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Lista Economia de Energia Resolvida

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Universidade de Brasília (UnB) – Faculdade do Gama (FGA) 
Aluno: Paulo Henrique Alves dos Reis Matrícula: 10/0118640 
Professora: Paula Meyer Soares 
 
 
LISTA DE EXERCICIOS – 01- ECONOMIA DA ENERGIA 
 
1. Uma das abordagens convencionais voltadas à descrição da decisão racional 
considera uma entidade (o agente) cujo comportamento resulta da interação entre seus 
desejos e crenças.1 As crenças nada mais são do que representações de conhecimento, ao 
passo que desejos resultam de estruturas que objetivam alcançar determinadas 
finalidades. Com base no texto FERNANDES e BERNI (2014), explique a dinâmica do 
comportamento dos agentes que seguem o postulado da racionalidade econômica. 
 
Um agente econômico é um indivíduo, conjunto de indivíduos, instituição ou conjunto de 
instituições que, através das suas decisões e ações, tomadas racionalmente, influenciam de 
alguma forma a economia. Tradicionalmente são considerados como agentes econômicos 
os seguintes: 
Famílias – Conjunto dos indivíduos que tomam decisões sobre 
o consumo de bens (enquanto consumidores) e a oferta de trabalho (enquanto 
trabalhadores); 
Empresas – Tomam decisões sobre o investimento em equipamentos e outros meios de 
produção, sobre a produção de bens intermédios e de bens de consumo e sobre a procura 
de trabalho e de outros fatores produtivos necessários à produção; 
Estado – Autoridade que toma decisões de consumo, de investimento e de política 
econômica, incluindo a política orçamental e fiscal e a política monetária; 
Exterior – Representa todos os agentes externos à economia em questão e que toma 
decisões sobre todas as questões anteriores, exceto decisões sobre política econômica. 
2. A abordagem teórica hoje dominante na Ciência Econômica considera que a 
Economia deva ser abordada por meio do método hipotético dedutivo. Esta perspectiva 
avaliza o uso do postulado da racionalidade enquanto uma lei fundamental da ação 
humana, que congrega características comportamentais psicológicas (crenças e desejos) e 
hedonísticas (finalidades). Elenque 6 (seis) hipóteses que justificam o comportamento 
racional do individuo (p.853) 
 
H1. os agentes dispõem de uma estrutura determinada e ordenada de preferências (que 
representam seus desejos); 
H2. as preferências são completas (o agente prefere a a b ou b a a ou é indiferente entre a e 
b) e transitivas (se o agente prefere a a b e b a c, então necessariamente preferirá a a c); 
H3. as preferências são exógenas (formadas fora do âmbito da modelagem) e permanecem 
inalteradas durante o processo de trocas; 
H4. as preferências de cada agente econômico são independentes, i. e. incomparáveis com 
aquelas dos demais agentes; 
H5. os agentes atribuem diferentes utilidades aos resultados possíveis de suas ações, 
http://knoow.net/cienceconempr/economia/familias/
http://knoow.net/cienceconempr/economia/consumo/
http://knoow.net/cienceconempr/economia/bem/
http://knoow.net/cienceconempr/economia/empresa-2/
http://knoow.net/cienceconempr/economia/producao/
http://knoow.net/cienceconempr/economia/bens-de-consumo/
http://knoow.net/cienceconempr/economia/factor-de-producao/
http://knoow.net/cienceconempr/economia/producao/
http://knoow.net/cienceconempr/economia/estado/
H6. os agentes atribuem probabilidades à obtenção dos resultados esperados, aos quais 
foram atribuídas utilidades, 
H7. os indivíduos agem movidos fundamentalmente pelo autointeresse: agem com o 
objetivo de satisfazer seus interesses pessoais, desconsiderando outros aspectos tidos 
como irrelevantes no processo; 
H8. sendo as crenças do agente abaladas pela incerteza quanto ao alcance de resultados 
específicos, sua tomada de decisão vai considerar a média das utilidades que lhe trazem as 
ações adotadas em resposta às probabilidades de ocorrência dos diferentes estados, sua 
utilidade esperada, a qual ele se empenha em maximizar. 
 
3. Uma defesa da tese de que o princípio da racionalidade seria um axioma da teoria 
econômica foi levada a cabo por Ludwig von Mises (1949). Segundo Mises, viver, para o 
homem, seria a todo instante o resultado de escolhas, e estas seriam sempre racionais. 
Explique o que ocorre quando o homem faz a escolha errada no que tange aos resultados 
dessa ação. 
 
Mesmo ao errar, os indivíduos não agem de forma irracional, no sentido vulgar do termo, 
mas sim de forma ineficiente. A noção de eficiência, nesse caso, possui uma conotação 
completamente diferente da acepção de racionalidade. Quando erra, o homem escolhe 
uma ação inadequada como meio para atingir o fim desejado. Ele é racional, entretanto, no 
sentido que sua ação é o resultado de uma deliberação sensata. Embora defeituosa, é uma 
tentativa de atingir um objetivo determinado, a despeito do fato de ter se mostrado uma 
tentativa ineficaz. 
 
4. De que forma Popper desconstrói o Postulado da Racionalidade? Quais os 
argumentos utilizados? 
 
Popper alega que o princípio da racionalidade é falso. Manter esta afirmação é reconhecer que 
alguns agentes “nem sempre agem de uma forma adequada à situação em que se encontram” 
(Popper, 1967, 361). 
 
