 2Tm 3.15; Hb 12.22-24; 1Pe 2.9-10. 12º Cremos no batismo nas águas, após a profissão de fé, realizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, em testemunho público de fé e como símbolo externo da obra regeneradora operada interiormente pelo batismo do Espírito Santo, para união ao Corpo de Cristo. Mt 28.18-20; At 10.44-48; Rm 6.1-14; 8.12-17; I Co 12.12-14. 13º Cremos que o Senhor Jesus Cristo instituiu a Santa Ceia, com os elementos pão e vinho, representantes de Seu corpo e sangue, para manter a comunhão dos santos e anunciar a morte, ressurreição e a segunda vinda de Cristo. Mt 26.26-31; Mc 14.22-26; Jo 6.42-59; 1 Co 11.23-29. 14º Cremos na segunda vinda de Cristo, pessoal, física e visível, para ressurreição dos mortos, arrebatamento da Igreja, julgamento das nações, estabelecimento do Seu Reino e consumação de todas as coisas. Dn 12.2; Mt 24.29- 20 2 0 31; 25.31-32; 26.63-64; Mc 13.3-37; Lc 21.25-28; Jo 14.1-3; At 1.9-11; 1 Ts 4.13-18; 2Ts 2.7-8; Ap 3.11; 20.1-13. 15º Cremos no juízo final de Deus, no estabelecimento de um novo céu e uma nova terra para habitação eterna dos salvos e na implantação do governo universal de Deus. Is 65.17-25; I Co 15.24-28; Ap 20.11-15; 21.1-5. Fonte: Igreja Cristã Evangélica do Brasil – ICEB Página publicada em 10/07/2016. 9. PROFISSÃO DE FÉ A profissão de fé da Igreja Evangélica está muito ligada aos Credos da Igreja antiga, os três artigos1,2,3 iniciais obedecem quase inteiramente ao Cristo dos Apóstolos; ou seja, enfatizam o significado dos Credos da Igreja primitiva; conforme escreveu Justino Martim (100-165) e Tertuliano (155-220 d.C), como sacramentos da igreja, essa palavra não se encontra na Bíblia, é preciso conhecer o significado original desta palavra no tempo de Jesus e derivou do vocábulo latino ”sacramentum” que tinha três acepções: uma militar, outra jurídica e outra espiritual, a militar dividiam-se em duas: moral e material como um voto de compromisso entre o soldado e seu comandante, a segunda como dinheiro depositado para uma demanda pelas duas partes, e a terceira e a conotação espiritual pelo sacramento “um sinal exterior e visível de uma graça interior e espiritual” assim definiu Agostinho o sacramento. Os sete artigos subsequentes representam uma interpretação, continuação e ampliação destes Credos os ministérios, os sacramentos, o estudo sobre os últimos acontecimentos, e ainda a relação entre o homem e a sociedade; de sua criação, até a profissão de fé igreja da evangélica foi modificada várias vezes. Feito as alterações foram imprescindíveis para fazer jus a um desenvolvimento prático e atualizado da doutrina de fé, a explicação é uma metodologia que pode ser progressivo. Faz parte de uma memória viva, exercitada tanto nas próprias Escrituras do Novo Testamento no trabalho de interpretação aperfeiçoado nelas e realizado pelas gerações subsequentes. Assim sendo, a memória viva não é algo austero, mas antes marcado pelo cuidado e, ao mesmo tempo, pela transformação. Ambos os fatores são extremamente importantes para a tradição, em parte também para a interpretação: O preservar é imprescindível para a doutrina eclesial, para que não se perca da sua história e não se aparte das suas raízes ou origens, mudança é se fazem necessárias para sua doutrina eclesial, para que continue a ser compreendida pelas famílias atuais e não fique como que petrificada no nível de informações do passado. Ao longo dos tempos, a profissão de fé sempre foi prestando a fé no Deus Trino, em Jesus Cristo como a encarnação de Deus, na sua morte sacrificial, na sua ressurreição e na sua revinda, na Igreja como instância intercessora 21 2 1 da salvação, no envio dos apóstolos e nos sacramentos como atos de Deus. Os cristãos novos convertidos devem professar a sua fé nos artigos de fé. A profissão ou declaração de fé deve demonstrar a sua crença na prática como também serve para de uma forma concisa e bem clara, de dar a conhecer os conteúdos essenciais da fé em Jesus a outras pessoas. A profissão de fé Cristã foi ordenada reconhecendo que o amor de Deus, a sua graça sua onipotência nunca poderão ser inteiramente compreendidos através de meras