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Angina Estável

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Gabriela Medeiros – Cardiologia 
Doença Coronariana Crônica 
Angina Estável 
 Angina de peito → é uma síndrome clínica 
caracterizada por dor ou desconforto em qualquer 
das seguintes regiões: tórax, epigástrio, mandíbula, 
ombro, dorso ou MMSS, sendo tipicamente 
desencadeada ou agravada por atividade física ou 
estresse emocional e atenuada em repouso, uso de 
nitrato e derivados. 
Pacientes com coronárias normais e isquemia 
miocárdica relacionada ao espasmo ou disfunção 
endotelial também podem apresentar angina. 
Diagnósticos diferenciais: alterações relacionadas 
ao esôfago, estomago, pulmão, mediastino, pleura, 
parede torácica (síndrome de Tietze). 
Obstrução leve não há repercussão na perfusão 
miocárdica. 
➢ DAC → estenose > 70% coronárias ou > 50% em 
TCE 
➢ Na angina estável o problema é o 
“esgotamento” da reserva coronariana. 
Reserva coronariana: 
o A circulação coronariana é o único leito vascular 
que é perfundido na diástole. 
o O miocárdio é o único tecido do corpo em que a 
extração de O2 é quase máxima em repouso 
(cerca de 75% do conteúdo arterial de oxigênio). 
o A única maneira de aumentar o suprimento de 
oxigênio para o coração é aumentando o fluxo 
sanguíneos nas coronárias: RESERVA 
CORONÁRIA. 
o Reserva coronária é a capacidade fisiológica do 
leito arteriolar miocárdico dilatar-se de forma a 
aumentar a perfusão proporcionalmente ao 
aumento da demanda metabólica. 
o Durante o esforço, a utilização da reserva 
coronária mantém-se equilibrada a relação 
oferta/consumo de oxigênio, evitando o 
desenvolvimento de isquemia. 
DIAGNÓSTICO: 
Exame clínico + exames complementares 
(diagnostico diferencial) 
Dor torácica: 
• Localização: precordial, retroesternal, ombro, 
epigástrio, cervical, hemitórax, dorso 
• Irradiação: MSE, MSD, MMSS, ombro, 
mandíbula, pescoço, dorso, epigástrio. 
• Qualidade: constritiva, aperto, peso, opressão, 
desconforto, queimação, pontada 
• Intensidade: discreto, moderada, importante 
• Duração: segundos, minutos, horas e dias 
• Evolução: início e no momento 
• Desencadeante: esforço físico, atividade sexual, 
posição, alimentação, respiração, componente 
emocional, espontânea. 
• Melhora: repouso, nitrato sublingual, 
analgésico, alimentação, antiácido, posição, 
apneia. 
 
 
Angina instável → relacionada com um evento 
coronariano agudo. 
 
 
Gabriela Medeiros – Cardiologia 
Após uma detalhada história clínica da dor 
torácica, procede-se o questionamento a respeito 
dos fatores de risco para DAC. 
Os mais relevantes são: tabagismo, hiperlipidemia, 
diabetes, hipertensão arterial, história familiar de 
DAC precoce (< 55 a. para homens e < 65 a. para 
mulheres) e antecedentes pessoais de DAC ou 
doença cérebro-vascular. 
 
 
Exame Físico: 
• O exame físico é usualmente normal nos 
pacientes com angina estável. 
• Quando é possível realizar o exame físico do 
paciente na vigência de dor, a presença de B3, 
B4 ou galope, sopro de regurgitação mitral, 
desdobramento paradoxal de B2 e 
estertoração pulmonar bibasal indicam 
achados sugestivos e preditores de DAC. 
• Achados → aterosclerose em outros territórios, 
pulsos de MMII diminuídos, endurecimento 
arterial e aneurisma abdominal, pressão arterial 
elevada, xantomas, e exsudatos retinianos → 
DAC. 
• A palpação da parede torácica frequentemente 
revela os locais da dor nos pacientes com 
síndromes musculoesqueléticas, mas pode 
também estar presente naqueles pacientes com 
angina típica. 
TESTES DIAGNÓSTICOS: 
ECG 
RADIOGRAFIA DE TÓRAX 
TESTE ERGOMÉTRICO COMPUTADORIZADO 
ECODOPPLERCARDIOGRAMA 
CINTILOGRAFIA MIOCÁRDICA 
RESSONÂNICA NUCLEAR MAGNÉTICA CARDÍACA 
ANGIO-TC DE TÓRAX/CORONÁRIAS 
CINEANGIOCORONARIOGRAFIA/ USIC 
 