Para ilustrar seu ponto, Popper descreve um motorista afobado “desesperadamente tentando 
estacionar seu carro quando não há vaga de estacionamento livre.” (Popper 1967, idem). 
Torna-se evidente que a situação real ou objetiva é tal que, apesar do fato de que não há vagas 
de estacionamento, o condutor persiste em tentar estacionar seu carro. Ou seja, um 
comportamento patentemente “irracional”. De forma explícita, Popper insiste em distanciar 
sua posição daquela de Mises. Em suas palavras: “[...] o princípio da racionalidade parece-me 
claramente falso, mesmo em sua formulação mais fraca [...]”. (Popper 1967, 360). E ainda: “Há, 
como já indicado, boas razões para acreditar que o princípio da racionalidade, mesmo em sua 
formulação mínima, é realmente falso [...] (Popper 1967, 362). 
 
 
5. De acordo com o texto de SILVA e VIANA(2014) afirma que o indivíduo 
consumidor não está diante de um preco único, mas de uma tabela de preço em que a 
eletricidade pode ser adquirida em blocos de preços marginais decrescentes. Explique 
porque isso ocorre para a demanda de eletricidade. 
 
Existem alguns bens que possuem particularidades quanto a relação preço e quantidade 
demandada, dificultado a especificação de suas demandas. Essas especificidades abrem 
espaço para que se discuta a utilização de preços marginais ou médios. Para TAYLOR 
(1975), a especificação mais correta para uma função de demanda de um bem que possui 
preços em bloco e a que engloba preços marginais e médios. 
Em MATTOS (2005), estudos para o Brasil vem aplicando a variável preço médio nas 
estimações, primeiro em função da não disponibilidade de obtenção da tarifa marginal, e 
segundo que e de conhecimento do consumidor a tarifa média, quando este decide alterar 
seu padrão de consumo de energia. Para os demais setores, seu comportamento e melhor 
descrito como sendo representado por uma função de minimização de custos. Contudo, 
como para qualquer das classes a demanda por energia elétrica surge da necessidade de se 
fazer um aparelho ou equipamento funcionar, ela pode ser melhor classificada como um 
fator que participa da atividade produtora de bens, SCHMIDT e LIMA (2004), e a 
representação desta função demanda derivada, pode ser melhor dada em (1)8: 
 
LogCt = Logk + bLogYt + b2LogTt + b3LogPt + b4LogSt 
Onde: 
 
Ct e o consumo (residencial, comercial, Industrial), de energia elétrica no tempo; 
k e uma constante. 
 
Yt e a renda (PIB pc para o setor residencial, PIB industrial para o setor industrial e PIB 
serviços para o setor comercial); 
 
Tt e a tarifa (residencial, comercial, Industrial), de energia elétrica no tempo; 
 
Pt e o preço dos eletro-intensivos no tempo; 
 
St e o preço dos substitutos da energia elétrica no tempo (apenas inserido na função 
consumo industrial – proxy: combustíveis e lubrificantes); 
 
b, b2, b3 e b4 são as elasticidades renda, preço, preço dos eletro-intensivose preço dos 
substitutos. 
Quanto ao comportamento das variáveis em (1), esperamos que b, b4 > 0 enquanto que b2 
, b3 < 0. Em outras palavras, sendo a elasticidade renda e preco dos substitutos positiva, 
caracteriza uma elevação no consumo em detrimento de uma elevação destas variáveis e 
sendo as demais elasticidades negativas, caracteriza uma redução no consumo pela 
elevação de seus valores. 
6. A elasticidade preço-demanda reflete a sensibilidade da demanda do individuo 
diante de variações de preços. Elenque abaixo quais os bens que se enquadram na 
categoria de bens elásticos e inelásticos, explique com base no conceito porque isso 
ocorre: 
 
Elasticidade é o tamanho do impacto que a alteração em uma variável (ex.: preço) exerce 
sobre outra variável (ex.: demanda). 
"Em sentido genérico, é a alteração percentual de uma variável, dada a alteração 
percentual em outra, coeteris paribus. Assim, elasticidade é sinônimo de sensibilidade, 
resposta, reação de uma variável, em face de mudanças em outras variáveis". 
Uma variável "elástica" responde bastante a pequenas mudanças de outras variáveis. Do 
mesmo modo, uma variável "inelástica" não responde a mudanças em outras variáveis. 
𝜀(𝑥, 𝑦) =
𝜕𝑥
𝜕𝑦
∗
𝑦
𝑥
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vari%C3%A1vel_(matem%C3%A1tica)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Coeteris_paribus
 
Figura 1- Gráfico de elasticidade. 
 
BENS ELASTICIDADE JUSTIFICATIVA 
Energia elétrica Inelástico Um aumento no preço 
implica em pouca ou 
nenhuma alteração na 
demanda 
Gasolina para carros Total 
Flex 
Elástica Um pequeno aumento no 
preço implica em 
diminuição do consumo ou 
vice versa, pode ocorrer 
também a mudança no tipo 
de combustível. 
Diesel para caminhões Inelástica Um aumento no preço não 
implica em diminuição do 
consumo, pois o 
consumidor não se vê 
provido de outra 
alternativa. 
Pães e biscoitos Elástica Um aumento no preço 
implica em diminuição do 
consumo ou na substituição. 
Café Inelástica Um aumento no preço não 
implica em diminuição do 
consumo, pois o café é um 
produto “essencial” e não 
possui um substituto. 
Remédios de controle de 
pressão arterial 
Inelástica Um aumento no preço não 
implica em redução do 
consumo, pois o 
consumidor não provê de 
outra alternativa exceto 
adquirindo genérico ou 
comprando em outra 
farmácia. 
Aspirina Elástica Um aumento no preço 
implica em menor demanda, 
pois o produto é um recurso 
substituível ou pode deixar 
e ser adquirido. 
Viagem a parque de 
diversões 
Inelástica Um aumento no preço não 
implica em redução da 
demanda, pois o 
consumidor está disposto a 
pagar mais. 
 