explanações doutrinais e confessionais e que serão sempre mais maravilhosas do que aquilo que o homem será capaz de exprimir ou apresentar assim sendo a profissão de fé não define qualquer determinação que limite ou que negue a participação dos outros cristãos na salvação. O primeiro artigo de fé “Creio em Deus, o Pai, o Todo-Poderoso, o Criador do céu e da terra”. O primeiro artigo fala-nos da natureza criadora de Deus, o Pai. Que Deus é o Criador é testemunhado tanto no Antigo como no Novo Testamento. A criação engloba o céu e a terra, nomeadamente, como diz o Credo Niceno-Constantinopolitano «De todas as coisas visíveis e invisíveis.” A natureza material e espiritual permanece como resultado do ato criador de Deus: Deus é o autor de todas as coisas e elas dão testemunhos d'Ele. Deus não é apenas todo-poderoso em relação à Sua obra de criação: Ele é sempre o Todo-Poderoso. A autoridade absoluta de Deus está também demonstrada no fato de Ele ser o autor absoluto da Criação: o ato criador voluntário de Deus cria o ser do nada (“creatioexnihilo”, cf. Hb 11.3). Embora, no primeiro artigo de fé, se fale de Deus, o Pai, como Criador, Deus, o Filho, e Deus, o Espírito Santo, estão integrados nos acontecimentos da Criação. Porque o Deus Trino é Criador global, o que se percebe de Gn 1.26: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme à nossa semelhança.” Em Jo 1.1 e Cl 1.16 fala-se expressamente da natureza criadora do Filho. O segundo item de fé Crê em Jesus Cristo, unigênito Filhode Deus, nosso Senhor, o qual foi concebido pelo Espírito Santo, e nasceu da virgem Maria; padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; entrou no reino da morte; ressuscitou dos mortos ao terceiro dia, subiu aos céus; e está sentado à direita de Deus, Pai todo-poderoso, de onde virá. O segundo artigo de fé fala de Jesus Cristo, o embasamento e o conteúdo da fé cristã; afirmativa neste artigo tem um ponto de referência neotestamentário direto. A mera designação “Jesus Cristo” já é uma profissão de fé, pois confessa Jesus de Nazaré como sendo o Messias prometido e esperado por Israel (do hebraico: "Ungido", em grego: "Cristo"). Mas Jesus não é apenas o Messias, mas também “Filho unigênito de Deus” (Jo 1.14-18). Esta formulação confirma a ligação existente entre a natureza de Deus, o Pai, e Deus, o Filho. 10. OS CREDOS NA IGREJA 22 2 2 Quanto ao significado da fórmula “Filho unigênito”, observemos o Credo Niceno- Constantinopolitano: o Filho é “nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial ao Pai.” Este “Filho unigênito” é “nosso Senhor Jesus Cristo”. No Antigo Testamento, “SENHOR” é a denominação de Deus; no Novo Testamento, é transferida para Jesus, para sublinhar a sua natureza divina. Neste contexto, “Senhor” quando escrito com inicial maiúscula também significa que Jesus Cristo desempenha e rege sobre o céu e a terra (Fl 2.9-11). Com as afirmativas seguintes se referem à origem majestosa de Jesus enquanto homem e ao seu nascimento milagroso, Jesus nasceu do Espírito Santo (Lc 1.35; Mt 1.18), assim sendo, a Sua origem não se deve à procriação com a influência de um homem, porque a Escritura confirma que Maria era virgem quando teve Jesus (Lc 1.27). O ato de nascer virginal não deve ser visto como um aspeto auxiliar ou somente como uma ideia antiga e mitológica: ele faz parte das persuasões básicas cristãs. Essa menção de Maria nos Evangelhos é a manifestação que Jesus foi um homem de verdade e que teve dores, cansaços, fome sede, vontade e teve uma mãe. Para, além disso, a história de Jesus também é confirmado pela menção de “Pôncio Pilatos” De 26 a 36 d.C., este homem foi governador romano na Palestina, o que significa que a paixão de Cristo ocorreu durante este império no seu governo (Jo 18.28ss). Depois, são referidos três episódios essenciais relativamente a Jesus: “foi crucificado, morto e sepultado”. Com isso mostra uma vez mais a veracidade da natureza humana de Jesus: Ele teve de sofrer uma morte, morte de cruz. Ele morreu e foi sepultado. Ou seja, participou no destino geral da humanidade. O caráter exagerado só surge com o fato de que Ele ressuscitou ao terceiro dia. Ou