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Aula 3 - Teoria da Personalidade em Freud

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Teoria da Personalidade em Freud
Camilla Paiva Silva Crespo – Psicanalista
Contextualização
A Metapsicologia que Freud inaugura, no início do sec. XX, vem como uma proposta de explicação dos processos psíquicos, que estaria além da Psicologia, e que também se propõe a construir uma base mais aberta de conceitos construídos a partir da clínica.
1895 – Projeto para uma Psicologia científica
1900 – o capítulo VII da Interpretação dos Sonhos – sistemas (lugares) psíquicos.
1914 a 1916 – Artigos sobre Metapsicologia: sobre o narcisismo (1914); a Pulsão e seus destinos (1915); Recalque (1915); O Inconsciente (1915); Luto e Melancolia (1915/1917)
Bases para a Primeira Tópica
Primeira Tópica do Aparelho Psíquico
Por meio da Primeira Tópica do Aparelho Psíquico, Freud tenta explicar/apresentar a mente como uma máquina, um aparelho estruturado a partir de sistemas virtuais.
Ela apresenta o Aparelho Psíquico topograficamente considerando o Consciente, o Pre-consciente e o Inconsciente.
O Consciente é somente uma pequena parte da mente, inclui tudo de que estamos cientes num dado momento.
O Pré-consciente uma parte do inconsciente que pode se tornar consciente com facilidade. São porções da memória que são acessíveis.
O Inconsciente é um “lugar “ do aparelho psíquico onde estão armazenados elementos pulsionais que nunca foram conscientes e que não são acessíveis à consciência. Além disso, há material que foi excluído da consciência, censurado ou recalcado. 
Pulsões e Libido
AS pulsões são pressões que dirigem um organismo para fins particulares. Tais pressões são a suprema causa de toda a atividade.
Toda pulsão possui quatro componentes: fonte; finalidade; pressão e objeto.
Pulsão de vida (sexual); Pulsão de morte (agressividade/destruição). Há sempre um conflito entre elas.
Libido é a energia aproveitável para a pulsão de vida. A libido é móvel e pode fixar-se em determinado ponto de atenção. A energia de agressão ou morte não tem um nome específico, mas apresenta as mesmas características que a libido
Catexia
Catexia é o processo pelo qual a energia libidinal disponível na psique é vinculada a ou investida na representação mental de uma pessoa, ideia ou coisa.
A libido catexizada perde a mobilidade. Cada vez que uma porção for investida, permanece lá, deixando o sujeito com essa porção a menos para investimentos em outro lugar.
A teoria psicanalítica está interessada em compreender onde a libido foi catexizada inadequadamente. 
Uma vez liberada ou redirecionada, estará disponível para satisfazer outras necessidades.
A identificação e a canalização da energia psíquica são uma questão importante na compreensão da personalidade
Segunda Tópica do Aparelho Psíquico
A partir da clínica, Freud percebe que a perspectiva topográfica não era suficiente para explicar a dinâmica psíquica que constituía os conflitos trazidos por seus analisantes.
Diante daquilo que se verificava como sendo característica do Eu, foi preciso desenvolver uma nova concepção de aparelho mental.
1920 – Além do Princípio de Prazer (compulsões)
1920 – Psicologia das Massas e Análise do Eu (identificação)
1923 – O Eu e o Isso
A Segunda Tópica apresenta o aparelho mental não mais (ou não apenas) com uma estruturação de lugares ou sistemas, mas sim com uma concepção de instâncias, considerando aspectos da mente que podem ser mais acessíveis, menos acessíveis ou inacessíveis ao sistema consciente.
É a partir desse momento que se pode pensar numa concepção dinâmica e econômica do aparelho mental.
O Isso (Id)
Cronologicamente o Isso é anterior ao Eu e ao Supereu.
Instância puramente pulsional; primeira experiência de satisfação; marcas mnêmicas; reservatório da libido.
Regido pelo princípio de prazer.
Totalmente Inconsciente.
A partir da ideia de que o Isso é a instância primeira e que é sede das pulsões, o Ics agora não é mais composto apenas do recalcado, mas também de tudo aquilo que é da ordem da pulsão.
O Eu (Ego)
Na medida em que o organismo vai se desenvolvendo e sendo inserido num contexto relacional com um outro, ele se identifica.
O Eu é a instância psíquica que se constituiu no processo de identificação com o objeto (de amor). A partir disso ele constrói uma representação de si que é investida libidinalmente.