 
7. Suponha que um aumento de 3% no preço da gasolina cause uma redução de 6% 
em sua quantidade demandada. Qual é a elasticidade da demanda da gasolina? 
 
𝜀(𝑥, 𝑦) =
(𝑥 − 𝑥 ∗ 6%) − 𝑥
(𝑦 + 𝑦 ∗ 3%) − 𝑦
∗
𝑦
𝑥
=
−𝑥 ∗ 6%
𝑦 ∗ 3%
∗
𝑦
𝑥
= −
6
3
= −2 
 
8. Por que as elasticidades de longo prazo da demanda são diferentes das 
elasticidades de curto prazo? Considere duas mercadorias: toalhas de papel e televisores. 
Qual das duas é um bem durável? Você esperaria que a elasticidade-preço da demanda de 
toalhas de papel fosse maior a curto ou a longo prazo? Por quê? Como deveria ser a 
elasticidade-preço da demanda de televisores? 
 
A diferença entre as elasticidades de curto e longo prazo de um bem é explicada pela 
velocidade com que os consumidores reagem a mudanças no preço e pelo número de bens 
substitutos disponíveis. O aumento no preço das toalhas de papel, um bem não-durável, 
levaria a uma reação pouco significativa dos consumidores no curto prazo. No longo prazo, 
porém, a demanda de toalhas de papel seria mais elástica, devido à entrada no mercado de 
novos produtos substitutos (tais como esponjas e toalhas de cozinha). Por sua vez, o 
aumento no preço dos televisores, um bem durável, poderia levar a mudanças substanciais 
no curto prazo. Por exemplo, o efeito inicial do aumento no preço dos televisores poderia 
ser o adiamento das compras de novos aparelhos. Mais cedo ou mais tarde, porém, os 
consumidores trocarão seus televisores antigos por aparelhos mais novos e modernos; 
logo, a demanda pelo bem durável deve ser mais elástica no longo prazo. 
 
9. Explique por que, no caso de muitas mercadorias, a elasticidade-preço de longo 
prazo da oferta é maior do que a elasticidade de curto prazo. 
 
A elasticidade da oferta é a variação percentual na quantidade ofertada dividida pela 
variação percentual no preço. Um aumento no preço leva à elevação da quantidade 
ofertada pelas empresas. Em certos mercados, algumas empresas são capazes de reagir 
rapidamente, e com custos baixos, a mudanças no preço; outras empresas, porém, não 
conseguem reagir com a mesma rapidez, devido a restrições de capacidade produtiva no 
curto prazo. As empresas com restrição de capacidade no curto prazo apresentam 
elasticidade da oferta mais baixa que as demais; entretanto, no longo prazo, todas as 
empresas conseguem aumentar sua produção, de modo que a elasticidade agregada de 
longo prazo tende a ser maior que no curto prazo. 
 
10. Suponha que o governo regulamente os preços da gasolina e do etanol, tornando-
os mais baixos do que seus respectivos níveis de equilíbrio de mercado. Explique por que 
ocorreria escassez dessas mercadorias e quais os fatores que determinarão a magnitude 
dessa escassez. O que deverá ocorrer com o preço da carne de porco? Explique 
resumidamente. 
 
Quando o preço de um bem é fixado abaixo do nível de equilíbrio, a quantidade que as 
empresas estão dispostas a ofertar é menor do que a quantidade que os consumidores 
desejam adquirir. A magnitude do excesso de demanda depende das elasticidades 
relativas da demanda e da oferta. Se, por exemplo, ambas a oferta e a demanda são 
elásticas, a escassez é maior do que no caso de ambas serem inelásticas. Dentre os fatores 
que determinam tais elasticidades e, portanto, influenciam o excesso de demanda, cabe 
destacar a disposição dos consumidores a comer menos carne e a capacidade dos 
agricultores de mudar a quantidade produzida. 
O racionamento é comum em situações caracterizadas por excesso de demanda, nas quais 
alguns consumidores não conseguem adquirir as quantidades desejadas. Os consumidores 
com demanda insatisfeita tentarão adquirir produtos substitutos, aumentando a demanda 
e os preços de tais produtos. Assim, face à fixação dos preços da carne bovina e do frango 
abaixo do nível de equilíbrio, o preço da carne de porco deve aumentar. 
11. Utilize os deslocamentos das curvas de oferta e demanda para ilustrar os efeitos 
dos eventos a seguir ocorridos no mercado de maçãs. Esclareça qual a direção da 
modificação ocorrida tanto no preço como na quantidade vendida. 
 
a. Os cientistas descobrem que comer uma maçã por dia, de fato, evita doenças. 
 
As pessoas demandarão mais maçãs, levando a um deslocamento para a direita da curva 
de demanda. O preço de equilíbrio das maçãs aumentará, assim como a quantidade de 
equilíbrio. 
 
b. O preço das laranjas triplica. 
 
Dado que as laranjas são substitutos prováveis para as maçãs, a curva de demanda de 
maçãs se deslocará para a direita. O preço de equilíbrio das maçãs aumentará, assim como 
a quantidade de equilíbrio. 
 
c. A seca reduz a colheita de maçãs a um terço da quantidade normal. 
 
A curva de oferta de maçãs se deslocará para a esquerda, fazendo com que o preço de 
equilíbrio aumente e a quantidade de equilíbrio diminua. 
 
d. Milhares de estudantes universitários abandonam os estudos para se tornarem 
colhedores de maçãs. 
 