seja, trata-se de algo completamente fora do âmbito do conhecimento humano que só pode ser expresso e compreendido do ponto de vista da fé. Por detrás de esta formulação estar uma profissão de fé, que já é mencionada em 1Co 15.3.4: “Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras; e que foi sepultado e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras”. O fato de ser feita duas vezes a observação segundo as Escrituras mostra que não se trata aqui de casos arbitrários, todavia antes de necessidades essenciais histórico-salvíficos. Jesus Cristo “ressuscitou dos mortos”, a Sua ressurreição é a qualidade e a promessa da ressurreição dos mortos em geral. No entanto, o Credo dos Apóstolos ainda sobrepuja uma menção inserida entre “morto” e ressuscitou ao terceiro dia: desceu à mansão dos mortos. Concernente comprovativo encontra-se em 1Pe 3.19. Este texto bíblico relata que Jesus, após a sua morte na cruz, “pregou aos espíritos em prisão”; depois ressuscitou dos mortos, a redação continua, dizendo que Jesus Cristo “subiu aos céus” (cf. At 1.9-11). Com este ato, ficou terminada a vida terrena de Jesus, como igualmente a sua presença imediata como Ressuscitado. A aceitação do Ressuscitado no céu representa o seu regresso para junto do Pai e o seu enaltecimento. Este enaltecimento de Jesus Cristo expressa- se linguisticamente na fórmula: “e está sentado à direita de Deus, Pai Todo-Poderoso” 23 2 3 (Cl 3.1). No fim do segundo artigo de fé, é expressa a fé de que o Senhor enaltecido irá voltar para levar consigo os seus (Jo 14.3). 2.4.3. O terceiro artigo de fé do Credo no Espírito Santo, na Igreja una santa, universal na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição dos mortos e na vida eterna. No início do terceiro artigo de fé, encontra-se a profissão da fé no Espírito Santo. O Espírito Santo é a terceira pessoa da divindade. Também uma vez, é o Credo Niceno-Constantinopolitano que expressaa natureza divina do Espírito Santo, a sua união com o Pai e o Filho: “Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: Ele que falou pelos Profetas”. Ou seja, se é um crente que professa a fé no Espírito Santo e na Sua divindade. Alguma das obras do Espírito Santo é a Igreja, a Igreja não é qualquer coisa que parta do ser humano ou que tenha sido criada por ele: é algo instituído por Deus, ela é a reunião daqueles que são batizados, que levam a sua vida tentando imitar e seguir Cristo e que professam Jesus Cristo como seu Senhor. A deliberação da Igreja de Jesus Cristo incide, por um lado, em dar ao homem acesso à redenção e à comunhão eterna com o Deus e, por outro, em adorar e louvar a Deus. A Igreja de Jesus Cristo tem um lado escondido e um lado visível. Neste aspecto, obedecem às duas naturezas de Jesus Cristo, que é, ao mesmo tempo, verdadeiro Homem e verdadeiro Deus. Esse lado que é escondido da Igreja não pode ser alcançado só pelo intelecto do ser humano, apenas através da fé, e pode ser experienciável, por exemplar nos sacramentos e na palavra de Deus na oração, isto é, em todos os sinais que vem proceder da salvação divina e da proximidade com o Espírito Santo de Deus. O lado aparente da Igreja manda para a verdadeira caridade de Jesus Cristo, assim tal como o homem Jesus, a Igreja de Cristo faz parte da história da humanidade, então o Homem Jesus foi puro, algo que não ocorre no caso do lado visível da igreja, assim como através dos seres humanos que na igreja atuam, ela toma parte do caráter pecaminoso desses homens. Constitui isso que os erros e os defeitos da história da humanidade também se acham juntos na Igreja, a fé dos Apóstolos, apenas se fala na "Santa Igreja universal". A formulação "numa Igreja una, santa, universal e apostólica" é retirada do Credo Niceno-Constantinopolitano. Esta formulação evidencia os critérios essenciais da Igreja de Cristo: ela é “uma”, ela é «santa», ela é «universal» e ela é «apostólica». A Igreja é «una»: o fato de a Igreja de Jesus Cristo ser una, é fundamentado na profissão de fé de um único Deus. Deus, o Pai, é o Criador. Jesus Cristo é a única cabeça da Igreja, Ele é o único Senhor. É um único Espírito Santo que atua nesta Igreja