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Biosseguridade Profa. Dra. Amanda Soriano Barezani AULA 05 ASSUNTO Mecanismos efetores da imunidade inata LEITURA OBRIGATÓRIA ABBAS, AK. Imunologia básica: funções e distúrbios do sistema imunológico. 5. ed. (Cap. 2) LEITURA COMPLEMENTAR TIZARD, IR. Imunologia veterinária: uma introdução. 9.ed. P.17- 26. (Cap. 2) DOAN, T et al. Imunologia ilustrada. p. 38-53 (Cap. 4 e 5) ATIVIDADE Estudo dirigido: Contagem de células somáticas Conteúdo programático M ec an is m o s d a im u n id ad e in at a • Inflamação e Fagocitose • Interferons e o estado antiviral • Atividade antiviral e antitumoral das células Natural killer • Sistema complemento MECANISMOS EFETORES Função Imunológica Inata Mecanismos efetores da imunidade inata Fagocitose Inflamação Defesa antiviral e antitumoral Complexo de Ataque a Membrana Síntese de proteínas de fase aguda Mecanismos efetores da imunidade inata Inflamação Fagocitose: os neutrófilos e o explosão oxidativa Fagocitose: os macrófagos e sua ativação Células Natural Killer: defesa antiviral e antitumoral Sistema Complemento e o Complexo de Ataque a Membrana INFLAMAÇÃO Função Imunológica Inata Inflamação • Vasodilatação • Permeabilidade vascular aumentada • Migração de leucócitos Resposta imunológica frente a qualquer processo que cause lesão celular ou tecidual. As células danificadas produzem muitas moléculas que desencadeiam a inflamação. Cascata da inflamação: Liberação do ácido araquidônico da membrana celular após lesão ou cirurgia (dano tecidual) • Enzima que quando ativada por um estímulo lesivo libera o ácido araquidônico da membrana celular para o citoplasma. Fosfolipase A2 • Enzimas que transformam o ácido araquidônico nos mediadores inflamatórios (PROSTAGLADINAS, PROSTACICLINAS e TROMBOXANOS). Cicloxigenases (COX-1 e COX-2) • 5-Lipoxigenase= Converte o ácido araquidônico a lipídeos biologicamente ativos denominados LEUCOTRIENOS. Lipoxigenases Moléculas vasoativas Lipídeos Aminas Peptídeos Causam alteração nos pequenos vasos Prostaglandinas Maioria das célula nucleadas Prostaciclinas Células endoteliais Tromboxanos Plaquetas Lipídios vasoativos As células sentinelas também produzem muitas moléculas que desencadeiam e mantêm a inflamação. Lipídeos (PG, PC, Leucotrienos) Aminas (histamina) Peptídeos (C3a e C5a, bradicinina) TNF-a IL-1 IL-6 Defensinas Catelicidinas Lisozimas Mastócito Peptídeos vasoativos Proteases (calicreínas) Liberam BRADICININA nervos sensoriais= neuropept. DOR e VASODILATAÇÃO Aminas vasoativas HISTAMINA Endotélio= EXTRAVASA MENTO Secreção de NO VASODILATAÇÃO Ligação ao padrão • Lesão mecânica • Ligação ao C5a Indução da degranulação Liberação de histamina Se liga a receptores H1 do endotélio Estimula a produção de óxido nítrico Agem na musculatura lisa das arteríolas Relaxamento VASODILATAÇÃO Vasodilatação Aumento da permeabilidade vascular Receptores de Histamina Local Ação H1 Capilares e arteríolas Dilatação H2 Coração Aumento da contratilidade e frequência cardíaca H2 Estomago Aumento da secreção de HCl e pepsina H1 Pulmão Suprarenal Musculatura TGI Constrição musculatura brônquica Liberação de catecolaminas Contração PAMP + Mastócitos Liberam calicreínas Proteases que quebram cininogênios do plasma sanguíneo CININAS BRADICININA Se liga diretamente aos receptores de DOR nos nervos Aumenta a permeabilidade= EDEMA Citocinas As 3 principais citocinas pró-inflamatórias são: – Fator de necrose tumoral alfa – Interleucina 1 – Interleucina 6 Coletivamente estas moléculas desencadeiam • Aumento local no fluxo sanguíneo • Atraem células de defesa • Promovem maior permeabilidade vascular Causam edema e morte dos microrganismos Injúria tecidual • Dano aos lipídeos da membrana • Estimulação da fosfolipase A2 Células residentes • Mastócitos • Macrófagos • Células dendríticas Citocinas • TNF-a • IL-1 Endotélio • Aumento da permeabilidade • Expressão de selectinas e integrinas FAGOCITOSE Função Imunológica Inata As primeiras células atraídas aos sítios de inflamação são os neutrófilos As citocinas e moléculas vasoativas ativam as células do endotélio vascular Expõem proteínas que se unem aos neutrófilos Aderência e diapedese Migração para o sítio de invasão ou dano tecidual Fagocitose Etapas Ativação vascular Diapedese Quimiotaxia Fagocitose Constituição do PUS Dano tecidual por enzimas Neutrófilos vivos, apoptóticos e mortos Bactérias piogênicas vivas e mortas A QUIMIOTAXIA é gerida pelo gradiente de concentração das moléculas quimiotáticas . Há receptores de moléculas