O aumento da oferta de colhedores de maçãs levará a uma diminuição no custo de colocar 
maças no mercado. Esse custo mais baixo tem como conseqüência um deslocamento para 
a direita da curva de oferta de maçãs, causando uma queda no preço de equilíbrio e um 
aumento na quantidade de equilíbrio. 
 
e. Milhares de estudantes universitários abandonam os estudos para se tornarem 
plantadores de maçãs. 
 
Haveria um deslocamento da curvade oferta de maçãs para a direita, levando a uma 
diminuição do preço de equilíbrio a um aumento da quantidade de equilíbrio. 
 
10.Suponha que curva de demanda de um produto seja dada por Q=10-2P+Ps, onde P é o 
preço do produto e Psé o preço de um bem substituto. O preço do bem substituto é $2,00. 
 
(a) Suponha P=$1,00. Qual é a elasticidade-preço da demanda? Qual é a elasticidade 
cruzada da demanda? 
Primeiro, é preciso calcular a quantidade demandada ao preço de $1,00. 
𝑄 = 10− 2(1) + 2 = 10 
Elasticidade-preço da demanda = 
𝑃
𝑄
∆𝑄
∆𝑃
=
1
10
(−2) = −
2
10
= −0.2 
Elasticidade cruzada da demanda = 
𝑃𝑠
𝑄
∆𝑄
∆𝑃𝑠
=
2
10
(1) = 0.2 
 
 (b) Suponha que o preço do bem, P, aumente para $2,00. Agora, qual seria a elasticidade-
preço da demanda, e qual seria a elasticidade cruzada da demanda? 
 
Primeiro, é preciso calcular a quantidade demandada ao preço de $2,00: 
𝑄 = 10−2(2)+ 2 = 8 
Elasticidade-preço da demanda = 
𝑃
𝑄
∆𝑄
∆𝑃
=
2
8
(−2) = −
4
8
= −0.5 
Elasticidade cruzada da demanda = 
𝑃𝑠
𝑄
∆𝑄
∆𝑃𝑠
=
2
18
(1) = 0.25 
11.Suponha que a demanda por gás natural seja perfeitamente inelástica. Qual será o 
efeito, se houver algum, do controle de preços do gás natural? 
 
Se a demanda por gás natural for perfeitamente inelástica, então, a curva de demanda será 
vertical. Os consumidores irão demandar uma determinada quantidade e pagarão 
qualquer preço por ela. Neste caso, um controle de preços não terá efeito sobre a 
quantidade demandada. 
 
12.Considere um mercado competitivo no qual as quantidades anuais demandadas e 
ofertadas a diversos preços sejam as que aparecem no esquema no final deste exercício 
Preço 
($) 
Demanda 
(milhões) 
Oferta 
(milhões) 
60 22 14 
80 20 16 
100 18 18 
120 16 20 
a. Calcule a elasticidade-preço da demanda quando o preço for $80 e também quando 
o preço for $100. 
 
Sabemos que a elasticidade-preço da demanda pode ser calculada por meio da 
equação 2.1 expressa no livro: 
E
Q
Q
P
P
P
Q
Q
P
D
D
D
D
D 




. 
Com um aumento de $20 em cada preço, a quantidade demandada diminui em 2. 
Logo, 
1,0
20
2










P
QD 
Ao preço P = 80, a quantidade demandada é igual a 20 e 
40,0)1,0(
20
80






DE 
Similarmente, ao preço P = 100, a quantidade demandada é igual a 18 e 
56,0)1,0(
18
100






DE 
 
 
b. Calcule a elasticidade-preço da oferta quando o preço for $80 e também quando o 
preço for $100. 
 
elasticidade da oferta é dada por: 
E
Q
Q
P
P
P
Q
Q
P
S
S
S
S
S 




. 
Com um aumento de $20 em cada preço, a quantidade ofertada aumenta em 2. 
Logo, 
1,0
20
2








P
QS 
Ao preço P = 80, a quantidade ofertada é igual a 16 e 
5,0)1,0(
16
80






SE 
Similarmente, ao preço P = 100, a quantidade ofertada é igual a 18 e 
56,0)1,0(
18
100






SE 
 
 
c. Quais são o preço e a quantidade de equilíbrio? 
 
O preço e a quantidade de equilíbrio são dados pelo ponto em que a quantidade ofertada é 
igual à quantidade demandada. Como vemos na tabela, o preço de equilíbrio é $100 e a 
quantidade de equilíbrio é 18 milhões. 
 
d. Suponha que governo estabeleça um preço teto de $80. Haverá escassez? Em caso 
afirmativo, qual será sua dimensão? 
 
Com um preço teto de $80, os consumidores desejam adquirir 20 milhões; entretanto, os 
produtores fornecerão apenas 16 milhões. Isso resultará em uma escassez de 4 milhões. 
 
13.Uma fibra vegetal é comercializada em um mercado mundial competitivo, e preço 
mundial é $9 por libra. Quantidades ilimitadas estão disponíveis para importação pelos 
EUA a este preço. A oferta e demanda domésticas dos EUA, para vários níveis de preço, são 
apresentadas abaixo. 
Preço Oferta dos EUA Demanda dos EUA 
 
 (milhões lb.) (milhões lb.) 
3 2 34 
6 4 28 
9 6 22 
12 8 16 
15 10 10 
18 12 4 
a. Qual é a equação da demanda? Qual é a equação da oferta? 
 
A equação da demanda tem a seguinte especificação: Q=a-bP. Inicialmente, 
calculamos a inclinação, dada por 
Q
P

6
3
 2  b. 
 