e que preenche os crentes com o conhecimento da verdade. A Igreja é “santa”: a santidade da Igreja é uma dádiva de Deus. Nela se confirma algo santo, por exemplo, os santos sacramentos e o Espírito Santo que atua nela; a igreja é “universal” (do termo grego "katholikós"): a universalidade ou catolicidade da Igreja denota que ela é oni-abrangente, pode-se dar a denominação que desejar, mas continua sendo a igreja única do evangelho de Jesus Cristo isto é, ultrapassa largamente os limites daquilo que é experienciável pelo Homem. É na Igreja que a vontade salvífica universal de Deus se exprime diretamente, o que implica que abrange o aquém e o além, o passado e o presente. Também abrange o futuro e encontra a sua plenitude na nova criação. 24 2 4 A igreja é “apostólica evangélica”: a apostolicidade da igreja tem duas vertentes, uma pautada com o conteúdoda verdade salvífica e outra de cunho pessoal. Por um lado toda igreja é apostólica, ela condiz o que os evangelistas imitaram a Jesus, porque é nela que se proclama o Evangelho da morte, da ressurreição e da volta de Cristo, tal como os apóstolos do cristianismo primitivo o pregaram. Por outro lado, a igreja é apostólica, porque se realiza historicamente o ministério apostólico na pessoa dos apóstolos como os ministros; oficiais e servos evangélicos contemporâneos, que atualmente estão ativos na palavra. Na sua consolidação histórica, a Igreja de Jesus Cristo não consegue fazer totalmente necessário correto ao mandamento da unicidade, da santidade, da universalidade e apostólica, isso também se deve, em parte, ao caráter impuro dos homens que nela operam, apesar destas carências, a igreja de Cristo não conservar-se no oculto nem no enclausuramento. Ela torna-se individualmente perceptível onde estiver atuando o ministério de apóstolo, onde é praticada a ministração dos três sacramentos: aos vivos e aos mortos e onde é proclamada a verdadeira palavra de Deus. 11. DOIS MIL ANOS DEPOIS DE CRISTO Seus mandamentos É aí que está erguida a obra de redenção do Senhor, onde a “Noiva de Cristo”, a Igreja-noiva, está a ser organizada para as bodas no céu, apesar dos crentes, na sua totalidade, tome parte na santidade da Igreja, a "comunhão dos santos", na própria acepção da palavra, não deixa de ser uma grandeza escatológica. É arranjada por aqueles que irão fazer parte da igreja-noiva, ou seja, só será visível na ocasião da volta de Cristo. Mas na definição mais amplo, a "comunhão dos santos" também é uma grandeza da época presente: incluem todos aqueles que fazem parte da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo. Enfim, a "comunhão dos santos" evidenciar-se-á, em toda a sua plenitude, na nova Criação; a possibilidade da “remissão dos pecados”, criada pelo sacrifício de Jesus Cristo, o mesmo é uma parte complementar da declaração de fé. A liberação principal do domínio do pecado ocorre no Santo Batismo com Água, quando o pecado original é redimido. O terceiro artigo de fé termina com promessas escatológicas, nomeadamente com a esperança na “ressurreição dos mortos” e com a esperança na “vida eterna”. a crença na ressurreição de Jesus e na ressurreição dos mortos nela fundamentada é uma das certezas cristãs fundamentais. "Ressurreição dos mortos" significa que os que morreram em Cristo recebem o seu corpo glorificado, com o qual poderão participar na glória de Deus (1Co 15.42-44). O terceiro artigo de fé termina com uma visão da “vida eterna”, da comunhão eterna com Deus na nova Criação. O princípio geraldo termo "obra de redenção do Senhor" apresenta o ato salvífico de Jesus, que está concluído. Porque este termo é 25 2 5 usado no contexto, doutrinário e é a parte da Igreja na qual os apóstolos atuaram e transmitiram a salvação que se destina à preparação das primícias, da noiva (Igreja- noiva) de Cristo. O quarto artigo de fé Creio que o Senhor Jesus rege a Sua Igreja e que para tal enviou os Seus apóstolos, e que continua a enviá-los até à Sua revinda, dando-lhes a missão de ensinar, e de, em Seu nome, perdoar pecados e batizar com água e Espírito Santo. O quarto artigo de fé especifica a fé na Igreja, da qual já se fala no terceiro