quimiotáticas em todo neutrófilo, mas a formação de LAMELIPÓDIOS só acontece onde há maior concentração destes ligantes. Quimiotaxia Adesão e Ingestão Os microorganismos ingeridos são mortos por potentes oxidantes por meio de um processo chamado BURST OXIDATIVO Por proteínas antibacterianas (defensinas, lactoferrina, lisozimas) Por enzimas líticas (colagenases, gelatinases, elastases) Destruição Burst oxidativo Ligação ao PAMP ou ao TNF-a Ativação do neutrófilo Ativação de NOX Geração de ânion superóxido. NADPH OXIDASE Aumento do consumo de oxigênio em 100 vezes Burst oxidativo Dois ânions superóxidos interagem Gera peróxido de hidrogênio Convertido em compostos bactericidas PERÓXIDO DISMUTASE MIELOPEROXIDASE Agentes bactericidas produzidos ou liberados por fagócitos depois da ingestão de microorganismos Opsonização: De modo geral, os microorganismos devem ser opsonizados antes de poderem ser eficientemente ingeridos e mortos. Opsoninas mais eficazes • Anticorpos (Imunid. Adaptativa) • Proteínas do sistema complemento • Proteínas de fase aguda Os neutrófilos são células de vida curta, que não suportam fagocitoses prolongadas ou múltiplas. Neutrófilos apoptóticos removidos pelas células do sistema mononuclear fagocítico: Ingestão por células dendríticas: Secreção de TGF-b, IL-6 e IL-23. Ingestão por macrófagos: Secreção de IL-1, IL-6, IL-12, IL-18 e TNF-a Os macrófagos migram para os sítios de inflamação depois dos neutrófilos: Ingerem e destroem quaisquer invasores microbianos sobreviventes Neutrófilos mortos ou que estão morrendo (impedindo o dano causado pelas enzimas neutrofilicas liberadas) Processo de migração de monócitos para os tecidos e da fagocitose realizada por macrófagos é similar aos dos neutrófilos. Macrófagos • Início do processo inflamatório • Defesa contra invasores microbianos • Produção de citocinas pró-inflamatórias M1 • Reduzem a inflamação • Produzem citocinas que suprimem a resposta inflamatória • Aparecem mais tarde, durante o processo de cicatrização M2 MACRÓFAGOS são células apresentadoras de antígeno INTERFERONS: DEFESA ANTIVIRAL Função Imunológica Inata Vírus RESPOSTA CONTRA VÍRUS Inata Adaptativa Humoral Interferons Anticorpos Celular NK Linfócito Tc Célula infectada Reconhecimento de DNA e RNA viral • Toll, RIG Ativa proteínas e fatores Estimulam a transcrição do gene INTERFERON 1) RNAse degradação do RNA viral = não replicação viral 2) Proteínas semelhante a ubiquitinas= marcação das proteínas virais para destruição 3) monômeros que se prendem a proteínas do capsídeos e previnem a montagem de novos vírus e 4) previnem o início da tradução de genes virais Estado antiviral Estimulo da expressão de genes de várias proteínas de efeito antiviral 1. proteinoquinases serina/treonina (PKR) 2. 2’,5’ oligoadenilato sintetases 3. RNase L, Interferons (IFN) = interferirem na infecção viral, bloqueando a replicação viral dentro das células hospedeiras. CÉLULAS NK: DEFESA ANTIVIRAL E ANTITUMORAL Função Imunológica Inata Células Natural Killer(NK) Terceira população de linfócitos, diferente dos linfócitos T e B. Grandes linfócitos granulares. Não fagocíticas. Podem eliminar células: 1. Infectadas por vírus 2. Tumorais 3. Sob estresse SEM NECESSIDADE DE ATIVAÇÃO PRÉVIA. Célula Natural killer Encontradas no sangue periférico, linfonodos, baço e medula óssea. Não reconhece o não próprio, somente uma molécula própria alterada Reconhecem moléculas de estresse Ativados por IL-2, IL-12 e IFN- g • Redução do número de MHC-I • Moléculas de estresse na superfície (ex: MICA e MICB) Células ESTRESSADAS apresentam: • Infectadas por vírus • Cancerosas • Danificadas • Rompidas Células que expressam moléculas de estresse em sua superfície: São alvo das Natural Killers as células anormais: Que não expressam ou que expressam moléculas anormais de MHC-I Que expressam moléculas de estresse Vírus pode suprimir a expressão de MHC-1 na tentativa de escapar dos linfócitos Tc Tumor muitas vezes não expressão moléculas de MHC-1 Atividade antiviral Após reconhecer a célula estressada, liberam toxinas: PERFORINA- criam poros nas membranas celulares GRANZIMAS- entram por estes poros e ativam a APOPTOSE ou promovem NECROSE da célula Morte celular Natural Killer Vídeo VIA DA PERFORINA 1. Fase de adesão Sinapse imunológica 2. Golpe letal – Perforinas, perturbam a integridade da membrana e formam canais transmembrana – Granzimas, destrói histonas e libera DNAse. Ativa a proteína pró-apoptótica BCL-2 – Granulisina, ativam enzimas que degradam lipídeos. Matam microrganismos que são liberados vivos da célula. 