Esse resultado pode ser verificado observando-se, na tabela, que sempre que o preço 
aumenta 3 unidades, a quantidade demandada cai 6 milhões de libras. Inserindo o 
valor calculado de b na equação, a demanda passa a ser Q=a-2P. Para determinar a, 
pode-se substituir Q e P por qualquer par de preço e quantidade demandada 
apresentado na tabela; por exemplo, Q=34=a-2*3, de modo que a=40 e a demanda é 
Q=40-2P. 
A equação da oferta tem a especificação Q=c+dP. Inicialmente, calculamos a 
inclinação, dada por 
Q
P

2
3
. 
Esse resultado pode ser verificado observando-se, na tabela, que sempre que o preço 
aumenta 3 unidades, a quantidade ofertada aumenta 2 milhões de libras. Inserindo o 
valor calculado de d na equação, a oferta passa a ser Q  c 
2
3
P. Para determinar c, 
pode-se substituir Q e P por qualquer par de preço e quantidade ofertada 
apresentado na tabela; por exemplo, Q  2  c 
2
3
(3) de modo que c=0 e a oferta é 
Q 
2
3
P. 
 
 
b. Ao preço de $9, qual é a elasticidade-preço da demanda? E ao preço de $12? 
 
Elasticidade da demanda para P=9 é   82,0
22
18
2
22
9





P
Q
Q
P
 
Elasticidade da demanda para P=12 é   5,1
16
24
2
16
12





P
Q
Q
P
 
 
c. Qual é o preço elasticidade da oferta ao preço de $9? E ao preço de $12? 
 
Elasticidade da oferta para P=9 é 0,1
18
18
3
2
6
9









P
Q
Q
P
 
Elasticidade da oferta para P=12 é 0,1
24
24
3
2
8
12









P
Q
Q
P
 
 
d. Qual será o preço nos EUA e a quantidade de importações do país sob o livre 
mercado? 
 
Na ausência de restrições ao comércio, o preço nos EUA será igual ao preço mundial, ou seja, 
P=$9. A esse preço, a oferta doméstica é 6 milhões de libras, enquanto que a demanda 
doméstica é 22 milhões de libras. Logo, as importações são de 16 milhões de libras, 
correspondentes à diferença entre demanda e oferta doméstica. 
 
15. Em 1998, os americanos fumaram 470 bilhões de cigarros. O preço médio no varejo 
era de $2 por maço. Estudos estatísticos mostraram que a elasticidade-preço da demanda 
é –0,4, e a elasticidade-preço da oferta é 0,5. Utilizando essa informação, derive as curvas 
de demanda e de oferta lineares para o mercado de cigarros. 
 
Seja a curva de demanda Q=a+bP e a curva de oferta Q=c+dP, onde a, b, c, e d são as 
constantes que você tem que calcular dadas as informações acima. Para começar, 
lembre-se da fórmula da elasticidade-preço da demanda 
EP
D

P
Q
Q
P
. 
São fornecidos os valores da elasticidade, de P, e de Q, o que significa que você pode 
resolver para a inclinação, que é b, na fórmula da curva de demanda acima. 
b
P
Q
P
Q












94
2
470
4,0
470
2
4,0
 
Para calcular a constante a, insira os valores de Q, P, e b na fórmula acima tal que 
470=a-94*2 e a=658. A equação da demanda é, portanto, Q=658-94P. Para 
encontrar a curva de oferta, lembre-se da fórmula da elasticidade da oferta e 
prossiga como acima: 
d
P
Q
P
Q
P
Q
Q
P
E Sp















5,117
2
470
5,0
470
2
5,0 
Para calcular a constante c, insira os valores de Q, P, e d na fórmula acima tal que 
470=c+117,5*2 e c=235. A equação da oferta é, portanto, Q=235+117,5P. 
 
16. Considere as seguintes curvas de oferta e de demanda de gás natural: 
 
Oferta: Q = 14 + 2PG + 0,25PO 
Demanda: Q = -5PG + 3,75PO 
 
onde PG e PO são os preços do gás natural e do petróleo, respectivamente. Suponha que o 
preço regulamentado em 1975 para o gás fosse de $1,50 por mil pés cúbicos, em vez de 
$1,00. Qual teria sido a dimensão do excessode demanda? 
a. Para resolver este problema, nós aplicamos a análise feita na Seção 2.6 à definição 
de elasticidade cruzada da demanda dada na Seção 2.4. Por exemplo, a elasticidade 
cruzada da demanda por gás natural com relação ao preço do petróleo é: 
 
 
 
b. Suponha que o mercado de gás natural não tivesse sido regulamentado. Se o preço do 
petróleo subisse de $8 para $16, O que teria ocorrido com o preço do gás no mercado 
livre? 
 
 
 
 
 
17. O que significa o termo transitividade de preferências? 
 
A transitividade de preferências significa que, se alguém prefere A em relação a B, e B em 
relação a C, então essa pessoa prefere A em relação a C. 
 
18. Suponha que um determinado conjunto de curvas de indiferença não possua inclinação 
negativa. O que você pode dizer a respeito de quão desejáveis são essas duas mercadorias? 
 
Uma das principais hipóteses da teoria das preferências é que quantidades maiores dos 
bens são preferidas a quantidades menores. Logo, se a quantidade consumida de um bem 
diminui, os consumidores devem obter um menor nível de satisfação. Esse resultado 
implica necessariamente curvas de indiferença negativamente inclinadas. No entanto, se 
uma mercadoria é indesejável, o consumidor estará em melhor situação ao consumir 
quantidades menores da mercadoria; por exemplo, menos lixo tóxico é preferível em 
relação a mais lixo. Quando uma mercadoria é indesejável, as curvas de indiferença que 
mostram o dilema entre aquela mercadoria e a mercadoria desejável apresentam 
inclinações positivas. Na Figura 2 abaixo, a curva de indiferença U2 é preferida à curva de 
indiferença U1. 
 