artigo. Este artigo começa 2.2 GALATA; sela a regência de Jesus Cristo: é Ele quem rege a Sua Igreja; porque Ele é a cabeça do corpo da Igreja (Cl 1.18). Esta regência se expressa, entre outros meios, no envio dos apóstolos. A Grande Comissão (Mt 28.19- 20) mostra que a proclamação do Evangelho e a ministração dos sacramentos estão originalmente ligados ao apostolado. A apostolicidade da Igreja, da qual já se falou genericamente no terceiro artigo de fé, é retomada neste artigo deverá ser colocada no contexto concreto da Igreja dentro da sua experienciabilidade histórica. No âmbito histórico, a duração do apostolado não é limitada à época da Igreja Primitiva, mas antes deverá cumprir a sua tarefa até a sua [de Jesus] revinda. O que Jesus faz através dos seus apóstolos e o que é experienciável para cada crente da igreja de hoje, são descrito a seguir: “de ensinar, e de, em Seu nome, perdoar pecados e batizar com água e Espírito Santo”. A missão "de ensinar" refere-se à proclamação devida do Evangelho, da morte, da ressurreição e da vinda do Senhor. Outra função do apostolado consiste em nome [de Jesus], perdoar pecados (Jo 20.23), ou seja, em prometer vinculativamente ao homem a remissão dos pecados através do sacrifício e do mérito de Jesus Cristo. No fim do quarto artigo de fé, faz-se uma referência aos sacramentos do Santo Batismo com Água e do Santo Selamento. O apostolado tem a função de batizar com água e Espírito Santo, isto é, de realizar a ministração dos sacramentos, através dos quais se torna possível uma nova existência perante Deus. 2.4-5 O quinto artigo de fé Crê que aqueles que são designados por Deus para exercerem um ministério apenas são ordenados por apóstolos, e que a autoridade, a bênção e a santificação necessárias para exercerem o seu ministério lhes advêm do apostolado. Tal como o quarto artigo de fé, o quinto também fala do significado do apostolado. Enquanto no quarto artigo de fé se sublinhou a interligação entre apostolado e doutrina certa, remissão dos pecados e ministração dos sacramentos aqui se tratam do ministério espiritual. É Deus quem elege alguém para um ministério e não a vontade do homem como hierarquia. Assim sendo, o ministério não é obra humana, nem tão pouca obra da comunidade, mas antes uma dádiva de Deus à Sua Igreja. O artigo de fé expressa que o homem é detentor do seu ministério por vontade divina e não por decisão humana. A realização ou concretização dessa eleição acontece através do ministério de apóstolo. O ministério e o apostolado estão diretamente correlacionados. Só poderá 26 2 6 existir um ministério espiritual onde o ministério de apóstolo atuar (vide 7). Além desses ministérios, também existem na Igreja de Cristo muitos serviços, destinados à proclamação do Evangelho e ao bem dos crentes, que podem muito bem ser realizados sem qualquer tipo de ordenação ministerial. Os ministros recebem do ministério de apóstolo “a autoridade, a bênção e a santificação necessárias para exercerem o seu ministério”. O ministério não é a finalidade em si, não está orientado para si próprio, mas antes tem o seu lugar na Igreja e, geralmente, numa determinada comunidade. O "exercício do seu ministério" representa a atuação com dedicação a Jesus Cristo e à comunidade. A ordenação para um ministério espiritual contempla três aspetos: “a autoridade, a bênção e a santificação”. Especialmente no caso dos ministros sacerdotais, o aspeto da “autoridade” é o mais decisivo, porque eles estão mandatados para proclamar a remissão dos pecados por encargo do apóstolo e de consagrar as hóstias para a Santa Ceia. Ou seja, os ministros sacerdotais participam na administração certa dos sacramentos exercida pelos apóstolos. “A proclamação certa da vontade salvífica universal de Deus também se realiza através da autoridade” que o apostolado confere. A “bênção” é a promessa do acompanhamento divino e do amparo do Espírito Santo no exercício do ministério sacerdotal e do ministério diaconal ou diacônico. A santificação indica que é Deus, na Sua santidade e intangibilidade, quem quer agir pessoalmente através do ministério. A “santificação” também é necessária pelo fato de