ECG: 
O ECG normal não exclui a presença de obstrução 
coronariana. 
É indicado: nos pacientes com dor torácica. 
• As alterações indicativas da presença de áreas 
inativas prévias (ondas QS ou Qr, 
acompanhadas de ondas T negativas) permitem 
o diagnóstico de DAC; 
• As alterações da repolarização ventricular 
são sugestivas de isquemia subepicárdica 
(onda T negativa, pontiaguda e simétrica). 
• As alterações da repolarização ventricular 
são sugestivas de isquemia subendocárdica 
(onda T positiva, pontiaguda e simétrica). 
• As alterações da repolarização ventricular 
são sugestivas de lesão subendocárdica 
(infradesnivelamento do ponto J e do segmento 
ST, com concavidade superior). 
 
Redução da 
oferta de O2
Aumento do 
consumo O2
Gabriela Medeiros – Cardiologia 
RADIOGRAFIA DE TÓRAX: 
Finalidade: diagnóstico diferencial 
Indicado: pacientes com DAC e sinais e sintomas de 
IC; Pacientes com sinais e sintomas de doença 
pulmonar; outros pacientes. 
 
⤷ Derrame Pleural 
 
TESTE ERGOMÉTRICO: 
• Método não-invasivo 
• Diagnostico e prognostico, definição de conduta 
• Sensibilidade: 85%// Especificidade: 75% 
 
ECODOPPLERCARDIOGRAMA: 
• Elucidação diagnostica e prognostica 
• Diagnostico diferencial 
• Estratificação de risco 
• Ecocardiografia sob estresse – aumento do duplo 
produto e consumo de O2 miocárdico 
• Avaliação da gravidade da doença 
• Viabilidade miocárdica 
 
 
 
CINTILOGRAFIA MIOCÁRDICA: 
• Diagnostico (perfusão, motilidade, função) 
• Gravidade e prognostico 
• Estratificação de risco 
• Viabilidade miocárdica (tálio, flúor-18-DG): 85-
95% 
 
Cascata isquêmica: 
 
⤷ Logo, a cintilografia identifica precocemente 
o evento isquêmico, por avaliar a perfusão do 
miocárdio. 
 
RESSONÂNICA NUCLEAR MAGNÉTICA 
CARDÍACA: 
• Diagnostico (anatomia, função, perfusão) 
• RMC de estresse (dobutamina) – diagnostico 
DAC 
• Realce tardio – áreas de fibrose/VIABILIDADE 
• Angio-RM das Aa. Coronárias – congênitas 
• Prognostico 
Exame caro! Pouco utilizado por este motivo. 
Principal indicação → miocardite 
 
Gabriela Medeiros – Cardiologia 
TOMOGRAFIA DE CORONÁRIAS: 
Escore de cálcio - Avaliação da carga de ateroma 
(calcificação) 
Avaliação da luz arterial – obstruções: angiografia 
não-invasiva 
 
 
 
CINEANGIOCORONARIOGRAFIA: 
• Padrão-ouro para DAC 
• Espasmo coronariano 
• Anomalias coronárias 
• Doença de Kawasaki 
• Dissecção espontânea de coronária 
• Profissões de risco (piloto de avião, etc.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabriela Medeiros – Cardiologia 
Diagnóstico Diferencial de DOR TORÁCICA: 
 