Figura 2 - Gráfico do bem y versus o lixo tóxico. 
 
19. Explique a razão pela qual duas curvas de indiferença não podem se interceptar. 
 
A resposta pode ser apresentada mais facilmente com a ajuda de um gráfico como o da 
Figura 3, que mostra duas curvas de indiferença se interceptando no ponto A. A partir da 
definição de uma curva de indiferença, sabemos que um consumidor obtém o mesmo nível 
de utilidade em qualquer ponto sobre uma determinada curva. Nesse caso, o consumidor é 
indiferente entre as cestas A e B, pois ambas estão localizadas sobre a curva de indiferença 
U1. Analogamente, o consumidor é indiferente entre as cestas A e C porque ambas estão 
localizadas sobre a curva de indiferença U2. A propriedade de transitividade das 
preferências implica que tal consumidor também deverá ser indiferente entre C e B. No 
entanto, de acordo com o gráfico, C está situada acima de B, de modo que C deve ser 
preferida a B. Assim, está provado que duas curvas de indiferença não podem se 
interceptar. 
 
20. Desenhe um conjunto de curvas de indiferença para as quais a taxa marginal de 
substituição seja constante. Desenhe duas linhas de orçamento com diferentes inclinações; 
mostre, em cada caso, qual será a escolha maximizadora de satisfação. Que conclusões 
você poderia tirar? 
 
Na Figura 3, a mercadoria X e a mercadoria Y são substitutos perfeitos, de modo que as 
curvas de indiferença são linhas retas, U1 e U2, ambas com inclinação igual a -1. No caso de 
mercadorias que são substitutos perfeitos, o consumidor sempre preferirá comprar a 
mercadoria mais barata, de modo a obter utilidade máxima. Por exemplo, se a mercadoria 
Y for mais barata que a mercadoria X, o consumidor se defrontará com a restrição 
orçamentária L2 e maximizará sua utilidade no ponto A. Por outro lado, se a mercadoria X 
for mais barata que a mercadoria Y, o consumidor se defrontará com a restrição 
orçamentária L1 e maximizará sua utilidade no ponto B. Se a mercadoria X e a mercadoria 
Y tiverem o mesmo preço, a restrição orçamentária coincidirá com a curva de indiferença, 
e o consumidor será indiferente entre qualquer ponto sobre a curva. Para entender a 
razão disso, lembre que a inclinação da linha do orçamento é −
𝑃𝑥
𝑃𝑦
. 
 Em termos mais gerais, a inclinação de uma curva de indiferença linear é a taxa constante 
à qual o consumidor está disposto a trocar as duas mercadorias. Se as inclinações da linha 
de orçamento e da curva de indiferença forem iguais, o consumidor será indiferente entre 
qualquer ponto sobre a linha do orçamento. Quando as inclinações 
forem diferentes, o consumidor deverá optar por uma das extremidades da linha do 
orçamento, de acordo com as respectivas inclinações. 
 
 
Figura 3- Gráfico Bem y versus Bem X. 
 
21.Explique por que a taxa marginal de substituição de uma pessoa entre duas 
mercadorias deve ser igual à razão entre os preços das mercadorias para que o 
consumidor possa obter satisfação máxima. 
 
A TMS representa a taxa à qual o consumidor está disposto a trocar uma mercadoria por 
outra de modo a manter seu nível de satisfação inalterado. A razão entre os preços 
representa a troca que o mercado está disposto a realizar entre as duas mercadorias. A 
tangência de uma curva de indiferença com a linha do orçamento representa o ponto no 
qual as duas taxas são iguais e consumidor obtém satisfação máxima. Se a TMS entre duas 
mercadorias não fosse igual à razão entre os preços, o consumidor poderia trocar uma 
mercadoria pela outra aos preços de mercado, de modo a obter níveis de satisfação mais 
elevados. Esse processo continuaria até que o nível de satisfação mais alto possível fosse 
atingido. 
 
22. Neste capítulo, não foram consideradas mudanças nas preferências do consumidor por 
diversas mercadorias. Todavia, em determinadas situações, as preferências devem se 
modificar à medida que ocorre o consumo. Discuta por que e como as preferências 
poderiam se alterar ao longo do tempo tendo por referência o consumo das seguintes 
mercadorias: 
a. Cigarros 
 
A hipótese de preferências constantes é razoável se as escolhas do consumidor são 
independentes no tempo. Mas essa hipótese não é válida nas situações em que o consumo 
do bem envolve a criação de hábitos ou vícios, como no caso dos cigarros: o consumo de 
cigarros em um período influencia seu consumo nos períodos seguintes. 
 
b. Jantar pela primeira vez em um restaurante de culinária típica 
 
Jantar pela primeira vez em um restaurante diferente não envolve nenhum vício do ponto 
de vista físico, mas, ao propiciar ao consumidor maiores informações sobre o restaurante 
em questão, influencia suas escolhas nos períodos subsequentes. O consumidor pode 
gostar de jantar sempre em restaurantes diferentes, que ainda não conheça, ou então pode 
estar cansado de fazê-lo. Em ambos os casos, as preferências mudam à medida que ocorre 
o consumo. 
 
23. Connie possui uma renda mensal de $200, que gasta com duas mercadorias: carne e 
batatas. 
 
 
a. Suponha que o preço da carne seja $4 por libra e que o preço das batatas seja $2 por 
libra. Desenhe a restrição orçamentária de Connie. 
 
Sejam M = carne e P = batatas. A restrição orçamentária de Connie é 
$200 = 4M + 2P, ou 
M = 50 - 0,5P. 
Conforme mostra a Figura 4, com M no eixo vertical, o intercepto vertical é 50. O 
intercepto horizontal pode ser calculado fazendo M = 0 e resolvendo para P. 
 