a própria Igreja ser santa, embora o ministro seja eleito por Deus, pode ocorrer que não consiga fazer jus ao seu ministério ou que fracasse no seu exercício. Entretanto, jamais fica colocada sobre dúvida a vocação original de Deus. Dado que é o “apostolado que dá a autoridade, a bênção e a santificação necessárias para os ministros desempenharem o seu ministério”, cada ministro fica num envolvimento irreversível com o ministério do evangelho. Sexto artigoconfissão de fé Crê que o Santo Batismo com água é o primeiro passo para a renovação do homem no Espírito Santo, e que, assim, o batizado é admitido na comunhão dos que creem em Jesus Cristo e que o confessam como seu Senhor. O sexto artigo de fé dedica-se ao Santo Batismo com Águaveja o que fala: Ele aborda elementos essenciais do batismo com água. Através dele fica revogada a separação fundamental existente entre o homem e Deus. Isto não ocorre pelo mérito de um homem, pela sua inclinação voluntária a Deus, mas antes pelo fato de Deus se aproximar do homem e de libertá-lo do domínio do pecado. Pelo meio deste apego divino, o homem participa do sacrifício de Cristo, do poder que vence o pecado. Isso fica abertamente comprovado no fato de o pecado original ser redimido através do batismo com água e de o batizado passar a agregar a Igreja de Jesus Cristo; quer dizer, ele torna-se cristão. O Batismo com Água ainda não contém tudo o que é necessário para uma nova existência do homem diante de Deus, é “o primeiro passo para a renovação do homem no Espírito Santo”. O ato de restauração no Espírito Santo, que começou com o Santo 27 2 7 Batismo com Água, terá a sua permanência na transmissão do Espírito Santo através do Santo Selamento. Só assim é que o homem se regenera através de água e espírito. O batismo com água não constitui apenas a comunhão com Deus, mas também a comunhão dos cristãos entre si, pois “o batizado é aceito na comunhão dos que creem em Jesus Cristo e que o confessam como seu Senhor”. A fé em Jesus, como sendo Ele o Cristo e como sendo Ele o Senhor, principalmente o poder que decide a vida, é algo que une os cristãos crentes que praticam o evangelho. O sétimo artigo de fé Crê que a Santa Ceia foi instituída pelo próprio Senhor, no Getsêmani ou Jardim das Oliveiras em memória do sacrifício de Cristo, feito uma vez e inteiramente válido, do seu amargo sofrimento e da Sua morte. O conhecimento digno na Santa Ceia garante-nos a comunhão de vida com Cristo Jesus, nosso Senhor, que écelebrada com pão ázimo e vinho; ambos têm de ser consagrados e administrados por um ministro autorizado pelo pastor da igreja. Depois de o sexto artigo de fé ter tematizado o Santo Batismo com Água, o sétimo artigo trata da Santa Ceia. A primeira frase manda para a sua instituição por Jesus Cristo. A segunda frase fala do efeito inseparável inerente à participação digna na Santa Ceia e a frase final comprova que a consagração e ministração da Santa Ceia solicitam o ministério mandatado. Primeiro, ficamos, a saber, que a Santa Ceia é uma ceia memorial. Este aspecto já é frisado numa das mais antigas redações do texto da Santa Ceia; é o próprio Jesus quem diz para o fazerem em memória d'Ele (1Co 11.24.25). A Santa Ceia é um memorial, “em memória do sacrifício de Cristo, feito uma vez e plenamente válido, do seu amargo sofrimento e da sua morte”. O objeto do memorial começa por ser o holocausto de Jesus e o seu sentido supratemporal. E é também associado ao memorial relativo ao "sofrimento e à m+orte" de Jesus, tal como testemunhado pelos evangelistas em seus Evangelhos. Quer dizer em que a Santa Ceia relembra os acontecimentos concretos que aconteceram imediatamente antes da crucificação, e o significado imutável da morte de Cristo na cruz. A participação na Santa Ceia tem um grande impacto. A condição é a "participação digna" (1Cor 11.27), é aceitável através da fé em Cristo, do consentimento da absolvição dos pecados e da contrição. A nossa participação digna na Santa Ceia garante-nos a comunhão de vida com Cristo Jesus, nosso Senhor, “Quem comer da minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele”, (cf. Jo 6.56). Neste sentido, a Santa