Dissecção aguda da aorta → ocorre mais 
frequentemente em hipertensos, em portadores de 
síndrome de Marfan ou naqueles que sofreram um 
traumatismo torácico recente. Estes pacientes se 
apresentam com dor súbita, descrita como 
“rasgada”, geralmente iniciando-se no tórax 
anterior e com irradiação para dorso, pescoço ou 
mandíbula. No exame físico podemos encontrar um 
sopro de regurgitação aórtica. Pode haver um 
significativo gradiente de amplitude de pulso ou de 
pressão arterial entre os braços. 
Pericardite → sintoma clínico + comum é a dor 
torácica de natureza pleurítica, de localização 
retroesternal ou no hemitórax esquerdo, mas que, 
diferentemente da isquemia miocárdica, piora 
quando o paciente respira, deita ou deglute, e 
melhora na posição sentada e inclinada para frente. 
No exame físico podemos encontrar febre e um 
atrito pericárdico (que é um dado patognomônico). 
Prolapso da válvula mitral → é uma das causas de dor torácica frequentemente encontrada no consultório 
médico e, também, na sala de emergência. A dor tem localização variável, ocorrendo geralmente em repouso, sem 
guardar relação nítida com os esforços, e descrita como pontadas, não apresentando irradiações. O diagnóstico é 
feito através da ausculta cardíaca típica, na qual encontramos um clique meso ou telessistólico seguido de um 
sopro regurgitante mitral e/ou tricúspide. 
Estenose aórtica → dor torácica cujas características se assemelham à da doença coronariana. A presença de 
um sopro ejetivo aórtico e hipertrofiaventricular esquerda no ECG indica a presença da estenose aórtica mas 
não afasta a possibilidade de síndrome coronariana aguda. 
Miocardiopatia hipertrófica → a dor torácica ocorre em 75% dos pacientes sintomáticos, e pode ter 
características anginosas. No exame físico podemos encontrar uma 4ª bulha e um sopro sistólico ejetivo aórtico. 
O diagnóstico é feito pelo ecocardiograma transtorácico. O ECG geralmente mostra hipertrofia ventricular 
esquerda, com ou sem alterações de ST-T. 
Embolia pulmonar → O sintoma mais comumente encontrado é a dispneia, vista em 73% dos pacientes, sendo 
a dor torácica (geralmente súbita) encontrada em 66% dos casos. Ao exame clínico, o paciente pode apresentar 
dispneia, taquipneia e cianose. 
Pneumotórax espontâneo → dor geralmente é localizada no dorso ou ombros e acompanhada de dispneia. 
Grande pneumotórax pode produzir sinais e sintomas de insuficiência respiratória e/ ou colapso cardiovascular 
(pneumotórax hipertensivo). Ao exame físico podemos encontrar dispnéia, taquipnéia e ausência de ruídos 
ventilatórios na ausculta do pulmão afetado. 
Gabriela Medeiros – Cardiologia 
Doenças do esôfago → podem mimetizar a doença coronariana crônica e aguda. Pacientes com refluxo 
esofagiano podem apresentar desconforto torácico, geralmente em queimação (pirose), mas que às vezes é 
definido como uma sensação opressiva, localizada na região retroesternal ou subesternal, podendo se irradiar 
para o pescoço, braços ou dorso, às vezes associada à regurgitação alimentar, e que pode melhorar com a posição 
ereta ou com o uso de antiácidos mas também com nitratos, bloqueadores dos canais de cálcio ou repouso. 
Dor da úlcera péptica → geralmente se localiza na região epigástrica ou no andar superior do abdômen mas às 
vezes pode ser referida na região subesternal ou retroesternal. Estas dores geralmente ocorrem após uma 
refeição, melhorando com o uso de antiácidos. Na palpação abdominal geralmente encontramos dor na região 
epigástrica. 
Costocondrites → geralmente esta dor tem características pleuríticas por ser desencadeada ou exacerbada pelos 
movimentos os músculos e/ou articulações produzidos pela respiração. Palpação cuidadosa das articulações ou 
músculos envolvidos quase sempre reproduz ou desencadeia a dor. 
Dor psicogênica → não tem substrato orgânico, sendo gerada por mecanismos psíquicos, tendendo a ser difusa 
e imprecisa. Geralmente os sinais de ansiedade são detectáveis e com frequência se observa utilização abusiva e 
inadequada de medicações analgésicas. 
 
TRATAMENTO CLÍNICO e INVASIVO: 
 
 
• Prevenir IAM e reduzir mortalidade 
• Qualidade de vida: reduzir sintomas e prevenir a isquemia miocárdica 
• Tratamento clínico ÓTIMO: 1 ou 2 drogas antianginosas e drogas de prevenção secundária 
• Considerar RVM (cirúrgicas ou percutânea) em pacientes não controlados 
Gabriela Medeiros – Cardiologia 
 
 
 
Gabriela Medeiros – Cardiologia