3. Morte celular Apoptose Morte celular programada Mecanismo pelo qual o organismo elimina células indesejadas. Cuidadosamente regulada Formação de bolhas na membrana plasmática Fragmentação do núcleo celular Inversão da membrana (fosfatidilserina) Fagocitose da célula apoptótica DNA é quebrado em muitos fragmentos de baixo peso molecular Células Natural Killers podem ativar macrófagos: 1- Interação com macrófagos 2- Produção de interferon g 3- Indução da destruição de mo fagocitados Células NK ativadas = LAKS (Céls citotóxicas ativadas por linfocinas) Receptores de citocinas nas NK IFN- g Rápida diferenciação de pré-NK IL-2 e IL-12 Aumenta a expressão de proteínas dos grânulos (perforinas, granulisina e NK- lisina) SISTEMA COMPLEMENTO Função Imunológica Inata Introdução O complemento é um grupo com mais de 30 proteínas circulantes. Principal mediador humoral do processo inflamatório. Algumas proteínas do complemento são capazes de reconhecer PAMPs. A ligação PRR + PAMP, ativa a deposição de outras proteínas do complemento na superfície do patógeno, até que se forme poros nesta membrana, causando sua morte por lise celular. Proteínas do Complemento Fonte Hepatócitos Células da linhagem monocítica Localização Sangue Linfa Saliva, lágrima, etc Proteínas são ativadas em cascata. Funções: Lise bacteriana Opsonização • Aumento da permeabilidade vascular • Recrutamento de leucócitos para o local da infecção (Quimiotaxia) Estímulo a inflamação Remoção de imunocomplexos Mecanismo da lise bacteriana Proteína do SC se liga a PAMP (ou a anticorpo ligado a um antígeno) A proteína depositada ativa a quebra de outra proteína do SC Uma fração da proteína clivada também se deposita sobre o patógeno Ativando a deposição de várias proteínas do complemento Até que se forme o complexo de ataque a membrana (poros) LISE após edema osmótico Proteínas ativadas em cascata Proteínas do complemento são proteases que se tornam ativadas somente após a quebra, geralmente, por outra protease específica. Formação do complexo de ataque a membrana (MAC) PROTEÍNAS DO MAC= C5b, C6, C7, C8 e várias C9 Complexo de Ataque à Membrana Sem atividade enzimática Formação de poros Edema osmótico e lise celular Receptores em Fagócitos e Mastócitos Mecanismo da opsonização Proteínas do complemento se ligam a PAMP Recobrem o microrganismo= OPSONIZAÇÃO Fagócitos tem receptores para proteínas do complemento Aumento da eficácia da fagocitose OPSONINAS= C3b e C5b Estímulo à inflamação Ativação do sistema complemento (ver) Fragmentos liberados após clivagem de proteínas SC Mastócitos tem receptores para estes fragmentos Degranulação e liberação de Histamina, Heparina, Calicreínas, etc ANAFILOTOXINAS= C3a, C5a, C4a ANAFILOTOXINAS se ligam: Mastócitos Histamina Aumento da permeabilidade vascular Céls endoteliais Expressão de moléculas de adesão Diapedese Céls musculares lisas vasos Relaxamento Vasodilatação EDEMA Estímulo da inflamação Remoção de imunocomplexos Complexo anticorpo- antígeno são formados quando há aumento produção de anticorpos contra um determinados antígenos ou quando há um excesso de antígenos. Podem depositar nas articulações, rins e baço e causar lesões nesses órgãos. Pequenos complexos Ag- Ac na circulação Proteínas do complemento se ligam aos complexos Hemácias têm receptores para proteínas do complemento Complexos são removidos por fagócitos presentes no fígado e no baço Ativação do Complemento Uma proteína do SC se liga a superfície de um patógeno: Diretamente: C3b se deposita na superfície do patógeno Indiretamente C1 se liga a um complexo Ag-Ac LECTINAS se ligam a manose na superfície do patógeno INÍCIO DA CASCATA: Vias de ativação do Sistema complemento Via clássica •Ativada quando o complemento se liga a complexos antígeno-anticorpo Via alternativa •Ativada quando o complemento se liga diretamente a padrões moleculares associados a patógenos Via da lectina •Ativada quando algumas proteínas do complemento (Lectinas ligadoras de manose) se ligam a carboidratos microbianos RESUMO Reconhecimento Ativação Ação/ efeito Homeostasia PRR PAMP Ativação das células sentinelas AÇÃO: Estímulo da inflamação Fagocitose Secreção de citocinas PRR DAMP Ativação das células NK AÇÃO: Citotoxidade Secreção de citocinas PRR PAMP Ativação do sistema complemento AÇÃO: Opsonização Quimiotaxia Formação do complexo de ataque a membrana Amanda Soriano Araújo Barezani amanda.barezani@ifmg.edu.br mailto:amanda.barezani@ifmg.edu.br
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