Ceia fortalece a fé em Jesus Cristo, bem como a vontade e a disposição de acompanhar. É na Santa Ceia que o crente recebe a comunhão sacramentalmente com Jesus Cristo, como seu Senhor, sendo vigorado para levar a sua vida de forma consentânea; em seguida, fala-se da conciliação dos meios sacramentais: “É celebrada com pão ázimo e vinho”. Para que se possa celebrar a Santa Ceia, deve haver o pão ázimo, sem fermento que é oferecido isto é, pão não fermentado, e vinho, ambos como símbolos da Ceia Pascal. Assim como a água no Santo Batismo com água, “pão ázimo” e “vinho” 28 2 8 são as condições preliminares concretas para o sacramento da Santa Ceia do Senhor, depois de se ter falado dos sinais exteriores mencionados em capítulos anteriores, são mencionadas as condições necessárias para se alcançar a realidade do sacramento, nomeadamente à presença do corpo e do sangue do Cordeiro em Cristo, exemplos muitos não tomarem conhecimento da importância para o crente que escolheu Jesus como seu único salvador encontrou na explicação de SOUZA. Diz Embora o título de primeira igreja evangélica do Brasil tenha sido atribuído à uma congregação fundada no século 19 pelo escocês Robert Reid Kalley, no Rio de Janeiro, um estudo indica que os primeiros protestantes brasileiros falavam tupi. Conforme relatou a historiadora Jaquelini de Souza à Folha de São Paulo, os índios potiguaras formaram uma igreja protestante dois séculos antes de Kalley, por volta de 1630, na região da atual Paraíba, durante a ocupação holandesa. Em seu livro, “A Primeira Igreja Protestante do Brasil: Igreja Reformada Potiguara” (Ed. Mackenzie, 136 págs., 2013, Jaquelini explica que o primeiro contato entre índios e europeus aconteceu em francês, pois a língua teria sido anteriormente ensinada aos nativos brasileiros por piratas). No século 17, os europeus levaram aos Países Baixos dois membros da elite indígena local, Pedro Poty e Antônio Paraupaba, que receberam a educação holandesa e se converteram ao protestantismo. Quando retornaram ao Brasil, os índios exerceram cargos de liderança na Nova Holanda, colônia que ocupou grande parte do Nordeste brasileiro. Dentre as suas funções, estavam a tradução e auxílio na atração de índios para o lado holandês, em meio à guerra entre portugueses e batavos. Diante da vitória lusitana, os índios protestantes tiveram que se refugiar na Serra do Ibiapaba, no Ceará. Enquanto isso, Antônio Paraupaba foi à Europa em busca de ajuda dos holandeses, mas não recebeu apoio. Segundo Jaquelini, o último registro de índios protestantes na região é de meados da década de 1690. Fidelidade à língua Durante a Reforma Protestante, um dos pontos defendidos por Martinho Lutero era que a fé cristã não deveria ser professada apenas em latim, mas também na língua dos fiéis. No Brasil Holandês, planejou-se a escrita dos ensinos religiosos em tupi, mas o projeto foi abandonado pelo Devido ao estereótipo do canibalismo que ainda recaía sobre os nativos brasileiros, o sínodo de Amsterdã acabou mudando de ideia. Segundo Jaquelini, a parte do texto que fala sobre “comer a carne de Jesus” poderia ser interpretada erroneamente. 12. REGENERADOS PELO BATISMO O pão e o vinho “têm de ser consagrados e administrados por um ministro autorizado pelo apóstolo pastor”. (Ef 4.11-16). Através do ministério de apóstolo, e dos ministros por ele autorizados, torna-se possível a presença do corpo e do sangue de Cristo no pão e no vinho, respectivamente consagrado. O ministério autorizado necessário para a criação de toda a realidade sacramental realiza dois atos: consagra e ministra a Santa Ceia. "Consagrar" significa, antes de mais, retirar o pão e o vinho do seu contexto habitual (Em nome de Deus, o Pai, o Filho, e o Espírito Santo, consagro 29 2 9 pão e vinho para a Santa Ceia) e, pronunciando as palavras da instituição da ceia, evidenciar a presença oculta do corpo e do sangue de Cristo nos elementos visíveis, que são o pão e o vinho. "Administrar" significa, neste contexto, dar à comunidade acesso ao corpo e ao sangue de Cristo, o que se expressa no convite formulado à participação
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