 
Figura 4- Gráfico carne versus batatas. 
 
b. Suponha também que a função utilidade de Connie seja expressa por meio da equação 
u(M, P) = 2M + P. Que combinação de carne e batatas ela deveria comprar pata maximizar 
a sua utilidade? (Dica: Considere carne e batatas como substitutos perfeitos.) 
 
O nível de utilidade de Connie é igual a 100 quando ela compra 50 libras de carne e não 
compra batatas ou quando compra 100 libras de batatas mas não compra carne. A curva 
de indiferença associada a U = 100 coincide com a sua restrição orçamentária. Qualquer 
combinação de carne e batatas ao longo dessa curva lhe proporcionará utilidade máxima. 
 
c. O supermercado que Connie utiliza oferece uma promoção especial. Se ela adquirir 20 
libras de batatas (a $2 por libra), receberá grátis 10 libras adicionais de batatas. Esta 
promoção só é válida para as primeiras 20 libras de batatas. Todas as batatas além das 
primeiras 20 libras (exceto as 10 libras de bônus) aindacustam $2 por libra. Desenhe a 
restrição orçamentária de Connie. 
 
A Figura 5 representa a restrição orçamentária de Connie quando o supermercado oferece 
a promoção especial. Note que a restrição orçamentária apresenta uma inclinação igual a -
2 no intervalo entre zero e vinte libras de batatas, é horizontal entre vinte e trinta libras, 
dado que as primeiras dez libras que excederem a quantidade de vinte são gratuitas, e 
novamente apresenta inclinação de -2 até interceptar o eixo horizontal no nível de 110 
libras. 
 
 
Figura 5- Gráfico restrição orçamentária de Connie. 
 
d. Um surto de parasita faz com que o preço das batatas suba para $4 por libra. O 
supermercado encerra sua promoção. Que aspecto passaria a ter a restrição orçamentária 
de Connie agora? Que combinação de carne e batatas maximizaria sua utilidade? 
 
Com o preço das batatas a $4, Connie poderia comprar 50 libras de carne ou 50 libras de 
batatas, ou alguma combinação intermediária. Veja a Figura 6. Ela maximiza sua utilidade, 
atingindo o nível de U = 100, no ponto A, onde consome 50 libras de carne mas não 
consome batatas. Esta é uma solução de canto. 
 
 
Figura 6- Gráfico curvas de restrição orçamentária e de indiferença. 
 
24. Explique a dinâmica do Fluxo Circular da Renda. 
 
1 Em resumo, o fluxo circular da renda é um diagrama que simplifica as relações básicas 
da economia e ilustra a igualdade entre produto, renda e despesa.Empresas 
disponibilizam bens e serviços no mercado para o consumo das famílias, e estas, por sua 
vez, possuem os fatores de produção (terra, capital e trabalho). Para produzir estes bens e 
serviços (ótica do produto), as empresas precisam dos fatores de produção 
disponibilizados pelas famílias, constituindo-se assim o mercado de fatores de produção. 
Nele, as famílias ofertam estes fatores em troca da sua remuneração (salários, lucros, 
aluguéis e juros) – a ótica da renda; Com esses fatores, as empresas possuem insumos que 
possibilitam a produção dos bens e serviços. As famílias possuem demanda por estes, que 
são transacionados no mercado de bens e serviços, em troca do consumo (despesas) das 
famílias – ótica do dispêndio. 
 
2 Esse fluxo é um padrão não dinâmico de produção e distribuição da renda. Não existem 
incertezas ou riscos, estando o comportamento dos agentes rotinizado. Schumpeter 
denomina esses fluxos de NORMA. A inovação tecnológica é uma quebra dessa norma pois 
ela interfere na dinâmica de geração de renda das empresas, afetando diretamente a 
estrutura dos processos produtivos, a rentabilidade das operações e a aceitabilidade de 
produtos pelo mercado. A rigor essa norma é quebrada pela importância que o empresário 
deposita na inovação tecnológica como meio de atingir maiores ganhos em seu 
empreendimento. 
 
As inovações geram fenômenos dinâmicos na economia, tanto nos seus aspectos macro 
quanto microeconômicos. No plano macroeconômico, as inovações para serem efetivadas 
demandam a aplicação de recursos para investimentos produtivos. A implementação de 
novos processos de produção exige a realização de investimentos na esfera da produção. 
Portanto, uma nova onda de inovações gera uma onda de investimentos em tecnologia que 
ocorrem ao longo do tempo. Também é verdade que esse comportamento dos 
investimentos tecnológicos não é linear, mas sim oscilante, embora haja uma tendência de 
crescimento no longo prazo. 
 
A partir dos investimentos inicia-se um conjunto de movimentos que são caracterizados 
como o efeito multiplicador (keynesiano). Isto é, o investimento gera demanda para outros 
setores, aumenta o volume de emprego, aumenta a massa de salários - o que gera aumento 
de demanda por bens de consumo -, aumenta a demanda por crédito e aumenta o nível de 
renda da economia. Então, as inovações desempenham o papel de mola propulsora do 
fenômeno do desenvolvimento com crescimento econômico. É verdade que ao longo desse 
ciclo de prosperidade a taxa de juros tende a subir como decorrência do aumento de 
solicitação de crédito, mas mesmo assim os investimentos ocorrem em volume elevado 
porque as perspectivas de ganho líquido trazidas pelas inovações são bem superiores. 
 