Ao longo da vida outras identificações acontecerão e o Eu se modificará.
O Eu é o mediador das relações entre o Isso e a realidade.
O Eu é também a instância da resistência/defesa.
Regido pelo Princípio de Realidade e parcialmente Ics. 
O Supereu (Superego)
Na medida em que o Eu vai dando consistência às suas Identificações, estas vão se cristalizando e se tornam uma instância crítica que estará sempre comparando o Eu com seu Ideal de Eu (modelo)
Herdeiro do Complexo de Édipo – identificação ao supereu das figuras parentais
É a instância da Lei, da moral, da cultura.
A renúncia das pulsões em nome das relações de amor é o que faz possível o processo civilizatório. (1930)
É também a instância do Dever – imperativo de gozo (excesso)
A Personalidade segundo Freud
Para Freud, a personalidade (caráter ou tipos) se desenvolve ou é marcada pelo modo como a criança é gratificada em termos de sua libido.
Fases do desenvolvimento psicossexual – fases pré-genitais.
Fixação e regressão às fases pré-genitais – neuroses e perfis de personalidade.
Complexo de Édipo – trama estrutural ics de amor, ódio e temor de represália em relação aos pais.
A personalidade do adulto se formaria pela introjeção ics dos aspectos dos relacionamentos que se estabelecem no interior das relações familiares, sobretudo da criança pequena com seus pais
Além da movimentação da libido, da introjeção das relações operadas sob a égide do complexo de édipo, a personalidade é marcada pelo modo como se estrutura o desejo ics e pelas formas como o ego lida com seus conflitos e frustrações, sobretudo libidinais, por meio dos mecanismos de defesa.
Tipos de caráter - Freud
Tipo de caráter oral – pessoas com avidez no tomar ou no receber; não suportam privações e tem dificuldades com a rejeição; tendem a ser passivos e avidamente demandantes; dependentes, sem iniciativa, passivos e acomodados.
Tipo de caráter anal – pessoas organizadas, econômicas, obstinadas, com inclinações para a ira e a vingança, tendo uma forma unilateral de enfrentar problemas.
O caráter anal pode ter seu prazer tanto em reter quanto em expelir abruptamente seus afetos, atos e pensamentos.
Traços de caráter obsessivo e compulsivo, o desejo de controlar a si mesmo e aos outros; tendências a fantasias de onipotência e pensamento mágico.
Tipo de caráter fálico – pessoas que tendem aos narcisismo de suas qualidades, ao exibicionismo físico e mental, aos atributos e poderes ou à inibição amedrontada de desejar qualquer coisa que lhe seja de valor. Agressivos, intrometidos, julgam-se narcisicamente merecedores de penetrar qualquer espaço que considerem como seu de direito. 
Tipos Libidinais Básicos
O fim de sua vida, Freud escreveu um trabalho no qual propôs uma forma adicional de classificar os tipos de personalidade – por meio da forma de direcionamento da libido. Tipos Libidinais Básicos.
Tipo Erótico – emprega toda a sua libido na vida amorosa, desejando intensamente amar e, sobretudo ser amado. É governado pela angústia de possível perda do amor do outro. Extremamente dependente.
Tipo Compulsivo – dominado pelo supereu, pela consciência moral, trocando a dependência do outro pela dependência interna de normas de conduta. Conservador.
Tipo Narcisista – se define como alguém que não apresenta tensão entre ego e superego, não atribui também importância às necessidades eróticas. Prefere ser amado do que amar. Tende a se impor como personalidade forte diante dos outros, para liderar, desprezando valores estabelecidos.
Referências
FREUD, Sigmund, Obras completas. Ed. Standart. Rio de Janeiro. Imago.1996. Vol. I
FREUD, Sigmund, Obras completas. Ed. Standart. Rio de Janeiro. Imago.1996. Vol. VII
FREUD, Sigmund, Obras completas. Ed. Standart. Rio de Janeiro.Imago.1996. Vol. XIV
FREUD, Sigmund, Obras completas. Ed. Standart. Rio de Janeiro. Imago.1996. Vol. XVIII
FREUD, Sigmund, Obras completas. Ed. Standart. Rio de Janeiro. Imago.1996. Vol. XIX
FREUD, Sigmund, Obras completas. Ed. Standart. Rio de Janeiro. Imago.1996. Vol. XXI
GARCIA-ROZA, Luiz Alfredo. A Interpretação do Sonho, 1900. 6ª ed. Rio de Janeiro. Jorge Zahar. 2002

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