Tal como descrito, a inovação no fundo justifica as decisões de investir e iniciam uma fase 
de prosperidade dos ciclos econômicos. É dessa forma que as grandes inovações, que 
constituem novos paradigmas, transformam toda a realidade econômica e social. Quando 
arrefecer o dinamismo dessa onda de inovações, a realidade não será a mesma. Novos 
produtos surgiram, modificaram-se os padrões de produção e de consumo, são diferentes 
as necessidades de qualificação da mão-de-obra, as instituições também se modificaram 
etc. Nunca, após todo esse movimento, quando o paradigma se tornar maduro, a economia 
volta para o seu ponto de origem, anterior às inovações. Esse é um processo de constante 
transformação que não permite a volta ao passado. 
 
Em termos microeconômicos, o bloco de inovações define um novo paradigma tecnológico 
que termina por se constituir em um padrão tecnológico que gera imposições para as 
empresas. Embora as empresas sempre tenham autonomia para definir suas estratégias 
tecnológicas, existem alguns elementos externos às empresas que reduzem o número de 
alternativas competitivas viáveis. Esse ponto será retomado mais a frente. 
 
Por que uma empresa inova? Como já assinalado, a inovação de produto ou de processo 
permite que a empresa inovadora se diferencie das demais. Sendo mais produtiva, 
produzindo com menores custos, ou detendo produtos inovadores, a empresa consegue se 
apropriar de lucros gerados a partir dessa diferenciação. Funciona como uma espécie de 
renda de monopólio. Assim, a geração de assimetrias é um fenômeno natural quando se 
observa o processo de concorrência entre as empresas. Na concorrência as empresas 
buscam a sua diferenciação em relação a seus concorrentes, procurando a obtenção de 
lucros extraordinários. 
 
A contribuição schumpeteriana está associada à idéia de que a empresa inovadora é que se 
apropria desses ganhos extraordinários. Com isto, ela abre um caminho que pode ser 
seguido por outros competidores. A empresa que inova mostra que é possível a 
diferenciação e que isto aumenta o seu potencial de acumulação. É por esta razão que as 
empresas defendem o respeito às leis de patentes que procuram proteger os interesses 
dos inovadores. Também é por esta razão que as empresas guardam segredos industriais; 
são formas de tentar prolongar os efeitos da inovação e a renda de monopólio. 
 
A empresa inovadora, com maiores recursos advindos dos ganhos das inovações, passa a 
deter maior fôlego financeiro para a viabilização de outros projetos de P&D (pesquisa e 
desenvolvimento), podendo se lançar até em estratégias mais ousadas, mais ofensivas, na 
realização de atividades tecnológicas. 
 
Outras empresas que não foram as primeiras inovadoras tentam seguir o caminho destas, 
procurando não ficar muito defasadas em relação às líderes. Nesse sentido, podem buscar 
aprender com as estratégias de liderança, e a partir daí, com grande esforço inovador, 
procuram responder ao movimento das líderes, tentando acompanhar sua trajetória, 
porém promovendo diferenciações nos produtos e processos inovadores. Na medida em 
que nessa disputa pela liderança as empresas estiverem difundindo tecnologias e na 
medida em que conseguirem reduzir as assimetrias que existem entre elas, os lucros 
extraordinários tendem a cair. Ou seja, assim como a inovação gera lucros extraordinários, 
a difusão tende a anula-los. Por essa mesma razão, as empresas mais inovadoras não 
podem nunca parar de inovar, pensando que sua posição de liderança é duradoura. 
 
Dessa forma, a busca por inovação é permanente. Ela é inerente ao processo de 
concorrência entre as empresas e de acumulação de capital. Uma economia capitalista 
dinâmica e mais desenvolvida tem na inovação um de seus principais mecanismos de 
funcionamento. A forma de concorrência mais importanteentre as empresas dessas 
economias é pela inovação, pela diferenciação possibilitada pela incorporação de 
progresso técnico, seja no campo das tecnologias de produto ou de processo de produção. 
 
25. Segundo TUNDERA et ali (2014) O consumo específico de energia é um índice que 
relaciona sobre como está sendo utilizada a energia na produção física de um bem de 
consumo o produto. [...] As variações da intensidade energética podem ser atribuídas a 
diversos fatores entre eles; migrações demográficas da área rural para áreas urbanas, 
mudanças estruturais na economia visando indústrias menos energo-intensivas, 
expressivo crescimento de setor de serviços, melhoria da eficiência no uso da energia e 
substituição de energéticos. Consequentemente, existem maiores fatores para determinar 
a intensidade energética do que apenas atribuir à questão econômica em geral e, ao 
desempenho industrial em particular ( Ray et al, 2004; Pinto Jr e Almeida, 2007). 
Considerando uma função de produção com rendimentos crescentes de escala e que a 
energia constitui em um insumos dessa cadeia produtiva. A intensidade energética será 
maior ou menor quando inserirmos tecnologia mais avançada e moderna para a produção 
de um determinado bem. 
 
26. Assinale V ou F 
( ) Uma redução no preço da energia elétrica conduz ao deslocamento ao longo da curva 
de oferta, expandindo a quantidade ofertada. 
( ) A ocorrência de grandes inundações nas áreas de plantio provoca um deslocamento 
da curva de oferta para cima e para a esquerda; 
( ) O acesso a energia elétrica mostra que a qualidade de vida do cidadão e de sua família 
melhora consideravelmente. A elevação da demanda por energia elétrica se traduz em um 
deslocamento para a esquerda da curva de demanda; 
( ) Supondo que bem A e o bem B sejam bens normais, o aumento da renda dos 
consumidores reduzirá o consumo, para qualquer nível de preços dos demais bens. 
( ) O Paradoxo de Giffen, constitui uma exceção a regra geral da curva da demanda , é 
consistente com a existência da curva de demanda positivamente inclinada.

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